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Contexto - Jornal do Agrupamento de Escolas de S. Miguel Número 8 Junho de 2012 A Biblioteca Escolar da sede de Agrupamento ganhou, no passado dia 4 de maio, um padrinho muito especial. Nin- guém melhor que um conterrâneo e cientista eminente, criado em Creado (não, não é pleonasmo…) na freguesia de Casal de Cinza. Falamos, já devem ter calculado, de Fernando Carvalho Rodrigues, aquele a quem chamaram “pai do satélite portu- guês” e que é agora patrono da biblioteca escolar. Na altura, perante largas dezenas de alunos, o cientista, no regresso às origens, não se esqueceu de referir a importân- cia da leitura na formação de cidadãos atentos e interven- tivos. Salientou ainda a qualidade de se ser teimoso, de perseverar na prossecução dos objetivos e de não desistir à primeira pedra que se nos deparar no caminho. O êxito da iniciativa ficou bem patente nos olhos brilhantes e na concentração que os alunos mostravam. E depois, as perguntas feitas foram tantas!… Será caso para dizer não há uma sem duas… Numa pri- meira vez foi a oportunidade de receber na escola sede o professor Carvalho Rodrigues. À segunda coube-nos conviver com Rui Costa na Biblioteca Nuno de Mon- temor na Guarda Gare. Feliz coincidência é o facto de ambos serem oriundos da mesma freguesia e de ambos se terem destacado como cientistas de renome. Rui Costa regressou mesmo à escola onde aprendeu as primeiras letras e, perante uma plateia de uma curiosi- dade entusiasmante, estabeleceu fácil interação com gente de palmo e meio mas que não deixou de o ques- tionar. Assim se diz em Casal de Cinza: “O Ti João Bragal tem um Creado que é Carpinteiro e mandou-o à Pessolta buscar a Gata para a Torre de Casal de Cinza.” CIENTISTAS NA ESCOLA BOAS FÉRIAS!!!!

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Contexto - Jornal do Agrupamento de Escolas de S. Miguel • Número 8 • Junho de 2012

A Biblioteca Escolar da sede de Agrupamento ganhou, no passado dia 4 de maio, um padrinho muito especial. Nin-guém melhor que um conterrâneo e cientista eminente, criado em Creado (não, não é pleonasmo…) na freguesia de Casal de Cinza. Falamos, já devem ter calculado, de Fernando Carvalho Rodrigues, aquele a quem chamaram “pai do satélite portu-guês” e que é agora patrono da biblioteca escolar. Na altura, perante largas dezenas de alunos, o cientista, no regresso às origens, não se esqueceu de referir a importân-cia da leitura na formação de cidadãos atentos e interven-tivos. Salientou ainda a qualidade de se ser teimoso, de perseverar na prossecução dos objetivos e de não desistir à primeira pedra que se nos deparar no caminho.O êxito da iniciativa ficou bem patente nos olhos brilhantes e na concentração que os alunos mostravam. E depois, as perguntas feitas foram tantas!…

Será caso para dizer não há uma sem duas… Numa pri-meira vez foi a oportunidade de receber na escola sede o professor Carvalho Rodrigues. À segunda coube-nos conviver com Rui Costa na Biblioteca Nuno de Mon-temor na Guarda Gare. Feliz coincidência é o facto de ambos serem oriundos da mesma freguesia e de ambos se terem destacado como cientistas de renome.Rui Costa regressou mesmo à escola onde aprendeu as primeiras letras e, perante uma plateia de uma curiosi-dade entusiasmante, estabeleceu fácil interação com gente de palmo e meio mas que não deixou de o ques-tionar.

Assim se diz em Casal de Cinza:

“O Ti João Bragal tem um Creado que é Carpinteiro e mandou-o à Pessolta buscar a Gata para a Torre de Casal de Cinza.”

CIENTISTAS NA ESCOLA

BOAS FÉRIAS!!!!

