Consumo Energético na cidade de Lisboa - Autenticação · POLIS: Identification and Mobilization...
Transcript of Consumo Energético na cidade de Lisboa - Autenticação · POLIS: Identification and Mobilization...
Consumo Energético na cidade de Lisboa
Comparação de um Sistema de Desktops com um Sistema
Centralizado de terminais Thin Clients
João Filipe Teixeira
Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia do Ambiente
Orientador(es): Prof.ª Dr.ª Tânia Alexandre dos Santos Costa e Sousa
Prof. Dr. Carlos Augusto Santo Silva
Júri
Presidente: Professor Doutor Ramiro Joaquim de Jesus Neves
Orientadora: Professora Doutora Tânia Alexandre dos Santos Costa e Sousa
Vogal: Professor Doutor Miguel Perez Neves Águas
Outubro 2014
ii
Agradecimentos
Quero expressar em primeiro lugar o meu agradecimento ao Professor Delgado Domingos,
numa fase inicial por ter permitido a realização desta dissertação em parceria com a Lisboa E-Nova.
Aos meus orientadores, À Professora Tânia Sousa, por ter aceite a orientação da presente
dissertação, pela disponibilidade, apoio e orientação no desenvolvimento deste trabalho. Ao
Engenheiro Nuno Cegonho, da Lisboa E-Nova, por todo o material, informação e conselhos
despendidos.
À Agência Municipal de Energia e Ambiente, Lisboa E-Nova, pela cedência de dados,
informações e disponibilidade para o uso do seu sistema de thin clients como caso de estudo, que
tornou possível a realização da presente dissertação.
Ao Professor Carlos Silva e Miguel Carvalho por todo a informação disponibilizada e apoio.
Gostaria de agradecer à minha família pelo apoio e dedicação que tiveram ao longo da minha
educação, pois é graças a eles que me formei enquanto pessoa. Agradeço igualmente aos meus
amigos, criados no curso e no estágio do Museu da Eletricidade, pela amizade verdadeira e toda a
ajuda que me deram ao longo deste percurso.
iii
Resumo
Cada vez mais existe uma preocupação maior com o uso que se dá à energia. Considerando
os diferentes impactos provocados pelo uso de energia e pela sua eficiência, há uma grande pressão
nas sociedades, tanto a nível económico como ambiental, assistindo-se a uma tendência para a sua
regulamentação e estabelecimento de metas e objectivos a atingir, quer a nível nacional quer
transnacional, em particular nos países mais desenvolvidos, como são o exemplo as metas da U.E.
(20-20-20) e o PNAEE.
A presente dissertação foca-se nas medidas que podem contribuir para melhorar a eficiência
energética em contexto urbano, pois é para as grandes cidades que se concentra cada vez mais a
população. De forma a entender que tipo de intervenções tem sofrido Lisboa no âmbito da eficiência
energética, efetuou-se uma síntese das principais medidas já implementadas e também de possível
implementação, e de estratégias com algumas análises dos seus impactos.
A medida selecionada como caso de estudo foi no domínio das tecnologias de informação e
comunicação, devido ao peso que representam atualmente nos consumos energéticos urbanos e à
sua potencialidade de crescimento. Analisou-se um sistema de terminais (thin client) em comparação
com um sistema de desktop PC, estimando os consumos energéticos de ambos os sistemas e o seu
peso na fatura energética, efetuando posteriormente uma análise económica aos 2 sistemas. Com os
dados recolhidos foi analisado um possível caso onde uma empresa ao adquirir um novo escritório
poderá decidir entre instalar um sistema de terminais ou de desktop PC.
Desta análise foi possível concluir que este tipo de medidas pode trazer grandes benefícios
para uma instituição, tanto a nível energético como económico. No entanto há factores chaves para a
tomada de decisão de implementação, por exemplo quando o número de operadores é o ideal a
solução passa a ter grande retorno financeiro, com custos de manutenção reduzidos e consumos
energéticos bastante inferiores. Mas caso o sistema de desktop PC seja realmente muito eficiente,
este tipo de medida poderá não compensar em termos energéticos mas sim apenas em termos
económicos.
Palavras-chaves: Eficiência energética, Lisboa, Thin Client, Aglomerados urbanos, análise
energética
iv
Abstract
The present works focus on measures that can contribute to improve energy efficiency in
urban areas, since communities are moving to this areas and it is where the values of energy
consumptions are higher. With this measures understand what types of interventions are more
suitable for a city like Lisbon as well as what kind of interventions have been done in the scope of
energy efficiency. A synthesis was done of the main actions that were already implemented and of
possible implementation in Lisbon.
The case study selected is under the scope of Information and Communication Technology,
due to its current weight in energy consumption in urban areas and its growth potential. The
technologies analyzed were a terminal system with thin clients compared with a system of desktop
PC. The values of energy consumption of both systems were estimated as well as their cost in the
energy bill, so it would be possible to perform an economic analysis to the two systems. With the data
collected 3 scenarios were created: a scenario where the technology used is only desktop PC
(scenario A); a scenario where the technology used is thin client with a server (scenario B) and a
mixed scenario, identical to the Lisbon Energy Agency comprising a mixed system where a thin clients
are used together with PC converted in client (scenario C). These scenarios were used to analyze the
factors that should be taken into account by a company that acquires a new office and has to decide
whether to implement a terminal system or a conventional desktop PC system.
With this analysis it was possible to conclude that this kind of action brings benefits to a
company both at an energetic and economic level. However, there some key factors that have to be
taken into account when choosing this kind of ICT systems, such as the number of operators. When
this number is ideal this system can bring, financial payback, lower costs with maintenance and lower
levels of energy consumptions. Although, if the desktop PC system is really efficient, with very low
values of energy consumption, this kind of measures might not bring any return in energetic terms but
only in economic terms.
Key words: Energy Efficiency, Lisbon, Urban Areas, Thin Client, Energetic analysis
v
Nomenclatura
PNAEE: Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética
PNAER: Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis
TC: Thin Client
DPC: Desktop Personal Computer
TIC: Tecnologias de Informação e Comunicação
LEN: Lisboa E-Nova
AVAC: Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado
GEE: Gases com Efeito de Estufa
GDC: Green Digital Charter
DGEG: Direção Geral de Energia e Geologia
LED: Light-emitting Diode
ACV: Análise Ciclo de Vida
VID: Virtualização de Infraestruturas de Desktop
AET: Armazenamento de Energia Térmica
CC: Cloud Computing
PCc: Personal Computer Convertido
SaaS: Software as a Service
PaaS: Platform as a Service
IaaS: Infrastructure as a Service
PPEC: Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de energia elétrica
IP: Iluminação Pública
POLIS: Identification and Mobilization of Solar Potentials via Local Strategies
ProSTO: Best Pratice Implementation of Solar Thermal Obligations
vi
Índice
Agradecimentos ........................................................................................................................... ii
Resumo....................................................................................................................................... iii
Abstract ....................................................................................................................................... iv
Nomenclatura ..............................................................................................................................v
Índice .......................................................................................................................................... vi
Índice de Figuras ...................................................................................................................... viii
Índice de Tabelas ........................................................................................................................x
1. Introdução ............................................................................................................................ 1
1.1. Motivação .................................................................................................................... 1
1.2. Objetivos ...................................................................................................................... 4
1.3. Estrutura da dissertação .............................................................................................. 5
2. Consumos energéticos nas cidades.................................................................................... 7
2.1. Caraterização dos consumos energéticos de Lisboa.................................................. 7
2.2. Medidas de eficiência energética – Lisboa ............................................................... 12
2.2.1. Iluminação Pública na cidade ............................................................................... 12
2.2.2. Edifícios e Energia Renovável ............................................................................. 15
2.2.3. Sistemas Integrados de Gestão ........................................................................... 22
2.2.4. Coberturas e Fachadas Verdes ........................................................................... 24
2.3. Medidas de eficiência energética – outros casos ...................................................... 26
2.3.1. Sistemas de Armazenamento de Energia ............................................................ 26
3. Caso de estudo.................................................................................................................. 33
3.1. Thin Client .................................................................................................................. 33
3.2. Virtualização de Infraestruturas de Desktop (VID) .................................................... 37
3.3. Zero Client ................................................................................................................. 37
4. Metodologia ....................................................................................................................... 39
4.1. Cenário da Lisboa E-Nova (LEN) .............................................................................. 40
4.2. Resultados e discussão ............................................................................................. 43
4.2.1. Análise Energética ............................................................................................... 45
4.2.2. Análise Económica ............................................................................................... 48
vii
4.2.3. Análise de sensibilidade ao Caso 2 ..................................................................... 55
5. Conclusões ........................................................................................................................... 61
Bibliografia ................................................................................................................................ 66
Anexos ...................................................................................................................................... A1
A1 – Consumos da cidade de Lisboa e Portugal ..................................................................... A1
A2 – Dados recolhidos na Lisboa E-Nova .............................................................................. A11
A3 – Outros dados recolhidos na Lisboa E-Nova .................................................................. A24
viii
Índice de Figuras
Figura 1 – Comparação dos consumos de energia elétrica Lisboa vs. Nacional per capita ________ 8
Figura 2 – Comparação da venda de petróleo e derivados Lisboa vs. Nacional per capita ________ 10
Figura 3 – Comparação dos valores de consumo de G.N. Lisboa vs. Nacional _________________ 11
Figura 4 – Gráfico dos valores de poupança energética das medidas para iluminação pública. ____ 14
Figura 5 – Metodologia da Lisboa E-Nova (Lisboa E-Nova 2014a) __________________________ 16
Figura 6 – Carta do Potencial solar de Lisboa <fonte: http://lisboaenova.org/cartasolarlisboa> ____ 17
Figura 7 e 8 – Escola Luiza Neto Jorge, painéis à esquerda, colector à direita _________________ 19
Figura 9 – Carta do Potencial de Integração de Sistemas Solares na Baixa Pombalina de Lisboa
(fonte: E-Nova) __________________________________________________________________ 20
Figura 10 – Alguns dos investimento efectuados em painéis solares (térmico e fotovoltaico). _____ 21
Figura 11 – Esquema da plataforma BESOS (fonte:http://besos-project.eu/) __________________ 23
Figura 12 e 13 – Terraço do jardim Calouste Gulbenkian à esquerda. Fonte:
<http://www.gulbenkian.pt/>; Vista da ETAR de Alcântara à direita. Fonte: <http://www.adp.pt/> ___ 25
Figura 14 – Vista aérea do edifício da PT em Picoas.(Costa 2010) __________________________ 25
Figura 15 – Célula de Armazenamento em Borås, Suécia. Fonte:
<http://www.dalkia.com/en/solutions/case-studies/boras.htm> ______________________________ 27
Figura 16 – Sistema de armazenamento com bombagem. (Gao et al. 2014) __________________ 28
Figura 17 – Sistema de armazenamento flywheel.(Kousksou et al. 2013) _____________________ 29
Figura 18 – Esquema de um sistema de armazenamento de bateria de fluxo.(Kousksou et al. 2013) 31
Figura 19 – Esquema de um TC (com nuvem) e de um DPC. (Vereecken et al. 2010) ___________ 34
Figura 20 – ACV a um DPC e TC num período de 5 anos (adaptado de (Maga et al. 2012)) ______ 35
Figura 21 – Um Thin Client (esquerda) e um Desktop PC (direita) (Fraunhofer 2011) ___________ 36
Figura 22 – Esquema de um exemplo de virtualização de infraestruturas Desktop ______________ 37
Figura 23 – Zero Client (fonte: http://www.dell.com/us/business/p/dell-fx100/pd) _______________ 38
Figura 24 – Metodologia ___________________________________________________________ 39
Figura 25 – Servidor de Terminais da LEN, IP BRICK. (fonte:
http://www.ipbrick.pt/index.php?oid=2017) _____________________________________________ 40
Figura 26 – Tomada AVIDSEN ______________________________________________________ 41
Figura 27 – Consumo ao longo de um dia do Servidor, Thin Client e PC convertido na Lisboa E-Nova
_______________________________________________________________________________ 45
Figura 28 – Distribuição dos consumos do sistema IT da LEN _____________________________ 46
Figura 29 – Consumo anual do Servidor, dos 4 thin clients e 6 PCcs da LEN e de 10 DPCs ______ 47
Figura 30 – Período de Payback do caso 2 ____________________________________________ 54
Figura 31 - Análise à variação da taxa de atualização ____________________________________ 55
Figura 32 – Variação do VAL consoante a variação no custo da energia utilizada por cada aparelho 56
Figura 33 – Variação da poupança na fatura energética consoante os encargos energéticos de cada
aparelho ________________________________________________________________________ 56
ix
Figura 34 – Análise de sensibilidade ao custo da manutenção _____________________________ 57
Figura 35 – Análise de sensibilidade ao custo unitário dos PCs ____________________________ 57
Figura 36 – Variação do VAL consoante o número de utilizadores __________________________ 58
Figura 37 – Variação do VAL do projeto consoante a variação do consumo anual de DPCs ______ 59
Figura 38 – Comportamento da poupança energética variando o consumo anual dos DPCs ______ 59
x
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Consumos de energia elétrica em Lisboa por tipo de consumo, ano de 2011 (fonte: DGEG)
________________________________________________________________________________ 7
Tabela 2 – Consumo de energia elétrica nacional com consumos per capita ano de 2011 (fonte:
DGEG) __________________________________________________________________________ 8
Tabela 3 – Venda de Petróleo e derivados na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG) ______ 9
Tabela 4 – Venda de Petróleo e derivados Nacional, ano 2011 (fonte: DGEG)__________________ 9
Tabela 5 – Consumos de Gás Natural na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG) ________ 10
Tabela 6 – Consumo de Gás Natural Nacional, ano de 2011 (fonte: DGEG) __________________ 11
Tabela 7 – Objetivos proposto pela LEN na I.P. e Semáforos ______________________________ 14
Tabela 8 – Produção de renovável, solar fotovoltaico (Lisboa E-Nova 2014a) _________________ 22
Tabela 9 – ciclo diário para todos os clientes em BTN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE) _______ 41
Tabela 10 – Tarifário aplicável à LEN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE) ____________________ 42
Tabela 11 – Dados recolhidos em kWh, Pmax (W), V e A. ________________________________ 43
Tabela 12 – Consumo horário kWh ___________________________________________________ 44
Tabela 13 – Tarifa da eletricidade e ciclo diário aplicável à LEN ____________________________ 44
Tabela 14 – Custo horário do kWh ___________________________________________________ 44
Tabela 15 – Consumo anual e custo da energia do Servidor, dos thin clients, do PCc e dos DPCs _ 47
Tabela 16 – Plano de Investimentos cenários LEN e A ___________________________________ 49
Tabela 17 – Taxas de amortização dos vários aparelhos __________________________________ 49
Tabela 18 – Receitas e despesas num período de 5 anos _________________________________ 50
Tabela 19 – Análise de Investimento ao Caso 1 _________________________________________ 50
Tabela 20 – Resultados da análise de investimento do Caso 1 _____________________________ 51
Tabela 21 – Plano de investimento para um escritório com 20 operadores ____________________ 52
Tabela 22 – Depreciação, Receitas e Despesas ________________________________________ 53
Tabela 23 – Análise de investimento do caso 2 (Comparação dos cenários A e B) _____________ 53
Tabela 24 - Resultados da análise de investimento do Caso 2 _____________________________ 54
Tabela 25 – Comparação dos dois casos ______________________________________________ 55
Tabela 26 – VAL consoante o número de operadores ____________________________________ 58
Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG) __________________ A1
Tabela 28 – Consumo de energia elétrica na cidade de Lisboa (DGEG) ______________________ A4
Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG) _______________________________ A4
Tabela 30 – Venda total de Petróleo e derivados por atividade económica em Portugal continental em
toneladas (Fonte: DGEG) __________________________________________________________ A7
Tabela 31 – Vendas de petróleo e derivados na cidade de Lisboa por atividade económica (Fonte:
DGEG) _________________________________________________________________________ A9
1
1. Introdução
1.1. Motivação
No mundo atual uma das principais preocupações ao nível da energia é a compreensão do
seu consumo, desde a sua produção até ao uso final, bem como o conhecimento de que forma é que
a redução do consumo poderá ser implementada sem que ocorra uma diminuição na quantidade e
qualidade dos serviços. A Eficiência Energética (EE) pode contribuir mais para o crescimento
económico do que qualquer outra fonte de energia e, simultaneamente, reduzindo a procura de
energia reduzem-se também as emissões de gases com efeito de estufa de forma muito mais barata
do que com qualquer outra medida política.
Antes de assumir a forma de calor, frio, movimento ou luz, a energia sofre um percurso de
transformação mais ou menos longo, durante o qual uma quota-parte significativa é desperdiçada e
outra, a que chega ao consumidor final, nem sempre é devidamente aproveitada. A eficiência
energética pressupõe a implementação de estratégias e medidas para combater o desperdício de
energia ao longo do processo de transformação, desde que a energia é transformada até ser
utilizada. (EDP 2014)
Eficiência energética significa usar menos energia mantendo um nível equivalente de
atividade ou serviços económicos, ou seja, otimizar o consumo de energia. Com a eficiência
energética podem-se obter outros benefícios para além dos seus impactos positivos em termos
climáticos como, por exemplo, a melhoria da qualidade do ar e níveis de segurança energética
superiores já que se pode obter um mesmo nível de qualidade dos serviços e atividades com um
menor gasto energético. (ECEEE 2013)
O tema de produção e utilização da energia foi abordado no Protocolo de Quioto tendo sido
acordadas e estabelecidas metas e objetivos a atingir pelos países subscritores realativamente à
redução das emissões de CO2, assim como uma lista de recomendações de mudanças de políticas
que contribuem para atingir os objetivos propostos, nomeadamente no sector dos transportes e no
crescimento do uso das energias renováveis como fonte de produção energética. Contudo, se a
procura de energia continuar a aumentar será virtualmente impossível satisfazer as necessidades das
populações somente com o uso de renováveis. Uma possível solução passa então pela eficiência
energética, a base para uma sociedade sustentável. (Challoch Energy 2009)
Neste âmbito a União Europeia tem como objetivo alcançar 20% de redução das emissões de
gases com efeito de estufa (GEE) relativamente aos níveis de 1990; 20% da quota de produção de
energia ser proveniente de fontes de energia renováveis no consumo final bruto; e atingir 20% de
redução do consumo de energia primária relativamente à projeção do consumo para 2020. Estas são
as metas da EU para 2020, “20-20-20” (European Comission 2014c).
2
Para que estas metas sejam alcançadas, principalmente a de redução das emissões de GEE,
será necessária a substituição da produção de energia através de combustíveis fósseis
(termoeletricidade), pois este é o tipo de produção mais poluente. Para que a substituição de
combustíveis fósseis e outras fontes de energia não sustentáveis por energias renováveis seja
possível, sem colocar em causa a oferta de energia e as atividades inerentes a esta, o uso da
eficiência energética tem que ser uma das soluções. O uso da eficiência energética pode assim
fornecer o tempo necessário para que esta substituição ocorra de uma forma económica e
socialmente responsável. A possibilidade de implementar o vasto potencial em termos de ganhos de
eficiência energética pode permitir a um país produzir mais com menos energia e, portanto,
simultaneamente reduzir emissões e apoiar o crescimento económico (European Comission 2014a).
O impacto das medidas de eficiência energética pode estar muito dependente do
comportamento humano porque os consumidores reagem à eficiência aumentando a procura e
portanto diminuindo assim algumas das potenciais poupanças agregadas a este tipo de medidas
(Turner 2009), efeito conhecido como o rebound effect. No estudo realizado por (Yu et al. 2013) no
sector automóvel, carros elétricos ou híbridos podem levar a um aumento de quilómetros percorridos
e consequentemente a um aumento no consumo. Rebound effect poderá ser indireto ou direto, por
exemplo no sector doméstico caso os eletrodomésticos sejam muito eficientes o custo final da
energia diminui, podendo levar assim à aquisição de novos aparelhos por parte do consumidor que
não são necessários e consequentemente ao aumento do consumo de energia, sendo este um efeito
provocado indiretamente, enquanto diretamente é como referido anteriormente, devido às alterações
do comportamento do consumidor (Ghosh & Blackhurst 2014).
Portugal foi um dos países que se comprometeu a reduzir as emissões e os consumos
energéticos. Com o objetivo de cumprir estas metas foi criado o Plano Nacional de Ação para a
Eficiência Energética (PNAEE) que consiste na, implementação, monitorização e verificação de
medidas utilizadas para atingir as metas e objetivos delineados. Em Portugal, mediante um aumento
de eficiência energética, as metas foram um pouco mais ambiciosas e foi estabelecido um objetivo
geral de redução do consumo de energia primária de 25% e um objetivo específico para a
Administração Pública de redução de 30%. (XIX Governo 2013) Com a presente conjuntura
macroeconómica do País existe uma crescente necessidade de redução de custos, assim há que ter
em conta quais as medidas viáveis economicamente e que realmente levam a uma melhoria da
eficiência energética.
A um nível global os consumos de energia elétrica continuam a aumentar e é nas grandes
cidades onde este consumo é maior e onde poderão existir mais oportunidades de melhoria. Tendo
em mente que mais de metade da população mundial reside atualmente em aglomerados urbanos, e
são estas áreas urbanas que estão projetadas para absorver praticamente toda a população mundial
em 2050 (Thomas 2012) é imperativo que nestes locais o uso de energia seja efetuado de uma
forma sustentável e para isso a eficiência energética poderá ser a melhor ferramenta.
3
A medida selecionada para caso de estudo da presente dissertação foi uma solução na área
das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), os thin clients (TC), um sistema de terminais
que oferece um grande potencial no uso mais eficiente da energia em comparação com um sistema
tradicional de desktop PC. Esta tecnologia pode ainda ser usada como uma solução plausível de
melhoria de eficiência energética, redução de consumos e consequente diminuição de emissões de
GEE, em detrimento dos sistemas clássicos Desktop PC (DPC) no sector dos serviços mais
propriamente no domínio das TIC.
Este tipo de medidas vai de encontro ao Green Digital Charter (GDC), uma iniciativa criada
pela EUROCITIES que tem como objetivo, através da inovação, encontrar novas soluções de forma a
reduzir os consumos energéticos, a melhorar a eficiência energética e a reduzir as emissões de GEE,
sendo que um dos maiores meios de inovação reside nas TIC e é precisamente nesta área que se
centra esta iniciativa. Lisboa foi uma das cidades europeias que aderiu ao GDC (Charter 2011) e este
tipo de iniciativa vai ainda de encontro, e trabalha em paralelo com outras iniciativas como o Pacto de
Autarcas tornando-se assim mais uma ferramenta para a melhoria da eficiência energética numa
cidade.
Segundo (Gartner 2007) o sector das TIC é responsável por aproximadamente 2% das
emissões de CO2 globais, considerando a fase de produção, uso e o despejo do seu equipamento.
Este valor corresponde ao valor total de emissões no sector da aviação, de acordo com as
estimativas da Gartner, Inc, ou seja, possui enorme relevância numa contextualização global, o que
aliado ao facto deste sector ter ciclos de renovação bastante curtos permite uma grande margem de
manobra para o tornar mais eficiente. As emissões deste sector devem continuar a aumentar, de 0.53
milhões de toneladas, ano de 2002, para 1,43 milhões de toneladas em 2020 (Maga et al. 2012). No
entanto, alternativas específicas de TIC, como o TC, poderão ter impactes positivos com potencial de
redução de emissões de CO2. Os resíduos gerados pelo sector das TIC tem vindo a aumentar
consideravelmente e só na Europa este tipo de resíduo aumenta 3 vezes mais rápido que qualquer
outro tipo de resíduo como consequência dos já referidos períodos de inovação e de vida pequenos
(Fraunhofer 2011).
Esta medida foi escolhida em parceria com a Lisboa E-Nova (Agência Municipal de Energia e
Ambiente da cidade de Lisboa), Agência responsável por grande parte das medidas implementadas
em Lisboa no âmbito da eficiência energética. A medida em causa já estava implementada na própria
agência (cenário base), logo a obtenção de dados relativos ao consumo e investimento para posterior
análise, tanto energética como económica, seria facilitada pela própria agência. Por último é de
salientar que também pesou nesta escolha o facto desta medida estar inserida no sector com maior
peso relativo no uso final de eletricidade em Lisboa.
4
1.2. Objetivos
O objetivo inicial desta dissertação é a análise dos consumos energéticos da cidade de
Lisboa, observando quais as medidas que já foram implementadas analisando alguns desses
investimentos e as poupanças energéticas adquiridas.
De seguida pretendia-se analisar algumas medidas de possível implementação ou
simplesmente que possam acrescentar uma melhoria na eficiência energética de uma cidade como
Lisboa.
O caso de estudo da presente dissertação é a análise de um sistema de thin client
(computador em rede que não possui disco rígido e em que características encontradas num
computador tradicional, como memória, aplicativos, etc, estão armazenados num data center) com o
intuito de verificar se é possível este sistema poder melhorar a eficiência energética de uma
instituição em deterioramento do sistema tradicional de desktop PC. Esta comparação será analisada
tendo em conta os consumos energéticos de ambos os sistemas com o apoio de uma análise
económica do custo inicial de cada sistema e com o seu custo na fatura energética. O sistema a ser
analisado será o sistema de thin client já implementado na Lisboa E-Nova (Agência Municipal de
Energia e Ambiente).
Com a análise de ambos os sistemas, tanto económica como energética, compreender se é
legítimo concluir, como a bibliografia sugere, se existe realmente uma melhoria na eficiência
energética para uma instituição em escolher um sistema de thin client, estimando também os
encargos, inerentes a ambos os sistemas, na fatura energética considerando um cenário de ano 0.
Recorrendo a indicadores como a tarifa utilizada na Lisboa E-Nova (bi-horária) com os custos
de energia diferentes em cada período horário, medindo também in situ os consumos do sistema da
agência, ou seja, o sistema de thin client.
5
1.3. Estrutura da dissertação
A presente dissertação encontra-se dividida em 5 capítulos, a contar já com a Motivação
redigida no capítulo 1.1 que procura enquadrar o tema de eficiência energética com o panorama atual
tanto a nível nacional como da cidade de Lisboa e como esta temática surgiu e que metas a nível
europeu já foram traçadas. A restante dissertação encontra-se com a seguinte estrutura:
Capítulo 2: Neste capítulo procura-se caracterizar os consumos energéticos na cidade de
Lisboa bem como encontrar algumas das medidas para a melhoria da eficiência já implementadas em
Lisboa e alguns dos seus retornos, investimentos e poupanças energéticas. Em seguida faz-se ainda
uma revisão bibliográfica com algumas medidas que possam incrementar alguma melhoria na
eficiência energética de uma cidade.
