Contabilidade intermediaria
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Curso de Graduao a Distncia
Contabilidade Intermediria I
(4 crditos 80 horas)
Autor:
Luclia da C. N. Tashima Universidade Catlica Dom Bosco Virtual www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335
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Misso Salesiana de Mato Grosso
Universidade Catlica Dom Bosco
Instituio Salesiana de Educao Superior
Chanceler: Pe. Lauro Takaki Shinohara
Reitor: Pe. Jos Marinoni
Pr-Reitora de Ensino e Desenvolvimento: Conceio A. Galvez Butera
Diretor da UCDB Virtual: Prof. Jeferson Pistori
Coordenadora Pedaggica: Prof. Blanca Martn Salvago
Direitos desta edio reservados Editora UCDB
Diretoria de Educao a Distncia: (67) 3312-3335
www.virtual.ucdb.br
UCDB -Universidade Catlica Dom Bosco
Av. Tamandar, 6000 Jardim Seminrio
Fone: (67) 3312-3800 Fax: (67) 3312-3302
CEP 79117-900 Campo Grande MS
Tashima. Luclia da Costa Nogueira.
Disciplina: Contabilidade Intermediria I
Curso: Cincias Contbeis
Tashima. Campo Grande: UCDB, 2012. 62 p.
1. Situao Patrimonial e financeira 2. Registro, anlise e
distribuio da riqueza 3. Contabilidade Intermediria I. Ttulo
0414
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APRESENTAO DO MATERIAL DIDTICO IMPRESSO
Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientao da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsdio didtico que
norteie os contedos trabalhados nesta disciplina e que compe o Projeto Pedaggico do
seu curso.
Elementos que integram o material
Critrios de avaliao: so as informaes referentes aos critrios adotados para
a avaliao (formativa e somativa) e composio da mdia da disciplina.
Quadro de Controle de Atividades: trata-se de um quadro para voc organizar a
realizao e envio das atividades virtuais. Voc pode fazer seu ritmo de estudo, sem ul-
trapassar o prazo mximo indicado pelo professor.
Contedo Desenvolvido: o contedo da disciplina, com a explanao do pro-
fessor sobre os diferentes temas objeto de estudo.
Indicaes de Leituras de Aprofundamento: so sugestes para que voc
possa aprofundar no contedo. A maioria das leituras sugeridas so links da Internet para
facilitar seu acesso aos materiais.
Atividades Virtuais: atividades propostas que marcaro um ritmo no seu estudo.
As datas de envio encontram-se no calendrio do Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Como tirar o mximo de proveito
Este material didtico mais um subsdio para seus estudos. Consulte outros
contedos e interaja com os outros participantes. Portanto, no se esquea de:
Interagir com frequncia com os colegas e com o professor, usando as ferramentas
de comunicao e informao do Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA;
Usar, alm do material em mos, os outros recursos disponveis no AVA: aulas
audiovisuais, vdeo-aulas, frum de discusso, frum permanente de cada unidade, etc.;
Recorrer equipe de tutoria sempre que precisar orientao sobre dvidas quanto
a calendrio, atividades, ferramentas do AVA, e outros;
Ter uma rotina que lhe permita estabelecer o ritmo de estudo adequado a suas
necessidades como estudante, organize o seu tempo;
Ter conscincia de que voc deve ser sujeito ativo no processo de sua aprendiza-
gem, contando com a ajuda e colaborao de todos.
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Objetivo Geral
Apresentar as ferramentas contbeis de forma tcnica em razo das mudanas
decorrentes da Lei da S.A. e as alteraes propostas pelo Comit de Pronunciamentos
Tcnicos Contbeis.
Contedo Programtico Sumrio
UNIDADE 1 BALANO PATRIMONIAL.............................................................11
1.1 Aspectos Legais e Conceitos Bsicos...................................................................11
1.2 Contas Classificadas no Ativo Circulante.............................................12
1.3 Contas Classificadas no Ativo No Circulante.......................................................13
1.4 Contas Classificadas no Passivo Circulante. ........................................................16
1.5 Contas Classificadas no Passivo No Circulante...................................................16
1.6 Contas Classificadas no Patrimnio Lquido.........................................................16
UNIDADE 2 DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO......................19
2.1 Conceitos Iniciais..............................................................................................19
2.2 Estrutura Legal da DRE......................................................................................20
2.3 Forma de Apresentao da DRE.........................................................................22
UNIDADE 3 DEMONSTRAO DE LUCROS E PREJUZOS ACUMULADOS E
DEMONSTRAO DA MUTAO DO PATRIMNIO LQUIDO.............................28
3.1 Demonstrao de Lucros e Prejuzos Acumulados: Conceitos e Aspectos Legais.... 28
3.2 Demonstrao de Lucros e Prejuzos Acumulados: Estrutura e Elaborao............ 32
3.3 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido: Conceitos, Aspectos Legais e
Estrutura na Elaborao..........................................................................................35
UNIDADE 4 DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA........................................41
4.1 Conceitos e Aspectos Legais ...........................................................................41
4.2 Mtodos de Elaborao da DFC: Direto e Indireto................................................44
REFERNCIAS....................................................................................................55
ATIVIDADES.......................................................................................................56
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Avaliao
A UCDB Virtual acredita que avaliar sinnimo de melhorar, isto , a finalidade da
avaliao propiciar oportunidades de ao-reflexo que faam com que voc possa
aprofundar, refletir criticamente, relacionar ideias, etc.
A UCDB Virtual adota um sistema de avaliao continuada: alm das provas no final
de cada mdulo (avaliao somativa), ser considerado tambm o desempenho do aluno ao
longo de cada disciplina (avaliao formativa), mediante a realizao das atividades. Todo o
processo ser avaliado, pois a aprendizagem processual.
Para que possa se atingir o objetivo da avaliao formativa, necessrio que as
atividades sejam realizadas criteriosamente, atendendo ao que se pede e tentando sempre
exemplificar e argumentar, procurando relacionar a teoria estudada com a prtica.
As atividades devem ser enviadas dentro do prazo estabelecido no calendrio de
cada disciplina. As atividades enviadas fora do prazo sero aceitas nas seguintes condies:
As atividades enviadas 7 dias aps o vencimento do prazo sero corrigidas com a
pontuao normal, isto , sem penalizao pelo atraso.
Aps os 7 dias, o professor aplicar um desconto de 50% sobre o valor da ati-
vidade.
Critrios para composio da Mdia Semestral:
Para fazer a Mdia Semestral, leva-se em conta o desempenho atingido na avaliao
formativa e na avaliao somativa, isto , as notas alcanadas nas diferentes atividades
virtuais e na(s) prova(s).
Antes do lanamento desta nota final, o professor divulgar a mdia de cada aluno,
dando a oportunidade de que os alunos que no tenham atingido mdia igual ou superior a
7,0 possam fazer a Segunda Chamada.
Aps a Segunda Chamada, o professor j far o lanamento definitivo da Mdia
Semestral, seguindo o procedimento abaixo:
A prova presencial tem peso 7,0 e as atividades virtuais tm peso 3,0. Portanto, para calcular a
Mdia, o procedimento o seguinte:
1. Multiplica-se o somatrio das atividades por 0,30;
2. Multiplica-se a mdia das notas das provas por 0,70.
Para termos a Mdia Semestral, somam-se os dois resultados anteriores, ou seja:
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MS = MP x 0, 7 + SA x 0,3
MS: Mdia Semestral
MP: Mdia das Provas
SA: Somatrio das Atividades
Assim, se um aluno tirar 10 na(s) prova(s) e tiver 10 nas atividades:
MS = 10 x 0,7 + 10 x 0,3 = 7,0 + 3,0 = 10
Se a Mdia Semestral for igual ou superior a 4,0 e inferior a 7,0, o aluno ainda
poder fazer o Exame. A mdia entre a nota do Exame e a Mdia Semestral dever ser igual
ou superior a 5,0 para considerar o aluno aprovado na disciplina.
FAA O ACOMPANHAMENTO DE SUAS ATIVIDADES
O quadro abaixo visa ajud-lo a se organizar na realizao das atividades. Faa seu
cronograma e tenha um controle de suas atividades:
AVALIAO PRAZO * DATA DE ENVIO **
Atividade 1.1 Ferramenta: Questionrio
Atividade 1.2 Ferramenta: Questionrio
Atividade 1.3 Ferramenta: Tarefas
Atividade 2.1 Ferramenta: Questionrio
Atividade 2.2 Ferramenta: Questionrio
Atividade 2.3 Ferramenta: Questionrio
Atividade 3.1 Ferramenta: Questionrio
Atividade 3.2 Ferramenta: Questionrio
Atividade 3.3 Ferramenta: Tarefas
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* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte o
calendrio disponvel no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que voc enviou a atividade.
Atividade 4.1 Ferramenta: Questionrio
Atividade 4.2 Ferramenta: Questionrio
Atividade 4.3 Ferramenta: Questionrio
Atividade 4.4 Ferramenta: Tarefas
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BOAS VINDAS
Prezado (a) acadmico (a),
Seja bem-vindo(a) UCDB Virtual. Estamos felizes em poder compartilhar com voc
nossos conhecimentos e experincias.
Vamos dar incio a nossa disciplina de Gesto de benefcios. Vivemos um contexto
em que as pessoas so responsveis pelo sucesso das organizaes. Por isso, a gesto de
benefcios tem se tornado uma das mais eficientes prticas para atrair e reter talentos nas
organizaes e principalmente para oferecer qualidade de vida aos colaboradores.
Este material no tem a pretenso de esgotar as fontes de conhecimento. Voc pode
e deve buscar ampliar e aprofundar os conceitos aqui apresentados, nas bibliografias
sugeridas.
Ser uma grande satisfao acompanhar seu processo de aprendizagem e poder
contribuir com sua formao.
Estaremos a sua disposio para esclarecimentos de quaisquer dvidas que possa
surgir durante o mdulo. A busca pelo conhecimento dever ser contnua, pois uma das
nicas coisas que ningum pode nos tirar, podemos sim compartilhar!
Sucesso nesta caminhada!
