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Conto a Força de um amor.

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“Olhe para o céu e veja aquela estrela a mais brilhante eu pedi pra ela brilhar só pra você, pode ter certeza mesmo que eu esteja estrangeiro em outro pais eu sempre vou olhar pra ela e

Maria Aglaê Diniz Nascimento

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EPIGRAFE

Essa é a historia de um amor de Aidê e Bianco, um casal que mesmo separados conseguiu resguardar de todos o que sentiam um pelo o outro.

Essa é apenas mais uma historia de amor, mas saiba que ao lê-la em algum ponto você encontrará algo em Aidê ou em Bianco ou em Ricardo que se pareça com você porque todo amor é igual, e por isso é que sei que em algum momento em uma frase em uma palavra ou mesmo em um olhar encontrará essa semelhança, ou até mesmo a

necessidade de amar alguém como eles se amam.

A FORÇA DE UM AMOR

XMaria Aglaê Diniz NascimentoA Autora

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APRESENTAÇÃO.

Este é o inicio de um conto que se subdivide em três ou quatro capítulos, ainda não sei

ao certo quantos serão, mas o certo é que se você já amou alguma vez na vida vai

entender o que nossa personagem passou. Pois bem vamos as apresentações:

Aidê Ribeiro: é inteada mais velha de um velho fazendeiro, sua mãe morreu quando ela

tinha 16 anos e o "pai" passou a cria-la como se ela fosse homem, os anos passaram e

ela se apaixonou por Berte Alvarez, um jovem agricultor que estudou pouco mas que

parecia entender o que os animias pensavam. Seus irmãos Guilherme e Radamés eram

dois opostos, o mais velho Guilherme está noivo de Marina a filha do prefeito da

cidade, mas ele é um rapaz que não tem coração, Radamés não, é um rapaz mais que

amoroso e cuidadodoso, com a irmã, procura sempre ajuda-lá na lida da fazenda onde

vivem. Nesta mesma família inda temos o Ricardo que é afilhado da Aidê e Dona

Galbanita, uma mulher corajosa que após ficar viúva criou o único filho sozinho com a

ajuda da amiga Dona Telma mãe de Aidê, Guilherme e Radamés. Ela conseguiu que seu

filho Bianco fosse morar na cidade grande para poder estudar. Lá ele viveu por 15 anos

sem que voltasse.

Nesta nossa historia temos ainda o Seu Nabisco outro fazendeiro que é uma desavença

de Seu Raul padrasto de Aidê. A situação se complicará quando uma prima de Berte,

Sabina voltar para a cidade onde eles moram, mas junto com ela volta também Bianco e

Manuela esses três personagens serão de grande valia para os próximos acontecimentos.

O tempo é um grande aliado para que essa historia se desenrole,

Um bom enredo depende de três fatores, bons personagens, boa locação e um tempo que

se saiba ser necessário. Um ano na verdade em um livro pode ser escrito em um dia ou

uma semana assim o autor tenha como apenas escrever. Escrever não é brincar de ser

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Deus, é saber como levar uma historia ao leitor e que esse se sinta como parte dela, que

ele se encontre dentro dela.

CAPITULO 01

TUDO COMESSA AQUI.

O ano havia sido de muita estiagem, como era triste ver as planícies no entorno da casa

de Aidê, o milharal que ela plantará renderia pouco era certo, mas, algum covarde havia

incendiando sua plantação, as coisas agora seriam mais difíceis teriam que comprar

milho, para alimentar seus animais e a própria casa.

Ela não conseguia acreditar que tudo estava daquele jeito, parecia tudo perdido, seus

olhos não paravam de enxergar a cena do fogo consumindo todo seu trabalho de dias.

Era uma manhã, o sol começava a desponta por detrás das colinas, as primeiras

andorinhas revoavam e na cozinha o fogo acendia aos poucos ainda preguiçoso o cheiro

da madeira queimando e o barulhinho dos estalos da lenha, no curral o gado ia berrando,

Ricardo se levantará mais cedo para tirar o leite das vacas, poucas e um tanto magras,

mas que a custa de muito cuidado ainda garantiam o leite da familia.

- Bom dia madrinha! Sua benção?!

- Deus te abençoe como estavam hoje?  Mais fracas mais fortes?

- Nem fraca nem forte madrinha apenas existindo como nos outros dias.

 E a senhora como está?

- Eu não sou bicho menino, sou gente me arranjo como puder mas eles, precisam muito

mais da água que nos.

  - Madrinha sabe que dia é hoje?

- Sei. Aniversario de morte da sua mãe e da minha. Aquele acidente levou de nos as

duas pessoas mais importantes de nossa vida. E por isso jamais vou perdoar Seu

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Nabisco. Aquele covarde mandar cortar o cabo de freio do carro da minha mãe pra ele

morrer e atingir Seu Raul com isso. O que ele ganhou com isso? Apenas o meu ódio.

- Não fala assim madrinha. Deus levou minha mãe me deu a senhora, levou sua mãe e

me deu pra senhora.

Aquela frase tão simples de uma criança era suficiente para que ela visse que a vida era

muito mais que o que se podia ver.

Mas deixemos de lado as dores de Aidê. Ela era também muito feliz em alguns

momentos, principalmente ao encontrar com seu amado Berte. O mundo podia cair lá

longe às brigas com o irmão Guilherme não importavam resto perto deles era o resto. O

mais importante era estar com ele. Era o único momento de paz que ela possuía era

quando podia ser mulher de verdade deixar cair a mascara da fazendeira forte e ser

sensível, ser mais feminina. Já que em sua casa ela era muito mais que uma mulher ela

não era um homem, nem muito menos uma mulher, era Aidê, a responsável por ir deixar

e buscar o gado na roça ir buscar água alimentar as galinhas alem de refazer as cercas e

plantar, limpar e colher as roças da fazenda sem esquecer de que ela ainda tinha que

cozinhar e cuidar das roupas tudo isso sozinha.A FORÇA DE UM AMOR

CAPITULO 02

O dia seguia como os de sempre muito trabalho, quando seus irmãos acordaram,

tomaram café, Guilherme saiu apressado tinha ir provar o terno do casamento, ir visitar

sua noiva. Radamés ficou em casa olhos fixos na estrada Dona Galbanita prometerá a

ele na sua ultima carta chegar naquela semana. Ela que vinha da capital sempre trazia

noticias de Bianco, seu grande amigo, apesar de Radamés ser muito mais novo que ele

era um dos poucos admiradores, ele certa vez discutirá com Guilherme e isto causou

grande confusão na família. Mas o fato é que ele era sim uma ótima pessoa nunca

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faltara com respeito com ninguém. Aidê será mais cedo que os outros tiveram que ir até

a escola lá perto para descobrir qual o motivo da suspensão de Ricardo, ele sempre foi

um menino tão atencioso e responsável.

Qual a sua surpresa ao chegar na escola a velha professora lhe relatou que o jovem fora

agressivo com um colega:

- mas o que ele fez Dona Samira? Perguntava Aidê irritada com a idéia de que o seu

afilhado tivesse agredido alguém.

- ele chingou o colega com palavras ofensivas.

- que palavras?

- expressões que não suporto nem mesmo pensar. Ele chamou o menino de invejoso,

porque não tinha uma madrinha feito você Aidê.

- e o que há de mais nisto?

- madrinha pergunta o que o protegido dela falou da senhora? Dizia Ricardo mais que

irritado.

- ele não falou nada demais. Apenas que não acreditava que você fosse apenas madrinha

dele. Que era na verdade a mãe dele.

- onde esta esse menino? Quero eu mesma falar com ele. E não ache a senhora que eu

concordo com a sua decisão de suspender o Ricardo. Ele me defendeu das injurias de

seu predileto. Dona Samira eu fui aluna de sua mãe e ela sempre tratou a todos com a

maior igualdade e respeito e não venha pra cá me fazer discurso de que meu afilhado foi

mal criado, acha certo que alguém chingue alguém que não esteja presente? Gostaria

que eu difamasse sua mãe na ausência dela? Ele fez como um homem de verdade faria.

Ele agiu como eu agiria no lugar dele.

- agora a senhorita complicou muito minha situação perante meus alunos.

- meu afilhado me defende é agredido por moleque. Quem foi ele?

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- ele quem?

- o menino que quis me diminuir?

- não vamos falar mais nisso entre minha aula já vai começar.

- foi o filho da dona Leopoldina dona Aidê. Respondeu atenciosamente Marília uma

mocinha muito meiga e amiga de Ricardo. Ele falou mais que o Ricardo deve ter lhe

falado, ele disse que senhora era amasia com seu Berte.

- o filho de Leopoldina. Não vou nem falar com ele. Vou direto ao pai dele. Essa

historia professora está apenas começando.

Aidê saiu em disparada em seu cavalo, em um minuto estava na vila. Amarrou o cavalo

em uma marizeira que ficava peto da praça e  caminhou em direção ao comercio de seu

Marcondes. Ao falar-lhe o que havia ocorrido na escola completou mais meia dúzia de

verdades:

-meu afilhado agiu como um verdadeiro cavalheiro. Me defendeu das ofensas de seu

filho e ainda é suspenso das aulas? Espero pelo menos que o senhor se digne a falar com

ele.

- Aidê lhe conheço a tempo suficiente para saber que você não me procuraria a menos

que fosse um tema deveras importante. Realmente a conduta de meu filho foi

desprezível. Ele agiu como um canalha. Vou conversar com e se palavras não

resolverem teremos uma conversa mais seria. Hoje mesmo quando fores buscar seu

menino Ricardo pode ter certeza de que estarei lá meu filho lhe pedirá desculpas a você

e ao Ricardo onde já se viu uma coisa dessas justo comigo amigo de seu pai. Alias hoje

faz 16 anos que sua morreu.

- e a mãe do Ricardo também. Elas estavam juntas quando o carro explodiu e pai dele

também. Era pra que eu ele estivéssemos lá. Mas ele ficou doente e eu fiquei com ele

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em cassa. Quando a noticia chegou pensei que eu ia morrer. Mas a mãe dele me pediu

no hospital para tomasse conta do filho dela. E é o que fasso. Alias dos meus irmãos

também. A minha sorte é quando a dona Galbanita chega que me ajuda no que pode.

Alias ela deve estar chegando. Que horas são?

- são 09: 00 da manhã. O ônibus vindo da capital chega em 10 minutos pode ser que ela

venha nele.

- ela garantiu na ultima carta que chegaria hoje.  Ele está La em casa ansioso com

chagada. Principalmente por certa surpresa que ela afirmou trazer.

- mas o que será? Perguntava seu Marcondes mais curioso que o jovem Radamés.

No final da estradinha de terra uma poeira era avistada e um menino sem correndo

repetia:

-lá vem o ônibus, lá vem o ônibus.

Toda a cidade se aproximava da estação para ver quem viria nele. Quando o veiculo

parou Aidê de longe observava toda a movimentação ouviu a voz de dona Galbanita

falando angustiada. Aidê a procurava em meio a confusão de pés e mãos que se

encontravam aos montes. Mas Aidê observava sempre a direção da voz. E ela avistava

aquela mulher morena bem forte, morena de cabelos bem presos com um vestido

estampado e malas na mão ainda confusa com a viagem tão longa.

- madrinha estou aqui. Aqui madrinha perto da banca de bilhetes.

- a minha filha que viagem maluca esta que fiz. você não vai acreditar. Sai da cidade era

quase duas da manhã o ônibus quebrou pouco depois de sairmos e ainda tive que

suportar o Bianco reclamando de que o ônibus estava muito cheio e que a cidade estava

demorando demais a chegar. E que isso e aquilo...

-ele veio com a senhora? Onde ele está?

- eu estou aqui Aidê minha querida. Você não mudou nada do que eu lembrava.

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Continua a mesma menina de cabelo de menino e cara de malvada.

Falava em suas costas uma voz de homem um tanto conhecida. Só podia ser uma

pessoa. Aidê se vira e percebe que é Bianco o filho da sua madrinha:

- e você vejam só o mesmo idiota de sempre, mas espere onde estão as sardas? Elas

sumiram? Deve ter sido a única coisa que mudou em você. Que bom te ver. Então você

era a surpresa que a madrinha tanto falou na carta.A FORÇA DE UM AMOR

OBSERVAÇÃO: Aqui etá a continuação do conto que iniciei no inicio da semana:

Capitulo 03

Bianco olhou bem fundo nos olhos de Aidê sorriu e falou com um certo ar desdém:

-mas vejam só se não é a mesma menina teimosa e arrogante que eu adorava atormentar

na volta pra casa. Mas concordo com você! Sei que sou uma ótima surpresa para você e

para todos naquela casa. Onde está o Radamés senti uma falta tremenda dele lá na

capital. Ele é um menino muito gente boa.

- ele está em casa a sua espera meu querido primo. Vejam só como ficou bonito.

Cresceu um pouco, perdeu as sardas, mas continua o mesmo. Que bom que você veio.

Fico feliz. Quanto você não vem aqui?

- depois que fui embora... Não voltei mais. Fiquei na cidade até agora. Quer dizer dois

dias atrás. Mas ao que parece não mudou nada. Aquele ali quem é não lembro dele.

Falava Bianco apontando para um rapaz de porte elegante e ar de risonho.

- queres me dizer que não se lembra de Mion, o filho do velho Nabisco? O mais

insuportável. Parecia não poder me ver em paz tinha que ir me aborrecer com uma das

suas conversas fiadas. Insuportáveis!

- não lembrava mais dele, acho que ele até parece um pouco com você. Veja bem. Olhe

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minha mãe e me diga se eles não se parecem? Os olhos parecem bastante e veja bem até

a boca de vocês é parecida.

- mal chegou já vem com conversa fiada? E me deixando nervosa. Madrinha esse seu

filho é mesmo criança de 15 anos atrás.

- não minha filha ele mudou muito e a vida o ensinou a saber que as vezes a gente perde

muito mais que o que tem pra dar.

- ele não foi estudar? Lá na capital? E porque voltou tão tristonho?

- vamos pra casa ele não gosta que falemos nesse assunto. Um dia ele mesmo te conta.

- o carro ta logo ali.

E saíram apesar de Aidê ter ido a cavalo o seu irmão Guilherme havia levado o carro.

Era o combinado. Ele ia de carro. Ela a cavalo deixava o cavalo pra ele voltar e ele e

levava dona Galbanita.

O caminho era bastante longo e passava por quase todas as fazendas da região, era lindo

de ver, todas aquelas casa grandiosa com seus jardins impecáveis e suas floridas

roseiras, cavalos, vaqueiros e gado nos currais, era lindo de sentir como apenas naquelas

casas a seca não fazia efeito algum.