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Da Escola para o Mundo - Mauro GriloNascido em março de 1983, natural da Guarda, médico den-tista desde 2007, frequentou esta escola desde setembro de 1993, durante 5 anos letivos, fazendo aqui os 2º e 3º ciclos do ensino básico. Acedeu falar-nos, hoje, do seu percurso académico e profis-sional.- Que recordações tem desta escola e de que forma acha que ela influencia o seu presente e futuro? - Quero antes de mais agradecer este inesperado e simpático convite. Tenho desta escola muito boas recordações, até porque tive a sorte de ter pertencido a uma turma que se manteve, mais ou menos constante, ao longo dos anos que frequentei a escola de S. Miguel e da qual faziam parte colegas fabulosos. Com a maioria deles ainda hoje,mantenho um relacionamento de grande amizade. Também com os colegas das outras turmas o relacionamen-to foi sempre franco e saudável.Quanto aos professores, se dissesse que gostei de todos por igual, não estaria a ser verdadeiro comigo próprio. Posso, contudo, afirmar que a esmagadora maioria foram professores extraordinários que davam muito mais de si do que seria legítimo exigir-se-lhes. Escuso-me, como gostaria, de deixar aqui os seus nomes, não só por me tornar maçador pela exten-são da lista, mas também, porque tenho receio de deixar de referir alguém.

É evidente que alguns docentes me marcaram de forma especial, tanto pelo modo como transmi-tiam os conhecimentos, como pelo relacionamento que mantinham com os alunos e, sobretudo, pela verticalidade e pelo empenho que colocavam em tudo o que faziam. Penso terem sido essa verticali-dade e esse empenho que mais me marcaram.Entre esses docentes permitam--me que recorde, com muito carinho e admiração, a Srª Drª Lucília Monteiro, a minha diretora de turma desde o 5º ao 9º anos.Também dos assistentes opera-cionais guardo grata memória, tendo sido sempre companheiros e amigos. - Quer falar-nos do seu percurso escolar depois desta escola?- O meu percurso escolar é muito semelhante ao de tantos outros alunos que por aqui passaram. Frequentei a Escola Secundária da Sé, durante três anos, onde fiz o ensino secundário e daí fui para a Universidade onde, durante 6 anos (antes do tratado de Bolonha), fiz o curso de Medicina Dentária que concluí em julho de 2007.- Quando terminou o curso teve logo trabalho?-Sim. Tive a sorte de, logo no mês seguinte, iniciar a minha vida profissional numa das mais presti-giadas clínicas dentárias de Sala-manca, clínica Dental Dr TERRON, onde colegas amigos, excelentes profissionais e muito experien-

tes me ajudaram, incentivaram e fizeram ver, de forma mais clara, a necessidade de estar sempre em permanente formação para poder dar resposta adequada ao con-stante desafio que é viver.Como reparte agora o seu tempo?De segunda a sábado reparto-o entre a Clínica DENTAL MAG, aqui na Guarda, e, em Espanha, a clínica SALUD DENTAL e a clínica Dental Dr. TERRON, da qual já anterior-mente havia falado. O domingo utilizo-o para estar com a família e com os amigos, divertindo-me e descansando.Sempre que posso, procuro tam-bém fazer férias e viajar, que é algo que me fascina.Como tenho plena consciência que a formação contínua é funda-mental para o sucesso profissional, ocupo bastante do meu tempo nessa mesma formação, quer em Portugal quer no estrangeiro.- Para finalizar esta entrevista, que mensagem gostaria de deixar aos atuais alunos desta escola?- Que aproveitem as oportuni-dades que a vida lhes dá, sem se esquecerem nunca, que sem muito esforço, empenho e iniciativa, nada se consegue e que a verda-deira felicidade, estou convicto, está em nos conseguirmos realizar pessoal e profissionalmente. Assim, a escola é, sem dúvida, uma boa alavanca. A todos os alunos e à restante co-munidade educativa desejo muito sucesso e muitas felicidades.

Les proverbes du mois de juin

Le temps qu'il fait en juin le troisSera le temps du mois._________________________________

Qui en juin se porte bienAux temps chauds ne craindra rien.