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Pr-teste
Esta atividade no ser pontuada, mas importante sua participao.
Nas questes de 1 a 3 registre as operaes no Livro Razo e Razonetes
1. A empresa Passadarius Ltda comercializa aparelhos ortopdicos. Fez uma grande compra
da indstria Pise Firme no valor de R$ 32.000,00 que ser liquidado em 15 dias. O frete
para transporte da mercadoria totalizou R$ 320,00 e foi pago vista. Na conferncia da
mercadoria na entrega a empresa Passadarius observou divergncia de parte da compra e
devolveu mercadorias que totalizaram R$ 3.000,00.
2. A empresa SusterInfo revende produtos de informtica. Comprou da empresa ABM
informtica um lote de pen drive para revenda e negociou a compra no valor de
R$ 2.500,00 a prazo. Quando a mercadoria foi entregue, a SusterInfo observou pequena
avaria nas embalagens e reclamou junto ABM informtica que concedeu um abatimento
pelo transtorno provocado e para evitar devolues de mercadorias.
3. A empresa Finno Homem especializada em atendimento masculino. Revendem
acessrios masculinos como cintos e gravatas. Adquiriram da indstria gravatas no valor de
R$ 5.400,00 negociados com prazo de 45 dias. O Imposto de Circulao sobre Mercadorias
e Servios - ICMS na compra foi de R$ 378,00. O transporte da mercadoria foi pago pela
Finno Homem no valor de R$ 75,00 vista.
Realize a questo 8 elaborando o Registro por Mdia Ponderada, registro no Livro dirio e
razonetes, apure o Resultado e elabore a DRE.
4. A empresa Beleza Pura comercializa produtos cosmticos. Inaugurada recentemente
comeou a formar seu estoque de produtos e realizou as seguintes transaes no ms de
agosto/2010:
- Em 01/08 - Compra de mercadoria para revenda, do fornecedor Barro Minas Ltda., no
valor de R$ 5.000,00 a prazo com ICMS incluso de R$ 350,00.
- Em 02/08 - Compra de mercadoria para revenda, do fornecedor Fino Trato Ltda., no valor
de R$ 8.000,00 a prazo com ICMS incluso de R$ 560,00. O frete ser pago na semana
seguinte no valor de R$ 70,00.
- Em 05/08 Venda de mercadoria, vista no valor de R$ 2.000,00, com incidncia de
ICMS de 17%. Baixa no estoque no valor de R$ 1.300,00.
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- Em 06/08 Devoluo de 30% da 1 compra.
- Em 07/08 Concesso de abatimento para o cliente, no valor de R$ 50,00 em razo de
avarias na mercadoria vendida.
- Em 08/08 Venda de mercadoria no valor de R$ 3.000,00 a prazo. Houve incidncia de
ICMS de 17% e baixa no estoque de R$ 2.400,00.
- Em 10/08 Compra de mercadoria para revenda, a prazo, no valor de R$ 2.500,00, com
ICMS incluso no valor de R$ 250,00.
- Em 12/08 Devoluo de 20% das mercadorias vendidas em 08/08.
- Apure o ICMS a recolher.
- Faa a apurao do Resultado e a DRE.
Submeta o Pr-teste por meio da ferramenta Tarefas.
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UNIDADE 1
BALANO PATRIMONIAL
OBJETIVO DA UNIDADE: Compreender as alteraes propostas da legislao na elaborao correta do balano patrimonial.
1.1 Aspectos Legais e Conceitos Bsicos
Segundo a FEA/USP (2010, p. 161), o Balano Patrimonial a demonstrao
contbil que tem por finalidade apresentar a situao patrimonial da empresa em dado
momento encerrando uma sequncia de eventos no perodo.
A Lei 6.404/76 regulamenta as sociedades por aes e, aps as alteraes
promovidas pela Lei 11.638/07, modificou a forma de apresentao do Balano Patrimonial.
Vamos apresentar as mudanas decorrentes da lei:
Ativo (representado pelos Bens e Direitos)
Ativo Circulante
Ativo No Circulante
Realizvel a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangvel
Passivo (representado pelas Obrigaes)
Passivo Circulante
Passivo No Circulante
Patrimnio Lquido
Capital Social
(-) Aes em Tesouraria
Ajuste de Avaliao Patrimonial
Reserva de Lucros
Reserva de Capital
(-) Prejuzos Acumulados
Importante:
- Foi extinto o grupo Ativo Permanente - O grupo Ativo Realizvel a Longo Prazo virou um subgrupo. - Foi criado um grupo Ativo No Circulante. - Foi extinto o Passivo Exigvel a Longo Prazo - Foi extinto o grupo Resultado de Exerccios Futuros (receitas diferidas). - Foi criado o grupo Passivo No Circulante, que englobar o longo prazo e as receitas diferidas. - Reserva de reavaliao foi extinto - Lucros e Prejuzos acumulados se transformou em Prejuzo Acumulado.
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Portanto, a estrutura do Balano Patrimonial, segundo as alteraes promovidas
pela lei, fica representada como segue:
Quadro 1 Estrutura do Balano Patrimonial
Balano Patrimonial
Ativo Passivo
Ativo Circulante
Ativo no Circulante
Realizvel a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangvel
Passivo Circulante
Passivo No Circulante
Patrimnio Lquido
Capital Social
(-) Aes em Tesouraria
Ajuste de Avaliao
Patrimonial
Reserva de Lucros
Reserva de Capital
(-) Prejuzos Acumulados
De acordo com a Lei 6.404/76, no Ativo as contas devem estar dispostas em ordem
decrescente de grau de liquidez dos elementos nela registrados, enquanto que, no Passivo,
as contas devem estar dispostas em ordem decrescente de grau de exigibilidade dos
elementos nela registrados.
Em outras palavras, no passivo quanto mais prximo do vencimento da obrigao,
maior seu grau de exigibilidade.
1.2 Contas Classificadas no Ativo Circulante
Segundo o CPC 26, para que determinada conta seja classificada no ativo
circulante, dever satisfazer qualquer dos seguintes critrios:
a entidade espera que o ativo seja realizado ou pretende que ele seja
vendido ou consumido no decurso normal do clico operacional da entidade;
o ativo ser mantido essencialmente com o propsito de ser negociado;
entidade espera que o ativo seja realizado at dozes meses aps a data do
balano; ou
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o ativo caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para
liquidao de passivo se encontre vedada durante, pelo menos, doze meses
aps a data do balano.
Seguem alguns exemplos de Ativo Circulante: Caixa, Banco, Aplicaes financeiras
de liquidez imediata, duplicatas a receber, ttulos a receber.
1.3 Contas Classificadas no Ativo No Circulante
1.3.1 Realizvel a Longo Prazo
De acordo com o artigo 179, II da lei das S.A., no ativo no circulante realizvel a
longo prazo sero classificados os direitos realizveis aps o trmino do exerccio
seguinte, assim como os derivados de vendas adiantamento ou emprstimos a sociedades
coligadas ou controladas, diretores, acionistas, ou participantes no lucro da companhia, que
no constiturem negcios usuais na explorao do objeto da companhia.
importante notar que esse grupo pode ser dividido em dois itens:
Direitos realizveis aps o trmino do exerccio seguinte: representados pelas
duplicatas a receber (longo prazo), promissrias a receber (longo prazo),
estoques (longo prazo), despesas antecipadas (longo prazo), etc.
Direitos devidos de vendas, adiantamento ou emprstimos a sociedades
coligadas, controladas, diretores, acionistas e participantes no lucro da
companhia.
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver durao maior que o
exerccio social, a classificao no circulante ou longo prazo ter por base o prazo desse
ciclo.
Observe a linha do tempo:
_______________________________________________________________
31/12/XX
Balano Patrimonial
31/12/XX+1
Curto Prazo Longo Prazo
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O balano realizado em 31/12/XX:
Curto prazo at 31/12/20XX +1 (at o trmino do exerccio social seguinte ou at
12 meses aps o balano), havendo exceo em relao ao ciclo operacional.
Longo prazo aps 31/12/XX + 1 (aps o trmino do exerccio seguinte ou aps
12 meses aps o balano), havendo exceo em relao ao ciclo operacional.
Exerccio Resolvido
Uma empresa tem seu ciclo operacional de 12 meses, no encerramento do
exerccio social em 31/12/2005, apresentou as seguintes relaes de ativos com
seus respectivos prazos de vencimento:
Elementos Valor Vencimento
Aplicao Financeira 38.000,00 15/06/07
Banco Conta Depsito a prazo 30.000,00 15/07/07
Duplicatas a receber 15.000,00 30/04/06
Emprstimos empresa coligada 50.000,00 28/04/06
Ttulo a receber 20.000,00 10/02/07
Considerando a Legislao Societria, o valor do Ativo Circulante em 31/12/2005 :
a) 15.000
b) 38.000
c) 53.000
d) 138.00
Resposta: considerando o que diz a legislao e o ciclo operacional no superior a
12 meses, temos que, curto prazo at 31/12/2006 e longo prazo aps
31/12/2006.
Resposta correta: letra A
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Ativo Circulante Valor Vencimento
Duplicatas a Receber 15.000,00 30/04/06
Total do Ativo Circulante 15.000,00
Ativo No Circulante Valor Vencimento
Banco Conta Depsito a prazo 30.000,00 15/07/07
Aplicaes Financeiras 38.000,00 15/06/07
Ttulo a receber 20.000,00 10/02/07
Emprstimos empresa coligada 50.000,00 28/04/06
Total do Ativo No Circulante 138.000,00
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 1.1.
1.3.2 Investimentos
Classificamos as seguintes contas: as participaes permanentes em outras
sociedades e os direitos de qualquer natureza que no se destinem manuteno da
atividade da empresa. Exemplos: terrenos, obras de arte, investimentos permanentes e
coligadas, investimentos em controladas, etc.
1.3.3 Imobilizado
De acordo com o art. 179, IV da lei das S.A., so classificadas no imobilizado os
direitos que tenham por objetivo bens corpreos destinados manuteno das atividades
da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os benefcios, riscos e controle com
o mesmo fim.