OUTRA OBSERVAÇÃO NÃO SEI SE PODEREI ESCREVER OUTRO CAPITULO

AMANHÃ. MAS FAREI O POSSÍVEL PARA QUE ISTO OCORRA.DESCULPEM MEU MAL JEITO POR NUNCA MAIS TER CONTINUADO MEU CONTO MAS O FATO É QUE A COLAÇÃO DE GRAU E A DEFESA DA MONOGRAFIA EM DEIXARAM MUITO ATRAPALHADA ACABEI SEM SABER DIREITO O QUE FAZER.MAS VAMOS AO CAPITULO NOVO.

 CAPITULO 05Enquanto o carro seguia viagem os olhos de Aidê varias vezes entrecruzaram os de Bianco que mal entendiam o que havia sido aquilo, como ela poderia ver algo de mais naquele homem de aparência tão rústica.Mas o que ninguém na família sabia era o motivo que arrancara Bianco de sua terra natal, ele desde criança sempre amou Aidê, um certo tempo criaram uma idéia de namorar mas para sua decepção e dos dois seu Raul (padrasto de Aidê) não concordava com o que eles queriam e acabou criando uma situação ruim pára toda a família. Telma (mãe de Aidê) e dona Galbanita cresceram juntas no mesmo

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clã, já suas famílias eram de origem nômade, ciganos na verdade. Mas este fato não no momento interessa a nossa historia o que importa realmente é que as duas eram como irmãs e os dois eram muito amigos, tanto que Aidê é afilhada de dona Galbanita, fato que ocorreu contra a vontade de seu Raul, mas isso em nada mudou a amizade das duas. Voltemos ao tema inicial deste capitulo o que sentiram duas crianças.Quando chegaram à casa a alegria foi geral, Radamés sentia felicidade for voltar a rever o velho amigo que a quase 16 anos não via.  Todos se abraçavam e sorriam era como se Bianco tivesse voltado a vida. Aidê que o diga ao vê-lo na rodoviária ficará mais que espantada sentira um calorzinho no coração.ERA INCRIVELL COMO ANOS E ANOS PASSADOS E AINDA ERA POSSIVEL ENXERGAR CARINHO NOS OLHOS DELES DOIS.Aidê de vez em quando olhava para ele pelo retrovisor. Buscava nele alguma mudança, o cabelo, os olhos, a cor da pele. Depois de muito observar, discretamente, constatou. Ele era ainda o mesmo de 16 anos atrás. O mesmo menino por quem ela se apaixonara, na adolescência. E ele será que a observava? Deveras que sim. Ele a olhava e olhava sem nenhum pudor, observava cada detalhe, da forma como suas mãos seguravam o volante, de como olhava por baixo dos óculos escuros, de como sorria ao responder alguma pergunta de sua mãe. Mas havia uma duvida rondando a mente de Bianco:-Aidê quem era aquele rapaz que encontramos a pouco? Não me recordo dele?- É o Berte! Filho da dona Amariza e do seu Adamastor, quando você foi embora ele chegou. É uma pessoa muito boa tem um coração maior que ele mesmo. Trabalha com o pai e faz uns extras para complementar a renda da família. Ele de vez em quando me ajuda na fazenda.Ele viu pelo retrovisor quando Aidê se iluminará par enumerar as qualidades do tal Berte.- Ele é seu namorado?- Aidê ficou pasma com a direção da conversa que freou de uma vez o carro:- Não ele é apenas um amigo. Mas porque a pergunta? Não gostou dele?- Como posso gostar de alguém nem conheço direito? Ele só me pareceu te deixar um tanto perturba com tudo.- Ele é apenas um velho amigo. Por quem tenho uma grande afeição. Mas e você o que fez na capital?- Estudei! Trabalhei!- Não encontrou ninguém especial?Neste momento a voz de Aidê ficará mais suave e um tanto ressabiada pela resposta, que poderia vir. Bianco ao mesmo tempo reconheceu nas feições de Aidê um algo de temeroso.  Será que ela ainda o amava? Era a única pergunta que passava na mente de Bianco.-Todas as pessoas são especiais de alguma forma.- Você entendeu o que lhe perguntei. Não deixou alguém na capital? Uma namorada, uma noiva? Alguém?- Não até porque quando fui embora deixei meu coração aqui e estou vindo agora para das duas uma ou deixá-lo de vez ou levá-lo embora. Vai depender muito do que me for ofertado. Das condições de vida, de como ele está vivendo aqui ou se já se foi.- E se ele já tiver se ido?- Vou embora1 em busca dele.- Mas e se ele ainda estiver por aqui?

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- Nem que eu tenha que enfrentar mil guerras mas eu levo ele comigo.Aidê gostara de ouvir aquilo. Era daquele jeito que ela queria que ele tivesse agido a 16 anos atrás. Com aquela determinação. Com aquela força. Ela por alguns instantes sentiu que ainda o amava. Mas ela sofrera tanto foram tantos desafetos. Tantas perdas. Primeiro perde a mãe. Depois o grande amor de sua vida. E ainda perde o direito de estudar. Ela havia parado de viver. Ela deixara sua vida para traz juntamente com a ida dele embora.Aquele ano havia sido o mais insuportável de todos, parecia que ela havia sido destinada a perder. Perder tudo. Até mesmo a única pessoa que ela tinha a sua própria mãe.Mas ao que acontece no conseguinte, Aidê chega a casa. A alegria é geral. Dona Galbanita sorria e fazia a todos sorrir com seu jeito. Com sua mania de brincar e contar piadas. Ela era bem espalhafatosa, mas era o seu jeito de falar que a tornava especial e que todos a queriam por perto.Aidê sai de fininho pela porta da cozinha e vai até o armazém onde fica sozinha e olhando para o teto reencontra um marca.-Elas ainda estão ai? Que bom seria se nos seres humanos fossemos como a madeira. Eternos. E capazes de levar para sempre as marcas de bons sentimentos.- Há você tava ai? Nem tinha te visto! A viagem foi boa? Como está ?- Eu queria muito Aidê te dizer que bem. Que feliz que pleno, mas não me falta lago que quando perdido só se pode encontrar com quem...- quem o que?- amamos de verdade.- você não mudou nada. É o mesmo. Mesmo sonhador de 16 anos atrás.-A vida fez de mim outra pessoa Aidê. Alguém que aprendeu a conviver com a dor, sem chorar e a não ter medo de lutar pelo seu ideal.- Como eu queria que você tivesse sido assim a 16 anos atrás. Como eu queria não ter sofrido tudo quanto eu sofri. Por te amar.- Eu voltei Aidê. Pra te buscar. É só você dizer que sim que te levo daqui e seremos felizes longe. Minha mãe me falou de tudo que aconteceu por aqui depois que fui embora. Eu não queria que nada daquilo tivesse ocorrido eu fui justamente pra te ajudar a se salvar porque se eu tivesse continuado aqui. Eles poderiam até mesmo ter nos matado.- agora é tarde. – falou Aidê com os olhos fixos ao chão.- eu não sou mais aquela menina que você conheceu! Eu cresci. Eu mudei muito.

ATÉ O PRÓXIMO CAPITULO. ESPERO QUE GOSTEM DESTE E COMENTEM. A FORÇA DE UM AMOR

Aidê sentia-se como uma folha, perdida em meio a um redemoinho de informações, seu

coração estava mais que dividido, ela senta-se perdida. De um lado o amor de uma

infância, de outro o amor por Berte, real, maduro, adulto. O que fazer? Os sonhos de

menina? Ou a força de uma paixão insanamente vivida ao longo de quase um ano em

segredo. Bianco tentava a todo custo fazer Aidê entender a razão de sua volta mas ela

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ainda estava irredutível. Ela sabia muito bem o que tinha sofrido.

- meu amor eu voltei agora que tenho com que lutar por você. Eu voltei por que te amo

e agora eu não sou mais o menino. De 16 anos a trás, trabalhei, e consegui.

QUANDO A CONVERSA CHEGA AO SEU NIVEL DE MAIOR PERTUBAÇÃO

EIS-LHE QUE CHEGA GUILHERME.

- ENTÃO VOCÊ VOLTOU? FIQUE LONGE DE MINHA IRMÃ! ELA ESTÁ NOIVA

DE MION NABISCO. E NÃO FICA BEM ELA FICAR COM UM MOLEQUE FEITO

VOCÊ.

- QUE BOM TE REENCONTRAR MEU AMIGO. PELO MENOS EU ACHAVA

QUE VOCÊ FOSSE.

- CALE A SUA BOCA SEU IN FAME. EU QUERO QUE VOCÊ SAIBA QUE A

MINHA IRMÃ É MINHA E ELA FAZ O QUE EU MANDAAR.

- EI EU NÃO SOU PROPRIEDADE SUA NÃO SENHOR. EU AINDA SOU Aidê

RIBEIRO E NÃO VOU ME DEIXAR LEVAR POR VOCÊ. E ENTENDA

GUILHEERME EU NÃO TENHO MAIS 16 ANOS. EU AGORA SOU UMA

MULHER ADULTA. NÃO TENHO MAIS MEDO DE VOCÊ.

- VOCÊ AINDA ME DEVE OBEDIENCIA. E RESPEITO PPOR MIM. EU SOU SEU

IRMÃO.

- VOCÊ TEM O MESMO VALOR QUE EU AQUI NESTA CASA. APESR DE EU

AINDA SER A MAIS RESPONSAVEL. EU CARREGO ESTA FAZENDA NAS

COSTAS. PAREI MINHA VIDA PARA  CUIDAR DESSA CASA, DA FAZENDA E

DE VOCÊ. ALIAZ VOCÊ NUNCA FEZ NADA NESSA CASA PRA AJUDAR. EU

SEMPRE CUIDEI DE TUDO, PARA VOCÊ PODER ESTUDAR, APENAS

ESTUDAR. VOCÊ JAMIAS TRABALHOU NO QUE EU MESMA TRABALHEI.

- AGORA VAI ME APONTAR AS SUAS ABISTENÇOES PARA A MEU

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SUCESSO? PARA QUE SERVE UMA MULHER ESTUDADA? AGORA PRONTO?

VOPCÊ TEM MAIS É QUE TRABALHAR!

- AGORA VOCÊ FOI LONGE DEMAIS!- DISSE BIANCO IRRITADO- VAMOS!

MESSA SUAS FORÇA COMIGO QUE SOU HOMEM. ELA NÃO VAI BAIXAR A

CABEÇA PRA OS SEUS DESMANDOS. ELA TEM VONTADE PROPRIA.

A DISCURSÃO SE SEGUIA AO PONTO DE UM CAMINHAR NA DIREÇÃO DO

OUTRO PARA IREM AS VIAS DE FATO. BRIGA DE LUTA. QUANDO

RADAMES, ADENTROU A CABANA E INTERCEDEU.

- MEU DEUS O QUE É ISSO? Você NÃO ACHAM QUE ESTÃO INDO LONGE

DEMAIS? MEU DEUS PAREM COM ISSO. GUILHERME O QUE VOCê TÁ

FAZENDO AQUI?

CONTINUANDO,

EM MEIO A CONFUSÃO INSTAURADA E GUILHERME E BIANCO,

APARECEU TAMBÉM SEU RAUL QUE VINHA CHEGANDO E PERCEBE

TODA A AGITAÇÃO:

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? MAS O QUE É ISSO? DOIS

HOMENS FEITOS BRIGANDO FEITO MOLEQUES. E O QUE VOCÊ FAZ

AQUI?

- COMO VAI O SENHOR SEU RAUL? ESPERO QUE MELHOR QUE EU!!

- VOCÊ ESTÁ NA MINHA CASA EM RESPEITO A MEMORIA DE MINHA

FALECIDA ESPOSA. E NÃO OUSE ULTRAJA-LA.

- EU POSSO NÃO SER UM GAJÃO FEITO O SENHOR, MAS MEU PAI E

LÍDER MEU CLÃ ME ENSINOU QUE EM TERRAR DE GAJÃO ROM

CERRA A PORTA DA TSARA.

- SEU CIGANO DE UMA FIGA NUNCA MAIS USE SUAS PALAVRAS DE

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MAGIA NEGRA.

AIDÊ IRRITADA RESOLVE A QUESTÃO

-JÁ CHEGA TODOS VOCÊS! EM NOME DE MINHA MÃE EU ORDENO

QUE PAREM. E ROMANEZ NÃO É MAGIA NEGRA É FORMA DO NOSSO

POVO GUILHERME DE FALAR. VOCÊ DEVIA SE ENVERGONHAR.

MUITAS VEZES A MAMÃE TE COLOCOU PARA DORMIR CANTANDO

NESSA LÍNGUA, TÃO LINDA E PERFEITA. E EU TENHO QUE IR!

- VOCÊ VAI AONDE ?- QUIS SABER GUILHERME

- VOU BUSCAR O RICARDO NA ESCOLA. ELE AO CONTRARIO DE

VOCÊ MEU IRMÃO! É HUMANO, E ME DEFENDEU MESMO EM MINHA

AUSÊNCIA AS CALUNIAS DE CANALHA ASSIM DA SUA LAIA.

- AIDÉ! FALOU BIANCO ACOMPANHANDO-A NA SAÍDA DA PORTA-

QUEM É RICARDO?

- É O FILHO DE UMA AMIGA DE MINHA MÃE A QUE MORREU COM

ELA NO ACIDENTE. NÃO SE LEMBRA DO NOSSO AFILHADO?

POR UM INSTANTE PARECEU QUE BIANCO NUNCA TIVESSE VISTO O

ROSTO DE RICARDO. ELE PARECIA TRANSFIGURADO EM

DESCONHECIMENTO.

-EU SOFRI UM ACIDENTE A DOIS ANOS E PERDI PARTE DA MINHA

MEMORIA.

AIDÊ DE REPENTE PAROU E VIU QUE ELE REALMENTE PARECIA

ESQUECIDO DE TUDO.

- ENTÃO VAMOS! VAI SER BOM PRA Você REVER TODOS DA VILA.

SÃO TODOS SEUS AMIGOS, E SEI QUE AO CONTRARIO DE SEU RAUL

E DO GUILHERME SENTIRAM SUA FALTA COMO EU SENTI.

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Conto a Força de um amor.

CAVALGARAM POR CERTO ESPAÇO DE TEMPO EM SILENCIO,

AQUELA PAISAGEM BUCÓLICA, AQUELE AR FRIO QUE VINHA DA

MATA SECA, AQUELA SENSAÇÃO DE PAZ E DE DEUS ALÍ TÃO PERTO

FIZERAM COM QUE AIDÊ TOMASSE CORAGEM E PERGUNTASSE:

-ENTÃO PORQUE DE VERDADE VOCÊ VOLTOU?

