Consumo Energético na cidade de Lisboa - Autenticação · POLIS: Identification and Mobilization...

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Consumo Energético na cidade de Lisboa Comparação de um Sistema de Desktops com um Sistema Centralizado de terminais Thin Clients João Filipe Teixeira Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente Orientador(es): Prof.ª Dr.ª Tânia Alexandre dos Santos Costa e Sousa Prof. Dr. Carlos Augusto Santo Silva Júri Presidente: Professor Doutor Ramiro Joaquim de Jesus Neves Orientadora: Professora Doutora Tânia Alexandre dos Santos Costa e Sousa Vogal: Professor Doutor Miguel Perez Neves Águas Outubro 2014

Transcript of Consumo Energético na cidade de Lisboa - Autenticação · POLIS: Identification and Mobilization...

Consumo Energético na cidade de Lisboa

Comparação de um Sistema de Desktops com um Sistema

Centralizado de terminais Thin Clients

João Filipe Teixeira

Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia do Ambiente

Orientador(es): Prof.ª Dr.ª Tânia Alexandre dos Santos Costa e Sousa

Prof. Dr. Carlos Augusto Santo Silva

Júri

Presidente: Professor Doutor Ramiro Joaquim de Jesus Neves

Orientadora: Professora Doutora Tânia Alexandre dos Santos Costa e Sousa

Vogal: Professor Doutor Miguel Perez Neves Águas

Outubro 2014

i

ii

Agradecimentos

Quero expressar em primeiro lugar o meu agradecimento ao Professor Delgado Domingos,

numa fase inicial por ter permitido a realização desta dissertação em parceria com a Lisboa E-Nova.

Aos meus orientadores, À Professora Tânia Sousa, por ter aceite a orientação da presente

dissertação, pela disponibilidade, apoio e orientação no desenvolvimento deste trabalho. Ao

Engenheiro Nuno Cegonho, da Lisboa E-Nova, por todo o material, informação e conselhos

despendidos.

À Agência Municipal de Energia e Ambiente, Lisboa E-Nova, pela cedência de dados,

informações e disponibilidade para o uso do seu sistema de thin clients como caso de estudo, que

tornou possível a realização da presente dissertação.

Ao Professor Carlos Silva e Miguel Carvalho por todo a informação disponibilizada e apoio.

Gostaria de agradecer à minha família pelo apoio e dedicação que tiveram ao longo da minha

educação, pois é graças a eles que me formei enquanto pessoa. Agradeço igualmente aos meus

amigos, criados no curso e no estágio do Museu da Eletricidade, pela amizade verdadeira e toda a

ajuda que me deram ao longo deste percurso.

iii

Resumo

Cada vez mais existe uma preocupação maior com o uso que se dá à energia. Considerando

os diferentes impactos provocados pelo uso de energia e pela sua eficiência, há uma grande pressão

nas sociedades, tanto a nível económico como ambiental, assistindo-se a uma tendência para a sua

regulamentação e estabelecimento de metas e objectivos a atingir, quer a nível nacional quer

transnacional, em particular nos países mais desenvolvidos, como são o exemplo as metas da U.E.

(20-20-20) e o PNAEE.

A presente dissertação foca-se nas medidas que podem contribuir para melhorar a eficiência

energética em contexto urbano, pois é para as grandes cidades que se concentra cada vez mais a

população. De forma a entender que tipo de intervenções tem sofrido Lisboa no âmbito da eficiência

energética, efetuou-se uma síntese das principais medidas já implementadas e também de possível

implementação, e de estratégias com algumas análises dos seus impactos.

A medida selecionada como caso de estudo foi no domínio das tecnologias de informação e

comunicação, devido ao peso que representam atualmente nos consumos energéticos urbanos e à

sua potencialidade de crescimento. Analisou-se um sistema de terminais (thin client) em comparação

com um sistema de desktop PC, estimando os consumos energéticos de ambos os sistemas e o seu

peso na fatura energética, efetuando posteriormente uma análise económica aos 2 sistemas. Com os

dados recolhidos foi analisado um possível caso onde uma empresa ao adquirir um novo escritório

poderá decidir entre instalar um sistema de terminais ou de desktop PC.

Desta análise foi possível concluir que este tipo de medidas pode trazer grandes benefícios

para uma instituição, tanto a nível energético como económico. No entanto há factores chaves para a

tomada de decisão de implementação, por exemplo quando o número de operadores é o ideal a

solução passa a ter grande retorno financeiro, com custos de manutenção reduzidos e consumos

energéticos bastante inferiores. Mas caso o sistema de desktop PC seja realmente muito eficiente,

este tipo de medida poderá não compensar em termos energéticos mas sim apenas em termos

económicos.

Palavras-chaves: Eficiência energética, Lisboa, Thin Client, Aglomerados urbanos, análise

energética

iv

Abstract

The present works focus on measures that can contribute to improve energy efficiency in

urban areas, since communities are moving to this areas and it is where the values of energy

consumptions are higher. With this measures understand what types of interventions are more

suitable for a city like Lisbon as well as what kind of interventions have been done in the scope of

energy efficiency. A synthesis was done of the main actions that were already implemented and of

possible implementation in Lisbon.

The case study selected is under the scope of Information and Communication Technology,

due to its current weight in energy consumption in urban areas and its growth potential. The

technologies analyzed were a terminal system with thin clients compared with a system of desktop

PC. The values of energy consumption of both systems were estimated as well as their cost in the

energy bill, so it would be possible to perform an economic analysis to the two systems. With the data

collected 3 scenarios were created: a scenario where the technology used is only desktop PC

(scenario A); a scenario where the technology used is thin client with a server (scenario B) and a

mixed scenario, identical to the Lisbon Energy Agency comprising a mixed system where a thin clients

are used together with PC converted in client (scenario C). These scenarios were used to analyze the

factors that should be taken into account by a company that acquires a new office and has to decide

whether to implement a terminal system or a conventional desktop PC system.

With this analysis it was possible to conclude that this kind of action brings benefits to a

company both at an energetic and economic level. However, there some key factors that have to be

taken into account when choosing this kind of ICT systems, such as the number of operators. When

this number is ideal this system can bring, financial payback, lower costs with maintenance and lower

levels of energy consumptions. Although, if the desktop PC system is really efficient, with very low

values of energy consumption, this kind of measures might not bring any return in energetic terms but

only in economic terms.

Key words: Energy Efficiency, Lisbon, Urban Areas, Thin Client, Energetic analysis

v

Nomenclatura

PNAEE: Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética

PNAER: Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis

TC: Thin Client

DPC: Desktop Personal Computer

TIC: Tecnologias de Informação e Comunicação

LEN: Lisboa E-Nova

AVAC: Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado

GEE: Gases com Efeito de Estufa

GDC: Green Digital Charter

DGEG: Direção Geral de Energia e Geologia

LED: Light-emitting Diode

ACV: Análise Ciclo de Vida

VID: Virtualização de Infraestruturas de Desktop

AET: Armazenamento de Energia Térmica

CC: Cloud Computing

PCc: Personal Computer Convertido

SaaS: Software as a Service

PaaS: Platform as a Service

IaaS: Infrastructure as a Service

PPEC: Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de energia elétrica

IP: Iluminação Pública

POLIS: Identification and Mobilization of Solar Potentials via Local Strategies

ProSTO: Best Pratice Implementation of Solar Thermal Obligations

vi

Índice

Agradecimentos ........................................................................................................................... ii

Resumo....................................................................................................................................... iii

Abstract ....................................................................................................................................... iv

Nomenclatura ..............................................................................................................................v

Índice .......................................................................................................................................... vi

Índice de Figuras ...................................................................................................................... viii

Índice de Tabelas ........................................................................................................................x

1. Introdução ............................................................................................................................ 1

1.1. Motivação .................................................................................................................... 1

1.2. Objetivos ...................................................................................................................... 4

1.3. Estrutura da dissertação .............................................................................................. 5

2. Consumos energéticos nas cidades.................................................................................... 7

2.1. Caraterização dos consumos energéticos de Lisboa.................................................. 7

2.2. Medidas de eficiência energética – Lisboa ............................................................... 12

2.2.1. Iluminação Pública na cidade ............................................................................... 12

2.2.2. Edifícios e Energia Renovável ............................................................................. 15

2.2.3. Sistemas Integrados de Gestão ........................................................................... 22

2.2.4. Coberturas e Fachadas Verdes ........................................................................... 24

2.3. Medidas de eficiência energética – outros casos ...................................................... 26

2.3.1. Sistemas de Armazenamento de Energia ............................................................ 26

3. Caso de estudo.................................................................................................................. 33

3.1. Thin Client .................................................................................................................. 33

3.2. Virtualização de Infraestruturas de Desktop (VID) .................................................... 37

3.3. Zero Client ................................................................................................................. 37

4. Metodologia ....................................................................................................................... 39

4.1. Cenário da Lisboa E-Nova (LEN) .............................................................................. 40

4.2. Resultados e discussão ............................................................................................. 43

4.2.1. Análise Energética ............................................................................................... 45

4.2.2. Análise Económica ............................................................................................... 48

vii

4.2.3. Análise de sensibilidade ao Caso 2 ..................................................................... 55

5. Conclusões ........................................................................................................................... 61

Bibliografia ................................................................................................................................ 66

Anexos ...................................................................................................................................... A1

A1 – Consumos da cidade de Lisboa e Portugal ..................................................................... A1

A2 – Dados recolhidos na Lisboa E-Nova .............................................................................. A11

A3 – Outros dados recolhidos na Lisboa E-Nova .................................................................. A24

viii

Índice de Figuras

Figura 1 – Comparação dos consumos de energia elétrica Lisboa vs. Nacional per capita ________ 8

Figura 2 – Comparação da venda de petróleo e derivados Lisboa vs. Nacional per capita ________ 10

Figura 3 – Comparação dos valores de consumo de G.N. Lisboa vs. Nacional _________________ 11

Figura 4 – Gráfico dos valores de poupança energética das medidas para iluminação pública. ____ 14

Figura 5 – Metodologia da Lisboa E-Nova (Lisboa E-Nova 2014a) __________________________ 16

Figura 6 – Carta do Potencial solar de Lisboa <fonte: http://lisboaenova.org/cartasolarlisboa> ____ 17

Figura 7 e 8 – Escola Luiza Neto Jorge, painéis à esquerda, colector à direita _________________ 19

Figura 9 – Carta do Potencial de Integração de Sistemas Solares na Baixa Pombalina de Lisboa

(fonte: E-Nova) __________________________________________________________________ 20

Figura 10 – Alguns dos investimento efectuados em painéis solares (térmico e fotovoltaico). _____ 21

Figura 11 – Esquema da plataforma BESOS (fonte:http://besos-project.eu/) __________________ 23

Figura 12 e 13 – Terraço do jardim Calouste Gulbenkian à esquerda. Fonte:

<http://www.gulbenkian.pt/>; Vista da ETAR de Alcântara à direita. Fonte: <http://www.adp.pt/> ___ 25

Figura 14 – Vista aérea do edifício da PT em Picoas.(Costa 2010) __________________________ 25

Figura 15 – Célula de Armazenamento em Borås, Suécia. Fonte:

<http://www.dalkia.com/en/solutions/case-studies/boras.htm> ______________________________ 27

Figura 16 – Sistema de armazenamento com bombagem. (Gao et al. 2014) __________________ 28

Figura 17 – Sistema de armazenamento flywheel.(Kousksou et al. 2013) _____________________ 29

Figura 18 – Esquema de um sistema de armazenamento de bateria de fluxo.(Kousksou et al. 2013) 31

Figura 19 – Esquema de um TC (com nuvem) e de um DPC. (Vereecken et al. 2010) ___________ 34

Figura 20 – ACV a um DPC e TC num período de 5 anos (adaptado de (Maga et al. 2012)) ______ 35

Figura 21 – Um Thin Client (esquerda) e um Desktop PC (direita) (Fraunhofer 2011) ___________ 36

Figura 22 – Esquema de um exemplo de virtualização de infraestruturas Desktop ______________ 37

Figura 23 – Zero Client (fonte: http://www.dell.com/us/business/p/dell-fx100/pd) _______________ 38

Figura 24 – Metodologia ___________________________________________________________ 39

Figura 25 – Servidor de Terminais da LEN, IP BRICK. (fonte:

http://www.ipbrick.pt/index.php?oid=2017) _____________________________________________ 40

Figura 26 – Tomada AVIDSEN ______________________________________________________ 41

Figura 27 – Consumo ao longo de um dia do Servidor, Thin Client e PC convertido na Lisboa E-Nova

_______________________________________________________________________________ 45

Figura 28 – Distribuição dos consumos do sistema IT da LEN _____________________________ 46

Figura 29 – Consumo anual do Servidor, dos 4 thin clients e 6 PCcs da LEN e de 10 DPCs ______ 47

Figura 30 – Período de Payback do caso 2 ____________________________________________ 54

Figura 31 - Análise à variação da taxa de atualização ____________________________________ 55

Figura 32 – Variação do VAL consoante a variação no custo da energia utilizada por cada aparelho 56

Figura 33 – Variação da poupança na fatura energética consoante os encargos energéticos de cada

aparelho ________________________________________________________________________ 56

ix

Figura 34 – Análise de sensibilidade ao custo da manutenção _____________________________ 57

Figura 35 – Análise de sensibilidade ao custo unitário dos PCs ____________________________ 57

Figura 36 – Variação do VAL consoante o número de utilizadores __________________________ 58

Figura 37 – Variação do VAL do projeto consoante a variação do consumo anual de DPCs ______ 59

Figura 38 – Comportamento da poupança energética variando o consumo anual dos DPCs ______ 59

x

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Consumos de energia elétrica em Lisboa por tipo de consumo, ano de 2011 (fonte: DGEG)

________________________________________________________________________________ 7

Tabela 2 – Consumo de energia elétrica nacional com consumos per capita ano de 2011 (fonte:

DGEG) __________________________________________________________________________ 8

Tabela 3 – Venda de Petróleo e derivados na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG) ______ 9

Tabela 4 – Venda de Petróleo e derivados Nacional, ano 2011 (fonte: DGEG)__________________ 9

Tabela 5 – Consumos de Gás Natural na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG) ________ 10

Tabela 6 – Consumo de Gás Natural Nacional, ano de 2011 (fonte: DGEG) __________________ 11

Tabela 7 – Objetivos proposto pela LEN na I.P. e Semáforos ______________________________ 14

Tabela 8 – Produção de renovável, solar fotovoltaico (Lisboa E-Nova 2014a) _________________ 22

Tabela 9 – ciclo diário para todos os clientes em BTN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE) _______ 41

Tabela 10 – Tarifário aplicável à LEN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE) ____________________ 42

Tabela 11 – Dados recolhidos em kWh, Pmax (W), V e A. ________________________________ 43

Tabela 12 – Consumo horário kWh ___________________________________________________ 44

Tabela 13 – Tarifa da eletricidade e ciclo diário aplicável à LEN ____________________________ 44

Tabela 14 – Custo horário do kWh ___________________________________________________ 44

Tabela 15 – Consumo anual e custo da energia do Servidor, dos thin clients, do PCc e dos DPCs _ 47

Tabela 16 – Plano de Investimentos cenários LEN e A ___________________________________ 49

Tabela 17 – Taxas de amortização dos vários aparelhos __________________________________ 49

Tabela 18 – Receitas e despesas num período de 5 anos _________________________________ 50

Tabela 19 – Análise de Investimento ao Caso 1 _________________________________________ 50

Tabela 20 – Resultados da análise de investimento do Caso 1 _____________________________ 51

Tabela 21 – Plano de investimento para um escritório com 20 operadores ____________________ 52

Tabela 22 – Depreciação, Receitas e Despesas ________________________________________ 53

Tabela 23 – Análise de investimento do caso 2 (Comparação dos cenários A e B) _____________ 53

Tabela 24 - Resultados da análise de investimento do Caso 2 _____________________________ 54

Tabela 25 – Comparação dos dois casos ______________________________________________ 55

Tabela 26 – VAL consoante o número de operadores ____________________________________ 58

Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG) __________________ A1

Tabela 28 – Consumo de energia elétrica na cidade de Lisboa (DGEG) ______________________ A4

Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG) _______________________________ A4

Tabela 30 – Venda total de Petróleo e derivados por atividade económica em Portugal continental em

toneladas (Fonte: DGEG) __________________________________________________________ A7

Tabela 31 – Vendas de petróleo e derivados na cidade de Lisboa por atividade económica (Fonte:

DGEG) _________________________________________________________________________ A9

1

1. Introdução

1.1. Motivação

No mundo atual uma das principais preocupações ao nível da energia é a compreensão do

seu consumo, desde a sua produção até ao uso final, bem como o conhecimento de que forma é que

a redução do consumo poderá ser implementada sem que ocorra uma diminuição na quantidade e

qualidade dos serviços. A Eficiência Energética (EE) pode contribuir mais para o crescimento

económico do que qualquer outra fonte de energia e, simultaneamente, reduzindo a procura de

energia reduzem-se também as emissões de gases com efeito de estufa de forma muito mais barata

do que com qualquer outra medida política.

Antes de assumir a forma de calor, frio, movimento ou luz, a energia sofre um percurso de

transformação mais ou menos longo, durante o qual uma quota-parte significativa é desperdiçada e

outra, a que chega ao consumidor final, nem sempre é devidamente aproveitada. A eficiência

energética pressupõe a implementação de estratégias e medidas para combater o desperdício de

energia ao longo do processo de transformação, desde que a energia é transformada até ser

utilizada. (EDP 2014)

Eficiência energética significa usar menos energia mantendo um nível equivalente de

atividade ou serviços económicos, ou seja, otimizar o consumo de energia. Com a eficiência

energética podem-se obter outros benefícios para além dos seus impactos positivos em termos

climáticos como, por exemplo, a melhoria da qualidade do ar e níveis de segurança energética

superiores já que se pode obter um mesmo nível de qualidade dos serviços e atividades com um

menor gasto energético. (ECEEE 2013)

O tema de produção e utilização da energia foi abordado no Protocolo de Quioto tendo sido

acordadas e estabelecidas metas e objetivos a atingir pelos países subscritores realativamente à

redução das emissões de CO2, assim como uma lista de recomendações de mudanças de políticas

que contribuem para atingir os objetivos propostos, nomeadamente no sector dos transportes e no

crescimento do uso das energias renováveis como fonte de produção energética. Contudo, se a

procura de energia continuar a aumentar será virtualmente impossível satisfazer as necessidades das

populações somente com o uso de renováveis. Uma possível solução passa então pela eficiência

energética, a base para uma sociedade sustentável. (Challoch Energy 2009)

Neste âmbito a União Europeia tem como objetivo alcançar 20% de redução das emissões de

gases com efeito de estufa (GEE) relativamente aos níveis de 1990; 20% da quota de produção de

energia ser proveniente de fontes de energia renováveis no consumo final bruto; e atingir 20% de

redução do consumo de energia primária relativamente à projeção do consumo para 2020. Estas são

as metas da EU para 2020, “20-20-20” (European Comission 2014c).

2

Para que estas metas sejam alcançadas, principalmente a de redução das emissões de GEE,

será necessária a substituição da produção de energia através de combustíveis fósseis

(termoeletricidade), pois este é o tipo de produção mais poluente. Para que a substituição de

combustíveis fósseis e outras fontes de energia não sustentáveis por energias renováveis seja

possível, sem colocar em causa a oferta de energia e as atividades inerentes a esta, o uso da

eficiência energética tem que ser uma das soluções. O uso da eficiência energética pode assim

fornecer o tempo necessário para que esta substituição ocorra de uma forma económica e

socialmente responsável. A possibilidade de implementar o vasto potencial em termos de ganhos de

eficiência energética pode permitir a um país produzir mais com menos energia e, portanto,

simultaneamente reduzir emissões e apoiar o crescimento económico (European Comission 2014a).

O impacto das medidas de eficiência energética pode estar muito dependente do

comportamento humano porque os consumidores reagem à eficiência aumentando a procura e

portanto diminuindo assim algumas das potenciais poupanças agregadas a este tipo de medidas

(Turner 2009), efeito conhecido como o rebound effect. No estudo realizado por (Yu et al. 2013) no

sector automóvel, carros elétricos ou híbridos podem levar a um aumento de quilómetros percorridos

e consequentemente a um aumento no consumo. Rebound effect poderá ser indireto ou direto, por

exemplo no sector doméstico caso os eletrodomésticos sejam muito eficientes o custo final da

energia diminui, podendo levar assim à aquisição de novos aparelhos por parte do consumidor que

não são necessários e consequentemente ao aumento do consumo de energia, sendo este um efeito

provocado indiretamente, enquanto diretamente é como referido anteriormente, devido às alterações

do comportamento do consumidor (Ghosh & Blackhurst 2014).

Portugal foi um dos países que se comprometeu a reduzir as emissões e os consumos

energéticos. Com o objetivo de cumprir estas metas foi criado o Plano Nacional de Ação para a

Eficiência Energética (PNAEE) que consiste na, implementação, monitorização e verificação de

medidas utilizadas para atingir as metas e objetivos delineados. Em Portugal, mediante um aumento

de eficiência energética, as metas foram um pouco mais ambiciosas e foi estabelecido um objetivo

geral de redução do consumo de energia primária de 25% e um objetivo específico para a

Administração Pública de redução de 30%. (XIX Governo 2013) Com a presente conjuntura

macroeconómica do País existe uma crescente necessidade de redução de custos, assim há que ter

em conta quais as medidas viáveis economicamente e que realmente levam a uma melhoria da

eficiência energética.

A um nível global os consumos de energia elétrica continuam a aumentar e é nas grandes

cidades onde este consumo é maior e onde poderão existir mais oportunidades de melhoria. Tendo

em mente que mais de metade da população mundial reside atualmente em aglomerados urbanos, e

são estas áreas urbanas que estão projetadas para absorver praticamente toda a população mundial

em 2050 (Thomas 2012) é imperativo que nestes locais o uso de energia seja efetuado de uma

forma sustentável e para isso a eficiência energética poderá ser a melhor ferramenta.

3

A medida selecionada para caso de estudo da presente dissertação foi uma solução na área

das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), os thin clients (TC), um sistema de terminais

que oferece um grande potencial no uso mais eficiente da energia em comparação com um sistema

tradicional de desktop PC. Esta tecnologia pode ainda ser usada como uma solução plausível de

melhoria de eficiência energética, redução de consumos e consequente diminuição de emissões de

GEE, em detrimento dos sistemas clássicos Desktop PC (DPC) no sector dos serviços mais

propriamente no domínio das TIC.

Este tipo de medidas vai de encontro ao Green Digital Charter (GDC), uma iniciativa criada

pela EUROCITIES que tem como objetivo, através da inovação, encontrar novas soluções de forma a

reduzir os consumos energéticos, a melhorar a eficiência energética e a reduzir as emissões de GEE,

sendo que um dos maiores meios de inovação reside nas TIC e é precisamente nesta área que se

centra esta iniciativa. Lisboa foi uma das cidades europeias que aderiu ao GDC (Charter 2011) e este

tipo de iniciativa vai ainda de encontro, e trabalha em paralelo com outras iniciativas como o Pacto de

Autarcas tornando-se assim mais uma ferramenta para a melhoria da eficiência energética numa

cidade.

Segundo (Gartner 2007) o sector das TIC é responsável por aproximadamente 2% das

emissões de CO2 globais, considerando a fase de produção, uso e o despejo do seu equipamento.

Este valor corresponde ao valor total de emissões no sector da aviação, de acordo com as

estimativas da Gartner, Inc, ou seja, possui enorme relevância numa contextualização global, o que

aliado ao facto deste sector ter ciclos de renovação bastante curtos permite uma grande margem de

manobra para o tornar mais eficiente. As emissões deste sector devem continuar a aumentar, de 0.53

milhões de toneladas, ano de 2002, para 1,43 milhões de toneladas em 2020 (Maga et al. 2012). No

entanto, alternativas específicas de TIC, como o TC, poderão ter impactes positivos com potencial de

redução de emissões de CO2. Os resíduos gerados pelo sector das TIC tem vindo a aumentar

consideravelmente e só na Europa este tipo de resíduo aumenta 3 vezes mais rápido que qualquer

outro tipo de resíduo como consequência dos já referidos períodos de inovação e de vida pequenos

(Fraunhofer 2011).

Esta medida foi escolhida em parceria com a Lisboa E-Nova (Agência Municipal de Energia e

Ambiente da cidade de Lisboa), Agência responsável por grande parte das medidas implementadas

em Lisboa no âmbito da eficiência energética. A medida em causa já estava implementada na própria

agência (cenário base), logo a obtenção de dados relativos ao consumo e investimento para posterior

análise, tanto energética como económica, seria facilitada pela própria agência. Por último é de

salientar que também pesou nesta escolha o facto desta medida estar inserida no sector com maior

peso relativo no uso final de eletricidade em Lisboa.