Isso quer dizer que se a empresa no tem a posse do bem, mas exerce os direitos
jurdicos do ativo, os seus benefcios, riscos e controle sero classificados no ativo no
circulante. Exemplos: mveis e utenslios, imveis, mquinas e equipamentos, veculos,
arrendamento mercantil financeiro (objetos de leasing), etc.
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1.3.4 Intangvel
Esse grupo foi criado com a lei 11.638/07, onde sero classificados os direitos que
tenham por objeto bens incorpreos destinados manuteno da companhia ou exercidos
com essa finalidade, inclusive fundo de comrcio adquirido. Vejamos os exemplos: marcas,
softwares, licenas e franquias, direitos de explorao de recursos minerais, prottipos,
direitos autorais e gastos com desenvolvimento.
1.4 Contas Classificadas no Passivo Circulante
Como sabemos, sero classificadas no passivo as obrigaes da companhia que
vencerem at o exerccio seguinte. Vejamos alguns exemplos: duplicatas a pagar,
fornecedores, obrigaes financeiras, obrigaes trabalhistas, obrigaes fiscais, obrigaes
com scios e acionistas (dividendos a pagar e participaes estatutrias a pagar) e outras
obrigaes (adiantamento a clientes, aluguis a pagar e multas a pagar).
1.5 Contas Classificadas no Passivo No Circulante
O critrio de classificao para o Passivo no circulante o mesmo aplicado s
contas do Ativo no circulante, segundo a Legislao. Portanto, aplica-se o artigo 179
pargrafo nico da Lei das S.A., (a exceo o clico operacional). Vejamos alguns
exemplos: duplicatas a pagar de longo prazo, promissrias a pagar de longo prazo,
emprstimos a pagar de longo prazo, etc.
Portanto, obrigaes com vencimento aps o trmino do exerccio seguinte ou aps
12 meses sero classificadas no passivo no circulante.
1.6 Contas Classificadas no Patrimnio Lquido
Esse grupo, tambm conhecido como Capital Prprio ou Capital Efetivo,
corresponde, segundo os critrios de classificao da Lei das S.A., aos recursos originrios
dos scios e os rendimentos auferidos pela empresa.
1.6.1 Capital Social: As principais contas desse grupo so: capital a integralizar (parcela
ainda no realizada conta redutora do capital social) e o capital social.
1.6.2 Reservas de Capital: de acordo com o artigo 182, inciso 1 da Lei das S.A., a
contribuio do subscritor de aes que ultrapassar o valor nominal e a parte do preo de
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emisso das aes sem valor nominal que ultrapassar a importncia destinada formao
do capital social, inclusive nos casos de converso em aes de debntures ou partes
beneficirias e ainda, o produto da alienao de partes beneficirias e bnus de
subscrio.
1.6.3 Reserva de Lucros: representam a reteno de parcelas provenientes de ganhos do
perodo e constituda a partir da conta Lucros acumulados. As reservas de lucros so:
reserva legal, reserva estatutria, reserva de contingncia, reservas de incentivos fiscais,
reserva de reteno de lucros e reserva de lucros a realizar.
Vale lembrar que o saldo da conta reserva de lucros, exceto para as contingncias,
de incentivos fiscais, de lucros a realizar no podero ultrapassar o capital social da
empresa.
1.6.4 Limites da Reserva Legal: do lucro lquido, 5% sero aplicados, antes de qualquer
destinao, na constituio da reserva legal, sendo que o saldo no poder ultrapassar 20%
do capital social. Essa a nica reserva obrigatria da empresa.
A exceo a seguinte: se o saldo da conta reserva legal somado ao saldo da
reserva de capital atingir o limite de 30% do capital social da empresa facultativa a
constituio da reserva legal.
A Lei das S.A., no artigo 189 pargrafo nico diz que o prejuzo do exerccio ser
obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados e pelas reservas de lucros, nessa
ordem, devendo a reserva legal ser a ltima reserva de lucro a ser utilizada para absorver o
prejuzo.
Constituio da reserva legal = 5% x Lucro Lquido do Exerccio
Limite Obrigatrio = 20% x Capital Social
Limite Facultativo = 30% x Capital Social
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Vamos ao exemplo prtico:
A empresa XYZ terminou seu exerccio social com lucro lquido de
R$ 120.015, devendo constituir reserva legal nos termos da lei. O Patrimnio Lquido da
referida empresa tem o valor de R$ 245.130 e composto pelas seguintes contas:
Capital social R$ 201.000
Reserva de Capital R$ 11.010
Reserva de Reavaliao R$ 6.020
Reserva Legal R$ 15.010
Reserva Estatutria R$ 1.010
Lucros Acumulados R$ 11.080
Com base nessas informaes, constitua a Reserva Legal de acordo com a lei das
S.A.
RESOLUO
Sabemos que o limite legal 20% do Capital social, portanto, o valor mximo de
saldo que pode constar na Conta Reserva Legal de:
Capital social R$ 201.000
Limite Obrigatrio 20% do Capital
20% do Capital 40.200
Esse valor de 40.200 o mximo que devemos constituir de saldo na Conta Reserva
Legal.
Agora Vamos calcular a Reserva Legal.
Constituio da Reserva = 5% do Lucro
Lucro 120.015
5% constituio de Reserva 6.000,75
Saldo Atual da Conta Reserva Legal 15.010,00
Valor de Constituio de Reserva Legal 6.000,75
Saldo final da Conta Reserva Legal aps a constituio
21.010,75
Bem, como o valor de 6.000,75 NO ultrapassa o valor final do limite obrigatrio
(40.200) ento vamos constituir a reserva legal.
Saldo Atual da Conta Reserva Legal 15.010,00
Valor de Constituio de Reserva Legal 6.000,75
Saldo final da Conta Reserva Legal aps a constituio
21.010,75
Resposta: R$ 6.000,75 de constituio da reserva legal.
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1.6.5 Ajuste de Avaliao Patrimonial: as contas representativas de certas
modificaes de valor em alguns ativos e passivos que no transitaram pelo resultado do
perodo, como ganhos e perdas por variao cambial de investimentos societrios no
exterior, ajustes a valor justo de alguns instrumentos financeiros, etc.
1.6.6 Prejuzos Acumulados: grupo criado a partir da publicao da Lei 11.638/07, onde
sero registrados no patrimnio lquido os prejuzos acumulados, oriundo de prejuzos do
perodo e de perodos anteriores.
Contudo, todo o Lucro do perodo, nas sociedades por aes, dever ser distribudo
para constituio de reservas, aumento de capital ou dividendos, devendo o saldo desta
conta terminar zerado. Isso quer dizer que em razo da nova redao dada pela Lei
11.638/07 ao artigo 178 (alnea d) da Lei 6.404/76, a legislao vedou s sociedades por
aes apresentarem saldo de lucros sem destinao, no sendo mais permitido apresentar
nas suas demonstraes contbeis, a partir de 31/12/08, saldo positivo na conta de Lucros
ou Prejuzos Acumulados.
Antes de continuar seu estudo, realize as Atividade 1.2 e
1.3.
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2.1 Conceitos Iniciais
A Demonstrao do Resultado do Exerccio - DRE tem por objetivo evidenciar a
situao econmica da entidade em um determinado perodo e isso determinado pela
apurao do resultado do exerccio (lucro ou prejuzo). na DRE que aparecero todas as
contas de receita e todas as contas de despesa do perodo, que so contas transitrias, pois
ao final do perodo de apurao estaro com seus saldos zerados.
No confunda a DRE com o Balano:
Portanto, a DRE destina-se a evidenciar a composio do resultado formado em
determinado perodo de operaes da entidade: situao econmica (dinmica).
UNIDADE 2
DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO - DRE
OBJETIVO DA UNIDADE: Analisar os principais procedimentos de elaborao da DRE.
O Balano Patrimonial uma demonstrao Financeira que
evidencia a situao patrimonial e financeira da entidade de forma
quantitativa e qualitativa em um dado momento.
Analise a questo aplicada em um concurso para Contador em
Braslia:
(Contador FUB/DF 2011- Cespe) O resultado da entidade
em determinado perodo apresentado na demonstrao do resultado do
exerccio, que uma demonstrao dedutiva e dinmica. A afirmao
anterior correta ou incorreta?
Bem, o que voc responderia?
Com certeza o item est correto!
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2.2 Estrutura Legal da DRE
De acordo com o pronunciamento CPC 26 (R1) apresentao das demonstraes
Contbeis, aprovado pela Resoluo CFC n 1.185/09, alterada pela Resoluo CFC n
1.376/11, a demonstrao do resultado do perodo deve, no mnimo, incluir as seguintes
rubricas, obedecidas tambm as determinaes legais:
- Receitas
- Custos dos produtos, das mercadorias ou dos servios vendidos;
- Lucro bruto;
- Despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
- Parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do mtodo
de equivalncia patrimonial (ganho de equivalncia patrimonial e perda de equivalncia
patrimonial);
- Resultado antes das receitas e despesas financeiras;
- Despesas e receitas financeiras;
- Resultado antes dos tributos sobre o lucro;
- Resultado lquido das operaes continuadas;
- Valor lquido dos seguintes itens:
(i) resultado lquido aps os tributos das operaes descontinuadas;
(ii) resultado aps os tributos decorrentes da mensurao ao valor
justo menos despesas de vendas ou na baixa dos ativos ou do grupo
de ativos disposio para venda que constituem a unidade
operacional descontinuada.
- Resultado lquido do perodo.
De acordo com o artigo 187 da Lei das S.A., a demonstrao do resultado do
exerccio discriminar:
I - a receita bruta das vendas e servios, as dedues das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita lquida das vendas e servios, o custo das mercadorias e servios vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV o lucro ou prejuzo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redao dada pela Lei n 11.941, de 2009)
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V - o resultado do exerccio antes do Imposto sobre a Renda e a proviso para o imposto; VI as participaes de debntures, empregados, administradores e partes beneficirias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e empregados, que no se caracterizem como despesa; (Redao dada pela Lei n 11.941, de 2009) VII - o lucro ou prejuzo lquido do exerccio e o seu montante por ao do capital social.
Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta
(-) Dedues da Receita Bruta
(-) Devolues de Vendas
(-) Abatimentos sobre Vendas
(-) Descontos Incondicionais Concedidos
(-) ISS sobre Vendas
(-) ICMS sobre Vendas
(-) PIS e COFINS sobre Vendas
= Receita Lquida de Vendas ou Receita Operacional Lquida
(-) Custos das Mercadorias/Produtos Vendidos/Servios Prestados
= Resultado Operacional Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Outras despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras
(+) Outras Receitas (introduzido pela Lei das S.A., esto aps o resultado operacional lquido).
(-) Outras Despesas (introduzido pela Lei das S.A., esto aps o resultado operacional lquido).
= Resultado Operacional Lquido = Resultado antes dos Tributos
(-) CSLL ou Despesa com Proviso para CSLL
= Resultado do Exerccio antes do Imposto de Renda
(-) Despesa com Participaes Societrias sobre o Lucro
Participaes de Debntures
Participaes de Empregados
Participaes de Administradores
Participaes de Partes Beneficirias
Fundos de Assistncia e Previdncia de Empregados
= Resultado Lquido do Exerccio =Lucro/Prejuzo Lquido por Ao
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2.3 Forma de Apresentao da DRE
Agora vamos explicar cada item da estrutura da DRE:
Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta: o total das
vendas ou prestao de servios no perodo de apurao.
Dedues da Receita Bruta: contemplam as devolues de vendas
(mercadorias compradas e devolvidas por clientes ao fornecedor), os
abatimentos concedidos aos clientes insatisfeitos com suas compras, os
impostos incidentes sobre as vendas (ICMS, PIS, Cofins e ISS) e descontos
incondicionais concedidos pelo fornecedor ao cliente.
Receita Lquida de Vendas ou Receita Operacional Lquida: esse o
resultado da subtrao das Vendas Brutas pelas dedues de vendas.
J foi cobrado em concurso o que diz o artigo 187 da Lei das S.A. inciso I,
observem a questo:
Compararam com a Lei? Portanto, no temos dvida de que o item est
correto.
Custo das Mercadorias Vendidas ou Custo dos Produtos Vendidos ou
Custo dos Servios Prestados: refere-se ao custo efetivo que a empresa teve
na compra da mercadoria para composio do seu estoque.
Acredito que ainda esteja bem viva na sua memria a frmula do calculo do CMV
(Custo da Mercadoria Vendida) que foi estudada na disciplina de contabilidade geral!
Mas no custa nada relembrar!
(Consultor do Executivo Cincias Contbeis Sefaz/ES- 2010-
Cespe) O valor da receita lquida apurado deduzindo-se do valor da
receita bruta das vendas e servios os valores das dedues de
vendas, dos abatimentos e dos impostos.
A afirmao anterior correta ou incorreta?
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CMV = EI + C - EF
CMV: Custo da Mercadoria Vendida
EI = Estoque Inicial
C = Compras Lquidas (outros custos de compras so os fretes e os seguros)
EF = Estoque Final
Exerccio Resolvido
Durante o ms de Janeiro a empresa XYZ comprou mercadorias no valor de R$
12.300,00. No ato da entrega, a empresa pagou pelo frete R$ 680,00. Como o seu
estoque, antes das compras, era de R$ 52.000,00 a empresa vendeu uma boa parte dos
estoques gerando um custo com as mercadorias vendidas no valor de R$ 60.000,00. Qual
o valor do estoque final da empresa XYZ?
Para responder a questo, utilizaremos a frmula do CMV!
Compras = 12.300 Frete = 680 EI = 52.000 CMV = 60.000 EF = ? Temos que: CVM = EI + Compras + Frete s/ compras EF
60.000 = 52.000 + 12.300 + 680 EF EF = 4.980
Lembre-se: podem incidir sobre as compras os abatimentos, fretes, os impostos,
etc.
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 2.1.
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Resultado Operacional Bruto: o resultado (lucro ou prejuzo) aps a
deduo de custo das mercadorias vendidas ou dos servios prestados da
receita operacional lquida.
Resultado Operacional Lquido: ser obtido a partir do resultado
operacional bruto, somando-se todas as receitas operacionais e subtraindo-se
todas as despesas operacionais.
Outras Receitas Operacionais: so exemplos os aluguis ativos ou
receitas de aluguis, reverso de provises, receita de dividendos e receita de
equivalncia patrimonial.
Receitas Financeiras: temos os juros ativos (ganhos em aplicaes
financeiras) concesso de emprstimos a terceiros (cobrados por atraso no
pagamento de duplicatas por clientes), descontos condicionais ou financeiros
obtidos (descontos obtidos por antecipao de pagamento de dvidas), entre
outros.
Outras Receitas: receitas que no esto ligadas atividade fim da
empresa. Um exemplo a venda de bens do ativo no circulante.
Despesas Operacionais:
- Despesas com vendas ou despesas comerciais: correspondem aos
gastos com comercializao e distribuio das mercadorias/produtos, por
exemplo: comisses dos vendedores, propaganda, brindes, embalagens,
provises de crdito de liquidao duvidosa (PCLD), entre outras.
- Despesas gerais ou administrativas: so as decorrentes do
processo de administrao e funcionamento da empresa, temos como
exemplo: os salrios, frias, encargos sociais, transporte, aluguis,
seguros, honorrios da diretoria, assistncia mdica, IPTU, energia,
telefone, gua, material de escritrio, depreciao, amortizao,
exausto, entre outras.
- Despesas financeiras: remunerao ao capital de terceiros, os quais
financiam a atividade da empresa, vejamos alguns exemplos: juros
passivos ou despesas de juros, descontos financeiros concedidos, IOF,
desgio na emisso de debntures, entre outras.
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- Outras Despesas Operacionais: perda por equivalncia patrimonial.
- Outras Despesas: um exemplo o custo do bem do ativo no
circulante por ocasio da venda.
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 2.2.
Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL): um tributo que
incide sobre o lucro da empresa, aps os seguintes ajustes:
Lucro Operacional Lquido:
(+) Adies
(-) Excluses
(-) Compensaes
= Base de Clculo da CSLL
Lembre-se: s haver CSLL no perodo se a base no for negativa.
A alquota ser determinada mediante aplicao de 9% sobre o resultado
ajustado, presumido ou arbitrado.
Resultado Antes do Imposto de Renda: obtido subtraindo-se o
resultado operacional lquido da CSLL do perodo.
Imposto de Renda: um tributo de competncia da Unio previsto no
texto constitucional do artigo 153 da Constituio Federal em seu inciso III. A
alquota do imposto das pessoas jurdicas de 15%, alm da alquota cobrada
ser cobrado um adicional de 10% sobre a parcela do lucro real, presumido ou
arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicao de R$ 20.000,00 pelo
nmero do respectivo perodo de apurao. Vejamos o exemplo para
entendermos melhor como funciona esse clculo:
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Exemplo: A empresa Vamos L S.A apresentou no primeiro trimestre um
lucro de R$ 85.000,00. Clculo do imposto devido (IR) do perodo:
Imposto = 15% x 85.000,00 = R$ 12.750,00
R$ 85.000,00 R$ 60.000,00 = R$ 25.000,00
Adicional = 10% x R$ 25.000,00 = R$ 2.500,00
Portanto o IR devido R$ 15.250,00
Resultado do Exerccio aps o Imposto de Renda: a subtrao do
resultado do exerccio antes do imposto aps a proviso.
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 2.3.
Participaes Societrias: importante saber que a Lei exige que seja
obedecida uma ordem de distribuio desses resultados. Essa previso est no
artigo 190 da Lei das S.A. Outro ponto importante que a Lei no menciona as
Debntures, entretanto, quando houver, esta ser a primeira participao a ser
calculada.
Limites de Apurao
Mensal = R$ 20.000,00
Trimestral = 3 x R$ 20.000,00 = R$ 60.000,00
Anual = 12 x R$ 20.000,00 = R$ 240.000,00
O limite para o pagamento do Adicional de
R$ 60.000,00 (no trimestre ou 20.000 mensal multiplicado pelo
nmero de meses), o que exceder, dever ser pago Adicional de
10% da diferena.
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Art. 190. As participaes estatutrias de empregados, administradores e partes beneficirias sero determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participao anteriormente calculada.
Ao final desses clculos teremos encontrado o Resultado Lquido do Exerccio da
empresa em questo.
Com as Alteraes da Lei das S.A e o processo de convergncia com as normas
internacionais (est previsto no CPC 26 (R1) Apresentao das Demonstraes Contbeis)
surgiu um assunto novo: Demonstrao do Resultado Abrangente.
O CPC 26 (R1) determinou a adoo de duas demonstraes: a do resultado e a do
resultado abrangente.
A DRA corresponde soma do resultado do perodo com os outros resultados
abrangentes. Ela no faz parte do conjunto de demonstraes contbeis exigido pela Lei
Societria, porm foi includa pelo CPC em decorrncia das mudanas advindas da
convergncia s normas internacionais.
O resultado abrangente a mutao que ocorre no patrimnio lquido durante um
perodo que resulta de transaes e outros eventos que no so derivados de transaes
com os scios na sua qualidade de proprietrios, ou seja, o resultado do exerccio
acrescido de ganhos ou perdas que eram reconhecidas direta e temporariamente na DMPL.
As entidades, no Brasil, podem optar por apresentar a DRA separadamente ou
dentro da DMPL, apesar dessa determinao no estar contemplada no conjunto das
demonstraes contbeis exigido pela Lei Societria.
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UNIDADE 3
DEMONSTRAO DE LUCROS E PREJUZOS ACUMULADOS E DEMONSTRAO DA MUTAO DO PATRIMNIO LQUIDO
OBJETIVO DA UNIDADE: Destacar a importncia da Participao nos Lucros e Resultados de uma empresa atravs das ferramentas gerenciais contbeis.