- PARA TE BUSCAR! QUANDO SOFRI O ACIDENTE EU ESQUECI DE

MUITA COISA. FIQUEI COMO MORTO, POR DOIS MESES E QUANDO

ACORDEI A UNICA COISA QUE EU LEMBRAVA ERA DE VOCÊ! ENTÃO

EU ENTENDI QUE DEUS TAVA ME DANDO UMA NOVA

OPORTUNIDADE DE TE REENCONTRAR E AGORA FAZER A COISA

CERTA. TE LEVAR COMIGO. OU FICAR AQUI, E ENFRENTAR TUDO

ISSO QUE NÓS VIMOS LÁ NA CASA DO SEU RAUL.

- EU NÃO SEI BIANCO. PODE SER QUE AS COISAS NÃO SEJAM TÃO

SIMPLES QUANTO PARECEM.

-É O BERTE QUE TE PRENDE A ALGUM SENTIMENTO? VOCÊS ESTÃO

NAMORANDO?

- NA VERDADE SIM. MAS VOCÊ....

- EU O QUE? EU TE FIZ SENTIR DE NOVO AMOR? SENTIR QUE AINDA

ESTÁ VIVA?

- EU SENTI POR DOIS MINUTOS O QUE SENTO A 16 ANOS ATRAS. EU

SENTI UMA VONTADE INSANA DE ESTAR DE NOVO NOS TEUS

BRAÇOS.

NESSE INSTANTE OS CAVALOS PARARAM E BIANCO DESMONTOU E

PEGOU AIDÊ NOS BRAÇOS E FALOU:

- ENTÃO VAMOS EMBORA. FICA COMIGO! EU VIM APENAS PARA

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Conto a Força de um amor.

ISSO PARA TE TER DE VOLTA. PRA TE TER AO MEU LADO DE

VOLTA. EU SÓ ENTENDI O QUE SENTO POR VOCÊ QUANDO DE

CERTA FORMA ME ENCONTREI COM DEUS E ELE ME MANDOU VIR

TE ENCONTRAR. EU TIVE QUE MORRER PRA ENTENDER QUE O MEU

LUGAR É A TEU LADO.

OS OLHOS DELES ESTAVAM TÃO PERTO SEUS CORPOS TÃO

PRÓXIMOS SUAS BOCAS QUASE SE TOCAVAM E UM AR DE

ROMANTISMO INUNDOU TODO AQUELE VALE, FOI COMO SE DE

REPENTE SÓ EXISTISSEM ELES DOIS EM TODO O UNIVERSO, E O

MUNDO INTEIRO PARASSE DE GIRAR. AIDÊ SENTIA SEU CORPO TÃO

LEVE QUE PARECIA FLUTUAR E AS MÃO DE BIANCO ENVOLVENDO-

A NAQUELE MOMENTO FIZERAM-NA SENTIR UMA VONTADE MAIOR

AINDA DE QUE O TEMPO PARASSE E ELES POESSEM FICAR ALÍ

PARDOS. AQUELE ABRAÇO ESTAVA GUARDADO A ESPERA DELES

DOIS A 16 ANOS. 16 ANOS DE SAUDADE E MEDO DE PERDER.

COMO CANTA A MUSICA: "OLHOS NOS OLHOS/ QUERO VER O QUE

VOCÊ ME DIZ" E ELES NÃO FALARAM NADA APENAS FICARAM

PARDOS INERTES E ENVOLTOS NAQUELA NEVOA DE SENTIMENTOS,

OMITIDOS PELO AMOR, SUBMERSOS EM UM SENTIMENTO DIVINAL

DE PAZ E ALEGRIA. ERA INCRÍVEL COMO CONSEGUIA FAZE-LA

SENTIR-SE SEGURA E AMPARADA ERA COMO SE NINGUÉM PUDESSE

LHE FAZER MAL, ELA SENTIA EM SEUS BRAÇOS O CALOR DA PAZ E

A CERTEZA DE ELES ERAM UM SÓ.

- BIANCO EU ....

- EU O QUE AIDÊ?

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Conto a Força de um amor.

-EU ATE AMO! COMO NUNCA AMEI MAIS NINGUÉM EM MINHA

VIDA!! EU TENHO QUE ADMITIR ISSO!!!

- O RICARDO É O NOSSO FILHO NÃO É?

FEZ-SE SILENCIO E AIDÊ NÃO SABIA O QUE RESPONDER E APENAS

ACENOU POSITIVAMENTE COM A CABEÇA.

- EU O CRIEI COMO MEU  AFILHADO E COMO SEU.

- PORQUE VOCÊ NUNCA ME FALOU NADA?1 SE EU SOUBESSE TERIA

SIDO TUDO DIFERENTE ! TERIA VOLTADO E TERIA FICADO COM

VOCÊ E COM ELE. MEU DEUS EU TENHO UM FILHO!!!!

ELE ABRAÇOU AIDÊ MAIS FORTE E SAIU GIRANDO-A NO AR.

QUEM QUISER SABER O RESTENTE DO CONTO ACOMPANHE O

PROXIMO CAPITULO

MAIS UMA CONTINUAÇÃO:

O MUNDO PARECIA NÃO EXISTIR EM TORNO DELES. AQUELE ERA O

MOMENTO MAIS FELIZ NA VIDA DE BIANCO. DEPOIS DE TANTO

SOFRIMENTO, FINALMENTE UMA ALEGRIA. TER UM FILHO.

-EU PRECISO, ABRAÇAR NOSSO FILHO, E EXPLICAR QUE EU NÃO

SABIA QUE VOCÊ TINHA FICADO GRAVIDA. QUE EU NÃO O

ABANDONEI POR GOSTO... TENHO QUE

AIDÊ NESSE MOMENTO AFASTA-SE UM POUCO DELE E LHE FALA

EM VOZ BAIXA:

- ELE NÃO SABE QUE SEU FILHO.

- COMO ASSIM? NÃO SABE? NÃO FALASTE PRA ELE DE NOS DOIS?

NÃO FALASTE QUE EU SOU O PAI DELE?

- ELE NEM SABE QUE EU SOU A MÃE DELE!

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Conto a Força de um amor.

BIANCO PAROU E OLHOU UM CHÃO POR UM INSTANTE MORDEU OS

LÁBIOS E FICOU INERTE, NÃO SABIA O QUE FALAR. ERA MAIS QUE

ESTRANHO TER UM FILHO E NÃO PODER ABRAÇA-LO E FALAR A

VERDADE. OU PIOR AINDA NÃO PODER OUVIR DELE O TÃO

SONHADO, "PAPAI".

- EU JÁ NÃO O VI CRESCER. ELE 16 ANOS! NÃO ACOMPANHEI SEUS

PRIMEIROS PASSOS. NÃO ACOMPANHEI SUAS PRIMEIRAS

PALAVRAS, EU NÃO ENSINEI ELE A MONTAR, EU NÃO ESTIVE COM

ELE NO PRIMEIRO DIA DE AULA. E ELE NEM SABE QUE EU SOU O

PAI DELE?! E QUE VOCÊ É A MÃE? POR QUE?

- EU ERA UMA MENINA! TINHA 16 ANOS, NÃO SABIA O QUE FAZER.

TE ESCREVI VARIAS CARTAS, VOCÊ JAMAIS ME RESPONDEU UMA.

TENTEI FUGIR. FOI QUANDO MINHA MÃE ME LEVOU DE VOLTA PRO

ACAMPAMENTO DO NOSSO CLÃ. E LÁ ELE NASCEU. MAS AÍ O SEU

RAUL DESCOBRIU E DISSE QUE MATAVA VOCÊ E A MEU FILHO.

MINHA MÃE MORREU PARA SALVAR A MIM E NOSSO FILHO. ELA A

MINHA TIA. O RICARDO PENSA QUE É FILHO DA MINHA TIA QUE FOI

ELA QUEM O TROUXE AO MUNDO. ELE ACHA QUE É ÓRFÃO DE PAI

E MÃE.

- ELE NÃO SABE DE NOS DOIS. MEU DEUS. O QUE VOCÊ VIVEU

TODOS ESSES ANOS. SOZINHA.

-CRIEI MEU FILHO COMO MEU AFILHADO. NOSSO AFILHADO. SOFRI

CADA DOR QUE UMA MÃE PODE SENTIR. CHOREI CADA LAGRIMA

QUE UMA MÃE PODE CHORAR.

- ELE NÃO É APENAS SEU FILHO. É MEU TAMBÉM. E EU ESTOU

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Conto a Força de um amor.

AQUI. AGORA NOS PODEMOS CONTAR A VERDADE, FALAR QUE

FOMOS OBRIGADOS A FICAR LONGE DELE. NÃO POR NÃO QUERER

ELE...

- EU TE IMPLORO NÃO FALA NADA POR AMOR DE DEUS. QUANDO

FOR HORA NOS DOIS FALAMOS JUNTOS.

- TÁ CERTO É ALGO QUE TEM QUE SER PENSADO. BEM PENSADO.

PRA NÃO ASSUSTAR O NOSSO FILHO. AIDÊ EU QUERO FICAR COM

VOCÊ, CASAR COM VOCÊ. VAMOS TERMINAR DE CRIAR O NOSSO

FILHO JUNTOS. EU NÃO ESTOU TE DIZENDO PRA CORRIGIR UM

ERRO. É AGORA FAZER O QUE NOS QUERÍAMOS FAZER A 16 ANOS

MAS FOMOS PROIBIDOS. CASA COMIGO? COM TUDO QUE TEM

DIREITO?!

- E O BERTE? EU TÔ NAMORANDO COM ELE? COMO ELE FICA?

- VOCÊ O AMA?

- NÃO COMO AMEI VOCÊ! MAS TENHO UM COMPROMISSO COM ELE.

EU DEI MINHA PALAVRA A ELE DE QUE ENFRENTARIA TUDO PRA

FICAR COM ELE!

- E NOS DOIS!? VOCÊ SÓ NÃO ESPERAVA QUE EU VOLTASSE NÃO É?

MAS EU VOLTEI E DISPOSTO A TE LEVAR COMIGO. NEM QUE EU

TENHA QUE ENFRENTAR UM EXERCITO INTEIRO SOZINHO. NÃO

SOU MAIS AQUELE MENINO ASSUSTADO QUE TE PEDIU EM

CASAMENTO NO ESCURO. EU TÔ TE PEDINDO AQUI. AIDÊ RIBEIRO

CASA COMIGO?!

- MINHA PALAVRA DE 16 ANOS ATRAS FOI SIM E CONTINUA SENDO.

EU CASO COM VOCÊ MAS EU TENHO QUE TERMINAR COM O BERTE

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Conto a Força de um amor.

PRIMEIRO!

- EU ESPERO. ESPEREI 16 ANOS ALGUNS DIAS PASSAM RÁPIDO.MAS

VAMOS BUSCAR NOSSO FILHO NA ESCOLA?

AGORA OS OLHOS DE BIANCO SE ILUMINARAM, CADA PALAVRA

QUE ELE FALAVA SOBRE O FILHO ERA COMO SE ELE QUISESSE

SABER DE TUDO DE UMA VEZ SÓ. A ESCOLA NÃO FICAVA LONGE.

O CAMINHO ERA O MAIS LINDO QUE ELE JÁ VIRA, O CÉU TINHA

FICADO MAIS AZUL E AS NUVENS PARECIAM DE ALGODÃO. O AR

PARECIA MAIS LEVE. A LUZ DO SOL TORNAVA TUDO MAIS LINDO E

LIMPO. ELE QUERIA CONHECER O FILHO AO OLHAR.

- ELE SE PARECE MAIS COM QUEM AIDÊ? COMIGO OU COM VOCÊ?

- COM VOCÊ! TEM OS OLHOS ASSIM. GRANDES, BEM ABERTOS E

BEM CLAROS. OS CABELOS SÃO COMO OS MEUS. TEM O SEU

SORRISO, A SUA MANIA DE FAZER O QUE QUER SEM PENSAR. POR

ISSO QUE AS VEZES ELE LEVA ALGUNS SERMÕES MEUS E DÁ

PROFESSORA.

- MAS PORQUE VOCÊ ESTÁ INDO BUSCA-LO HOJE? ELE APRONTOU

ALGUMA?

- NÃO! ELE ME DEFENDEU DE UM MENINO DA TURMA QUE DISSE

QUE EU ERA AMASIADA COM O BERTE. O MOLEQUE ME

DESTRATOU E ELE TOMOU OS ARDORES. E DEU UNS TAPAS NELE. E

HOJE CEDO TIVE QUE VIR SABER DA PROFESSORA O QUE

ACONTECERA PRA ELA ME MANDAR UM BILHETE DIZENDO QUE

ELE ESTAVA SUSPENSO E SÓ ASSISTIA AULA HOJE SE ELA FALASSE

COMIGO. QUANDO CHEGUEI A CHEI DESGRAÇADA ME VEIO COM

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Conto a Força de um amor.

UMA CONVERSA DE QUE ELE ERA O CULPADO. AI EU FALEI COM O

PAI DO MENINO E ELE DISSE QUE VIRIA NO FINAL DA AULA PRA

CONVERSARMOS COM A PROFESSORA E COM OS DOIS.

- E COMIGO. EU SOU O PAI DELE. QUEM ESSE PIRRALHO PENSA QUE

É?

AIDÊ OLHOU PARA BIANCO ELE AINDA TINHA O MESMO SENSO DE

JUSTIÇA DE QUANDO ELA O CONHECERÁ. ELE ERA O MESMO

HOMEM POR QUEM ELA SE APAIXONARÁ. INTEGRO, DE CARATE,

EDUCADO E LEAL. TUDO O QUE ELA MAIS ADMIRAVA NELE E EM

QUALQUER OUTRA PESSOA.

A ESCOLA ESTAVA QUASE PERTO QUANDO OUVIRAM A CIRENE

TOCAR E ALGUMAS CRIANÇAS SAÍREM CORRENDO DE LONGE AIDÊ

AVISTOU O PAI DO MENINO.

-É AQUELE ALÍ O PAI DO MOLEQUE.

- EU CONHEÇO ELE. NÃO É O DONO DA VENDA? ELE TEM UM FILHO

DA IDADE DO RICARDO?

- É ELE SIM E FILHO DELE TEM 19 ANOS E AINDA ESTÁ NA 8ª SERIE.

É UM IDIOTA CHEIO DE VONTADES E A MÃE DO FEDELHO, AINDA

DEFENDE ELE. VOCÊ TÁ ME ENTENDENDO?

- VAMOS RESOLVER ISSO HOJE. VOCÊ NÃO ESTÁ MAIS SOZINHA!