En Français

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Fim de ano letivo

Os tempos em que vivemos são de mudanças bruscas e contínuas, onde pouco, ou quase nada, é definitivo. Estão aí as dificuldades sociais que tornam incerto o futuro das famílias e que obrigam a Escola a estar mais atenta à sua comunidade, tendo que o fazer vivendo com as próprias incertezas que a atual politica educativa está a gerar: as alterações curricu-lares, o aumento do número de alunos por turma, o encerramento de escolas, os mega agrupamentos que certamente irão destruir a ideia de escola, a ideia de comunidade educativa, a ideia de projeto e que poderão vir a tornar-se mega estruturas disfuncio-nais. Quantos professores ficam sem horário? Como preparar o próximo ano letivo neste mar de incerte-zas? Neste final de ano letivo não faltariam temas para desenvolver neste editorial, mas é do nosso Agrupamento que vos quero falar. Este organismo vivo, composto por alunos, professores, direção, assistentes técnicos, assistentes operacionais pais e encarregados de educação e todos aqueles que são nossos amigos e que, de quando em vez, nos visi-tam e enriquecem o nosso dia a dia com o seu con-tributo, manifestado das mais variadas formas. Sim, o nosso Agrupamento está mais uma vez de parabéns porque, pese embora todas as contingências próprias desta época, temos tido atividades relevantes e de projeção exterior nos mais variados projetos. Ativi-dades que foram realizadas por e para os alunos, obviamente, e que tiveram o contributo pessoal e amigo, o empenho profissional, o sentido de missão social dado por aqueles que hoje estão cansados pelo desgaste e pela incerteza quanto ao futuro, mas que, mesmo assim, souberam dignificar /afirmar o Agrupamento. Que me perdoem todos os outros contributos mas, neste jornal, as minhas palavras são de especial agradecimento para todos os professores que, aju-dando os nossos alunos a chegar onde têm chegado, e fazendo-lhes viver experiências enriquecedoras de verdadeiro trabalho colaborativo, contribuem para a formação e construção de indivíduos com maior sentido social, mostrando que, afinal, esta classe profissional tem sentido de ética, responsabilidade e trabalha muito. Estamos no final de mais um ano letivo e com ele muitas lembranças, muitas histórias para contar, muitos sonhos realizados, outros que ficaram por realizar. Esta é a dinâmica da vida, e nesta infinda teia vamos vivendo e aprendendo a cada dia uns com os

outros, engrandecendo-nos como seres humanos. Vencida mais uma etapa da vida escolar, aproxima--se a interrupção gratificante das férias para dar novo impulso a mais outro ano, onde, apesar das dificul-dades que se anteveem, todos vamos ajudar a trilhar o caminho do sucesso educativo dos nossos alunos: - O Agrupamento, integrado ou não numa mega estrutura, continuará a tomar medidas, para promover o sucesso escolar/educativo de todos os seus alunos e o bem estar pessoal de todos os membros da comunidade educativa, continuando a apostar na integração como um dos seus pontos mais fortes, para que a sa- tisfação dos alunos e a confiança das famílias se mantenham; - Os professores vão continuar a ensinar com qualidade e exigência, esforçando-se por se manterem atualizados e atentos às exigências e de-safios que alunos tão diferentes impõem; - Aos alunos compete estudar com esforço e interesse, procurar a excelência do conhecimento através do trabalho persistente e organizado, tendo gosto em desenvolver competências e apreender conhecimentos; - Às famílias, pede-se ainda maior envolvi-mento, mais colaboração, dedicação e participação no acompanhamento da vida escolar dos respetivos educandos. Cabe-lhes, em primeiro lugar, ser exigen-tes: com eles, com os filhos, com os professores, com a escola; - Aos parceiros, pede-se-lhes sensibilidade, colaboração e apoio de modo a que todos juntos possamos continuar a nossa nobre missão de educar e formar cidadãos responsáveis, empreendedores, interventivos e com sentido crítico; - À sociedade em geral e aos decisores políti-cos em particular, pedimos que voltem a acreditar/valorizar a escola como verdadeira fonte de partilha e transmissora de saber e de valores. A educação tem que se assumir como o verdadeiro motor da socie-dade porque o Progresso só é possível num modelo assente em valores que defendam a realização do homem, enquanto indivíduo, família e sociedade. Termino com uma palavra de estímulo agra-decimento e apreço para todos aqueles que, de uma forma digna e enriquecedora, contribuíram para “dar mais nome” ao nosso Agrupamento de Escolas. Bem Hajam!