3.1 Demonstrao de Lucros e Prejuzos Acumulados DLPA: Conceito e
aspectos legais
Nesta unidade estudaremos duas demonstraes e voc ver que a Demonstrao
de Lucros e Prejuzos acumulados - DLPA est contida na Demonstrao da Mutao do
Patrimnio Lquido - DMPL.
Ento, o que a DLPA demonstra?
Esse relatrio demonstra as mutaes (variaes) ocorridas na conta Lucros
Acumulados ou na conta Prejuzos Acumulados durante um determinado perodo de
apurao.
O que voc deve estar questionando que de acordo com as alteraes na Lei
6.404/76 essa conta, Lucros Acumulados, termina o perodo com saldo zerado, portanto,
como iremos demonstrar algo que no tem saldo?
Perceba que essa demonstrao obrigatria para as sociedades por aes,
portanto, por mais que o saldo esteja zerado no perodo, se houver lucro, ele dever ser
transferido para esta conta e ser distribudo a partir dela. E para verificar essas mutaes
utilizamos a DLPA.
Lembrando que aps a apurao do resultado do perodo (lucro ou prejuzo)
transferimos todo o saldo para a conta Lucros Acumulados ou Prejuzos Acumulados e, em
caso de Lucro, este valor ser utilizado para compensar prejuzos anteriores, constituir
reserva de lucros, distribuio de dividendos ou aumento de capital social.
De acordo com o pargrafo nico do artigo 189 e o inciso I do artigo 200 da Lei
das S.A., o prejuzo do exerccio ser obrigatoriamente absorvido pelos:
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Lucros Acumulados;
Reservas de Lucros;
Reserva Legal (tambm reserva de lucros);
Reservas de Capital (no obrigatrio: podem ser utilizadas para a absoro
de prejuzos que ultrapassem os lucros acumulados e as reservas de lucros).
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 3.1.
Exerccio Resolvido Em 2006 caiu em um concurso para contador a seguinte questo: (Contador ENAP 2006 ESAF) A empresa Setas e Cetceos S/A, em
primeiro de janeiro apresentava patrimnio lquido de R$ 105.000,00, constitudo de: Capital Social 100.000,00 Reserva Legal 3.000,00 Lucros Acumulados 2.000,00 Soma Patrimnio Lquido 105.000,00 Ao fim do mesmo exerccio social, esse patrimnio lquido somava apenas
R$ 99.000,00, em decorrncia de prejuzo lquido apurado do exerccio. Em face do fato acima citado, o aludido patrimnio lquido deve ser apresentado no balano como segue:
a) Capital Social 100.000,00
Reserva Legal 3.000,00 Lucros Acumulados 2.000,00 Prejuzos (6.000,00) Soma do Patrimnio Lquido 99.000,00
b) Capital Social 100.000,00 Reserva Legal 3.000,00 Prejuzos Acumulados (4.000,00) Soma do Patrimnio Lquido 99.000,00
c) Capital Social 100.000,00 Lucros Acumulados 2.000,00 Prejuzos (3.000,00) Soma do Patrimnio Lquido 99.000,00
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d) Capital Social 100.000,00
Prejuzos Acumulados (1.000,00) Soma do Patrimnio Lquido 99.000,00
e) Capital Social 99.000,00 Soma do Patrimnio Liquido 99.000,00
Aps a publicao da Lei n 11.638/07, a conta que aparecer no Balano, caso tenha saldo ser Prejuzos Acumulados. A conta Lucros Acumulados, nas sociedades por aes, somente ser utilizada para recebimento e distribuio dos lucros do perodo, devendo terminar com o seu saldo zerado.
Vamos agora resoluo da questo: Fim do exerccio social a empresa apresentou PL de R$ 99.000,00, isso ocorreu em
decorrncia de Prejuzo no Perodo, concorda? Ou seja, Antes PL de R$ 105.000,00 e atualmente PL de R$ 99.000,00. O prejuzo do perodo = 105.000,00 99.000,00 = 6.000,00 De acordo com a Lei da S.A., o prejuzo do exerccio ser absorvido pelos lucros
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem, portanto:
Resultado do Perodo
Lucros /Prejuzos Acumulados
Reserva Legal
6.000
2.000
3.000
6.000
(1)
(1) 6.000 3.000 (2)
(2) 3.000
1.000
A composio do Patrimnio Lquido no final do exerccio: Capital Social 100.000,00 Prejuzos Acumulados (1.000,00) 99.000,00 Alternativa correta Letra D.
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Exerccio Resolvido (Tcnico de Contabilidade Junior Petrobrs -2011- Cesgranrio) A demonstrao
estabelecida pela legislao societria, que pode ser substituda por outra, tendo como finalidade apresentar a destinao do resultado do exerccio, a demonstrao:
a) do Valor Adicionado. b) do Lucro ou Prejuzo Acumulado. c) do Resultado do Exerccio. d) dos Fluxos de Caixa. e) das Variaes Patrimoniais. De acordo com a Lei 6.404/76, artigo 186:
Art. 186. A demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados discriminar: I - o saldo do incio do perodo, os ajustes de exerccios anteriores e a correo monetria do saldo inicial; II - as reverses de reservas e o lucro lquido do exerccio; III - as transferncias para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do perodo. 1 Como ajustes de exerccios anteriores sero considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudana de critrio contbil, ou da retificao de erro imputvel a determinado exerccio anterior, e que no possam ser atribudos a fatos subsequentes. 2 A demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados dever indicar o montante do dividendo por ao do capital social e poder ser includa na demonstrao das mutaes do patrimnio lquido, se elaborada e publicada pela companhia.
Como podemos ver, a demonstrao que pode ser substituda por outra, tendo como finalidade apresentar a destinao do resultado do exerccio a demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados (pode ser substituda pela demonstrao das mutaes do patrimnio lquido). Resposta correta: Alternativa B.
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 3.2.
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3.2 Demonstrao de Lucros e Prejuzos Acumulados: Estrutura e
Elaborao
De acordo com a Lei das S.A., a Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados
(DLPA) apresentar a seguinte estrutura:
Demonstrao de Lucros ou Prejuzos Acumulados
Saldo do Incio do Perodo
(+-) Ajustes de Exerccios Anteriores
(+) Reverses de Reservas de Lucros no Exerccio
(+-) Lucro ou Prejuzo Lquido do Exerccio
(-) Transferncias para Reservas de Lucros
(-) Dividendos Propostos
(-) Parcela dos Lucros incorporada ao Capital Social
(-) Dividendos Intermedirios (antecipados)
= Saldo Final do Perodo
Saldo do Incio do Perodo: o saldo da apurao do resultado, ou seja,
Lucro ou o Prejuzo do perodo. Se for lucro, teremos um saldo credor, no caso
de prejuzo teremos um saldo devedor.
Ajustes de Exerccios Anteriores: so os saldos decorrentes de mudana
de critrio contbil ou da retificao de erros imputveis a determinados
exerccios anteriores e que no possam ser atribudos a fatos subsequentes. Um
exemplo a empresa registrar uma despesa adotando o regime de caixa (a
despesa s ser contabilizada quando houver sada de dinheiro) e no ano
seguinte adota o regime de competncia. Isso mudana no critrio contbil e
dever ser registrado em contrapartida s contas Lucros Acumulados ou
Prejuzos Acumulados e no afeta o resultado do perodo.
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Reverses de Reservas de Lucros no Exerccio: ocorre da no utilizao
do saldo da conta de reservas de lucros que poder ser transferido para a conta
lucros acumulados.
Lucro ou Prejuzo Lquido do Exerccio: o resultado da apurao do
perodo (lucro ou prejuzo).
Transferncias para Reservas de Lucros: corresponde aos saldos
transferidos da conta de lucros acumulados para todas as contas de reservas.
Dividendos Propostos: os dividendos equivalem a uma remunerao dada
aos scios da empresa. Os acionistas tm direito a receber como dividendo
obrigatrio, em cada exerccio, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou,
se for omisso, a importncia determinada de acordo com os seguintes critrios:
- metade do lucro lquido do exerccio diminudo ou acrescido dos seguintes
valores:
a) importncia destinada constituio de reserva legal;
b) importncia destinada formao da reserva para contingncias e
reverso da mesma reserva formada em exerccios anteriores;
c) importncia destinada formao de reserva de incentivos fiscais
(facultativo); e
d) importncia destinada formao de reserva especfica de prmio
na emisso de debntures.
Vamos lembrar os lanamentos para a constituio de reservas de lucros, a reverso de reservas de lucros e o aumento de capital social:
I. Constituio de Reserva de Lucros D Lucros Acumulados C Reserva de Lucros
II. Reverso das Reservas de Lucros D Reserva de Lucros C Lucros Acumulados
III. Aumento de Capital Social com Reserva de Lucros D Reservas de Lucros C Capital Social
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Portanto, a estrutura para o clculo do dividendo obrigatrio no caso de estatuto
omisso seria:
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 3.3.
Parcela dos Lucros incorporada ao Capital Social: por opo da
assembleia geral, uma parte do lucro lquido do exerccio pode ser destinada
para o aumento do capital social. O lanamento seria:
Dbito: Lucros Acumulados (PL)
Crdito: Capital Social (PL)
Dividendos Intermedirios (antecipados): a empresa poder, nos termos
de disposio estatutria, levantar balano e distribuir dividendos em perodos
menores, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do
exerccio social no exceda o montante das reservas de capital.
Lucro Lquido do Exerccio (-) Prejuzos Acumulados (se houver) (-) Importncia Destinada Reserva Legal (-) Importncia Destinada Reserva para Contingncias (+) Reverso de Reservas para Contingncias (-) Res. De Incentivos Fiscais (Facultativo) (-) Prmio na Emisso de Debntures
= Lucro Lquido Ajustado
Dividendo Obrigatrio = 50% do Lucro Lquido Ajustado
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Saldo Final do Perodo: Corresponde ao saldo no final do perodo da conta
Lucros Acumulados ou da conta Prejuzos Acumulados, tambm evidenciado
no Balano Patrimonial.
3.3 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido
A DMPL o relatrio destinado a evidenciar as mudanas, em natureza e valor
ocorridas no patrimnio lquido da entidade, num determinado perodo de tempo.