TEM A MIM MESMO QUE NÃO QUEIRAM MAS TEM.

AIDÊ POR MAIS FORTE QUE FOSSE SENTIU NAQUELE INSTANTE

UMA SEGURANÇA A MAIS. AGORA NÃO ERA ELA APENAS PARA

CUIDAR DE RICARDO. COLACA-LO NA ESCOLA FORA OUTRA

CONQUISTA E AGORA TER QUE ACEITAR QUE ELE NÃO IRIA

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Conto a Força de um amor.

CONSEGUIR CONCLUIR OS ESTUDOS? ERA UMA DOR MAIS QUE

GRANDE. ERA DESOLADOR. TOO O SEU ESFORÇO PARA CONSEGUIR

SUA ENTRADA NA ESCOLA E AGORA UMA COISA DAQUELAS E SE

DEPENDESSE DA PROFESSORA ELE NEM ESTAVA ALÍ. ELA NÃO O

SUPORTAVA MESMO.

AO CHEGAREM A SURPRESA FOI TREMENDA, AO VEREM AIDÊ E

BIANCO CHEGANDO OS PAIS DO MENINO FICARAM PASMOS. ELE

VINHA CHEGANDO O PORTÃO QUANDO O FILHO DOS DONOS DO

MERCADO EMPURRAR ELE NA SAÍDA DA PORTA E RICARDO SE

VINGAR. DANDO-LHE UM TAPA.

- ERA SÓ QUE FALTAVA? -DISSE A PROFESSORA SEGURANDO

RICARDO PELO BRAÇO COM FORÇA-SEU MOLEQUE INSOLENTE.

CRIADO SEM MÃE TINHA DAR NISSO!

- ELE TEM MÃE SIM!!! MAS VOCÊ É QUE PARECE QUE SE ESQUECEU

DESTE DETALHE, ELE TEM A MIM.

- E A MIM PADRINHO DELE! OU VOCÊ ACHA QUE ELE ESTÁ

SOZINHO NO MUNDO? NÃO ESTÁ NÃO

NESSE INSTANTE AIDÊ OLHOU PARA BIANCO E ELE PARECIA

ILUMINADO. DEFENDER O FILHO COM UNHAS E DENTES, ERA UM

HERÓI. O PAI HERÓI DO FILHO. HERÓI QUE ELA NÃO CONSEGUIA

SER COM TANTA FORÇA.

- A SENHORA NÃO ACHA MELHOR ENTRARMOS E CONVERSARMOS?

SOBRE O ASSUNTO? DO QUE A SENHORA FICAR SEGURANDO O

AGREDIDO PELO BRAÇO ENQUANTO O AGRESSOR ESPALITA OS

DENTES COMO UM LEÃO QUE ESTRALOU A PRESA?

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Conto a Força de um amor.

A PROFESSORA SOUTOU O BRAÇO DO MENINO E ELE CORREU PARA

AIDÊ,

- MADRINHA QUEM É ESSE HOMEM?

- SEU PADRINHO O BIANCO?! VOCÊ ERA TÃO PEQUENO QUE NÃO SE

LEMBRA DELE! NOS FICAMOS NO LUGAR DE SEUS PAIS E TEMOS

QUE AGIR COMO TAIS! E É ISSO QUE ELE ESTÁ FAZENDO AGORA!

AGINDO COMO UM PAI! COMO SEU PAI.

RICARDO PAROU UM INSTANTE OBSERVOU BIANCO QUE O OLHAVA

COMO SE TIVESSE VENDO SEU REFLEXO EM UM ESPELHO. ELES

ERAM MUITO PARECIDOS. O MESMO PORTE FÍSICO. A MESMA

MANIA DE OLHAR POR CIMA DO OMBRO E AINDA DE RIR SÓ COM

UM DOS CANTOS DA BOCA, OS MESMOS OLHOS AMENDOADOS, A

MESMA MANIA DE TENTAR VER O QUE OS OUTROS ESTÃO

PENSANDO. OS MESMOS OLHOS EXPRESSIVOS E ENIGUIMÁTICOS.

NEM MESMO AIDÊ NUNCA VIRA O QUANTO ELES SE PARECIAM

ERAM MUITO PARECIDOS, MENOS A BOCA, ERA COR DE VERMELHO

VIVO, LÁBIOS BEM TRONEADOS E UM TANTO CARNUDOS, EM UM

ROSTO FINO E DE EXPRESSÃO FORTE, CONTORNADOS POR UMA

LEVE PENUJEM DE PELOS LOIROS, O QUE INDICAVA-LHE A

PUBERDADE.

- VOCÊ É O MEU PADRINHO? A BENÇÃO PADRINHO!

BIANCO PEGOU A MÃO DO MENINO E O PUXOU PARA JUNTO DELE.

ABRAÇOU-O LONGAMENTE COMO SE AQUELE ABRAÇO PUDESSE

FALAR, TODOS OS PEDIDOS DE PERDÃO QUE ELE IMAGINASSE.

- DEUS TE ABENÇOE MEU FILHO. CHEGUEI A TEMPO! A AIDÊ JÁ ME

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Conto a Força de um amor.

CONTOU TUDO QUE ACONTECEU. AGORA EU ESTOU AQUI PARA

AJUDAR VOCÊS DOIS.

-O SENHOR NÃO TÁ BRAVO COMIGO. EU BRIGUEI NA ESCOLA. TÔ

MUITO ENVERGONHADO.

- ENVERGONHADO DE FAZER O QUE É CERTO? SEU PAI FICARIA

MUITO FELIZ EM SABER QUE VOCÊ TOMOU PRA SI AS DORES DE

SUA MADRINHA!

- O SENHOR CONHECEU MEU PAI?

- CONHECI! VOCÊ SE PARECE MUITO COM ELE. A AIDÊ NUNCA TE

FALOU NADA SOBRE ELE?

- FALOU! QUE ELE FOI UM HOMEM MUITO VALENTE, QUE LUTOU

PRA FICAR COM A MINHA MÃE MAS QUE FOI MORTO POR ENGANO,

EM UMA EMBOSCADA.

- É REALMENTE ELE MORREU ASSIM. MAS SEI QUE DE ONDE ELE

ESTIVER ESTARÁ CONTENTE COM O HOMEM QUE VOCÊ ESTÁ SE

TORNANDO.

- OBRIGADA PADRINHO!

A PROFESSORA MUITO IRRITADA CONVIDOU A TODOS PARA

ENTRAR E SENTOU-SE EM UMA CADEIRA E PEDIU QUE OS DEMAIS

SENTASSEM. COMESSOU FALANDO QUE NÃO PRECISAVA DA AIDÊ

TER IDO PERTURBAR O PADRINHO DO MENINO, E QUE TUDO

PODERIA SER RESOLVIDO SOMENTE ENTRE ELE E OS PAIS DO

OUTRO GAROTO.

- ENTÃO PORQUE A SENHORA CHAMOU O RICARDO DE MOLEQUE

INSOLENTE?

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Conto a Força de um amor.

QUIS SABER BIANCO COM OS OLHOS FIXOS NA PROFESSORA E EM

SEGUIDA NOS PAIS DO OUTRO GAROTO.

- SIM PORQUE. EU VI QUANDO A SENHORA FALOU COM ELE EM UM

TOM DE DESCLASSIFICAÇÃO QUE EU NEM NO EXERCITO NUNCA

VI?! ENTÃO ME DIGA POR QUE A SENHORA FALOU DAQUELE JEITO

SEI AINDA DE UM BILHETE QUE A SENHORA MANDOU PARA AIDÊ.

QUE EXIGIA A SUA PRESENÇA PARA QUE ELE PUDESSE ASSISTIR AS

AULAS DE HOJE! E OS SENHORES RECEBERAM ALGUM BILHETE

INFORMADO DA CONDUTA DE SEU FILHO?

OS PAIS DO OUTRO MENINO ACENARAM QUE NÃO. BIANCO SENTIA-

SE TÃO FORTE E PODEROSO QUE REALMENTE PARECIA SER BEM

MAIOR QUE O SEU PORTE FÍSICO MOSTRAVA SER. ERA INCRÍVEL

COMO ELE SABIA IMPOR SEU RESPEITO AOS DEMAIS. AIDÊ SORRIA

SEM PARAR PELA PRIMEIRA VEZ ELA NÃO TINHA QUE TOMAR A

PEITO A DEFESA DO FILHO. ELA NÃO ESTAVA MAIS SOZINHA. NEM

TÃO POUCO SEU FILHO. QUE INOCENTEMENTE ADMIRAVA O SEU

"PADRINHO".

A DISCUSSÃO SEGUIU-SE ATÉ QUE OS PAIS DO MENINO SE

COMPROMETERAM EM TER UMA CONVERSA DEFINITIVA COM

RELAÇÃO A POSTURA SEM ÉTICA DO FILHO E UM PEDIDO DE

DESCULPA PUBLICO A RICARDO E AIDÊ.

DE LÁ RUMARAM PARA CASA QUANDO ELES CHEGARAM A CASA

DE SEU RAUL ESTAVA DE PERNAS PRO AR. TODOS FALAVAM AO

MESMO TEMPO NA SALA. ATÉ QUE AIDÊ ENTRA E PERGUNTA A

RADAMÉS:

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Conto a Força de um amor.

- O QUE É QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? O FOI QUE ACONTECEU?

- NOSSO PAI QUE PASSOU MAL OUTRA VEZ! E AGORA ELE NÃO

ACORDA, O GUILHERME TÁ LÁ DENTRO E NÃO CONSEGUE

ACORDAR ELE. AIDÊ EU ACHO QUE ELE MORREU!

AIDÊ CAI DE COSTAS E É AMPARADA POR RICARDO E BIANCO QUE

A SEGURAM ATÉ ELE SENTAR-SE NA CADEIRA MAIS PROXIMA QUE

FOI QUANDO ELA FINALMENTE CONSEGUI FALAR.

- MEU DEUS ELE NÃO. E LEVANTOU E SAIU CORRENDO ENTROU NO

QUARTO E VIU GUILHERME AJOELHADO, CALADO AO PÉ DA CAMA

CHORANDO COM AS MÃOS SOB O CORPO DO PAI. GUILHERME SE

FORMARA MEDICO JUSTAMENTE PARA UMA NECESSIDADE DAS

PESSOAS DAQUELA LOCALIDADE.

- QUANDO EU MAIS PRECISEI DE SER MEDICO EU NÃO FUI. QUANDO

EU MAIS PRECISEI DE SABER O QUE FAZER EU NÃO SOUBE. EU

DEIXEI MEU PAI MORRER PORQUE EU NÃO PODIA FAZER NADA. EU

VOU RASGAR MEU DIPLOMA. QUE MEDICO SOU EU? QUE DEIXEI

MEU PAI MORRER?!

- NÃO FALA ISSO VOCÊ JÁ TINHA FEITO TANA COISA. VOCÊ JÁ

TINHA SOCORRIDO ELE ANTES. VOCÊ NÃO PODIA FAZER MAIS

NADA ELE AGORA DEVE ESTAR COM A NOSSA MÃE OLHANDO POR

NOS. NÃO SE CULPA DESSE JEITO.

ELE LEVANTOU OS OLHOS E VIU BIANCO NA PORTA OBSERVANDO

AQUELA CENA. LEVANTOU-SE ENXUGOU OS OLHOS, CAMINHOU

ATÉ ELE E ESBRAVEJOU:

- A CULPA DE TUDO ISSO É SUA. PRA QUE VOCÊ VOLTOU? DEVIA

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Conto a Força de um amor.

TER FICADO NO INFERNO DE ONDE NUNCA DEVIA TER SAÍDO. VEI

SÓ MATAR MEU PAI!! EU VOU TE MATAR. ALIAS EU VOU MATAR

VOCÊ AIDÊ A CULPA DE TUDO ISSO É SUA SE VOCÊ NÃO TIVESSE

ACOMPANHADO ESSE CIGANO MALDITO...

- AGORA JÁ CHEGA! VOCÊ PODE ATÉ SER O FILHO MAIS VELHO. O

HOMEM MAIS VELHO MAS EU AINDA SOU A PRIMOGÊNITA E AINDA

POSSO MANDAR AQUI. EU SOU A MAIS VELHA DESSA CASA.

- VOCÊ???! FAÇA-NOS UM FAVOR VÁ EMBORA DAQUI!

- EU VOU MAS SÓ DEPOIS DE ENTERRAR NOSSO PAI.

- ELE É MEU PAI!

A HISTORIA AGORA COMESSOU A ESQUENTAR. ENTÃO NÃO

PERCAM O PRÓXIMO CAPITULO DESTE CONTO APAIXONANTE.

ATÉ A PRÓXIMA

EM MEIO A DISCURSO UMA MÃO CRUZOU O AR E ACERTOU EM CHEIO O ROSTO DE GUILHERME QUE REVOLTADO RESOLVE EXPULSAR AIDÊ DE CASA, APOS ACUSAR BIANCO DE CULPADO PELA MORTE DE SEU PAI E POR TODAS AS DESGRAÇAS QUE SE ANTECEDERAM. NESSE MESMO INSTANTE SURGE RADAMÉS NO AUGE DOS SEUS 17 ANOS E MANDA O IRMÃO PARAR LEMBRANDO-LHE DE QUE ELE AINDA TAMBÉM É DONO DAQUELA CASA:

- VOCÊ É OUTRO..

- CALA A BOCA GUILHERME- FALOU AIDÊ TENTANDO CONTORNAR A SITUAÇÃO INSUSTENTÁVEL E O CAUS QUE SE INSTAURARA NO QUARTO EM FRENTE AO MORTO- NÃO FALE O QUE PODE SER DESTRUTIVO NA VIDA DE TODOS NÓS.

- EU JÁ SEI MINHA IRMÃ ELE É O ÚNICO DE NOS DOIS QUE SÃO FILHOS DO SEU RAUL, NOS DOIS COMO ELE SOMOS BASTARDOS.

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Conto a Força de um amor.

- BASTARDOS, INGRATOS. DEPOIS DE TUDO QUE MEU PAI FEZ POR VOCÊS AGORA FAZEM ESSA DE NÃO REALIZAR AS SUAS VONTADES ULTIMAS?

- QUE ULTIMAS VONTADES? QUE EU ME CASASSE COM MION? VOCÊ TÁ MALUCO? É ISSO? EU NÃO VOU CAIR NA SUA ESPARRELA SEU CANALHA...

- TUDO ISSO POR CAUSA DO BERTE, OU BIANCO VOCÊ ACHAVA QUE ELA ERA FIEL A TUA MEMORIA? ELA? UMA VADIA COMO ESSA? ELA NÃO VALE NADA FEITO A VADIA DA MÃE.