Capitulo 3: Caraterização do caso de estudo da Lisboa E-Nova (LEN), o sistema de thin
client, com a explicação do sistema e metodologia utilizada. Apresentação dos dados recolhidos, do
equipamento presente na LEN e caraterização dos consumos obtidos.
Capítulo 4: Neste capítulo apresentam-se os resultados e consequentemente a discussão e
justificação dos mesmos, com o intuito de obter uma comparação entre o sistema de thin client e de
computadores tradicionais.
Capítulo 5: Por fim, reserva-se um último capítulo para as conclusões, identificação de
limitações e possíveis trabalhos futuros, no qual se sugere em que cenários a instalação de um
sistema de thin client será adequada.
7
2. Consumos energéticos nas cidades
A partir do século XX a população mundial cresceu a uma taxa nunca antes assistida na
História da humanidade, basta ter em conta que no ano de 1990 o planeta era habitado por cerca de
1650 milhões de pessoas, sendo que em 1999 atingiu os impressionantes 6000 milhões de
habitantes, continuando a crescer (United Nations 1999). Nos últimos 200 anos tem-se verificado um
aumento incrível no consumo de energia a nível mundial, tornando-se claro nas últimas décadas que
o fornecimento de energia não tem sido efetuado de forma sustentável (Deng et al. 2012). Para além
de que mais de 50% da população mundial vive atualmente em aglomerados urbanos e as áreas
urbanas estão projetadas para absorver praticamente toda a população mundial em 2050 (Thomas
2012).
Por estas razões torna-se pertinente a análise dos consumos energéticos da cidade de
Lisboa e de medidas aplicáveis em cidades para o melhoramento da eficiência energética. A cidade
de Lisboa é uma das cidades europeias que aderiu ao pacto de autarcas (Mayors 2008), em que o
objetivo é o de aumentar a eficiência energética das cidades criando um plano de sustentabilidade,
traçando objetivos e metas para redução de consumos de energia (Lisboa E-Nova 2008).
2.1. Caraterização dos consumos energéticos de Lisboa
Este capítulo tem como objetivo a análise dos consumos da cidade de Lisboa. A tabela
seguinte possui os valores de consumo de energia elétrica, em kWh, por tipo de consumo, na cidade
de Lisboa.
Tabela 1 - Consumos de energia elétrica em Lisboa por tipo de consumo, ano de 2011 (fonte: DGEG)
Consumo de Energia Elétrica
Tensão (kWh)
Sector Alta Baixa Total Per capita Agricultura (Normal) 1.407.083 2.378.450 3.785.533 6,91
Aquecimento c/ Contador Pp
0 136.493 136.493 0,25
Doméstico Normais 0 788.678.474 788.678.474 1440,16
Edifícios do Estado 350.508.363 102.163.136 452.671.499 826,60
Iluminação Vias Públicas 0 56.107.769 56.107.769 102,46
Indústria (Normal) 111.872.223 74.977.457 186.849.680 341,20
Indústria (Sazonal) 0 796 796 0,00
Não-doméstico/Serviços 882.669.706 790.423.489 1.673.093.195 3055,15
Tração 119.120.447 0 119.120.447 217,52
Total 1.465.577.822 1.814.866.064 3.280.443.886 5990,25
Analisando a tabela 1 é possível concluir que na cidade de Lisboa, a maior parte do consumo,
cerca de 51%, está destinado ao sector não-doméstico/serviços, sendo que o consumo doméstico
(24%) e edifícios do Estado (13%) apresentam, logo a seguir, os consumos mais elevados.
8
Os dados foram retirados da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), sendo de referir
que o sector “aquecimento com contador próprio” corresponde ao consumo de energia elétrica
destinada ao aquecimento ambiente, águas sanitárias e refeitórios com contador próprio (dedicado
apenas a este tipo de consumo) e tem por objetivo separar este tipo de consumo do restante
consumo da instalação.
Tabela 2 – Consumo de energia elétrica nacional com consumos per capita ano de 2011 (fonte: DGEG)
Consumo de Energia Elétrica
Tensão (kWh)
Sector Alta Baixa Total Per Capita (fonte: INE)
Agricultura 441.583.470 516.015.248 957.598.718 90,66 Aquecimento c/ Contador Pp
0 6.375.896 6.375.896 0,60
Doméstico Normais 9.773.261 13.215.834.164 13.225.607.425 1252,17 Edifícios do Estado 1.441.229.978 1.119.179.743 2.560.409.721 242,41 Iluminação Vias Públicas
0 1.555.469.458 1.555.469.458 147,27
Indústria (Normal) 15.172.888.656 1.311.839.065 16.484.727.721 1560,73 Indústria (Sazonal) 0 13.017.821 13.017.821 1,23 Não-doméstico/Serviços
4.941.053.490 6.373.470.933 11.314.524.423 1071,23
Tração 390.999.752 0 390.999.752 37,02 Total 22.397.528.607 24.111.202.328 46.508.730.935 4403,33
Na Tabela 2 é possível observar os consumos de energia elétrica a nível nacional por tipo de
consumo. Verifica-se que os consumos de Lisboa quando comparados com os consumos a nível
nacional possuem um grande peso nos sectores; edifícios do Estado (17% do consumo Nacional
neste sector), no não-doméstico/serviços (cerca de 15% do consumo Nacional), e de tração (cerca de
30%). Do consumo de energia elétrica nacional, Lisboa representa cerca de 7% desse consumo.
Figura 1 – Comparação dos consumos de energia elétrica Lisboa vs. Nacional per capita
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Lisboa Portugal
%
Per capita
Consumos de energia elétrica
Tração
Não-doméstico/Serviços
Indústria (Sazonal)
Indústria (Normal)
Iluminação Vias Públicas
Edifícios do Estado
Doméstico Normais
Aquecimento c/ Contador Pp
Agricultura (Normal)
9
Numa análise do ponto de vista per capita os consumos (Figura 1) em Lisboa são sempre
menores exceto nos sectores “Edifícios do Estado” e “Não-doméstico”, ou seja, os sectores
dedicados aos serviços, sendo que o consumo per capita de energia elétrica é, na sua totalidade,
superior ao Nacional.
Tabela 3 – Venda de Petróleo e derivados na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG)
Venda de Petróleo e derivados
Tonelada
Sector Energético Não Energético (Lubrificantes, Asfalto)
Total Per Capita
Agricultura 2.518 101 2.619 0,005
Doméstico 1.016 - 1.016 0,002
Indústria 1.621 185 1.806 0,003
Serviços 28.475 3.807 32.282 0,059
Transportes 556.235 331 556.566 1,016
Construção 2.638 26.178 28.816 0,053
Energia 1.759 17 1.776 0,003
Total 594.262 30.619 624.881 1,141
Analisando os valores apresentando na Tabela 3, é possível concluir que a venda de
petróleo e derivados se destina quase na totalidade ao sector dos transportes apresentado o
consumo de 556.235 toneladas no ano de 2011. Separou-se os produtos com fins energéticos dos
não energéticos (lubrificantes e asfalto), pois esta análise tem como objetivo a caraterização dos
consumos energéticos na cidade de Lisboa.
O sector “ENERGIA” corresponde ao conjunto das CAEs (Classificação das Atividades
Económicas): produção, transporte, distribuição e comércio de eletricidade; produção, distribuição e
comércio de gás; produção e distribuição de vapor, água quente e fria e ar frio por conduta.
Tabela 4 – Venda de Petróleo e derivados Nacional, ano 2011 (fonte: DGEG)
Venda de Petróleo e derivados
Tonelada
Sector Energético Não Energético (Lubrificantes, Asfalto)
Total Per capita
Agricultura 245.263 330 245.593 0,023
Doméstico 91.813 1 91.814 0,009
Indústria 2.104.640 16.776 2.121.416 0,201
Serviços 589.346 36.131 625.477 0,059
Transportes 5.625.701 2.029 5.627.730 0,533
Construção 146.177 340.802 486.979 0,046
Energia 532.229 2.710 534.939 0,051
Total 9.335.169 398.779 9.733.948 0,922
De referir que algum do petróleo e derivados adquiridos na cidade pode ser consumido fora
desta, ou seja, trata-se apenas do petróleo e derivados vendido dentro da cidade de Lisboa, podendo
este ser ou não consumido no seu interior.
10
Figura 2 – Comparação da venda de petróleo e derivados Lisboa vs. Nacional per capita
Por habitante, na cidade de Lisboa, é no sector dos “Transportes” onde há maior consumo, e
à semelhança do que se passa nos consumo de energia elétrica, também no consumo de petróleo e
derivados o consumo per capita, na sua totalidade, é maior na cidade de Lisboa do que a nível
Nacional (Tabela 4). A Figura 2 apresenta uma comparação entre os valores per capita em
percentagem de Lisboa vs. Nacional.
Tabela 5 – Consumos de Gás Natural na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG)
Consumo de Gás Natural
Sector 103Nm
3 Per capita
Agricultura 192 0,0004
Doméstico 48.497 0,0886
Indústria 1.446 0,0026
Serviços (estado) 44.145 0,0806
Transportes 4.622 0,0084
Construção 684 0,0012
Energético 6.470 0,0118
Total 106.056 0,1937
Na Tabela 5 é possível observar os valores de consumo de Gás Natural (G.N.) na cidade de
Lisboa, concluindo-se que a maioria do consumo de G.N. pertence ao sector dos Serviços e
Doméstico. Aqui o sector Energético possui o mesmo significado do que o sector “ENERGIA” da
Tabela 4.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Lisboa Portugal
%
Per Capita
Venda de petróleos e derivados
Energia
Construção
Transportes
Serviços
Indústria
Doméstico
Agricultura
11
Tabela 6 – Consumo de Gás Natural Nacional, ano de 2011 (fonte: DGEG)
Consumo de Gás Natural
Sector 103Nm
3 Per capita
Agricultura 8.296 0,0008
Doméstico 279.797 0,0265
Indústria 1.284.075 0,1216
Serviços (estado) 236.862 0,0224
Transportes 19.990 0,0019
Construção 12.887 0,0012
Energético 2.908.238 0,2753
Total 4.750.145 0,4497
Na análise por habitante no consumo de G.N. (Tabela 6), é novamente nos sectores
“doméstico”, “transportes” e “serviços” onde a cidade de Lisboa possui um maior consumo do que a
nível Nacional, contudo o consumo de G.N. per capita é inferior na cidade de Lisboa, na sua
totalidade, devido ao facto de uma grande fração do G.N. ser consumido na indústria e no sector
energético. A Figura 3 apresenta a comparação dos valores per capita em percentagem entre Lisboa
e Portugal.
Figura 3 – Comparação dos valores de consumo de G.N. Lisboa vs. Nacional
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Lisboa Portugal
%
Per Capita
Consumo de G.N.
Energético
Construção
Transportes
Serviços (estado)
Indústria
Doméstico
Agricultura
12
2.2. Medidas de eficiência energética – Lisboa
2.2.1. Iluminação Pública na cidade
As medidas de melhoria de eficiência energética relacionadas com esta área passam muito
pela substituição das lâmpadas já existentes ou a utilização de técnicas de gestão da própria
iluminação pública. Algumas das lâmpadas mais utilizadas para substituição são as lâmpadas
fluorescentes compactas e as LED (Light emitting diodes). Em termos de controladores de iluminação
estes poderão ser interruptores manuais, controladores com programação temporal, de movimento ou
sensíveis à luz do dia, com estes controladores a poupança energética poderá obter uma redução na
ordem dos 30% com um payback time de 2 a 3 anos.
A substituição de lâmpadas é o método com maior eficiência para a redução de consumos de
energia, contudo a utilização de balastros mais eficientes ou técnicas de controlo adequadas poderão
também ser pertinentes para um menor consumo energético e ainda a mudança de horário utilizado
poderá também significar uma diminuição nos consumos energéticos. No caso dos balastros estes
compensam a variação de voltagem no fornecimento elétrico, já que estes não necessitam de
bobinas nem de campos eletromagnéticos, conseguem obter um funcionamento de maior rendimento
do que os magnéticos. A redução obtida por balastros electrónicos pode chegar aos 7% (Lisboa E-
Nova 2013d).
Outro tipo de controlo possível de ser utilizado são os sistemas de telegestão, estes permitem
que os sistemas de iluminação reajam automaticamente a parâmetros externos, como ao nível de luz
do dia, à densidade de tráfego ou mesmo às condições meteorológicas, permitem ainda ter
conhecimento de quando uma lâmpada está fundida e reportar assim a localização da mesma.
2.2.1.1. Semáforos
Neste sector a tecnologia a ter em conta são os LED (light emitting diodes), as suas grandes
vantagens são: uma poupança superior a 50% de energia comparativamente às lâmpadas
incandescentes; a luz emitida tem maior visibilidade do que a incandescente; tem um tempo de vida
útil de 100.000 horas, 10 vezes superior à incandescente.
Na cidade de Lisboa existem 9.900 semáforos com um consumo de 9 GWh/ano o que
corresponde a uma despesa na fatura energética anual na ordem dos 1,3 milhões de € da Câmara
Municipal de Lisboa (CML). Encontra-se atualmente em vigor a troca das lâmpadas tradicionais dos
semáforos por ópticas com tecnologia LED (light emitting diodes) na área da Praça do Comércio até
ao Marquês de Pombal. Evitar-se-á com esta medida um consumo energético anual
aproximadamente de 1300 MWh e subsequente redução de 48 toneladas de CO2 de emissões por
ano o que irá reduzir na factura energética anual do Município de Lisboa um valor na ordem dos
130.000 €.(Lisboa E-Nova 2013e)
13
No âmbito do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica 2009/2010
(PPEC) foram substituídas no Eixo Marquês Pombal / Baixa Pombalina 1420 ópticas evitando assim
um consumo anual de 523 MWh com um benefício económico anual de 51.726 €.
Em 2011 no âmbito do PPEC 2011/2012 procedeu-se ao início da obra para a substituição
por tecnologia LED no Eixo Marquês de Pombal - Campo Grande, Av. Gago Coutinho e Parque das
Nações, com a realização desta medida espera-se evitar um consumo anual de 783 MWh com um
benefício económico anual de 80.711€, sendo necessário substituir cerca de 2476 ópticas. Com estas
duas iniciativas ficam ainda por substituir 9480 semáforos (22465 ópticas), existindo já um Plano para
a substituição do remanescente parque semafórico da cidade, estima-se que a poupança eléctrica
será de aproximadamente 92%, representando mais de 6 GWh anuais de poupança e mais de 1300
toneladas de CO2 evitadas.(Lisboa E-Nova 2013e)
Para monitorização desta tecnologia instalaram-se contadores com leitura por telemetria num
armário de controlo de tráfego.
2.2.1.2. Iluminação Pública
Na cidade de Lisboa existem cerca de 60.000 candeeiros com um consumo associado de 62
GWh/ano e uma despesa de 8,2 milhões de € por ano na fatura energética. As medidas a serem
aplicadas nesta área será a implementação de balastros electrónicos, a intervenção será realizada
em 1625 lâmpadas das quais 1000 não irão possuir controlo remoto e as restantes, 625, serão
integradas num sistema de gestão de iluminação com controlo ponto a ponto. Estima-se uma redução
de consumo de 791 MWh o que corresponde na factura energética uma redução superior a 80 mil €
anuais.(Lisboa E-Nova 2013d)
No caso dos balastros sem controlo remoto a substituição será feita a candeeiros com
lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão de 250 W, ocorrerá então a troca dos balastros
ferromagnéticos por electrónicos com redução noturna de fluxo luminoso pré-prolongado, esta
medida apresenta um investimento de baixo custo com um payback time relativamente baixo, cerca
de 2 anos. No entanto, esta solução não apresenta grande flexibilidade pois impede o controlo remoto
do fluxo luminoso noturno, ou seja, uma alteração tanto dos horários como da intensidade obrigaria a
uma intervenção na própria armadura do candeeiro.
Quanto aos balastros de controlo ponto a ponto (nas restantes 625 lâmpadas) estas já
possuem um controlo remoto de redução de fluxo luminoso. Aqui o investimento é um pouco superior
relativamente à medida anterior, com um payback também superior, cerca de 4 anos. Esta medida
tem uma maior versatilidade, sendo a grande vantagem a possibilidade de controlar a redução do
fluxo luminoso noturno tanto em horário como em intensidade, como também obter informação do
funcionamento das lâmpadas em causa (Lisboa E-Nova 2013d).
Outra medida aplicada na cidade de Lisboa foi a “Iluminação Eficiente de Monumentos” onde
se reduziu o horário da iluminação dos Monumentos até 1 hora por dia, com esta medida regista-se
14
uma poupança de 18% do consumo de 1,6 GWh por ano que os Monumentos gastam em iluminação,
ou seja, uma poupança na factura energética na ordem dos 28.000 Euros(Lisboa E-Nova 2013d).
Na figura em baixo estão representados todos os valores de poupança, tanto energéticos
como os da fatura, das medidas da Lisboa E-Nova (LEN) para a iluminação pública nos semáforos,
balastros e na poupança da iluminação em monumentos. De referir que nos semáforos faltam ainda
mudar 2500 ópticas. (Lisboa E-Nova 2013d)
Figura 4 – Gráfico dos valores de poupança energética das medidas para iluminação pública.
Na tabela em baixo (Tabela 7) são apresentados os objetivos propostos pela LEN para a
cidade de Lisboa no que diz respeito à iluminação pública e semáforos e tem como impacto a
redução do consumo de energia na iluminação pública de 50% e nos semáforos na ordem dos 80%.
Tabela 7 – Objetivos proposto pela LEN na I.P. e Semáforos
1300 MWh
791 MWh
300 MWh
-
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
Po
up
an
ça n
a f
atu
ra e
nerg
éti
ca (€)
Poupança energética (MWh)
Poupança de energia e na fatura energética
Semaforos*
Balastros
Monumentos
Ações Redução de
energia (GWh/ano)
Redução na fatura energética (M€/ano)
Investimento (M€)
Iluminação Pública
31 4,1 41
Semáforos 6,3 1,1 2,2
Total 37,3 5,2 43,2
15
2.2.2. Edifícios e Energia Renovável
Na cidade de Lisboa, a Agência Municipal de Energia e Ambiente (Lisboa E-Nova) é das
principais entidades no que trata a implementação de ações para a melhoria da eficiência energética.
Os edifícios e instalações públicas em Lisboa consomem cerca de 119 GWh/ano o que corresponde
a uma despesa na fatura energética de 18 milhões de euros por ano (Lisboa E-Nova 2014b).
Nos edifícios uma das ações realizadas para a melhoria da eficiência energética foi a
colocação de gestores remotos que analisam o consumo elétrico de 15 em 15 minutos no período de
3 anos. São efectuadas visitas técnicas para a identificação de oportunidades de melhoria na
eficiência energética, com esta medida pode alcançar-se poupanças energéticas na ordem dos 1,5
GWh/ano (Lisboa E-Nova 2014a).
Algumas das ações propostas para os edifícios públicos passa por:
Aumento da eficiência de equipamento (ar condicionado, iluminação, etc…)
Alteração comportamental nos serviços
Renovável para autoconsumo (instalação de capacidade de produção)
2.2.2.1. Recurso Solar
Atualmente, a energia solar é considerada a fonte de energia renovável mais apropriada para
abastecimento, existindo um enorme apelo ao uso da radiação solar, tanto a nível de engenharia
como de arquitetura. O solar térmico pode desempenhar um papel chave na redução das emissões
de CO2 e também na melhoria da qualidade de vida de uma comunidade. Mais de metade da energia
consumida na Europa é utilizada na transferência de calor para os edifícios e aplicações
industriais(Pauschinger 2009). Os coletores solares térmicos convertem a radiação solar em energia
térmica (Hasan & Sumathy 2010) e esta tecnologia traz reduções significativas de emissões de CO2,
pois a energia primária utilizada é a radiação solar. Estes coletores aquecem e bombeiam um líquido
ou gás, ou permitem que este possam fluir por convecção térmica à volta de um circuito e podem
tanto ser utilizados no sector comercial como residencial, para o aquecimento de águas, aquecimento
de espaços ou processos de aquecimento industrial. (European Comission 2010).
Quanto às células fotovoltaicas estas são usadas na conversão direta de radiação solar em
energia elétrica, requerem pouca manutenção e uma grande vantagem desta tecnologia é o facto de
conseguir-se obter sistemas que podem fornecer outputs de mircrowatts a megawatts,
consequentemente podem ser utilizados como fonte de energia, bombeamento de água, sistemas
solares domésticos, comunicações, satélites ou mesmo a grande escala, uma central. (Parida et al.
2011). As células fotovoltaicas disponíveis atualmente vão desde tecnologias que incluem wafer-
based silicon a uma variedade de tecnologias thin film. (Bagnall & Boreland 2008).
A principal diferença entre sistemas solares térmicos e fotovoltaicos consiste no facto que o
solar térmico produz calor e o fotovoltaico eletricidade.
16
Para a implementação de um painel solar há que ter em conta que a sua localização irá
influenciar a quantidade de energia que este produz, sendo que o tempo de vida útil destes coletores
solares são em média de 30 anos(Gaiddon et al. 2009). O desempenho de um painel é descrito pela
quantidade de luz solar que este recebe e transforma em calor útil, pode ser calculado quando são
conhecidos os inputs e outputs da temperatura média (Tmédia), temperatura ambiente (Tambiente) e a
radiação solar (I) pela seguinte equação (1):
( )
(European Comission 2010) (1)
Em que os coeficientes a0 e at dependem da própria construção do painel e são determinados
pelos laboratórios autorizados.
2.2.2.2. Painéis solares em Lisboa
Na cidade de Lisboa a Lisboa E-Nova utilizou a metodologia da Figura 5 para a seleção dos
edifícios para a possível produção de energia renovável para autoconsumo.
Figura 5 – Metodologia da Lisboa E-Nova (Lisboa E-Nova 2014a)
Com o auxílio da carta do potencial solar (Figura 6) foram identificados os edifícios que
apresentavam um elevado potencial solar numa área coberta superior a 2000 m2 e de seguida foi
feita a caraterização do material das coberturas selecionadas, titularidade dos edifícios e validação da
área disponível. Com os gestores remotos retirou-se o perfil de consumo elétrico por edifício sendo
assim possível identificar os momentos onde a energia é consumida e posteriormente associar ao
nível de radiação média diária.
Carta de Potencial
Solar
Seleção de Edifícios
Perfil de consumo
elétrico por edifício
Avaliação Técnico-
Económica
Proposta de Ação
18
Para a avaliação técnico-económica foi efectuado primeiro o cálculo energético,
dimensionamento da área dos módulos fotovoltaicos tendo como base o perfil retirado com o auxílio
dos gestores remotos. Como investimento a Lisboa E-Nova teve apoios do Portugal 2020 e como
receitas líquidas a valorização da energia gerada pelo sistema fotovoltaico (autoconsumida e
exportada).
2.2.2.3. Sistemas Solares Térmicos
A nível nacional a legislação em vigor até 2013, a qual foi usada para a implementação da
maioria das medidas referenciadas no presente capítulo, referente ao uso de solar térmico, foi o
RCCTE (Regulamento das Características de comportamento térmico dos Edifícios). Este obrigava à
instalação de coletores solares térmicos para produção de Águas Quentes Sanitárias (AQS) nos
novos edifícios e nas reabilitações abrangidas por este RCCTE. Este tema foi ainda abordado no
Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE) no sector Residencial e Serviços
através da iniciativa “Programa Solar Térmico 2009”, onde se criou um quadro de incentivos
associados à aquisição de equipamentos para aquecimento e AQS para o segmento residencial.
Neste Plano foram ainda abordadas as poupanças alcançadas, sendo que a energia poupada em
tonelada equivalente de petróleo (tep) foi de 16.303.(XIX Governo Constitucional 2013)
A nova legislação entrou em vigor no ano de 2013 no dia 1 de Dezembro, decreto-lei (DL)
118/2013 de 20 de Agosto, aborda a revisão do Sistema de Certificação Nacional (SCE),
Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH) e o Regulamento de
Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS). Este documento tem a
peculiaridade de agregar num só diploma os 3 regulamento acima referidos e o facto de que os
edifícios de habitação e os de serviços e comércios estão separados. Como na legislação anterior, as
medidas referentes ao comportamento térmico do edifício, deverão ser aplicadas de modo diferente a
edifícios novos, a grandes remodelações e a edifícios existentes. Este novo DL substitui assim os
anteriores Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios,
Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios e Regulamento das
Características de Comportamento Térmico dos Edifícios.