4

1.2. Objetivos

O objetivo inicial desta dissertação é a análise dos consumos energéticos da cidade de

Lisboa, observando quais as medidas que já foram implementadas analisando alguns desses

investimentos e as poupanças energéticas adquiridas.

De seguida pretendia-se analisar algumas medidas de possível implementação ou

simplesmente que possam acrescentar uma melhoria na eficiência energética de uma cidade como

Lisboa.

O caso de estudo da presente dissertação é a análise de um sistema de thin client

(computador em rede que não possui disco rígido e em que características encontradas num

computador tradicional, como memória, aplicativos, etc, estão armazenados num data center) com o

intuito de verificar se é possível este sistema poder melhorar a eficiência energética de uma

instituição em deterioramento do sistema tradicional de desktop PC. Esta comparação será analisada

tendo em conta os consumos energéticos de ambos os sistemas com o apoio de uma análise

económica do custo inicial de cada sistema e com o seu custo na fatura energética. O sistema a ser

analisado será o sistema de thin client já implementado na Lisboa E-Nova (Agência Municipal de

Energia e Ambiente).

Com a análise de ambos os sistemas, tanto económica como energética, compreender se é

legítimo concluir, como a bibliografia sugere, se existe realmente uma melhoria na eficiência

energética para uma instituição em escolher um sistema de thin client, estimando também os

encargos, inerentes a ambos os sistemas, na fatura energética considerando um cenário de ano 0.

Recorrendo a indicadores como a tarifa utilizada na Lisboa E-Nova (bi-horária) com os custos

de energia diferentes em cada período horário, medindo também in situ os consumos do sistema da

agência, ou seja, o sistema de thin client.

5

1.3. Estrutura da dissertação

A presente dissertação encontra-se dividida em 5 capítulos, a contar já com a Motivação

redigida no capítulo 1.1 que procura enquadrar o tema de eficiência energética com o panorama atual

tanto a nível nacional como da cidade de Lisboa e como esta temática surgiu e que metas a nível

europeu já foram traçadas. A restante dissertação encontra-se com a seguinte estrutura:

Capítulo 2: Neste capítulo procura-se caracterizar os consumos energéticos na cidade de

Lisboa bem como encontrar algumas das medidas para a melhoria da eficiência já implementadas em

Lisboa e alguns dos seus retornos, investimentos e poupanças energéticas. Em seguida faz-se ainda

uma revisão bibliográfica com algumas medidas que possam incrementar alguma melhoria na

eficiência energética de uma cidade.

Capitulo 3: Caraterização do caso de estudo da Lisboa E-Nova (LEN), o sistema de thin

client, com a explicação do sistema e metodologia utilizada. Apresentação dos dados recolhidos, do

equipamento presente na LEN e caraterização dos consumos obtidos.

Capítulo 4: Neste capítulo apresentam-se os resultados e consequentemente a discussão e

justificação dos mesmos, com o intuito de obter uma comparação entre o sistema de thin client e de

computadores tradicionais.

Capítulo 5: Por fim, reserva-se um último capítulo para as conclusões, identificação de

limitações e possíveis trabalhos futuros, no qual se sugere em que cenários a instalação de um

sistema de thin client será adequada.

6

7

2. Consumos energéticos nas cidades

A partir do século XX a população mundial cresceu a uma taxa nunca antes assistida na

História da humanidade, basta ter em conta que no ano de 1990 o planeta era habitado por cerca de

1650 milhões de pessoas, sendo que em 1999 atingiu os impressionantes 6000 milhões de

habitantes, continuando a crescer (United Nations 1999). Nos últimos 200 anos tem-se verificado um

aumento incrível no consumo de energia a nível mundial, tornando-se claro nas últimas décadas que

o fornecimento de energia não tem sido efetuado de forma sustentável (Deng et al. 2012). Para além

de que mais de 50% da população mundial vive atualmente em aglomerados urbanos e as áreas

urbanas estão projetadas para absorver praticamente toda a população mundial em 2050 (Thomas

2012).

Por estas razões torna-se pertinente a análise dos consumos energéticos da cidade de

Lisboa e de medidas aplicáveis em cidades para o melhoramento da eficiência energética. A cidade

de Lisboa é uma das cidades europeias que aderiu ao pacto de autarcas (Mayors 2008), em que o

objetivo é o de aumentar a eficiência energética das cidades criando um plano de sustentabilidade,

traçando objetivos e metas para redução de consumos de energia (Lisboa E-Nova 2008).

2.1. Caraterização dos consumos energéticos de Lisboa

Este capítulo tem como objetivo a análise dos consumos da cidade de Lisboa. A tabela

seguinte possui os valores de consumo de energia elétrica, em kWh, por tipo de consumo, na cidade

de Lisboa.

Tabela 1 - Consumos de energia elétrica em Lisboa por tipo de consumo, ano de 2011 (fonte: DGEG)

Consumo de Energia Elétrica

Tensão (kWh)

Sector Alta Baixa Total Per capita Agricultura (Normal) 1.407.083 2.378.450 3.785.533 6,91

Aquecimento c/ Contador Pp

0 136.493 136.493 0,25

Doméstico Normais 0 788.678.474 788.678.474 1440,16

Edifícios do Estado 350.508.363 102.163.136 452.671.499 826,60

Iluminação Vias Públicas 0 56.107.769 56.107.769 102,46

Indústria (Normal) 111.872.223 74.977.457 186.849.680 341,20

Indústria (Sazonal) 0 796 796 0,00

Não-doméstico/Serviços 882.669.706 790.423.489 1.673.093.195 3055,15

Tração 119.120.447 0 119.120.447 217,52

Total 1.465.577.822 1.814.866.064 3.280.443.886 5990,25

Analisando a tabela 1 é possível concluir que na cidade de Lisboa, a maior parte do consumo,

cerca de 51%, está destinado ao sector não-doméstico/serviços, sendo que o consumo doméstico

(24%) e edifícios do Estado (13%) apresentam, logo a seguir, os consumos mais elevados.

8

Os dados foram retirados da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), sendo de referir

que o sector “aquecimento com contador próprio” corresponde ao consumo de energia elétrica

destinada ao aquecimento ambiente, águas sanitárias e refeitórios com contador próprio (dedicado

apenas a este tipo de consumo) e tem por objetivo separar este tipo de consumo do restante

consumo da instalação.

Tabela 2 – Consumo de energia elétrica nacional com consumos per capita ano de 2011 (fonte: DGEG)

Consumo de Energia Elétrica

Tensão (kWh)

Sector Alta Baixa Total Per Capita (fonte: INE)

Agricultura 441.583.470 516.015.248 957.598.718 90,66 Aquecimento c/ Contador Pp

0 6.375.896 6.375.896 0,60

Doméstico Normais 9.773.261 13.215.834.164 13.225.607.425 1252,17 Edifícios do Estado 1.441.229.978 1.119.179.743 2.560.409.721 242,41 Iluminação Vias Públicas

0 1.555.469.458 1.555.469.458 147,27

Indústria (Normal) 15.172.888.656 1.311.839.065 16.484.727.721 1560,73 Indústria (Sazonal) 0 13.017.821 13.017.821 1,23 Não-doméstico/Serviços

4.941.053.490 6.373.470.933 11.314.524.423 1071,23

Tração 390.999.752 0 390.999.752 37,02 Total 22.397.528.607 24.111.202.328 46.508.730.935 4403,33

Na Tabela 2 é possível observar os consumos de energia elétrica a nível nacional por tipo de

consumo. Verifica-se que os consumos de Lisboa quando comparados com os consumos a nível

nacional possuem um grande peso nos sectores; edifícios do Estado (17% do consumo Nacional

neste sector), no não-doméstico/serviços (cerca de 15% do consumo Nacional), e de tração (cerca de

30%). Do consumo de energia elétrica nacional, Lisboa representa cerca de 7% desse consumo.

Figura 1 – Comparação dos consumos de energia elétrica Lisboa vs. Nacional per capita

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Lisboa Portugal

%

Per capita

Consumos de energia elétrica

Tração

Não-doméstico/Serviços

Indústria (Sazonal)

Indústria (Normal)

Iluminação Vias Públicas

Edifícios do Estado

Doméstico Normais

Aquecimento c/ Contador Pp

Agricultura (Normal)

9

Numa análise do ponto de vista per capita os consumos (Figura 1) em Lisboa são sempre

menores exceto nos sectores “Edifícios do Estado” e “Não-doméstico”, ou seja, os sectores

dedicados aos serviços, sendo que o consumo per capita de energia elétrica é, na sua totalidade,

superior ao Nacional.

Tabela 3 – Venda de Petróleo e derivados na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG)

Venda de Petróleo e derivados

Tonelada

Sector Energético Não Energético (Lubrificantes, Asfalto)

Total Per Capita

Agricultura 2.518 101 2.619 0,005

Doméstico 1.016 - 1.016 0,002

Indústria 1.621 185 1.806 0,003

Serviços 28.475 3.807 32.282 0,059

Transportes 556.235 331 556.566 1,016

Construção 2.638 26.178 28.816 0,053

Energia 1.759 17 1.776 0,003

Total 594.262 30.619 624.881 1,141

Analisando os valores apresentando na Tabela 3, é possível concluir que a venda de

petróleo e derivados se destina quase na totalidade ao sector dos transportes apresentado o

consumo de 556.235 toneladas no ano de 2011. Separou-se os produtos com fins energéticos dos

não energéticos (lubrificantes e asfalto), pois esta análise tem como objetivo a caraterização dos

consumos energéticos na cidade de Lisboa.

O sector “ENERGIA” corresponde ao conjunto das CAEs (Classificação das Atividades

Económicas): produção, transporte, distribuição e comércio de eletricidade; produção, distribuição e

comércio de gás; produção e distribuição de vapor, água quente e fria e ar frio por conduta.

Tabela 4 – Venda de Petróleo e derivados Nacional, ano 2011 (fonte: DGEG)

Venda de Petróleo e derivados

Tonelada

Sector Energético Não Energético (Lubrificantes, Asfalto)

Total Per capita

Agricultura 245.263 330 245.593 0,023

Doméstico 91.813 1 91.814 0,009

Indústria 2.104.640 16.776 2.121.416 0,201

Serviços 589.346 36.131 625.477 0,059

Transportes 5.625.701 2.029 5.627.730 0,533

Construção 146.177 340.802 486.979 0,046

Energia 532.229 2.710 534.939 0,051

Total 9.335.169 398.779 9.733.948 0,922

De referir que algum do petróleo e derivados adquiridos na cidade pode ser consumido fora

desta, ou seja, trata-se apenas do petróleo e derivados vendido dentro da cidade de Lisboa, podendo

este ser ou não consumido no seu interior.

10

Figura 2 – Comparação da venda de petróleo e derivados Lisboa vs. Nacional per capita

Por habitante, na cidade de Lisboa, é no sector dos “Transportes” onde há maior consumo, e

à semelhança do que se passa nos consumo de energia elétrica, também no consumo de petróleo e

derivados o consumo per capita, na sua totalidade, é maior na cidade de Lisboa do que a nível

Nacional (Tabela 4). A Figura 2 apresenta uma comparação entre os valores per capita em

percentagem de Lisboa vs. Nacional.

Tabela 5 – Consumos de Gás Natural na cidade de Lisboa, ano de 2011 (fonte: DGEG)

Consumo de Gás Natural

Sector 103Nm

3 Per capita

Agricultura 192 0,0004

Doméstico 48.497 0,0886

Indústria 1.446 0,0026

Serviços (estado) 44.145 0,0806

Transportes 4.622 0,0084

Construção 684 0,0012

Energético 6.470 0,0118

Total 106.056 0,1937

Na Tabela 5 é possível observar os valores de consumo de Gás Natural (G.N.) na cidade de

Lisboa, concluindo-se que a maioria do consumo de G.N. pertence ao sector dos Serviços e

Doméstico. Aqui o sector Energético possui o mesmo significado do que o sector “ENERGIA” da

Tabela 4.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Lisboa Portugal

%

Per Capita

Venda de petróleos e derivados

Energia

Construção

Transportes

Serviços

Indústria

Doméstico

Agricultura

11

Tabela 6 – Consumo de Gás Natural Nacional, ano de 2011 (fonte: DGEG)

Consumo de Gás Natural

Sector 103Nm

3 Per capita

Agricultura 8.296 0,0008

Doméstico 279.797 0,0265

Indústria 1.284.075 0,1216

Serviços (estado) 236.862 0,0224

Transportes 19.990 0,0019

Construção 12.887 0,0012

Energético 2.908.238 0,2753

Total 4.750.145 0,4497

Na análise por habitante no consumo de G.N. (Tabela 6), é novamente nos sectores

“doméstico”, “transportes” e “serviços” onde a cidade de Lisboa possui um maior consumo do que a

nível Nacional, contudo o consumo de G.N. per capita é inferior na cidade de Lisboa, na sua

totalidade, devido ao facto de uma grande fração do G.N. ser consumido na indústria e no sector

energético. A Figura 3 apresenta a comparação dos valores per capita em percentagem entre Lisboa

e Portugal.

Figura 3 – Comparação dos valores de consumo de G.N. Lisboa vs. Nacional

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Lisboa Portugal

%

Per Capita

Consumo de G.N.

Energético

Construção

Transportes

Serviços (estado)

Indústria

Doméstico

Agricultura

12

2.2. Medidas de eficiência energética – Lisboa

2.2.1. Iluminação Pública na cidade

As medidas de melhoria de eficiência energética relacionadas com esta área passam muito

pela substituição das lâmpadas já existentes ou a utilização de técnicas de gestão da própria

iluminação pública. Algumas das lâmpadas mais utilizadas para substituição são as lâmpadas

fluorescentes compactas e as LED (Light emitting diodes). Em termos de controladores de iluminação

estes poderão ser interruptores manuais, controladores com programação temporal, de movimento ou

sensíveis à luz do dia, com estes controladores a poupança energética poderá obter uma redução na

ordem dos 30% com um payback time de 2 a 3 anos.

A substituição de lâmpadas é o método com maior eficiência para a redução de consumos de

energia, contudo a utilização de balastros mais eficientes ou técnicas de controlo adequadas poderão

também ser pertinentes para um menor consumo energético e ainda a mudança de horário utilizado

poderá também significar uma diminuição nos consumos energéticos. No caso dos balastros estes

compensam a variação de voltagem no fornecimento elétrico, já que estes não necessitam de

bobinas nem de campos eletromagnéticos, conseguem obter um funcionamento de maior rendimento

do que os magnéticos. A redução obtida por balastros electrónicos pode chegar aos 7% (Lisboa E-

Nova 2013d).

Outro tipo de controlo possível de ser utilizado são os sistemas de telegestão, estes permitem

que os sistemas de iluminação reajam automaticamente a parâmetros externos, como ao nível de luz

do dia, à densidade de tráfego ou mesmo às condições meteorológicas, permitem ainda ter

conhecimento de quando uma lâmpada está fundida e reportar assim a localização da mesma.

2.2.1.1. Semáforos

Neste sector a tecnologia a ter em conta são os LED (light emitting diodes), as suas grandes

vantagens são: uma poupança superior a 50% de energia comparativamente às lâmpadas

incandescentes; a luz emitida tem maior visibilidade do que a incandescente; tem um tempo de vida

útil de 100.000 horas, 10 vezes superior à incandescente.

Na cidade de Lisboa existem 9.900 semáforos com um consumo de 9 GWh/ano o que

corresponde a uma despesa na fatura energética anual na ordem dos 1,3 milhões de € da Câmara

Municipal de Lisboa (CML). Encontra-se atualmente em vigor a troca das lâmpadas tradicionais dos

semáforos por ópticas com tecnologia LED (light emitting diodes) na área da Praça do Comércio até

ao Marquês de Pombal. Evitar-se-á com esta medida um consumo energético anual

aproximadamente de 1300 MWh e subsequente redução de 48 toneladas de CO2 de emissões por

ano o que irá reduzir na factura energética anual do Município de Lisboa um valor na ordem dos

130.000 €.(Lisboa E-Nova 2013e)

13

No âmbito do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica 2009/2010

(PPEC) foram substituídas no Eixo Marquês Pombal / Baixa Pombalina 1420 ópticas evitando assim

um consumo anual de 523 MWh com um benefício económico anual de 51.726 €.

Em 2011 no âmbito do PPEC 2011/2012 procedeu-se ao início da obra para a substituição

por tecnologia LED no Eixo Marquês de Pombal - Campo Grande, Av. Gago Coutinho e Parque das

Nações, com a realização desta medida espera-se evitar um consumo anual de 783 MWh com um

benefício económico anual de 80.711€, sendo necessário substituir cerca de 2476 ópticas. Com estas

duas iniciativas ficam ainda por substituir 9480 semáforos (22465 ópticas), existindo já um Plano para

a substituição do remanescente parque semafórico da cidade, estima-se que a poupança eléctrica

será de aproximadamente 92%, representando mais de 6 GWh anuais de poupança e mais de 1300

toneladas de CO2 evitadas.(Lisboa E-Nova 2013e)

Para monitorização desta tecnologia instalaram-se contadores com leitura por telemetria num

armário de controlo de tráfego.

2.2.1.2. Iluminação Pública

Na cidade de Lisboa existem cerca de 60.000 candeeiros com um consumo associado de 62

GWh/ano e uma despesa de 8,2 milhões de € por ano na fatura energética. As medidas a serem

aplicadas nesta área será a implementação de balastros electrónicos, a intervenção será realizada

em 1625 lâmpadas das quais 1000 não irão possuir controlo remoto e as restantes, 625, serão

integradas num sistema de gestão de iluminação com controlo ponto a ponto. Estima-se uma redução

de consumo de 791 MWh o que corresponde na factura energética uma redução superior a 80 mil €

anuais.(Lisboa E-Nova 2013d)

No caso dos balastros sem controlo remoto a substituição será feita a candeeiros com

lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão de 250 W, ocorrerá então a troca dos balastros

ferromagnéticos por electrónicos com redução noturna de fluxo luminoso pré-prolongado, esta

medida apresenta um investimento de baixo custo com um payback time relativamente baixo, cerca

de 2 anos. No entanto, esta solução não apresenta grande flexibilidade pois impede o controlo remoto

do fluxo luminoso noturno, ou seja, uma alteração tanto dos horários como da intensidade obrigaria a

uma intervenção na própria armadura do candeeiro.

Quanto aos balastros de controlo ponto a ponto (nas restantes 625 lâmpadas) estas já

possuem um controlo remoto de redução de fluxo luminoso. Aqui o investimento é um pouco superior

relativamente à medida anterior, com um payback também superior, cerca de 4 anos. Esta medida

tem uma maior versatilidade, sendo a grande vantagem a possibilidade de controlar a redução do

fluxo luminoso noturno tanto em horário como em intensidade, como também obter informação do

funcionamento das lâmpadas em causa (Lisboa E-Nova 2013d).

Outra medida aplicada na cidade de Lisboa foi a “Iluminação Eficiente de Monumentos” onde

se reduziu o horário da iluminação dos Monumentos até 1 hora por dia, com esta medida regista-se

14

uma poupança de 18% do consumo de 1,6 GWh por ano que os Monumentos gastam em iluminação,

ou seja, uma poupança na factura energética na ordem dos 28.000 Euros(Lisboa E-Nova 2013d).

Na figura em baixo estão representados todos os valores de poupança, tanto energéticos

como os da fatura, das medidas da Lisboa E-Nova (LEN) para a iluminação pública nos semáforos,

balastros e na poupança da iluminação em monumentos. De referir que nos semáforos faltam ainda

mudar 2500 ópticas. (Lisboa E-Nova 2013d)

Figura 4 – Gráfico dos valores de poupança energética das medidas para iluminação pública.

Na tabela em baixo (Tabela 7) são apresentados os objetivos propostos pela LEN para a

cidade de Lisboa no que diz respeito à iluminação pública e semáforos e tem como impacto a

redução do consumo de energia na iluminação pública de 50% e nos semáforos na ordem dos 80%.

Tabela 7 – Objetivos proposto pela LEN na I.P. e Semáforos

1300 MWh

791 MWh

300 MWh

-

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

Po

up

an

ça n

a f

atu

ra e

nerg

éti

ca (€)

Poupança energética (MWh)

Poupança de energia e na fatura energética

Semaforos*

Balastros

Monumentos

Ações Redução de

energia (GWh/ano)

Redução na fatura energética (M€/ano)

Investimento (M€)

Iluminação Pública

31 4,1 41

Semáforos 6,3 1,1 2,2

Total 37,3 5,2 43,2

15

2.2.2. Edifícios e Energia Renovável

Na cidade de Lisboa, a Agência Municipal de Energia e Ambiente (Lisboa E-Nova) é das

principais entidades no que trata a implementação de ações para a melhoria da eficiência energética.

Os edifícios e instalações públicas em Lisboa consomem cerca de 119 GWh/ano o que corresponde

a uma despesa na fatura energética de 18 milhões de euros por ano (Lisboa E-Nova 2014b).

Nos edifícios uma das ações realizadas para a melhoria da eficiência energética foi a

colocação de gestores remotos que analisam o consumo elétrico de 15 em 15 minutos no período de

3 anos. São efectuadas visitas técnicas para a identificação de oportunidades de melhoria na

eficiência energética, com esta medida pode alcançar-se poupanças energéticas na ordem dos 1,5

GWh/ano (Lisboa E-Nova 2014a).

Algumas das ações propostas para os edifícios públicos passa por:

Aumento da eficiência de equipamento (ar condicionado, iluminação, etc…)

Alteração comportamental nos serviços

Renovável para autoconsumo (instalação de capacidade de produção)

2.2.2.1. Recurso Solar

Atualmente, a energia solar é considerada a fonte de energia renovável mais apropriada para

abastecimento, existindo um enorme apelo ao uso da radiação solar, tanto a nível de engenharia

como de arquitetura. O solar térmico pode desempenhar um papel chave na redução das emissões

de CO2 e também na melhoria da qualidade de vida de uma comunidade. Mais de metade da energia

consumida na Europa é utilizada na transferência de calor para os edifícios e aplicações

industriais(Pauschinger 2009). Os coletores solares térmicos convertem a radiação solar em energia

térmica (Hasan & Sumathy 2010) e esta tecnologia traz reduções significativas de emissões de CO2,

pois a energia primária utilizada é a radiação solar. Estes coletores aquecem e bombeiam um líquido

ou gás, ou permitem que este possam fluir por convecção térmica à volta de um circuito e podem

tanto ser utilizados no sector comercial como residencial, para o aquecimento de águas, aquecimento

de espaços ou processos de aquecimento industrial. (European Comission 2010).

Quanto às células fotovoltaicas estas são usadas na conversão direta de radiação solar em

energia elétrica, requerem pouca manutenção e uma grande vantagem desta tecnologia é o facto de

conseguir-se obter sistemas que podem fornecer outputs de mircrowatts a megawatts,

consequentemente podem ser utilizados como fonte de energia, bombeamento de água, sistemas

solares domésticos, comunicações, satélites ou mesmo a grande escala, uma central. (Parida et al.

2011). As células fotovoltaicas disponíveis atualmente vão desde tecnologias que incluem wafer-

based silicon a uma variedade de tecnologias thin film. (Bagnall & Boreland 2008).

A principal diferença entre sistemas solares térmicos e fotovoltaicos consiste no facto que o

solar térmico produz calor e o fotovoltaico eletricidade.

16

Para a implementação de um painel solar há que ter em conta que a sua localização irá

influenciar a quantidade de energia que este produz, sendo que o tempo de vida útil destes coletores

solares são em média de 30 anos(Gaiddon et al. 2009). O desempenho de um painel é descrito pela

quantidade de luz solar que este recebe e transforma em calor útil, pode ser calculado quando são

conhecidos os inputs e outputs da temperatura média (Tmédia), temperatura ambiente (Tambiente) e a

radiação solar (I) pela seguinte equação (1):

( )

(European Comission 2010) (1)

Em que os coeficientes a0 e at dependem da própria construção do painel e são determinados

pelos laboratórios autorizados.

2.2.2.2. Painéis solares em Lisboa

Na cidade de Lisboa a Lisboa E-Nova utilizou a metodologia da Figura 5 para a seleção dos

edifícios para a possível produção de energia renovável para autoconsumo.

Figura 5 – Metodologia da Lisboa E-Nova (Lisboa E-Nova 2014a)

Com o auxílio da carta do potencial solar (Figura 6) foram identificados os edifícios que

apresentavam um elevado potencial solar numa área coberta superior a 2000 m2 e de seguida foi

feita a caraterização do material das coberturas selecionadas, titularidade dos edifícios e validação da

área disponível. Com os gestores remotos retirou-se o perfil de consumo elétrico por edifício sendo

assim possível identificar os momentos onde a energia é consumida e posteriormente associar ao

nível de radiação média diária.