- AGORA VOCÊ FOI LONGE DEMAIS MEU IRMÃO CHINGAR NOSSA MÃE?! DEVERAS TU ESTAS LOUCO!

- LOUCO EU ESTOU MAIS QUE LUCIDO! O ÚNICO LUCIDO. E ELA VAI EMBORA. OU FAZ O QUE EU QUERO OU VAI EMBORA.

- ELA NÃO VAI ELA FICA NA MINHA PARTE DA CASA, OU VOCÊ ESQUECEU QUE EU FUI REGISTRADO ASSIM COMO ELA COMO FILHA DO SEU PAI?

BIANCO NAQUELE INSTANTE VIA O NÍVEL DE GUERRA QUE ESTAVA NAQUELA CASA. ENTÃO CHAMA AIDÊ DE LADO E A PEDE QUE SAIAM DALI. QUE ELA O SIGA, QUE VÁ EMBORA COM ELE E DEIXE TUDO AQUILO PARA TRÁS. ERA SÓ DIZER QUE SIM E SEGUI-LO.

- EU NÃO POSSO MEU IRMÃO. O RADAMÉS É SÓ UM MENINO ELE NÃO TEM FORÇAS PARA ENFRENTAR O GUILHERME E VAI ACABAR SOTERRADO PELA MALDADE DELE. ESPERA EU TENHO QUE AJEITAR TUDO PARA PODER FAZER ISSO. EU JÁ TE ESPEREI 16 ANOS SÓ MAIS UNS DIAS. EU TE PESSO MEU AMOR.

BIANCO SAI DA CASA E VAI PARA O CELEIRO ONDE FICA POR UM TEMPO ATÉ ESCURECER. NA SOLIDÃO DAQUELE LUGAR ELEVA A DEUS UMA PRECE:

- PAI ME AJUDA! O QUE EU FAÇO? É A MULHER QUE EU AMO! É O QUE EU TENHO. EU NÃO VOU SUPORTAR PERDER MAIS NINGUÉM. O SENHOR NÃO ACHA QUE EU JÁ PERDI TUDO QUE TINHA PRA PERDER? DEIXA A MINHA AIDÊ.

NESSE INSTANTE ENTRA SUA MÃE COM UM PRATO NA MÃO E LHE CHAMA A ATENÇÃO PARA SE ALIMENTAR. ELE RECEBE O PRATO E COLACA DE UM LADO, A MÃE INTERVEM

- EU OUVI SUA PRECE MEU FILHO! QUE BOM QUE VOCÊ ACREDITA EM DEUS. SÓ ELE PODE NOS AJUDAR. MAS SE VOCÊ SE AJUDAR.

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Conto a Força de um amor.

ENTÃO COME. ANTES QUE A COMIDA ESFRIE. COMO VOCÊ PRETENDE LUTAR POR SUA PEQUENA SE ESTIVER DOENTE? FRACO SEM FORÇAS?!

- EU ENTENDI MÃE!! A SENHORA TEM RAZÃO. A SENHORA VIU COMO ELA ESTÁ LINDA? AINDA MAIS LINDA QUE ANTES! ELA É A MESMA AIDÊ QUE EU CONHECI A 16 ANOS, ALEGRE CHEIA DE VIDA, SÓ MAIS FORTE UMA FORÇA QUE EU DESCONHECIA NELA. VIU O RICARDO?

- VI!!

- LINDO AQUELE MOLEQUE.

- PARECE COM O PAI!

- MAS COM O CARÁTER DA MÃE! ELA É A MESMA TEIMOSA TURRONA E LINDA. QUANDO EU OLHO PRA ELA É COMO SE EU A VISSE LINDA DANÇANDO EM VOLTA DA FOGUEIRA LÁ NO ACAMPAMENTO DO NOSSO AVÔ.

- VOCÊ LEMBRA? COMO ELA DANÇAVA?!

- ELA DANÇAVA COM A ALMA.

NESSE INSTANTE SEUS OLHOS FICARAM PARADOS COMO SE TIVESSEM VOLTADO NO TEMPO E ELE VIA SUA FRENTE A IMAGEM DO FOGO E ELA LINDA COM SEU VESTIDO VERMELHO, OS CABELOS LONGOS SERPENTEANDO JUNTAMENTE COM SUA SAIA RODADA. ERA LINDA AS MEDALHAS TILINTANDO EM SUA CINTURA. E AS VOZES A CANTAR CANÇÕES ALEGRES. ELE SERIA CAPAZ ATÉ MESMO DE SENTIR O PERFUME DE JASMIM QUE EXALAVA DE SUA SAIA E DE SEU CORPO. ELA ERA REALMENTE ENCANTADORA.

- FOI POR SUA FORMA DE FALAR SEU JEITO DE ME OLHAR MÃE QUE EU ME APAIXONEI. FOI PR AQUELA AIDÊ QUE EU ME APAIXONEI. E ESSA QUE EU ENCONTREI HOJE É MUITO MAIS LINDA E PERFEITA INDA QUE A QUE EU CONHECI. EU AMO MAIS AINDA MÃE!!!!

ELE ESTAVA REALMENTE ENCANTADO.

- ENTÃO PARA LUTAR POR ELA SE ALIMENTE ATÉ PORQUE SEI QUE ELA NÃO VAI QUERER CASAR COM UM SACO DE OSSO. O BIANCO QUE A FEZ AMAR ERA MUITO MAIS LINDO E FORTE. VOCÊ VAI TER MUITO QUE LUTAR POR SUA AMADA. NÃO SERÁ FACÍL.

- EU SEI.

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DONA GALBANITA SE LEVANTA E SAI DEIXANDO O FILHO SOZINHO. ELE COME UM POUCO DA COMIDA VOLTA A OBSERVAR O TETO.

NESSE INSTANTE EIS QUE SURGE NA PORTA O JOVEM RICARDO COM OS OLHOS MAIS FIXOS AINDA NO CHÃO QUE BIANCO, OLHANDO-O DE CANTO DE OLHOS, COMO SE QUISESSE APENAS VER-LHE EM PARTE.

- O QUE OUVE? SAUDADE DO SEU RAUL?

- NÃO ELE NEM IA TANTO COM A MINHA CARA. PARECIA NÃO GOSTAR DE MIM. NUNCA FIZ ANDA QUE AGRADASSE A ELE POR MAIS QUE EU ME ESFORSSASE ELE SEMPRE DAVA UM JEITO DE DIZER QUE EU NÃO TINHA OU FEITO DIREITO OU QUE EU NÃO PRESTAVA.

- ELE ERA MUITO EXIGENTE MESMO. EU TAMBÉM ENFRENTEI ELE DESSE JEITO QUE ELE AGIA COM VOCÊ. ELE NUNCA MUDOU... MAS NÃO FICA ASSIM ME CONTA QUERO SER SEU AMIGO. POR VOCÊ TÁ ASSIM TÃO TRSITE? É ALGUMA GAROTA DA ESCOLA?

- NÃO EU SEM QUERER OUVI SUA CONVERSA COM SUA MÃE E OUVI O SENHOR DIZER QUE VAI LEVAR A MADRINHA DAQUI PRA OUTRO LUGAR. PORQUE?

- EU NÃO QUERIA QUE VOCÊ TIVESSE OUVIDO ISSO NÃO DESSA FORMA. EU PRETENDIA CONVERSAR COM VOCÊ E SEI QUE A Aidê TAMBÉM QUERIA MUITO CONVERSAR COM VOCÊ.

- EU QUERIA PEDIR UMA COISA SE É QUE EU POSSO!?

- PODE PEDIR O QUE QUISER!!! DIGA! SOU SEU PADRINHO E VOCÊ SABE O QUE QUER IZER PADRINHO? PADRINHO É QUASE PAI. NA AUSENCIA DO PAI ELE É QUEM SUBSTITUI O PAI EU SEI QUE PAI É INSUBSTITUIVEL. MAS NA AUSENCIA DELE...

- EU SEI PADRINHO MAS EU QUERIA PEDIR PRO SENHOR NÃO ME TIRAR A MADRINHA. EU SÓ TENHO ELA NESSE MUNDO, E SEM ELA EU NÃO SOU NINGUÉM. FOI ELA QUEM ME ENSINOU A SER DO JEITO QUE SOU. FOI ELA QUEM ME ENSINOU A ANDAR A PENSAR A FAZER TUDO. O SENHOR ENTENDE?

- ENTENDO E EU QUERIA TE DIZER UMA COISA. EU VIM PRA CÁ POR DOIS MOTIVOS MUITO ESPECIAIS. O PRIMEIRO FOI ME REENCONTRAR, EU SOFRI UM ACIDENTE A 2 ANOS ATRAS E A ÚNICA COISA QUE EU LEMBRAVA ERA DA Aidê. EU NAMOREI COM

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ELA A 16 ANOS ATRAS E APERDI POR MEDO, MEDO DE ENFRENTAR O SEU RAUL E O GULHERME... NA VERDADE EU VIM POR MAIS UM MOTIVO!!!

- QUAL?

- RENCONTRAR MEU AFILHADO QUE EU VI DOIS DIAS DEPOIS DE NASCER E NÃO VI MAIS! E AINDA PRA RECONQUISTAR A MINHA NAMORADA. EU VOLTEI PELA Aidê. FOI O AMOR DELA QUE ME TROUXE DE VOLTA A VIDA. FOI A FORÇA DO QUE EU SINTO POR ELA QUE ME DEIXOU VIVER DE NOVO. FOI POR ELA... E POR VOCÊ QUE EU VOLTEI A VIVER. EU QUERIA MUITO QUE NOS FOSSEMOS UMA FAMILIA. A FAMILIA QUE EU SEMPRE SONHEI AO LADO DELA. A FAMILIA QUE NOS DOIS SEMPRE SONHAMOS EM CONSTRUIR. E NEM CAIA NA BESTERIA DE PENSAR NÃO FAZES PARTE DESTA FAMILIA. VOCÊ É COMO NOSSO FILHO. O MAIS QUERIDO E AMADO. TENHA CERTEZA EU JAMAIS DEIXARIA VOCÊ DE FORA DESSA FAMILIA. FOI PORQUE VOCÊ EXISTE QUE EU Aidê TEMOS UM ELE MAIS FORTE QUE TUDO.

- E NOS JAMAIS DEIXARIAMOS VOCÊ FORA MEU AFILHADO!

- MADRINHA?!

- VOCÊ OUVIU Aidê O QUE EU FALEI?!

- OUVI E GOSTEI. EU VI UMA CENA MAIS QUE LINDA. POR UM INSTANTE EU VI. UM SONHO O SONHO QUE EU SEMPRE TIVE. DE VER VOCÊS DOIS JUNTOS. COMO UMA FAMILIA. A MINHA FAMILIA...

- EU AGORA ESTOU ME SETNINDO COMPLETO MADRINHA. PARECE UM SONHO. MAS TEM UM DETALHE!

- QUAL? O BERTE....

ERA COMO SE Aidê TIVESSE DISPERTADO DO SONO ELEMBRADO DO SEU NAMORADO. E AGORA O QUE FAZER ELA EDFICAVA SONHOS AO LADO DE BIANCO MAS ESQUECERA-SE DE BERTE. TINHA LEL NO MEIO DO CAMINHO. O QUE FAZER?

- JÁ SEI AMANHÃ CEDO VAIS ATÉ A FAZENDA O SEU LEONOR E DIGA AO BERTE QUE ME ENCONTRE NO CAFÉ TENHO QUE IR RESOLVER AS QUESTÕES DO ENTERO E FALO COM ELE NO CAFÉ.

- EU VOU MADRINA MAS EU PENSO QUE NEM VAI PRECISAR DE TUDO ISSO!!!

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- PORQUE?!

- ELE TÁ LÁ NA CASA GRANDE... ACOMPANHADO DE UMA MOÇA ACHO QUE É PRIMA DELE, UMA TAL DE SABINA!!!

- MAS ELE NÃO ME FALOU NADA SOBRE ESSA GAROTA... DEVE SER ALGUMA PRIMA QUE VEIO PASSEAR NA CASA DOS PAIS DELE, NÃO É?!

- ACHO QUE NÃO! ELA TAVA TODA DERRETIDA PROLADO DELE!!! PEGADA NO BRAÇO DELE E BEIJINHOS NO ROSTO...

- O QUE??

Aidê AGORA ESTAVA ENFEZADA. E BERTE NÃO PERDIA POR ESPERAR, QUE ADASSIA A DELE DE LEVAR UMA OUTRA PRA CASA DELA, ELE NÃO PERDIA POR ESPERAR.

- VEM BIANCO VAMOS PRA CASA. QUERO CHEGAR LÁ COM A MINHA FAMILIA E AI DE QUE M DISSER AUMENTOS QUE SOMOS UMA LINDA FAMILIA E O BERTE QUE ME AGUARDE.

Capitulo já perdia as contas

QUANDO CHEGARAM NA SALA Aidê COM BIANCO DE UM LADO E RICARDO DO OUTRO TODOS QUE ESTAVAM NA CASA FICARAM PARALIZADOS. Todos os olhares se voltaram para aquela cena atípica de uma linda família. Era como num sonho onde todos viam algo impossível acontecer.

- você não respeita a memória de meu pai. Entrando na casa dele ao lado deste maldito?

- hora você pensa que é quem pra falar desse jeito comigo? Só porque vai casar com a filha do prefeito meu irmão Guilherme?! Abaixe o tom de voz, estamos em um velório e eu ainda sou a filha dele. Apesar de você não gostar da idéia. Ainda sou a dona desta casa.

Aidê enfrentava Guilherme como nunca imaginaram ser possível ela agora estava mais forte. Agora ela queria saber quem era a fulana que entrara em seu caminho com Berte. Ela estava ali com um sorriso estranho, olhava pra ele como se ele fosse sua propriedade, sua vida, era muito atrevimento dele trazer aquela uma pra casa dela!!!

- ola Berte? Como esta?

- oi Aidê como esta você. Sinto muito pelo seu Raul! Meus pêsames.

- obrigada! Não vai me apresentar sua acompanhante.

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- é essa é a....- Berte mal conseguia respirar, que dirá falar- é a Sabina minha prima!!!

- você não tinha me falado nada nunca sobra esta prima?!

- oi eu sou Sabina! Prima do Berte e você é?!

- Aidê filha do defunto?! É uma pena nos conhecermos nun dia tão triste em minha casa. Mas seja bem vinda as nossas portas estarão sempre abertas a você

- é verdade. Mas meus pêsames. Esporo que você supere a perda de seu pai!!!