Os sistemas solares térmicos podem ser aplicados com um termossifão ou por circulação
forçada, no primeiro caso o reservatório de água quente está acoplado ao coletor enquanto nos de
circulação forçada o reservatório está localizado no interior do edifício (ou zona adjacente e não na
cobertura). Quanto à concepção estes sistemas podem ser centralizados ou individuais, em
reabilitação os sistemas individuais são os mais viáveis em termos técnicos e económicos. (União
Europeia, 2013)
Na cidade de Lisboa a Agência E-Nova (LEN) foi responsável por projetos como a
Reabilitação Sustentável para Lisboa, que teve como objetivo promover o alargamento da prática de
reabilitação sustentável, e em que aplicaram também medidas no âmbito de coletores solares. A
utilização de coletores solares térmicos nos 4 edifícios em estudo (Edifício de uma escola pública,
Edifício de construção entre 1946 e 1990, outro de 1920 e 1945 e de 1990 e 2007) teve como objetivo
19
a produção de águas quentes sanitárias de acordo com as necessidades de águas quentes do
edifício.(Lisboa E-Nova 2010)
Com o intuito de candidatar as piscinas municipais (do Oriente, Rego, Restelo, Vale Fundão e
Alvito) ao Programa “Greenbuilding”, a Lisboa-e-Nova em conjunto com a Direção Geral de Geologia
e Energia (DGEE/ADENE) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), considerou logo na fase de
concepção e projeto medidas de eficiência energética e de utilização de energias renováveis para
estas infraestruturas. Uma dessas medidas, que ia também de encontro com o cumprimento dos
respectivos Regulamentos Térmicos (RCCTE), foi a incorporação de 112 coletores solares térmicos,
em cada infraestrutura, de modo a garantir 2/3 das necessidades de águas quentes. O investimento
total da inclusão de coletores solares térmicos nas piscinas municipais foi de 704.120 €, com o qual
se projetou uma poupança anual de 66.372 € em Gás Natural e com subsequente redução de 410
toneladas de emissões de CO2, com um período de retorno do investimento de 10, 11 anos.(Lisboa
e-nova 2006). No mesmo âmbito foram selecionadas as instalações, da Escola Básica do 1º Ciclo
Luiza Neto Jorge e o Jardim de Infância associado (Figura 7 e 6), onde se instalou um sistema solar
térmico constituído por 3 coletores CPC (Coletor Parabólico Concentrado Composto), com uma
produtividade de 542 kWh/m2.painel, evitando 657 Kg CO2eq./ano de emissões e 3,10 MWh/ano de
combustível fóssil não consumido (equivalente a 300m3 de Gás Natural).(Vieira et al. 2010)
Figura 7 e 8 – Escola Luiza Neto Jorge, painéis à esquerda, colector à direita
Fonte: <http://futurcompet.aeportugal.pt/Documentation/EnergiasRenovaveis.pdf>
Entre 2008 e 2010 decorreu o projeto ProSTO (Solar Thermal Obligations) com o intuito de
desenvolver melhores práticas na adopção de obrigações de utilização de sistemas solares térmicos
sendo estas práticas mecanismos legais que obrigam os proprietários dos edifícios a instalar
sistemas solares térmicos em edifícios novos ou naqueles que tenham sofrido grandes
remodelações. Na cidade de Lisboa a realização deste projeto teve como meta identificar os
obstáculos à implementação da obrigação de utilização de sistemas solares térmicos já existentes no
país que estava ao abrigo dos regulamentos RSECE e RCCTE.(Lisboa E-Nova 2013b)
Em Lisboa umas das ações concretizadas foi a promoção da integração destes sistemas ao
nível do edifício, o que resultou na integração de critérios adicionais para a adopção destes sistemas
no Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa (RMUEL), nomeadamente a
obrigatoriedade de apresentar no projeto e arquitetura os elementos que constituem o sistema solar
20
térmico, bem como a de integração dos coletores na cobertura e ocultação do depósito de
armazenamento de água quente. Adicionalmente analisou-se o caso da Baixa Pombalina de Lisboa
de onde resultou a Carta de Potencial Solar de Integração de Sistemas Solares na Baixa, uma carta
informativa que detalha (Figura 9), para cada cobertura, a orientação e área disponível para a
integração de sistemas solares. (Lisboa E-Nova 2013b)
Figura 9 – Carta do Potencial de Integração de Sistemas Solares na Baixa Pombalina de Lisboa (fonte: E-Nova)
Outro projeto implementado na cidade de Lisboa foi o POLIS (Identification and Mobilization
of Solar Potentials Via Local Strategies) tendo sido desenvolvido no âmbito do Programa Energia
Inteligente Europa e cofinanciado pela Comissão Europeia. Este projeto teve como objetivo promover
a dimensão do planeamento urbano solar através do estudo do potencial de integração/adoção de
tecnologias solares na Europa. Daqui surgiu a Carta do Potencial Solar do Concelho de Lisboa que
permite identificar o potencial solar para todos os seus edifícios. (Lisboa E-Nova 2013c). Ainda no
âmbito do Programa Energia Inteligente Europa está em desenvolvimento o projeto Urban Sol Plus
que tem como objetivo promover a adopção de sistemas solares térmicos em edifícios multi-
residenciais existentes e edifícios classificados como património histórico, onde vários municípios
Europeus irão partilhar experiências, analisar casos de sucesso e desenvolver planos de adaptação
com vista à promoção da instalação destes sistemas. Na cidade de Lisboa a ação passará pela
promoção destes sistemas em edifícios multifamiliares procurando auxiliar os condomínios a
encontrar as melhores soluções.
2.2.2.4. Sistemas Solares Fotovoltaicos
Quanto a aplicação da tecnologia solar fotovoltaica, algumas das medidas que foram
aplicadas na cidade de Lisboa, são complementos das anteriormente descritas no capítulo dos
solares térmicos, como é o exemplo da Escola Luiza Neto Jorge, onde para além da instalação dos
coletores solares térmicos, foi também instalado um sistema fotovoltaico constituído por 20 painéis de
silício policristalino, orientados a Sul, com uma inclinação entre os 25º e os 30º, integrado na
cobertura, que assegura a transformação de eletricidade produzida de corrente contínua para
21
corrente alterna e também a ligação à rede. A este projeto está associado uma produtividade de 180
kWh/m2.painel, evitando 1945 kg CO2 eq./ano de emissões e 4,3 MWh/ano de combustível Fóssil
não consumido. O custo de ambas as instalações (solar térmico e fotovoltaico) foi de 22.000€. (Vieira
et al. 2010)
Um dos melhores exemplos da aplicação da tecnologia solar fotovoltaico e também térmica,
foi no edifício Solar XXI, onde foi projetado um sistema solar fotovoltaico que cobre uma superfície
total de cerca de 100 m2. A totalidade destes painéis permite o fornecimento direto de energia elétrica
ao edifício de 12 kWp, capazes de produzir 12000 kWh/ano para as condições específicas de
integração vertical na fachada e para o clima de Lisboa (Lisboa E-Nova 2010).
No projeto, Reabilitação Sustentável para Lisboa, referido no capítulo anterior, também se
teve em conta as tecnologias solares fotovoltaico. A grande mais-valia destes painéis é o seu elevado
potencial de integração arquitectónica em edifícios, podendo ser utilizados como materiais de
construção. Está em vigor, no âmbito da medida relativa à micro produção elétrica definida do
PNAEE, o enquadramento da microgeração ao abrigo do qual é possível viabilizar a instalação de
sistemas fotovoltaicos para venda da eletricidade à rede elétrica nacional. (Lisboa E-Nova 2010)
O projeto Microgeração nos Bairros Municipais de Lisboa, iniciado em 2009, tem como
objetivo licenciar 165 MW em regime de microprodução através de fontes renováveis até ao ano
2015, já em ativo encontram-se 23 sistemas fotovoltaicos. Este projeto obteve um investimento de
560.000 € com um período de retorno estimado de 8 anos, e traz ainda benefícios ambientais como a
produção média estimada de energia ano, por instalação, de 5110 kWh/ano e evita uma emissão
anual total de cerca de 46 ton. CO2/ano. (Gebalis 2007) No último comunicado de progresso da
Gebalis, consta que a potência disponibilizada na rede, no ano de 2012, foi de 115.800 kW e que
evitou cerca de 15,5 ton. CO2.(Gebalis 2013). A Figura 10 possui os valores de alguns investimentos
efetuados nas medidas aqui referenciadas.
Figura 10 – Alguns dos investimento efectuados em painéis solares (térmico e fotovoltaico).
704.120
560.000
7.000
22.000
-
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
Térmico Fotovoltaico
€
Investimento em paineis solares (€)
Microprodução emEscolas - JI Luiza NetoJorge
Escolas - JI Luiza NetoJorge
Microgeração BairrosMunicipais (Gebalis)
Piscinas Municipais deLisboa
22
Tendo em conta ainda o estudo da carta do potencial solar de Lisboa (Figura 6) referido no
capítulo 2.3.2.2, onde foram analisados cerca de 477 edifícios, surgiram outras ações já realizadas de
onde resultou um investimento na ordem dos 7,7 milhões de euros com uma área de módulos
fotovoltaicos igual a 34.948 m2 o que corresponde a uma potência de 5.114 kWp (atualmente 859
kW), com um autoconsumo de 5.685.525 kWh/ano e uma receita anual líquida nos primeiros 10 anos
de 233 mil € (Lisboa E-Nova 2014a).
Dois exemplos de implementação da tecnologia fotovoltaica foi no Campo Grande e nas
Oficinas (Avenida Infante Dom Henrique), onde valores como o investimento, receita e área dos
módulos fotovoltaicos se encontram na tabela em baixo (Tabela 8).
Tabela 8 – Produção de renovável, solar fotovoltaico (Lisboa E-Nova 2014a)
Local Investimento
(€)
Receita anual líquida (primeiros
10 anos €)
Receita anual líquida (final dos
10 anos €)
Área estimada dos módulos
(m2)
Campo Grande 374.000 6.163 43.563 1.700
Oficinas 456.500 6.823 50.663 2.075
2.2.3. Sistemas Integrados de Gestão
Têm sido estabelecidas parcerias entre cidades que promovem a implementação de sistemas
integrados de gestão. Exemplo desta promoção é a rede "Smart Cities Portugal" que consiste no
desenvolvimento e produção de soluções urbanas inovadoras, de forma integrada, com vista à
estruturação da oferta e sua valorização nos mercados internacionais (Inteli 2013). A nível Europeu
existe também as “EuropeanSmartCities”, iniciativa similar à portuguesa, onde várias cidades fazem
parte de uma rede, partilhando informação no âmbito de inovação e desenvolvimento urbano (TU
Wien 2014).
Em Lisboa o projeto BESOS, que promove a sustentabilidade e eficiência energética, está
incluído no sétimo Programa – Quadro da União Europeia (U.E.) na área de optimização de sistemas
energéticos em cidades inteligentes (ICT – 2013.6.4). Este projeto possui como objetivo principal a
redução gradual da pegada de carbono da U.E. através do desenvolvimento e implementação de
novas tecnologias, promovendo uma economia energeticamente mais eficiente e sustentável. O
BESOS tem como estratégia estabelecer uma plataforma de apoio à decisão para fornecer uma
gestão coordenada das infraestruturas públicas em cidades inteligentes, disponibilizando informação
sobre os serviços de energia ao cidadão e onde os stakeholders (proprietários e/ou gestores locais de
energia) poderão trocar informação e dados. Os alvos principais serão então os proprietários e/ou
gestores locais de energia e os seus operadores, Empresas de Serviços de Energia (ESE) e
comercializador de energia. Os proprietários e gestores terão uma matriz de avaliação para levar a
cabo as auditorias dos níveis de serviço acordado com as ESEs ou comercializador de energia com
base em indicadores de performance. O operador poderá monitorizar e atuar na infraestrutura e
estabelecer estratégias coordenadas de eficiência energética (European Comission 2014b). Esta
troca de informação será efectuada na plataforma de apoio à decisão (Open Trustworthy Energy
23
Service Platform) e onde todas as entidades e diferentes stakeholders poderão aceder. Estes
sistemas de informação e fluxo de dados serão construídos ao longo de 3 anos com base em
sistemas de telecontagem e plataformas de comunicação.
Esta iniciativa teve como cidades teste selecionadas Lisboa e Barcelona, estando em linha
com a nova Diretiva Europeia para a Eficiência Energética (2012/27/EU), com a área
“Comportamentos” do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE 2016) e foram
também selecionadas estas cidades devido ao seu compromisso de sustentabilidade, eficiência e
respeito pelo ambiente, patente no pacto de autarcas (Lisboa E-Nova 2013a).
As Infraestruturas já disponíveis na cidade de Lisboa e submetidas aos testes são:
250 Medidores inteligentes em edifícios residenciais e 14 edifícios de serviços com
sistemas de medidores inteligentes, em que os dados são obtidos em tempo real (15
minutos) e 40 edifícios com 2 dias de atraso na informação;
64000 Luminárias com consumo de 60 GWh/ano; 625 balastros electrónicos com
uma rede de gestão central para a intensidade do fluxo de luminosidade e regulação
de energia e monitorização; 9900 semáforos com consumos de 9 GWh/ano;
514 Pontos de carregamento de carros elétricos; interconexão com o sistema de
transportes públicos e no futuro uma conexão “smart grid” com fluxo de energia
bidirecional;
30 Escolas com painéis fotovoltaicos de 52 MWh de produção; 24 sistemas em
edifícios sociais com 5110 kWh;
Já em Barcelona as infraestruturas são comuns às de Lisboa, medidores inteligentes, pontos
de carregamento de carros elétricos, microgeração e renováveis, cogeração mas também distribuição
de aquecimento através de uma rede de controlo centralizada de clima que opera utilizando o calor
residual da recuperação de energia dos resíduos. Toda esta informação recolhida destas
infraestruturas será utilizada então para a plataforma de BESOS (Figura 11).
Figura 11 – Esquema da plataforma BESOS (fonte:http://besos-project.eu/)
24
2.2.4. Coberturas e Fachadas Verdes
Existem vários benefícios na utilização de telhados verdes, tanto no melhoramento da
eficiência energética no edifício, como também benefícios ambientais e operacionais, como a
capacidade de reter, filtrar e armazenar a água da chuva e reintroduzi-la no ciclo natural da água
(podendo reduzir desperdícios de água da chuva até 90%), controlo de poluentes e poeiras da
atmosfera e também redução da poluição sonora, melhoria do microclima (ao nível de cidades estes
sistemas possibilitam a diminuição do efeito de ilha de calor), e aumenta as zonas de biodiversidade
numa cidade, pois oferece a criação de novos habitats naturais. (Jaffal et al. 2012) Ao nível do
proprietário os telhados verdes oferecem ainda vantagens no isolamento acústico (isoladores
naturais) e no isolamento térmico (atenuam extremos de temperaturas e melhoram
consequentemente o desempenho energético dos edifícios).(Castleton et al. 2010)
Devido à diminuição de temperatura, durante o verão, nos telhados verdes, estes sistemas
podem ainda ser utilizados como local de arrefecimento para os fluídos (antes de estes retornarem ao
refrigerador), aumentando assim a eficiência dos sistemas AVAC (aquecimento, ventilação e ar
condicionado). (Jaffal et al. 2012)
Os telhados verdes podem ser classificados como extensivos ou intensivos consoante o seu
objetivo e características, sendo que os extensivos possuem uma camada fina de solo e são
projetados de maneira a necessitarem de pouca manutenção, os intensivos requerem maior
quantidade de espessura do solo e manutenção constante, de forma a permitir plantas com raízes
mais profundas. São construídos com diferentes tipos de camadas e grossuras variáveis dependendo
do tipo de telhado e/ou condições climatéricas. As camadas mais usadas nos sistemas de telhados
verdes são, de baixo para cima, uma de impermeabilização, uma barreira de raízes, drenagem, filtro,
um meio de cultura, e a camada de vegetação.(Bianchini & Hewage 2012)
A presença de telhados verdes protege o telhado do edifício de extremos de temperatura,
devido ao facto de estas coberturas proporcionarem condições como, sombra solar,
evapotranspiração e resistência térmica. (Jaffal et al. 2012)
A maior desvantagem deste tipo de sistemas é o facto de possuírem grandes custos de
material e de mão-de-obra, para além de adicionarem peso extra ao edifício, requerendo
modificações à estrutura, como colunas, vigas e lajes, o que resulta em custos adicionais à sua
implementação. (Bianchini & Hewage 2012) Os telhados verdes são eficientes quando instalados em
edifícios com fraco isolamento ou isolamento moderado. A sua instalação em edifícios já bem
isolados não provoca qualquer tipo de contribuição a nível térmico, o que torna o seu uso mais
vantajoso termicamente para remodelações, onde os telhados possuem maior transmitância térmica,
do que para a construção de edifícios novos. (D’Orazio et al. 2012)
Existem mais vantagens do que desvantagens em utilizar telhados verdes para a redução de
poluição do ar, no entanto o processo de produção das suas camadas, que são constituídas por
polipropileno e polietileno, libertam grande quantidade de substâncias tóxicas.
25
A longo prazo os telhados verdes conseguem equilibrar a poluição libertada no processo de
produção dos polímeros, contudo é essencial explorar outros tipos de materiais que possam substituir
o uso destes polímeros para que a sustentabilidade dos telhados verdes possa aumentar, o uso de
materiais reciclados seria um bom exemplo de alternativa. (Bianchini & Hewage 2012)
A nível nacional, os exemplos de instalação de telhados verdes, possuem como principal
objetivo o incremento estético na zona onde são inseridos, como é exemplo a Fundação Calouste
Gulbenkian, e da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara, onde a cobertura verde
foi inserida no meio Ambiente como uma continuidade da paisagem de Monsanto, outro exemplo é o
do edifício da Portugal Telecom em Picoas, Lisboa (Figura 12, 11 e Figura 14).
Figura 12 e 13 – Terraço do jardim Calouste Gulbenkian à esquerda. Fonte: <http://www.gulbenkian.pt/>; Vista da ETAR de Alcântara à direita. Fonte: <http://www.adp.pt/>
Figura 14 – Vista aérea do edifício da PT em Picoas.(Costa 2010)
A escolha de green roof está muito dependente do clima onde este se insere (Jaffal et al.
2012), sendo que há mais exemplos de instalações de green roof no norte da Europa e na América
do Norte, para os climas do sul da Europa estudos como (Van Mechelen et al. 2014; D’Orazio et al.
2012) mostram que com o tipo adequado de plantas também se pode obter bons desempenhos de
green roofs em climas temperados.
26
2.3. Medidas de eficiência energética – outros casos
2.3.1. Sistemas de Armazenamento de Energia
Com a situação atual do País, onde a potência elétrica gerada via energia eólica é superior
àquela necessária, será pertinente uma análise de métodos de armazenamento de energia para que
essa energia possa ter uma finalidade o mais segura possível.
A energia contínua a ser o elemento chave para o desenvolvimento em todo o mundo. Devido
à volatilidade do preço do petróleo, o esgotamento dos combustíveis fósseis, aquecimento global e
poluição local, tensões geopolíticas e o aumento na procura de energia, as energias alternativas,
renováveis e o uso eficaz de combustíveis fósseis tornaram-se muito mais importantes agora do que
em qualquer outra altura na história(Kousksou et al. 2013).
Contudo, o uso de energias renováveis possui algumas preocupações, pois estas por vezes
são intermitentes na sua produção de energia e também possuem elevados custos de
implementação(Schock et al. 2007).
Energias renováveis como o exemplo do vento e solar, não conseguem produzir energia de
uma forma contínua, pois a sua fonte de energia pode variar com as estações do ano, ou mesmo
variar à hora, diariamente ou mensalmente(Schock et al. 2007). Para estas tecnologias atingirem uma
maturidade comercial é necessário que ocorram extensas investigações públicas e privadas e
grandes esforços para o seu desenvolvimento. Para que as fontes de energias renováveis sejam
completamente fiáveis como fontes de energia primária para energia, os sistemas de armazenamento
de energia são um fator crucial(Kousksou et al. 2013).
Os sistemas de armazenamento de energia permitem atender a curto prazo, flutuações
aleatórias da procura e assim evitar a necessidade de regulação da frequência pela central principal,
assistir os picos da procura-oferta de energia diários, armazenar o excesso de eletricidade produzida
durante a noite e assim responder ao aumento da procura durante o dia e obviamente armazenar a
energia elétrica gerada pelas renováveis de modo a igualar as variações da oferta com as da
procura(Kousksou et al. 2013). Para além destas características os sistemas de armazenamento de
energia possuem benefícios como a redução dos combustíveis primários usados para conservação
de energia, possibilitam segurança na oferta de energia e a diminuição dos impactos ambientais. Em
geral os sistemas de armazenamento energético podem ser classificados como elétricos ou térmicos.
Os sistemas de armazenamento de energia elétrica incluem grande variedade tecnológica que pode
direta ou indiretamente armazenar energia elétrica através de um input e output elétricos. As
principais tecnologias deste tipo de armazenamento são: sistemas eletroquímicos (baterias); sistemas
de armazenamento de energia cinética (flywheels); armazenamento de energia potencial na forma de
bombagem hidráulica ou ar comprimido. Já o armazenamento de energia térmica usa reações
termoquímicas, capacidade dos materiais para fornecer uma fonte de aquecimento ou arrefecimento
através do calor latente ou sensível. (Kousksou et al. 2013)
27
2.3.1.1. Armazenamento de energia térmica
O armazenamento de energia térmica (AET) é tido em conta, usualmente como um meio de
integração das energias renováveis no mix de produção elétrica do lado da geração, no entanto é
possível também aplicá-lo do lado da procura. AET é uma tecnologia que garante segurança
energética, eficiência e qualidade ambiental. O AET pode ser definido como o armazenamento
temporário de energia térmica a altas ou baixas temperaturas. Estes sistemas têm a capacidade de
aumentar a eficiência dos equipamentos que usam energia térmica, e são úteis para corrigir as
desigualdades entre a procura e oferta de energia. Esta tecnologia possui grande interesse e
importância para ser utilizada com as tecnologias solar térmica, como aquecimento, águas quentes,
arrefecimento, ar condicionados, devido à sua natureza intermitente. Nestes casos em concreto, os
sistemas AET necessitam de reter a energia absorvida durante alguns dias para que nos dias
nublados se consiga fornecer a energia que é necessária(Kousksou et al. 2013). Este tipo de
tecnologia pode então de uma maneira prática armazenar energia sob a forma de água arrefecida (no
estado líquido ou sólido) durante a noite, aproveitando baixos custos de eletricidade, usando a
energia acumulado no período diurno para alimentar sistemas de arrefecimento e/ou ar
condicionados(Schock et al. 2007).
Na Suécia, Borås (Figura 15), foi instalada uma célula de armazenamento (reservatório de
37000 m3), com o objetivo de desagregar a oferta da procura, de energia, e aumentar assim a
eficiência energética. O sistema de aquecimento está otimizado para armazenar a energia produzida
em forma de água quente quando a oferta excede a procura. Quando a procura é alta (picos de
consumo) a água quente é enviada para a rede de aquecimento do distrito.(Sustainia 2013) Para
Lisboa não se encontrou exemplos deste tipo de armazenamento com esta dimensão.
Figura 15 – Célula de Armazenamento em Borås, Suécia. Fonte: <http://www.dalkia.com/en/solutions/case-studies/boras.htm>
28
2.3.1.2. Armazenamento de energia elétrica
Já o armazenamento de energia elétrica é a capacidade de armazenar energia para produzir
eletricidade e mais tarde libertar para ser utilizada em períodos em que o uso ou os custos são mais
benéficos. Este tipo de sistemas inclui todas as tecnologias onde a interface externa é elétrica.
Energia elétrica pode ser armazenada direta ou indiretamente por diferentes métodos:
mecanicamente como bombear água ou comprimir ar ou aumentar a velocidade rotacional de
flywheels eletromagnéticos; quimicamente pela produção ou conversão de componentes em sistemas
químicos como baterias; e por modificação de campos elétricos ou magnéticos(Kousksou et al. 2013).
Uma das técnicas já usadas em Portugal são as centrais hidroelétricas com bombagem, onde
se armazena e produz eletricidade. A eletricidade é gerada quando a água flui do reservatório, a uma
cota mais elevada, para o reservatório (ou leito do rio) situado a uma cota mais baixa ativando as
turbinas, e a energia (potencial) é armazenada quando a água é bombeada de jusante para montante
do fluxo do rio (Figura 16).
Figura 16 – Sistema de armazenamento com bombagem. (Gao et al. 2014)
Os sistemas de ar comprimido são tecnologicamente mais complexos e apresentam
capacidade de armazenamento inferior ao da bombagem hidroelétrica. A energia elétrica em excesso
das renováveis, ou a de períodos de baixo custo, é utilizada para injetar ar no reservatório, e quando
é necessário gerar eletricidade o ar é libertado e atua como força motriz nas turbinas (Gao et al.
2014).
Esta tecnologia recorre a grandes volumes de armazenamento de ar a alta pressão,
normalmente são considerados 3 tipos: aquíferos naturais; minas abandonadas; e reservatórios
formados mecanicamente. Destes, o mais eficaz economicamente é o aquífero. O processo o
armazenamento de energia por ar comprimido envolve grandes variações de temperatura dos gases
em compressão ou em expansão. Para aumentar o rendimento destes processos é necessário
explorar processos de compressão e expansão adiabáticos, mais lentos e que não requerem calor,
bem como a associação de gás natural no processo. Atualmente apenas existem duas unidades de
ar comprimido, uma na Alemanha (290MW) e outra no Alabama, EUA (110MW) (Kousksou et al.
2013).
Os flywheels (Figura 17) usam a energia cinética de um sistema em movimento rotativo para
armazenar energia e mais tarde libertar quando requerido. Um flywheel é acoplado a um sistema
29
motor/gerador que transmite energia ao volante e consequentemente acelera-o, o processo quando
invertido, é o gerador que aproveita a energia do volante. A energia cinética armazenada no flywheel
é proporcional à massa e ao quadrado da sua velocidade de rotação.
A grande maioria da tecnologia hoje em dia funciona a velocidades de rotação muito
superiores às dos flywheel (Figura 17), normalmente recorre-se ao vácuo para minimizar as perdas,
conseguindo assim operar a 50000 rpm. Novos designs recorrem à levitação magnética para otimizar
ainda mais a sua eficiência(Schock et al. 2007). As desvantagens desta tecnologia são o facto de
possuir pouca densidade energética e grandes perdas em repouso. Apresentam ainda taxas de auto-
descarga de 20% da sua capacidade armazenada por hora, esta é a principal razão pela qual estes
sistemas não são viáveis energeticamente a longo prazo. Estes sistemas podem ser utilizados para
fornecer energia quando há insuficiência da mesma, para armazenar energia em excesso e caso
ocorra alguma falha na rede elétrica. Embora a sua utilização seja investigada para uso em veículos
elétricos, as suas utilizações atualmente são quase exclusivamente estacionárias(Kousksou et al.
2013).
Figura 17 – Sistema de armazenamento flywheel.(Kousksou et al. 2013)
As baterias são equipamentos eletroquímicos que têm a capacidade de fornecer, na forma de
energia elétrica, energia química gerada por reações eletroquímicas. Estas reações ocorrem no
interior de um pilha, entre dois eletrodos ligados a um eletrólito, quando uma carga está ligada ao
terminal de uma pilha. A reação envolve transferência de eletrões de um dos eletrodos para o outro,
através de um circuito elétrico exterior. Estas baterias armazenam carga em corrente contínua pelo
que é necessário munir o sistema com um alternador para integrá-las na rede elétrica (Kousksou et
al. 2013).
Uma bateria consiste de uma ou múltiplas pilhas, ligadas em série ou em paralelo ou ambas,
dependendo da voltagem desejada e capacidade. Contudo, baterias de armazenamento a grande
escala têm sido raras até recentemente, muito devido à baixa densidade energética, pouca
capacidade energética, elevados custos de manutenção, ciclos de vida curtos e uma capacidade de
descarga limitada. Baterias que estejam em uso e/ou possuem potencialidade para aplicações de
30
armazenamento de energia a larga escala são: baterias ácido-chumbo; baterias à base de níquel;
baterias sódio-enxofre; e baterias de iões de lítio.