Carta de Potencial

Solar

Seleção de Edifícios

Perfil de consumo

elétrico por edifício

Avaliação Técnico-

Económica

Proposta de Ação

17

Figura 6 – Carta do Potencial solar de Lisboa <fonte: http://lisboaenova.org/cartasolarlisboa>

18

Para a avaliação técnico-económica foi efectuado primeiro o cálculo energético,

dimensionamento da área dos módulos fotovoltaicos tendo como base o perfil retirado com o auxílio

dos gestores remotos. Como investimento a Lisboa E-Nova teve apoios do Portugal 2020 e como

receitas líquidas a valorização da energia gerada pelo sistema fotovoltaico (autoconsumida e

exportada).

2.2.2.3. Sistemas Solares Térmicos

A nível nacional a legislação em vigor até 2013, a qual foi usada para a implementação da

maioria das medidas referenciadas no presente capítulo, referente ao uso de solar térmico, foi o

RCCTE (Regulamento das Características de comportamento térmico dos Edifícios). Este obrigava à

instalação de coletores solares térmicos para produção de Águas Quentes Sanitárias (AQS) nos

novos edifícios e nas reabilitações abrangidas por este RCCTE. Este tema foi ainda abordado no

Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE) no sector Residencial e Serviços

através da iniciativa “Programa Solar Térmico 2009”, onde se criou um quadro de incentivos

associados à aquisição de equipamentos para aquecimento e AQS para o segmento residencial.

Neste Plano foram ainda abordadas as poupanças alcançadas, sendo que a energia poupada em

tonelada equivalente de petróleo (tep) foi de 16.303.(XIX Governo Constitucional 2013)

A nova legislação entrou em vigor no ano de 2013 no dia 1 de Dezembro, decreto-lei (DL)

118/2013 de 20 de Agosto, aborda a revisão do Sistema de Certificação Nacional (SCE),

Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH) e o Regulamento de

Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS). Este documento tem a

peculiaridade de agregar num só diploma os 3 regulamento acima referidos e o facto de que os

edifícios de habitação e os de serviços e comércios estão separados. Como na legislação anterior, as

medidas referentes ao comportamento térmico do edifício, deverão ser aplicadas de modo diferente a

edifícios novos, a grandes remodelações e a edifícios existentes. Este novo DL substitui assim os

anteriores Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios,

Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios e Regulamento das

Características de Comportamento Térmico dos Edifícios.

Os sistemas solares térmicos podem ser aplicados com um termossifão ou por circulação

forçada, no primeiro caso o reservatório de água quente está acoplado ao coletor enquanto nos de

circulação forçada o reservatório está localizado no interior do edifício (ou zona adjacente e não na

cobertura). Quanto à concepção estes sistemas podem ser centralizados ou individuais, em

reabilitação os sistemas individuais são os mais viáveis em termos técnicos e económicos. (União

Europeia, 2013)

Na cidade de Lisboa a Agência E-Nova (LEN) foi responsável por projetos como a

Reabilitação Sustentável para Lisboa, que teve como objetivo promover o alargamento da prática de

reabilitação sustentável, e em que aplicaram também medidas no âmbito de coletores solares. A

utilização de coletores solares térmicos nos 4 edifícios em estudo (Edifício de uma escola pública,

Edifício de construção entre 1946 e 1990, outro de 1920 e 1945 e de 1990 e 2007) teve como objetivo

19

a produção de águas quentes sanitárias de acordo com as necessidades de águas quentes do

edifício.(Lisboa E-Nova 2010)

Com o intuito de candidatar as piscinas municipais (do Oriente, Rego, Restelo, Vale Fundão e

Alvito) ao Programa “Greenbuilding”, a Lisboa-e-Nova em conjunto com a Direção Geral de Geologia

e Energia (DGEE/ADENE) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), considerou logo na fase de

concepção e projeto medidas de eficiência energética e de utilização de energias renováveis para

estas infraestruturas. Uma dessas medidas, que ia também de encontro com o cumprimento dos

respectivos Regulamentos Térmicos (RCCTE), foi a incorporação de 112 coletores solares térmicos,

em cada infraestrutura, de modo a garantir 2/3 das necessidades de águas quentes. O investimento

total da inclusão de coletores solares térmicos nas piscinas municipais foi de 704.120 €, com o qual

se projetou uma poupança anual de 66.372 € em Gás Natural e com subsequente redução de 410

toneladas de emissões de CO2, com um período de retorno do investimento de 10, 11 anos.(Lisboa

e-nova 2006). No mesmo âmbito foram selecionadas as instalações, da Escola Básica do 1º Ciclo

Luiza Neto Jorge e o Jardim de Infância associado (Figura 7 e 6), onde se instalou um sistema solar

térmico constituído por 3 coletores CPC (Coletor Parabólico Concentrado Composto), com uma

produtividade de 542 kWh/m2.painel, evitando 657 Kg CO2eq./ano de emissões e 3,10 MWh/ano de

combustível fóssil não consumido (equivalente a 300m3 de Gás Natural).(Vieira et al. 2010)

Figura 7 e 8 – Escola Luiza Neto Jorge, painéis à esquerda, colector à direita

Fonte: <http://futurcompet.aeportugal.pt/Documentation/EnergiasRenovaveis.pdf>

Entre 2008 e 2010 decorreu o projeto ProSTO (Solar Thermal Obligations) com o intuito de

desenvolver melhores práticas na adopção de obrigações de utilização de sistemas solares térmicos

sendo estas práticas mecanismos legais que obrigam os proprietários dos edifícios a instalar

sistemas solares térmicos em edifícios novos ou naqueles que tenham sofrido grandes

remodelações. Na cidade de Lisboa a realização deste projeto teve como meta identificar os

obstáculos à implementação da obrigação de utilização de sistemas solares térmicos já existentes no

país que estava ao abrigo dos regulamentos RSECE e RCCTE.(Lisboa E-Nova 2013b)

Em Lisboa umas das ações concretizadas foi a promoção da integração destes sistemas ao

nível do edifício, o que resultou na integração de critérios adicionais para a adopção destes sistemas

no Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa (RMUEL), nomeadamente a

obrigatoriedade de apresentar no projeto e arquitetura os elementos que constituem o sistema solar

20

térmico, bem como a de integração dos coletores na cobertura e ocultação do depósito de

armazenamento de água quente. Adicionalmente analisou-se o caso da Baixa Pombalina de Lisboa

de onde resultou a Carta de Potencial Solar de Integração de Sistemas Solares na Baixa, uma carta

informativa que detalha (Figura 9), para cada cobertura, a orientação e área disponível para a

integração de sistemas solares. (Lisboa E-Nova 2013b)

Figura 9 – Carta do Potencial de Integração de Sistemas Solares na Baixa Pombalina de Lisboa (fonte: E-Nova)

Outro projeto implementado na cidade de Lisboa foi o POLIS (Identification and Mobilization

of Solar Potentials Via Local Strategies) tendo sido desenvolvido no âmbito do Programa Energia

Inteligente Europa e cofinanciado pela Comissão Europeia. Este projeto teve como objetivo promover

a dimensão do planeamento urbano solar através do estudo do potencial de integração/adoção de

tecnologias solares na Europa. Daqui surgiu a Carta do Potencial Solar do Concelho de Lisboa que

permite identificar o potencial solar para todos os seus edifícios. (Lisboa E-Nova 2013c). Ainda no

âmbito do Programa Energia Inteligente Europa está em desenvolvimento o projeto Urban Sol Plus

que tem como objetivo promover a adopção de sistemas solares térmicos em edifícios multi-

residenciais existentes e edifícios classificados como património histórico, onde vários municípios

Europeus irão partilhar experiências, analisar casos de sucesso e desenvolver planos de adaptação

com vista à promoção da instalação destes sistemas. Na cidade de Lisboa a ação passará pela

promoção destes sistemas em edifícios multifamiliares procurando auxiliar os condomínios a

encontrar as melhores soluções.

2.2.2.4. Sistemas Solares Fotovoltaicos

Quanto a aplicação da tecnologia solar fotovoltaica, algumas das medidas que foram

aplicadas na cidade de Lisboa, são complementos das anteriormente descritas no capítulo dos

solares térmicos, como é o exemplo da Escola Luiza Neto Jorge, onde para além da instalação dos

coletores solares térmicos, foi também instalado um sistema fotovoltaico constituído por 20 painéis de

silício policristalino, orientados a Sul, com uma inclinação entre os 25º e os 30º, integrado na

cobertura, que assegura a transformação de eletricidade produzida de corrente contínua para

21

corrente alterna e também a ligação à rede. A este projeto está associado uma produtividade de 180

kWh/m2.painel, evitando 1945 kg CO2 eq./ano de emissões e 4,3 MWh/ano de combustível Fóssil

não consumido. O custo de ambas as instalações (solar térmico e fotovoltaico) foi de 22.000€. (Vieira

et al. 2010)

Um dos melhores exemplos da aplicação da tecnologia solar fotovoltaico e também térmica,

foi no edifício Solar XXI, onde foi projetado um sistema solar fotovoltaico que cobre uma superfície

total de cerca de 100 m2. A totalidade destes painéis permite o fornecimento direto de energia elétrica

ao edifício de 12 kWp, capazes de produzir 12000 kWh/ano para as condições específicas de

integração vertical na fachada e para o clima de Lisboa (Lisboa E-Nova 2010).

No projeto, Reabilitação Sustentável para Lisboa, referido no capítulo anterior, também se

teve em conta as tecnologias solares fotovoltaico. A grande mais-valia destes painéis é o seu elevado

potencial de integração arquitectónica em edifícios, podendo ser utilizados como materiais de

construção. Está em vigor, no âmbito da medida relativa à micro produção elétrica definida do

PNAEE, o enquadramento da microgeração ao abrigo do qual é possível viabilizar a instalação de

sistemas fotovoltaicos para venda da eletricidade à rede elétrica nacional. (Lisboa E-Nova 2010)

O projeto Microgeração nos Bairros Municipais de Lisboa, iniciado em 2009, tem como

objetivo licenciar 165 MW em regime de microprodução através de fontes renováveis até ao ano

2015, já em ativo encontram-se 23 sistemas fotovoltaicos. Este projeto obteve um investimento de

560.000 € com um período de retorno estimado de 8 anos, e traz ainda benefícios ambientais como a

produção média estimada de energia ano, por instalação, de 5110 kWh/ano e evita uma emissão

anual total de cerca de 46 ton. CO2/ano. (Gebalis 2007) No último comunicado de progresso da

Gebalis, consta que a potência disponibilizada na rede, no ano de 2012, foi de 115.800 kW e que

evitou cerca de 15,5 ton. CO2.(Gebalis 2013). A Figura 10 possui os valores de alguns investimentos

efetuados nas medidas aqui referenciadas.

Figura 10 – Alguns dos investimento efectuados em painéis solares (térmico e fotovoltaico).

704.120

560.000

7.000

22.000

-

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

Térmico Fotovoltaico

Investimento em paineis solares (€)

Microprodução emEscolas - JI Luiza NetoJorge

Escolas - JI Luiza NetoJorge

Microgeração BairrosMunicipais (Gebalis)

Piscinas Municipais deLisboa

22

Tendo em conta ainda o estudo da carta do potencial solar de Lisboa (Figura 6) referido no

capítulo 2.3.2.2, onde foram analisados cerca de 477 edifícios, surgiram outras ações já realizadas de

onde resultou um investimento na ordem dos 7,7 milhões de euros com uma área de módulos

fotovoltaicos igual a 34.948 m2 o que corresponde a uma potência de 5.114 kWp (atualmente 859

kW), com um autoconsumo de 5.685.525 kWh/ano e uma receita anual líquida nos primeiros 10 anos

de 233 mil € (Lisboa E-Nova 2014a).

Dois exemplos de implementação da tecnologia fotovoltaica foi no Campo Grande e nas

Oficinas (Avenida Infante Dom Henrique), onde valores como o investimento, receita e área dos

módulos fotovoltaicos se encontram na tabela em baixo (Tabela 8).

Tabela 8 – Produção de renovável, solar fotovoltaico (Lisboa E-Nova 2014a)

Local Investimento

(€)

Receita anual líquida (primeiros

10 anos €)

Receita anual líquida (final dos

10 anos €)

Área estimada dos módulos

(m2)

Campo Grande 374.000 6.163 43.563 1.700

Oficinas 456.500 6.823 50.663 2.075

2.2.3. Sistemas Integrados de Gestão

Têm sido estabelecidas parcerias entre cidades que promovem a implementação de sistemas

integrados de gestão. Exemplo desta promoção é a rede "Smart Cities Portugal" que consiste no

desenvolvimento e produção de soluções urbanas inovadoras, de forma integrada, com vista à

estruturação da oferta e sua valorização nos mercados internacionais (Inteli 2013). A nível Europeu

existe também as “EuropeanSmartCities”, iniciativa similar à portuguesa, onde várias cidades fazem

parte de uma rede, partilhando informação no âmbito de inovação e desenvolvimento urbano (TU

Wien 2014).

Em Lisboa o projeto BESOS, que promove a sustentabilidade e eficiência energética, está

incluído no sétimo Programa – Quadro da União Europeia (U.E.) na área de optimização de sistemas

energéticos em cidades inteligentes (ICT – 2013.6.4). Este projeto possui como objetivo principal a

redução gradual da pegada de carbono da U.E. através do desenvolvimento e implementação de

novas tecnologias, promovendo uma economia energeticamente mais eficiente e sustentável. O

BESOS tem como estratégia estabelecer uma plataforma de apoio à decisão para fornecer uma

gestão coordenada das infraestruturas públicas em cidades inteligentes, disponibilizando informação

sobre os serviços de energia ao cidadão e onde os stakeholders (proprietários e/ou gestores locais de

energia) poderão trocar informação e dados. Os alvos principais serão então os proprietários e/ou

gestores locais de energia e os seus operadores, Empresas de Serviços de Energia (ESE) e

comercializador de energia. Os proprietários e gestores terão uma matriz de avaliação para levar a

cabo as auditorias dos níveis de serviço acordado com as ESEs ou comercializador de energia com

base em indicadores de performance. O operador poderá monitorizar e atuar na infraestrutura e

estabelecer estratégias coordenadas de eficiência energética (European Comission 2014b). Esta

troca de informação será efectuada na plataforma de apoio à decisão (Open Trustworthy Energy

23

Service Platform) e onde todas as entidades e diferentes stakeholders poderão aceder. Estes

sistemas de informação e fluxo de dados serão construídos ao longo de 3 anos com base em

sistemas de telecontagem e plataformas de comunicação.

Esta iniciativa teve como cidades teste selecionadas Lisboa e Barcelona, estando em linha

com a nova Diretiva Europeia para a Eficiência Energética (2012/27/EU), com a área

“Comportamentos” do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE 2016) e foram

também selecionadas estas cidades devido ao seu compromisso de sustentabilidade, eficiência e

respeito pelo ambiente, patente no pacto de autarcas (Lisboa E-Nova 2013a).

As Infraestruturas já disponíveis na cidade de Lisboa e submetidas aos testes são:

250 Medidores inteligentes em edifícios residenciais e 14 edifícios de serviços com

sistemas de medidores inteligentes, em que os dados são obtidos em tempo real (15

minutos) e 40 edifícios com 2 dias de atraso na informação;

64000 Luminárias com consumo de 60 GWh/ano; 625 balastros electrónicos com

uma rede de gestão central para a intensidade do fluxo de luminosidade e regulação

de energia e monitorização; 9900 semáforos com consumos de 9 GWh/ano;

514 Pontos de carregamento de carros elétricos; interconexão com o sistema de

transportes públicos e no futuro uma conexão “smart grid” com fluxo de energia

bidirecional;

30 Escolas com painéis fotovoltaicos de 52 MWh de produção; 24 sistemas em

edifícios sociais com 5110 kWh;

Já em Barcelona as infraestruturas são comuns às de Lisboa, medidores inteligentes, pontos

de carregamento de carros elétricos, microgeração e renováveis, cogeração mas também distribuição

de aquecimento através de uma rede de controlo centralizada de clima que opera utilizando o calor

residual da recuperação de energia dos resíduos. Toda esta informação recolhida destas

infraestruturas será utilizada então para a plataforma de BESOS (Figura 11).

Figura 11 – Esquema da plataforma BESOS (fonte:http://besos-project.eu/)

24

2.2.4. Coberturas e Fachadas Verdes

Existem vários benefícios na utilização de telhados verdes, tanto no melhoramento da

eficiência energética no edifício, como também benefícios ambientais e operacionais, como a

capacidade de reter, filtrar e armazenar a água da chuva e reintroduzi-la no ciclo natural da água

(podendo reduzir desperdícios de água da chuva até 90%), controlo de poluentes e poeiras da

atmosfera e também redução da poluição sonora, melhoria do microclima (ao nível de cidades estes

sistemas possibilitam a diminuição do efeito de ilha de calor), e aumenta as zonas de biodiversidade

numa cidade, pois oferece a criação de novos habitats naturais. (Jaffal et al. 2012) Ao nível do

proprietário os telhados verdes oferecem ainda vantagens no isolamento acústico (isoladores

naturais) e no isolamento térmico (atenuam extremos de temperaturas e melhoram

consequentemente o desempenho energético dos edifícios).(Castleton et al. 2010)

Devido à diminuição de temperatura, durante o verão, nos telhados verdes, estes sistemas

podem ainda ser utilizados como local de arrefecimento para os fluídos (antes de estes retornarem ao

refrigerador), aumentando assim a eficiência dos sistemas AVAC (aquecimento, ventilação e ar

condicionado). (Jaffal et al. 2012)

Os telhados verdes podem ser classificados como extensivos ou intensivos consoante o seu

objetivo e características, sendo que os extensivos possuem uma camada fina de solo e são

projetados de maneira a necessitarem de pouca manutenção, os intensivos requerem maior

quantidade de espessura do solo e manutenção constante, de forma a permitir plantas com raízes

mais profundas. São construídos com diferentes tipos de camadas e grossuras variáveis dependendo

do tipo de telhado e/ou condições climatéricas. As camadas mais usadas nos sistemas de telhados

verdes são, de baixo para cima, uma de impermeabilização, uma barreira de raízes, drenagem, filtro,

um meio de cultura, e a camada de vegetação.(Bianchini & Hewage 2012)

A presença de telhados verdes protege o telhado do edifício de extremos de temperatura,

devido ao facto de estas coberturas proporcionarem condições como, sombra solar,

evapotranspiração e resistência térmica. (Jaffal et al. 2012)

A maior desvantagem deste tipo de sistemas é o facto de possuírem grandes custos de

material e de mão-de-obra, para além de adicionarem peso extra ao edifício, requerendo

modificações à estrutura, como colunas, vigas e lajes, o que resulta em custos adicionais à sua

implementação. (Bianchini & Hewage 2012) Os telhados verdes são eficientes quando instalados em

edifícios com fraco isolamento ou isolamento moderado. A sua instalação em edifícios já bem

isolados não provoca qualquer tipo de contribuição a nível térmico, o que torna o seu uso mais

vantajoso termicamente para remodelações, onde os telhados possuem maior transmitância térmica,

do que para a construção de edifícios novos. (D’Orazio et al. 2012)

Existem mais vantagens do que desvantagens em utilizar telhados verdes para a redução de

poluição do ar, no entanto o processo de produção das suas camadas, que são constituídas por

polipropileno e polietileno, libertam grande quantidade de substâncias tóxicas.

25

A longo prazo os telhados verdes conseguem equilibrar a poluição libertada no processo de

produção dos polímeros, contudo é essencial explorar outros tipos de materiais que possam substituir

o uso destes polímeros para que a sustentabilidade dos telhados verdes possa aumentar, o uso de

materiais reciclados seria um bom exemplo de alternativa. (Bianchini & Hewage 2012)

A nível nacional, os exemplos de instalação de telhados verdes, possuem como principal

objetivo o incremento estético na zona onde são inseridos, como é exemplo a Fundação Calouste

Gulbenkian, e da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara, onde a cobertura verde

foi inserida no meio Ambiente como uma continuidade da paisagem de Monsanto, outro exemplo é o

do edifício da Portugal Telecom em Picoas, Lisboa (Figura 12, 11 e Figura 14).

Figura 12 e 13 – Terraço do jardim Calouste Gulbenkian à esquerda. Fonte: <http://www.gulbenkian.pt/>; Vista da ETAR de Alcântara à direita. Fonte: <http://www.adp.pt/>

Figura 14 – Vista aérea do edifício da PT em Picoas.(Costa 2010)

A escolha de green roof está muito dependente do clima onde este se insere (Jaffal et al.

2012), sendo que há mais exemplos de instalações de green roof no norte da Europa e na América

do Norte, para os climas do sul da Europa estudos como (Van Mechelen et al. 2014; D’Orazio et al.

2012) mostram que com o tipo adequado de plantas também se pode obter bons desempenhos de

green roofs em climas temperados.

26

2.3. Medidas de eficiência energética – outros casos

2.3.1. Sistemas de Armazenamento de Energia

Com a situação atual do País, onde a potência elétrica gerada via energia eólica é superior

àquela necessária, será pertinente uma análise de métodos de armazenamento de energia para que

essa energia possa ter uma finalidade o mais segura possível.

A energia contínua a ser o elemento chave para o desenvolvimento em todo o mundo. Devido

à volatilidade do preço do petróleo, o esgotamento dos combustíveis fósseis, aquecimento global e

poluição local, tensões geopolíticas e o aumento na procura de energia, as energias alternativas,

renováveis e o uso eficaz de combustíveis fósseis tornaram-se muito mais importantes agora do que

em qualquer outra altura na história(Kousksou et al. 2013).

Contudo, o uso de energias renováveis possui algumas preocupações, pois estas por vezes

são intermitentes na sua produção de energia e também possuem elevados custos de

implementação(Schock et al. 2007).

Energias renováveis como o exemplo do vento e solar, não conseguem produzir energia de

uma forma contínua, pois a sua fonte de energia pode variar com as estações do ano, ou mesmo

variar à hora, diariamente ou mensalmente(Schock et al. 2007). Para estas tecnologias atingirem uma

maturidade comercial é necessário que ocorram extensas investigações públicas e privadas e

grandes esforços para o seu desenvolvimento. Para que as fontes de energias renováveis sejam

completamente fiáveis como fontes de energia primária para energia, os sistemas de armazenamento

de energia são um fator crucial(Kousksou et al. 2013).

Os sistemas de armazenamento de energia permitem atender a curto prazo, flutuações

aleatórias da procura e assim evitar a necessidade de regulação da frequência pela central principal,

assistir os picos da procura-oferta de energia diários, armazenar o excesso de eletricidade produzida

durante a noite e assim responder ao aumento da procura durante o dia e obviamente armazenar a

energia elétrica gerada pelas renováveis de modo a igualar as variações da oferta com as da

procura(Kousksou et al. 2013). Para além destas características os sistemas de armazenamento de

energia possuem benefícios como a redução dos combustíveis primários usados para conservação

de energia, possibilitam segurança na oferta de energia e a diminuição dos impactos ambientais. Em

geral os sistemas de armazenamento energético podem ser classificados como elétricos ou térmicos.

Os sistemas de armazenamento de energia elétrica incluem grande variedade tecnológica que pode

direta ou indiretamente armazenar energia elétrica através de um input e output elétricos. As

principais tecnologias deste tipo de armazenamento são: sistemas eletroquímicos (baterias); sistemas

de armazenamento de energia cinética (flywheels); armazenamento de energia potencial na forma de

bombagem hidráulica ou ar comprimido. Já o armazenamento de energia térmica usa reações

termoquímicas, capacidade dos materiais para fornecer uma fonte de aquecimento ou arrefecimento

através do calor latente ou sensível. (Kousksou et al. 2013)

27

2.3.1.1. Armazenamento de energia térmica

O armazenamento de energia térmica (AET) é tido em conta, usualmente como um meio de

integração das energias renováveis no mix de produção elétrica do lado da geração, no entanto é

possível também aplicá-lo do lado da procura. AET é uma tecnologia que garante segurança

energética, eficiência e qualidade ambiental. O AET pode ser definido como o armazenamento

temporário de energia térmica a altas ou baixas temperaturas. Estes sistemas têm a capacidade de

aumentar a eficiência dos equipamentos que usam energia térmica, e são úteis para corrigir as

desigualdades entre a procura e oferta de energia. Esta tecnologia possui grande interesse e

importância para ser utilizada com as tecnologias solar térmica, como aquecimento, águas quentes,

arrefecimento, ar condicionados, devido à sua natureza intermitente. Nestes casos em concreto, os

sistemas AET necessitam de reter a energia absorvida durante alguns dias para que nos dias

nublados se consiga fornecer a energia que é necessária(Kousksou et al. 2013). Este tipo de

tecnologia pode então de uma maneira prática armazenar energia sob a forma de água arrefecida (no

estado líquido ou sólido) durante a noite, aproveitando baixos custos de eletricidade, usando a

energia acumulado no período diurno para alimentar sistemas de arrefecimento e/ou ar

condicionados(Schock et al. 2007).