- ele era meu padrasto. O Berte não te falou?

- falou não. Desculpe eu cheguei hoje. Vim para realizar um acordo de nossos pais de quando éramos crianças.

- qual?

- Berte e eu somos prometidos um ao outro desde criança e o acordo era que eu me caso com ele agora que completei 25 anos! E que me formei professora.

- então vocês vão se casar?!

Aidê sentia um misto de revolta e de alivio inebriante. Ela não sabia se sentia raiva dele pela traição ou se ficava aliviada por agora estar livre para ficar com Bianco. Alias este estava bem próximo e mal conseguia esconder o sorriso de alegria por saber que sua amada estava livre para ficar com ele.

-é !- respondeu seco Berte com os olhos fixos no chão.- eu não sabia do acordo de nossos pais e só soube semana passada quando meu tio escreveu um telegrama pra nossa casa dizendo que estava mandando a Sabina pro casamento.

- que bom que vocês vão casar! Quero ser convidada pra festa!

Ela finalmente conseguia definir o que sentia naquele instante. Era alegria.

- você não conhece. Bianco!? Vem aqui! Este é Bianco meu primo e eterno amado. Nosso amor vem desde os 16 anos. Mas a vida nos levou por caminhos diferentes e agora ele voltou. Quem sabe não nos casamos no mesmo dia!

- esqueça Aidê você não casa com ele nem morta.

- então me mate e descubra se não faço. Nem que minha alma tenha que voltar do alem mas com ele eu vou casar. Queira você ou não Guilherme.

Aidê mostrava uma força, uma garra uma vontade de viver sem tamanho.

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Conto a Força de um amor.

MAIS UM CAPITULO QUE EU NÃO SEI EM QUANTOS JÁ ESTÃO...

NO DIA SEGUINTE APÓS O ENTERRO, Aidê FOI ATÉ A CABANA DE SUA MÃE ESPERAR POR BERTE, ELA VIU QUANDO RICARDO DEU O RECADO, MAS ELE NÃO COMPARECEU NAQULE DIA, NEM MUITO MENOS NOS DIAS SEGUINTES ELA SEMPRE INDO PRA LÁ ESPERA-LO, ELE NUNCA VINHA. CERTO DIA ELA PENSOU:

- SERÁ QUE ELE FICOU COM REMORSO DO QUE FEZ? SERÁ QUE ELE NÃO VEIO COM MEDO DO QUE TENHO PARA FALAR PRA ELE? BEM NÃO ME IMPORTO MUITO COM ISSO QUEM PERDEU FOI ELE...

NESSE DIA ELA DECIDIU NÃO MAIS ESPERA-LO E AO VOLTAR PARA CASA DEU DE CARA COM UMA NOVIDADE ASSOMBROSA. ADVINHA QUAL A ULTIMA DE BIANCO E RICARDO.

A DOIS DIAS ATRAS UM AMIGO DE BIANCO LHE TROUXE A SUA MOTO DA CAPITAL. E RICARDO FICARÁ MUITO EMPOLGADO EM APRENDER A PILOTAR PARA DESESPERO DE Aidê. QUE NÃO CONSENTIU NEM MEMSO ELE CHEGAR PERTO DA MOTO. MAS BIANCO AS ESCONDIDAS COM O FILHO COMESSOU A LHE ENSINAR. POIS BEM COMO NADA FICA AS ESCURAS POR MUITO TEMPO EIS QUE Aidê DESCOBRE AS FASSANHAS DE PAI E FILHO, QUANDSO CHEGA NA CEDE DA FAZENDA LÁ ESTÃO BIANCO E O FILHO PROXIMOS DA MOTO E RICARDO ATENTAMENTE OUVI AS INSTRUÇÕES DO PAI.

- BONITO NÉ OS SENHORES? TRAMANDO NAS MINHAS COSTAS. BIANCO EU NÃO FALEI QUE NÃO QUERIA VER O RICARDO NEM PERTO DESTE MONTE DE FRRO?

- ELE ESTAVA APENAS OLHANDO OU LIMPAR1 –DISSE BIANCO RINDO COM UM DE INGENUIDADE ASSOMBROSA.

- EU NÃO POSSO CONFIAR EM VOCÊS DOIS NÃO É? EU MAL DOU AS COSTAS E VOCÊS ME APRONTAM ALGUMA?

- MADRINHA EU NÃO ESTAVA APRENDENDO A PILOTAR! EU TAVA SÓ OLHANDO O PADRINHO LIMPAR A MOTO!!!

- SEI E EU SOU BESTA POR ACASO? EU ESTOU USANDO ARREIO POR ACASO? OS DOIS QUEREM PARAR DE MENTIR. SE EU FALEI QUE ERA PRA FICAR LONGE DA MOTO EU TENHO ALGUM MOTIVO VOCÊS NÃO ACHAM? É PIRIGOSO!

- MONTAR UM CAVALO BRAVO, NÃO É PERIGOS?

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- É DIFERENTE.. TÁ É DIFERENTE....

- DIFERENTE NADA É A MESMA COISA.

- NÃO, NÃO É EU POSSO PARA O ANIMAL A QUALQUER MOMENTO, MAS ESSA MAQUINA NÃO SABE O QUE FAZ E PODE MATAR VOCÊS EM UMA QUEDA.

- MADRINHA É SÓ NÃO PARAR DE ACELERAR!!!

EXPLICOU RICARDO RINDO FEITO O “PADRINHO”, COM O MESMO SORRISO DE CANTO DE BOCA QUE FEZ Aidê SE APIXONAR POR ELE A 16 ANOS ATRAS, ELE AINDA ERA MAIS PARECIDO COM O PAI QUANDO RIA E AGORA QUE ESTAVAM SEMPRE JUNTOS PARECIAM MAIS AINDA. Aidê AGORA PODIA TER PAZ SABIA QUE BIANCO ESTAVA ALÍ, ELA NÃO ESTVA MAIS SOZINHA. ATÉ MESMO O TRABALHO NA FAZENDA NÃO ERA MAIS SOMENTE SUA RESPONSABILIDE.

- Aidê- FALOU GUILHERME DA PORTA DA FAZENDA- A MILENA (SUA NOIVA) QUER SABER SE VOCÊ PODE IR COM ELA ATÉ A CIDADE ELA VAI ESCOLHER O VESTIDO DE NOIVA E COMO VOCÊ É UMA DAS AMDRINHAS TEM QUE ESCOLHER O SEU, MAS NÃO ESCOLHA NADA COM BABADOS OU VERMELHO BERRANTE!

- PODE DEIXAR! É PRA HOJE?

- AGORA! ELA VAI PASAR AQUI DAQUI À MEIA HORA.

- ESTAREI PRONTA. APROVEITO E COMPRO UMA ROUPA PRA VOCÊ RICARDO SUAS CAMISAS NÃO ESTÃO NADA CONDIZENTES COM O ACONTECIMENTO DO ANO!!!

- TÁ MADRINHA PODE COMPRAR SOCEGADA!! SÓ NÃO TRAS NEM BRANCA NEM ROSA EU DETESTO ESSAS CORES...

CAROS LEITORES, DEPOIS DESTE FATO NOVO: O CASAMENTO DE GUILHERME E MILENA NOSSA HISTORIA GANHARÁ UM NOVO RUMO. ESPEREM UNS 3 DIAS MAIS OU MENOS QUE CONTINUO O CONTO. OBRIGADA PELA ATENÇÃO.

Outro capitulo

QUANDO Aidê, MILENA E A IRMÃ DELA CHEGARAM A CIDADE FORAM DIRETAMENTE PARA ACASA DE DONA MARICELIA, A

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ANTIGA E MELHOR COSTUREIRA DA CIDADE PARA A PRIMEIRA PROVA DO VESTIDO E A ESCOLAHA DO VESTIDO DA MADRINHA E DA DAMA DE HONRA SUA IRMÃ.

QUANDO CHEGARAM NA CASA Aidê PEGOU UMA REVISTA E COMESSOU FOLEAR, VIA E REVIA OS VESTIDOS, AVALIAVA ATÉ ENCONTRAR UM MUITO LINDO, COM UMA SAIA BEM RODADA E UM COLETE REBORDADO EM FIOS DOURADO:

-A SENHORA ACHA QUE DÁ PRA FAZER ESTE DONA MARICELIA? É QUE EU GOSTEI MUITO DESSE. COMO MEU PAI MORREU A POUCOS DIAS NÃO FICARÁ BEM VESTIR UM VERMELHO OU OUTA COR VIVA!

- CLARO QUE SIM ESTE AZUL DELE EU TENHO AQUI MESMO E É ESTE TECIDO AQUI.

O TECIDO ERA PERFEITO, LEVE E SUAVE, MAS BASTANTE ENCORPADO NO JEITO DE DEIXAR A SAIA BEM ARMADA, E RODADA O SUFICIENTE PARA ELA FICAR MAIS BONITA QUE A NOIVA.

- ESCOLHIDO SERÁ ESTE!!

- NOSSA COMO VOCÊ É PRATICA?- EXCLAMAVA EM TOM DE PERGUNTA AIRMÃ DE MILENA- QUERIA SER ASSIM DECIDIDA!! CERTA E CONVICTA DO QUE QUERO!

- ENTÃO CONVIVA EM UMA CASA COM 5 HOMENS TE COBRANDO RESPOSTAS E RESULTADOS RAPIDOS TODOS OS DIAS, NÃO TENHA TEMPO PARA FICAR HORAS NA FRENTE DE UM ESPELHO ESCOLHENDO O QUE VESTIR OU SE PERFUMANDO... E TANTAS OUTRAS VAIDADES QUE A 16 ANOS NÃO TENHO TEMPO DE TER.

NO MOMENTO EXATO DESTA CONVERSA EIS QUE SURGE NA PORTA SABINA A NOIVA DE BERTE SURGE NA PORTA TODA ANIMADA E FELIZ COM UM SORRISO NOS LABIOS E DIZ:

- ME DISSERAM QUE A SENHORA É AMELHOR COSTUREIRA DESTA CIDADE É VERDADE?

- PELO MENOS SOU A ÚNICA QUE FAZ VESTIDOS DE NOIVA!

- OTIMO ESTOU AQUI PARA ENCOMENDAR O MEU!!

- PARA QUANDO QUERIDA?

- DAQUI A DOIS MESES. SEI QUE ESTÁ FAZENDO O DA FILHA DO PREFEITO, POR ISSO VOU ESPERAR.

- QUAL O SEU NOME?

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Conto a Força de um amor.

- SABINA...

- ELA É A NOVA NOIVA DO BERTE.

RESPONDEU Aidê POR CIMA DO OMBRO COMO SE ISSO FOSSE UMA BRINCADEIRA COMUM NA CIDADE, E COMO SE O BERTE SEMPRE DEIXASSE MOÇAS NO ALTAR.

- É VOCÊ Aidê? QUE BOM TE VER-

NESSE INSTANTE Aidê PERCEBE NA VOZ DELA QUE ELA É MUITO FALSA E RESPONDE NO MEMSO TOM:

- SOU EU SIM AMADA! COMO ESTÁ? MUITOS PREPARATIVOS? SEI O QUANTO ISSO DE CASAR DA TRABALHO, MAS O BERTE NEM SE PREOCUPA. HÁ QUER UM CONSELHO. NÃO GASTE MUITO EM SEU VESTIDO, E FAÇA-O DE MODO A REAPROVEITAR DEPOIS. PORQUE SE ELE NÃO TE DEIXAR NO ALTAR, ELE COM A CORAGEM DE TRABALHAR QUE TEM PODE TE SER UTIL UM BOM VESTIDO!

E SAI. EM OUTRA DIREÇÃO.

MILENA NÃO ENTENDE NADA DO QUE SE PASSA NA SALA E fica sem ação diante da cena inevitavelmente constrangedora. Ao saírem Milena sem nada entender pergunta a cunhada o que estava acontecendo ela jamais vira Aidê tratar ninguém daquela forma foi quando Aidê contou-lhe da traição de Berte, que lhe prometera casamento e agora aparecia com uma prometida, era muita falsidade apesar dela estar com Bianco mas ele devia aumentos uma explicação e não chegar na casa dela com aquela coisinha a tirar colo.

OUTRO CAPITULO INCRIVELMENTE IMPORTANTE

Quando saíram da casa da costureira Aidê pediu licença e foi para uma loja que ficava no final da rua principal, comprar roupas para Ricardo que não parava de crescer, ele crescia como se não fosse mais parar, ele já estava da altura de Bianco e crescendo, ele estava muito forte e bonito.

Na loja Aidê encontrou tudo que precisava, calça, camisa, paletó, sapato, meias e tudo mais para deixar seu filho o verdadeiro galã da casa já que ele era realmente o mais lindo de todos, pelo menos ela o via assim, com aqueles olhos castanhos claros e as bochechas rosadas, alto, forte e inteligente e dono de um sorriso encantador, que a mãe conhecia em cada detalhe, enquanto escolhia as peças, seu Anastor, fez um comentário no mínimo intrigante:

- o jovem Ricardo cresceu bastante não foi?

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- realmente ele cresceu muito... está enorme, mais alto que seu Raul, é ta até mais alto que o Bianco filho da minha madrinha...

- este é outro faz muitos anos que vi, ele voltou?! Não foi?!

- voltou e esta vivendo lá na fazenda conosco, é uma alegria só ele e o Ricardo é difícil dizer quem dos dois é a criança eles são cúmplices em armações e estratégias de me deixarem de cabelos brancos, se é que me entende...

- entendo, criaste o pequeno Ricardo desde pequenino...

- desde quando ele nasceu, ele tinha 2 dias de vida quando a mãe dele morreu e ela me entregou ele, na verdade ela entregou para minha mãe quando ela morreu eu tomei conta dele. E até hoje, eu fiquei com ele, e só vou deixá-lo quando morrer...

- você é mãe dele!!! Como se fosse, não é?

- sim! Como se fosse mãe do meu afilhado. Mãe protetora ainda por cima, eu tenho muito cuidado com ele, e ele comigo... mas quanto ficou minha compra?

Ela pagou a conta e saiu do comercio com as sacolas nas mãos e entrou no carro que Milena guiava de volta a fazenda, no caminho durante varias conversas elas discutiram um detalhe esquecido por todas:

- e o cabelo o que faremos? Eu pretendo apenas aparar as pontas e fazer um belo penteado, já que serei a dama de honra da noiva!!!

Falava a irmã da noiva com um sorriso iluminado

- a noiva eu já sei que como vou usar véu vou fazer um coque alto e colocar a grinalda e você Aidê o que fará no cabelo?

- vou cortar de novo e penteá-lo somente isso!