As baterias ácido-chumbo são as mais baratas e comuns no mercado, equipam a maioria dos
automóveis convencionais. Contudo, estas podem ser associadas a grandes bancos de
armazenamento, como parte de sistemas de alimentação de emergência em cargas que não
permitem interrupção de alimentação. Estas baterias possuem uma eficiência de 75-85%, dissipando
15-25% da energia no processo de carga/descarga, bancos com capacidade na ordem de 10-20
MWh e potência de 2 a 4 MW podem apresentar indicadores económicos positivos, dependendo da
sua aplicação. A maior desvantagem deste tipo de baterias é o facto de ser necessário manutenção
periódica da água e a sua baixa energia específica (Schock et al. 2007).
As baterias de níquel mais utilizadas são: níquel-cadmio; níquel-metal híbrido; e níquel-zinco.
No entanto, as de níquel-cadmio contêm metais pesados tóxicos que podem ser prejudiciais para a
saúde humana. E quando às de níquel-metal híbrido, embora estas possuam uma energia específica
superior, quando comparadas às de ácido-chumbo, podem sofrer de auto-descargas, tornando-as
pouco eficientes a longo prazo (Schock et al. 2007) .
Nas baterias sódio-enxofre, o sódio fundido cede eletrões durante o processo de descarga ao
enxofre formando iões negativos (sulfuretos), uma reação que é reversível quando se aplica uma
corrente elétrica à bateria, na fase de carga. Comparadas a outras baterias, as de NaS são mais
atrativas do ponto de vista de densidade energética (4 vezes maior do que as de ácido-chumbo) e
possuem uma capacidade longa de ciclo (2500 ciclos sobre 90% de profundidade de descarga), o
que representa grande potencial de utilização em micro redes para regulação de potência.
Baterias de iões de lítio são usadas globalmente em pequenas aplicações, como baterias de
telemóveis ou aparelho electrónicos portáteis. Auto-descarga neste tipo de baterias é muito baixa,
atingindo valor máximos de 5% por mês, e uma vida útil superior a 1500 ciclos. Contudo, a vida útil
destas baterias está dependente da temperatura e pode assim encurtar devido a grandes descargas.
Estas baterias podem beneficiar no futuro com melhores elétrodos, coletores de correntes, e pelo
processamento, fabrico e técnicas de produção dos materiais (Gao et al. 2014).
O hidrogénio é um dos combustíveis mais eficientes, limpo e leve, contudo não é possível
encontrar no seu estado natural, sendo necessário produzir a partir de fontes de energia primária.
Espera-se que desempenhe um papel importante nos sistemas de energia no futuro. Como a
eletricidade, é necessário que seja transportado, no entanto hidrogénio tem uma vantagem adicional,
pois pode ser armazenado. As pilhas de combustível (hidrogénio) usam hidrogénio e oxigénio para
produzir eletricidade e água, e uma pilha de combustível reversível pode usar eletricidade para
transformar a água em hidrogénio e oxigénio. Estas pilhas de combustível apresentam grandes
vantagens, desde grande densidade energética, aplicabilidade a pequena e grande escala e o seu
uso simples. O seu tempo de vida útil é superior a 15 anos e os seus ciclos são cerca de 20000
cargas e descargas. Esta tecnologia tem grande potencial em sistemas isolados ou locais abundantes
em energias renováveis sem infraestrutura elétrica, nos quais a utilização e transporte de hidrogénio
31
se possam revelar viáveis. No entanto, uma das grandes desvantagens são os elevados custos desta
tecnologia (Thomas 2012)(Gao et al. 2014)(Kousksou et al. 2013).
As baterias de fluxo (Figura 18), conhecidas também como baterias de fluxo redox, são
carregadas e descarregadas por uma reação química (reversível) entre dois eletrólitos líquidos da
bateria. Ao contrário de baterias comuns, aqui os eletrólitos líquidos estão contidos em tanques
separados. Durante o processo estes eletrólitos são bombeados pelo reator eletroquímico, no qual
uma reação química redox ocorre e eletricidade é produzida. Devido a este armazenamento, em que
os eletrólitos estão fora do reator, as especificações desta bateria são flexíveis, a potência e a
energia do sistema pode ser especificados separadamente. As baterias de fluxo mais conhecidas são
as baterias redox de vanádio (BRV), são muito eficientes e respondem rapidamente à procura de
eletricidade.
Figura 18 – Esquema de um sistema de armazenamento de bateria de fluxo.(Kousksou et al. 2013)
33
3. Caso de estudo
3.1. Thin Client
Thin Client (TC) é uma tecnologia que apresenta um grande potencial no campo de redução
de consumos energéticos e uma maior eficiência energética. Cada vez é mais importante considerar
a eficiência energética na conceção de soluções de tecnologias da informação e comunicação (TIC).
Nas TIC a virtualização tem sido considerada como uma via para aumentar a eficiência energética.
Até agora as soluções para diminuição dos consumos centravam-se no decréscimo do desempenho
de dispositivos ou mesmo desligando-os por completo.
Cloud Computing (CC) baseia-se na ideia de poder usar variadas ferramentas através da
internet, evitando assim a instalação destas num computador (Vereecken et al. 2010), consistindo em
realocar a maior quantidade de operações de recursos intensivos possíveis, para um servidor remoto
(Vankeirsbilck et al. 2013). Ou seja, o software deixa de estar presente nas máquinas e passa a estar
em servidores. O acesso a estes recursos poderá ser feito em qualquer lugar e de qualquer
plataforma. A ideia de ter tudo instalado e armazenado num único computador difere num ambiente
corporativo, pois é mais fácil o uso de aplicações disponíveis em servidores remotos que possam ser
utilizadas por qualquer terminal com as devidas permissões (Hayes 2008).
CC é um modelo cada vez com maior adesão, que permite acesso permanente a uma rede
de partilha de recursos computacionais (por exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicações
e serviços) rapidamente disponíveis, com uma gestão e interação mínimas com o fornecedor do
serviço (Jula et al. 2014).
CC vem assim trazer um leque alargado de vantagens, visto que todas as tarefas
relacionadas com desenvolvimento, armazenamento, manutenção, atualização e backup ficam ao
encargo do fornecedor do serviço. Outra das características benéficas é a grande flexibilidade, pois
no caso de ser preciso mais capacidade de processamento, basta efetuar um upgrade, sem ser
necessário a troca de componentes físicas ou até equipamentos inteiros.
Os modelos que podem ser utilizados para implementação de CC são:
Software as a Service (SaaS)
Platform as a Service (PaaS)
Infrastructure as a Service (IaaS)
O SaaS é um sistema onde o software é oferecido como um serviço, em que o operador tem
acesso limitado e o fornecedor disponibiliza o serviço como por exemplo através da internet, sendo o
exemplo mais comum as aplicações de armazenamento. Por outro lado a PaaS permite a
implementação de aplicações sem o custo e a complexidade de gerir o hardware associado, sendo
uma forma de alugar esse mesmo hardware, sistemas operativos, armazenamento, etc. onde é
permitido desenvolver aplicações e software e ainda gerir as definições de configurações(Jula et al.
34
2014). Já a IaaS, que está na base destes tipos de CC, fornece uma infraestrutura informática,
geralmente através de virtualização, como um serviço (Mell & Grance 2011), ou seja, uma
organização faz outsourcing do equipamento, como por exemplo hardware e servidores (Techniques
2012), permitindo à empresa ter acesso direto ao data center e a todos os seus componentes mas
sem ter que investir na manutenção física e gestão do mesmo. Ao contrário da PaaS em que o
consumidor pode desenvolver software, como por exemplo criar Macros em Excel, mas sem modificar
as características do sistema operativo que alugou, a IaaS já permite a gestão de um data center por
completo.
A evolução das tecnologias, no âmbito da computação e da comunicação, fornece as
condições perfeitas para a utilização de CC, pois, hoje em dia, é possível obter uma ligação rápida à
internet com um baixo custo associado. O thin client pode ser usado em parceria com o CC, como
apresentado na Figura 19.
Figura 19 – Esquema de um TC (com nuvem) e de um DPC. (Vereecken et al. 2010)
O uso da tecnologia thin client traz como maior benefício o facto de se conseguir
supostamente reduzir o consumo energético e o consumo de material na área das TIC (Vankeirsbilck
et al. 2013). Esta área oferece oportunidades como a melhoria da eficiência em serviços públicos e
processos económicos, podendo ainda reduzir a pegada ecológica de companhias, como por
exemplo, evitando viagens de negócios ou mesmo a otimização da logística, contudo o uso de mais
TIC implica um aumento de consumos de eletricidade.
Os softwares e hardwares de DPC têm conhecido uma grande evolução nos últimos anos,
com ciclos de inovação muito curtos, resultando numa procura mais rápida pela próxima geração de
computadores, contudo retirar os antigos computadores para deposição (cenário de fim de vida)
contínua a ser um grande paradigma por resolver (Chang et al. 2010).
A tecnologia TC é equiparável aos sistemas clássicos de Desktop PC (DPC), em que a maior
diferença está no facto de num TC o operador apenas visualizar o conteúdo, sendo este calculado
num servidor externo (Calyam et al. 2011). Ambos os sistemas podem garantir os mesmos benefícios
ao operador e podem assim ser diretamente comparáveis.
35
Os thin clients podem reduzir os custos de hardware e software de uma empresa, pois não
necessitam de atualizações de hardware nem de instalações no local de software, pode vir a
funcionar o dobro do tempo de um sistema normal de DPC. Considerando os pontos anteriores
facilmente se conclui que esta tecnologia surge como uma opção viável na área das TIC para
melhoria da eficiência energética (Parichha & Gonsalves 2010).
Os sistemas de thin client que incluem um servidor que executa todas as aplicações
apresentam como maiores vantagens (Vankeirsbilck et al. 2012):
Prevenção de perda de dados;
Partilha de hardware por todos os operadores;
Partilha facilitada de todos os dados;
Acesso facilitado às aplicações;
Atualização de software simplificada;
Gestão de dados e todo o sistema simplificado.
Dependendo do utilizador e dos seus hábitos, tendo em conta todo o ciclo de vida do produto,
mais de 200 Kg CO2eq podem ser evitados mudando de um sistema DPC para um sistema de servidor
em combinação com TC, ainda mais de 80 Kg CO2eq poderão ser evitados só na fase de extração de
matéria-prima em comparação com um sistema de DPC. Além disso, importa salientar que mais de
70% das emissões de GEE, tanto no TC como no DPC se devem ao consumo de energia na fase de
utilização. Numa análise ciclo de vida (ACV) a um TC e um DPC num período de 5 anos (Figura 20)
chegou-se à conclusão de que um sistema TC evita efetivamente cerca de 65% de GEE, onde as
emissões totais de um DPC foram cerca de 412 Kg CO2eq e o TC 141 Kg CO2eq (Maga et al. 2012).
O TC oferece vantagens comparativamente ao DPC na área de segurança de dados (pois os
dados do operador não residem fisicamente no TC), na administração centralizada, manuseamento
simplificado, viabilidade e custos (Calyam et al. 2014).
Figura 20 – ACV a um DPC e TC num período de 5 anos (adaptado de (Maga et al. 2012))
-100
0
100
200
300
400
extração eprodução dos
materiais
manufacturação distribuição utilização fim de vida
Kg
CO
2eq
Fase do ciclo de vida
ACV a um DPC e TC
DPC
TC
36
A Fraunhofer, Alemanha na cidade de Oberhausen, fez uma análise de ciclo de vida a uma
tecnologia TC e a um de sistema de DPC (Figura 21), comparando no fim as emissões de GEE de
cada uma das tecnologias.
Figura 21 – Um Thin Client (esquerda) e um Desktop PC (direita) (Fraunhofer 2011)
Foram analisadas duas instalações com sistemas de TC, uma na própria Fraunhofer e outra
na “Carante Groep”, na Holanda. Ambos os sistemas de TC podem evitar cerca de 30 a 45% de
emissões de GEE em todo o ciclo de vida, incluindo nos cálculos o consumo do servidor necessário
para o uso de thin clients. A fase de utilização tem novamente grande importância, tanto num sistema
de TC como num sistema de DPC, onde pode contar com cerca de 61 a 77% total das emissões de
GEE durante todo o ciclo de vida do produto. Uma análise económica a todo o ciclo de vida de um
sistema thin client concluiu que se pode poupar cerca de 36% relativamente ao sistema de DPC,
considerando a fase de produção, operação e deposição (Fraunhofer 2011).
Na Universidade de Bradford, no Reino Unido, a tecnologia TC foi introduzida como uma
tecnologia amiga do ambiente, segura e uma alternativa sustentável ao tradicional sistema de DPC,
com o objetivo de substituir nas salas de aulas os antigos DPCs por clientes, ocupando menos
espaço e possuindo maior segurança e controlo de dados. Os clients instalados nesta universidade
têm uma vida expectável de 10 anos, enquanto um DPC tem de ser substituído normalmente de 4 em
4 anos. De referir que estes clients usam menos energia e produzem menos som do que um DPC
(Eyre 2009)
Outro caso onde foi implementada a tecnologia thin client em ambiente académico foi na
Universidade do Colorado, em que usa este tipo de sistema desde 2001 e reportam que traz
benefícios tais como a pouca necessidade de suporte técnico e baixo consumo energético (Ritschard
2009).
37
3.2. Virtualização de Infraestruturas de Desktop (VID)
Virtualização é um modelo de computação que separa e virtualiza o sistema operativo e as
aplicações dos clientes físicos onde originalmente residiam, e colocando-os num servidor. A
virtualização consiste na implementação de software de um computador, que executa programas e
aplicações como se fosse na realidade um aparelho físico. Permitindo assim a um sistema de
utilizadores de thin clients trabalhar num servidor virtual (Jang et al. 2013). Uma típica instalação
(Figura 22) deste género é composta por um “hypervisor”, uma “Virtual Machine Manager” (VMM),
“Virtual Desktop Manager” (VDM) e uma “Virtual Machine” (VM) (PetroviĆ 2009).
Para facilitar a virtualização é usual utilizar um “hypervisor”, sendo que este controla a forma
como um computador e a sua memória são acedidos pelo operador. O “hypervisor” é uma plataforma
de virtualização que permite a mais de um sistema operativo funcionar num único
computador/servidor ao mesmo tempo, fazendo a gestão dos mesmos (Barrett & Kipper 2010a).
Uma VMM tem como objetivo gerir os aparelhos virtuais e permite ao operador desligar, ligar
e criar os aparelhos virtuais. Um VDM, também conhecido como “connection broker” é o software
instalado no servidor virtual e faz a gestão dos pedidos dos operadores, conectando-os a uma Virtual
Machine. Uma VM é simplesmente um duplicado eficaz de um aparelho real, ou seja, consiste num
computador virtual a funcionar num computador real (Barrett & Kipper 2010b).
3.3. Zero Client
O zero client (Figura 23) também conhecido como ultrathin client é um modelo de
computação baseado num servidor, em que o aparelho final do utilizador não possui qualquer
armazenamento local, enquanto um TC contem um sistema operativo e as suas configurações
específicas numa memória flash. Um zero client consiste basicamente numa caixa de pequenas
dimensões à qual é possível ligar um teclado, rato, monitor e uma conexão ethernet a um servidor
remoto. O servidor, o qual possui um sistema operativo e as aplicações de software, pode ser
acedido através de uma rede sem fios ou por cabos, estes zero clientes são usualmente utilizados
num ambiente com VID (Rouse 2011).
Servidor (Hardware)
Hypervisor (software virtualizado)
Gestão da virtualização
VM (ex.: thin client)
Figura 22 – Esquema de um exemplo de virtualização de infraestruturas Desktop
38
Estes terminais não costumam possuir qualquer tipo de processador, armazenamento,
memória ou sistema operativo, pois todas estas funções estão alocadas num servidor remoto, o qual
envia uma mensagem para o zero client através de protocolos estabelecidos com o VID
implementado (10ZiG Technology 2013).
Figura 23 – Zero Client (fonte: http://www.dell.com/us/business/p/dell-fx100/pd)
Os maiores benefícios desta tecnologia passam por um consumo baixo de energia; eficiência
e segurança; ausência de software, ou seja, não há vulnerabilidade a malwares; e uma administração
bastante simplificada(Janssen 2014). Estes zero clients são imunes a vírus o que aumenta a
produtividade do utilizador final, não necessitam de atualizações a não ser que o protocolo de VID
seja modificado. Sendo que, o protocolo mais usual o PC over IP, desenvolvido pela Teradici, em que
a informação cedida pelo servidor ao client vai em forma de pixels encriptados e não em formato de
dados, o que possibilita o uso de clients apenas como descodificadores (Teradici 2014).
Comparando os zero clientes com os TC, os utilizadores de TC podem instalar aplicações
como o browser, contas de email, adobe ou office viewers enquanto os zero clientes só podem utilizar
as aplicações que são provisionadas pelo servidor. A gestão dos TC é bastante simples e pode ser
feita por apenas um administrador, os updates em thin clients são mais frequentes do que em zero
clients, no entanto continuam a ser em menor número do que num DPC. Simplesmente os zero
clients não possuem literalmente qualquer tipo de configuração e nada armazenado, sendo mais
simples de gerir do que um thin client, comum entre os dois é o facto de que todo o processamento é
alocado para um servidor (Madden 2010).
39
4. Metodologia
No âmbito da tese, como já foi referido em capítulos anteriores, os consumos de energia
elétrica continuam a aumentar e é nas grandes cidades que este consumo é maior e onde poderão
existir mais oportunidades de melhoria. Assim, a tecnologia thin client (TC), descrita no capítulo
anterior, surge como uma solução plausível de melhoria de eficiência energética, redução de
consumos e consequente diminuição de emissões de GEE, em deterioramento dos sistemas
clássicos Desktop PC (DPC).
O presente caso de estudo seguiu a metodologia apresentada abaixo (Figura 24), e foi
analisado o recente sistema de TC da Lisboa E-Nova (LEN).
Este servirá como base para comparar os seguintes casos:
Um cenário onde a tecnologia usada é somente de DPC (Cenário A);
Um cenário onde a tecnologia utilizada é de TC com servidor (Cenário B);
E, finalmente, um cenário misto (idêntico ao atual da LEN), onde é utilizado o TC,
também computadores convertidos em clients e um servidor (Cenário LEN).
Com os dados obtidos nas medições da LEN serão ainda analisadas possíveis
implementações noutros espaços de trabalho. Com este caso de estudo espera-se então obter
informação suficiente e verificar se realmente compensa, tanto economicamente como
energeticamente, um sistema centralizado com TC.
Irá ser comparada com um sistema de DPC e não de portáteis, pois a tecnologia embora
tenha o mesmo output não é diretamente comparável. Alguns dos portáteis mais recentes já possuem
grande autonomia, o ecrã está incorporado nos mesmos, possuindo já consumos muito baixos, no
entanto este tipo de aparelhos são consideravelmente mais caros do que um DPC ou TC, para além
de que o sistema operativo pode não ser o mesmo entre operadores, o que torna a centralização de
Identificação do "problema"
• Análise dos consumos energéticos (DPC)
Solução
• Thin Client
Optimização
• Análise económica e energética
Figura 24 – Metodologia
40
informação e segurança da mesma uma desvantagem perante o sistema em estudo. Por estas
razões não se acha pertinente a inclusão neste caso de estudo.
Será apenas diretamente comparada a utilização de um sistema thin client com um sistema
clássico de DPCs, com o objetivo de verificar se efetivamente o sistema de TC tem consumos
menores comparativamente ao DPC e um investimento a longo prazo também ele menor.
4.1. Cenário da Lisboa E-Nova (LEN)
O sistema de thin client em estudo é o da Agência Municipal de Energia e Ambiente que
tomou a decisão de ter um sistema TC com o intuito de possuir um sistema Linux nas instalações e
teve como principais objetivos:
Reduzir encargos (máquinas e licenças);
Aumentar segurança da informação;
Aumentar potencialidades de trabalho.
Na LEN o servidor de terminais foi adquirido com o objetivo de também ficar como o
hospedeiro do website da E-Nova. O servidor adquirido é um IP BRICK SCHOOL que pode funcionar
com 32 terminais (Figura 25).
Em conjunto com o servidor de terminais a LEN comprou e instalou ainda um servidor de rede
e virtualização, UPS (uninterruptible power supply) e uma gateway Alix ethernet e ainda diversos
cabos de rede, alimentação e conexão de modo a completar todo o sistema de servidor de terminais.
Os thin clients adquiridos pela LEN são da marca Wyse. Alguns dos PCs existentes foram
convertidos em terminais, enquanto outros 2 PCs ficaram inalterados, sendo que o próximo passo
será a modificação de todos os PCs convertidos (PCc) para TC apenas. Ao todo a LEN ficou com 4
TCs, 6 PCs convertidos em terminais e 2 DPCs.
Os PCs que não foram convertidos em terminais já corriam com Linux e portanto tinham fácil
integração com o novo sistema, sendo utilizados para o desenvolvimento de software (necessitam de
software não habitual no uso de escritório) e também para correr scripts (o que poderia colocar em
risco a performance do novo sistema). Já a transformação de alguns DPC antigos em terminais visou
aproveitar o equipamento já existente na LEN, a substituição dos restantes DPCs em TCs será uma
Figura 25 – Servidor de Terminais da LEN, IP BRICK. (fonte: http://www.ipbrick.pt/index.php?oid=2017)
41
possibilidade para um futuro próximo com a finalidade de assegurar a fiabilidade e estabilidade do
sistema a longo prazo.
A LEN tem o seu período de funcionamento das 9 horas às 18 horas, 250 dias úteis por ano e
as características do contrato de eletricidade são as seguintes:
Comercializador: EDP Serviço Universal;
Tarifa Contratada: BTN Médias Utilizações >= 27,6kVA;
Ciclo Horário: Diário;
Potência contratada (kVA): 27,6
Para a análise de consumos energéticos há que ter em conta os diferentes preços da energia,
assim, segundo a entidade reguladora de serviços energéticos (ERSE), Diretiva n.º 25/2013, a tarifa
aplicável à LEN é a tri-horária, a médias utilizações, com horas de ponta a 0.2938 €/kWh, horas de
cheias a 0.1477 €/kWh e horas de vazio a 0.0845 €/kWh. Os períodos para tarifa contratada em baixa
tensão normal (BTN) médias utilizações são apresentados na Tabela 9.
Tabela 9 – ciclo diário para todos os clientes em BTN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE)
Ciclo diário para BTE e BTN em Portugal Continental
Período de hora legal de Inverno Período de hora legal de verão Ponta: 09.00/10.30 h Ponta: 10.30/13.00 h
18.00/20.30 h 19.30/21.00 h Cheias: 08.00/09.00 h Cheias: 08.00/10.30 h
10.30/18.00 h 13.00/19.30 h 20.30/22.00 h 21.00/22.00 h
Vazio: 06.00/08.00 h Vazio: 06.00/08.00 h 22.00/06.00 h 22.00/06.00 h
As medições foram efetuadas no decorrer de um mês completo, entre Abril e Maio, e os
dados foram retirados com o auxílio de uma tomada avidsen (Figura 26). Esta tomada permite obter
dados como o consumo instantâneo em W, a potência máxima registada, voltagem, amperagem e o
kWh consumido. Foram utilizadas 4 destas tomadas, 1 para medir os consumos de um thin client e
uma segunda que media os de um PC convertido. E estes dois aparelhos medidos dizem respeito ao
secretariado pois eram estes os que possuíam um comportamento idêntico ao longo do tempo, sendo
possível padroniza-los.
Figura 26 – Tomada AVIDSEN
42
Para o servidor de terminais foram necessárias 2 tomadas avidsen, devido ao facto de o
servidor ter duas fontes de alimentação. Assim, caso uma delas, por algum motivo, não consiga
fornecer energia existe outra ligação. Este servidor necessita de estar constantemente ligado à
corrente de maneira a evitar ligar-desligar frequentemente, o que podia colocar em causa a fiabilidade
do sistema, além disso, este servidor também não pode ficar em standby. Para obter o consumo total
do servidor bastou então somar os dados recolhidos das duas tomadas.
O período de hora considerado foi o de verão e durante os 31 dias de recolha de dados,
foram retiradas 4 medições por dia in situ, de acordo com a mudança do período horário, às 9 horas,
10h30min, 13 horas e às 18 horas, hora também de encerramento da LEN. Com estas 4 diferentes
tiradas de consumos foi possível obter os consumos durante o período de trabalho e das horas a
analisar (cheias, ponta e vazio). Por outro lado durante o período de encerramento e fins de semana
considerou-se os consumos por hora constantes.
Com os dados recolhidos de kWh consumidos por cada um dos aparelhos medidos, foi então
multiplicado pelo preço, €/kWh, disponível na Diretiva n.º 25/2013, ERSE (Tabela 10), obtendo o
custo da energia de cada um dos aparelhos.
Tabela 10 – Tarifário aplicável à LEN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE)
Tarifa transitória de venda a clientes finais em BTN (>20,7 kVA) Preços
Energia Ativa (EUR/kWh)
Tarifas médias utilizações
Horas de ponta 0,2938
Horas cheias 0,1477
Horas de vazio 0,0845
Finalmente é possível obter o consumo de cada aparelho e o custo desse consumo para uma
posterior análise económica e verificar se realmente compensa utilizar um sistema como o da LEN,
servidor, TC e PCc (Cenário LEN) ou apenas um sistema tradicional de DPC (Cenário A). Na LEN há
4 thin clients, 6 DPC convertidos e 2 DPC. Os únicos aparelhos não medidos com o auxílio de uma
tomada avidsen, foram os DPC, pois nenhum utilizador se encontrava disponível, ou seja, não existia
qualquer tipo de consumo a registar ao longo dos dias de medições. Os valores admitidos para o
consumo de um DPC de marca branca foram calculados com auxílio da bibliografia.
43
4.2. Resultados e discussão
As medições, como referido anteriormente, foram efetuadas com o auxílio de uma tomada
avidsen (Figura 26) num período de 31 dias, de forma a possuir uma amostra de dados
representativa. Os outputs resultantes das medições são apresentados nas tabelas seguintes.
Tabela 11 – Dados recolhidos em kWh, Pmax (W), V e A.