Na Suécia, Borås (Figura 15), foi instalada uma célula de armazenamento (reservatório de

37000 m3), com o objetivo de desagregar a oferta da procura, de energia, e aumentar assim a

eficiência energética. O sistema de aquecimento está otimizado para armazenar a energia produzida

em forma de água quente quando a oferta excede a procura. Quando a procura é alta (picos de

consumo) a água quente é enviada para a rede de aquecimento do distrito.(Sustainia 2013) Para

Lisboa não se encontrou exemplos deste tipo de armazenamento com esta dimensão.

Figura 15 – Célula de Armazenamento em Borås, Suécia. Fonte: <http://www.dalkia.com/en/solutions/case-studies/boras.htm>

28

2.3.1.2. Armazenamento de energia elétrica

Já o armazenamento de energia elétrica é a capacidade de armazenar energia para produzir

eletricidade e mais tarde libertar para ser utilizada em períodos em que o uso ou os custos são mais

benéficos. Este tipo de sistemas inclui todas as tecnologias onde a interface externa é elétrica.

Energia elétrica pode ser armazenada direta ou indiretamente por diferentes métodos:

mecanicamente como bombear água ou comprimir ar ou aumentar a velocidade rotacional de

flywheels eletromagnéticos; quimicamente pela produção ou conversão de componentes em sistemas

químicos como baterias; e por modificação de campos elétricos ou magnéticos(Kousksou et al. 2013).

Uma das técnicas já usadas em Portugal são as centrais hidroelétricas com bombagem, onde

se armazena e produz eletricidade. A eletricidade é gerada quando a água flui do reservatório, a uma

cota mais elevada, para o reservatório (ou leito do rio) situado a uma cota mais baixa ativando as

turbinas, e a energia (potencial) é armazenada quando a água é bombeada de jusante para montante

do fluxo do rio (Figura 16).

Figura 16 – Sistema de armazenamento com bombagem. (Gao et al. 2014)

Os sistemas de ar comprimido são tecnologicamente mais complexos e apresentam

capacidade de armazenamento inferior ao da bombagem hidroelétrica. A energia elétrica em excesso

das renováveis, ou a de períodos de baixo custo, é utilizada para injetar ar no reservatório, e quando

é necessário gerar eletricidade o ar é libertado e atua como força motriz nas turbinas (Gao et al.

2014).

Esta tecnologia recorre a grandes volumes de armazenamento de ar a alta pressão,

normalmente são considerados 3 tipos: aquíferos naturais; minas abandonadas; e reservatórios

formados mecanicamente. Destes, o mais eficaz economicamente é o aquífero. O processo o

armazenamento de energia por ar comprimido envolve grandes variações de temperatura dos gases

em compressão ou em expansão. Para aumentar o rendimento destes processos é necessário

explorar processos de compressão e expansão adiabáticos, mais lentos e que não requerem calor,

bem como a associação de gás natural no processo. Atualmente apenas existem duas unidades de

ar comprimido, uma na Alemanha (290MW) e outra no Alabama, EUA (110MW) (Kousksou et al.

2013).

Os flywheels (Figura 17) usam a energia cinética de um sistema em movimento rotativo para

armazenar energia e mais tarde libertar quando requerido. Um flywheel é acoplado a um sistema

29

motor/gerador que transmite energia ao volante e consequentemente acelera-o, o processo quando

invertido, é o gerador que aproveita a energia do volante. A energia cinética armazenada no flywheel

é proporcional à massa e ao quadrado da sua velocidade de rotação.

A grande maioria da tecnologia hoje em dia funciona a velocidades de rotação muito

superiores às dos flywheel (Figura 17), normalmente recorre-se ao vácuo para minimizar as perdas,

conseguindo assim operar a 50000 rpm. Novos designs recorrem à levitação magnética para otimizar

ainda mais a sua eficiência(Schock et al. 2007). As desvantagens desta tecnologia são o facto de

possuir pouca densidade energética e grandes perdas em repouso. Apresentam ainda taxas de auto-

descarga de 20% da sua capacidade armazenada por hora, esta é a principal razão pela qual estes

sistemas não são viáveis energeticamente a longo prazo. Estes sistemas podem ser utilizados para

fornecer energia quando há insuficiência da mesma, para armazenar energia em excesso e caso

ocorra alguma falha na rede elétrica. Embora a sua utilização seja investigada para uso em veículos

elétricos, as suas utilizações atualmente são quase exclusivamente estacionárias(Kousksou et al.

2013).

Figura 17 – Sistema de armazenamento flywheel.(Kousksou et al. 2013)

As baterias são equipamentos eletroquímicos que têm a capacidade de fornecer, na forma de

energia elétrica, energia química gerada por reações eletroquímicas. Estas reações ocorrem no

interior de um pilha, entre dois eletrodos ligados a um eletrólito, quando uma carga está ligada ao

terminal de uma pilha. A reação envolve transferência de eletrões de um dos eletrodos para o outro,

através de um circuito elétrico exterior. Estas baterias armazenam carga em corrente contínua pelo

que é necessário munir o sistema com um alternador para integrá-las na rede elétrica (Kousksou et

al. 2013).

Uma bateria consiste de uma ou múltiplas pilhas, ligadas em série ou em paralelo ou ambas,

dependendo da voltagem desejada e capacidade. Contudo, baterias de armazenamento a grande

escala têm sido raras até recentemente, muito devido à baixa densidade energética, pouca

capacidade energética, elevados custos de manutenção, ciclos de vida curtos e uma capacidade de

descarga limitada. Baterias que estejam em uso e/ou possuem potencialidade para aplicações de

30

armazenamento de energia a larga escala são: baterias ácido-chumbo; baterias à base de níquel;

baterias sódio-enxofre; e baterias de iões de lítio.

As baterias ácido-chumbo são as mais baratas e comuns no mercado, equipam a maioria dos

automóveis convencionais. Contudo, estas podem ser associadas a grandes bancos de

armazenamento, como parte de sistemas de alimentação de emergência em cargas que não

permitem interrupção de alimentação. Estas baterias possuem uma eficiência de 75-85%, dissipando

15-25% da energia no processo de carga/descarga, bancos com capacidade na ordem de 10-20

MWh e potência de 2 a 4 MW podem apresentar indicadores económicos positivos, dependendo da

sua aplicação. A maior desvantagem deste tipo de baterias é o facto de ser necessário manutenção

periódica da água e a sua baixa energia específica (Schock et al. 2007).

As baterias de níquel mais utilizadas são: níquel-cadmio; níquel-metal híbrido; e níquel-zinco.

No entanto, as de níquel-cadmio contêm metais pesados tóxicos que podem ser prejudiciais para a

saúde humana. E quando às de níquel-metal híbrido, embora estas possuam uma energia específica

superior, quando comparadas às de ácido-chumbo, podem sofrer de auto-descargas, tornando-as

pouco eficientes a longo prazo (Schock et al. 2007) .

Nas baterias sódio-enxofre, o sódio fundido cede eletrões durante o processo de descarga ao

enxofre formando iões negativos (sulfuretos), uma reação que é reversível quando se aplica uma

corrente elétrica à bateria, na fase de carga. Comparadas a outras baterias, as de NaS são mais

atrativas do ponto de vista de densidade energética (4 vezes maior do que as de ácido-chumbo) e

possuem uma capacidade longa de ciclo (2500 ciclos sobre 90% de profundidade de descarga), o

que representa grande potencial de utilização em micro redes para regulação de potência.

Baterias de iões de lítio são usadas globalmente em pequenas aplicações, como baterias de

telemóveis ou aparelho electrónicos portáteis. Auto-descarga neste tipo de baterias é muito baixa,

atingindo valor máximos de 5% por mês, e uma vida útil superior a 1500 ciclos. Contudo, a vida útil

destas baterias está dependente da temperatura e pode assim encurtar devido a grandes descargas.

Estas baterias podem beneficiar no futuro com melhores elétrodos, coletores de correntes, e pelo

processamento, fabrico e técnicas de produção dos materiais (Gao et al. 2014).

O hidrogénio é um dos combustíveis mais eficientes, limpo e leve, contudo não é possível

encontrar no seu estado natural, sendo necessário produzir a partir de fontes de energia primária.

Espera-se que desempenhe um papel importante nos sistemas de energia no futuro. Como a

eletricidade, é necessário que seja transportado, no entanto hidrogénio tem uma vantagem adicional,

pois pode ser armazenado. As pilhas de combustível (hidrogénio) usam hidrogénio e oxigénio para

produzir eletricidade e água, e uma pilha de combustível reversível pode usar eletricidade para

transformar a água em hidrogénio e oxigénio. Estas pilhas de combustível apresentam grandes

vantagens, desde grande densidade energética, aplicabilidade a pequena e grande escala e o seu

uso simples. O seu tempo de vida útil é superior a 15 anos e os seus ciclos são cerca de 20000

cargas e descargas. Esta tecnologia tem grande potencial em sistemas isolados ou locais abundantes

em energias renováveis sem infraestrutura elétrica, nos quais a utilização e transporte de hidrogénio

31

se possam revelar viáveis. No entanto, uma das grandes desvantagens são os elevados custos desta

tecnologia (Thomas 2012)(Gao et al. 2014)(Kousksou et al. 2013).

As baterias de fluxo (Figura 18), conhecidas também como baterias de fluxo redox, são

carregadas e descarregadas por uma reação química (reversível) entre dois eletrólitos líquidos da

bateria. Ao contrário de baterias comuns, aqui os eletrólitos líquidos estão contidos em tanques

separados. Durante o processo estes eletrólitos são bombeados pelo reator eletroquímico, no qual

uma reação química redox ocorre e eletricidade é produzida. Devido a este armazenamento, em que

os eletrólitos estão fora do reator, as especificações desta bateria são flexíveis, a potência e a

energia do sistema pode ser especificados separadamente. As baterias de fluxo mais conhecidas são

as baterias redox de vanádio (BRV), são muito eficientes e respondem rapidamente à procura de

eletricidade.

Figura 18 – Esquema de um sistema de armazenamento de bateria de fluxo.(Kousksou et al. 2013)

32

33

3. Caso de estudo

3.1. Thin Client

Thin Client (TC) é uma tecnologia que apresenta um grande potencial no campo de redução

de consumos energéticos e uma maior eficiência energética. Cada vez é mais importante considerar

a eficiência energética na conceção de soluções de tecnologias da informação e comunicação (TIC).

Nas TIC a virtualização tem sido considerada como uma via para aumentar a eficiência energética.

Até agora as soluções para diminuição dos consumos centravam-se no decréscimo do desempenho

de dispositivos ou mesmo desligando-os por completo.

Cloud Computing (CC) baseia-se na ideia de poder usar variadas ferramentas através da

internet, evitando assim a instalação destas num computador (Vereecken et al. 2010), consistindo em

realocar a maior quantidade de operações de recursos intensivos possíveis, para um servidor remoto

(Vankeirsbilck et al. 2013). Ou seja, o software deixa de estar presente nas máquinas e passa a estar

em servidores. O acesso a estes recursos poderá ser feito em qualquer lugar e de qualquer

plataforma. A ideia de ter tudo instalado e armazenado num único computador difere num ambiente

corporativo, pois é mais fácil o uso de aplicações disponíveis em servidores remotos que possam ser

utilizadas por qualquer terminal com as devidas permissões (Hayes 2008).

CC é um modelo cada vez com maior adesão, que permite acesso permanente a uma rede

de partilha de recursos computacionais (por exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicações

e serviços) rapidamente disponíveis, com uma gestão e interação mínimas com o fornecedor do

serviço (Jula et al. 2014).

CC vem assim trazer um leque alargado de vantagens, visto que todas as tarefas

relacionadas com desenvolvimento, armazenamento, manutenção, atualização e backup ficam ao

encargo do fornecedor do serviço. Outra das características benéficas é a grande flexibilidade, pois

no caso de ser preciso mais capacidade de processamento, basta efetuar um upgrade, sem ser

necessário a troca de componentes físicas ou até equipamentos inteiros.

Os modelos que podem ser utilizados para implementação de CC são:

Software as a Service (SaaS)

Platform as a Service (PaaS)

Infrastructure as a Service (IaaS)

O SaaS é um sistema onde o software é oferecido como um serviço, em que o operador tem

acesso limitado e o fornecedor disponibiliza o serviço como por exemplo através da internet, sendo o

exemplo mais comum as aplicações de armazenamento. Por outro lado a PaaS permite a

implementação de aplicações sem o custo e a complexidade de gerir o hardware associado, sendo

uma forma de alugar esse mesmo hardware, sistemas operativos, armazenamento, etc. onde é

permitido desenvolver aplicações e software e ainda gerir as definições de configurações(Jula et al.

34

2014). Já a IaaS, que está na base destes tipos de CC, fornece uma infraestrutura informática,

geralmente através de virtualização, como um serviço (Mell & Grance 2011), ou seja, uma

organização faz outsourcing do equipamento, como por exemplo hardware e servidores (Techniques

2012), permitindo à empresa ter acesso direto ao data center e a todos os seus componentes mas

sem ter que investir na manutenção física e gestão do mesmo. Ao contrário da PaaS em que o

consumidor pode desenvolver software, como por exemplo criar Macros em Excel, mas sem modificar

as características do sistema operativo que alugou, a IaaS já permite a gestão de um data center por

completo.

A evolução das tecnologias, no âmbito da computação e da comunicação, fornece as

condições perfeitas para a utilização de CC, pois, hoje em dia, é possível obter uma ligação rápida à

internet com um baixo custo associado. O thin client pode ser usado em parceria com o CC, como

apresentado na Figura 19.

Figura 19 – Esquema de um TC (com nuvem) e de um DPC. (Vereecken et al. 2010)

O uso da tecnologia thin client traz como maior benefício o facto de se conseguir

supostamente reduzir o consumo energético e o consumo de material na área das TIC (Vankeirsbilck

et al. 2013). Esta área oferece oportunidades como a melhoria da eficiência em serviços públicos e

processos económicos, podendo ainda reduzir a pegada ecológica de companhias, como por

exemplo, evitando viagens de negócios ou mesmo a otimização da logística, contudo o uso de mais

TIC implica um aumento de consumos de eletricidade.

Os softwares e hardwares de DPC têm conhecido uma grande evolução nos últimos anos,

com ciclos de inovação muito curtos, resultando numa procura mais rápida pela próxima geração de

computadores, contudo retirar os antigos computadores para deposição (cenário de fim de vida)

contínua a ser um grande paradigma por resolver (Chang et al. 2010).

A tecnologia TC é equiparável aos sistemas clássicos de Desktop PC (DPC), em que a maior

diferença está no facto de num TC o operador apenas visualizar o conteúdo, sendo este calculado

num servidor externo (Calyam et al. 2011). Ambos os sistemas podem garantir os mesmos benefícios

ao operador e podem assim ser diretamente comparáveis.

35

Os thin clients podem reduzir os custos de hardware e software de uma empresa, pois não

necessitam de atualizações de hardware nem de instalações no local de software, pode vir a

funcionar o dobro do tempo de um sistema normal de DPC. Considerando os pontos anteriores

facilmente se conclui que esta tecnologia surge como uma opção viável na área das TIC para

melhoria da eficiência energética (Parichha & Gonsalves 2010).

Os sistemas de thin client que incluem um servidor que executa todas as aplicações

apresentam como maiores vantagens (Vankeirsbilck et al. 2012):

Prevenção de perda de dados;

Partilha de hardware por todos os operadores;

Partilha facilitada de todos os dados;

Acesso facilitado às aplicações;

Atualização de software simplificada;

Gestão de dados e todo o sistema simplificado.

Dependendo do utilizador e dos seus hábitos, tendo em conta todo o ciclo de vida do produto,

mais de 200 Kg CO2eq podem ser evitados mudando de um sistema DPC para um sistema de servidor

em combinação com TC, ainda mais de 80 Kg CO2eq poderão ser evitados só na fase de extração de

matéria-prima em comparação com um sistema de DPC. Além disso, importa salientar que mais de

70% das emissões de GEE, tanto no TC como no DPC se devem ao consumo de energia na fase de

utilização. Numa análise ciclo de vida (ACV) a um TC e um DPC num período de 5 anos (Figura 20)

chegou-se à conclusão de que um sistema TC evita efetivamente cerca de 65% de GEE, onde as

emissões totais de um DPC foram cerca de 412 Kg CO2eq e o TC 141 Kg CO2eq (Maga et al. 2012).

O TC oferece vantagens comparativamente ao DPC na área de segurança de dados (pois os

dados do operador não residem fisicamente no TC), na administração centralizada, manuseamento

simplificado, viabilidade e custos (Calyam et al. 2014).

Figura 20 – ACV a um DPC e TC num período de 5 anos (adaptado de (Maga et al. 2012))

-100

0

100

200

300

400

extração eprodução dos

materiais

manufacturação distribuição utilização fim de vida

Kg

CO

2eq

Fase do ciclo de vida

ACV a um DPC e TC

DPC

TC

36

A Fraunhofer, Alemanha na cidade de Oberhausen, fez uma análise de ciclo de vida a uma

tecnologia TC e a um de sistema de DPC (Figura 21), comparando no fim as emissões de GEE de

cada uma das tecnologias.

Figura 21 – Um Thin Client (esquerda) e um Desktop PC (direita) (Fraunhofer 2011)

Foram analisadas duas instalações com sistemas de TC, uma na própria Fraunhofer e outra

na “Carante Groep”, na Holanda. Ambos os sistemas de TC podem evitar cerca de 30 a 45% de

emissões de GEE em todo o ciclo de vida, incluindo nos cálculos o consumo do servidor necessário

para o uso de thin clients. A fase de utilização tem novamente grande importância, tanto num sistema

de TC como num sistema de DPC, onde pode contar com cerca de 61 a 77% total das emissões de

GEE durante todo o ciclo de vida do produto. Uma análise económica a todo o ciclo de vida de um

sistema thin client concluiu que se pode poupar cerca de 36% relativamente ao sistema de DPC,

considerando a fase de produção, operação e deposição (Fraunhofer 2011).

Na Universidade de Bradford, no Reino Unido, a tecnologia TC foi introduzida como uma

tecnologia amiga do ambiente, segura e uma alternativa sustentável ao tradicional sistema de DPC,

com o objetivo de substituir nas salas de aulas os antigos DPCs por clientes, ocupando menos

espaço e possuindo maior segurança e controlo de dados. Os clients instalados nesta universidade

têm uma vida expectável de 10 anos, enquanto um DPC tem de ser substituído normalmente de 4 em

4 anos. De referir que estes clients usam menos energia e produzem menos som do que um DPC

(Eyre 2009)

Outro caso onde foi implementada a tecnologia thin client em ambiente académico foi na

Universidade do Colorado, em que usa este tipo de sistema desde 2001 e reportam que traz

benefícios tais como a pouca necessidade de suporte técnico e baixo consumo energético (Ritschard

2009).

37

3.2. Virtualização de Infraestruturas de Desktop (VID)

Virtualização é um modelo de computação que separa e virtualiza o sistema operativo e as

aplicações dos clientes físicos onde originalmente residiam, e colocando-os num servidor. A

virtualização consiste na implementação de software de um computador, que executa programas e

aplicações como se fosse na realidade um aparelho físico. Permitindo assim a um sistema de

utilizadores de thin clients trabalhar num servidor virtual (Jang et al. 2013). Uma típica instalação

(Figura 22) deste género é composta por um “hypervisor”, uma “Virtual Machine Manager” (VMM),

“Virtual Desktop Manager” (VDM) e uma “Virtual Machine” (VM) (PetroviĆ 2009).

Para facilitar a virtualização é usual utilizar um “hypervisor”, sendo que este controla a forma

como um computador e a sua memória são acedidos pelo operador. O “hypervisor” é uma plataforma

de virtualização que permite a mais de um sistema operativo funcionar num único

computador/servidor ao mesmo tempo, fazendo a gestão dos mesmos (Barrett & Kipper 2010a).

Uma VMM tem como objetivo gerir os aparelhos virtuais e permite ao operador desligar, ligar

e criar os aparelhos virtuais. Um VDM, também conhecido como “connection broker” é o software

instalado no servidor virtual e faz a gestão dos pedidos dos operadores, conectando-os a uma Virtual

Machine. Uma VM é simplesmente um duplicado eficaz de um aparelho real, ou seja, consiste num

computador virtual a funcionar num computador real (Barrett & Kipper 2010b).

3.3. Zero Client

O zero client (Figura 23) também conhecido como ultrathin client é um modelo de

computação baseado num servidor, em que o aparelho final do utilizador não possui qualquer

armazenamento local, enquanto um TC contem um sistema operativo e as suas configurações

específicas numa memória flash. Um zero client consiste basicamente numa caixa de pequenas

dimensões à qual é possível ligar um teclado, rato, monitor e uma conexão ethernet a um servidor

remoto. O servidor, o qual possui um sistema operativo e as aplicações de software, pode ser

acedido através de uma rede sem fios ou por cabos, estes zero clientes são usualmente utilizados

num ambiente com VID (Rouse 2011).

Servidor (Hardware)

Hypervisor (software virtualizado)

Gestão da virtualização

VM (ex.: thin client)

Figura 22 – Esquema de um exemplo de virtualização de infraestruturas Desktop

38

Estes terminais não costumam possuir qualquer tipo de processador, armazenamento,

memória ou sistema operativo, pois todas estas funções estão alocadas num servidor remoto, o qual

envia uma mensagem para o zero client através de protocolos estabelecidos com o VID

implementado (10ZiG Technology 2013).

Figura 23 – Zero Client (fonte: http://www.dell.com/us/business/p/dell-fx100/pd)

Os maiores benefícios desta tecnologia passam por um consumo baixo de energia; eficiência

e segurança; ausência de software, ou seja, não há vulnerabilidade a malwares; e uma administração

bastante simplificada(Janssen 2014). Estes zero clients são imunes a vírus o que aumenta a

produtividade do utilizador final, não necessitam de atualizações a não ser que o protocolo de VID

seja modificado. Sendo que, o protocolo mais usual o PC over IP, desenvolvido pela Teradici, em que

a informação cedida pelo servidor ao client vai em forma de pixels encriptados e não em formato de

dados, o que possibilita o uso de clients apenas como descodificadores (Teradici 2014).

Comparando os zero clientes com os TC, os utilizadores de TC podem instalar aplicações

como o browser, contas de email, adobe ou office viewers enquanto os zero clientes só podem utilizar

as aplicações que são provisionadas pelo servidor. A gestão dos TC é bastante simples e pode ser

feita por apenas um administrador, os updates em thin clients são mais frequentes do que em zero

clients, no entanto continuam a ser em menor número do que num DPC. Simplesmente os zero

clients não possuem literalmente qualquer tipo de configuração e nada armazenado, sendo mais

simples de gerir do que um thin client, comum entre os dois é o facto de que todo o processamento é

alocado para um servidor (Madden 2010).

39

4. Metodologia

No âmbito da tese, como já foi referido em capítulos anteriores, os consumos de energia

elétrica continuam a aumentar e é nas grandes cidades que este consumo é maior e onde poderão

existir mais oportunidades de melhoria. Assim, a tecnologia thin client (TC), descrita no capítulo

anterior, surge como uma solução plausível de melhoria de eficiência energética, redução de

consumos e consequente diminuição de emissões de GEE, em deterioramento dos sistemas

clássicos Desktop PC (DPC).

O presente caso de estudo seguiu a metodologia apresentada abaixo (Figura 24), e foi

analisado o recente sistema de TC da Lisboa E-Nova (LEN).

Este servirá como base para comparar os seguintes casos:

Um cenário onde a tecnologia usada é somente de DPC (Cenário A);

Um cenário onde a tecnologia utilizada é de TC com servidor (Cenário B);

E, finalmente, um cenário misto (idêntico ao atual da LEN), onde é utilizado o TC,

também computadores convertidos em clients e um servidor (Cenário LEN).

Com os dados obtidos nas medições da LEN serão ainda analisadas possíveis

implementações noutros espaços de trabalho. Com este caso de estudo espera-se então obter

informação suficiente e verificar se realmente compensa, tanto economicamente como

energeticamente, um sistema centralizado com TC.

Irá ser comparada com um sistema de DPC e não de portáteis, pois a tecnologia embora

tenha o mesmo output não é diretamente comparável. Alguns dos portáteis mais recentes já possuem

grande autonomia, o ecrã está incorporado nos mesmos, possuindo já consumos muito baixos, no

entanto este tipo de aparelhos são consideravelmente mais caros do que um DPC ou TC, para além

de que o sistema operativo pode não ser o mesmo entre operadores, o que torna a centralização de

Identificação do "problema"

• Análise dos consumos energéticos (DPC)

Solução

• Thin Client

Optimização

• Análise económica e energética

Figura 24 – Metodologia

40

informação e segurança da mesma uma desvantagem perante o sistema em estudo. Por estas

razões não se acha pertinente a inclusão neste caso de estudo.