Todas a olharam com ar de sobressaltadas, e responderam:

- como assim cortar o que ? seu cabelo já esta curto demais...

- além do que o Guilherme não gosta deste seu visual. Ele não gosta do seu cabelo tão curto, é um tanto estranho você não fica tão feminina...

- você já perguntou pra ele o motivo que me levou a cortar o cabelo? Eu cortei porque precisava de praticidade, para lidar com o gado, com as lavouras e tudo mais, e não dava pra ficar o tempo todo cuidando do cabelo não eu tinha que ser rápida e pratica, e sabe que eu prefiro ele assim, curtinho com o pescoço de fora, mais leve mais fresquinho.

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Conto a Força de um amor.

Chegando na casa de Guilherme ela desceu do carro e seguiu para o estábulo onde ela encontrou com o “filho ” e com Bianco muito ansioso e preocupado, andando de um lado pro outro e falando baixo juntamente com o Ricardo.

- o que foi que os senhores aprontaram dessa vez? Andem falem logo ou querem que eu descubra!?

- Aidê sem querer eu fiz o Ricardo passar vergonha!

- como assim?

- eu tava indo pra vila quando passei na frente da escola na hora do intervalo e ele tava conversando com uma menina, e eu fiz uma pergunta ridícula de pai!

- qual?

- se aquela era a namorada dele? Ela ficou muito irritada com ele e saiu desenganada com ele, e agora eu to tentando consertar eu vou ajudar ele a reconquistar a menina!

- quem era ela... sim eu tenho que saber quem é a fulaninha que está arrastando asa pro meu afilhado.

-a não isso não madrinha é só uma colega do colégio ela ficou irritada por causa do comentário dele...

- ta, mas você gosta dela ou não?

- há eu não vou pagar de fracote pra vocês não. Poxa padrinho, madrinha eu... Eu gosto dela sim e não sei o que fazer padrinho...

- eu sei trate ela com respeito e atenção não mude pra parecer com quem você não é e isso é o suficiente pra dar tudo certo, e ela não ficar achando que você é um idiota ou que quando vocês estiverem namorando, você deixar de lado alguma aparência falsa ela vai se desiludir por com você.

- é verdade meu filho ninguém consegue fingir ser quem não é por muito tempo, o mais seguro é ser verdadeiro e as vezes se você estiver muito cansado e aparentar estar irritado se for sempre sereno o caldo entorna...

A conversa perdurou por um longo tempo bem como as muitas conversas que eles tinham quase todas as noites, até que um dia Bianco resolve lembrar o passado e pega um violão começa a tocar uma musica de seu povo, Aidê canta uma musica triste quando dona Galbanita toma a frente da cantoria e entoa com sua vos forte um canto alegre e pede a Aidê que anime a noite dançando um pouco. Aidê levanta-se entra em casa, pega outra saia e sai batendo palmas Radamés, levanta-se e começa a dançar com a irmã que serpenteia em volta da fogueira como se seu corpo não possuísse juntas.

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Ela dançava como quando em criança, com alegria e vida ela estava tão linda e Bianco tocava violão automaticamente sem que seus dedos obedecessem o seu pensamento ou sua vontade ele estava hipnotizado com ela, se ele tivesse alguma duvida de que a amava naquele instante havia se dissipado, ele a amava mais que sua vida, mais que tudo ela era seu tudo.

Outro capitulo: estamos mais perto do final

A noite estava agradável e todos riam, Aidê via naquele ambiente alegre o seu sonho de familia, era tudo que ela queria, sentir, seu amado, seu filho, seus irmãos, mas faltava sua mãe. Ela levantou os olhos para o céu e viu uma estrela piscar como se acenasse ela tinha certeza era sua mãe que de lá do céu a cumprimentava por toda a alegria que ela reunia ali a sua volta.

- é tarde, vamos dormir!

Chamou dona Galbanita olhando para o velho relógio que ela trazia preso ao pulso, levantou-se e junto com ela Ricardo e Radamés que no dia seguinte teriam que ir cedo para escola, e ali ficaram apenas Bianco e Aidê, sentados e calados olhos fixos ao fogo, era como se as chamas os hipnotizassem.

- eu hoje voltei a viver.

Falou Bianco olhando Aidê que se ajeitava no banquinho de madeira.

- como assim? Já não estava vivo antes?

- não eu apenas habitava este corto a 16 anos, hoje quando você começou a dançar, foi como se uma algema que prendia minha alma se partisse, foi como se algo dentro de mim tivesse se quebrado e eu pudesse finalmente viver!!!

- eu também, faziam os mesmos 16 anos que eu havia dançado. E hoje foi como se eu me libertasse de alguém ou de alguma coisa entende?

- dança de novo!comigo!!!

- aqui? Só no meio do terreiro sem musica?

- não. Vem comigo. Confia em mim?

- como a 16 anos atrás.

E sorriu o mesmo sorriso de menina que o tornara cativo de seu amor quando ainda era adolescente, os mesmos jeitos de menina inocente que ele conduziu pela mão para sua primeira vez.

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Conto a Força de um amor.

- espera Bianco eu quero que você volte comigo hoje em um lugar que só você vai entender o significado dele pra nós dois!!!

- então vamos a noite é uma criança!!!

Saíram a pé e descalços pela mata a dentro guiados apenas pelo som de seus pés nas folhas secas que caiam das arvores com seus galhos ressequidos. Andaram muito até chegarem a uma cabana aparência de abandonada, com as portas fechadas.

- eu me lembro daqui Aidê. Foi aqui... foi aqui... foi aqui meu amor onde eu te jurei amar pelo resto da vida.

- será que cumpriste a tua promessa?

- sim!!! E tu cumpriste a tua?

- se não eu não estaria aqui com você hoje...

Andaram até a porta que Aidê abriu apenas empurrando com a mão, ao entrar ela acende uma lamparina que está sob uma mesinha no canto esquerdo e outra que está so uma cadeira do outro lado e olha pra Bianco

- lembra que dia é hoje?

- lembro! O dia nosso aniversario de casamento... são 16anos... e eu nunca vou esquecer da promessa que te fiz.

- e eu quero te dar um presente!

- o que ?

Ele fica parado olhando Aidê se aproximar a passos lentos e vagarosos, olhos fixos nos seus vistos apenas na penumbra da luz das lamparinas que iluminavam o ambiente romântico.

- eu quero dançar pra você como naquela noite...

- repetir tudo daquela noite?!

- você não quer?

Aidê pela primeira vez mostrou ser humana e estar insegura;

- eu quero sim, você mesma não me pediu um tempo?

- pra que mais tempo se o nosso futuro já está acontecendo!!! Eu te quero Bianco de volta só pra mim pra todo o sempre como eu sempre quis e não adianta ninguém negar nós fomos feitos um para o outro... Mactub lembra!?

- lembro, então dança minha mulher.

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Conto a Força de um amor.

Ele pega o violão coloca o pé sob uma cadeira e apóia o instrumento musical e começa a tocar uma melodia linda animada e envolvente e Aidê a dançar, com a mesma leveza da menina que ele um dia conheceu, ela dançava e lhe olhava com os olhos de desejo e medo que eram iguais aos de sempre, vindo em sua direção ela puxa um lenço de cima da cama que ficava em um cantinho mais escuro, olha-o e sorri maliciosamente, ele retribui o sorriso e afasta o violão de lado ela o laça pelo pescoço e puxa para si, eis que o beijo acontece. Lá fora como num sinal de alegria e benção começa a cair uma chuva forte trovoes embalam a noite de amor de um casal apaixonado e feliz.

Espero que tenham gostado deste capitulo do conto ele é de extrema utilidade para os próximos dias. E COMO FAZIAM ANTIGAMENTE NAS NOVELAS: AGORA CENAS DO PROXIMO CAPITULO:

Aidê e Bianco são pegos na cabana por Guilherme e isto gera uma confusão interminável.

Após decisão Aidê desaparece em uma tempestade... ESPEREM LOGO LOGO MAIS NOTICIAS

CAPITULO PERTO DO FINAL: FALTA PUBLICAR ESTE. Outro capitulo interessante

No dia seguinte após a chuva torrencial que cairá lá fora, Aidê e Bianco acordaram surpresos com uma voz ensurdecedora e irritantemente insuportável era Guilherme que perceberá que sua irmã não dormira em casa e resolvera investigar seu paradeiro e ainda descobriu de quebra que seu primo não estava em casa também e que nem um deles dormiu em casa imaginem só a raiva que cresceu nele e ainda por cima a certeza de que eles estavam juntos, mas aonde e fazendo o que?

- seus irresponsáveis!!! O que é isso? Aidê eu confiei em você e você faz isso comigo seu irmão...

- calma Guilherme eu posso explicar!!

Repetia Bianco olhando para Aidê que ainda dormia sob os lençóis da cama, sem nada perceber

- explicar o que? Que minha irmã é uma devassa que não respeita ninguém? Agora o que vai ser ela vai perder de se casar com Mion Nabisco e eu vou perder o meu cargo, mas tem um jeito ele jamais vai saber que o menino é seu filho e que essa noite existiu... vou fazer ela viajar, passar uns dias fora em uma clinica especializada para fazer ela voltar a si e lhe esquecer...

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- eu vou casar com ela queira você ou não nem eu nem ela não somos mais crianças como éramos a 16 anos atrás nos temos um filho e fala baixo ela ta dormindo...

- você acha que eu vou consentir isso acontecer? Você não tem onde cair morto... você é pobre... ela tem que me render alguma coisa e eu falo da altura que eu quiser...

- fala não Guilherme aqui é a casa da minha mãe... ela deixou essa casa pra mim.

- essa sua vadia

- olha como fala seu imbecil... vadia é vagabunda com que você esteve ontem a noite na cidade...

- essa casa está nas terras de meu pai, e ela é minha.

- não eu tenho a escritura legal dela e vou refazer a cerca da divisa hoje mesmo, e saia da minha casa, que eu e meu marido vamos nos trocar, e eu vou entrar na sua casa pra pegar o que é meu... você entendeu Guilherme

- só se antes de você chegar lá eu não te matar.

- tenta seu bandido que eu te coloco na cadeia nem que eu tenha que vir do inferno só fazer isso, escolha!? Eu sei muito sobre você sobre seus mal feitos e seus podres... se alguma coisa me acontecer você já era irmão...

- isso é uma ameaça Aidê?

- entenda como preferir. O fato é que eu posso te fazer perder muito mais que uma simples eleição pra prefeito são tantos escândalos, crueldades, valentias fora umas crises de agressividade que só quem convive com você conhecem...

- eu vou...

- vai o que_ falou Bianco levantando a voz para poder se sobre sair na discussão_ você vai ficar quieto como sempre vai ficar, escolha.

- vocês me pagam!!! Principalmente você Aidê vai me pagar nem que seja com a sua vida, ou a de seu filho...

- se você tocar num só fio de cabelo do Ricardo eu mesmo vou atrás de você nem que seja no inferno e te faço penar, eu te mato e faço viver só pra te matar de novo, pelo meu filho eu sou capaz de tudo de tudo, você entendeu? Entendeu?

Bianco segurava Guilherme pela gola da camisa com tanta força que o suspendera do chão e em seus olhos irradiava um brilho de ódio que deixaria

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qualquer um com medo, ele parecia outro homem safanando Guilherme daquele jeito.

- eu perguntei se você entendeu o que eu falei? Anda responde!

- entendi! Mas isso não vai ficar assim...

- não_ falou Aidê olhando para ele_ vai piorar se você pensar em tocar em um só fio de cabelo do Ricardo você vai ter o seu pior pesadelo porque e vou transformar a tua vida num pesadelo. E não esqueça essa casa e o terreno daqui de volta é meu e você vai ficar longe daqui.

Quando Bianco o solta ele sai correndo da casa, monta-se em seu cavalo e vai embora olhando para trás, Aidê desmonta-se em choro e confessa estar temerosa pela vida de seu filho pois seu irmão já matou uma pessoa;

- agora é diferente meu amor eu estou aqui e para ele chegar até vocês ele vai ter que andar muito, eu sou capaz de dar a minha vida no lugar da do nosso filho e da sua.

- e como eu viver sem você sem ter você do meu lado sem poder ter o abraço? Sem você não tem sentido, nada tem sentido sem você ou sem o Ricardo vocês são a minha vida... tudo que eu tenho são vocês.

- eu estou e não sair nunca nem que você me mande embora eu não vou. Eu vou ficar pra sempre aqui do teu lado...só Deus vai nos separar. Só Deus meu amor, mas acho que ele não vai querer ver a gente longe um do outro não é?

E se beijaram nesse instante eis que chega Ricardo correndo e gritando pela madrinha:

- madrinha, padrinho?! O Guilherme ta jogando tudo pra fora de casa as roupas da madrinha as coisas do padrinho até a dona Galbanita ele enxotou de casa disse que não vai sustentar vagabundo e antes que ele jogasse minha roupa fora eu peguei e corri pra cá.

- como você sabia que nos estávamos aqui? Mas isso não vem ao caso... coloca a sua roupa naquele baú e sai vai lá pra fora que eu vou dar um jeito nisso e é agora.

- corre madrinha acode a dona Galbanita quando eu sai de lá ele estava jogando as coisas dela pra fora de casa.

- minha mãe ele me paga eu vou...- dizia Bianco pegando a camisa que estava sob uma cadeira do outro lado da sala- vocês fiquem aqui eu volto já.

- ficar aqui? Eu vou com você. Tenho que pegar o que é meu, se ele inventar de me proibir de entrar eu passo por cima dele na porta da frente ele não me

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conhece. O pai dele me criou homem porque quis agora não reclame a força que tenho. Ele não caia na asneira de fazer nada contra a gente.

- madrinha eu vou com vocês!

- não senhor fique e vai arrumando a casa, de hoje em diante, eu Bianco e madrinha Galbanita vamos e você vamos todos morar aqui apartir de hoje, na nossa casa. Fica e arruma o que der!!!

- ta bom madrinha. Eu fico mas, não esquece de pegar a corona da senhora que o cavalo eu já trouxe celado e tudo... me criaram moleque de recado porque quiseram!!! Pode deixar eu vu ver o que dá pra fazer por aqui!

Aidê e Bianco saíram porta fora caminhando com pressa os pés na noite seguinte andaram leves bailarinos em direção ao amor agora marchavam em direção a guerra contra o próprio irmão invejoso e cruel.

Quando avistaram a casa grande estava na porta Radamés segurando o irmão que tinha na mão um chicote erguido para açoitar dona Galbanita que o enfrentava com coragem:

- se você bater na minha mãe eu te mato, e olha que eu contrario de você eu não ataco de surpresa. Vou cara a cara sem medo de pancada.