Os dados das tabelas correspondem ao 22º dia de medições, onde foram retirados os valores
em kWh (acumulado até esse dia), volts, potência máxima registada (W) e amperes, às duas
alimentações do Servidor (A1 e A2), ao TC e PC convertidos (PCc). As restantes tabelas com os
outros dias de medição encontram-se em anexo. Estas medições foram feitas no período de trabalho
da LEN e tiveram em conta os períodos tarifários de eletricidade, por isso a recolha de dados foi
efetuada em 4 períodos distintos ao longo de um dia, às 9 horas, 10h30, 13 horas e 18 horas (hora de
encerramento da LEN).
Os valores tratados foram os de kWh, como os apresentados na Tabela 11. Inicialmente,
calcula-se o consumo que se obteve entre as 9 horas e as 10 horas e 30 minutos, obtendo assim o
consumo em kWh no período de cheias, como representado na Tabela 12. O mesmo é efetuado para
os outros períodos.
Para obter os consumos fora do período laboral da LEN, os quais foram considerados
constantes ao longo do tempo, subtraiu-se apenas o consumo medido às 9 horas pelo consumo das
18 horas do dia anterior, obtendo assim o consumo total nesse período, dividindo pelo número de
horas decorrido. Este cálculo só foi possível porque se considerou o consumo constante fora do
horário de trabalho, o mesmo foi realizado para os feriados e fins de semana.
kWh Servidor
TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A1 A2
A1 A2
09:00 54,6 45,7 1,9 7,3
09:00 159,3 142,4 14,3 83,3
10:30 54,8 45,9 1,9 7,4
10:30 159,3 142,4 14,3 83,3
13:00 55,2 46,2 1,9 7,5
13:00 159,3 142,4 14,3 83,3
18:00 55,7 46,6 2 7,7
18:00 159,3 142,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A1 A2
A1 A2
09:00 227 227 231 231
09:00 0,58 0,51 0,12 0,32
10:30 227 228 231 231
10:30 0,61 0,56 0,12 0,33
13:00 227 227 233 234
13:00 0,56 0,48 0,12 0,32
18:00 228 228 232 232
18:00 0,56 0,5 0,01 0,03
44
Tabela 12 – Consumo horário kWh
4ª Feira (kWh) - Dia 22 A1 A2 TC PCc
Fora do período Vazio 00:00-8:00 0,96 0,85 0,00 0,05
Cheias 8:00-9:00 0,12 0,11 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,1
Cheias 13:00-18:00 0,50 0,40 0,10 0,30
Fora do período
Cheias 18:00-19:30 0,20 0,17 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,20 0,17 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,27 0,23 0,00 0,00
Na Tabela 12 é possível observar o consumo horário de cada um dos aparelhos medidos,
sendo que A1 e A2 são as fontes de alimentação do servidor, por isso o consumo deste é a soma das
duas alimentações. Ao longo de 31 dias o mesmo procedimento foi feito para assim conseguir obter o
consumo horário de todos os dias e calcular por fim o custo deste consumo de cada um dos
aparelhos.
Tabela 13 – Tarifa da eletricidade e ciclo diário aplicável à LEN
Horário Custo (€)
Horas de ponta 10h30 - 13h
0,2938 19h30 - 21h
Horas de cheias
8h - 10h30
0,1477 13h - 19h30
21h-22h
Horas de vazio 22:00 - 8:00 0,0845
A Tabela 13 apresenta o custo diário da energia nos diferentes horários em que a LEN se
insere. Para o cálculo do custo da energia, em €, uma simples multiplicação do consumo obtido na
Tabela 12 pelo custo horário, na Tabela 13, permite obter o custo da energia por período (ponta,
cheias ou vazio) de cada um dos aparelhos como representado na Tabela 14
Tabela 14 – Custo horário do kWh
4ª Feira (€) - Dia 22 A1 e A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,15 0,00 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,06 0,00 0,01
Ponta 10:30-13:00 0,21 0,00 0,03
Cheias 13:00-18:00 0,13 0,01 0,04
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,05 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,11 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,04 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,04 0,00 0,00
45
Com os resultados obtidos (Tabela 14) é possível calcular o custo total do consumo de
energia no dia em questão, neste caso o dia 22, sendo o custo total do servidor de terminais
correspondente a 0.83€, do thin client apenas de 0.01€ e de um PC convertido de 0.10€. Finalmente,
de forma a obter o custo total durante os 31 dias de medições fez-se apenas um somatório de todas
as 31 tabelas, de cada um dos aparelhos, fora e durante o período laboral da LEN, obtendo assim o
custo mensal do sistema instalado da LEN apenas com TC e PCc. Deste modo o custo ao final de 31
dias de energia elétrica do servidor são 22,89€, de um thin client 0,53€ e de um PCc de 2,12€.
Figura 27 – Consumo ao longo dos dias medidos do Servidor, Thin Client e PC convertido na Lisboa E-
Nova
A Figura 27 representa o consumo de cada aparelho medido ao longo dos 30 dias de
medições. O thin client (a vermelho) apresenta consumos ao longo desses 30 dias realmente muito
baixos, não passando dos 0,2 kWh/dia. Quanto ao servidor (azul) este apresenta um aumento de
consumo a partir do dia 17, provavelmente explicado pelo facto de que nesse dia foram inseridos no
escritório da LEN, dois novos estagiários, que utilizavam thin clients, e assim mais alguma da
capacidade do servidor. De referir, que embora o PC convertido possua consumos relativamente
baixos, continuam a ser superiores aos do TC.
4.2.1. Análise Energética
Neste caso de estudo foram medidos durante os 31 dias o consumo de um servidor, de um
thin client e de um PC convertido em terminal. Foi possível concluir que um thin client consome
efetivamente menos que um desktop (Joumaa & Kadry 2012), e que consome menos também que
um PC convertido em terminal.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
kWh
Dia
Consumo diário de cada um dos aparelhos medidos
Servidor
TC
PCc
46
Dos dados recolhidos foi possível obter o consumo de uma estrutura que funcione à base de
thin client e de PCc, com o auxílio de um servidor. O servidor ao longo de 31 dias consumiu cerca de
155 kWh, um thin client 3,24 kWh e um PCc 15,7 kWh.
Com os valores medidos ao longo de 31 dias é possível retirar o consumo anual de cada
aparelho:
Servidor – 1827 kWh/ano
Thin Client – 38,1 kWh/ano
PC convertido – 184,9 kWh/ano
Figura 28 – Distribuição dos consumos do sistema IT da LEN
Dos valores obtidos (Figura 28) é de fácil constatação que é no servidor que está localizado a
maior parte do consumo e também é o servidor que está em constante funcionamento, no entanto
este não é utilizado apenas para operar os terminais mas também funciona como o hospedeiro e
base de dados de todos os operadores e do próprio website da Lisboa E-Nova.
Mesmo comparando apenas o consumo do thin client com o do PC convertido observa-se
que o thin client possui consumos realmente muito baixos e portanto consome menos que um
aparelho Desktop.
Na Figura 29 estão presentes os consumos anuais do sistema atual da LEN, servidor, 4 TCs
e 6 PCcs e do sistema antigo de 10 DPCs.
59%
5%
36%
Distribuição dos consumos
Servidor 4 Thin Client 6 PCc
47
Figura 29 – Consumo anual do Servidor, dos 4 thin clients e 6 PCcs da LEN e de 10 DPCs
Para determinar o valor do consumo anual do thin client calculou-se primeiro o consumo
médio diário com os dados recolhidos, obtendo-se o valor de 0,1045 kWh, multiplicando depois pelo
número de dias de um ano, resultando em 38,1 kWh/ano para o TC. Procedeu-se da mesma forma
tanto para o servidor como para o PCc, obtendo-se os valores de 1827,8 kWh/ano e 184,9 kWh/ano,
respetivamente.
Para o cálculo do consumo do DPC foram retirados valores de várias referências
bibliográficas (Van Heddeghem et al. 2014), (Kawamoto et al. 2004), (Weidner et al. 2008) e (Webber
et al. 2006), podendo alcançar consumos por ano entre 86 a 482 kWh. Para o cenário da LEN foi
considerado um consumo de 344 kWh/ano (Weidner et al. 2008). Analisando a Figura 29 é possível
verificar que o sistema de DPCs idêntico ao antigo da LEN consome mais que do que thin clients,
PCc e servidor.
Tabela 15 – Consumo anual e custo da energia do Servidor, dos thin clients, do PCc e dos DPCs
Aparelho Consumo anual
(kWh) Fatura energética anual
(€)
Servidor 1827,8 269,6
Thin Client 152,6 25,0
PCc 1109,1 190,1
DPC 3440,0 584,8
Quanto à fatura energética de cada um dos aparelhos, analisando a Tabela 15 é possível
concluir que, tendo em conta apenas o custo de energia, este é maior no sistema antigo de DPCs da
LEN, 585€, do que no novo sistema de clients 485€ no total, obtendo uma poupança anual de
aproximadamente 100€ com o novo sistema instalado. Importa referir que apenas se teve em conta
apenas o material informático necessário a ambas as instalações.
1827,8
152,6
1109,1
3440,0
0,0
500,0
1000,0
1500,0
2000,0
2500,0
3000,0
3500,0
4000,0
Servidor 4 Thin Client 6 PCc 10 DPC
Kw
h/a
no
Consumo anual
48
O cálculo da fatura energética do servidor, TC e PCc foi explicado no início deste capítulo,
quanto ao custo para um DPC foi assumido um custo médio da energia elétrica de 0,17€ por kWh.
Este resultado foi obtido através dos consumos retirados na medição do servidor, TC e PCc. Tendo
em conta o modo como os consumos se comportam ao longo do dia e portanto em que horas o
consumo é maior, ficando o custo desse horário mais relevante do que o custo dos outros horários.
4.2.2. Análise Económica
Neste capítulo efetuou-se uma análise económica com o intuito de verificar se optar por uma
solução thin client em deterioramento de um sistema tradicional de desktop era um bom investimento
económico, tendo em conta o custo da energia (calculado no capítulo 3.5.1), o investimento
necessário para comprar ambos os sistemas e o custo de manutenção, todos estes valores baseados
no modelo instalado na LEN.
Analisaram-se dois casos, um deles diz respeito à comparação do cenário da LEN (capítulo
4.1), 4 TC, 6 PCc e um servidor com o Cenário A de 10 DPC. Nesta análise considerou-se que no
ano 0 existia a opção de substituir por completo o sistema de DPCs e adquirir assim 10 novos
aparelhos ou de instalar um sistema de terminais com um servidor.
Na LEN foi ainda adquirido um ar condicionado (AC) para refrigeração da sala onde o
servidor está instalado. Para o consumo deste aparelho utilizou-se um coeficiente de performance
(COP) de 3, admitindo que cada kWh consumido pelo servidor e que irá ser dissipado sob a forma de
calor terá que ser retirado do ambiente pelo A.C.. Para este consumo no servidor considerou-se
apenas os meses de arrefecimento na cidade de Lisboa que, segundo o RCCTE, correspondem a 6,7
meses. De referir que o ambiente considerado para o consumo do A.C. é adiabático, o que pode levar
a uma diferença no consumo real onde o A.C. se insere na LEN.
O outro caso analisado foi o de uma empresa ainda sem equipamento que no ano 0 poderia
optar por qualquer um dos sistemas, Cenário A ou B. Para esta análise considerou-se um sistema de
terminais (Cenário B) composto por:
20 thin clients;
1 servidor igual ao da LEN (até 32 operadores);
1 A.C. para o servidor.
Para o sistema composto apenas por desktop PC (Cenário A):
20 DPCs;
49
4.2.2.1 Caso 1 – Cenários LEN e A
No primeiro caso, no qual se analisou o cenário da LEN em comparação com o cenário A
com 10 DPCs, considerou-se como plano de investimentos o seguinte:
Tabela 16 – Plano de Investimentos cenários LEN e A
Plano de Investimento
Aparelho Quantidade €/Aparelho Custo de conversão
TOTAL (€)
Servidor 1 4000 0 4000
Thin Clients 4 200 0 800
PC convertido 6 25 100 250
Computadores -10 500 0 -5000
Ar condicionado 1 1500 0 1500
TOTAL (€) 1550
A interpretação da Tabela 16 é direta à exceção dos computadores, aqui optou-se por colocar
este valor negativo pois já que se está a analisar um cenário em que se optou pelo sistema de thin
clients o investimento evitado em DPC aparece com sinal negativo no plano de investimentos.
Este caso de estudo foi analisado num período de 5 anos, tendo em conta o Decreto
Regulamentar nº25/2009, as taxas de depreciação usuais para equipamentos informáticos como
computadores são de 33,33% ao longo de 3 anos, no entanto como alguns dos computadores da
LEN já possuíam mais de 3 anos considerou-se uma taxa de 20 % ao longo de 5 anos (Tabela 17).
Tabela 17 – Taxas de amortização dos vários aparelhos
Plano de investimento
Aparelho Custo (€) Taxa amortização Vida útil (anos)
Servidor 4000 12,50% 8
TC 800 12,50% 8
PCc 250 - -
AC 1500 12,50% 8
DPC -5000 20% 5
Nesta análise a receita considerada foi a poupança na fatura energética do sistema thin client
comparativamente a um sistema tradicional de DPCs, com um valor de 42,3€ anuais de poupança.
Quanto aos custos de manutenção os valores foram fornecidos pela LEN, correspondendo a 1667 €
anuais para o sistema de thin client, custo que engloba manutenção tanto dos terminais como do
próprio servidor, e para o sistema antigo o custo da manutenção era de 667€ anuais para os 10
DPCs. Neste caso, a manutenção do sistema de terminais pode ser maior do que do sistema de
DPCs, pelo facto de no servidor da LEN estar também sediado o website da mesma, ou seja, o
servidor da LEN não tem como única característica servir de alimentação para os terminais.
No entanto, considerando que o servidor tem capacidade até 32 operadores, é esperado que
conforme o número de operadores aumente, aumentem também as poupanças no esforço de
50
manutenção de um sistema centralizado. Atualmente a LEN possui 10 operadores, caso
acrescentasse mais 22 estes encargos de manutenção seriam os mesmos.
Resumidamente a poupança energética será a diferença entre o consumo dos DPCs e TC,
PCc, servidor (valores presentes na Tabela 15) e AC do servidor, com um COP de 3 e 6,7 meses de
arrefecimento o que corresponde a um consumo de 340,2 kWh/ano e uma despesa de 57,8 €/ano.
Tabela 18 – Receitas e despesas num período de 5 anos
Receitas Ano 0 1 2 3 4 5
Poupança energética (€) 42,3 42,3 42,3 42,3 42,3
Despesas Ano 1 2 3 4 5
Manutenção (€) 1000 1000 1000 1000 1000
A Tabela 18 apresenta resumidamente os valores de receitas e despesas obtidas na análise
económica. A poupança energética como referido anteriormente é de 42,3€ anuais e os custos de
manutenção são de 1000€, que correspondem à diferença entre os custos atuais da LEN (1667€)
com os custos de manutenção do sistema antigo (667€). Na tabela seguinte o não investimento em
DPC é apresentado no ano 0 e no ano 5, anos de renovação do equipamento. Na Tabela 19 está
presente a análise de investimento do caso 1.
Tabela 19 – Análise de Investimento ao Caso 1
Análise de Investimento (€)
Ano 0 1 2 3 4 5
Investimento Realizado
6550
Investimento Evitado 5000 0 0 0 0 5000
Receitas 0 42,3 42,3 42,3 42,3 42,3
Despesas 0 1000 1000 1000 1000 1000
EBITDA 0 -957,7 -957,7 -957,7 -957,7 -957,7
Depreciação 0 -212,5 -212,5 -212,5 -212,5 -212,5
Resultado 0 -745,2 -745,2 -745,2 -745,2 -745,2
Cash Flow -1550 -957,7 -957,7 -957,7 -957,7 4042,3
Cash Flow Atualizado -1550 -912,1 -868,6 -827,3 -787,9 3167,3
Cash Flow Atualizado e Acumulado
-1550 -2462,1 -3330,7 -4158,0 -4945,9 -1778,6
51
O investimento de 6550€ corresponde à compra do servidor, TC, AC e conversão dos PCs. O
investimento evitado é o não investimento no sistema de DPCs que entra no cash flow. As receitas
são a poupança energética, já as despesas correspondem à diferença de custos de manutenção
entre o sistema antigo de desktops e o novo de terminais. Os resultados antes de encargos
financeiros, impostos, amortizações e provisões (EBITDA) foram calculados efetuando a diferença
entre receitas e despesas, enquanto o resultado já toma em conta as depreciações do material. O
Cash flow (CF) foi calculado através da soma do investimento (realizado e evitado) com os resultados
e as depreciações, sendo de salientar que neste caso o investimento realizado possui sinal negativo.
O CF atualizado (2) foi calculado com uma taxa de atualização de 5% sendo a fórmula a seguinte:
( ) , (Beggs 2002) (2)
Sendo n o ano para o qual estamos a calcular o CF. O CF atualizado e acumulado
corresponde à soma do CF atualizado do ano n mais o CF do ano n-1. A taxa de atualização utilizada
foi a presente na Tabela 20, a qual tem algumas das variáveis de decisão retiradas da análise de
investimento.
O payback (3) (tempo de retorno em anos) foi calculado com o auxílio da seguinte fórmula:
( ) , (Beggs 2002) (3)
Sendo que:
A – o ano do último CF atualizado e acumulado negativo,
B – o último CF atualizado e acumulado negativo e
C – o primeiro CF atualizado positivo.
Tabela 20 – Resultados da análise de investimento do Caso 1
Variáveis e resultados
VAL (€) -1778,6
Taxa de atualização 5%
TIR -9%
Payback (anos) 5,6
Do ponto de vista económico o Caso 1 (cenário atual da LEN) não é um bom investimento
pois possui um VAL negativo e uma TIR também ela negativa (Tabela 20), no entanto esta instalação
teve o intuito de usar um sistema Linux (que não possui encargos com licenças). De referir também
que a LEN não tinha qualquer tipo de AC no escritório e ainda não substituiu todos os terminais por
thin clients, o que deve baixar consideravelmente os encargos tanto energéticos como económicos de
todo o sistema.
A taxa de atualização utilizada foi a correspondente para uma instituição idêntica à LEN,
Agência sem fins lucrativos, e por isso é relativamente baixa, recorrendo a bibliografia o valor mínimo
52
era de 4% e portanto dentro daquele escolhido para a presente análise (Wachter 2013). O VAL (4)
(valor acrescentado líquido) e a TIR (5) (taxa interna de rentabilidade) foram calculados recorrendo às
fórmulas do Excel.
∑
( ) (4),
Em que CFi = Cash-flow no ano i e t = Taxa de desconto.
A taxa interna de rentabilidade (TIR) é a taxa para a qual o VAL é igual a zero (Todo Bom et
al. 1992), pode também ser interpolada através da seguinte equação:
( )
| | (5),
i1 – Taxa de Atualização que origina uma VAL > 0
i2 – Taxa de Atualização que origina VAL < 0
VAL1 – VAL positivo
VAL2 – VAL negativo
4.2.2.2 Caso 2 – Cenário A e B
Para esta análise considerou-se um novo escritório para 20 funcionários, com custos de
manutenção iguais aos da LEN. No presente caso apenas se adquire thin clients (Cenário B) não
havendo conversão dos DPC antigos em terminais, nem custos de energia associados a estes
aparelhos.
Tabela 21 – Plano de investimento para um escritório com 20 operadores
Aparelho Custo por
aparelho (€) Qtd. kWh/ano €/ano
Servidor 4000 1 3655,6 539,2
TC 200 20 38,15 6,24
DPC 400 20 250 42,5
AC servidor 1500 1 680,4 115,7
Para este caso considerou-se também desktops com um consumo inferior aos antigos da
LEN, com valores novamente retirados da bibliografia (Van Heddeghem et al. 2014), (Kawamoto et al.
2004), (Weidner et al. 2008) e (Webber et al. 2006), considerando-se assim um consumo de 250
kWh/ano e um custo de 400 €/unidade. O custo da energia utilizado foi igual ao do capítulo anterior,
ou seja, 0,17€ o que perfaz uma despesa energética de 42,5€/ano por DPC (Tabela 21). O valor de
1500€ de investimento deve-se ao AC, seção interior e exterior. No presente cenário o investimento
do sistema de terminais é de 9500€, 4000€ do servidor mais 200€ por cada um dos 20 terminais e
1500€ para o AC, para os DPCs admitiu-se um custo unitário de 400€ e por isso um investimento
total de 8000. O valor de investimento para o servidor considera apenas o custo de adquirir o
53
servidor, ou seja, não tem em conta o custo da sua instalação e dos restantes aparelhos necessários
ao seu correto funcionamento o que pode levar a um resultado final do projeto (valor acrescentado
líquido) diferente do real. Neste caso o custo total para adquirir e colocar em funcionamento, o
servidor, foi de 12.000€ e não de 4.000€.
Optando assim como no caso da LEN por um sistema de terminais, a diferença de
investimento é de 1500€. Quanto ao custo na fatura energética, a instalação de DPCs tem uma
despesa associada de 850 €/ano e um sistema de terminais de 780 €/ano. A instalação de DPCs
compreende 20 DPCs, enquanto a de terminais é constituída por 20 thin clients, 1 AC para o servidor
e 1 servidor. A taxa de amortização admitida para este projeto é igual às taxas utilizadas na análise 1
do capítulo anterior.
Tabela 22 – Depreciação, Receitas e Despesas
Ano 0 1 2 3 4 5
Depreciação
Servidor - 500 500 500 500 500
TC - 500 500 500 500 500
AC servidor 187,5 187,5 187,5 187,5 187,5
DPC - -1600 -1600 -1600 -1600 -1600
Total (€) - -412,5 -412,5 -412,5 -412,5 -412,5
Receitas
Poupança na fatura (€) 70,34 70,34 70,34 70,34 70,34
Despesas Manutenção (€) 0 333 333 333 333 333
Neste cenário a poupança na fatura energética é superior à da LEN, pois aqui o consumo dos
terminais é apenas por parte de TC, não existindo PCc que consomem relativamente mais, possuindo
um valor de poupança na fatura energética de 70 €/ano (Tabela 22). Os custos de manutenção
admitidos para o sistema de terminais foram iguais aos da LEN e para o sistema de DPCs é
proporcional, sendo agora de 1334€ e portanto com uma diferença de custo de 333€.
Tabela 23 – Análise de investimento do caso 2 (Comparação dos cenários A e B)
Análise de Investimento (€)
Ano 0 1 2 3 4 5 Investimento Realizado 9500 Investimento Evitado 8000 0 0 0 0 8000 Receitas 0 70,3 70,3 70,3 70,3 70,3 Despesas 0 333,0 333,0 333,0 333,0 333,0 EBITDA 0 -262,7 -262,7 -262,7 -262,7 -262,7 Depreciação 0 -412,5 -412,5 -412,5 -412,5 -412,5 Resultados 0 149,8 149,8 149,8 149,8 149,8 Cash Flow -1500 -262,7 -262,7 -262,7 -262,7 7737,3 Cash Flow Atualizado -1500 -250,2 -238,2 -226,9 -216,1 6062,4
54
Cash Flow Atualizado e Acumulado
-1500 -1750,2 -1988,4 -2215,3 -2431,4 3631,0
Para a formulação da análise de investimento do cenário 2 presente na Tabela 23 foi utilizada
a mesma metodologia da análise 1. A fórmula dos CFs é:
, (6)
O CF atualizado (2) foi também calculado como o da análise anterior, ou seja, com a Equação
1. O CF atualizado e acumulado corresponde à soma do CF atualizado do ano n e o CF atualizado e
acumulado do ano n-1. A taxa de atualização foi a mesma da do caso anterior, ou seja, 5%. Os
resultados obtidos desta segunda análise foram os seguintes:
Tabela 24 - Resultados da análise de investimento do Caso 2
Variáveis e resultados obtidos
VAL (€) 3631,0
Taxa de atualização 5%
TIR 30%
Payback (anos) 4,4
Entre as duas análises feitas, a segunda (Caso 2) é mais apelativa, tendo este um VAL
positivo e um período de payback inferior (Tabela 24). Estes valores positivos devem-se ao facto de
nesta análise não serem utilizados desktops convertidos em terminais, que embora tenham um
consumo inferior a um DPC continua a ser substancialmente superior ao de um TC. Além disso o
número de operadores é superior comparativamente à análise 1 e a diferença do custo de
manutenção é inferior. Para o cálculo do período de payback foi utilizada a equação ( )
, (Beggs 2002) (), no entanto utilizou-se também outra fórmula recorrendo à interseção dos cash
flows com os cash flows acumulados e atualizados (Figura 30), obtendo-se aproximadamente o
mesmo resultado.
Figura 30 – Período de Payback do caso 2
-4000
-2000
0
2000
4000
6000
8000
0 1 2 3 4 5
€
Anos
Período de Payback - Caso 2
Cash Flow Atualizado e Acumulado Cash Flow Atualizado
55
4.2.3. Análise de sensibilidade ao Caso 2
Neste capítulo serão efetuadas várias análise de sensibilidade ao caso 2 descrito no capítulo
anterior, com o objetivo de compreender quais são as variáveis que podem influenciar os resultados
obtidos e assim possivelmente modificar a decisão final de instalação de um sistema de terminais ou
de DPCs.
Tabela 25 – Comparação dos dois casos
Caso 1 (LEN + A) Caso 2 (A+B)
VAL (€) -1778 3631
Investimento terminais (€) 6550 9500
Investimento DPCs (€) 5000 8000
Poupança Energética (€/ano) 42,3 70,3
Os valores utilizados para todas estas análises foram os admitidos para o cenário 2, com
base nas medições retiradas da LEN e também valores da bibliografia. Foi apenas selecionado o
caso 2 para esta análise já que foi o único cenário em que o VAL obteve um valor positivo, uma
diferença de investimento menor e uma maior poupança energética (Tabela 25).
Figura 31 - Análise à variação da taxa de atualização
Variando a taxa de atualização é possível verificar como esta irá afetar o VAL do projeto
(Figura 31). No caso 2 a taxa utilizada foi a de 5%, variando esta taxa entre 5% e 35% é possível
concluir que a taxa de atualização que transforma o caso 2 num projeto sem retorno financeiro é de
30%, tal como calculado no capítulo anterior. Este valor corresponde ao VAL igual a 0, ou seja, a
taxa interna de retorno. A TIR é elevada pois trata-se de um projeto de poupança e aqui o objetivo é
mesmo esse, poupar dinheiro quando comparada a outro cenário.