Isso quer dizer que a DMPL no se limita apenas em demonstrar as mutaes da
conta Lucros Acumulados ou da conta Prejuzos Acumulados. Ela demonstra as
mutaes de todas as contas do patrimnio lquido. Consequentemente, a DLPA est
contida na DMPL.
A demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido (DMPL) discriminar:
- os saldos no incio do perodo;
- os ajustes de exerccios anteriores;
- as reverses e transferncias de reservas e lucros;
- os aumentos de capital, discriminando sua natureza;
- as destinaes do lucro lquido do perodo;
- as reavaliaes de ativos e sua realizao, lquida do efeito dos impostos
correspondentes;
- o resultado lquido do perodo;
- as compensaes de prejuzos;
- os lucros distribudos;
- o saldo no final do perodo.
Vale lembrar que esse demonstrativo obrigatrio para as empresas de Capital
Aberto por exigncia da Comisso de Valores Mobilirios (Instruo CVM n 59, de
22/12/1986), sendo que a lei das sociedades por aes no obriga a divulgao da
demonstrao financeira.
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Observem no quadro abaixo as contas que alteram ou no o Patrimnio Lquido:
Quadro 2 Contas do Patrimnio Lquido
Contas que alteram o PL Contas que no alteram o PL
Lucro ou Prejuzo;
Pagamento de Dividendos;
Integralizao de Capital Social;
Acrscimo do valor nominal das aes;
Acrscimo pelo valor da alienao de
partes beneficirias e bnus de
subscrio;
Reduo por aes prprias adquiridas
ou acrscimos por sua venda;
Ajustes de exerccios anteriores.
Aumento de capital utilizando reservas
ou lucros;
Constituio de reservas utilizando a
conta lucros;
Reverses de reservas patrimoniais;
Compensao de prejuzos com
reservas.
Fonte: Elaborao prpria
Exerccio Resolvido
Leia o enunciado a seguir. correto ou incorreto?
Constituem eventos que afetam o patrimnio lquido, como acrscimos ou
reduo, ajustes de exerccios anteriores, resultado lquido do exerccio e resultado na
venda de aes em tesouraria.
Resposta: Correto, todos esses fatos afetam o patrimnio lquido!
Talvez voc tenha ficado na dvida em responder a questo por ter visto resultado
com a venda de aes em tesouraria, tudo bem, vamos explicar essa afirmao:
Segundo o artigo 182, inciso 5 da lei das sociedades por aes, as aes em
tesouraria so ttulos adquiridos pela prpria empresa e mantidas em tesouraria. O valor
delas limitado pelo saldo dos lucros acumulados e reservas, exceto a reserva legal. A lei
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diz ainda que essa conta dever ser destacada no balano como redutora da conta do
Patrimnio Lquido.
Por exemplo:
Imagine que uma empresa adquiriu R$ 5.000,00 de suas prprias aes, como
iremos registrar essa informao?
D Aes em Tesouraria (Conta redutora do PL)
C Caixa ou Banco (Ativo Circulante)
Vejamos agora um exerccio retirado de um concurso para contador:
Exerccio resolvido
(BNDES Contador 2008 Cesgranrio) Informao parcial da DMPL da Cia. Gama
S/A referente aos saldos finais apresentados no grupo do Patrimnio Lquido, no Balano de
21/12/05.
Itens Capital Reserva de
Capital
Reserva de Lucros Lucro Acum.
Total Legal Estatut. Conting.
Saldo em 31/12/05
2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000
Aumento de Capital
Reverso Reserva
L. Lquido Exerccio
Proposta Distribuio
do Lucro
Reservas
Dividendos
Saldo em 31/12/06
Durante o exerccio de 2006 ocorreram as seguintes situaes: - aumento de capital proveniente de transferncias de reservas de capital no valor
de 500.000 e aporte de capital por parte dos scios de 500.000;
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- reverso de reserva de contingncia estabelecida em funo de perdas possveis em matria-prima que efetivamente ocorreram no exerccio de 2006 no valor de 100.000;
- lucro lquido do exerccio no montante de 300.000; - distribuio de lucros em forma de reserva - reserva legal = percentual determinado pela lei - reserva estatutria = 100.000,00 - reserva de contingncia = 80% do valor da reserva revertida - proposta para dividendos = 0,8 por ao.
Sabe-se que a Cia Gama S/A s possui aes ordinrias, cujo valor nominal em 31/12/06 era de 1,20 (cada). O saldo da coluna Lucros ou Prejuzos Acumulados, em 31/12/x6, considerando exclusivamente as informaes recebidas, : a) 15.000 b) 20.000 c) 35.000 d) 40.000 e) 115.000 Vamos iniciar a resoluo da questo contabilizando os fatos ocorridos:
1. Aumento de capital proveniente de transferncias de reservas de capital no valor de 500.000 e aporte de capital por parte dos scios de 500.000. D Reservas de Capital (PL) 500.000 D Caixa (Ativo Circulante) 500.000 C Capital Social (PL) 1.000.000 2. Reverso de reserva de contingncia estabelecida em funo de perdas possveis em matria-prima que efetivamente ocorreram no exerccio de 2006 no valor de 100.000; D Reserva de Contingncia (PL) 100.000 C Lucros Acumulados (PL) 100.000 3. Lucro lquido do exerccio no montante de 300.000; D Resultado do Exerccio 300.000 C Lucros Acumulados 300.000
4. Distribuio de lucros em forma de reserva
Nesse caso vamos verificar na lei qual o percentual para a destinao, ok?
Reserva Legal = 5% x 300.000 = 15.000
Res. Legal = 5% do
Lucro Lquido do
Exerccio.
Sendo que existe um limite obrigatrio na
constituio:
20% do Capital Social
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Limite de Constituio = 20% de 3.000.000 = 600.000 Portanto, ao constituir a reserva legal verificamos o saldo existente na conta e
somamos ao novo valor de constituio. A soma no poder ultrapassar o limite mximo de 600.000!
Saldo da Reserva = 200.000 + 15.000 (valor de constituio) = 215.000 D Lucros Acumulados 15.000 C Reserva Legal 15.000 1. Reserva estatutria = 100.000,00 D Lucros Acumulados 100.000 C Reserva Estatutria 100.000 2. Reservas de Contingncias = 80% da reserva revertida. 80% de 100.000 = 80.000 D Lucros Acumulados 80.000 C Reservas de Contingncias 80.000 3. Proposta para dividendos = 0,8 por ao. A empresa s possui aes ordinrias com valor nominal de 1,20 por ao. Nmero de Aes = Capital Social/Valor Nominal = 3.000.000/1,20 Nmero de Aes = 2.500.000 Valor dos Dividendos Distribudos = 2.500.000 aes x 0,8 Valor dos Dividendos Distribudos = 200.000 D Lucros Acumulados (PL) 200.000
C Dividendos a Distribuir (Passivo Circulante) 200.000
Itens
Capital
Reserva de Capital
Reserva de Lucros Lucro Acum.
Total Legal Estatutria Conting.
Saldo em 31/12/05
2.000.000 1.050.000 200.000 250.000 150.000 15.000 3.665.000
Aumento de Capital
1.000.000 (1)
(500.000) (1)
Reverso Reserva
100.000
(2) 100.000
(2)
L. Lquido Exerccio
300.000
(3)
Proposta Distribuio
do Lucro
Reservas 15.000
(4) 100.00
(5) 80.000
(6) (195.000)
Soma(4+5+6)
Dividendos (200.000)
(7)
Saldo em 31/12/06
3.000.000 550.000 215.000 350.000 330.000 20.000 4.465.000
Resposta correta: Alternativa B
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Quadro 3 - Modelo de Demonstrao da Mutao do Patrimnio Lquido (DMPL)
DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO LQUIDO
HISTRICO Capital
realizado
Reservas de Capital Reserva de Lucros
Lucros acumulados
Total gio na emisso
de aes
Alienao de partes
Beneficiarias e Bnus de Subscrio
Reserva para Contingncia
Reserva Estatutria
Reserva Legal
Saldo em 31/12/XX
Ajustes de Exerccios Anteriores
Mudanas de Critrios contbeis
Retificao de erros de exerccios
anteriores
Aumento de capital
Com reserva de lucros
Por subscrio realizada
Reverses de reservas
De contingncia
De lucros a realizar
Lucro lquido do exerccio
Proposta da administrao de
Destinao do Lucro
Transferncia para reservas
Reserva Legal
Reserva estatutria
Reserva de lucros para expanso
Reserva de lucros a realizar
Dividendos a distribuir por ao.
Saldo em 31/12/XX + 1
Fonte: Adaptado de Iudcibus, Martins e Marion (2010).
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UNIDADE 4
DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA
OBJETIVO DA UNIDADE: Conhecer a forma de elaborao da DFC e as pessoas jurdicas que so obrigadas a elaborar de acordo com a Lei das S.A.
4.1 Conceitos e Aspectos Legais
A Lei n 11.638/07 promoveu alteraes Lei das S.A. e a partir de 01/01/2008 a
Demonstrao de Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser obrigatria para as sociedades por
aes (abertas ou fechadas). As Cias. Fechadas com patrimnio lquido, na data do Balano,
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais) no so obrigadas a elaborar e publicar a
DFC.
Vamos ler o que diz a Lei 6.404/76:
Art. 176. Ao fim de cada exerccio social, a diretoria far elaborar, com base na escriturao mercantil da companhia, as seguintes demonstraes financeiras, que devero exprimir com clareza a situao do patrimnio da companhia e as mutaes ocorridas no exerccio: I - balano patrimonial; II - demonstrao dos lucros ou prejuzos acumulados; III - demonstrao do resultado do exerccio; e IV demonstrao dos fluxos de caixa; e (Redao dada pela Lei n 11.638,de 2007) V se companhia aberta, demonstrao do valor adicionado. (Includo pela Lei n 11.638,de 2007) 6o A companhia fechada com patrimnio lquido, na data do balano, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhes de reais) no ser obrigada elaborao e publicao da demonstrao dos fluxos de caixa. (Redao dada pela Lei n 11.638,de 2007)
Em resumo, as companhias que esto obrigadas elaborao da DFC so:
Sociedades por Aes Abertas;
Sociedades por Aes Fechadas, com patrimnio lquido superior a
R$ 2.000.000,00 na data do balano; e
Sociedades de grande porte.
