Contabilidade Etapa 5 Folha de Pagamento

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Contabilidade Etapa 5 folha de pagamento. Passo 1.1: escolher três fraudes contábeis evidenciadas nos últimos anos nas empresas: 1- Parmalat 2- Banco Panamericano 3- Carrefour Passo 1.2: analisar o conteúdo que foi divulgado sobre tais fraudes na internet Passo 1.3: faca uma correlação do conteúdo das aulas-tema estudadas com os princípios contábeis, anotando as principais informações e conclusões. Parmalat Parmalat, quem não se lembra dos mamíferos e do bordão “tomou?”. Aquela Parmalat não existe mais, ela enfrentou cinco pedidos de falência na Justiça. Não consegue honrar com seus compromissos financeiros com fornecedores, bancos e produtores de leite. Acumula dívidas estimadas em US$ 1,8 bilhão, a ociosidade chegava a 80%. Seus dirigentes e suas contas foram investigados pela Polícia Federal, ávida por descobrir conexões entre a fraude contábil na Itália (de mais de 10 bilhões de euros) e as operações da filial. Até o superministro José Dirceu entrou na arena prometendo cadeia para os responsáveis. Os bancos estão jogando duro com a empresa, à direção da Parmalat já conversou pelo menos sete vezes com o comitê dos bancos credores para tentar uma solução. Os fornecedores também estão irredutíveis a Tetrapak, parceira de longa data da Parmalat, só fornece embalagem mediante pagamento à vista. A mesma medida foi tomada pela Italplast, também fornecedora de embalagem. Rodrigues armava um plano de emergência para fatiar o que restou da Parmalat e transferir a gestão das indústrias para cooperativas brasileiras.

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Contabilidade Etapa 5 folha de pagamento.

Passo 1.1: escolher três fraudes contábeis evidenciadas nos últimos anos nas empresas:

1- Parmalat

2- Banco Panamericano

3- Carrefour

Passo 1.2: analisar o conteúdo que foi divulgado sobre tais fraudes na internet

Passo 1.3: faca uma correlação do conteúdo das aulas-tema estudadas com os princípios

contábeis, anotando as principais informações e conclusões.

Parmalat

Parmalat, quem não se lembra dos mamíferos e do bordão “tomou?”. Aquela Parmalat não existe

mais, ela enfrentou cinco pedidos de falência na Justiça. Não consegue honrar com seus

compromissos financeiros com fornecedores, bancos e produtores de leite. Acumula dívidas

estimadas em US$ 1,8 bilhão, a ociosidade chegava a 80%. Seus dirigentes e suas contas foram

investigados pela Polícia Federal, ávida por descobrir conexões entre a fraude contábil na Itália (de

mais de 10 bilhões de euros) e as operações da filial. Até o superministro José Dirceu entrou na

arena prometendo cadeia para os responsáveis. Os bancos estão jogando duro com a empresa, à

direção da Parmalat já conversou pelo menos sete vezes com o comitê dos bancos credores para

tentar uma solução. Os fornecedores também estão irredutíveis a Tetrapak, parceira de longa data da

Parmalat, só fornece embalagem mediante pagamento à vista. A mesma medida foi tomada pela

Italplast, também fornecedora de embalagem.

Rodrigues armava um plano de emergência para fatiar o que restou da Parmalat e transferir a gestão

das indústrias para cooperativas brasileiras.

Na gaveta do governo, já existe até um mapa pronto dos grupos que poderiam assumir as operações da Parmalat. Com a concordata, fica inviável juridicamente vender qualquer bem da Parmalat. Mas parcerias ou arrendamentos não estão descartados. É isto que o governo pretende fazer, a Parmalat é responsável por 8% da captação de leite no Brasil e garante o sustento de milhares de produtores. Há o risco de espertalhões do mercado aproveitarem a situação para pagar preços menores aos produtores órfãos da empresa. Isso já está acontecendo em várias regiões, onde os laticínios estão pagando R$ 0,30 pelo litro de leite a média do mercado é R$ 0,45. Se o preço cair ainda mais, os produtores não vão agüentar e, segundo o ministro, poderá haver risco de desabastecimento (leia entrevista abaixo). Além disso, a cadeia produtiva do leite movimenta R$ 19 bilhões. O problema da Parmalat, sustentam analistas, está diretamente ligado à fraude na Itália, que minou as finanças do grupo e secou a fonte de recursos da empresa no Brasil. A filial sempre foi muito dependente do dinheiro da matriz. “Mas a fraude na Itália pode ter sido apenas mais um grande erro de um negócio que cometeu sérios equívocos de gestão no Brasil”, diz Raul Correa, sócio da RCS Consultores e presidente para a América Latina da consultoria Moores Rowland. “A Parmalat daqui era um gigante doido, que saiu às compras de forma avassaladora, sem se preocupar com fluxo de caixa e retorno aos acionistas”, afirma o consultor. Na década de 90, a Parmalat chegou a ter 30 companhias sob seu domínio. Entrou na área de biscoitos, de sucos, de atomatados, de chá, queijos. Pagava o que fosse para comprar mercado. “Entre 89 e 99, ela pagou o equivalente a R$ 100 milhões em ágio na aquisição de empresas”, diz Corrêa. Era a época da farra, com a economia mundial em festa. Só que veio a recessão global entre 2000 e 2003, a matriz começou a fechar a torneira por circunstâncias do

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mercado e por presepadas dos acionistas e o caos se instalou no Brasil. Suspeita-se que nessa época a filial tenha começado a mandar dinheiro para a matriz. “Que a crise sirva de lição”, desabafou Rossetto à DINHEIRO, por telefone. “É hora de colocar na pauta nacional um sistema de acompanhamento contábil permanente.”