-500,0
0,0
500,0
1000,0
1500,0
2000,0
2500,0
3000,0
3500,0
4000,0
5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%
€
Taxa de atualização
Análise de sensabilidade à taxa de atualização
VAL
56
Para a análise de sensibilidade ao preço da eletricidade fez-se variar o custo final de cada
aparelho (ou seja, a energia usada em cada aparelho) por ano, de -50 a 50% com o objetivo de
entender como esta variação iria influenciar o valor acrescentado líquido do projeto. Assim, para além
do VAL retirou-se também o valor de poupança na fatura energética para perceber se esta poupança
teria a mesma tendência do VAL ao variar o custo da energia.
Figura 32 – Variação do VAL consoante a variação no custo da energia utilizada por cada aparelho
Figura 33 – Variação da poupança na fatura energética consoante os encargos energéticos de cada aparelho
Analisando as Figuras 30 e 31 é possível concluir que tanto o VAL como a poupança na
fatura energética são sempre positivos comportando-se de maneira semelhante. Na análise de
sensibilidade correspondente à variação dos encargos de cada aparelho na fatura energética é
possível concluir que quanto mais caro fica a eletricidade, maior poupança energética é possível
obter, algo que é explicado pelo facto de este sistema ter esse mesmo propósito, de poupança
3300,0
3400,0
3500,0
3600,0
3700,0
3800,0
3900,0
50% 40% 30% 20% 10% 0% -10%-20%-30%-40%-50%
€
Variação no custo da energia utilizada por cada aparelho
Análise de sensibilidade à variação do preço da energia na fatura energética
VAL
0
20
40
60
80
100
120
50% 40% 30% 20% 10% 0% -10%-20%-30%-40%-50%
€
Variação dos encargos energéticos
Poupança na fatura energética
poupança
57
energética. A Figura 33 representa apenas a poupança na fatura energética com a variação dos
encargos da energia, aqui é possível observar que existe sempre poupança mesmo no caso em os
encargos energéticos dos aparelhos sejam reduzido para metade.
Figura 34 – Análise de sensibilidade ao custo da manutenção
A Figura 34 representa como o VAL varia consoante o custo de manutenção. É possível
verificar que é necessário estes encargos subirem mais de 1100€, ou seja, seria necessário a
manutenção subir mais de 200% para que o VAL do projeto fosse negativo. Logo o custo da diferença
de manutenção não é uma variável com grande influência na variação do VAL deste projeto.
Figura 35 – Análise de sensibilidade ao custo unitário dos PCs
O custo de cada DPC está bastante relacionado com o VAL do projeto (Figura 35). Nesta
análise variou-se o preço dos desktops PCs de -25 a 25% (300-500€). Caso este seja 15% mais
barato (340€) irá diminuir o VAL para metade. Mas mesmo diminuindo o preço dos DPCs em 25%
(300€) o VAL, ainda que seja reduzido, contínua a ser positivo.
0,0
1000,0
2000,0
3000,0
4000,0
5000,0
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
€
Custo da diferença de manutenção entre sistemas (€)
Análise de sensibilidade ao custo da diferença de manutenção
VAL
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% -25%
€
Variação no preço de DPCs
Análise de sensibilidade ao preço dos DPCs
VAL
58
A próxima análise efetuada diz respeito ao número de utilizadores. Como referido
anteriormente, um servidor IP BRICK SCHOOL (Figura 25) do tipo da LEN funciona até 32
operadores.
Nesta próxima análise foi tido em conta que o consumo do servidor pode aumentar e para
evitar o erro de considerar o mesmo consumo supôs-se (num cenário conservador) que o consumo
aumenta proporcionalmente ao número de operadores. Considerou-se mais 4 cenários, com 10, 15,
25 e 30 operadores. O que implica que no consumo final o servidor é igual ao consumo da LEN
quando são 10 operadores, 1,5 vezes superior quando são 15, o dobro para 20 e 2,5 vezes o
consumo se forem 25 operadores. Quanto à manutenção, o custo será o mesmo no caso dos
terminais, enquanto no sistema de desktops este irá variar proporcionalmente ao número de
operadores.
Figura 36 – Variação do VAL consoante o número de utilizadores
Na análise efetuada ao número de operadores (Figura 36) é possível concluir que esta é a
que apresenta maior influência no VAL do projeto, em que basta existir mais 5 funcionários para que
o valor acrescentado líquido seja mais do dobro do cenário base de 20 operadores. São
apresentados na seguinte tabela os valores de poupança na fatura energética, custo da diferença de
manutenção entre sistemas e VAL do projeto variando o número de operadores:
Tabela 26 – VAL consoante o número de operadores
Número de operadores
Poupança na fatura energética (€)
Diferença na manutenção (€)
VAL (€)
10 35,2 1000 -4543,1
15 52,8 666,5 -456,0
20 70,3 333 3631,0
25 87,9 -0,5 7718,1
30 105,5 -334 11805,2
-10000
-5000
0
5000
10000
15000
10 15 20 25 30
€
Número de operadores
Análise de sensibilidade à quantidade de operadores
VAL
59
A partir de 25 funcionários o custo de manutenção de um sistema de DPCs passa a ser mais
dispendioso do que um sistema de terminais centralizado (Tabela 26).
Efetuou-se ainda outra análise de sensibilidade ao consumo dos DPCs, variando de -25 a
25% do valor original utilizado de 250 kWh/ano (Figura 37). Esta análise está presente na figura
abaixo, e é possível concluir que mesmo variando o consumo dos DPCs de 188 kWh/ano a 313
kWh/ano o VAL é sempre maior que zero o que faz com que este projeto possua sempre retorno
financeiro.
Figura 37 – Variação do VAL do projeto consoante a variação do consumo anual de DPCs
Nesta análise retirou-se juntamente com o VAL, os valores de poupança energética
consoante a variação do consumo anual de DPCs (Figura 38). Com a variação do consumo dos
DPCs a poupança na fatura energética e consequente poupança no consumo pode vir a não existir,
neste caso em concreto, quando os consumos de cada DPC são inferiores a 225 kWh/ano.
Figura 38 – Comportamento da poupança energética variando o consumo anual dos DPCs
0
1500
3000
4500
6000
25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% -25%
€
Variação do Kwh/ano dos desktops PC
Análise de sensibilidade ao consumo anual de DPCs
VAL
-200
-100
0
100
200
300
400
€
Variação dos consumos de DPCs
Análise de sensibilidade ao consumo anual de DPCs
Poupança na faturaenergética
61
5. Conclusões
A eficiência energética pode trazer diversos benefícios, nomeadamente diminuindo os custos
que uma entidade, região ou País têm com os consumos de energia, fomentado a competitividade
económica através de medidas rentáveis, sustentáveis e que como tal proporcionam um melhor
retorno quando equiparadas a outras medidas que se revelam menos eficientes. É sem dúvida
também uma área de atuação a ter fortemente em consideração na panóplia de medidas a
implementar para a prossecução do objetivo global de redução de emissões de GEE, contribuindo
para alcançar as metas e os objetivos traçados tanto pela EU, como por Portugal neste domínio. As
medidas de EE referenciadas na presente dissertação podem não obter os mesmos resultados em
diferentes locais, dado que muitas destas medidas podem depender do comportamento humano o
que pode colocar em causa a sua viabilidade. No entanto, se aliarmos ações de sensibilização às
medidas de EE, potenciamos o seu sucesso, e obtemos resultados tanto a nível micro como
macroeconómico.
O PNAEE teve como principal objetivo criar medidas para alcançar as metas do 20-20-20.
Analisando o mix energético Nacional, de forma a reduzir a dependência e garantir o abastecimento.
As áreas onde este plano incidiu foram os transportes, residências e serviços, indústria e Estado.
Teve como estratégia promover uma melhor eficiência energética que possibilita a proteção do
ambiente e contribui para a segurança energética com uma relação custo-benefício favorável.
No sector dos serviços o PNAEE focou-se em 3 áreas, no “Renove a casa” que possuía
medidas desde a substituição de lâmpadas, equipamentos mais eficientes e nos sistemas de AVAC;
nos “Sistemas de eficiência energética nos Edifícios”, principalmente por via de certificação
energética e finalmente o “Programa Solar” que tinha como objetivo a substituição de energia de
origem fóssil por renováveis. Teve também como preocupação a sensibilização dos comportamentos
e hábitos dos consumidores, uma excelente forma para evitar o Rebound Effect com a promoção da
eficiência energética.
Na transição do plano de 2010 para o de 2013 houve uma série de medidas colocadas de
lado devido à conjuntura económica. Para estas medidas não tinham sido feito nenhuma análise de
sensibilidade a variáveis de decisão relevantes, como por exemplo para o PIB, cuja previsão de 2011
para o ano de 2020 foi 8% inferior à previsão feita pelo PNAER em 2010. Também de todas as
medidas selecionadas e estudadas existe apenas uma na área das TIC, no sector do Estado, a
promoção de teleconferências para a realização de reuniões (XIX Governo 2013).
A área das TIC evolui cada vez mais a uma velocidade estonteante devido por um lado à
generalização do seu uso resultado do crescimento demográfico e da evolução positiva dos
indicadores de desenvolvimento económico e social e, por outro, a produtos cujos ciclos de inovação
são extremamente curtos. Portanto, é essencial a tomada de medidas que possam vir a melhorar a
EE nesta área em franca expansão, sendo também essencial a sensibilização dos seus utilizadores,
62
já que diferentes tipos de uso do mesmo equipamento podem levar a consumos verdadeiramente
dispares (Webber et al. 2006; Eyre 2009; Weidner et al. 2008).
Na presente dissertação foi dedicado um capítulo de revisão a medidas já implementadas em
Lisboa no âmbito da eficiência energética e a outras de possível implementação, analisando alguns
dos seus impactos. Verificou-se que muitas destas medidas iam de encontro às medidas também
selecionadas pelo PNAEE, como por exemplo a mudança de lâmpadas tradicionais por lâmpadas
mais eficientes, tanto na iluminação pública como em semáforos. Medidas no sector doméstico como
telecontagem, renovação de equipamento por mais eficiente, sensibilização dos hábitos do
consumidor e autoconsumo através de renovável.
Quanto ao caso de estudo, uma medida de eficiência energética no âmbito das TIC, mostra
ser uma medida com grande potencial para reduzir tanto consumos energéticos como também os
custos associados.
Existem diversos benefícios em se utilizar um sistema de terminais TC associado a um
servidor, com a virtualização do servidor e dos terminais, comparando com um sistema de desktops
PC num ambiente de escritório, sendo que alguns desses benefícios são:
I. A prevenção de perda de dados e a sua partilha facilitada, a partilha de software e
hardware por todos os utilizadores.
II. A gestão de dados de todo o sistema é simplificada e também a implementação das
atualizações necessárias é facilitada, dado que todo o hardware e software são
deslocados para o mesmo local físico (servidor).
III. Os consumos energéticos individuais de cada terminal no sistema de thin client são
bastante mais reduzidos do que os de DPC, bem como o espaço que estes ocupam,
não havendo tanta libertação de calor.
Nas análises efetuadas na presente dissertação verificou-se que de facto um sistema de TC
consome efetivamente menos energia do que um DPC. No entanto, algumas situações podem não
apresentar benefício quando se opta por um sistema de TC em comparação com um de DPCs.
As principais conclusões retiradas foram:
a) De um ponto de vista económico torna-se uma solução atrativa a partir do momento
em que o número de operadores é suficientemente alto e todos os terminais são thin
client garantindo que:
a.1) A viabilidade do sistema e o investimento necessário para obtenção do sistema
completo de terminais é menor do que a compra efetiva de DPCs como a sua
renovação;
a.2) A manutenção de um sistema centralizado é inferior ao esforço de manutenção
de um sistema de desktops;
63
a.3) Os consumos energéticos são menores podendo levar a um retorno financeiro
elevado quando se opta por tal sistema, devido à poupança na fatura energética
e ao investimento evitado na renovação de desktops antigos por mais recentes.
b) Caso o sistema de DPC seja muito eficiente em termos energéticos poderá não
compensar de todo adquirir um sistema de TC se o objetivo for apenas de poupança.
A medida estudada (sistema de TC) tem algumas limitações. No cenário em que os desktops
são realmente eficientes as poupanças energéticas podem não existir, no entanto do ponto de vista
económico o sistema de terminais contínua a ser compensatório existindo um VAL superior a zero.
Neste caso não só o preço dos desktops e manutenção têm de ser tidos em conta, como também a
gestão do espaço (A.C. necessários só para arrefecimento do escritório devido à libertação de calor
por parte dos desktops). O mesmo se verifica caso os DPC sejam também eles muito baratos na sua
aquisição aliados a um consumo baixo.
Esta medida deve estar presente quando se estuda a possibilidade de instalar novos
desktops numa empresa, todavia as grandes limitações deste tipo de sistema estão presentes nos
objetivos da própria empresa, porque existindo DPCs de baixo consumo ou mesmo capacidade
financeira para obter o melhor material possível (ex. portáteis) esta medida poderá ter diferentes
resultados daqueles aqui apresentados.
Contudo os cenários onde esta tecnologia pode ser inserida terão de ser bem analisados de
forma a entender que nesse ambiente o thin client será bem integrado. Casos os operadores
necessitem de grande capacidade de cálculo, o servidor poderá perder fiabilidade e assim este
sistema poderá não ser a melhor opção. Há que ter em conta assim, o ambiente em que o sistema
centralizado de terminais thin client e o tipo de operadores presentes no mesmo, caso os operadores
necessitem apenas de ferramentas básicas (ex: bancos, hospitais, call centers), então esta tecnologia
poderá trazer as vantagens aqui descritas. Caso contrário, o aumento de número de operadores, com
necessidade de processamento elevada, pode fazer com que o sistema perca alguma fiabilidade de
processamento, tornando-o mais lento, como em casos reais averiguados e experiências que foram
transmitidas sobre a tecnologia aqui analisada.
O potencial que um sistema de terminais com thin clients apresenta do ponto de vista
energético é elevado, mas associado ao uso de serviços de cloud computing poderá ser ainda maior
pois o servidor é fornecido como serviço e assim o seu consumo já não é da responsabilidade da
empresa. Deve ser analisado se a aquisição desse serviço compensa em vez de ter um data center
físico no local. Cloud Computing poderá ser ainda uma solução para uma empresa que em certas
alturas pontuais no ano necessita de mais capacidade no servidor podendo adquirir estes serviços
(SaaS, Paas e IaaS) sem ter de comprar novos equipamentos.
Os objetivos da presente dissertação foram alcançados, verificou-se onde os consumos de
energia elétrica estão mais alocados, quais as medidas de maior relevância para implementação
numa cidade como Lisboa, e que medidas já foram concretizadas bem como estratégias e planos
64
futuras. Conseguiu-se ainda verificar em que condições realmente um sistema centralizado de
terminais é mais eficiente quando comparado com um de desktop PC.
Relativamente a trabalhos futuros, sugere-se a análise deste tipo de sistemas centralizados
mas com a tecnologia zero client, sendo esta ainda mais eficiente do que a de thin client, no entanto
mais cara.
Adicionalmente, sugere-se que futuras revisões do PNAEE e de outros planos tanto a nível
local como nacional para a melhoria da eficiência energética incluam este tipo de medidas, em casos
que o sistema centralizado traz concretos benefícios aliados à segurança de dados e baixos
consumos, como por exemplo hospitais, escolas, universidades, grandes escritórios ou call centres.
66
Bibliografia
10ZiG Technology, 2013. 10ZiG. Key Differences Between Thin Clients and Zero Clients for VDI. Available at: http://info.10zig.com/blog/bid/195728/Key-Differences-Between-Thin-Clients-and-Zero-Clients-for-VDI [Accessed May 7, 2014].
Bagnall, D.M. & Boreland, M., 2008. Photovoltaic technologies. Energy Policy, 36(12), pp.4390–4396. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0301421508004552 [Accessed November 7, 2013].
Barrett, D. & Kipper, G., 2010a. Desktop Virtualization. In Virtualization and Forensics. Elsevier Science, pp. 37–55.
Barrett, D. & Kipper, G., 2010b. Virtualization and Forensics. Elsevier Inc., pp.25–35.
Beggs, D.C., 2002. Energy: Management, Supply and Conservation. In Butterworth-Heinemann, pp. 55–101.
Bianchini, F. & Hewage, K., 2012. How “green” are the green roofs? Lifecycle analysis of green roof materials. Building and Environment, 48, pp.57–65. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0360132311002629 [Accessed November 12, 2013].
Calyam, P. et al., 2011. Utility-directed resource allocation in virtual desktop clouds. Computer Networks, 55(18), pp.4112–4130. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1389128611002799 [Accessed March 28, 2014].
Calyam, P. et al., 2014. VDC-Analyst: Design and verification of virtual desktop cloud resource allocations. Computer Networks, vi. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1389128614000887 [Accessed April 2, 2014].
Castleton, H.F. et al., 2010. Green roofs; building energy savings and the potential for retrofit. Energy and Buildings, 42(10), pp.1582–1591. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0378778810001453 [Accessed November 10, 2013].
Challoch Energy, 2009. Energy Efficiency. Energy Efficiency. Available at: http://www.challoch-energy.com/energy-efficiency-2.html [Accessed June 15, 2014].
Chang, B.R. et al., 2010. Private Small-Cloud Computing in Connection with Linux Thin Client. 2010 First International Conference on Pervasive Computing, Signal Processing and Applications, pp.82–87. Available at: http://ieeexplore.ieee.org/lpdocs/epic03/wrapper.htm?arnumber=5635890 [Accessed March 28, 2014].
Charter, G.D., 2011. Green Digital Charter. The Charter Text. Available at: http://www.greendigitalcharter.eu/greendigitalcharter/text [Accessed April 23, 2014].
Costa, L., 2010. Espaços Verdes Sobre Cobertura Uma Abordagem Estética e Ética. Instituto Superior de Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa.
D’Orazio, M., Di Perna, C. & Di Giuseppe, E., 2012. Green roof yearly performance: A case study in a highly insulated building under temperate climate. Energy and Buildings, 55, pp.439–451. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0378778812004598 [Accessed December 3, 2013].
67
Deng, Y.Y., Blok, K. & van der Leun, K., 2012. Transition to a fully sustainable global energy system. Energy Strategy Reviews, 1(2), pp.109–121. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2211467X12000314 [Accessed October 27, 2013].
ECEEE, 2013. Energy efficiency. Energy efficiency the power of a million small actions. Available at: http://www.eceee.org/about-eceee/why_energy_efficiency [Accessed July 14, 2014].
EDP, 2014. Eficiência energética. O que é a eficiência energética? Available at: http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/eficiencia-energetica [Accessed August 15, 2014].
European Comission, 2014a. Energy Efficiency. Energy Efficiency Directive. Available at: http://ec.europa.eu/energy/efficiency/eed/eed_en.htm [Accessed August 14, 2014].
European Comission, 2014b. European Comission. Digital Agenda for Europe. Available at: http://ec.europa.eu/digital-agenda/ [Accessed May 16, 2014].
European Comission, 2010. How to develop a Sustainable Energy Action Plan. , p.capítulo 3.
European Comission, 2014c. The 2020 climate and energy package. 2020 package. Available at: http://ec.europa.eu/clima/policies/package/index_en.htm [Accessed August 14, 2014].
Eyre, S., 2009. Integrating thin client systems and smart card technology to provide integrated, flexible, accessible and secure E-assessment., Bradford.
Fraunhofer, 2011. Study Thin Clients 2011 – Ecological and economical as- pects of virtual desktops, Oberhausen.
Gaiddon, B., Kaan, H. & Munro, D., 2009. Book on Photovoltaics in the Urban Environment,
Gao, D. et al., 2014. An integrated energy storage system based on hydrogen storage: Process configuration and case studies with wind power. Energy. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0360544214001170 [Accessed March 3, 2014].
Gartner, 2007. Gartner. Gartner Estimates ICT Industry Accounts for 2 Percent of Global CO2 Emissions. Available at: http://www.gartner.com/newsroom/id/503867 [Accessed March 14, 2014].
Gebalis, 2013. Comunicação de Progresso, Lisboa.
Gebalis, 2007. Projecto Microgeração nos Bairros Municipais de Lisboa. , pp.22–23.
Ghosh, N.K. & Blackhurst, M.F., 2014. Energy savings and the rebound effect with multiple energy services and efficiency correlation. Ecological Economics, 105, pp.55–66. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0921800914001451 [Accessed September 3, 2014].
Hasan, M.A. & Sumathy, K., 2010. Photovoltaic thermal module concepts and their performance analysis: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 14(7), pp.1845–1859. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1364032110000663 [Accessed November 16, 2013].
Hayes, B., 2008. Cloud computing. Communications of the ACM, 51(7), p.9. Available at: http://portal.acm.org/citation.cfm?doid=1364782.1364786 [Accessed July 10, 2014].
Van Heddeghem, W. et al., 2014. Trends in worldwide ICT electricity consumption from 2007 to 2012. Computer Communications, 50, pp.64–76. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0140366414000619 [Accessed August 28, 2014].
68
Inteli, 2013. Smart Cities Portugal. Cidades Inteligentes, Competitivas, Sustentaveis. Available at: http://www.inteli.pt/pt/go/smart-cities-portugal [Accessed October 16, 2014].
Jaffal, I., Ouldboukhitine, S.-E. & Belarbi, R., 2012. A comprehensive study of the impact of green roofs on building energy performance. Renewable Energy, 43, pp.157–164. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0960148111006604 [Accessed November 7, 2013].
Jang, S.M., Choi, W.H. & Kim, W.Y., 2013. Client Rendering Method for Desktop Virtualization Services. ETRI Journal, 35(2), pp.348–351. Available at: http://etrij.etri.re.kr/Cyber/BrowseAbstract.jsp?vol=35&num=2&pg=348.
Janssen, C., 2014. Techopedia. Zero Client. Available at: http://www.techopedia.com/definition/16828/zero-client [Accessed April 28, 2014].
Joumaa, C. & Kadry, S., 2012. Green IT: Case Studies. Energy Procedia, 16, pp.1052–1058. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1876610212001786 [Accessed August 15, 2014].
Jula, A., Sundararajan, E. & Othman, Z., 2014. Cloud computing service composition: A systematic literature review. Expert Systems with Applications, 41(8), pp.3809–3824. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0957417413009925 [Accessed March 21, 2014].
Kawamoto, K., Shimoda, Y. & Mizuno, M., 2004. Energy saving potential of office equipment power management. Energy and Buildings, 36(9), pp.915–923. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S037877880400101X [Accessed September 12, 2014].
Kousksou, T. et al., 2013. Energy storage: Applications and challenges. Solar Energy Materials and Solar Cells, 120, pp.59–80. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0927024813004145 [Accessed January 2, 2014].
Lisboa E-Nova, 2013a. Lisboa E-Nova. BESOS - Building Energy decision Support systems fOr Smart cities. Available at: http://lisboaenova.org/pt/projectos/smartcities/besos-building-energy-suport-systems-smart-cities [Accessed May 16, 2014].
Lisboa e-nova, 2006. PISCINAS MUNICIPAIS DE LISBOA. , 2006, pp.1–4.
Lisboa E-Nova, 2008. Plano de Acção para a Sustentabilidade Energética de Lisboa Pacto dos Autarcas Estratégia Energético-Ambiental para Lisboa Ficha Técnica, Lisboa.
Lisboa E-Nova, 2014a. Portal da Lisboa E-Nova. Sessão “Potencial Solar e Projectos Estratégicos no Horizonte 2020.” Available at: http://lisboaenova.org/pt/noticias/item/2957-sessão-potencial-solar-e-projectos-estratégicos-no-horizonte-2020-21-julho [Accessed July 29, 2014].
Lisboa E-Nova, 2013b. Portal da Lisboa E-Nova. ProSTO - Best Practice Implementation of Solar Thermal Obligations. Available at: http://lisboaenova.org/ [Accessed November 19, 2013].
Lisboa E-Nova, 2013c. Portal da Lisboa E-Nova. POLIS - Solar Potentials via Local Strategies. Available at: http://lisboaenova.org/ [Accessed November 22, 2013].
Lisboa E-Nova, 2013d. Portal Lisboa E-Nova. Eficiência Energética na Iluminação Pública. Available at: http://lisboaenova.org/ [Accessed November 13, 2013].
Lisboa E-Nova, 2013e. Portal Lisboa E-Nova. Eficiência Energética nos Semáforos de Lisboa. Available at: http://lisboaenova.org/ [Accessed November 18, 2013].
69
Lisboa E-Nova, 2014b. Portal Lisboa E-Nova. Casos Práticos de Eficiência Energética em Lisboa (Outros 24/06/2014). Available at: http://lisboaenova.org/pt/podcasts/miguel-aguas/casos-praticos-de-eficiencia-energetica-em-lisboa-outros-24062014 [Accessed September 12, 2014].
Lisboa E-Nova, 2010. Reabilitação Sustentável para Lisboa, Lisboa.
Madden, B., 2010. What are “zero clients,” and how are they different from thin clients? Available at: http://searchvirtualdesktop.techtarget.com/ [Accessed September 24, 2014].
Maga, D., Hiebel, M. & Knermann, C., 2012. Comparison of two ICT solutions: desktop PC versus thin client computing. The International Journal of Life Cycle Assessment, 18(4), pp.861–871. Available at: http://link.springer.com/10.1007/s11367-012-0499-3 [Accessed March 29, 2014].
Mayors, C. of, 2008. Covenant of Mayors. Signatories. Available at: http://www.covenantofmayors.eu/about/signatories_en.html?city_id=300&seap [Accessed January 23, 2014].
Van Mechelen, C., Dutoit, T. & Hermy, M., 2014. Mediterranean open habitat vegetation offers great potential for extensive green roof design. Landscape and Urban Planning, 121, pp.81–91. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0169204613001898 [Accessed September 10, 2014].
Mell, P. & Grance, T., 2011. The NIST Definition of Cloud Computing Recommendations of the National Institute of Standards and Technology.
Parichha, B.K. & Gonsalves, T. a., 2010. Remote device support in thin client network. Proceedings of the Third Annual ACM Bangalore Conference on - COMPUTE ’10, pp.1–4. Available at: http://portal.acm.org/citation.cfm?doid=1754288.1754309.