António Pires

Editorial

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CEF - Cursos de Educação e Formação (Tipo 2)

. COZINHA

. SERVIÇO DE BAR

. MANUTENÇÃO HOTELEIRA

Gostarias de terminar o Ensino Básico com certificação escolar (diploma do 9ºano ) e uma certificação profissional (qualificação de nível 2)?Inscreve-te já! AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE S.MIGUEL, GUARDAContatos: Telef: 271238260/271238311E-mail: [email protected]

À conquista de Aljubarrota

Coube-nos a nós, em pleno século XXI, reescrever a História. E que histórias ficarão para o futuro. Duvidam?... Daqui a uns anos falamos…

Nesta iniciativa, organizada no âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal, participaram todas as turmas de 5º ano. Visitámos primeiro o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, um excelente espaço, diga-se… depois maravilhámo-nos com o Mosteiro da Batalha ou, de seu verdadeiro nome, Mosteiro de Santa Maria da Vitória.

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Dez Perguntas a... Lourdes Fernandes

Maria de Lourdes Fernandes.Nasceu na Vermiosa, Figueira de Castelo Rodrigo.Licenciada em Românicas pela Universidade de Letras de Lisboa.Foi professora de Português e Francês. Reformou-se quando lecionava na nossa escola, em 2011.

1. Se fosse um grão de pó, onde se esconderia? R: Se fosse pó escondia-me num cantinho de uma gaveta onde ninguém mexesse.

2. Se fosse uma flor, qual seria?R: Se fosse uma flor seria uma camélia vermelha porque acho as camélias muito bonitas.

3. Se fosse para uma ilha deserta, com quem é que não iria?R: Não iria com ninguém, porque tenho pavor da solidão e nunca iria para uma ilha deserta. Gosto muito de ter gente à minha volta.

4. Se fosse um inseto, qual seria? R: Se fosse um inseto seria uma libelinha porque são bonitas, ágeis e gostam de flores.

5. Quando ouve o despertador, apetece-lhe…R: Quando toca o despertador apetece-me ficar mais um bocadinho na cama.

6. Qual é o seu último pensamento antes de dormir?R: O meu último pensamento antes de dormir é para os meus netos.

7. Se trabalhasse no circo, o que faria? R: Não gostava de trabalhar num circo mas, se trabalhasse, gostava de ser um palhaço para fazer rir as pessoas.

8. Se fosse um filme, qual era? R: Se fosse um filme seria “Música no Coração”..

9. Zanga-se com frequência?R: Quando me zango, geralmente, vejo se o motivo da zanga é ou não válido para estar zangada. Para mim as zangas são passageiras, não gosto de estar zangada com ninguém!

10. Da vida de professor, um momento…Ao longo da vida profissional, muitas foram as histórias que aconteceram. Lembro-me de várias mas uma houve que, logo na altura, me deixou a pensar em como os alunos podem ser observadores e sensíveis. Numa aula um aluno per-guntou-me se estava doente ou triste. A pergunta, fora de contexto, intrigou-me e devolvi-a questionando o porquê de tal questão. Então respondeu-me num fio de voz que perguntava tal porque eu não tinha, nesse dia, pintado os lábios. Uma pequena historieta mas reveladora…

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Ficha TécnicaContexto | Junho 2012 | Número 8Agrupamento de Escolas de S. MiguelCoordenação: Lusitana Ricardo e Norberto GonçalvesPaginação: Jorge [email protected]

Confusões de um ...... acordo!!!

-Admito: fui beneficiada em vários aspetos.- Conhecendo-te como te conheço, não me admira nada.