Será apenas diretamente comparada a utilização de um sistema thin client com um sistema

clássico de DPCs, com o objetivo de verificar se efetivamente o sistema de TC tem consumos

menores comparativamente ao DPC e um investimento a longo prazo também ele menor.

4.1. Cenário da Lisboa E-Nova (LEN)

O sistema de thin client em estudo é o da Agência Municipal de Energia e Ambiente que

tomou a decisão de ter um sistema TC com o intuito de possuir um sistema Linux nas instalações e

teve como principais objetivos:

Reduzir encargos (máquinas e licenças);

Aumentar segurança da informação;

Aumentar potencialidades de trabalho.

Na LEN o servidor de terminais foi adquirido com o objetivo de também ficar como o

hospedeiro do website da E-Nova. O servidor adquirido é um IP BRICK SCHOOL que pode funcionar

com 32 terminais (Figura 25).

Em conjunto com o servidor de terminais a LEN comprou e instalou ainda um servidor de rede

e virtualização, UPS (uninterruptible power supply) e uma gateway Alix ethernet e ainda diversos

cabos de rede, alimentação e conexão de modo a completar todo o sistema de servidor de terminais.

Os thin clients adquiridos pela LEN são da marca Wyse. Alguns dos PCs existentes foram

convertidos em terminais, enquanto outros 2 PCs ficaram inalterados, sendo que o próximo passo

será a modificação de todos os PCs convertidos (PCc) para TC apenas. Ao todo a LEN ficou com 4

TCs, 6 PCs convertidos em terminais e 2 DPCs.

Os PCs que não foram convertidos em terminais já corriam com Linux e portanto tinham fácil

integração com o novo sistema, sendo utilizados para o desenvolvimento de software (necessitam de

software não habitual no uso de escritório) e também para correr scripts (o que poderia colocar em

risco a performance do novo sistema). Já a transformação de alguns DPC antigos em terminais visou

aproveitar o equipamento já existente na LEN, a substituição dos restantes DPCs em TCs será uma

Figura 25 – Servidor de Terminais da LEN, IP BRICK. (fonte: http://www.ipbrick.pt/index.php?oid=2017)

41

possibilidade para um futuro próximo com a finalidade de assegurar a fiabilidade e estabilidade do

sistema a longo prazo.

A LEN tem o seu período de funcionamento das 9 horas às 18 horas, 250 dias úteis por ano e

as características do contrato de eletricidade são as seguintes:

Comercializador: EDP Serviço Universal;

Tarifa Contratada: BTN Médias Utilizações >= 27,6kVA;

Ciclo Horário: Diário;

Potência contratada (kVA): 27,6

Para a análise de consumos energéticos há que ter em conta os diferentes preços da energia,

assim, segundo a entidade reguladora de serviços energéticos (ERSE), Diretiva n.º 25/2013, a tarifa

aplicável à LEN é a tri-horária, a médias utilizações, com horas de ponta a 0.2938 €/kWh, horas de

cheias a 0.1477 €/kWh e horas de vazio a 0.0845 €/kWh. Os períodos para tarifa contratada em baixa

tensão normal (BTN) médias utilizações são apresentados na Tabela 9.

Tabela 9 – ciclo diário para todos os clientes em BTN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE)

Ciclo diário para BTE e BTN em Portugal Continental

Período de hora legal de Inverno Período de hora legal de verão Ponta: 09.00/10.30 h Ponta: 10.30/13.00 h

18.00/20.30 h 19.30/21.00 h Cheias: 08.00/09.00 h Cheias: 08.00/10.30 h

10.30/18.00 h 13.00/19.30 h 20.30/22.00 h 21.00/22.00 h

Vazio: 06.00/08.00 h Vazio: 06.00/08.00 h 22.00/06.00 h 22.00/06.00 h

As medições foram efetuadas no decorrer de um mês completo, entre Abril e Maio, e os

dados foram retirados com o auxílio de uma tomada avidsen (Figura 26). Esta tomada permite obter

dados como o consumo instantâneo em W, a potência máxima registada, voltagem, amperagem e o

kWh consumido. Foram utilizadas 4 destas tomadas, 1 para medir os consumos de um thin client e

uma segunda que media os de um PC convertido. E estes dois aparelhos medidos dizem respeito ao

secretariado pois eram estes os que possuíam um comportamento idêntico ao longo do tempo, sendo

possível padroniza-los.

Figura 26 – Tomada AVIDSEN

42

Para o servidor de terminais foram necessárias 2 tomadas avidsen, devido ao facto de o

servidor ter duas fontes de alimentação. Assim, caso uma delas, por algum motivo, não consiga

fornecer energia existe outra ligação. Este servidor necessita de estar constantemente ligado à

corrente de maneira a evitar ligar-desligar frequentemente, o que podia colocar em causa a fiabilidade

do sistema, além disso, este servidor também não pode ficar em standby. Para obter o consumo total

do servidor bastou então somar os dados recolhidos das duas tomadas.

O período de hora considerado foi o de verão e durante os 31 dias de recolha de dados,

foram retiradas 4 medições por dia in situ, de acordo com a mudança do período horário, às 9 horas,

10h30min, 13 horas e às 18 horas, hora também de encerramento da LEN. Com estas 4 diferentes

tiradas de consumos foi possível obter os consumos durante o período de trabalho e das horas a

analisar (cheias, ponta e vazio). Por outro lado durante o período de encerramento e fins de semana

considerou-se os consumos por hora constantes.

Com os dados recolhidos de kWh consumidos por cada um dos aparelhos medidos, foi então

multiplicado pelo preço, €/kWh, disponível na Diretiva n.º 25/2013, ERSE (Tabela 10), obtendo o

custo da energia de cada um dos aparelhos.

Tabela 10 – Tarifário aplicável à LEN (fonte: Diretiva n.º 25/2013, ERSE)

Tarifa transitória de venda a clientes finais em BTN (>20,7 kVA) Preços

Energia Ativa (EUR/kWh)

Tarifas médias utilizações

Horas de ponta 0,2938

Horas cheias 0,1477

Horas de vazio 0,0845

Finalmente é possível obter o consumo de cada aparelho e o custo desse consumo para uma

posterior análise económica e verificar se realmente compensa utilizar um sistema como o da LEN,

servidor, TC e PCc (Cenário LEN) ou apenas um sistema tradicional de DPC (Cenário A). Na LEN há

4 thin clients, 6 DPC convertidos e 2 DPC. Os únicos aparelhos não medidos com o auxílio de uma

tomada avidsen, foram os DPC, pois nenhum utilizador se encontrava disponível, ou seja, não existia

qualquer tipo de consumo a registar ao longo dos dias de medições. Os valores admitidos para o

consumo de um DPC de marca branca foram calculados com auxílio da bibliografia.

43

4.2. Resultados e discussão

As medições, como referido anteriormente, foram efetuadas com o auxílio de uma tomada

avidsen (Figura 26) num período de 31 dias, de forma a possuir uma amostra de dados

representativa. Os outputs resultantes das medições são apresentados nas tabelas seguintes.

Tabela 11 – Dados recolhidos em kWh, Pmax (W), V e A.

Os dados das tabelas correspondem ao 22º dia de medições, onde foram retirados os valores

em kWh (acumulado até esse dia), volts, potência máxima registada (W) e amperes, às duas

alimentações do Servidor (A1 e A2), ao TC e PC convertidos (PCc). As restantes tabelas com os

outros dias de medição encontram-se em anexo. Estas medições foram feitas no período de trabalho

da LEN e tiveram em conta os períodos tarifários de eletricidade, por isso a recolha de dados foi

efetuada em 4 períodos distintos ao longo de um dia, às 9 horas, 10h30, 13 horas e 18 horas (hora de

encerramento da LEN).

Os valores tratados foram os de kWh, como os apresentados na Tabela 11. Inicialmente,

calcula-se o consumo que se obteve entre as 9 horas e as 10 horas e 30 minutos, obtendo assim o

consumo em kWh no período de cheias, como representado na Tabela 12. O mesmo é efetuado para

os outros períodos.

Para obter os consumos fora do período laboral da LEN, os quais foram considerados

constantes ao longo do tempo, subtraiu-se apenas o consumo medido às 9 horas pelo consumo das

18 horas do dia anterior, obtendo assim o consumo total nesse período, dividindo pelo número de

horas decorrido. Este cálculo só foi possível porque se considerou o consumo constante fora do

horário de trabalho, o mesmo foi realizado para os feriados e fins de semana.

kWh Servidor

TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A1 A2

A1 A2

09:00 54,6 45,7 1,9 7,3

09:00 159,3 142,4 14,3 83,3

10:30 54,8 45,9 1,9 7,4

10:30 159,3 142,4 14,3 83,3

13:00 55,2 46,2 1,9 7,5

13:00 159,3 142,4 14,3 83,3

18:00 55,7 46,6 2 7,7

18:00 159,3 142,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A1 A2

A1 A2

09:00 227 227 231 231

09:00 0,58 0,51 0,12 0,32

10:30 227 228 231 231

10:30 0,61 0,56 0,12 0,33

13:00 227 227 233 234

13:00 0,56 0,48 0,12 0,32

18:00 228 228 232 232

18:00 0,56 0,5 0,01 0,03

44

Tabela 12 – Consumo horário kWh

4ª Feira (kWh) - Dia 22 A1 A2 TC PCc

Fora do período Vazio 00:00-8:00 0,96 0,85 0,00 0,05

Cheias 8:00-9:00 0,12 0,11 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,1

Cheias 13:00-18:00 0,50 0,40 0,10 0,30

Fora do período

Cheias 18:00-19:30 0,20 0,17 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,20 0,17 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,27 0,23 0,00 0,00

Na Tabela 12 é possível observar o consumo horário de cada um dos aparelhos medidos,

sendo que A1 e A2 são as fontes de alimentação do servidor, por isso o consumo deste é a soma das

duas alimentações. Ao longo de 31 dias o mesmo procedimento foi feito para assim conseguir obter o

consumo horário de todos os dias e calcular por fim o custo deste consumo de cada um dos

aparelhos.

Tabela 13 – Tarifa da eletricidade e ciclo diário aplicável à LEN

Horário Custo (€)

Horas de ponta 10h30 - 13h

0,2938 19h30 - 21h

Horas de cheias

8h - 10h30

0,1477 13h - 19h30

21h-22h

Horas de vazio 22:00 - 8:00 0,0845

A Tabela 13 apresenta o custo diário da energia nos diferentes horários em que a LEN se

insere. Para o cálculo do custo da energia, em €, uma simples multiplicação do consumo obtido na

Tabela 12 pelo custo horário, na Tabela 13, permite obter o custo da energia por período (ponta,

cheias ou vazio) de cada um dos aparelhos como representado na Tabela 14

Tabela 14 – Custo horário do kWh

4ª Feira (€) - Dia 22 A1 e A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,15 0,00 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,06 0,00 0,01

Ponta 10:30-13:00 0,21 0,00 0,03

Cheias 13:00-18:00 0,13 0,01 0,04

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,05 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,11 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,04 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,04 0,00 0,00

45

Com os resultados obtidos (Tabela 14) é possível calcular o custo total do consumo de

energia no dia em questão, neste caso o dia 22, sendo o custo total do servidor de terminais

correspondente a 0.83€, do thin client apenas de 0.01€ e de um PC convertido de 0.10€. Finalmente,

de forma a obter o custo total durante os 31 dias de medições fez-se apenas um somatório de todas

as 31 tabelas, de cada um dos aparelhos, fora e durante o período laboral da LEN, obtendo assim o

custo mensal do sistema instalado da LEN apenas com TC e PCc. Deste modo o custo ao final de 31

dias de energia elétrica do servidor são 22,89€, de um thin client 0,53€ e de um PCc de 2,12€.

Figura 27 – Consumo ao longo dos dias medidos do Servidor, Thin Client e PC convertido na Lisboa E-

Nova

A Figura 27 representa o consumo de cada aparelho medido ao longo dos 30 dias de

medições. O thin client (a vermelho) apresenta consumos ao longo desses 30 dias realmente muito

baixos, não passando dos 0,2 kWh/dia. Quanto ao servidor (azul) este apresenta um aumento de

consumo a partir do dia 17, provavelmente explicado pelo facto de que nesse dia foram inseridos no

escritório da LEN, dois novos estagiários, que utilizavam thin clients, e assim mais alguma da

capacidade do servidor. De referir, que embora o PC convertido possua consumos relativamente

baixos, continuam a ser superiores aos do TC.

4.2.1. Análise Energética

Neste caso de estudo foram medidos durante os 31 dias o consumo de um servidor, de um

thin client e de um PC convertido em terminal. Foi possível concluir que um thin client consome

efetivamente menos que um desktop (Joumaa & Kadry 2012), e que consome menos também que

um PC convertido em terminal.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

kWh

Dia

Consumo diário de cada um dos aparelhos medidos

Servidor

TC

PCc

46

Dos dados recolhidos foi possível obter o consumo de uma estrutura que funcione à base de

thin client e de PCc, com o auxílio de um servidor. O servidor ao longo de 31 dias consumiu cerca de

155 kWh, um thin client 3,24 kWh e um PCc 15,7 kWh.

Com os valores medidos ao longo de 31 dias é possível retirar o consumo anual de cada

aparelho:

Servidor – 1827 kWh/ano

Thin Client – 38,1 kWh/ano

PC convertido – 184,9 kWh/ano

Figura 28 – Distribuição dos consumos do sistema IT da LEN

Dos valores obtidos (Figura 28) é de fácil constatação que é no servidor que está localizado a

maior parte do consumo e também é o servidor que está em constante funcionamento, no entanto

este não é utilizado apenas para operar os terminais mas também funciona como o hospedeiro e

base de dados de todos os operadores e do próprio website da Lisboa E-Nova.

Mesmo comparando apenas o consumo do thin client com o do PC convertido observa-se

que o thin client possui consumos realmente muito baixos e portanto consome menos que um

aparelho Desktop.

Na Figura 29 estão presentes os consumos anuais do sistema atual da LEN, servidor, 4 TCs

e 6 PCcs e do sistema antigo de 10 DPCs.

59%

5%

36%

Distribuição dos consumos

Servidor 4 Thin Client 6 PCc

47

Figura 29 – Consumo anual do Servidor, dos 4 thin clients e 6 PCcs da LEN e de 10 DPCs

Para determinar o valor do consumo anual do thin client calculou-se primeiro o consumo

médio diário com os dados recolhidos, obtendo-se o valor de 0,1045 kWh, multiplicando depois pelo

número de dias de um ano, resultando em 38,1 kWh/ano para o TC. Procedeu-se da mesma forma

tanto para o servidor como para o PCc, obtendo-se os valores de 1827,8 kWh/ano e 184,9 kWh/ano,

respetivamente.

Para o cálculo do consumo do DPC foram retirados valores de várias referências

bibliográficas (Van Heddeghem et al. 2014), (Kawamoto et al. 2004), (Weidner et al. 2008) e (Webber

et al. 2006), podendo alcançar consumos por ano entre 86 a 482 kWh. Para o cenário da LEN foi

considerado um consumo de 344 kWh/ano (Weidner et al. 2008). Analisando a Figura 29 é possível

verificar que o sistema de DPCs idêntico ao antigo da LEN consome mais que do que thin clients,

PCc e servidor.

Tabela 15 – Consumo anual e custo da energia do Servidor, dos thin clients, do PCc e dos DPCs

Aparelho Consumo anual

(kWh) Fatura energética anual

(€)

Servidor 1827,8 269,6

Thin Client 152,6 25,0

PCc 1109,1 190,1

DPC 3440,0 584,8

Quanto à fatura energética de cada um dos aparelhos, analisando a Tabela 15 é possível

concluir que, tendo em conta apenas o custo de energia, este é maior no sistema antigo de DPCs da

LEN, 585€, do que no novo sistema de clients 485€ no total, obtendo uma poupança anual de

aproximadamente 100€ com o novo sistema instalado. Importa referir que apenas se teve em conta

apenas o material informático necessário a ambas as instalações.

1827,8

152,6

1109,1

3440,0

0,0

500,0

1000,0

1500,0

2000,0

2500,0

3000,0

3500,0

4000,0

Servidor 4 Thin Client 6 PCc 10 DPC

Kw

h/a

no

Consumo anual

48

O cálculo da fatura energética do servidor, TC e PCc foi explicado no início deste capítulo,

quanto ao custo para um DPC foi assumido um custo médio da energia elétrica de 0,17€ por kWh.

Este resultado foi obtido através dos consumos retirados na medição do servidor, TC e PCc. Tendo

em conta o modo como os consumos se comportam ao longo do dia e portanto em que horas o

consumo é maior, ficando o custo desse horário mais relevante do que o custo dos outros horários.

4.2.2. Análise Económica

Neste capítulo efetuou-se uma análise económica com o intuito de verificar se optar por uma

solução thin client em deterioramento de um sistema tradicional de desktop era um bom investimento

económico, tendo em conta o custo da energia (calculado no capítulo 3.5.1), o investimento

necessário para comprar ambos os sistemas e o custo de manutenção, todos estes valores baseados

no modelo instalado na LEN.

Analisaram-se dois casos, um deles diz respeito à comparação do cenário da LEN (capítulo

4.1), 4 TC, 6 PCc e um servidor com o Cenário A de 10 DPC. Nesta análise considerou-se que no

ano 0 existia a opção de substituir por completo o sistema de DPCs e adquirir assim 10 novos

aparelhos ou de instalar um sistema de terminais com um servidor.

Na LEN foi ainda adquirido um ar condicionado (AC) para refrigeração da sala onde o

servidor está instalado. Para o consumo deste aparelho utilizou-se um coeficiente de performance

(COP) de 3, admitindo que cada kWh consumido pelo servidor e que irá ser dissipado sob a forma de

calor terá que ser retirado do ambiente pelo A.C.. Para este consumo no servidor considerou-se

apenas os meses de arrefecimento na cidade de Lisboa que, segundo o RCCTE, correspondem a 6,7

meses. De referir que o ambiente considerado para o consumo do A.C. é adiabático, o que pode levar

a uma diferença no consumo real onde o A.C. se insere na LEN.

O outro caso analisado foi o de uma empresa ainda sem equipamento que no ano 0 poderia

optar por qualquer um dos sistemas, Cenário A ou B. Para esta análise considerou-se um sistema de

terminais (Cenário B) composto por:

20 thin clients;

1 servidor igual ao da LEN (até 32 operadores);

1 A.C. para o servidor.

Para o sistema composto apenas por desktop PC (Cenário A):

20 DPCs;

49

4.2.2.1 Caso 1 – Cenários LEN e A

No primeiro caso, no qual se analisou o cenário da LEN em comparação com o cenário A

com 10 DPCs, considerou-se como plano de investimentos o seguinte:

Tabela 16 – Plano de Investimentos cenários LEN e A

Plano de Investimento

Aparelho Quantidade €/Aparelho Custo de conversão

TOTAL (€)

Servidor 1 4000 0 4000

Thin Clients 4 200 0 800

PC convertido 6 25 100 250

Computadores -10 500 0 -5000

Ar condicionado 1 1500 0 1500

TOTAL (€) 1550

A interpretação da Tabela 16 é direta à exceção dos computadores, aqui optou-se por colocar

este valor negativo pois já que se está a analisar um cenário em que se optou pelo sistema de thin

clients o investimento evitado em DPC aparece com sinal negativo no plano de investimentos.

Este caso de estudo foi analisado num período de 5 anos, tendo em conta o Decreto

Regulamentar nº25/2009, as taxas de depreciação usuais para equipamentos informáticos como

computadores são de 33,33% ao longo de 3 anos, no entanto como alguns dos computadores da

LEN já possuíam mais de 3 anos considerou-se uma taxa de 20 % ao longo de 5 anos (Tabela 17).

Tabela 17 – Taxas de amortização dos vários aparelhos

Plano de investimento

Aparelho Custo (€) Taxa amortização Vida útil (anos)

Servidor 4000 12,50% 8

TC 800 12,50% 8

PCc 250 - -

AC 1500 12,50% 8

DPC -5000 20% 5

Nesta análise a receita considerada foi a poupança na fatura energética do sistema thin client

comparativamente a um sistema tradicional de DPCs, com um valor de 42,3€ anuais de poupança.

Quanto aos custos de manutenção os valores foram fornecidos pela LEN, correspondendo a 1667 €

anuais para o sistema de thin client, custo que engloba manutenção tanto dos terminais como do

próprio servidor, e para o sistema antigo o custo da manutenção era de 667€ anuais para os 10

DPCs. Neste caso, a manutenção do sistema de terminais pode ser maior do que do sistema de

DPCs, pelo facto de no servidor da LEN estar também sediado o website da mesma, ou seja, o

servidor da LEN não tem como única característica servir de alimentação para os terminais.

No entanto, considerando que o servidor tem capacidade até 32 operadores, é esperado que

conforme o número de operadores aumente, aumentem também as poupanças no esforço de

50

manutenção de um sistema centralizado. Atualmente a LEN possui 10 operadores, caso

acrescentasse mais 22 estes encargos de manutenção seriam os mesmos.

Resumidamente a poupança energética será a diferença entre o consumo dos DPCs e TC,

PCc, servidor (valores presentes na Tabela 15) e AC do servidor, com um COP de 3 e 6,7 meses de

arrefecimento o que corresponde a um consumo de 340,2 kWh/ano e uma despesa de 57,8 €/ano.

Tabela 18 – Receitas e despesas num período de 5 anos

Receitas Ano 0 1 2 3 4 5

Poupança energética (€) 42,3 42,3 42,3 42,3 42,3

Despesas Ano 1 2 3 4 5

Manutenção (€) 1000 1000 1000 1000 1000

A Tabela 18 apresenta resumidamente os valores de receitas e despesas obtidas na análise

económica. A poupança energética como referido anteriormente é de 42,3€ anuais e os custos de

manutenção são de 1000€, que correspondem à diferença entre os custos atuais da LEN (1667€)

com os custos de manutenção do sistema antigo (667€). Na tabela seguinte o não investimento em

DPC é apresentado no ano 0 e no ano 5, anos de renovação do equipamento. Na Tabela 19 está

presente a análise de investimento do caso 1.

Tabela 19 – Análise de Investimento ao Caso 1

Análise de Investimento (€)

Ano 0 1 2 3 4 5

Investimento Realizado

6550

Investimento Evitado 5000 0 0 0 0 5000

Receitas 0 42,3 42,3 42,3 42,3 42,3

Despesas 0 1000 1000 1000 1000 1000

EBITDA 0 -957,7 -957,7 -957,7 -957,7 -957,7

Depreciação 0 -212,5 -212,5 -212,5 -212,5 -212,5

Resultado 0 -745,2 -745,2 -745,2 -745,2 -745,2

Cash Flow -1550 -957,7 -957,7 -957,7 -957,7 4042,3

Cash Flow Atualizado -1550 -912,1 -868,6 -827,3 -787,9 3167,3

Cash Flow Atualizado e Acumulado

-1550 -2462,1 -3330,7 -4158,0 -4945,9 -1778,6

51

O investimento de 6550€ corresponde à compra do servidor, TC, AC e conversão dos PCs. O

investimento evitado é o não investimento no sistema de DPCs que entra no cash flow. As receitas

são a poupança energética, já as despesas correspondem à diferença de custos de manutenção

entre o sistema antigo de desktops e o novo de terminais. Os resultados antes de encargos

financeiros, impostos, amortizações e provisões (EBITDA) foram calculados efetuando a diferença

entre receitas e despesas, enquanto o resultado já toma em conta as depreciações do material. O

Cash flow (CF) foi calculado através da soma do investimento (realizado e evitado) com os resultados

e as depreciações, sendo de salientar que neste caso o investimento realizado possui sinal negativo.

O CF atualizado (2) foi calculado com uma taxa de atualização de 5% sendo a fórmula a seguinte:

( ) , (Beggs 2002) (2)

Sendo n o ano para o qual estamos a calcular o CF. O CF atualizado e acumulado

corresponde à soma do CF atualizado do ano n mais o CF do ano n-1. A taxa de atualização utilizada

foi a presente na Tabela 20, a qual tem algumas das variáveis de decisão retiradas da análise de

investimento.

O payback (3) (tempo de retorno em anos) foi calculado com o auxílio da seguinte fórmula:

( ) , (Beggs 2002) (3)

Sendo que:

A – o ano do último CF atualizado e acumulado negativo,

B – o último CF atualizado e acumulado negativo e

C – o primeiro CF atualizado positivo.