Banco Panamericano

O Banco Pan-americano, além de inflar os balanços financeiros, também “maquiava” a avaliação de risco dos clientes pelo menos desde 2006, segundo depoimento à Polícia Federal de Adalberto Saviolli, ex-diretor de crédito da instituição financeira.

O objetivo era tornar a clientela, aos olhos do Banco Central, com perfil melhor de pagamento, reduzindo assim as despesas com o recolhimento de dinheiro para cobrir eventuais calotes.

Os bancos são obrigados a fazer uma avaliação de risco de cada emprestador, de acordo com histórico de calote, atrasos nos pagamento, renda etc. Os ratings vão de A (melhor pagador possível) a H (inadimplente). De acordo com essa classificação, o banco separa recursos (mais para os piores pagadores e menos para os melhores) para cobrir eventuais calotes.

No depoimento, Saviolli afirma que a “maquiagem” da classificação dos clientes já acontecia quando ele assumiu o cargo, em 2006. Disse que ocorria tanto no banco quanto na empresa de cartão.

Quando ficou sabendo do problema, Saviolli comunicou o caso aos administradores, informando que teria de aumentar esse recolhimento para calote (provisões).

No entanto, a correção não foi autorizada por seus superiores porque iria piorar o resultado financeiro do banco. À época, Saviolli recebeu a ordem de melhorar o sistema de cobrança, trazendo mais pagamentos atrasados e melhorando o perfil de risco dos clientes. A tarefa teria sido cumprida e, mais tarde, foi possível corrigir parte da avaliação de risco dos clientes.

Carrefour

Lars Olofsson, presidente mundial do Carrefour reuniu os analistas de mercado para falar sobre os desdobramentos, para pior, do escândalo. A descoberta da nova cifra fez o dirigente subir o tom. Durante o encontro, ele garantiu que iria tirar toda a sujeira debaixo do tapete: “Nós estamos determinados a fazer o que for preciso para chegar até o fundo do que eu chamo de má gestão”, disse Olofsson, referindo-se ao período no qual a filial foi comandada pelo francês Jean Marc Pueyo. O discurso duro se deve à importância estratégica do Brasil dentro da corporação. Os R$ 25,6 bilhões faturados aqui, em 2009, representam 11% das vendas globais da rede. Por conta disso, Olofsson descartou a possibilidade de venda da filial. Isso, porém, não foi o bastante para acalmar os investidores.Um dia após a conferência, as ações da companhia chegaram a cair 8,35% na Bolsa de Valores de Paris. É que a perda no Brasil terá impacto direto no lucro do Carrefour Procurada pela, a Deloitte que se limitou a enviar um comunicado no qual defende o trabalho feito por seus auditores.

O Carrefour, no entanto, põe em evidência a seguinte questão: como é que em apenas 18 semanas a KPMG enxergou algo que a Deloitte não viu em cinco anos? “A fraude contábil é um processo que envolve diversos profissionais. Dificilmente um rombo dessa magnitude passa despercebido em um processo independente de checagem”, argumenta Marcos Assi, coordenador do MBA de gestão de riscos e compliance da Trevisan Escola de Negócios. “Eles tiraram a laranja podre do cesto. Agora, é preciso ir além e mudar os mecanismos de controle da empresa”, completa Assi. Segundo fontes da subsidiária, essa é exatamente a tarefa de Luiz Fazzio – o novo homem forte do Carrefour Brasil, que assumiu o posto no final de julho. Amandine Cuinet, porta-voz da matriz do Carrefour, afirma que a principal cartilha do executivo serão as posturas definidas pelo Comitê de Ética e incluídas no código de conduta, recém-elaborado. “Em

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setembro, a companhia definiu novos processos de auditoria interna que têm de ser seguidos por todo o grupo”, diz ela. Para entender o imbróglio do Carrefour é preciso conhecer algumas especificidades do mercado varejista brasileiro.No início do ano, o Carrefour fazia um planejamento prevendo os descontos que iria conseguir com os fornecedores. Só que, ao longo do ano, o montante não era confirmado e, mesmo assim, o valor inicial era lançado na contabilidade gerando uma receita artificial. Sem contar que muitas vezes os estoques não eram atualizados. Além disso, o rombo inclui provisões para cobrir ação trabalhista.

Princípios contábeis

Os princípios contábeis são os resultados dos desenvolvimentos da aplicação prática dos princípios técnicos, de uso predominante no meio em que se aplicam proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras.

Eles permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de credibilidade, em função do reconhecimento dos critérios adotados para a elaboração das demonstrações financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e facilitam a adequação entre empresas do mesmo setor. O campo de atuação preferencial da contabilidade é constituído pelas entidades, sejam elas de finalidade lucrativa ou não, e procura captar e evidenciar as variações ocorridas na estrutura patrimonial e financeira, em face das decisões da administração.

Os princípios contábeis geralmente aceitos surgiram doConsenso profissional dos contadores e são constantemente aperfeiçoados em países onde há forte incentivo à pesquisa contábil. São de grande importância aos usuários da informa- cão contábil, na medida em que propiciam uma linguagem em comum para melhor entender as demonstrações financeiras. Evidentemente, se cada contador utilizasse critérios próprios não seria possível uma interpretação adequada dos relatórios contábeis pelos seus usuários.

(NYIAMA E SILVA, 2008)

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Bibliografia: plt 312 Alessandra Cristina Fabl

José Carlos Marion

Sites: Marcosassi.com.br

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