- O que acha deste objeto?- Acho abjeto

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Poema

Mãe

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Maio sempre temUm domingo de homenagem,É o Dia da MãeUma mulher de coragem.

Todos temos a noção Que uma mãe é essencial,É quem nos dá sempre a mão E ai de quem lhe faça mal!

A minha mãe faz tudo por mim,E a ela eu quero agradecer...Uma das formas é assim,Um poema para ela ler!

Ela está sempre pronta para ajudar,E sempre lá para me proteger,Muitas coisas quer ensinar,Uma delas é como "viver".

A minha mãe é muito trabalhadora,E honesta por naturezaTambém muito protetoraAdmiro a sua beleza.

Para mim a minha mãe é "perfeita"Uma mulher com objetivos a atingir,Tem de viver como se de ferro fosse feita,É um exemplo a seguir.

Às vezes não lhe damos o devido valor, Mas não é por malDá-nos tanto amor,Só é pena não ser imortal!

E com isto eu quero dizer,Que amo muito a minha mãe,Juntas vamos vencerE conhecer o melhor que a vida tem!

Tânia Esteves, 7.º A

A minha mãe tem cabelos compridos, castanhos e encaracolados.A minha mãe tem 35 anos e é muito bonita.É a melhor mãe do mundo e eu adoro-a!Foi ela que me deu à luz e cuida muito de mim…Às vezes castiga-me. Às vezes fica zangada comigo, outras vezes brinca. Pois é, a minha mãe é muito querida!Tem sempre o coração aberto para nós…Às vezes a minha mãe leva-nos a passear. Uma vez levou-nos ao café onde trabalha! Fomos ao lago e levou pão para atirarmos aos patos. Pois é, a minha mãe é muito querida!A minha mãe é maravilhosa!

Naide Juliana Fonseca Dias 3º ano Escola Básica do Bairro do Pinheiro

Poema

A minha mãe

Mães

São grandes lutadorasSão guerreiras sem fimSão muito trabalhadorasE são lindas como o jasmim.

São a luz do sol nascenteSão a razão de viverSem as nossas mães queridasNós não poderíamos viver.

São os amores da nossa vidaSão a nossa paixãoMuito obrigada a todas as mãesFicarão sempre no nosso coração.

Neuza Amado, 8ºE

Com ... Textos.... ÀS MÃES

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Férias em Movimento...

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Inscreve-te junto do teu Diretor de Turma.

25 a 29 de junho de 2012

No dia 16 de Abril realizámos, em conjunto com as turmas 6ºD e 6ºF, uma visita de estudo à ETAR de São Miguel.Pelas 15 horas os alunos organizaram-se junto ao portão da escola onde aguardaram pelos professores, que os acompanharam. O percurso até ao local foi realizado a pé, numa iniciativa ecológica e de bem-estar.Quando chegamos ao destino estava à nossa espera um funcionário da ETAR para nos fazer uma visita guiada.Durante esta visita foi-nos explicando todo o funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais. Começámos por visitar o local onde os esgotos entram através de uns tubos, quase gigantes, para ser feito o tratamento preliminar. Depois subimos umas escadas até ao cimo onde havia dois tanques, que têm uma forma muito curiosa como que uma cobra. Neste local foi-nos explicado o processo de tratamento primário – no qual as substâncias sólidas ficam em repouso e se separam da água.Esta água passa depois para um tanque arejado que contém bactérias, que vão ajudar no processo de tratamento secundário. Neste vimos que se forma uma espécie de lamas que depois são separadas da água; esta água vai depois para outro tanque onde é feito o processo de tratamento terciário que consiste na desinfeção e depois daqui a água é direcionada para o rio Diz, que vai depois para o rio Noéme, este vai para o rio Côa que vai para o rio Douro onde finalmente chega ao mar.Terminada a visita regressámos à escola, sempre num ambiente de convívio com a Natureza, melhor dizer a pé.A visita foi muito interessante. Só é pena que o cheiro tivesse sido horrível!!!