Tabela 20 – Resultados da análise de investimento do Caso 1

Variáveis e resultados

VAL (€) -1778,6

Taxa de atualização 5%

TIR -9%

Payback (anos) 5,6

Do ponto de vista económico o Caso 1 (cenário atual da LEN) não é um bom investimento

pois possui um VAL negativo e uma TIR também ela negativa (Tabela 20), no entanto esta instalação

teve o intuito de usar um sistema Linux (que não possui encargos com licenças). De referir também

que a LEN não tinha qualquer tipo de AC no escritório e ainda não substituiu todos os terminais por

thin clients, o que deve baixar consideravelmente os encargos tanto energéticos como económicos de

todo o sistema.

A taxa de atualização utilizada foi a correspondente para uma instituição idêntica à LEN,

Agência sem fins lucrativos, e por isso é relativamente baixa, recorrendo a bibliografia o valor mínimo

52

era de 4% e portanto dentro daquele escolhido para a presente análise (Wachter 2013). O VAL (4)

(valor acrescentado líquido) e a TIR (5) (taxa interna de rentabilidade) foram calculados recorrendo às

fórmulas do Excel.

( ) (4),

Em que CFi = Cash-flow no ano i e t = Taxa de desconto.

A taxa interna de rentabilidade (TIR) é a taxa para a qual o VAL é igual a zero (Todo Bom et

al. 1992), pode também ser interpolada através da seguinte equação:

( )

| | (5),

i1 – Taxa de Atualização que origina uma VAL > 0

i2 – Taxa de Atualização que origina VAL < 0

VAL1 – VAL positivo

VAL2 – VAL negativo

4.2.2.2 Caso 2 – Cenário A e B

Para esta análise considerou-se um novo escritório para 20 funcionários, com custos de

manutenção iguais aos da LEN. No presente caso apenas se adquire thin clients (Cenário B) não

havendo conversão dos DPC antigos em terminais, nem custos de energia associados a estes

aparelhos.

Tabela 21 – Plano de investimento para um escritório com 20 operadores

Aparelho Custo por

aparelho (€) Qtd. kWh/ano €/ano

Servidor 4000 1 3655,6 539,2

TC 200 20 38,15 6,24

DPC 400 20 250 42,5

AC servidor 1500 1 680,4 115,7

Para este caso considerou-se também desktops com um consumo inferior aos antigos da

LEN, com valores novamente retirados da bibliografia (Van Heddeghem et al. 2014), (Kawamoto et al.

2004), (Weidner et al. 2008) e (Webber et al. 2006), considerando-se assim um consumo de 250

kWh/ano e um custo de 400 €/unidade. O custo da energia utilizado foi igual ao do capítulo anterior,

ou seja, 0,17€ o que perfaz uma despesa energética de 42,5€/ano por DPC (Tabela 21). O valor de

1500€ de investimento deve-se ao AC, seção interior e exterior. No presente cenário o investimento

do sistema de terminais é de 9500€, 4000€ do servidor mais 200€ por cada um dos 20 terminais e

1500€ para o AC, para os DPCs admitiu-se um custo unitário de 400€ e por isso um investimento

total de 8000. O valor de investimento para o servidor considera apenas o custo de adquirir o

53

servidor, ou seja, não tem em conta o custo da sua instalação e dos restantes aparelhos necessários

ao seu correto funcionamento o que pode levar a um resultado final do projeto (valor acrescentado

líquido) diferente do real. Neste caso o custo total para adquirir e colocar em funcionamento, o

servidor, foi de 12.000€ e não de 4.000€.

Optando assim como no caso da LEN por um sistema de terminais, a diferença de

investimento é de 1500€. Quanto ao custo na fatura energética, a instalação de DPCs tem uma

despesa associada de 850 €/ano e um sistema de terminais de 780 €/ano. A instalação de DPCs

compreende 20 DPCs, enquanto a de terminais é constituída por 20 thin clients, 1 AC para o servidor

e 1 servidor. A taxa de amortização admitida para este projeto é igual às taxas utilizadas na análise 1

do capítulo anterior.

Tabela 22 – Depreciação, Receitas e Despesas

Ano 0 1 2 3 4 5

Depreciação

Servidor - 500 500 500 500 500

TC - 500 500 500 500 500

AC servidor 187,5 187,5 187,5 187,5 187,5

DPC - -1600 -1600 -1600 -1600 -1600

Total (€) - -412,5 -412,5 -412,5 -412,5 -412,5

Receitas

Poupança na fatura (€) 70,34 70,34 70,34 70,34 70,34

Despesas Manutenção (€) 0 333 333 333 333 333

Neste cenário a poupança na fatura energética é superior à da LEN, pois aqui o consumo dos

terminais é apenas por parte de TC, não existindo PCc que consomem relativamente mais, possuindo

um valor de poupança na fatura energética de 70 €/ano (Tabela 22). Os custos de manutenção

admitidos para o sistema de terminais foram iguais aos da LEN e para o sistema de DPCs é

proporcional, sendo agora de 1334€ e portanto com uma diferença de custo de 333€.

Tabela 23 – Análise de investimento do caso 2 (Comparação dos cenários A e B)

Análise de Investimento (€)

Ano 0 1 2 3 4 5 Investimento Realizado 9500 Investimento Evitado 8000 0 0 0 0 8000 Receitas 0 70,3 70,3 70,3 70,3 70,3 Despesas 0 333,0 333,0 333,0 333,0 333,0 EBITDA 0 -262,7 -262,7 -262,7 -262,7 -262,7 Depreciação 0 -412,5 -412,5 -412,5 -412,5 -412,5 Resultados 0 149,8 149,8 149,8 149,8 149,8 Cash Flow -1500 -262,7 -262,7 -262,7 -262,7 7737,3 Cash Flow Atualizado -1500 -250,2 -238,2 -226,9 -216,1 6062,4

54

Cash Flow Atualizado e Acumulado

-1500 -1750,2 -1988,4 -2215,3 -2431,4 3631,0

Para a formulação da análise de investimento do cenário 2 presente na Tabela 23 foi utilizada

a mesma metodologia da análise 1. A fórmula dos CFs é:

, (6)

O CF atualizado (2) foi também calculado como o da análise anterior, ou seja, com a Equação

1. O CF atualizado e acumulado corresponde à soma do CF atualizado do ano n e o CF atualizado e

acumulado do ano n-1. A taxa de atualização foi a mesma da do caso anterior, ou seja, 5%. Os

resultados obtidos desta segunda análise foram os seguintes:

Tabela 24 - Resultados da análise de investimento do Caso 2

Variáveis e resultados obtidos

VAL (€) 3631,0

Taxa de atualização 5%

TIR 30%

Payback (anos) 4,4

Entre as duas análises feitas, a segunda (Caso 2) é mais apelativa, tendo este um VAL

positivo e um período de payback inferior (Tabela 24). Estes valores positivos devem-se ao facto de

nesta análise não serem utilizados desktops convertidos em terminais, que embora tenham um

consumo inferior a um DPC continua a ser substancialmente superior ao de um TC. Além disso o

número de operadores é superior comparativamente à análise 1 e a diferença do custo de

manutenção é inferior. Para o cálculo do período de payback foi utilizada a equação ( )

, (Beggs 2002) (), no entanto utilizou-se também outra fórmula recorrendo à interseção dos cash

flows com os cash flows acumulados e atualizados (Figura 30), obtendo-se aproximadamente o

mesmo resultado.

Figura 30 – Período de Payback do caso 2

-4000

-2000

0

2000

4000

6000

8000

0 1 2 3 4 5

Anos

Período de Payback - Caso 2

Cash Flow Atualizado e Acumulado Cash Flow Atualizado

55

4.2.3. Análise de sensibilidade ao Caso 2

Neste capítulo serão efetuadas várias análise de sensibilidade ao caso 2 descrito no capítulo

anterior, com o objetivo de compreender quais são as variáveis que podem influenciar os resultados

obtidos e assim possivelmente modificar a decisão final de instalação de um sistema de terminais ou

de DPCs.

Tabela 25 – Comparação dos dois casos

Caso 1 (LEN + A) Caso 2 (A+B)

VAL (€) -1778 3631

Investimento terminais (€) 6550 9500

Investimento DPCs (€) 5000 8000

Poupança Energética (€/ano) 42,3 70,3

Os valores utilizados para todas estas análises foram os admitidos para o cenário 2, com

base nas medições retiradas da LEN e também valores da bibliografia. Foi apenas selecionado o

caso 2 para esta análise já que foi o único cenário em que o VAL obteve um valor positivo, uma

diferença de investimento menor e uma maior poupança energética (Tabela 25).

Figura 31 - Análise à variação da taxa de atualização

Variando a taxa de atualização é possível verificar como esta irá afetar o VAL do projeto

(Figura 31). No caso 2 a taxa utilizada foi a de 5%, variando esta taxa entre 5% e 35% é possível

concluir que a taxa de atualização que transforma o caso 2 num projeto sem retorno financeiro é de

30%, tal como calculado no capítulo anterior. Este valor corresponde ao VAL igual a 0, ou seja, a

taxa interna de retorno. A TIR é elevada pois trata-se de um projeto de poupança e aqui o objetivo é

mesmo esse, poupar dinheiro quando comparada a outro cenário.

-500,0

0,0

500,0

1000,0

1500,0

2000,0

2500,0

3000,0

3500,0

4000,0

5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Taxa de atualização

Análise de sensabilidade à taxa de atualização

VAL

56

Para a análise de sensibilidade ao preço da eletricidade fez-se variar o custo final de cada

aparelho (ou seja, a energia usada em cada aparelho) por ano, de -50 a 50% com o objetivo de

entender como esta variação iria influenciar o valor acrescentado líquido do projeto. Assim, para além

do VAL retirou-se também o valor de poupança na fatura energética para perceber se esta poupança

teria a mesma tendência do VAL ao variar o custo da energia.

Figura 32 – Variação do VAL consoante a variação no custo da energia utilizada por cada aparelho

Figura 33 – Variação da poupança na fatura energética consoante os encargos energéticos de cada aparelho

Analisando as Figuras 30 e 31 é possível concluir que tanto o VAL como a poupança na

fatura energética são sempre positivos comportando-se de maneira semelhante. Na análise de

sensibilidade correspondente à variação dos encargos de cada aparelho na fatura energética é

possível concluir que quanto mais caro fica a eletricidade, maior poupança energética é possível

obter, algo que é explicado pelo facto de este sistema ter esse mesmo propósito, de poupança

3300,0

3400,0

3500,0

3600,0

3700,0

3800,0

3900,0

50% 40% 30% 20% 10% 0% -10%-20%-30%-40%-50%

Variação no custo da energia utilizada por cada aparelho

Análise de sensibilidade à variação do preço da energia na fatura energética

VAL

0

20

40

60

80

100

120

50% 40% 30% 20% 10% 0% -10%-20%-30%-40%-50%

Variação dos encargos energéticos

Poupança na fatura energética

poupança

57

energética. A Figura 33 representa apenas a poupança na fatura energética com a variação dos

encargos da energia, aqui é possível observar que existe sempre poupança mesmo no caso em os

encargos energéticos dos aparelhos sejam reduzido para metade.

Figura 34 – Análise de sensibilidade ao custo da manutenção

A Figura 34 representa como o VAL varia consoante o custo de manutenção. É possível

verificar que é necessário estes encargos subirem mais de 1100€, ou seja, seria necessário a

manutenção subir mais de 200% para que o VAL do projeto fosse negativo. Logo o custo da diferença

de manutenção não é uma variável com grande influência na variação do VAL deste projeto.

Figura 35 – Análise de sensibilidade ao custo unitário dos PCs

O custo de cada DPC está bastante relacionado com o VAL do projeto (Figura 35). Nesta

análise variou-se o preço dos desktops PCs de -25 a 25% (300-500€). Caso este seja 15% mais

barato (340€) irá diminuir o VAL para metade. Mas mesmo diminuindo o preço dos DPCs em 25%

(300€) o VAL, ainda que seja reduzido, contínua a ser positivo.

0,0

1000,0

2000,0

3000,0

4000,0

5000,0

100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100

Custo da diferença de manutenção entre sistemas (€)

Análise de sensibilidade ao custo da diferença de manutenção

VAL

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% -25%

Variação no preço de DPCs

Análise de sensibilidade ao preço dos DPCs

VAL

58

A próxima análise efetuada diz respeito ao número de utilizadores. Como referido

anteriormente, um servidor IP BRICK SCHOOL (Figura 25) do tipo da LEN funciona até 32

operadores.

Nesta próxima análise foi tido em conta que o consumo do servidor pode aumentar e para

evitar o erro de considerar o mesmo consumo supôs-se (num cenário conservador) que o consumo

aumenta proporcionalmente ao número de operadores. Considerou-se mais 4 cenários, com 10, 15,

25 e 30 operadores. O que implica que no consumo final o servidor é igual ao consumo da LEN

quando são 10 operadores, 1,5 vezes superior quando são 15, o dobro para 20 e 2,5 vezes o

consumo se forem 25 operadores. Quanto à manutenção, o custo será o mesmo no caso dos

terminais, enquanto no sistema de desktops este irá variar proporcionalmente ao número de

operadores.

Figura 36 – Variação do VAL consoante o número de utilizadores

Na análise efetuada ao número de operadores (Figura 36) é possível concluir que esta é a

que apresenta maior influência no VAL do projeto, em que basta existir mais 5 funcionários para que

o valor acrescentado líquido seja mais do dobro do cenário base de 20 operadores. São

apresentados na seguinte tabela os valores de poupança na fatura energética, custo da diferença de

manutenção entre sistemas e VAL do projeto variando o número de operadores:

Tabela 26 – VAL consoante o número de operadores

Número de operadores

Poupança na fatura energética (€)

Diferença na manutenção (€)

VAL (€)

10 35,2 1000 -4543,1

15 52,8 666,5 -456,0

20 70,3 333 3631,0

25 87,9 -0,5 7718,1

30 105,5 -334 11805,2

-10000

-5000

0

5000

10000

15000

10 15 20 25 30

Número de operadores

Análise de sensibilidade à quantidade de operadores

VAL

59

A partir de 25 funcionários o custo de manutenção de um sistema de DPCs passa a ser mais

dispendioso do que um sistema de terminais centralizado (Tabela 26).

Efetuou-se ainda outra análise de sensibilidade ao consumo dos DPCs, variando de -25 a

25% do valor original utilizado de 250 kWh/ano (Figura 37). Esta análise está presente na figura

abaixo, e é possível concluir que mesmo variando o consumo dos DPCs de 188 kWh/ano a 313

kWh/ano o VAL é sempre maior que zero o que faz com que este projeto possua sempre retorno

financeiro.

Figura 37 – Variação do VAL do projeto consoante a variação do consumo anual de DPCs

Nesta análise retirou-se juntamente com o VAL, os valores de poupança energética

consoante a variação do consumo anual de DPCs (Figura 38). Com a variação do consumo dos

DPCs a poupança na fatura energética e consequente poupança no consumo pode vir a não existir,

neste caso em concreto, quando os consumos de cada DPC são inferiores a 225 kWh/ano.

Figura 38 – Comportamento da poupança energética variando o consumo anual dos DPCs

0

1500

3000

4500

6000

25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% -15% -20% -25%

Variação do Kwh/ano dos desktops PC

Análise de sensibilidade ao consumo anual de DPCs

VAL

-200

-100

0

100

200

300

400

Variação dos consumos de DPCs

Análise de sensibilidade ao consumo anual de DPCs

Poupança na faturaenergética

60

61

5. Conclusões

A eficiência energética pode trazer diversos benefícios, nomeadamente diminuindo os custos

que uma entidade, região ou País têm com os consumos de energia, fomentado a competitividade

económica através de medidas rentáveis, sustentáveis e que como tal proporcionam um melhor

retorno quando equiparadas a outras medidas que se revelam menos eficientes. É sem dúvida

também uma área de atuação a ter fortemente em consideração na panóplia de medidas a

implementar para a prossecução do objetivo global de redução de emissões de GEE, contribuindo

para alcançar as metas e os objetivos traçados tanto pela EU, como por Portugal neste domínio. As

medidas de EE referenciadas na presente dissertação podem não obter os mesmos resultados em

diferentes locais, dado que muitas destas medidas podem depender do comportamento humano o

que pode colocar em causa a sua viabilidade. No entanto, se aliarmos ações de sensibilização às

medidas de EE, potenciamos o seu sucesso, e obtemos resultados tanto a nível micro como

macroeconómico.

O PNAEE teve como principal objetivo criar medidas para alcançar as metas do 20-20-20.

Analisando o mix energético Nacional, de forma a reduzir a dependência e garantir o abastecimento.

As áreas onde este plano incidiu foram os transportes, residências e serviços, indústria e Estado.

Teve como estratégia promover uma melhor eficiência energética que possibilita a proteção do

ambiente e contribui para a segurança energética com uma relação custo-benefício favorável.

No sector dos serviços o PNAEE focou-se em 3 áreas, no “Renove a casa” que possuía

medidas desde a substituição de lâmpadas, equipamentos mais eficientes e nos sistemas de AVAC;

nos “Sistemas de eficiência energética nos Edifícios”, principalmente por via de certificação

energética e finalmente o “Programa Solar” que tinha como objetivo a substituição de energia de

origem fóssil por renováveis. Teve também como preocupação a sensibilização dos comportamentos

e hábitos dos consumidores, uma excelente forma para evitar o Rebound Effect com a promoção da

eficiência energética.

Na transição do plano de 2010 para o de 2013 houve uma série de medidas colocadas de

lado devido à conjuntura económica. Para estas medidas não tinham sido feito nenhuma análise de

sensibilidade a variáveis de decisão relevantes, como por exemplo para o PIB, cuja previsão de 2011

para o ano de 2020 foi 8% inferior à previsão feita pelo PNAER em 2010. Também de todas as

medidas selecionadas e estudadas existe apenas uma na área das TIC, no sector do Estado, a

promoção de teleconferências para a realização de reuniões (XIX Governo 2013).

A área das TIC evolui cada vez mais a uma velocidade estonteante devido por um lado à

generalização do seu uso resultado do crescimento demográfico e da evolução positiva dos

indicadores de desenvolvimento económico e social e, por outro, a produtos cujos ciclos de inovação

são extremamente curtos. Portanto, é essencial a tomada de medidas que possam vir a melhorar a

EE nesta área em franca expansão, sendo também essencial a sensibilização dos seus utilizadores,

62

já que diferentes tipos de uso do mesmo equipamento podem levar a consumos verdadeiramente

dispares (Webber et al. 2006; Eyre 2009; Weidner et al. 2008).

Na presente dissertação foi dedicado um capítulo de revisão a medidas já implementadas em

Lisboa no âmbito da eficiência energética e a outras de possível implementação, analisando alguns

dos seus impactos. Verificou-se que muitas destas medidas iam de encontro às medidas também

selecionadas pelo PNAEE, como por exemplo a mudança de lâmpadas tradicionais por lâmpadas

mais eficientes, tanto na iluminação pública como em semáforos. Medidas no sector doméstico como

telecontagem, renovação de equipamento por mais eficiente, sensibilização dos hábitos do

consumidor e autoconsumo através de renovável.

Quanto ao caso de estudo, uma medida de eficiência energética no âmbito das TIC, mostra

ser uma medida com grande potencial para reduzir tanto consumos energéticos como também os

custos associados.

Existem diversos benefícios em se utilizar um sistema de terminais TC associado a um

servidor, com a virtualização do servidor e dos terminais, comparando com um sistema de desktops

PC num ambiente de escritório, sendo que alguns desses benefícios são:

I. A prevenção de perda de dados e a sua partilha facilitada, a partilha de software e

hardware por todos os utilizadores.

II. A gestão de dados de todo o sistema é simplificada e também a implementação das

atualizações necessárias é facilitada, dado que todo o hardware e software são

deslocados para o mesmo local físico (servidor).

III. Os consumos energéticos individuais de cada terminal no sistema de thin client são

bastante mais reduzidos do que os de DPC, bem como o espaço que estes ocupam,

não havendo tanta libertação de calor.

Nas análises efetuadas na presente dissertação verificou-se que de facto um sistema de TC

consome efetivamente menos energia do que um DPC. No entanto, algumas situações podem não

apresentar benefício quando se opta por um sistema de TC em comparação com um de DPCs.

As principais conclusões retiradas foram:

a) De um ponto de vista económico torna-se uma solução atrativa a partir do momento

em que o número de operadores é suficientemente alto e todos os terminais são thin

client garantindo que:

a.1) A viabilidade do sistema e o investimento necessário para obtenção do sistema

completo de terminais é menor do que a compra efetiva de DPCs como a sua

renovação;

a.2) A manutenção de um sistema centralizado é inferior ao esforço de manutenção

de um sistema de desktops;

63

a.3) Os consumos energéticos são menores podendo levar a um retorno financeiro

elevado quando se opta por tal sistema, devido à poupança na fatura energética

e ao investimento evitado na renovação de desktops antigos por mais recentes.

b) Caso o sistema de DPC seja muito eficiente em termos energéticos poderá não

compensar de todo adquirir um sistema de TC se o objetivo for apenas de poupança.

A medida estudada (sistema de TC) tem algumas limitações. No cenário em que os desktops

são realmente eficientes as poupanças energéticas podem não existir, no entanto do ponto de vista

económico o sistema de terminais contínua a ser compensatório existindo um VAL superior a zero.

Neste caso não só o preço dos desktops e manutenção têm de ser tidos em conta, como também a

gestão do espaço (A.C. necessários só para arrefecimento do escritório devido à libertação de calor

por parte dos desktops). O mesmo se verifica caso os DPC sejam também eles muito baratos na sua

aquisição aliados a um consumo baixo.

Esta medida deve estar presente quando se estuda a possibilidade de instalar novos

desktops numa empresa, todavia as grandes limitações deste tipo de sistema estão presentes nos

objetivos da própria empresa, porque existindo DPCs de baixo consumo ou mesmo capacidade

financeira para obter o melhor material possível (ex. portáteis) esta medida poderá ter diferentes

resultados daqueles aqui apresentados.

Contudo os cenários onde esta tecnologia pode ser inserida terão de ser bem analisados de

forma a entender que nesse ambiente o thin client será bem integrado. Casos os operadores

necessitem de grande capacidade de cálculo, o servidor poderá perder fiabilidade e assim este

sistema poderá não ser a melhor opção. Há que ter em conta assim, o ambiente em que o sistema

centralizado de terminais thin client e o tipo de operadores presentes no mesmo, caso os operadores

necessitem apenas de ferramentas básicas (ex: bancos, hospitais, call centers), então esta tecnologia

poderá trazer as vantagens aqui descritas. Caso contrário, o aumento de número de operadores, com

necessidade de processamento elevada, pode fazer com que o sistema perca alguma fiabilidade de

processamento, tornando-o mais lento, como em casos reais averiguados e experiências que foram

transmitidas sobre a tecnologia aqui analisada.

O potencial que um sistema de terminais com thin clients apresenta do ponto de vista

energético é elevado, mas associado ao uso de serviços de cloud computing poderá ser ainda maior

pois o servidor é fornecido como serviço e assim o seu consumo já não é da responsabilidade da

empresa. Deve ser analisado se a aquisição desse serviço compensa em vez de ter um data center

físico no local. Cloud Computing poderá ser ainda uma solução para uma empresa que em certas

alturas pontuais no ano necessita de mais capacidade no servidor podendo adquirir estes serviços

(SaaS, Paas e IaaS) sem ter de comprar novos equipamentos.

Os objetivos da presente dissertação foram alcançados, verificou-se onde os consumos de

energia elétrica estão mais alocados, quais as medidas de maior relevância para implementação

numa cidade como Lisboa, e que medidas já foram concretizadas bem como estratégias e planos

64

futuras. Conseguiu-se ainda verificar em que condições realmente um sistema centralizado de

terminais é mais eficiente quando comparado com um de desktop PC.

Relativamente a trabalhos futuros, sugere-se a análise deste tipo de sistemas centralizados

mas com a tecnologia zero client, sendo esta ainda mais eficiente do que a de thin client, no entanto

mais cara.

Adicionalmente, sugere-se que futuras revisões do PNAEE e de outros planos tanto a nível

local como nacional para a melhoria da eficiência energética incluam este tipo de medidas, em casos

que o sistema centralizado traz concretos benefícios aliados à segurança de dados e baixos

consumos, como por exemplo hospitais, escolas, universidades, grandes escritórios ou call centres.

65

66

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71

A1

Anexos

A1 – Consumos da cidade de Lisboa e Portugal

Neste anexo são apresentadas as tabelas com os dados dos consumos energéticos tanto da

cidade de Lisboa como Portugal continental, fonte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).

São apresentadas as várias tabelas relativas ao consumo de energia elétrica, Gás Natural e Petróleo

e derivados.

Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)

Consumo de energia eléctrica

Tensão (kWh)

Sector Alta Baixa Autoconsumo Total

01 - Agricultura, produção animal

364.737.501 506.729.573 662.924 872.129.998

02 - Silvicultura 7.949.082 3.208.158 11.157.240

03 - Pesca 68.896.887 6.077.511 74.974.398

05 - Extração de hulha e lenhite

2.292.503 855.679 3.148.182

06 - Extração de petróleo bruto e gás natural

3.626.236 1.535.991 5.162.227

07 - Extração e preparação de minérios metálicos

302.378.591 2.225.817 2.820 304.607.228

08 - Outras indústrias extrativas

249.177.572 17.246.149 3.515.595 269.939.316

09 - Atividades relacionadas com as indústrias extrativas

0 1.796 1.796

10 - Indústrias alimentares 1.083.508.071 351.525.936 22.555.914 1.457.589.921

11 - Indústria das bebidas 245.540.610 15.928.514 1.979.079 263.448.203

12 - Indústria do tabaco 29.119.973 294.884 10.461 29.425.318

13 - Fabricação de têxteis 831.703.121 63.278.013 22.809.946 917.791.080

14 - Indústria do vestuário 109.440.433 51.550.787 998.364 161.989.584

15 - Indústria do couro 110.372.976 29.480.411 139.853.387

16 - Indústrias da madeira e cortiça

523.290.403 39.423.274 7.307.778 570.021.455

17 - Fabricação de pasta, papel e cartão

2.617.436.651 6.392.418 290.025.354 2.913.854.423

18 - Impressão e reprodução de suportes gravados

133.895.722 24.387.465 158.283.187

19 - Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados

169.699.396 2.038.112 387.531.818 559.269.326

20 - Fabricação de produtos químicos

1.302.969.669 14.417.543 60.553.987 1.377.941.199

21 - Fabricação de produtos farmacêuticos

96.206.443 5.827.342 102.033.785

22 - Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas

889.757.559 26.519.300 4.821.803 921.098.662

23 - Fabricação de outros produtos minerais não metálicos

1.900.721.487 29.582.619 53.772.103 1.984.076.209

24 - Indústrias metalúrgicas de base

1.395.579.641 8.312.660 1.403.892.301

A2

Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)

Consumo de energia eléctrica

Tensão (kWh)

25 - Fabricação de produtos metálicos

644.048.291 59.101.297 585.978 703.735.566

26 - Fabricação de equipamentos informáticos

76.983.189 6.428.244 83.411.433

27 - Fabricação de equipamento elétrico

318.900.050 7.678.208 326.578.258

28 - Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e.

171.754.792 25.706.041 197.460.833

29 - Fabricação de veículos automóveis

211.672.807 5.512.507 217.185.314

30 - Fabricação de outro equipamento de transporte

210.914.619 4.728.402 215.643.021

31 - Fabrico de mobiliário e de colchões

0 15.585.913 15.585.913

32 - Outras indústrias transformadoras

502.437.826 53.039.975 555.477.801

33 - Reparação, manutenção e instalação de máquinas

0 29.802 10.878 40.680

35 - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio

179.903.048 22.000.735 23.525.774 225.429.557

36 - Captação, tratamento e distribuição de água

530.893.276 136.219.248 2.096.336 669.208.860

37 - Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais

0 76.548 2.351.497 2.428.045

38 - Recolha, tratamento e eliminação de resíduos

207.687.541 19.999.780 80.007.718 307.695.039

41 - Promoção imobiliária; construção

217.053.783 242.818.421 2.130 459.874.334

42 - Engenharia civil 5.096.862 18.496.671 23.593.533

43 - Atividades especializadas de construção

28.538.870 34.421.818 62.960.688

45 - Comércio, manutenção e reparação de automóveis e motociclos

78.681.125 144.875.324 223.556.449

46 - Comércio por grosso, exceto automóveis e motociclos

474.265.778 334.884.583 25.950 809.176.311

47 - Comércio a retalho, exceto automóveis e motociclos

1.286.009.487 1.571.778.330 46.413 2.857.834.230

49 - Transportes terrestres e por oleodutos ou gasodutos

553.341.982 27.385.140 734.305 581.461.427

50 - Transportes por água 28.682.288 11.107.336 39.789.624

51 - Transportes aéreos 20.968.409 2.527.527 23.495.936

52 - Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes

273.627.324 201.140.114 231.789 474.999.227

53 - Atividades postais e de courier

0 24.450 7.065 31.515

55 - Alojamento 448.992.000 193.576.386 45.063 642.613.449

56 - Restauração e similares 42.767.572 1.091.320.885 1.134.088.457

59 - Atividades cinematográficas, de vídeo

11.115.683 12.525.677 23.641.360

60 - Atividades de rádio e de televisão

46.888.372 25.004.247 122.808 72.015.427

A3

Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)

Consumo de energia eléctrica

Tensão (kWh)

61 - Telecomunicações 372.085.708 311.372.305 3.291.429 686.749.442

62 - Consultoria e programação informática

26.352.546 21.962.095 48.314.641

63 - Atividades dos serviços de informação

705.749 1.352.397 2.058.146

64 - Atividades de serviços financeiros

206.197.656 211.573.392 12.243.312 430.014.360

65 - Seguros, fundos de pensões, exceto segurança social obrigatória

24.339.190 18.841.638 43.180.828

66 - Atividades auxiliares de serviços financeiros e seguros

11.561.107 48.861.506 900 60.423.513

68 - Atividades imobiliárias 410.973.693 231.897.729 2.471.281 645.342.703

69 - Atividades jurídicas e de contabilidade

0 44.510 44.510

71 - Atividades de arquitetura, engenharia e técnicas afins

0 7.015 651.387 658.402

72 - Atividades de investigação científica e de desenvolvimento

55.537.569 6.510.588 2.000 62.050.157

73 - Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião

18.101.982 14.179.832 32.281.814

74 - Outras atividades de consultoria, científicas e técnicas

0 48.312 48.312

75 - Atividades veterinárias 176.440 2.829.186 3.005.626

77 - Atividades de aluguer 4.874.144 6.508.725 11.382.869

79 - Agências de viagem, operadores turísticos

3.958.641 10.670.854 14.629.495

81 - Manutenção de edifícios e jardins

122.296.453 91.828.548 214.125.001

82 - Serviços administrativos e de apoio às empresas

78.140 7.552.677 2.435.989 10.066.806

84 - Administração pública e defesa; segurança social obrigatória

419.841.832 541.555.408 121.096 961.518.336

85 - Educação 266.585.714 302.225.290 568.811.004

86 - Atividades de saúde humana

539.412.438 131.683.326 10.314.933 681.410.697

87 - Apoio social com alojamento

87.688.634 149.010.450 236.699.084

88 - Apoio social sem alojamento

0 21.963 21.963

90 - Teatro, música e dança 0 1.083 4.800 5.883

91 - Bibliotecas, arquivos e museus

23.837.623 17.464.845 41.302.468

92 - Lotarias e outros jogos de apostas

0 0 4.485 4.485

93 - Atividades desportivas, de diversão e recreativas

132.241.224 145.284.263 2.669.807 280.195.294

94 - Organizações associativas

154.907.199 193.829.672 9.930 348.746.801

A4

Tabela 27 – Consumo de energia elétrica em Portugal Continental (DGEG)

Consumo de energia eléctrica

Tensão (kWh)

95 - Reparação de computadores e de bens de uso pessoal

0

37.692

37.692

96 - Outras atividades de serviços pessoais

476.395.654 1.345.764.125 67.270 1.822.227.049

98 - Consumo doméstico 9.773.258 13.215.855.253 13.225.628.511

99 - Atividades dos organismos internacionais

4.914.958 3.531.442 8.446.400

991 - Consumo próprio 6.981.531 9.854.385 16.835.916

993 - Iluminação vias públicas e sinalização semafórica

8.184.023 1.594.208.261 1.602.392.284

Total 22.397.528.607 24.111.202.328 1.000.630.269 47.509.361.204

Com a Tabela 27 foi possível agrupar nos diferentes sectores utilizados no capítulo 2 onde se

fez a comparação com os consumos elétricos da cidade de Lisboa presente na Tabela 2.

Tabela 28 – Consumo de energia elétrica na cidade de Lisboa (DGEG)

Consumo de Energia Elétrica

Tensão (kWh)

Tipo de Consumo Alta Baixa Autoconsumo Total

Agricultura (Normal) 1.407.083 2.378.450 0 3.785.533

Aquecimento c/ Contador Pp 0 136.493 0 136.493

Doméstico Normais 0 788.678.474 0 788.678.474

Edifícios do Estado 350.508.363 102.163.136 0 452.671.499

Iluminação Vias Públicas 0 56.107.769 0 56.107.769

Indústria (Normal) 111.872.223 74.977.457 1.061.748 187.911.428

Indústria (Sazonal) 0 796 0 796

Não-doméstico 882.669.706 790.423.489 1.393.126 1.674.486.321

Tração 119.120.447 0 0 119.120.447

Total 1.465.577.822 1.814.866.064 2.454.874 3.282.898.760

Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG)

Atividade Económica Total

(103Nm

3)

01-Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados 7.746

02-Silvicultura e exploração florestal 550

03-Pesca e aquicultura 107

05-Extracção de hulha e lenhite 221

06-Extracção de petróleo bruto e gás natural 10

07-Extracção e preparação de minérios metálicos 48

08-Outras indústrias extractivas 26.760

09-Actividades dos serviços relacionados com as indústrias extractivas 47

10-Indústrias alimentar 127.072

11-Indústria das bebidas 11.361

12-Indústria do tabaco 3.546

13-Fabricação de têxteis 133.113

A5

Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG)

Atividade Económica Total

(103Nm

3)

14-Indústria do vestuário 9.762

15-Indústria do couro e dos produtos do couro 4.839

16-Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; Fabricação de obras de cestaria e de espartaria

10.032

17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos 123.837

18-Impressão e reprodução de suportes gravados 3.566

19-Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis

184.204

20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos

115.573

21-Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas 5.938

22-Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 8.877

23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos 543.521

24-Indústrias metalúrgicas de base 62.302

25-Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 23.288

26-Fabricação de equipamentos informáticos, equipamento para comunicações e produtos electrónicos e ópticos

4.651

27-Fabricação de equipamento eléctrico 6.690

28-Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 2.209

29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis

17.150

30-Fabricação de outro equipamento de transporte 413

31-Fabrico de mobiliário e de colchões 1.674

32-Outras indústrias transformadoras 1.150

33-Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos 1.632

35-Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 2.908.238

36-Captação, tratamento e distribuição de água 319

37-Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 431

38-Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais 7.401

39-Descontaminação e atividades similares 1

41-Promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios); construção de edifícios

1.690

42-Engenharia civil 4.198

43-Actividades especializadas de construção 6.999

45-Comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos 930

46-Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos 8.396

47-Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos 5.041

49-Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos 14.123

52-Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes (inclui manuseamento) 5.867

53-Actividades postais e de courier 77

55-Alojamento 20.759

56-Restauração e similares 29.487

58-Actividades de edição 119

59-Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música

115

60-Actividades de rádio e de televisão 117

61-Telecomunicações 109

62-Consultoria e programação informática e atividades relacionadas 41

63-Actividades dos serviços de informação 11

A6

Tabela 29 – Consumo de Gás Natural em Portugal (DGEG)

Atividade Económica Total

(103Nm

3)

64-Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões 4.887

65-Seguros, resseguros e fundos de pensões, excepto segurança social obrigatória 253

66-Actividades auxiliares de serviços financeiros e dos seguros 94

68-Actividades imobiliárias 11.455

69-Actividades jurídicas e de contabilidade 172

70-Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 1.680

71-Actividades de arquitetura, de engenharia e técnicas afins; atividades de ensaios e de análises técnicas

14.539

72-Actividades de investigação científica e de desenvolvimento 860

73-Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 28

74-Outras atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 56

75-Actividades veterinárias 187

77-Actividades de aluguer 1.945

78-Actividades de emprego 8

79-Agências de viagem, operadores turísticos, outros serviços de reservas e atividades relacionadas

249

80-Actividades de investigação e segurança 623

81-Actividades relacionadas com edifícios, plantação e manutenção de jardins 4.185

82-Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas 6.624

84-Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 26.348

85-Educação 11.292

86-Actividades de saúde humana 45.488

87-Actividades de apoio social com alojamento 9.504

88-Actividades de apoio social sem alojamento 4.346

90-Actividades de teatro, de música, de dança e outras atividades artísticas e literárias 375

91-Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras atividades culturais 388

92-Lotarias e outros jogos de aposta 960

93-Actividades desportivas, de diversão e recreativas 13.139

94-Actividades das organizações associativas 9.016

95-Reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico 19

96-Outras atividades de serviços pessoais 9.082

98-Consumo doméstico 279.797

99-Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 245

Total 4.914.202

Desta tabela agrupou-se os vários tipo de atividades com a finalidade de obter os mesmo

sectores que nos consumos de energia elétrica. A tabela adaptada foi apresentada no capítulo 2.

A7

Tabela 30 – Venda total de Petróleo e derivados por atividade económica em Portugal continental em toneladas (Fonte: DGEG)

Atividade Económica Total (ton.)

01-Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados 225.995

02-Silvicultura e exploração florestal 2.575

03-Pesca e aquicultura 14.447

05-Extracção de hulha e lenhite 1

06-Extracção de petróleo bruto e gás natural 4

07-Extracção e preparação de minérios metálicos 9.674

08-Outras indústrias extractivas 33.079

09-Actividades dos serviços relacionados com as indústrias extractivas 1.092

10-Indústrias alimentares 92.691

11-Indústria das bebidas 3.180

12-Indústria do tabaco 3

13-Fabricação de têxteis 14.089

14-Indústria do vestuário 5.176

15-Indústria do couro e dos produtos do couro 360

16-Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; Fabricação de obras de cestaria e de espartaria

10.614

17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos 45.041

18-Impressão e reprodução de suportes gravados 650

19-Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis

2.593

20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos

1.303.335

21-Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas 717

22-Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 9.707

23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos 528.357

24-Indústrias metalúrgicas de base 5.264

25-Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 14.474

26-Fabricação de equipamentos informáticos, equipamento para comunicações e produtos electrónicos e ópticos

124

27-Fabricação de equipamento eléctrico 1.098

28-Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 2.563

29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis

4.105

30-Fabricação de outro equipamento de transporte 800

31-Fabrico de mobiliário e de colchões 1.926

32-Outras indústrias transformadoras 605

33-Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos 1.011

35-Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 262.915

36-Captação, tratamento e distribuição de água 1.654

37-Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 23

38-Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais 22.976

39-Descontaminação e atividades similares 96

41-Promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios); construção de edifícios

23.968

42-Engenharia civil 433.199

43-Actividades especializadas de construção 21.161

45-Comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos 12.591

46-Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos 201.418

47-Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos 256.454

49-Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos 5.361.022

50-Transportes por água 14.832

A8

Tabela 30 – Venda total de Petróleo e derivados por atividade económica em Portugal continental em toneladas (Fonte: DGEG)

Atividade Económica Total (ton.)

51-Transportes aéreos 9

52-Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes (inclui manuseamento) 694

53-Actividades postais e de courier 1

55-Alojamento 15.980

56-Restauração e similares 5.134

58-Actividades de edição 6

59-Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música

46

60-Actividades de rádio e de televisão 11

62-Consultoria e programação informática e atividades relacionadas 13

63-Actividades dos serviços de informação 44

64-Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões 127

65-Seguros, resseguros e fundos de pensões, excepto segurança social obrigatória 4

66-Actividades auxiliares de serviços financeiros e dos seguros 265

68-Actividades imobiliárias 2.162

69-Actividades jurídicas e de contabilidade 7

70-Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 1.481

71-Actividades de arquitetura, de engenharia e técnicas afins; atividades de ensaios e de análises técnicas

257

72-Actividades de investigação científica e de desenvolvimento 137

73-Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 13

74-Outras atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 24

75-Actividades veterinárias 6

77-Actividades de aluguer 71

79-Agências de viagem, operadores turísticos, outros serviços de reservas e atividades relacionadas

12

80-Actividades de investigação e segurança 3

81-Actividades relacionadas com edifícios, plantação e manutenção de jardins 53

82-Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas 685

84-Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 13.932

85-Educação 5.856

86-Actividades de saúde humana 7.434

87-Actividades de apoio social com alojamento 11.345

88-Actividades de apoio social sem alojamento 5.319

90-Actividades de teatro, de música, de dança e outras atividades artísticas e literárias 9

91-Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras atividades culturais 67

92-Lotarias e outros jogos de aposta 49

93-Actividades desportivas, de diversão e recreativas 1.858

94-Actividades das organizações associativas 2.081

95-Reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico 1

96-Outras atividades de serviços pessoais 3.995

98-Consumo doméstico 91.614

99-Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 55

Total 9.118.521

A9

Tabela 31 – Vendas de petróleo e derivados na cidade de Lisboa por atividade económica (Fonte: DGEG)

Atividade Económica Total (ton.)

01-Agricultura, produção animal, caça e atividades dos serviços relacionados 2.411

02-Silvicultura e exploração florestal 91

03-Pesca e aquicultura 117

08-Outras indústrias extractivas 245

10-Indústrias alimentar 569

13-Fabricação de têxteis 35

16-Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; Fabricação de obras de cestaria e de espartaria

12

17-Fabricação de pasta, de papel, de cartão e seus artigos 45

18-Impressão e reprodução de suportes gravados 1

19-Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis

6

20-Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos

22

22-Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 7

23-Fabrico de outros produtos minerais não metálicos 577

24-Indústrias metalúrgicas de base 53

25-Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 184

27-Fabricação de equipamento eléctrico 1

28-Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 6

29-Fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis

13

30-Fabricação de outro equipamento de transporte 15

32-Outras indústrias transformadoras 15

33-Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos 32

35-Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 1.776

36-Captação, tratamento e distribuição de água 46

37-Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 3

38-Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais 108

41-Promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios); construção de edifícios

167

42-Engenharia civil 28.685

43-Actividades especializadas de construção 131

45-Comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos 663

46-Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos

21.844

47-Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos 7.150

49-Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos 556.400

50-Transportes por água 56

51-Transportes aéreos 5

52-Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes (inclui manuseamento)

105

55-Alojamento 479

56-Restauração e similares 59

58-Actividades de edição 0

59-Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música

1

64-Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões 1

66-Actividades auxiliares de serviços financeiros e dos seguros 9

68-Actividades imobiliárias 657

70-Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 6

71-Actividades de arquitetura, de engenharia e técnicas afins; atividades de ensaios e de análises técnicas

3

72-Actividades de investigação científica e de desenvolvimento 6

73-Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 4

A10

Tabela 31 – Vendas de petróleo e derivados na cidade de Lisboa por atividade económica (Fonte: DGEG)

Atividade Económica Total (ton.)

77-Actividades de aluguer 4

82-Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas 48

84-Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 731

85-Educação 117

86-Actividades de saúde humana 2

87-Actividades de apoio social com alojamento 4

88-Actividades de apoio social sem alojamento 23

91-Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras atividades culturais 32

93-Actividades desportivas, de diversão e recreativas 45

94-Actividades das organizações associativas 1

96-Outras atividades de serviços pessoais 2

98-Consumo doméstico 1.016

99-Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

35

Total 624.879

A11

A2 – Dados recolhidos na Lisboa E-Nova

As próximas tabelas apresentam os valores de todas as medições retiradas no período de 31

dias na Agência Municipal de Energia e Ambiente, valores de Potência Máxima (Pmax), Volt (V),

Amperes (A) e kWh, todos eles retirados às 9 horas, 10 horas e 30 minutos, 13 horas e às 18 horas.

Todos os dados presentes nestas tabelas serviram de base para os cálculos posteriormente

efectuados.

Os valores recolhidos na primeira semana foram os seguintes:

4ª feira 16-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 0 0 0 0

09:00 0 0 0 0

10:30 0,1 0,1 0 0

10:30 149,6 133,7 13,4 82,8

13:00 0,5 0,4 0 0,2

13:00 153,8 135,6 13,4 82,8

18:00 1,1 0,9 0,1 0,5

18:00 153,8 137,4 13,4 82,8

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 0 0 0 0

09:00 0 0 0 0

10:30 220 220 227 226

10:30 0,6 0,55 0,12 0,35

13:00 223 220 232 231

13:00 0,6 0,55 0,12 0,32

18:00 231 231 235 234

18:00 0,57 0,48 0,01 0,04

5ª feira 17-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 2,9 2,5 0,1 0,5

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 3,1 2,6 0,1 0,6

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 3,4 2,9 0,1 0,7

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 4 3,4 0,2 1

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 224 223 230 229

09:00 0,58 0,5 0,12 0,33

10:30 220 220 226 226

10:30 0,55 0,46 0,12 0,33

13:00 221 221 228 228

13:00 0,52 0,45 0,12 0,33

18:00 220 220 224 226

18:00 0,5 0,44 0,1 0,33

A12

Os valores correspondentes à segunda semana foram:

2ª feira 21-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 12,6 10,5 0,4 1,1

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 12,8 10,7 0,4 1,2

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 13,1 10,9 0,4 1,3

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 13,7 11,4 0,5 1,6

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 225 224 229 229

09:00 0,5 0,4 0,11 0,33

10:30 222 222 226 227

10:30 0,57 0,49 0,12 0,34

13:00 221 220 225 224

13:00 0,6 0,5 0,11 0,35

18:00 227 228 232 232

18:00 0,47 0,4 0,01 0,32

3ª feira 22-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 15,2 12,6 0,5 2,5

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 15,3 12,8 0,5 2,5

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 15,6 13 0,5 2,7

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 16,2 13,5 0,6 2,9

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V Servidor

TC PCc

A Servidor

TC PCc A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 223 223 227 227

09:00 0,47 0,42 0,01 0,33

10:30 225 226 220 222

10:30 0,5 0,45 0,11 0,33

13:00 226 224 226 227

13:00 0,48 0,4 0,1 0,33

18:00 232 232 224 224

18:00 0,48 0,41 0,02 0,03

4ª f 23-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 17,7 14,8 0,6 3

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 17,9 14,9 0,6 3,1

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 18,2 15,1 0,7 3,2

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 18,8 15,6 0,7 3,5

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

A13

4ª f 23-04

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 224 225 231 230

09:00 0,49 0,41 0,11 0,33

10:30 226 227 230 229

10:30 0,5 0,4 0,11 0,33

13:00 228 228 229 229

13:00 0,48 0,41 0,11 0,33

18:00 228 229 237 236

18:00 0,49 0,4 0,11 0,04

5ª feira 24-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 20,3 16,9 0,8 3,5

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 20,4 17 0,8 3,6

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 20,7 17,3 0,8 3,7

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 21,3 17,8 0,9 4

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 223 224 228 228

09:00 0,48 0,4 0,11 0,41

10:30 224 224 227 227

10:30 0,56 0,49 0,11 0,33

13:00 225 225 230 231

13:00 0,6 0,49 0,13 0,32

18:00 223 224 228 229

18:00 0,5 0,4 0,11 0,3

Terceira semana:

2ª feira 28-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 30 25 1 4,1

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 30,2 25,1 1,1 4,1

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 30,5 25,3 1,1 4,3

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 31,1 25,9 1,2 4,6

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 223 223 229 230

09:00 0,49 0,41 0,11 0,03

10:30 224 225 228 228

10:30 0,48 0,42 0,11 0,33

13:00 225 225 228 227

13:00 0,5 0,4 0,11 0,33

18:00 228 228 232 232

18:00 0,54 0,45 0,01 0,03

A14

3ª feira 29-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 32,7 27,3 1,2 4,6

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 32,9 27,4 1,2 4,7

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 33,2 27,7 1,2 4,8

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 33,8 28,2 1,3 5,1

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 227 227 230 230

09:00 0,52 0,45 0,12 0,03

10:30 226 226 228 227

10:30 0,58 0,44 0,11 0,33

13:00 228 224 226 226

13:00 0,49 0,41 0,11 0,33

18:00 228 228 232 232

18:00 0,52 0,44 0,01 0,03

4ª feira 30-04

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 35,5 29,6 1,3 5,1

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 35,7 29,7 1,3 5,2

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 36 30 1,4 5,3

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 36,6 30,5 1,4 5,6

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 227 227 223 231

09:00 0,6 0,45 0,01 0,03

10:30 222 223 222 226

10:30 0,57 0,51 0,11 0,33

13:00 225 225 232 233

13:00 0,62 0,55 0,14 0,32

18:00 227 226 226 231

18:00 0,57 0,48 0,11 0,03

6ª feira 02-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 40,9 34,1 1,5 5,6

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 41,1 34,3 1,5 5,7

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 41,3 34,5 1,5 5,9

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 41,9 35 1,5 6,1

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V Servidor

TC PCc

A Servidor

TC PCc A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 231 230 224 224

09:00 0,55 0,48 0,01 0,33

10:30 229 228 227 224

10:30 0,58 0,45 0,01 0,33

13:00 228 228 226 224

13:00 0,6 0,5 0,01 0,33

18:00 228 228 231 231

18:00 0,58 0,55 0,01 0,03

A15

Quarta semana:

2ª feira 05-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 48,8 40,8 1,6 6,2

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 49 40,9 1,6 6,3

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 49,3 41,2 1,7 6,4

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 50 41,7 1,7 6,7

18:00 153,8 137,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 224 224 228 229

