Contexto de produção da linguagem

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Professora Rosangela Garcia Unidade: Comunicação Excertos: Projeto de Cultura da Escrita. Instituto Literris/UMC. Profa Profa. Nádia N. Pires O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DA LINGUAGEM

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Professora Rosangela GarciaUnidade: ComunicaçãoExcertos: Projeto de Cultura da Escrita. Instituto Literris/UMC. Profa Profa. Nádia N. Pires

O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DA LINGUAGEM

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Sempre que escrevemos ou falamos, isto é, produzimos um determinado texto - oral ou escrito, acionamos determinadas representações sobre o contexto de produção desse texto, até mesmo inconscientemente, que vão influenciar diversas das características de nossos textos.

O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DE LINGUAGEM NA INTERAÇÃO SOCIAL

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O produtor do texto (oral ou escrito) tem, no mínimo, uma representação de si mesmo com uma instância física, como um corpo físico separado dos demais. Mas, ao mesmo tempo, ele também tem uma representação do papel social que desempenha em uma determinada atividade social (aluno, colega, filho, advogado, médico, etc.), e da imagem que quer passar de si mesmo por meio do texto produzido (ex.: técnico, competente, indeciso, racional, democrático, etc.).

REPRESENTAÇÃO DO AUTOR DO TEXTO

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O produtor do texto também tem representações sobre o seu interlocutor, quer este esteja presente ou ausente na situação física da produção. Essas representações vão, também, nos dois sentidos anteriores. De um lado há uma representação do interlocutor como uma entidade física, mas há também uma representação sobre o papel social que esse interlocutor está desempenhando na interlocução (pai, professor, juiz, médico, etc.). É lógico que as representações, que o produtor mantém sobre o seu papel e sobre o papel do interlocutor, estão estreitamente relacionadas. Ainda mais, elas estão relacionadas com uma terceira representação, que vem explicada a seguir.

REPRESENTAÇÃO DO INTERLOCUTOR

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O terceiro tipo de representações diz respeito ao lugar social em que o texto é produzido e em que vai circular. Do mesmo modo que as anteriores, essas representações seguem em dois sentidos: de um lado, o produtor do texto tem representações sobre o lugar físico em que produz o texto, mas tem também representações sobre a instituição social, isto é, a "zona de cooperação social" na qual se desenvolve a atividade humana especifica à qual se articula a atividade de linguagem. Como exemplos, temos as instituições econômicas e comerciais, instituições políticas e governamentais, a instituição literária (ou ‘literatura’), instituição acadêmico-científica, instituições de saúde, instituições de repressão justiça e policia, instituição escolar, instituição familiar, instituições "mediáticas [midiáticas]” (a imprensa escrita, o rádio, a televisão), os lugares de lazer, os lugares de práticas de contato cotidiano, etc

REPRESENTAÇÃO DO LUGAR SOCIAL

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O quarto tipo de representações diz respeito ao momento da produção.

REPRESENTAÇÃO DO MOMENTO DE PRODUÇÃO

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Finalmente, o quinto tipo de representações diz respeito ao(s) objetivo(s) que o produtor do texto tem, isto é, ao efeito que quer produzir no interlocutor (convencê-lo de alguma coisa, aumentar seu conhecimento, fazer com que ele faça alguma coisa, etc.) Além disso, mobilizamos determinados conteúdos temáticos que já temos na mente ou, conforme a situação, buscamos esses conteúdos, pesquisamos sobre o assunto.

REPRESENTAÇÃO DO OBJETIVO DE PRODUÇÃO

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Elementos do contexto de produção (síntese)

• Autor• Papel social do autor• Imagem que o autor passa de si mesmo• Destinatários possíveis do texto• Papel social dos destinatários• Locais onde o texto circula• Momento da publicação• Objetivo do autor do texto• Conteúdos temáticos• Gênero do texto

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Quando produzimos textos escritos ou orais, precisamos ter claro quais são as nossas representações sobre esse contexto de produção e qual é o gênero mais adequado para que possamos agir com a linguagem. Muitas das inadequações dessa ação podem ser derivadas exatamente das representações inadequadas, não socialmente aceitas, e de um desconhecimento das características dos gêneros que devemos utilizar.

A INTENCIONALIDADE DISCURSIVA

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Quando falamos ou escrevemos, sobretudo em situações mais institucionalizadas, não falamos apenas como indivíduos isolados, mas assumindo um determinado papel social; buscando construir uma determinada imagem para o outro, com um determinado objetivo, para um destinatário que também ocupa um determinado papel social, e dentro de uma atividade social para a qual normalmente existem gêneros apropriados, com características próprias.

A INTENCIONALIDADE DISCURSIVA

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São as intenções explícitas ou implícitas existentes na linguagem dos interlocutores que participam de uma situação comunicativa. O sucesso de nossas intenções verbais, tanto na condição de locutor (produtor) quanto na de interlocutor, depende muito de nossa capacidade de lidar com a intencionalidade. Por meio dela podemos, por exemplo, impressionar, ofender, persuadir ou informar nosso interlocutor; podemos também pedir, solicitar, implorar, reivindicar, etc.A intencionalidade discursiva se define também a partir de outros componentes que participam da situação comunicativa; tais como: quem fala, para quem se fala e em que contexto sócio-histórico é produzido o enunciado.

A INTENCIONALIDADE DISCURSIVA

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Professora Rosangela GarciaComunicação

Ftec Novo Hamburgo