Francisca e Matilde, 6ºA

Visita de Estudo à ETAR de São Miguel

A Criança que Pensa em FadasA CRIANÇA que pensa em fadas e acredita nas fadasAge como um deus doente, mas como um deus.Porque embora afirme que existe o que não existeSabe como é que as cousas existem, que é existindo,Sabe que existir existe e não se explica,Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,Sabe que ser é estar em algum pontoSó não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.

Alberto Caeiro, Heterónimo de Fernando Pessoa, in "Poemas Inconjuntos"

1 de Junho, DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

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ENCONTA-ME

Assim se faz a Tradição

Nos anos sessenta do século passado a Guarda vivia muito em torno da vida estudantil. Não é de admirar, portanto, que se tivessem enraizado tradições académicas muito próprias. Quan-do o 9º ano abandona esta escola em busca de outros caminhos académicos, o professor Henrique Martins, que vivenciou como poucos estas tradições, veio compartilhá-las connosco.Uma tarde de regresso ao passado que foi tempo de partilha de saberes…

A Revolução vivida na cidade mais alta

Lemos nos livros e nos jornais, vemos e ouvimos na radio e na televisão, mas agora quisemos ouvir as histórias contadas de dentro. Da boca de quem as viveu bem no centro dos acon-tecimentos. Convidámos o professor Pires Veiga, à época alferes-miliciano no Quartel da Guarda para nos transmitir as suas vivências dos tempos da Revolução dos Cravos.Foi agradável ouvir uma série de episódios que nos passam ao lado nas aprendizagens curriculares. Desta vez parece que foi a História a visitar-nos e a envolver-nos…

Falar Claro em Tempo de Censura

Aproveitando os conteúdos curriculares do nono ano, quisemos trazer um jornalista à escola. Um jornalista que, antes de 1974, exercia já a profissão. Convidámos Gabriel Correia que, durante mais de duas horas, nos deu a conhecer as suas experiência e respondeu às muitas questões colocadas. Desta vez sem lápis azul…

- Olhó piãoAntónio João!...- Cuidado com o bicoTonico!...

O projeto “Enconta-me” nasceu para permitir estabelecer um diálogo, que se quer frutífero e enriquecedor, com a comunidade envolvente. Por isso convidámos várias personalidades para falarem de temas tão diver-sos quanto os contos tradicionais chineses, as tradições académicas da Guarda, o 25 de abril visto por quem o viveu por dentro ou a forma de fazer jornalismo durante o tempo da ditadura.Para além disso, a prestimosa colaboração do professor Carlos Santos permitiu enriquecer a atividade com desenhos muito próprios e sempre adequados ao tema tratado. Uma iniciativa a continuar?... O tempo o dirá!...

Confusões de um ...acordo!!!

- Vamos a um mergulho?- Já mergulhamos.- Então anda lá.- Não. Acabei de dizer-te que já tínhamos mergulhado e não me apetece repetir.- Desculpa, mas não foi isso que percebi.

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O lanche do dia da mãe

No dia 14 de Maio na minha escola, houve um lanche para festejar da melhor maneira o Dia da Mãe!Convidei a minha mãe e a minha irmã também foi. Foram lá os alunos do Curso de Barman da escola de S. Miguel e o professor Ricardo, do Curso de Cozinha. Os alunos do Curso de cozinha não puderam ir porque tinham tes-tes de avaliação. Fizeram panquecas com uma máquina própria, recheadas de iogurte, de chocolate ou recheadas de morango. Os alunos ajudaram a faze-las serviram-nas às mães, pais e outros familiares.Os alunos também tiveram o direito de as comer, estavam deliciosas!Os meninos do Jardim de Infância também vieram e trouxeram as suas mães.No intervalo. as crianças brincavam e as mães e outros familiares falavam uns com os outros e com as professoras. Adorei este dia! Foi especial para as mães e para nós!