Tudo bem, no h dvidas quanto o que diz a legislao, a pergunta : o que vem
a ser companhias abertas e companhias fechadas?
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O art. 4 da Lei das Sociedades por Aes distingue: Para os efeitos desta lei, a
companhia aberta ou fechada conforme os valores mobilirios de sua emisso estejam ou
no admitidos negociao no mercado de valores mobilirios.
Resumindo, a companhia aberta aquela em que suas aes so negociadas nas
bolsas de valores ou mercado de balco. J a sociedade annima fechada aquela que no
emite aes negociveis nesses mercados.
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 4.1.
O Pronunciamento Tcnico (CPC) 03 explica que a DFC permite que os usurios
das demonstraes contbeis avaliem a capacidade de a empresa gerar caixa e equivalentes
de caixa, bem como a necessidade de liquidez.
J sabemos que caixa compreende numerrios em espcie e depsitos bancrios
disponveis, e os equivalentes de caixa so os disponveis financeiros de alta liquidez que
podem ser transformados em dinheiro imediato sempre que a empresa precisar.
Esses equivalentes de caixa so mantidos com a finalidade de atender a
compromissos de curto prazo e no para investimentos ou outros fins.
como se voc recebesse o seu salrio e uma parte dele fosse aplicado na
poupana, havendo uma necessidade no decorrer do ms, voc buscaria o recurso no seu
equivalente de caixa, nesse caso a poupana!
E no caso das aplicaes financeiras, elas tambm seriam equivalentes de caixa?
E voc pode estar pensando: Ok professora,
esto esclarecidos os conceitos, mas afinal,
para que serve a DFC?
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A resposta sim e no! Sim, se forem aplicadas num curto espao de tempo (com
vencimento de 3 meses ou menos) a contar da data da contratao. E no nos casos
superiores!
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 4.2.
Segundo o CPC 03 a DFC dever ser subdividida na demonstrao do caixa
gerada/consumida em trs atividades: a atividade operacional, a atividade de investimentos
e a atividade de financiamento.
Vamos explicar cada uma das atividades:
Fluxo de Caixa: so as entradas e sadas de caixa (caixa e banco conta corrente)
e equivalentes de caixa (poupana, aplicaes de curto prazo).
Atividades Operacionais: so as receitas geradas da atividade operacional e
outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento. Por exemplo: venda de
mercadorias vista, prestao de servios recebidos vista, pagamento aos fornecedores,
recebimentos de caixa decorrentes de honorrios, comisses, pagamento a empregados,
recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prmios e sinistros, pagamento ou
restituio de caixa de impostos sobre a renda, recebimentos e pagamentos de caixa de
contratos mantidos para negociao imediata ou disponveis para venda futura, pagamento
de tributos e multas.
Atividades de Investimentos: so as aquisies e venda de ativos de longo
prazo e de outros investimentos no includos nos equivalentes de caixa. Por exemplo:
compra de veculo para utilizar na entrega de mercadorias, venda de bens do ativo
imobilizado, recebimento referente venda de participaes societrias, desembolso de
emprstimos concedidos, recebimentos referentes ao principal de emprstimos ou
financiamentos concedidos.
Atividades de Financiamento: so as mudanas no tamanho e na composio
do capital prprio da empresa ou ainda, decorrentes do endividamento das entidades que
sejam classificadas como atividade operacional. Por exemplo: integralizao de capital social
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em dinheiro e pagamento de dividendos, recebimentos referentes a emprstimos obtidos,
recebimento de acionistas por venda de aes.
Vamos entender como isso funciona na prtica: imagine que a empresa possui um
emprstimo, esse desembolso (pagamento) inclui, tanto juros como o principal, certo?
Portanto, a parte dos juros pode ser classificada dentro da DFC como Atividade
Operacional, a parte do principal deve ser classificada como Atividade de
Financiamento.
Bem, sei que parece um pouco complicado, mas vamos a outros exemplos, ok?
- A integralizao de capital social da entidade em dinheiro corresponde a um fluxo
de caixa gerado pela atividade de investimento?
No, na verdade atividade de financiamento, ou seja, valores que entram para
gerarem novas aplicaes de recursos dentro da empresa.
- O pagamento de dividendos em dinheiro corresponde a um fluxo de caixa
consumido pela atividade de financiamentos?
Sim. Esse item est correto, mesmo porque o ato contbil que deu origem a esse
fato foi a integralizao de capital dos scios, portanto, a devoluo de parte desse
investimento ter que ser lanada dentro do fluxo da atividade de investimento da
DFC.
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 4.3.
4.2 Mtodos de Elaborao da DFC: Direto e Indireto
Segundo o CPC 03, a Demonstrao dos Fluxos de Caixa poder ser elaborada
utilizando-se dois mtodos: o Mtodo Direto ou o Mtodo Indireto. Vejamos o que diz a
Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis - FIPECAFI sobre a Lei 11.638/07:
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O Mtodo Indireto aquele onde se parte do lucro lquido do perodo e o
ajusta at se obter o caixa das operaes. Esses ajustes so aqueles que j
se utilizavam na montagem da DOAR (itens que no afetam o Ativo e o
Passivo Circulante, como depreciaes, amortizaes, equivalncia
patrimonial, etc.) e aqueles que representam variaes das contas de ativo
e passivo que so contrapartidas de registros no resultado (clientes,
estoques, fornecedores, contas a pagar, etc.) quer sejam contas circulantes
quer no-circulantes.
J o Mtodo Direto, para o caixa gerado nas operaes, aquele onde as
entradas e sadas referentes s operaes aparecem pelos seus valores
totais realizados, ou seja, mostra a efetiva movimentao de dinheiro. O
que se tem visto no Brasil e no exterior uma forte predileo pelo Mtodo
Indireto [...], uma vez que se apresenta mais til, mais informativo e os
analistas do preferncia a ele. J no que tange s demonstraes do caixa
gerado/consumido pelos investimentos e pelos financiamentos igual em
ambos os mtodos.
Vamos agora estudar as duas diferentes formas de elaborao.
4.2.1 DFC Mtodo Direto
Nesse mtodo partimos do Lucro Lquido do perodo que se ajusta at obter caixa
das operaes, segundo o que diz o FIPECAFI.
Portanto:
Entradas de Recursos Fluxo de Caixa Positivo
Sada de Recursos Fluxo de Caixa Negativo
A Estrutura da DFC pelo Mtodo Direto Seria:
DEMONSTRAO DE FLUXOS DE CAIXA PELO MTODO DIRETO
Fluxos de caixa das atividades Operacionais
Recebimento de clientes
Pagamento a fornecedores e empregados
Caixa gerado pelas operaes
Juros pagos
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Caixa lquido proveniente das atividades operacionais
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aquisio de controlada X, lquido do caixa includo na aquisio (Nota A)
Compra de ativo imobilizado (Nota B)
Recebido pela venda de imobilizado
Juros recebidos
Dividendos recebidos
Caixa lquido usado nas atividades de investimento
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebido pela emisso de aes
Recebido por emprstimo a longo prazo
Pagamento de passivo por leasing
Dividendos pagos
Caixa lquido usado nas atividades de financiamento
Aumento lquido usado nas atividades de financiamento
Caixa e equivalentes de caixa no inicio do perodo (Nota C)
Caixa e equivalentes de caixa ao fim do perodo (Nota C)
Fonte: CPC 03 Comit de Pronunciamentos Tcnicos Contbeis.
Vamos tentar facilitar o estudo desse mtodo apresentando as estruturas principais
para os clculos dos recebimentos e pagamentos, ok?
a) Valor Recebido de Clientes no Perodo
Aqui vamos calcular o saldo recebido pela empresa dos Clientes.
Clientes = Duplicatas a receber
Saldo inicial da conta clientes (+) Receita de Vendas ( vista ou a prazo) (+) Duplicatas descontadas (-) Devoluo de Vendas (-) Descontos incondicionais sobre vendas (-) Abatimentos sobre Vendas
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(-) PCLD utilizada no perodo (+) Adiantamento de Clientes (saldo final) (-) Adiantamento de clientes (saldo inicial) (-) Perdas com clientes (-) Saldo final da conta clientes = Valor recebido de clientes no Perodo
Voc pode se perguntar: mas professora, e esse valor de R$ 60.000,00 que foi
recebido pela empresa? No pagamento dos clientes?
Sim, verdade, s que so pagamentos vista e precisamos saber quanto das
vendas a prazo tambm foram recebidas no perodo. Portanto, os R$ 260.000,00
representam os recebimentos vista e a prazo no perodo.
Antes de continuar seu estudo, realize a Atividade 4.4.
Vamos ao exemplo: Suponhamos que a empresa Viva a UCDB tenha as seguintes receitas de
vendas do perodo: Receita de Vendas vista = R$ 200.000,00 Receita de Vendas a prazo = R$ 100.000,00 Pagamento de Clientes = R$ 60.000,00 Saldo inicial da Conta Clientes = R$ 0,00 Saldo Final da Conta Clientes = R$ 40.000,00
Qual o valor que a empresa recebeu (pagamentos) dos seus clientes no perodo utilizando a estrutura da DFC no perodo?
Saldo Inicial da Conta Clientes 0,00 (+) Receita de Vendas (a prazo + vista) 300.000,00 (-) Saldo final 40.000,00 = Valor recebido de clientes R$ 260.000,00
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b) Valor Pago a fornecedores no Perodo
Agora vamos estudar o pagamento efetuado aos fornecedores no perodo
utilizando a estrutura da DFC.
Fornecedores = Duplicatas a Pagar
Saldo inicial da conta Fornecedor
(+) Compras do perodo ( vista ou a prazo)
(+) Adiantamento a fornecedores (saldo final)
(-) Adiantamento a fornecedores (saldo inicial)
(-) Fornecedores (saldo final)
= Valor Pago a Fornecedores no Perodo
() Para Calcular as Compras
CMV = EI + C EF (j vimos isso na Unidade 2!)