Parida, B., Iniyan, S. & Goic, R., 2011. A review of solar photovoltaic technologies. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 15(3), pp.1625–1636. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1364032110004016 [Accessed November 7, 2013].
Pauschinger, T., 2009. Implementação de Boas Práticas nas Obrigações Solares Térmicas Um Guia para o Desenvolvimento de uma OST.
PetroviĆ, T., 2009. Demystifying desktop virtualization. , pp.241–246. Available at: http://dl.acm.org/citation.cfm?id=1895208.
Ritschard, M.R., 2009. Thin Clients : Make Them Work for You. , pp.41–45.
Rouse, M., 2011. SearchVirtualDesktop. zero client. Available at: http://searchvirtualdesktop.techtarget.com/definition/zero-client [Accessed May 7, 2014].
Schock, R.N. et al., 2007. Energy Supply.
Sustainia, 2013. Sustainia100. Release of Top-10 Sustainability Innovation for 2013. Available at: http://www.sustainia.me/ [Accessed January 24, 2013].
Techniques, P.M., 2012. Procedia Engineering Enhanced Cloud Security by Combining Virtualization and Policy Monitoring Techniques. , 00(2011), pp.654–661.
Teradici, 2014. Teradici. Simplify and Save with PCoIP Zero Clients. Available at: http://www.teradici.com/products-and-solutions/pcoip-products/zero-clients [Accessed April 15, 2014].
70
Thomas, B., 2012. Global Energy Assessment: Towards a Sustainable Future. , pp.1307–1401. Available at: http://lup.lub.lu.se/record/3458094 [Accessed October 27, 2013].
Todo Bom, L., Dias, F. & Oliveira, A., 1992. Avialação de um projecto de investimento. In Manual Projectos de Investimento: Preparação Avaliação e Decisao. p. Cap. X pag 4–15.
TU Wien, 2014. Smart-Cities. europeansmartcities. Available at: http://www.smart-cities.eu/?cid=01&ver=3 [Accessed October 16, 2014].
Turner, K., 2009. Negative rebound and disinvestment effects in response to an improvement in energy efficiency in the UK economy. Energy Economics, 31(5), pp.648–666. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0140988309000127 [Accessed October 6, 2014].
United Nations, 1999. United Nations The World at Six Billion. , pp.1–11. Available at: www.popin.org.
Vankeirsbilck, B. et al., 2012. Automatic fine-grained area detection for thin client systems. Journal of Network and Computer Applications, 35(5), pp.1620–1632. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1084804512000744 [Accessed January 10, 2014].
Vankeirsbilck, B. et al., 2013. Network latency hiding in thin client systems through server-centric speculative display updating. Journal of Network and Computer Applications, pp.1–12. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1084804513002828 [Accessed January 10, 2014].
Vereecken, W. et al., 2010. Energy Efficiency in Thin Client Solutions.
Vieira, C., Ferraz, N. & Alves, J., 2010. Casos de utilização de energias renováveis. , pp.45–49. Available at: http://futurcompet.aeportugal.pt/Documentation/EnergiasRenovaveis.pdf.
Wachter, B. De, 2013. Application Note Transformer Replacement Decisions. European Copper Institute, (November), pp.19–20.
Webber, C. et al., 2006. After-hours power status of office equipment in the USA. Energy, 31(14), pp.2823–2838. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0360544205002434 [Accessed September 12, 2014].
Weidner, E., Knermann, C. & Hiebel, M., 2008. Study Environmental Comparison of the Relevance of PC and Thin Client Desktop Equipment for the Climate , 2008. , (April).
XIX Governo, 2013. PNAEE - Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética, Lisboa.
Yu, B., Zhang, J. & Fujiwara, A., 2013. Rebound effects caused by the improvement of vehicle energy efficiency: An analysis based on a SP-off-RP survey. Transportation Research Part D: Transport and Environment, 24, pp.62–68. Available at: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1361920913000886 [Accessed October 6, 2014].
A1
Anexos
A1 – Consumos da cidade de Lisboa e Portugal
Neste anexo são apresentadas as tabelas com os dados dos consumos energéticos tanto da
cidade de Lisboa como Portugal continental, fonte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
São apresentadas as várias tabelas relativas ao consumo de energia elétrica, Gás Natural e Petróleo
e derivados.
Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)
Consumo de energia eléctrica
Tensão (kWh)
Sector Alta Baixa Autoconsumo Total
01 - Agricultura, produção animal
364.737.501 506.729.573 662.924 872.129.998
02 - Silvicultura 7.949.082 3.208.158 11.157.240
03 - Pesca 68.896.887 6.077.511 74.974.398
05 - Extração de hulha e lenhite
2.292.503 855.679 3.148.182
06 - Extração de petróleo bruto e gás natural
3.626.236 1.535.991 5.162.227
07 - Extração e preparação de minérios metálicos
302.378.591 2.225.817 2.820 304.607.228
08 - Outras indústrias extrativas
249.177.572 17.246.149 3.515.595 269.939.316
09 - Atividades relacionadas com as indústrias extrativas
0 1.796 1.796
10 - Indústrias alimentares 1.083.508.071 351.525.936 22.555.914 1.457.589.921
11 - Indústria das bebidas 245.540.610 15.928.514 1.979.079 263.448.203
12 - Indústria do tabaco 29.119.973 294.884 10.461 29.425.318
13 - Fabricação de têxteis 831.703.121 63.278.013 22.809.946 917.791.080
14 - Indústria do vestuário 109.440.433 51.550.787 998.364 161.989.584
15 - Indústria do couro 110.372.976 29.480.411 139.853.387
16 - Indústrias da madeira e cortiça
523.290.403 39.423.274 7.307.778 570.021.455
17 - Fabricação de pasta, papel e cartão
2.617.436.651 6.392.418 290.025.354 2.913.854.423
18 - Impressão e reprodução de suportes gravados
133.895.722 24.387.465 158.283.187
19 - Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados
169.699.396 2.038.112 387.531.818 559.269.326
20 - Fabricação de produtos químicos
1.302.969.669 14.417.543 60.553.987 1.377.941.199
21 - Fabricação de produtos farmacêuticos
96.206.443 5.827.342 102.033.785
22 - Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas
889.757.559 26.519.300 4.821.803 921.098.662
23 - Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
1.900.721.487 29.582.619 53.772.103 1.984.076.209
24 - Indústrias metalúrgicas de base
1.395.579.641 8.312.660 1.403.892.301
A2
Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)
Consumo de energia eléctrica
Tensão (kWh)
25 - Fabricação de produtos metálicos
644.048.291 59.101.297 585.978 703.735.566
26 - Fabricação de equipamentos informáticos
76.983.189 6.428.244 83.411.433
27 - Fabricação de equipamento elétrico
318.900.050 7.678.208 326.578.258
28 - Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e.
171.754.792 25.706.041 197.460.833
29 - Fabricação de veículos automóveis
211.672.807 5.512.507 217.185.314
30 - Fabricação de outro equipamento de transporte
210.914.619 4.728.402 215.643.021
31 - Fabrico de mobiliário e de colchões
0 15.585.913 15.585.913
32 - Outras indústrias transformadoras
502.437.826 53.039.975 555.477.801
33 - Reparação, manutenção e instalação de máquinas
0 29.802 10.878 40.680
35 - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio
179.903.048 22.000.735 23.525.774 225.429.557
36 - Captação, tratamento e distribuição de água
530.893.276 136.219.248 2.096.336 669.208.860
37 - Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais
0 76.548 2.351.497 2.428.045
38 - Recolha, tratamento e eliminação de resíduos
207.687.541 19.999.780 80.007.718 307.695.039
41 - Promoção imobiliária; construção
217.053.783 242.818.421 2.130 459.874.334
42 - Engenharia civil 5.096.862 18.496.671 23.593.533
43 - Atividades especializadas de construção
28.538.870 34.421.818 62.960.688
45 - Comércio, manutenção e reparação de automóveis e motociclos
78.681.125 144.875.324 223.556.449
46 - Comércio por grosso, exceto automóveis e motociclos
474.265.778 334.884.583 25.950 809.176.311
47 - Comércio a retalho, exceto automóveis e motociclos
1.286.009.487 1.571.778.330 46.413 2.857.834.230
49 - Transportes terrestres e por oleodutos ou gasodutos
553.341.982 27.385.140 734.305 581.461.427
50 - Transportes por água 28.682.288 11.107.336 39.789.624
51 - Transportes aéreos 20.968.409 2.527.527 23.495.936
52 - Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes
273.627.324 201.140.114 231.789 474.999.227
53 - Atividades postais e de courier
0 24.450 7.065 31.515
55 - Alojamento 448.992.000 193.576.386 45.063 642.613.449
56 - Restauração e similares 42.767.572 1.091.320.885 1.134.088.457
59 - Atividades cinematográficas, de vídeo
11.115.683 12.525.677 23.641.360
60 - Atividades de rádio e de televisão
46.888.372 25.004.247 122.808 72.015.427
A3
Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)
Consumo de energia eléctrica
Tensão (kWh)
61 - Telecomunicações 372.085.708 311.372.305 3.291.429 686.749.442
62 - Consultoria e programação informática
26.352.546 21.962.095 48.314.641
63 - Atividades dos serviços de informação
705.749 1.352.397 2.058.146
64 - Atividades de serviços financeiros
206.197.656 211.573.392 12.243.312 430.014.360
65 - Seguros, fundos de pensões, exceto segurança social obrigatória
24.339.190 18.841.638 43.180.828
66 - Atividades auxiliares de serviços financeiros e seguros
11.561.107 48.861.506 900 60.423.513
68 - Atividades imobiliárias 410.973.693 231.897.729 2.471.281 645.342.703
69 - Atividades jurídicas e de contabilidade
0 44.510 44.510
71 - Atividades de arquitetura, engenharia e técnicas afins
0 7.015 651.387 658.402
72 - Atividades de investigação científica e de desenvolvimento
55.537.569 6.510.588 2.000 62.050.157
73 - Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
18.101.982 14.179.832 32.281.814
74 - Outras atividades de consultoria, científicas e técnicas
0 48.312 48.312
75 - Atividades veterinárias 176.440 2.829.186 3.005.626
77 - Atividades de aluguer 4.874.144 6.508.725 11.382.869
79 - Agências de viagem, operadores turísticos
3.958.641 10.670.854 14.629.495
81 - Manutenção de edifícios e jardins
122.296.453 91.828.548 214.125.001
82 - Serviços administrativos e de apoio às empresas
78.140 7.552.677 2.435.989 10.066.806
84 - Administração pública e defesa; segurança social obrigatória
419.841.832 541.555.408 121.096 961.518.336
85 - Educação 266.585.714 302.225.290 568.811.004
86 - Atividades de saúde humana
539.412.438 131.683.326 10.314.933 681.410.697
87 - Apoio social com alojamento
87.688.634 149.010.450 236.699.084
88 - Apoio social sem alojamento
0 21.963 21.963
90 - Teatro, música e dança 0 1.083 4.800 5.883
91 - Bibliotecas, arquivos e museus
23.837.623 17.464.845 41.302.468
92 - Lotarias e outros jogos de apostas
0 0 4.485 4.485
93 - Atividades desportivas, de diversão e recreativas
132.241.224 145.284.263 2.669.807 280.195.294
94 - Organizações associativas
154.907.199 193.829.672 9.930 348.746.801
A4
Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)
Consumo de energia eléctrica
Tensão (kWh)
95 - Reparação de computadores e de bens de uso pessoal
0
37.692
37.692
96 - Outras atividades de serviços pessoais
476.395.654 1.345.764.125 67.270 1.822.227.049
98 - Consumo doméstico 9.773.258 13.215.855.253 13.225.628.511
99 - Atividades dos organismos internacionais
4.914.958 3.531.442 8.446.400
991 - Consumo próprio 6.981.531 9.854.385 16.835.916
993 - Iluminação vias públicas e sinalização semafórica
8.184.023 1.594.208.261 1.602.392.284
Total 22.397.528.607 24.111.202.328 1.000.630.269 47.509.361.204
Com a Tabela 27 foi possível agrupar nos diferentes sectores utilizados no capítulo 2 onde se
fez a comparação com os consumos elétricos da cidade de Lisboa presente na Tabela 2.
Tabela 28 – Consumo de energia elétrica na cidade de Lisboa (DGEG)
Consumo de Energia Elétrica
Tensão (kWh)
Tipo de Consumo Alta Baixa Autoconsumo Total
Agricultura (Normal) 1.407.083 2.378.450 0 3.785.533
Aquecimento c/ Contador Pp 0 136.493 0 136.493
Doméstico Normais 0 788.678.474 0 788.678.474
Edifícios do Estado 350.508.363 102.163.136 0 452.671.499
Iluminação Vias Públicas 0 56.107.769 0 56.107.769
Indústria (Normal) 111.872.223 74.977.457 1.061.748 187.911.428
Indústria (Sazonal) 0 796 0 796
Não-doméstico 882.669.706 790.423.489 1.393.126 1.674.486.321
Tração 119.120.447 0 0 119.120.447
Total 1.465.577.822 1.814.866.064 2.454.874 3.282.898.760
Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG)
Atividade Económica Total
(103Nm
3)
01-Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados 7.746
02-Silvicultura e exploração florestal 550
03-Pesca e aquicultura 107
05-Extracção de hulha e lenhite 221
06-Extracção de petróleo bruto e gás natural 10
07-Extracção e preparação de minérios metálicos 48
08-Outras indústrias extractivas 26.760
09-Actividades dos serviços relacionados com as indústrias extractivas 47
10-Indústrias alimentar 127.072
11-Indústria das bebidas 11.361
12-Indústria do tabaco 3.546
13-Fabricação de têxteis 133.113
A5
Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG)
Atividade Económica Total
(103Nm
3)
14-Indústria do vestuário 9.762
15-Indústria do couro e dos produtos do couro 4.839
16-Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; Fabricação de obras de cestaria e de espartaria
10.032
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos 123.837
18-Impressão e reprodução de suportes gravados 3.566
19-Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis
184.204
20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos
115.573
21-Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas 5.938
22-Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 8.877
23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos 543.521
24-Indústrias metalúrgicas de base 62.302
25-Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 23.288
26-Fabricação de equipamentos informáticos, equipamento para comunicações e produtos electrónicos e ópticos
4.651
27-Fabricação de equipamento eléctrico 6.690
28-Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 2.209
29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis
17.150
30-Fabricação de outro equipamento de transporte 413
31-Fabrico de mobiliário e de colchões 1.674
32-Outras indústrias transformadoras 1.150
33-Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos 1.632
35-Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 2.908.238
36-Captação, tratamento e distribuição de água 319
37-Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 431
38-Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais 7.401
39-Descontaminação e atividades similares 1
41-Promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios); construção de edifícios
1.690
42-Engenharia civil 4.198
43-Actividades especializadas de construção 6.999
45-Comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos 930
46-Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos 8.396
47-Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos 5.041
49-Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos 14.123
52-Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes (inclui manuseamento) 5.867
53-Actividades postais e de courier 77
55-Alojamento 20.759
56-Restauração e similares 29.487
58-Actividades de edição 119
59-Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música
115
60-Actividades de rádio e de televisão 117
61-Telecomunicações 109
62-Consultoria e programação informática e atividades relacionadas 41
63-Actividades dos serviços de informação 11
A6
Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG)
Atividade Económica Total
(103Nm
3)
64-Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões 4.887
65-Seguros, resseguros e fundos de pensões, excepto segurança social obrigatória 253
66-Actividades auxiliares de serviços financeiros e dos seguros 94
68-Actividades imobiliárias 11.455
69-Actividades jurídicas e de contabilidade 172
70-Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 1.680
71-Actividades de arquitetura, de engenharia e técnicas afins; atividades de ensaios e de análises técnicas
14.539
72-Actividades de investigação científica e de desenvolvimento 860
73-Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 28
74-Outras atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 56
75-Actividades veterinárias 187
77-Actividades de aluguer 1.945
78-Actividades de emprego 8
79-Agências de viagem, operadores turísticos, outros serviços de reservas e atividades relacionadas
249
80-Actividades de investigação e segurança 623
81-Actividades relacionadas com edifícios, plantação e manutenção de jardins 4.185
82-Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas 6.624
84-Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 26.348
85-Educação 11.292
86-Actividades de saúde humana 45.488
87-Actividades de apoio social com alojamento 9.504
88-Actividades de apoio social sem alojamento 4.346
90-Actividades de teatro, de música, de dança e outras atividades artísticas e literárias 375
91-Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras atividades culturais 388
92-Lotarias e outros jogos de aposta 960
93-Actividades desportivas, de diversão e recreativas 13.139
94-Actividades das organizações associativas 9.016
95-Reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico 19
96-Outras atividades de serviços pessoais 9.082
98-Consumo doméstico 279.797
99-Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 245
Total 4.914.202
Desta tabela agrupou-se os vários tipo de atividades com a finalidade de obter os mesmo
sectores que nos consumos de energia elétrica. A tabela adaptada foi apresentada no capítulo 2.
A7
Tabela 30 – Venda total de Petróleo e derivados por atividade económica em Portugal continental em toneladas (Fonte: DGEG)
Atividade Económica Total (ton.)
01-Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados 225.995
02-Silvicultura e exploração florestal 2.575
03-Pesca e aquicultura 14.447
05-Extracção de hulha e lenhite 1
06-Extracção de petróleo bruto e gás natural 4
07-Extracção e preparação de minérios metálicos 9.674
08-Outras indústrias extractivas 33.079
09-Actividades dos serviços relacionados com as indústrias extractivas 1.092
10-Indústrias alimentares 92.691
11-Indústria das bebidas 3.180
12-Indústria do tabaco 3
13-Fabricação de têxteis 14.089
14-Indústria do vestuário 5.176
15-Indústria do couro e dos produtos do couro 360
16-Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; Fabricação de obras de cestaria e de espartaria
10.614
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos 45.041
18-Impressão e reprodução de suportes gravados 650
19-Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis
2.593
20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos
1.303.335
21-Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas 717
22-Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 9.707
23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos 528.357
24-Indústrias metalúrgicas de base 5.264
25-Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 14.474
26-Fabricação de equipamentos informáticos, equipamento para comunicações e produtos electrónicos e ópticos
124
27-Fabricação de equipamento eléctrico 1.098
28-Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 2.563
29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis
4.105
30-Fabricação de outro equipamento de transporte 800
31-Fabrico de mobiliário e de colchões 1.926
32-Outras indústrias transformadoras 605
33-Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos 1.011
35-Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 262.915
36-Captação, tratamento e distribuição de água 1.654
37-Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 23
38-Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais 22.976
39-Descontaminação e atividades similares 96
41-Promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios); construção de edifícios
23.968
42-Engenharia civil 433.199
43-Actividades especializadas de construção 21.161
45-Comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos 12.591
46-Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos 201.418
47-Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos 256.454
49-Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos 5.361.022
50-Transportes por água 14.832
A8
Tabela 30 – Venda total de Petróleo e derivados por atividade económica em Portugal continental em toneladas (Fonte: DGEG)
Atividade Económica Total (ton.)
51-Transportes aéreos 9
52-Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes (inclui manuseamento) 694
53-Actividades postais e de courier 1
55-Alojamento 15.980
56-Restauração e similares 5.134
58-Actividades de edição 6
59-Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música
46
60-Actividades de rádio e de televisão 11
62-Consultoria e programação informática e atividades relacionadas 13
63-Actividades dos serviços de informação 44
64-Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões 127
65-Seguros, resseguros e fundos de pensões, excepto segurança social obrigatória 4
66-Actividades auxiliares de serviços financeiros e dos seguros 265
68-Actividades imobiliárias 2.162
69-Actividades jurídicas e de contabilidade 7
70-Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 1.481
71-Actividades de arquitetura, de engenharia e técnicas afins; atividades de ensaios e de análises técnicas
257
72-Actividades de investigação científica e de desenvolvimento 137
73-Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 13
74-Outras atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 24
75-Actividades veterinárias 6
77-Actividades de aluguer 71
79-Agências de viagem, operadores turísticos, outros serviços de reservas e atividades relacionadas
12
80-Actividades de investigação e segurança 3
81-Actividades relacionadas com edifícios, plantação e manutenção de jardins 53
82-Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas 685
84-Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 13.932
85-Educação 5.856
86-Actividades de saúde humana 7.434
87-Actividades de apoio social com alojamento 11.345
88-Actividades de apoio social sem alojamento 5.319
90-Actividades de teatro, de música, de dança e outras atividades artísticas e literárias 9
91-Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras atividades culturais 67
92-Lotarias e outros jogos de aposta 49
93-Actividades desportivas, de diversão e recreativas 1.858
94-Actividades das organizações associativas 2.081
95-Reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico 1
96-Outras atividades de serviços pessoais 3.995
98-Consumo doméstico 91.614
99-Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 55
Total 9.118.521
A9
Tabela 31 – Vendas de petróleo e derivados na cidade de Lisboa por atividade económica (Fonte: DGEG)
Atividade Económica Total (ton.)
01-Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados 2.411
02-Silvicultura e exploração florestal 91
03-Pesca e aquicultura 117
08-Outras indústrias extractivas 245
10-Indústrias alimentar 569
13-Fabricação de têxteis 35
16-Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; Fabricação de obras de cestaria e de espartaria
12
17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos 45
18-Impressão e reprodução de suportes gravados 1
19-Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis
6
20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos
22
22-Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 7
23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos 577
24-Indústrias metalúrgicas de base 53
25-Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 184
27-Fabricação de equipamento eléctrico 1
28-Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 6
29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis
13
30-Fabricação de outro equipamento de transporte 15
32-Outras indústrias transformadoras 15
33-Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos 32
35-Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 1.776
36-Captação, tratamento e distribuição de água 46
37-Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 3
38-Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais 108
41-Promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios); construção de edifícios
167
42-Engenharia civil 28.685
43-Actividades especializadas de construção 131
45-Comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos 663
46-Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos
21.844
47-Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos 7.150
49-Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos 556.400
50-Transportes por água 56
51-Transportes aéreos 5
52-Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes (inclui manuseamento)
105
55-Alojamento 479
56-Restauração e similares 59
58-Actividades de edição 0
59-Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música
1
64-Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões 1
66-Actividades auxiliares de serviços financeiros e dos seguros 9
68-Actividades imobiliárias 657
70-Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 6
71-Actividades de arquitetura, de engenharia e técnicas afins; atividades de ensaios e de análises técnicas
3
72-Actividades de investigação científica e de desenvolvimento 6
73-Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 4
A10
Tabela 31 – Vendas de petróleo e derivados na cidade de Lisboa por atividade económica (Fonte: DGEG)
Atividade Económica Total (ton.)
77-Actividades de aluguer 4
82-Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas 48
84-Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 731
85-Educação 117
86-Actividades de saúde humana 2
87-Actividades de apoio social com alojamento 4
88-Actividades de apoio social sem alojamento 23
91-Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras atividades culturais 32
93-Actividades desportivas, de diversão e recreativas 45
94-Actividades das organizações associativas 1
96-Outras atividades de serviços pessoais 2
98-Consumo doméstico 1.016
99-Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
35
Total 624.879
A11
A2 – Dados recolhidos na Lisboa E-Nova
As próximas tabelas apresentam os valores de todas as medições retiradas no período de 31
dias na Agência Municipal de Energia e Ambiente, valores de Potência Máxima (Pmax), Volt (V),
Amperes (A) e kWh, todos eles retirados às 9 horas, 10 horas e 30 minutos, 13 horas e às 18 horas.
Todos os dados presentes nestas tabelas serviram de base para os cálculos posteriormente
efectuados.