Maria Teresa Martins Andrade - 3º ano Escola Básica do Bairro do Pinheiro

Subordinado ao tema “A Brincar com o meu Pião Aprendi a Namorar”, decorreu na escola Sede, um torneio de jogo do pião. Depois de mais de um mês de “treinos” foram mais de sete dezenas aqueles que quiseram participar relembrando um jogo antigo de milénios. Após o torneio, a classificação foi a seguinte: em primeiro lugar com 46 pontos ficou o Telmo Justino do 4.º ano, turma B; com 42 pontos o Carlos Antunes do 4.º ano, turma B e, em 3.º lugar o André Santos do 5.º F, com 36 pontos.Também tivemos oportunidade de assistir à coreografia das alunas do 6.º D e atuação dos acordeonistas Liliana e Pedro que animaram a atividade.

A Brincar com o meu pião, aprendi a namorar...

As férias grandesNo dia 15 de Junho começarão as férias grandes! Va-mos ficar alguns meses sem aulas!Vou passar as férias à praia, em Aveiro. Sempre que va-mos para lá, alugamos uma casa. Vou nadar e brincar!Há lá gaivotas que às vezes pousam na areia. Adoro porque me divirto imenso. O meu irmão leva a bola para jogarmos futebol.Às vezes, o meu pai faz um buraco muito grande, onde eu meto. Depois deita areia e eu fico lá presa…Outras vezes vamos para a praia fluvial da Aldeia

Viçosa, onde há baloiços.Quando vou ao rio, nado ao pé da minha irmã, outras vezes com o meu irmão vou para a parte mais funda, onde posso nadar melhor. Divirto-me imenso …. Às vezes a minha mãe compra-nos gelados!!!Adoro as férias grandes!!!!!!

Naíde Juliana Fonseca Dias ,3º ano, E. B. do Bairro do Pinheiro

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Visita à BMEL

Dia 2 de maio fomos á Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.Quando chegámos a Dra. Ana Luísa falou-nos da biblioteca e guiou-nos pelas várias secções.Eduardo Lourenço doou mais de mil livros, com a condição de serem estimados. E por isso a biblioteca tem o seu nome, além de que nasceu no nosso distrito e estudou no antigo liceu. Visitámos a sala infanto-juvenil e aprendemos os códigos que identificam os livros: aventuras, romances, poesia… Na sala dos adultos há computadores onde podemos fazer pesquisas e jogar. Há filmes e documentários que podemos requisitar e ver na televisão ou no computador, com fones para não incomodar as outras pessoas, porque a biblioteca é um local de silêncio.Entrámos no “hospital dos livros”, onde nos ensinaram a reconhecer, evitar e “curar” as “doenças” dos livros. Infelizmente alguns já estavam mortos…Ainda participámos numa atividade muito divertida: fizemos guardas, para os livros, em papel marmoreado. Dois a dois escolhemos as cores, e em grupos de quatro, colorimos, com uma técnica muito engraçada, folhas A4 e A3, que depois de secas, nos foram enviadas para a escola. Ficaram muito bonitas,. Foi “fixe”!Foi divertido aprender tanta coisa, ao mesmo tempo e no mesmo dia.Agradecemos muito à Dra. Ana Luísa Pereira, aos funcionários da BMEL e aos professores que nos levaram.

Maria e Sofia, 6ºC

FEIRA DE EVENTOS

O cabelo e as unhas são feito do mesmo materia?

O nariz e as orelhas nunca param de crescer.

Existem mais de seiscentos músculos em todo o corpo.

O teu sangue percorre, por dia, cerca de quinze quilómetros, ao longo do teu corpo.

SABIAS QUE?

Organizada no âmbito do Curso de Educação e Formação- Bar, decorreu na Escola uma feira de eventos onde os alunos quiseram mostrar a toda a comunidade educativa, e também ao meio envolvente, as aprendizagens feitas ao longo do ano lectivo.A avaliar pelas opiniões recolhidas, ao êxito foi total. Estão pois de parabéns alunos, professores e… cá esperamos por mais iniciativas do género que nos “adocem o bico”…

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A BRINCAR A BRINCAR SE VAI APRENDENDO…No início do ano letivo as educadoras dos jardins de infância do Bairro do Pinheiro e da Póvoa do Mileu orga-nizaram-se e deram vida a um projeto com os diferentes grupos sobre o tema “ Sustentabilidade – alimentação, higiene e saúde” no âmbito da “ Educação para a saúde”. Com este projeto propusemo-nos promover hábitos de higiene, incentivar nas crianças e famílias hábitos de alimentação saudável, alertar para a sus-tentabilidade do planeta.