Onde:
CMV = Custo da mercadoria vendida EI = Estoque inicial C = Compras lquidas EF = Estoque final
Vamos ao exemplo: Suponhamos que a empresa Viva a UCDB tenha os seguintes dados no perodo:
Compras vista = R$ 200.000,00 Compras a prazo = R$ 100.000,00 Pagamento de Clientes = R$ 60.000,00 Saldo inicial da Conta Fornecedores = R$ 0,00 Saldo Final Fornecedores = R$ 40.000,00
Qual o valor que a empresa pagou aos seus fornecedores no perodo utilizando a estrutura da DFC no perodo?
Saldo Inicial da Conta Fornecedor 0,00 (+) Compras (a prazo + vista) 300.000,00 (-) Saldo final 40.000,00 = Valor Pago aos fornecedores R$ 260.000,00
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4.2.2 DFC Mtodo Indireto
DEMONSTRAAO DE FLUXO DE CAIXA PELO MTODO INDIRETO
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro Lquido antes do imposto de renda e contribuio social
Ajustes por:
Depreciao
Perda Cambial
Renda de Investimentos
Despesas de Juros
Aumento nas contas a receber de clientes e outros
Diminuio nos estoques
Diminuio em contas a pagar fornecedores
Caixa proveniente das operaes
Juros pagos
Imposto de Renda e Contribuio Social pagos
Caixa lquido proveniente das atividades operacionais
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Aquisio da controlada X, menos caixa lquido includo na aquisio (Nota A)
Compra de ativo imobilizado (Nota B)
Recebimento pela venda de equipamento
Juros recebidos
Dividendos recebidos
Caixa lquido usado nas atividades de investimentos
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimento pela emisso de aes
Recebimento por emprstimos a longo prazo
Pagamento de obrigao por leasing
Dividendos pagos
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Caixa lquido usado nas atividades de financiamentos
Aumento lquido de caixa e equivalente de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no incio do perodo
Caixa e equivalentes de caixa no fim do perodo
Fonte: CPC 03 Comit de Pronunciamentos Tcnicos Contbeis.
De acordo com o CPC n 03 e elaborao pelo mtodo indireto realizada pelo
fluxo de caixa lquido das atividades operacionais sendo ajustado o lucro lquido ou prejuzo
quanto aos efeitos de:
- Mudanas ocorridas no perodo nos estoques e nas contas operacionais a receber
e a pagar;
- Itens que no afetam o caixa, tais como depreciaes, provises, impostos
diferidos, variaes cambiais no realizadas, resultado de equivalncia patrimonial em
investimentos e participao de minoritrios, quando aplicvel; e
- Todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa
decorrentes das atividades de investimentos ou de financiamento.
Vamos utilizar o exemplo prtico utilizado pelo Ribeiro (2010, p. 203), do Livro de
Contabilidade Avanada:
Exerccio Resolvido
Fatos ocorridos durante o exerccio de X1:
1. Em 20 de novembro de X1, Joo e Pedro se reuniram e constituram uma sociedade
annima para explorar o comrcio de eletrodomsticos em geral, com Capital no valor de
R$ 50.000. Cada acionista subscreveu 50% do Capital da sociedade cuja razo social ser
Comercial Joo Pedro S/A.
2. Em 05 de dezembro, os acionistas integralizaram o capital em dinheiro.
Pede-se:
Escriturar os fatos em partidas no Dirio
Elaborar o Balano Patrimonial
Elaborar a DFC pelo mtodo direto e indireto.
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Dirio
1) Acionista conta Capital a Integralizar
A Capital
Subscrio de Joo...................................25.000
Subscrio de Pedro................................25.000 50.000
_______________________ ..______________________________
2) Caixa
A acionistas conta capital a integralizar
Integralizao de Joo...............................25.000
Integralizao de Pedro.............................25.000 50.000
CIA Comercial Joo Pedro S/A
Balano Patrimonial Dezembro de X1
Ativo
Ativo Circulante
Disponibilidade
Caixa.................................50.000
Passivo
Patrimnio Lquido
Capital.............................50.000
Total do Ativo....................50.000 Total do Passivo...............50.000
Veja como ficar a DFC pelos dois Mtodos:
Mtodo Direto Mtodo Indireto
Cia Joo Pedro S/A
DFC
Exerccio Findo de 31 de dezembro de X1.
Cia Joo Pedro S/A
DFC
Exerccio Findo de 31 de dezembro de X1.
Fluxos de Caixa Originados de:
Atividades Operacionais
Atividades de Investimentos
Atividades de Financiamento
Integralizao de Capital...............50.000
Disponibilidade Lquida gerada pelas atividades de financiamento..........50.000
Aumento (reduo) nas disponibilidades............................50.000
Disponibilidade incio do perodo
Disponibilidade - final do perodo...................................50.000
Fluxos de Caixa Originados de:
Atividades Operacionais
Atividades de Investimentos
Atividades de Financiamento
Integralizao de Capital............50.000
Disponibilidade Lquida gerada pelas atividades de financiamento.......50.000
Aumento (reduo) nas disponibilidades.......................50.000
Disponibilidade incio do perodo
Disponibilidade - final do perodo................................50.000
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Exerccio Resolvido
Dando sequncia ao exemplo anterior, suponhamos que durante o exerccio X2 tenham
ocorrido os seguintes fatos na empresa Comercial Joo Pedro S/A:
1. Abertura de conta corrente em 05/01/X2 com depsito inicial de R$ 40.000,00.
2. Reembolso efetuado aos scios, por meio de cheque n 1 e 2 referentes aos gastos com
a constituio da empresa no valor de R$ 5.000,00.
3. Compra de mveis e utenslios, NF 964, da Casa Noroeste S/A, no valor de
R$ 10.000,00, com aceite de dez duplicatas no valor de R$ 1.000,00 cada, com prazo de
carncia para o primeiro pagamento de 2 anos.
4. Compra de mercadorias, NF 888, Eletromar S/A no valor de R$ 60.000,00, sendo 50%
pagos vista por meio de cheque n 3 e o restante para pagamento em 60 dias.
Pede-se:
Escriturar os fatos em partidas no Dirio
Elaborar o Balano Patrimonial
Elaborar a DFC pelo mtodo direto e indireto.
Dirio
1) Banco Conta Movimento
A Caixa
Abertura de Conta corrente...........................40.000 40.000
_______________________ ..______________________________
2) Despesas de Organizao (Outras Despesas Operacionais)
A Banco conta movimento
Cheques 1 e 2 p/ reembolso aos acionistas re. Gasto com constituio .....................................................................5.000 5.000
_______________________ ..______________________________
3) Mveis e utenslios
A Duplicatas a Pagar (Passivo de Longo Prazo)
NF 964 da Casa Noroeste S/A........................10.000 10.000
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4) Estoque de Mercadorias
A Diversos
A Banco conta movimento......................... 30.000
A Fornecedores.......................................... 30.0000 60.000
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CIA Comercial Joo Pedro S/A
Balano Patrimonial Dezembro de X1
Ativo Ativo Circulante Disponibilidade Caixa....................................10.000 Banco.....................................5.000 Caixa....................................60.000 Ativo No Circulante Imobilizado Mveis e utenslios..............10.000
Passivo Passivo Circulante Fornecedores.....................30.000 Passivo No Circulante Exigvel de Longo Prazo Duplicatas a Pagar.............10.000 Patrimnio Lquido Capital...............................50.000 (-) Prejuzo Acumulado...... (5.000)
Total do Ativo...............85.000 Total do Passivo............85.000
Prejuzo decorrente das despesas com organizao da empresa.
Mtodo Direto Mtodo Indireto
Cia Joo Pedro S/A
DFC
Exerccio Findo de 31 de dezembro de X1.
Cia Joo Pedro S/A
DFC
Exerccio Findo de 31 de dezembro de X1.
Fluxos de Caixa Originados de:
Atividades Operacionais
Valores Pagos a Fornecedores....(30.000)
Outros Pagamentos.....................(5.000)
Disponibilidades Lquidas geradas pelas atividades Operacionais.............(35.000)
Atividades de Investimentos
Compras de Imobilizados...........(10.000)
Disponibilidades Lquidas geradas pelas atividades de Investimento.........(10.000)
Atividades de Financiamento
Emprstimos Tomados.................10.000
Disponibilidade Lquida gerada pelas atividades de financiamento..........10.000
Fluxos de Caixa Originados de:
Atividades Operacionais
Prejuzo do Exerccio..................(5.000)
Variao Ativa aumento do estoque....................................(60.000)
Variao Passiva reduo em fornecedores.............................. 30.000
Disponibilidades Lquidas geradas pelas atividades Operacionais.............(35.000)
Atividades de Investimentos
Compras de Imobilizado............(10.000)
Disponibilidades Lquidas geradas pelas atividades de Investimento........(10.000)
Atividades de Financiamento
Emprstimos Tomados.................10.000
Disponibilidade Lquida gerada pelas atividades de financiamento.........10.000
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Aumento (reduo) nas disponibilidades.........................(35.000)
Disponibilidade incio do perodo.......................................50.000
Disponibilidade final do perodo..................................15.000
Aumento (reduo) nas disponibilidades........................(35.000)
Disponibilidade incio do perodo.......................................50.000
Disponibilidade final do perodo...................................15.000
Lembrando que para Clculo do Mtodo Direto precisaremos achar primeiro o saldo dos
pagamentos realizados aos fornecedores, conforme j vimos anteriormente em outros
exemplos:
Saldo Inicial da Conta Fornecedor 0,00
(+) Compras (a prazo + vista) 60.000,00
(-) Saldo final 30.000,00
= Valor Pago aos fornecedores R$ 30.000,00
Vale observar que nos dois mtodos (direto e indireto) as somas algbricas
apuradas nos trs grupos de Atividades coincidem. A nica diferena est na forma de
obteno do Caixa Lquido gerado ou consumido nas Atividades