Os valores recolhidos na primeira semana foram os seguintes:
4ª feira 16-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 0 0 0 0
09:00 0 0 0 0
10:30 0,1 0,1 0 0
10:30 149,6 133,7 13,4 82,8
13:00 0,5 0,4 0 0,2
13:00 153,8 135,6 13,4 82,8
18:00 1,1 0,9 0,1 0,5
18:00 153,8 137,4 13,4 82,8
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 0 0 0 0
09:00 0 0 0 0
10:30 220 220 227 226
10:30 0,6 0,55 0,12 0,35
13:00 223 220 232 231
13:00 0,6 0,55 0,12 0,32
18:00 231 231 235 234
18:00 0,57 0,48 0,01 0,04
5ª feira 17-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 2,9 2,5 0,1 0,5
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 3,1 2,6 0,1 0,6
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 3,4 2,9 0,1 0,7
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 4 3,4 0,2 1
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 224 223 230 229
09:00 0,58 0,5 0,12 0,33
10:30 220 220 226 226
10:30 0,55 0,46 0,12 0,33
13:00 221 221 228 228
13:00 0,52 0,45 0,12 0,33
18:00 220 220 224 226
18:00 0,5 0,44 0,1 0,33
A12
Os valores correspondentes à segunda semana foram:
2ª feira 21-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 12,6 10,5 0,4 1,1
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 12,8 10,7 0,4 1,2
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 13,1 10,9 0,4 1,3
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 13,7 11,4 0,5 1,6
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 225 224 229 229
09:00 0,5 0,4 0,11 0,33
10:30 222 222 226 227
10:30 0,57 0,49 0,12 0,34
13:00 221 220 225 224
13:00 0,6 0,5 0,11 0,35
18:00 227 228 232 232
18:00 0,47 0,4 0,01 0,32
3ª feira 22-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 15,2 12,6 0,5 2,5
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 15,3 12,8 0,5 2,5
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 15,6 13 0,5 2,7
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 16,2 13,5 0,6 2,9
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V Servidor
TC PCc
A Servidor
TC PCc A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 223 223 227 227
09:00 0,47 0,42 0,01 0,33
10:30 225 226 220 222
10:30 0,5 0,45 0,11 0,33
13:00 226 224 226 227
13:00 0,48 0,4 0,1 0,33
18:00 232 232 224 224
18:00 0,48 0,41 0,02 0,03
4ª f 23-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 17,7 14,8 0,6 3
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 17,9 14,9 0,6 3,1
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 18,2 15,1 0,7 3,2
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 18,8 15,6 0,7 3,5
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
A13
4ª f 23-04
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 224 225 231 230
09:00 0,49 0,41 0,11 0,33
10:30 226 227 230 229
10:30 0,5 0,4 0,11 0,33
13:00 228 228 229 229
13:00 0,48 0,41 0,11 0,33
18:00 228 229 237 236
18:00 0,49 0,4 0,11 0,04
5ª feira 24-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 20,3 16,9 0,8 3,5
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 20,4 17 0,8 3,6
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 20,7 17,3 0,8 3,7
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 21,3 17,8 0,9 4
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 223 224 228 228
09:00 0,48 0,4 0,11 0,41
10:30 224 224 227 227
10:30 0,56 0,49 0,11 0,33
13:00 225 225 230 231
13:00 0,6 0,49 0,13 0,32
18:00 223 224 228 229
18:00 0,5 0,4 0,11 0,3
Terceira semana:
2ª feira 28-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 30 25 1 4,1
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 30,2 25,1 1,1 4,1
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 30,5 25,3 1,1 4,3
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 31,1 25,9 1,2 4,6
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 223 223 229 230
09:00 0,49 0,41 0,11 0,03
10:30 224 225 228 228
10:30 0,48 0,42 0,11 0,33
13:00 225 225 228 227
13:00 0,5 0,4 0,11 0,33
18:00 228 228 232 232
18:00 0,54 0,45 0,01 0,03
A14
3ª feira 29-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 32,7 27,3 1,2 4,6
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 32,9 27,4 1,2 4,7
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 33,2 27,7 1,2 4,8
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 33,8 28,2 1,3 5,1
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 227 227 230 230
09:00 0,52 0,45 0,12 0,03
10:30 226 226 228 227
10:30 0,58 0,44 0,11 0,33
13:00 228 224 226 226
13:00 0,49 0,41 0,11 0,33
18:00 228 228 232 232
18:00 0,52 0,44 0,01 0,03
4ª feira 30-04
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 35,5 29,6 1,3 5,1
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 35,7 29,7 1,3 5,2
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 36 30 1,4 5,3
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 36,6 30,5 1,4 5,6
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 227 227 223 231
09:00 0,6 0,45 0,01 0,03
10:30 222 223 222 226
10:30 0,57 0,51 0,11 0,33
13:00 225 225 232 233
13:00 0,62 0,55 0,14 0,32
18:00 227 226 226 231
18:00 0,57 0,48 0,11 0,03
6ª feira 02-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 40,9 34,1 1,5 5,6
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 41,1 34,3 1,5 5,7
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 41,3 34,5 1,5 5,9
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 41,9 35 1,5 6,1
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V Servidor
TC PCc
A Servidor
TC PCc A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 231 230 224 224
09:00 0,55 0,48 0,01 0,33
10:30 229 228 227 224
10:30 0,58 0,45 0,01 0,33
13:00 228 228 226 224
13:00 0,6 0,5 0,01 0,33
18:00 228 228 231 231
18:00 0,58 0,55 0,01 0,03
A15
Quarta semana:
2ª feira 05-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 48,8 40,8 1,6 6,2
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 49 40,9 1,6 6,3
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 49,3 41,2 1,7 6,4
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 50 41,7 1,7 6,7
18:00 153,8 137,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 224 224 228 229
09:00 0,52 0,44 0,11 0,03
10:30 225 226 228 228
10:30 0,49 0,41 0,11 0,33
13:00 227 227 229 228
13:00 0,58 0,53 0,11 0,33
18:00 229 229 234 234
18:00 0,6 0,48 0,01 0,03
3ª feira 06-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 51,6 43,1 1,8 6,7
09:00 153,8 137,4 14,3 83,3
10:30 51,8 43,3 1,8 6,8
10:30 153,8 137,4 14,3 83,3
13:00 52,1 43,5 1,8 7
13:00 153,8 137,4 14,3 83,3
18:00 52,8 44,1 1,9 7,2
18:00 159,3 142,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 228 228 231 229
09:00 0,6 0,51 0,01 0,03
10:30 226 226 228 227
10:30 0,61 0,55 0,11 0,33
13:00 230 228 227 227
13:00 0,58 0,5 0,11 0,33
18:00 231 231 232 233
18:00 0,6 0,53 0,12 0,03
4ª feira 07-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 54,6 45,7 1,9 7,3
09:00 159,3 142,4 14,3 83,3
10:30 54,8 45,9 1,9 7,4
10:30 159,3 142,4 14,3 83,3
13:00 55,2 46,2 1,9 7,5
13:00 159,3 142,4 14,3 83,3
18:00 55,7 46,6 2 7,7
18:00 159,3 142,4 14,3 83,3
A16
4ª feira 07-05
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 227 227 231 231
09:00 0,58 0,51 0,12 0,32
10:30 227 228 231 231
10:30 0,61 0,56 0,12 0,33
13:00 227 227 233 234
13:00 0,56 0,48 0,12 0,32
18:00 228 228 232 232
18:00 0,56 0,5 0,01 0,03
5ª feira 08-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 57,7 48,3 2 7,8
09:00 159,3 142,4 14,3 83,3
10:30 57,8 48,5 2 7,8
10:30 159,3 142,4 14,3 83,3
13:00 58,2 48,7 2,1 8
13:00 160,6 142,4 14,3 83,3
18:00 58,8 49,3 2,1 8,3
18:00 162,4 142,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 222 222 231 231
09:00 0,6 0,51 0,01 0,03
10:30 225 225 228 228
10:30 0,6 0,53 0,12 0,33
13:00 225 225 226 226
13:00 0,64 0,58 0,12 0,33
18:00 225 225 230 229
18:00 0,62 0,54 0,12 0,33
6ª feira 09-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 60,8 51 2,1 9,1
09:00 162,4 143,4 14,3 83,3
10:30 60,9 51,1 2,2 9,2
10:30 162,4 143,4 14,3 83,3
13:00 61,3 51,3 2,2 9,3
13:00 162,4 143,4 14,3 83,3
18:00 61,9 52 2,3 9,6
18:00 162,4 143,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 223 224 229 228
09:00 0,6 0,52 0,11 0,32
10:30 222 222 228 229
10:30 0,64 0,56 0,12 0,34
13:00 222 223 227 227
13:00 0,65 0,56 0,12 0,33
18:00 228 228 224 224
18:00 0,6 0,51 0,01 0,03
A17
Quinta semana de medições:
2ª feira 12-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 69,8 58,7 2,4 13,2
09:00 162,4 143,4 14,3 83,3
10:30 70 58,9 2,4 13,2
10:30 162,4 143,4 14,3 83,3
13:00 70,4 59,2 2,4 13,4
13:00 162,4 143,4 14,3 83,3
18:00 71 59,7 2,5 13,7
18:00 162,4 143,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 224 224 228 228
09:00 0,6 0,51 0,12 0,32
10:30 223 223 227 227
10:30 0,64 0,57 0,12 0,35
13:00 226 226 232 232
13:00 0,61 0,54 0,12 0,32
18:00 231 231 234 234
18:00 0,58 0,49 0,12 0,03
3ª feira 13-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 72,9 61,4 2,6 13,7
09:00 162,4 143,4 14,3 83,3
10:30 73,1 61,5 2,7 13,7
10:30 162,4 143,4 14,3 83,3
13:00 73,4 61,8 2,7 13,9
13:00 162,4 143,4 14,3 83,3
18:00 74,1 62,4 2,7 14,2
18:00 162,4 143,4 14,3 83,3
V Servidor
TC PCc
A Servidor
TC PCc A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 226 227 231 231
09:00 0,59 0,5 0,11 0,03
10:30 223 222 228 229
10:30 0,67 0,51 0,12 0,33
13:00 222 222 227 227
13:00 0,62 0,55 0,12 0,33
18:00 225 225 231 229
18:00 0,66 0,56 0,01 0,03
4ª feira 14-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 76 64 2,8 14,2
09:00 162,4 143,4 14,3 83,3
10:30 76,2 64,2 2,8 14,2
10:30 162,4 143,4 14,3 83,3
13:00 76,5 64,5 2,8 14,4
13:00 162,4 143,4 14,3 83,3
18:00 77,2 65 2,9 14,7
18:00 162,4 143,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 222 223 230 230
09:00 0,6 0,51 0,12 0,03
10:30 226 226 228 228
10:30 0,65 0,58 0,12 0,33
13:00 225 225 231 230
13:00 0,61 0,54 0,12 0,35
18:00 226 227 230 230
18:00 0,58 0,5 0,01 0,03
A18
5ª feira 08-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 79,1 66,7 2,9 14,7
09:00 162,4 143,4 14,3 83,3
10:30 79,2 66,8 2,9 14,7
10:30 162,4 143,4 14,3 83,3
13:00 79,6 67,1 3 14,9
13:00 162,4 143,4 14,3 83,3
18:00 80,3 67,7 3 15,2
18:00 162,4 143,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 223 222 229 228
09:00 0,6 0,54 0,12 0,03
10:30 223 224 228 228
10:30 0,63 0,57 0,12 0,35
13:00 223 223 228 228
13:00 0,61 0,53 0,13 0,33
18:00 229 230 233 233
18:00 0,62 0,5 0,11 0,03
6ª feira 16-05
kWh
Servidor TC PCc
Pmax (W)
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 82,2 69,3 3 15,2
09:00 162,4 143,4 14,3 83,3
10:30 82,4 69,5 3,1 15,2
10:30 162,4 143,4 14,3 83,3
13:00 82,7 69,8 3,1 15,4
13:00 162,4 143,4 14,3 83,3
18:00 83,4 70,4 3,2 15,7
18:00 162,4 143,4 14,3 83,3
V
Servidor TC PCc
A
Servidor TC PCc
A-1 A-2
A-1 A-2
09:00 222 222 230 230
09:00 0,59 0,52 0,12 0,03
10:30 226 226 230 231
10:30 0,63 0,56 0,12 0,33
13:00 223 224 230 231
13:00 0,67 0,57 0,12 0,32
18:00 226 225 231 230
18:00 0,62 0,55 0,12 0,33
Nos fins de semana e feriados os valores de kWh foram obtidos considerando que o consumo
dentro desse período era constante.
As tabelas das páginas seguintes apresentam os consumos dos vários aparelhos medidos na
Lisboa E-Nova, por hora de ponta, cheia e vazio durante os dias úteis em que foram feitas as
medições.
A19
4ª Feira (kWh) - Dia 1 A1 A2 TC PCc
5ª Feira (kWh) - Dia 2 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0 0 0 0
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,96 0,85 0 0
Cheias 8:00-9:00 0 0 0 0
Cheias 8:00-9:00 0,12 0,11 0 0
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0 0 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,2
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,1
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,18 0,16 0 0 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,15 0,12 0,003 0,002
Ponta 19:30-21:00 0,18 0,16 0 0
Ponta 19:30-21:00 0,15 0,12 0,003 0,002
Cheias 21:00-22:00 0,12 0,11 0 0
Cheias 21:00-22:00 0,099 0,082 0,002 0,001
Vazio 22:00-00:00 0,24 0,22 0 0
Vazio 22:00-00:00 0,198 0,16 0,005 0,002
2ª Feira (kWh) - Dia 6 A1 A2 TC PCc
3ª Feira (kWh) - Dia 7 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,79 0,65 0,018 0,009
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,80 0,64 0 0,43
Cheias 8:00-9:00 0,099 0,082 0,002 0,001
Cheias 8:00-9:00 0,10 0,08 0 0,05
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,1 0,2 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,2
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,2
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,15 0,12 0 0,08 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,15 0,13 0 0,010
Ponta 19:30-21:00 0,15 0,12 0 0,08
Ponta 19:30-21:00 0,15 0,13 0 0,010
Cheias 21:00-22:00 0,10 0,08 0 0,05
Cheias 21:00-22:00 0,10 0,09 0 0,007
Vazio 22:00-00:00 0,20 0,16 0 0,11
Vazio 22:00-00:00 0,20 0,17 0 0,013
A20
4ª Feira (kWh) - Dia 8 A1 A2 TC PCc
5ª Feira (kWh) - Dia 9 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,80 0,69 0,000 0,053
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,80 0,69 0,05 0
Cheias 8:00-9:00 0,100 0,087 0,000 0,007
Cheias 8:00-9:00 0,10 0,09 0,007 0
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0,1 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,1
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0 0,3
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,15 0,13 0,01 0 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,15 0,12 0,002 0,002
Ponta 19:30-21:00 0,15 0,13 0,01 0
Ponta 19:30-21:00 0,15 0,12 0,002 0,002
Cheias 21:00-22:00 0,10 0,09 0,007 0
Cheias 21:00-22:00 0,10 0,08 0,001 0,001
Vazio 22:00-00:00 0,20 0,17 0,01 0
Vazio 22:00-00:00 0,20 0,17 0,002 0,002
2ª Feira (kWh) - Dia 13 A1 A2 TC PCc
3ª Feira (kWh) - Dia 14 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,80 0,66 0,01 0,01
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,85 0,75 0,00 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,100 0,083 0,001 0,001
Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0,1 0 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,2
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,1
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,60 0,10 0,30
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,10 0,30
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,16 0,14 0,00 0,00 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,17 0,14 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,16 0,14 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,17 0,14 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,21 0,19 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,23 0,19 0,00 0,00
A21
4ª Feira (kWh) - Dia 15 A1 A2 TC PCc
6ª Feira (kWh) - Dia 17 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,91 0,75 0,00 0,00
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,88 0,74 0,02 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0,1 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,2 0,2 0 0,2
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,00 0,30
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,00 0,20
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,17 0,14 0,00 0,00 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,16 0,14 0,002 0,002
Ponta 19:30-21:00 0,17 0,14 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,16 0,14 0,002 0,002
Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,002 0,002
Vazio 22:00-00:00 0,22 0,18 0,01 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,22 0,18 0,003 0,003
2ª Feira (kWh) - Dia 20 A1 A2 TC PCc
3ª Feira (kWh) - Dia 21 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,88 0,74 0,01 0,01
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,85 0,75 0,05 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,002
Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,01 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0,1 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,2
Cheias 13:00-18:00 0,70 0,50 0,00 0,30
Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,10 0,20
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,16 0,14 0,01 0,00 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,18 0,16 0,00 0,01
Ponta 19:30-21:00 0,16 0,14 0,01 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,18 0,16 0,00 0,01
Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,01 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,12 0,11 0,00 0,01
Vazio 22:00-00:00 0,21 0,19 0,01 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,24 0,21 0,00 0,01
A22
4ª Feira (kWh) - Dia 22 A1 A2 TC PCc
5ª Feira (kWh) - Dia 23 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 0,96 0,85 0,00 0,05
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 1,07 0,91 0,00 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,12 0,11 0,00 0,01
Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,1 0,2 0 0
Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,4 0,2 0,1 0,2
Cheias 13:00-18:00 0,50 0,40 0,10 0,30
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,60 0,00 0,30
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,20 0,17 0,00 0,00 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,20 0,17 0,00 0,08
Ponta 19:30-21:00 0,20 0,17 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,20 0,17 0,00 0,08
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,05
Vazio 22:00-00:00 0,27 0,23 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,27 0,23 0,00 0,11
6ª Feira (kWh) - Dia 24 A1 A2 TC PCc
2ª Feira (kWh) - Dia 27 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 1,07 0,91 0,00 0,43
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 1,00 0,85 0,01 0,46
Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,05
Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,06
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0,1 0,1 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0
Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,1
Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,2
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,60 0,10 0,30
Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,10 0,30
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,00 0,09 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,19 0,17 0,01 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,00 0,09
Ponta 19:30-21:00 0,19 0,17 0,01 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,06
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,01 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,00 0,11
Vazio 22:00-00:00 0,25 0,23 0,01 0,00
A23
3ª Feira (kWh) - Dia 28 A1 A2 TC PCc
4ª Feira (kWh) - Dia 29 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 1,01 0,91 0,05 0,00
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 1,01 0,85 0,05 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,01 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,01 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0,1 0 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,2
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,2
Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,00 0,30
Cheias 13:00-18:00 0,70 0,50 0,10 0,30
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,01 0,00 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,19 0,17 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,01 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,19 0,17 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,01 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,01 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,25 0,23 0,00 0,00
5ª Feira (kWh) - Dia 30 A1 A2 TC PCc
6ª Feira (kWh) - Dia 31 A1 A2 TC PCc
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 1,01 0,91 0,00 0,00
Fora do período laboral
Vazio 00:00-8:00 1,01 0,85 0,00 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,00
Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0 0 LEN
(trabalho)
Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0,1 0
Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0,1 0,2
Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,2
Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,00 0,30
Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,10 0,30
Fora do período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,00 0,00 Fora do
período laboral
Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,00 0,00
Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00
Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,00 0,00
Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,00 0,00
A24
A3 – Outros dados recolhidos na Lisboa E-Nova
De seguida apresenta-se as tabelas com o custo de energia por horário nos dias úteis em que
as medições foram efectuadas. Todos os resultados estão apresentados em euros.
4ª Feira - Dia 1 Servidor TC PCc
5ª Feira - Dia 2 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0 0 0
Fora do período
Vazio 0,15 0,00 0,00
Cheias 0 0 0
Cheias 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,03 0 0
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,00 0,01
Ponta 0,21 0 0,06
Ponta 0,18 0,00 0,03
Cheias 0,16 0,01 0,04
Cheias 0,16 0,01 0,04
Fora do período
Cheias 0,05 0 0 Fora do
período
Cheias 0,04 0,00 0,00
Ponta 0,10 0 0
Ponta 0,08 0,00 0,00
Cheias 0,03 0 0
Cheias 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,04 0 0
Vazio 0,03 0,00 0,00
Total (€) 0,62 0,01 0,10
Total (€) 0,75 0,02 0,09
2ª Feira - Dia 6 Servidor TC PCc
3ª Feira - Dia 7 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,12 0,00 0,00
Fora do período
Vazio 0,12 0,00 0,04
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,06 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,00 0,01
Ponta 0,15 0,00 0,03
Ponta 0,15 0,00 0,06
Cheias 0,16 0,01 0,04
Cheias 0,16 0,01 0,03
Fora do período
Cheias 0,04 0,00 0,01 Fora do
período
Cheias 0,04 0,00 0,00
Ponta 0,08 0,00 0,02
Ponta 0,08 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,01
Cheias 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,01
Vazio 0,03 0,00 0,00
Total (€) 0,69 0,02 0,14
Total (€) 0,68 0,01 0,15
4ª Feira - Dia 8 Servidor TC PCc
5ª Feira - Dia 9 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,13 0,00 0,00
Fora do período
Vazio 0,13 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,03 0,00 0,01
Ponta 0,15 0,03 0,03
Ponta 0,18 0,00 0,03
Cheias 0,16 0,00 0,04
Cheias 0,16 0,01 0,04
Fora do período
Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do
período
Cheias 0,04 0,00 0,00
Ponta 0,08 0,00 0,00
Ponta 0,08 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,00
Total (€) 0,69 0,04 0,09
Total (€) 0,70 0,02 0,09
A25
2ª Feira - Dia 13 Servidor TC PCc
3ª Feira - Dia 14 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,12 0,00 0,00
Fora do período
Vazio 0,14 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,01 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,00 0,01
Ponta 0,15 0,00 0,06
Ponta 0,18 0,00 0,03
Cheias 0,18 0,01 0,04
Cheias 0,16 0,01 0,04
Fora do período
Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do
período
Cheias 0,05 0,00 0,00
Ponta 0,09 0,00 0,00
Ponta 0,09 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,00
Total (€) 0,71 0,03 0,10
Total (€) 0,75 0,01 0,09
4ª Feira - Dia 15 Servidor TC PCc
6ª Feira - Dia 17 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,14 0,00 0,00
Fora do período
Vazio 0,14 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,06 0,00 0,01
Ponta 0,18 0,03 0,03
Ponta 0,12 0,00 0,06
Cheias 0,16 0,00 0,04
Cheias 0,16 0,00 0,03
Fora do período
Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do
período
Cheias 0,04 0,00 0,00
Ponta 0,09 0,00 0,00
Ponta 0,09 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,00
Total (€) 0,75 0,03 0,09
Total (€) 0,70 0,00 0,10
2ª Feira - Dia 20 Servidor TC PCc
3ª Feira - Dia 21 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,14 0,00 0,00
Fora do período
Vazio 0,14 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,06 0,00 0,01
Ponta 0,18 0,03 0,03
Ponta 0,15 0,00 0,06
Cheias 0,18 0,00 0,04
Cheias 0,19 0,01 0,03
Fora do período
Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do
período
Cheias 0,05 0,00 0,00
Ponta 0,09 0,00 0,00
Ponta 0,10 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,04 0,00 0,00
Total (€) 0,76 0,04 0,09
Total (€) 0,78 0,02 0,11
A26
4ª Feira - Dia 22 Servidor TC PCc
5ª Feira - Dia 23 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,15 0,00 0,00
Fora do período
Vazio 0,17 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,00
Cheias 0,04 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,06 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,00 0,00
Ponta 0,21 0,00 0,03
Ponta 0,18 0,03 0,06
Cheias 0,13 0,01 0,04
Cheias 0,18 0,00 0,04
Fora do período
Cheias 0,05 0,00 0,00 Fora do
período
Cheias 0,05 0,00 0,01
Ponta 0,11 0,00 0,00
Ponta 0,11 0,00 0,02
Cheias 0,04 0,00 0,00
Cheias 0,04 0,00 0,01
Vazio 0,04 0,00 0,00
Vazio 0,04 0,00 0,01
Total (€) 0,83 0,01 0,09
Total (€) 0,84 0,03 0,16
6ª Feira - Dia 24 Servidor TC PCc
2ª Feira - Dia 27 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,17 0,00 0,04
Fora do período
Vazio 0,16 0,00 0,04
Cheias 0,04 0,00 0,01
Cheias 0,03 0,00 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,03 0,01 0,01
LEN (trabalho)
Cheias 0,06 0,00 0,00
Ponta 0,21 0,00 0,03
Ponta 0,21 0,00 0,06
Cheias 0,18 0,01 0,04
Cheias 0,16 0,01 0,04
Fora do período
Cheias 0,05 0,00 0,01 Fora do
período
Cheias 0,05 0,00 0,00
Ponta 0,10 0,00 0,03
Ponta 0,11 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,00 0,01
Cheias 0,04 0,00 0,00
Vazio 0,04 0,00 0,01
Vazio 0,04 0,00 0,00
Total (€) 0,84 0,03 0,19
Total (€) 0,85 0,02 0,15
3ª Feira - Dia 28 Servidor TC PCc
4ª Feira - Dia 29 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,16 0,005 0,0
Fora do período
Vazio 0,16 0,00 0,00
Cheias 0,04 0,001 0,0
Cheias 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,04 0,015 0,0
LEN (trabalho)
Cheias 0,06 0,00 0,00
Ponta 0,18 0,000 0,06
Ponta 0,18 0,00 0,06
Cheias 0,19 0,000 0,04
Cheias 0,18 0,01 0,04
Fora do período
Cheias 0,05 0,001 0,0 Fora do
período
Cheias 0,05 0,00 0,00
Ponta 0,10 0,003 0,0
Ponta 0,11 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,001 0,0
Cheias 0,04 0,00 0,00
Vazio 0,04 0,001 0,0
Vazio 0,04 0,00 0,00
Total (€) 0,84 0,03 0,10
Total (€) 0,84 0,02 0,10
A27
5ª Feira - Dia 30 Servidor TC PCc
6ª Feira - Dia 31 Servidor TC PCc
Fora do período
Vazio 0,16 0,000 0,0000
Fora do período
Vazio 0,16 0,00 0,00
Cheias 0,04 0,000 0,0000
Cheias 0,03 0,00 0,00
LEN (trabalho)
Cheias 0,03 0,000 0,0000
LEN (trabalho)
Cheias 0,06 0,01 0,00
Ponta 0,21 0,029 0,0588
Ponta 0,18 0,00 0,06
Cheias 0,19 0,000 0,0443
Cheias 0,19 0,01 0,04
Fora do período
Cheias 0,05 0,000 0,0000 Fora do
período
Cheias 0,05 0,00 0,00
Ponta 0,10 0,000 0,0000
Ponta 0,10 0,00 0,00
Cheias 0,03 0,000 0,0000
Cheias 0,03 0,00 0,00
Vazio 0,04 0,000 0,0000
Vazio 0,04 0,00 0,00
Total (€) 0,85 0,03 0,10
Total (€) 0,85 0,03 0,10
A28
FERIADOS E FINS DE SEMANA Dia 3 (18-04) A1 e A2 TC PCc
Dia 4 (19-04) A1 e A2 TC PCc
Dia 5 (20-04) A1 e A2 TC PCc
Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00
Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00
Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
TOTAL (€) 0,63 0,01 0,00
TOTAL (€) 0,63 0,01 0,00
TOTAL (€) 0,63 0,01 0,00
Dia 10 (25-04) A1 e A2 TC PCc
Dia 11 (26-04) A1 e A2 TC PCc
Dia 12 (27-04) A1 e A2 TC PCc
Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00
Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00
Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
TOTAL (€) 0,64 0,00 0,00
TOTAL (€) 0,64 0,00 0,00
TOTAL (€) 0,64 0,00 0,00
A29
FERIADOS E FINS DE SEMANA Dia 16 (01-05) A1 e A2 TC PCc
Dia 18 (03-05) A1 e A2 TC PCc
Dia 19 (04-05) A1 e A2 TC PCc
Vazio 00-8 0,14 0,00 0,00
Vazio 00-8 0,14 0,00 0,00
Vazio 00-8 0,14 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,15 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,15 0,00 0,00
Ponta 10:30-13 0,15 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,15 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,15 0,00 0,00
Cheias 13-18 0,15 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,09 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,09 0,00 0,00
Ponta 19:30-21 0,09 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00
TOTAL (€) 0,71 0,01 0,00
TOTAL (€) 0,70 0,01 0,01
TOTAL (€) 0,70 0,01 0,01
Dia 25 (10-05) A1 e A2 TC PCc
Dia 26 (11-05) A1 e A2 TC PCc
Vazio 00-8 0,16 0,00 0,04
Vazio 00-8 0,16 0,00 0,04 Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,01
Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,01
Cheias 9-10:30 0,05 0,00 0,01
Cheias 9-10:30 0,05 0,00 0,01 Ponta 10:30-13 0,17 0,00 0,04
Ponta 10:30-13 0,17 0,00 0,04
Cheias 13-18 0,17 0,00 0,04
Cheias 13-18 0,17 0,00 0,04 Cheias 18-19:30 0,05 0,00 0,01
Cheias 18-19:30 0,05 0,00 0,01
Ponta 19:30-21 0,10 0,00 0,03
Ponta 19:30-21 0,10 0,00 0,03 Cheias 21-22 0,03 0,00 0,01
Cheias 21-22 0,03 0,00 0,01
Vazio 22-00 0,04 0,00 0,01
Vazio 22-00 0,04 0,00 0,01 TOTAL (€) 0,81 0,01 0,20
TOTAL (€) 0,81 0,01 0,20