Assim, foram desen-volvidas várias atividades em parceria, que motivaram o grupo e permitiram trabalhar de uma forma estruturada as diferentes áreas curriculares ( formação pessoal e social, comunicação e expressão e conhecimento do mundo). Com a colaboração da higienista do Centro de Saúde da Guarda Gare foram sensibilizados os grupos para a importância da higiene corporal no dia a dia.Relativamente à promoção de hábitos e comportamentos de alimentação saudável, os grupos participaram em várias visitas/atividades : vinda de pais aos jardim para ensinar a preparar “re-feições saudáveis”; “feira dos alimentos”, na escola sede; mercado

municipal; Supermercado LIDL; horta comunitária da paróquia de S. Vicente; criação de uma horta comum aos dois Jardins no espaço exterior do Jardim de Infância de Póvoa do Mileu.Na quinta da Maúnça os grupos participaram na 1ª sessão do projeto ”Planeta dos Alimentos”. Com a colabora-ção do nutricionista do Centro de Saúde da Guarda Gare, desenvolveu-se uma sessão de esclarecimento com pais e alertaram-se as crianças para a importância de uma alimentação saudável. Nestas atividades envolveram-se a maior parte dos pais / encarregados de educação.

A brincar, a brincar se vai aprendendo…

Ana Terras, Conceição Silva e Teresa Batista.

Una aventura gallega…

Nos dias 18 e 19 de maio, as docentes de Espanhol con-cretizaram uma visita de estudo à região da Galiza.Esta teve como finalidades fomentar o gosto pela língua estrangeira, possibilitar outros processos de aprender a aprender, levar os alunos a desenvolver as suas capa-cidades comunicativas através do contacto direto com hispanofalantes e promover as relações interpessoais.Estiveram envolvidos nesta atividade alunos das turmas A, B e C do 9.º ano e um aluno da turma CEF de Cozinha (2.º ano).

Nazaré Miranda e Natália Barata

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Exposição “Diferentes, mas iguais”

De 21 a 30 de maio teve lugar no hall do bloco 4, a exposição “Diferen-tes, mas iguais”. Constaram trabalhos que retratam a pluralidade racial e étnica do mundo, visando, através da mensagem visual, chamar a atenção para a importância da igualdade de tratamento a que todos têm direito independentemente da sua raça ou etnia.Os trabalhos foram elaborados pelos alunos de Educação Especial inscritos no ateliê “Arte e ideias” que utilizaram canudos de papel higié-nico e outros materiais simples.

Clube de cinema

Acho que o kurtas é muito “fixe”. Lá aprendemos várias coisas. Já aprendi o nome de vários grandes atores, por exem-plo o Buster Keaton, um grande homem a sua alcunha é “o humorista que não ri”. Mas não é só esse, há muitos mais, desenhos animados, comédia, com atores ingleses, portugueses, franceses, brasileiros, africanos, chineses...; se estivesse a contar só os títulos dos filmes que vimos, a lista seria enorme. Já é o segundo ano que existe. Já vi vários filmes repeti-dos mas nunca me canso de os ver, porque há sempre coisas novas para descobrir. No ano passado fizemos um teatro mas este ano ainda não fizemos porque..... não sei, bem ficarei cá para descobrir.Falo agora do nosso “apresentador”, o professor Fer-nando Costa. É ele que nos dá a ver os filmes acima referidos, na minha opinião acho que é o “stôr” mais fixe da escola. Agora que já acabei o resumo do kurtas, Deus queira que para o ano o projecto não acabe.

João Preizal, nº 6, 6ºC

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Carlos Santos