09:00 0,52 0,44 0,11 0,03

10:30 225 226 228 228

10:30 0,49 0,41 0,11 0,33

13:00 227 227 229 228

13:00 0,58 0,53 0,11 0,33

18:00 229 229 234 234

18:00 0,6 0,48 0,01 0,03

3ª feira 06-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 51,6 43,1 1,8 6,7

09:00 153,8 137,4 14,3 83,3

10:30 51,8 43,3 1,8 6,8

10:30 153,8 137,4 14,3 83,3

13:00 52,1 43,5 1,8 7

13:00 153,8 137,4 14,3 83,3

18:00 52,8 44,1 1,9 7,2

18:00 159,3 142,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 228 228 231 229

09:00 0,6 0,51 0,01 0,03

10:30 226 226 228 227

10:30 0,61 0,55 0,11 0,33

13:00 230 228 227 227

13:00 0,58 0,5 0,11 0,33

18:00 231 231 232 233

18:00 0,6 0,53 0,12 0,03

4ª feira 07-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 54,6 45,7 1,9 7,3

09:00 159,3 142,4 14,3 83,3

10:30 54,8 45,9 1,9 7,4

10:30 159,3 142,4 14,3 83,3

13:00 55,2 46,2 1,9 7,5

13:00 159,3 142,4 14,3 83,3

18:00 55,7 46,6 2 7,7

18:00 159,3 142,4 14,3 83,3

A16

4ª feira 07-05

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 227 227 231 231

09:00 0,58 0,51 0,12 0,32

10:30 227 228 231 231

10:30 0,61 0,56 0,12 0,33

13:00 227 227 233 234

13:00 0,56 0,48 0,12 0,32

18:00 228 228 232 232

18:00 0,56 0,5 0,01 0,03

5ª feira 08-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 57,7 48,3 2 7,8

09:00 159,3 142,4 14,3 83,3

10:30 57,8 48,5 2 7,8

10:30 159,3 142,4 14,3 83,3

13:00 58,2 48,7 2,1 8

13:00 160,6 142,4 14,3 83,3

18:00 58,8 49,3 2,1 8,3

18:00 162,4 142,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 222 222 231 231

09:00 0,6 0,51 0,01 0,03

10:30 225 225 228 228

10:30 0,6 0,53 0,12 0,33

13:00 225 225 226 226

13:00 0,64 0,58 0,12 0,33

18:00 225 225 230 229

18:00 0,62 0,54 0,12 0,33

6ª feira 09-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 60,8 51 2,1 9,1

09:00 162,4 143,4 14,3 83,3

10:30 60,9 51,1 2,2 9,2

10:30 162,4 143,4 14,3 83,3

13:00 61,3 51,3 2,2 9,3

13:00 162,4 143,4 14,3 83,3

18:00 61,9 52 2,3 9,6

18:00 162,4 143,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 223 224 229 228

09:00 0,6 0,52 0,11 0,32

10:30 222 222 228 229

10:30 0,64 0,56 0,12 0,34

13:00 222 223 227 227

13:00 0,65 0,56 0,12 0,33

18:00 228 228 224 224

18:00 0,6 0,51 0,01 0,03

A17

Quinta semana de medições:

2ª feira 12-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 69,8 58,7 2,4 13,2

09:00 162,4 143,4 14,3 83,3

10:30 70 58,9 2,4 13,2

10:30 162,4 143,4 14,3 83,3

13:00 70,4 59,2 2,4 13,4

13:00 162,4 143,4 14,3 83,3

18:00 71 59,7 2,5 13,7

18:00 162,4 143,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 224 224 228 228

09:00 0,6 0,51 0,12 0,32

10:30 223 223 227 227

10:30 0,64 0,57 0,12 0,35

13:00 226 226 232 232

13:00 0,61 0,54 0,12 0,32

18:00 231 231 234 234

18:00 0,58 0,49 0,12 0,03

3ª feira 13-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 72,9 61,4 2,6 13,7

09:00 162,4 143,4 14,3 83,3

10:30 73,1 61,5 2,7 13,7

10:30 162,4 143,4 14,3 83,3

13:00 73,4 61,8 2,7 13,9

13:00 162,4 143,4 14,3 83,3

18:00 74,1 62,4 2,7 14,2

18:00 162,4 143,4 14,3 83,3

V Servidor

TC PCc

A Servidor

TC PCc A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 226 227 231 231

09:00 0,59 0,5 0,11 0,03

10:30 223 222 228 229

10:30 0,67 0,51 0,12 0,33

13:00 222 222 227 227

13:00 0,62 0,55 0,12 0,33

18:00 225 225 231 229

18:00 0,66 0,56 0,01 0,03

4ª feira 14-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 76 64 2,8 14,2

09:00 162,4 143,4 14,3 83,3

10:30 76,2 64,2 2,8 14,2

10:30 162,4 143,4 14,3 83,3

13:00 76,5 64,5 2,8 14,4

13:00 162,4 143,4 14,3 83,3

18:00 77,2 65 2,9 14,7

18:00 162,4 143,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 222 223 230 230

09:00 0,6 0,51 0,12 0,03

10:30 226 226 228 228

10:30 0,65 0,58 0,12 0,33

13:00 225 225 231 230

13:00 0,61 0,54 0,12 0,35

18:00 226 227 230 230

18:00 0,58 0,5 0,01 0,03

A18

5ª feira 08-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 79,1 66,7 2,9 14,7

09:00 162,4 143,4 14,3 83,3

10:30 79,2 66,8 2,9 14,7

10:30 162,4 143,4 14,3 83,3

13:00 79,6 67,1 3 14,9

13:00 162,4 143,4 14,3 83,3

18:00 80,3 67,7 3 15,2

18:00 162,4 143,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 223 222 229 228

09:00 0,6 0,54 0,12 0,03

10:30 223 224 228 228

10:30 0,63 0,57 0,12 0,35

13:00 223 223 228 228

13:00 0,61 0,53 0,13 0,33

18:00 229 230 233 233

18:00 0,62 0,5 0,11 0,03

6ª feira 16-05

kWh

Servidor TC PCc

Pmax (W)

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 82,2 69,3 3 15,2

09:00 162,4 143,4 14,3 83,3

10:30 82,4 69,5 3,1 15,2

10:30 162,4 143,4 14,3 83,3

13:00 82,7 69,8 3,1 15,4

13:00 162,4 143,4 14,3 83,3

18:00 83,4 70,4 3,2 15,7

18:00 162,4 143,4 14,3 83,3

V

Servidor TC PCc

A

Servidor TC PCc

A-1 A-2

A-1 A-2

09:00 222 222 230 230

09:00 0,59 0,52 0,12 0,03

10:30 226 226 230 231

10:30 0,63 0,56 0,12 0,33

13:00 223 224 230 231

13:00 0,67 0,57 0,12 0,32

18:00 226 225 231 230

18:00 0,62 0,55 0,12 0,33

Nos fins de semana e feriados os valores de kWh foram obtidos considerando que o consumo

dentro desse período era constante.

As tabelas das páginas seguintes apresentam os consumos dos vários aparelhos medidos na

Lisboa E-Nova, por hora de ponta, cheia e vazio durante os dias úteis em que foram feitas as

medições.

A19

4ª Feira (kWh) - Dia 1 A1 A2 TC PCc

5ª Feira (kWh) - Dia 2 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0 0 0 0

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,96 0,85 0 0

Cheias 8:00-9:00 0 0 0 0

Cheias 8:00-9:00 0,12 0,11 0 0

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0 0 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,2

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,1

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,18 0,16 0 0 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,15 0,12 0,003 0,002

Ponta 19:30-21:00 0,18 0,16 0 0

Ponta 19:30-21:00 0,15 0,12 0,003 0,002

Cheias 21:00-22:00 0,12 0,11 0 0

Cheias 21:00-22:00 0,099 0,082 0,002 0,001

Vazio 22:00-00:00 0,24 0,22 0 0

Vazio 22:00-00:00 0,198 0,16 0,005 0,002

2ª Feira (kWh) - Dia 6 A1 A2 TC PCc

3ª Feira (kWh) - Dia 7 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,79 0,65 0,018 0,009

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,80 0,64 0 0,43

Cheias 8:00-9:00 0,099 0,082 0,002 0,001

Cheias 8:00-9:00 0,10 0,08 0 0,05

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,1 0,2 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,2

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,2

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,15 0,12 0 0,08 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,15 0,13 0 0,010

Ponta 19:30-21:00 0,15 0,12 0 0,08

Ponta 19:30-21:00 0,15 0,13 0 0,010

Cheias 21:00-22:00 0,10 0,08 0 0,05

Cheias 21:00-22:00 0,10 0,09 0 0,007

Vazio 22:00-00:00 0,20 0,16 0 0,11

Vazio 22:00-00:00 0,20 0,17 0 0,013

A20

4ª Feira (kWh) - Dia 8 A1 A2 TC PCc

5ª Feira (kWh) - Dia 9 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,80 0,69 0,000 0,053

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,80 0,69 0,05 0

Cheias 8:00-9:00 0,100 0,087 0,000 0,007

Cheias 8:00-9:00 0,10 0,09 0,007 0

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0,1 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,1

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0 0,3

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,1 0,3

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,15 0,13 0,01 0 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,15 0,12 0,002 0,002

Ponta 19:30-21:00 0,15 0,13 0,01 0

Ponta 19:30-21:00 0,15 0,12 0,002 0,002

Cheias 21:00-22:00 0,10 0,09 0,007 0

Cheias 21:00-22:00 0,10 0,08 0,001 0,001

Vazio 22:00-00:00 0,20 0,17 0,01 0

Vazio 22:00-00:00 0,20 0,17 0,002 0,002

2ª Feira (kWh) - Dia 13 A1 A2 TC PCc

3ª Feira (kWh) - Dia 14 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,80 0,66 0,01 0,01

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,85 0,75 0,00 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,100 0,083 0,001 0,001

Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0,1 0 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,2

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,1

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,60 0,10 0,30

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,10 0,30

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,16 0,14 0,00 0,00 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,17 0,14 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,16 0,14 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,17 0,14 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,21 0,19 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,23 0,19 0,00 0,00

A21

4ª Feira (kWh) - Dia 15 A1 A2 TC PCc

6ª Feira (kWh) - Dia 17 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,91 0,75 0,00 0,00

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,88 0,74 0,02 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0,1 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,2 0,2 0 0,2

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,00 0,30

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,00 0,20

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,17 0,14 0,00 0,00 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,16 0,14 0,002 0,002

Ponta 19:30-21:00 0,17 0,14 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,16 0,14 0,002 0,002

Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,002 0,002

Vazio 22:00-00:00 0,22 0,18 0,01 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,22 0,18 0,003 0,003

2ª Feira (kWh) - Dia 20 A1 A2 TC PCc

3ª Feira (kWh) - Dia 21 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,88 0,74 0,01 0,01

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,85 0,75 0,05 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,00 0,002

Cheias 8:00-9:00 0,11 0,09 0,01 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0 0,1 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0,1 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,2 0 0,2

Cheias 13:00-18:00 0,70 0,50 0,00 0,30

Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,10 0,20

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,16 0,14 0,01 0,00 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,18 0,16 0,00 0,01

Ponta 19:30-21:00 0,16 0,14 0,01 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,18 0,16 0,00 0,01

Cheias 21:00-22:00 0,11 0,09 0,01 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,12 0,11 0,00 0,01

Vazio 22:00-00:00 0,21 0,19 0,01 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,24 0,21 0,00 0,01

A22

4ª Feira (kWh) - Dia 22 A1 A2 TC PCc

5ª Feira (kWh) - Dia 23 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 0,96 0,85 0,00 0,05

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 1,07 0,91 0,00 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,12 0,11 0,00 0,01

Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0,1 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,1 0,2 0 0

Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,4 0,2 0,1 0,2

Cheias 13:00-18:00 0,50 0,40 0,10 0,30

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,60 0,00 0,30

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,20 0,17 0,00 0,00 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,20 0,17 0,00 0,08

Ponta 19:30-21:00 0,20 0,17 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,20 0,17 0,00 0,08

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,05

Vazio 22:00-00:00 0,27 0,23 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,27 0,23 0,00 0,11

6ª Feira (kWh) - Dia 24 A1 A2 TC PCc

2ª Feira (kWh) - Dia 27 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 1,07 0,91 0,00 0,43

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 1,00 0,85 0,01 0,46

Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,05

Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,06

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0,1 0,1 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0

Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,1

Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0 0,2

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,60 0,10 0,30

Cheias 13:00-18:00 0,60 0,50 0,10 0,30

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,00 0,09 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,19 0,17 0,01 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,00 0,09

Ponta 19:30-21:00 0,19 0,17 0,01 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,06

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,01 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,00 0,11

Vazio 22:00-00:00 0,25 0,23 0,01 0,00

A23

3ª Feira (kWh) - Dia 28 A1 A2 TC PCc

4ª Feira (kWh) - Dia 29 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 1,01 0,91 0,05 0,00

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 1,01 0,85 0,05 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,01 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,01 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,1 0,1 0 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0 0

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,2

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,2

Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,00 0,30

Cheias 13:00-18:00 0,70 0,50 0,10 0,30

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,01 0,00 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,19 0,17 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,01 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,19 0,17 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,01 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,01 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,25 0,23 0,00 0,00

5ª Feira (kWh) - Dia 30 A1 A2 TC PCc

6ª Feira (kWh) - Dia 31 A1 A2 TC PCc

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 1,01 0,91 0,00 0,00

Fora do período laboral

Vazio 00:00-8:00 1,01 0,85 0,00 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,00

Cheias 8:00-9:00 0,13 0,11 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,1 0,1 0 0 LEN

(trabalho)

Cheias 9:00-10:30 0,2 0,2 0,1 0

Ponta 10:30-13:00 0,4 0,3 0,1 0,2

Ponta 10:30-13:00 0,3 0,3 0 0,2

Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,00 0,30

Cheias 13:00-18:00 0,70 0,60 0,10 0,30

Fora do período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,00 0,00 Fora do

período laboral

Cheias 18:00-19:30 0,19 0,16 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,00 0,00

Ponta 19:30-21:00 0,19 0,16 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00

Cheias 21:00-22:00 0,13 0,11 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,00 0,00

Vazio 22:00-00:00 0,25 0,21 0,00 0,00

A24

A3 – Outros dados recolhidos na Lisboa E-Nova

De seguida apresenta-se as tabelas com o custo de energia por horário nos dias úteis em que

as medições foram efectuadas. Todos os resultados estão apresentados em euros.

4ª Feira - Dia 1 Servidor TC PCc

5ª Feira - Dia 2 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0 0 0

Fora do período

Vazio 0,15 0,00 0,00

Cheias 0 0 0

Cheias 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,03 0 0

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,00 0,01

Ponta 0,21 0 0,06

Ponta 0,18 0,00 0,03

Cheias 0,16 0,01 0,04

Cheias 0,16 0,01 0,04

Fora do período

Cheias 0,05 0 0 Fora do

período

Cheias 0,04 0,00 0,00

Ponta 0,10 0 0

Ponta 0,08 0,00 0,00

Cheias 0,03 0 0

Cheias 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,04 0 0

Vazio 0,03 0,00 0,00

Total (€) 0,62 0,01 0,10

Total (€) 0,75 0,02 0,09

2ª Feira - Dia 6 Servidor TC PCc

3ª Feira - Dia 7 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,12 0,00 0,00

Fora do período

Vazio 0,12 0,00 0,04

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,06 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,00 0,01

Ponta 0,15 0,00 0,03

Ponta 0,15 0,00 0,06

Cheias 0,16 0,01 0,04

Cheias 0,16 0,01 0,03

Fora do período

Cheias 0,04 0,00 0,01 Fora do

período

Cheias 0,04 0,00 0,00

Ponta 0,08 0,00 0,02

Ponta 0,08 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,01

Cheias 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,01

Vazio 0,03 0,00 0,00

Total (€) 0,69 0,02 0,14

Total (€) 0,68 0,01 0,15

4ª Feira - Dia 8 Servidor TC PCc

5ª Feira - Dia 9 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,13 0,00 0,00

Fora do período

Vazio 0,13 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,03 0,00 0,01

Ponta 0,15 0,03 0,03

Ponta 0,18 0,00 0,03

Cheias 0,16 0,00 0,04

Cheias 0,16 0,01 0,04

Fora do período

Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do

período

Cheias 0,04 0,00 0,00

Ponta 0,08 0,00 0,00

Ponta 0,08 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,00

Total (€) 0,69 0,04 0,09

Total (€) 0,70 0,02 0,09

A25

2ª Feira - Dia 13 Servidor TC PCc

3ª Feira - Dia 14 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,12 0,00 0,00

Fora do período

Vazio 0,14 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,01 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,00 0,01

Ponta 0,15 0,00 0,06

Ponta 0,18 0,00 0,03

Cheias 0,18 0,01 0,04

Cheias 0,16 0,01 0,04

Fora do período

Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do

período

Cheias 0,05 0,00 0,00

Ponta 0,09 0,00 0,00

Ponta 0,09 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,00

Total (€) 0,71 0,03 0,10

Total (€) 0,75 0,01 0,09

4ª Feira - Dia 15 Servidor TC PCc

6ª Feira - Dia 17 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,14 0,00 0,00

Fora do período

Vazio 0,14 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,06 0,00 0,01

Ponta 0,18 0,03 0,03

Ponta 0,12 0,00 0,06

Cheias 0,16 0,00 0,04

Cheias 0,16 0,00 0,03

Fora do período

Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do

período

Cheias 0,04 0,00 0,00

Ponta 0,09 0,00 0,00

Ponta 0,09 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,00

Total (€) 0,75 0,03 0,09

Total (€) 0,70 0,00 0,10

2ª Feira - Dia 20 Servidor TC PCc

3ª Feira - Dia 21 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,14 0,00 0,00

Fora do período

Vazio 0,14 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,06 0,00 0,01

Ponta 0,18 0,03 0,03

Ponta 0,15 0,00 0,06

Cheias 0,18 0,00 0,04

Cheias 0,19 0,01 0,03

Fora do período

Cheias 0,04 0,00 0,00 Fora do

período

Cheias 0,05 0,00 0,00

Ponta 0,09 0,00 0,00

Ponta 0,10 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,04 0,00 0,00

Total (€) 0,76 0,04 0,09

Total (€) 0,78 0,02 0,11

A26

4ª Feira - Dia 22 Servidor TC PCc

5ª Feira - Dia 23 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,15 0,00 0,00

Fora do período

Vazio 0,17 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,00

Cheias 0,04 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,06 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,00 0,00

Ponta 0,21 0,00 0,03

Ponta 0,18 0,03 0,06

Cheias 0,13 0,01 0,04

Cheias 0,18 0,00 0,04

Fora do período

Cheias 0,05 0,00 0,00 Fora do

período

Cheias 0,05 0,00 0,01

Ponta 0,11 0,00 0,00

Ponta 0,11 0,00 0,02

Cheias 0,04 0,00 0,00

Cheias 0,04 0,00 0,01

Vazio 0,04 0,00 0,00

Vazio 0,04 0,00 0,01

Total (€) 0,83 0,01 0,09

Total (€) 0,84 0,03 0,16

6ª Feira - Dia 24 Servidor TC PCc

2ª Feira - Dia 27 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,17 0,00 0,04

Fora do período

Vazio 0,16 0,00 0,04

Cheias 0,04 0,00 0,01

Cheias 0,03 0,00 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,03 0,01 0,01

LEN (trabalho)

Cheias 0,06 0,00 0,00

Ponta 0,21 0,00 0,03

Ponta 0,21 0,00 0,06

Cheias 0,18 0,01 0,04

Cheias 0,16 0,01 0,04

Fora do período

Cheias 0,05 0,00 0,01 Fora do

período

Cheias 0,05 0,00 0,00

Ponta 0,10 0,00 0,03

Ponta 0,11 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,00 0,01

Cheias 0,04 0,00 0,00

Vazio 0,04 0,00 0,01

Vazio 0,04 0,00 0,00

Total (€) 0,84 0,03 0,19

Total (€) 0,85 0,02 0,15

3ª Feira - Dia 28 Servidor TC PCc

4ª Feira - Dia 29 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,16 0,005 0,0

Fora do período

Vazio 0,16 0,00 0,00

Cheias 0,04 0,001 0,0

Cheias 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,04 0,015 0,0

LEN (trabalho)

Cheias 0,06 0,00 0,00

Ponta 0,18 0,000 0,06

Ponta 0,18 0,00 0,06

Cheias 0,19 0,000 0,04

Cheias 0,18 0,01 0,04

Fora do período

Cheias 0,05 0,001 0,0 Fora do

período

Cheias 0,05 0,00 0,00

Ponta 0,10 0,003 0,0

Ponta 0,11 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,001 0,0

Cheias 0,04 0,00 0,00

Vazio 0,04 0,001 0,0

Vazio 0,04 0,00 0,00

Total (€) 0,84 0,03 0,10

Total (€) 0,84 0,02 0,10

A27

5ª Feira - Dia 30 Servidor TC PCc

6ª Feira - Dia 31 Servidor TC PCc

Fora do período

Vazio 0,16 0,000 0,0000

Fora do período

Vazio 0,16 0,00 0,00

Cheias 0,04 0,000 0,0000

Cheias 0,03 0,00 0,00

LEN (trabalho)

Cheias 0,03 0,000 0,0000

LEN (trabalho)

Cheias 0,06 0,01 0,00

Ponta 0,21 0,029 0,0588

Ponta 0,18 0,00 0,06

Cheias 0,19 0,000 0,0443

Cheias 0,19 0,01 0,04

Fora do período

Cheias 0,05 0,000 0,0000 Fora do

período

Cheias 0,05 0,00 0,00

Ponta 0,10 0,000 0,0000

Ponta 0,10 0,00 0,00

Cheias 0,03 0,000 0,0000

Cheias 0,03 0,00 0,00

Vazio 0,04 0,000 0,0000

Vazio 0,04 0,00 0,00

Total (€) 0,85 0,03 0,10

Total (€) 0,85 0,03 0,10

A28

FERIADOS E FINS DE SEMANA Dia 3 (18-04) A1 e A2 TC PCc

Dia 4 (19-04) A1 e A2 TC PCc

Dia 5 (20-04) A1 e A2 TC PCc

Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00

Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00

Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

TOTAL (€) 0,63 0,01 0,00

TOTAL (€) 0,63 0,01 0,00

TOTAL (€) 0,63 0,01 0,00

Dia 10 (25-04) A1 e A2 TC PCc

Dia 11 (26-04) A1 e A2 TC PCc

Dia 12 (27-04) A1 e A2 TC PCc

Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00

Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00

Vazio 00-8 0,12 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,13 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,13 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,08 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

TOTAL (€) 0,64 0,00 0,00

TOTAL (€) 0,64 0,00 0,00

TOTAL (€) 0,64 0,00 0,00

A29

FERIADOS E FINS DE SEMANA Dia 16 (01-05) A1 e A2 TC PCc

Dia 18 (03-05) A1 e A2 TC PCc

Dia 19 (04-05) A1 e A2 TC PCc

Vazio 00-8 0,14 0,00 0,00

Vazio 00-8 0,14 0,00 0,00

Vazio 00-8 0,14 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 9-10:30 0,04 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,15 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,15 0,00 0,00

Ponta 10:30-13 0,15 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,15 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,15 0,00 0,00

Cheias 13-18 0,15 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Cheias 18-19:30 0,04 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,09 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,09 0,00 0,00

Ponta 19:30-21 0,09 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

Vazio 22-00 0,03 0,00 0,00

TOTAL (€) 0,71 0,01 0,00

TOTAL (€) 0,70 0,01 0,01

TOTAL (€) 0,70 0,01 0,01

Dia 25 (10-05) A1 e A2 TC PCc

Dia 26 (11-05) A1 e A2 TC PCc

Vazio 00-8 0,16 0,00 0,04

Vazio 00-8 0,16 0,00 0,04 Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,01

Cheias 8-09h 0,03 0,00 0,01

Cheias 9-10:30 0,05 0,00 0,01

Cheias 9-10:30 0,05 0,00 0,01 Ponta 10:30-13 0,17 0,00 0,04

Ponta 10:30-13 0,17 0,00 0,04

Cheias 13-18 0,17 0,00 0,04

Cheias 13-18 0,17 0,00 0,04 Cheias 18-19:30 0,05 0,00 0,01

Cheias 18-19:30 0,05 0,00 0,01

Ponta 19:30-21 0,10 0,00 0,03

Ponta 19:30-21 0,10 0,00 0,03 Cheias 21-22 0,03 0,00 0,01

Cheias 21-22 0,03 0,00 0,01

Vazio 22-00 0,04 0,00 0,01

Vazio 22-00 0,04 0,00 0,01 TOTAL (€) 0,81 0,01 0,20

TOTAL (€) 0,81 0,01 0,20