- é a segunda vez que me ameaça de morte só hoje!

- também você agrediu a minha mulher e minha mãe as duas mulheres da minha vida, se fizer algo com qualquer uma delas ou com o Ricardo eu viro uma fera a pior fera... Pense antes de tocar em qualquer um dos três porque eu não sou traiçoeiro como você.

Aidê se aproximou da calçada e ai pisar Guilherme esbraveja que ela não vai entrar na casa e que se ela entrar não sairá porque ele vai matá-la. Ela revida dizendo que aquela casa pode não ser dela, mas o que é dela ta lá dentro e ela vai pegar e ele não vai impedir. Empurra-o de lado e seguida por Bianco entra no quarto e começa a juntar suas coisas

- minhas roupas, meus livros minha caixa de retratos, o vestido de casamento da mamãe, minha botina, minhas sandálias, meu perfume, meu gibão, meu chapéu de couro, minha corda, meu laço, minha rede e meu lençol, é isso tudo que tenho...

- e essa mala? Não é sua?

- é sim!!! Você pega pra mim?! Tem umas roupas de quando eu era criança e umas coisas da mamãe.

Na porta do quarto estava Radamés, de pé olhando Aidê juntar seus poucos pertences que cabiam na mala que Bianco perguntara.

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- fico triste minha irmã, em ter que ser assim. Mas com esse animal do Guilherme sei que é impossível conviver, eu ainda agüento porque ele para em respeito a memória do pai dele, que tanto gostava de mim. Se ele tentar algo eu posso com ele.

- eu jurei pra mamãe nunca deixar você pra trás, estou descumprindo minha fura, eu queria que você fosse conosco... pra casa!!!?

- não posso deixar o Guilherme sozinho aqui o seu Raul me pediu que ficasse que cuidasse dele que ele não tem o juízo certo é um tanto variado minha irmã. Eu sei que você prometeu mas eu também prometi e não posso deixar de cumprir minha jura.

- assim que der meu irmão eu volto pra te buscar. Palavra de irmã. Eu volto e ai será tudo diferente.

- quem sabe quando ele casar eu não posso ir em borá ficar com vocês...

- tomara que isso já aconteça, não suporto imaginar que você fique sozinho com esse imbecil. Você sabe que é isso que eu penso dele. Não sabe!?

- sei sim! Mas como seu irmão eu tenho que fazer uma coisa que vi nossa mãe fazer uma vez.

Andou em direção aos dois pegou as mãos de Aidê e Bianco uniu as duas e falou devagar:

- eu sou o representante do nosso clã e hoje como tal digo que pra o nosso clã pelo papel que represento que o amor de vocês já está abençoado. Sejam felizes. Bianco eu te entrego minha irmã a matriarca da família, eu quero que você me prometa que ela não vai esquecer jamais de nos da nossa casa das nossas tradições e do nosso povo!

- eu juro pela minha honra, ela não vai deixar de ser a matriarca da família, nem tão pouco se afastar das nossas tradições. Te prometo que ela será feliz, eu farei de tudo pra que ela seja feliz e darei minha vida para felicidade dela e dos filhos que Deus nos der.

- espero que seja assim! Para SUA SORTE MEU AMIGO MINHA IRMÃ NÃO MERECE NADA DE RUIM ELA JÁ SOFREU DEMAIS E AGORA É A HORA DELA SER FELIZ.

- EU JURO QUE EU A FAREI FELIZ! NOSSA FAMILIA SERÁ AGORA SIM FELIZ! VAMOS CRIAR NOSSO FILHO E CONSTRUIR NOSSA FAMILIA. EU JURO PRA VOCÊ E PRINCIPALMENTE PRA ELA QUE EU VOU FAZÊ-LA FELIZ...

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RADAMÉS OLHOU PARA A IRMÃ QUE AGORA CHORAVA E COM UM LEVE SORRISO NOS LABÍOS DIZIA BAIXINHO:

- OBRIGADA MAMÃE!!! EU SEI QUE TEM O SEU DEDINHO NESTA HISTORIA. OBRIGADA POR TUDO MINHA MÃE. EU NÃO VOU DECEPCIONA-LA. EU JURO POR DUVÉL (DEUS) QUE NÃO VOU TE DECEPCIONAR.

-MORRO KABULIM JALAR?! (MEU AMOR VAMOS EMBORA?)

-SHAI!! (SIM)

E SAINDO PELA PORTA DO QUARTO AO CHEGAR NO MEIO DA SALA ELA OLHA PARA PAREDE E VÊ UM RETRATO DE SUA MÃE COM ELA E SEUS IRMÃOS E DIZ:

- GUILHERME EU POSSO LEVAR O RETRATO DE MINHA MÃE?

- ISSO NÃO ME FARÁ FALTA TENHO O DE MEU PAI!

- GADJÓ! TUME DEVEL TUTE ARAKELAME!(QUE DEUS TE PROTEJA)

- NÃO ADINATA ME JOGAR AS PRAGAS DO TEU POVO PAGÃO!!! NÃO TENHO MEDO!

- VOCÊ É MUITO IDIOTA MEU IRMÃO ELA TÁ DIZENDO QUE DEUS TE PROTEJA!! E QUE ELE TE PROTEJA DE TU MESMO. VOCÊ É UMA AMEAÇA A RAÇA HUMANA.

SAINDO PELA PORTA COM A MALA E O RETRATO DA MÃE NAS MÃOS. Aidê OLHA PRA PORTA E COM LAGRIMAS NOS OLHOS AINDA FALA:

- EU SABIA QUE SERIA ASSIM QUANDO SEU RAUL MORRESSE. Mas esperava que tu fosse pelo menos esperar o corpo dele esfriar na sepultura meu irmão.

E vai embora, sem olhar para trás lá pelas tantas no caminho ela para e diz:

-quem ficou na cabana com o Ricardo? Ele está lá sozinho com o Guilherme desta maneira desenfreada de agir ele pode tentar qualquer coisa contra qualquer pessoa que se opanha a ele e fique do meu lado...

- se ele mover uma palha contra o nosso filho ele vai saber bem direitinho quem sou eu. Eu avisei se ele agir como um cretino eu mando ele pro inferno. Eu juro que eu mando meu amor,

Repetia Bianco com uma das mãos fechadas e os olhos avistando a velha cabana no meio da planície. Na varanda estava Ricardo com uma vassoura na

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mão, uma pá e sorrindo falando com voz meiga, que já havia trazido a moto do padrinho para desespero de Aidê e de dona Galbanita. Que estavam com as mãos cheias de materiais, roupas lençóis pratos e alguns alimentos que ela conseguira pegar na dispensa da fazenda.

Bianco sentou-se na soleira do alpendre e com os olhos de quem está senganado fitou a ingazeira que ficava logo a frente da casa com sua copa linda cheia de pequenas folhas que após a chuva pareciam mais bonitas, mais verdes e mais vistosas. O céu era de um azul cor de anil digno do hino nacional, as arvores algumas ainda ressequidas pelo longo período de seca estavam agora apena s um pouco mais leves e mais felizes, soprava uma brisa rasteira e suave em direção ao nascente, o que para o sertanejo significa mais inverno ao longe um pássaro cantava alegremente um canto de saudade. Era o cenário dos sonos de todo sertanejo que via sua terra a tanto tempo sem chuva:

- eu não vi a chuva de ontem a noite será que deu pra pegar água no poço onde deixei o gado próximo anteontem?

- tomara que sim. Também não percebi que chovia ontem a noite! Eu estava tão... -faz um silencio e volta a falar-... feliz tão pleno, completo tão perto de Deus que não poderia de forma alguma ver ou sentir algo fora desta casa a nossa casa.

- você não parece feliz. O que há? Foi algo que falei, está arrependido por ontem ou por hoje?

Bianco outra vez ficou calado e respirou fundo, fez mais uma pausa, escorou-se no pilar que estava a sua direita e sem titubear falou:

- será que ainda existe aquele barreiro onde nós tomávamos banho quando criança? Lembrei de lá agora!

- existe! Eu sempre volto lá para lembrar de você, da minha mãe, da felicidade que um dia eu senti. Mas ainda não me respondeu porque tanta severidade no olhar? Te disse algo que não queria ouvir. Fala por favor...

- eu pensei que nunca mais seria feliz que nunca eu poderia sentir o que senti de ontem pra hoje! É como se a minha vida tivesse mudado de lugar é como se eu estivesse vendo minha vida de fora... agora eu estou aqui te vendo, te tendo nos meus braços, você e o Ricardo, o nosso Ricardo. Mas eu queria poder dar a vocês muito mais do que você ta vendo.

- eu entendo você não planejou ser da forma que foi a sua volta? Você pensou que seria diferente, eu você o nosso Ricardo, tudo, mas como falava o nosso Kaku, nem tudo sai do jeito que a gente é mais fácil a gente aceitar as vontades de Deus, eu também preferia muito mais sair daquela casa casada com você, de papel passado, aliança no dedo, vestido de noiva, festa, fogos de

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artifício, musica alegria, do que da forma como aconteceu. Mas agente faz um plano e Deus faz 10, a gente tem que aceitar, ele sabe o que é melhor pra nós! Eu levei anos pra entender isso, anos pra aceitar que Deus sabe melhor que nos o que faz. Você entende?! Eu lutei sozinha anos a fio pra poder te esperar sem ser importunada, cuidei do Ricardo da fazenda, suportei cristã mente tudo que me fizeram sofrer, mas eu sabia todas as noites quando eu olhava pro céu e via aquela estrela daquela noite que você voltaria um dia pra me buscar, pra fazer feliz, pra nos fazer família, a nossa família.

Bianco levanta os olhos para Aidê vê-la olhar o céu azul e diz:

- casa comigo de verdade! Na igreja, quando a gente tiver casado a gente conta pro Ricardo toda a verdade de que nos somos os pais dele e que eu fui obrigado a ir embora, ou você seria morta pelo Guilherme?!

- caso sim, eu caso mas nos temos que preparar a casa pra nossa família, temos que levantar mais dois cômodos, refazer a cerca da estrema com o Guilherme, e com o seu Nabisco. Não quero conversa com aquela gente...

- então vamos ver a cerca? O gado como fica?

- tenho que ir pegar as minhas, isso é se ele ainda não matou as coitadas... fazer o cercado, temos que ter muito cuidado com ele... quando ele ameaça é sinal de que vai fazer alguma coisa!

Os olhos de Aidê estavam tristes, lagrimosos e distantes, ela realmente sentia medo do que Guilherme poderia fazer com eles, ele poderia matá-los ou até mesmo perturbar muito a paz daquela família. Mas Bianco não ele estava seguro do que tinha que ser feito e ele defenderia Aidê e Ricardo com a força de um exercito ele seria capaz de qualquer coisa para defender sua mulher e filhos daquele covarde que ameaça senhoras indefesas. Levantaram e saíram em busca dos animais que estavam no campo, Aidê mostrando a Bianco onde ficava cada estrema das terras e onde teria que ser refeita cerca e muito mais os bebedouros onde o gado iria beber, afinal a terra da mãe de Aidê não era tão pequena quanto eles imaginavam era até maior que se esperava de um rancho.

Eles muito andaram até que chegaram ao lugar que Bianco mencionara mais cedo e ali repousaram por um tempo em silencio Bianco olhava a água que ficara turva por causa da chuva da noite passada, e ria como se lembrasse de algo bem engraçado no mínimo, e olhava Aidê compenetrada avaliando tanto de arame que ira ter que utilizar na reforma da cerca admira como as arvores parecem agora estar mais bonitas, mal chovera e a paisagem já havia se modificado apenas com uma chuva que eles pensavam não ter sido tão grande ou melhor volumosa:

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- é impressão minha ou o dia hoje está mais bonito que o de costume, o céu mais azul as aves cantam com mais vigor, - dizia Bianco sorrindo andando em direção a Aidê que ria sem parar-

- acho que não a chuva anima o sertanejo e a natureza deste lugar é sertaneja, por isso todos estão mais belos e felizes. Por que os ares da capital te fizeram esquecer como fica a terra depois de uma chuva, principalmente em meio a uma seca?

- não, eu não esqueci, apenas lembrei de ver com os olhos do coração, com os olhos de quem ama... e meus Deus como eu te amo Aidê, eu te admiro, admiro tua força de vontade, tua perseverança, tua coragem, teu auto respeito, tua beleza meu anjo...

Aidê sentia como se ainda fosse a mesma menina com 16 anos que se apaixonara por Bianco, aquele homem integro e de valores tão rígidos em termos de educação e caráter ele era realmente integro, alem de ser lindo, aqueles ombros largos, olhos castanhos tão claros que mal podia se diferenciar, do restante de seus olhos, alias os olhos por serem espelho da lama mostravam a Aidê sempre um ser humano iluminado, cabelos crescidos, jogados para traz com um que de astro do rock americano, ou de artista de filme de cowboy alias ele parecia um artistas, alto forte, ombros largos olhos, nariz e boca perfeitos barba sempre crescida, de um dourado incrivelmente lindo, adornando um queixo um tanto retangular, e as bochechas coradas, não era magros esguio apenas de corpo estruturado, músculos na medida da saúde, e um sorriso que eliminava qualquer possibilidade de problema, ela definitivamente estava novamente apaixonada por ele. Ela o amava mais que tudo, não mais que seu filho assim como ela sabia que também não a amava mais que ao filho que eles tinham juntos.

Saíram andando de volta pra velha cabana, Bianco repetindo que teriam que construir mais dois quartos na casa para sua mãe ele e o filho, Aidê não podia negar, ela jamais poderia expor o filho a uma situação incomoda como obrigá-lo a vê-la com um homem que não fosse seu marido, dormindo no mesmo quarto, ela não o educara assim e também não iria agora mudar sua postura de mãe educadora e respeitada e principalmente da família que ela o ensinara a acreditar.

Ao que passavam os dias Aidê ia aos poucos vendo seu sonho se tornar realidade, sua vida ganhar novos caminhos, tinha conseguido o seu gado de volta, Ricardo estava bem na escola, a reforma da casa onde morava estava bem encaminhada, tudo ia se arranjando com se esperava, chovia bem e a plantação que ela havia preparado antes da chuva começar estava linda, toda verdejante.

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Já haviam passado 3 meses desde a sua saída da casa de seu Raul, e tudo se encaminhara, o casamento de Berte havia se realizado na data, a qual ela fez questão de estar na cidade para ver o cortejo, o de Guilherme que também fora muito bonito, pena que ela não pode estar presente, ela sentia muita falta do irmão Radamés que sempre dava um jeitinho de ir visitá-la fosse como fosse ele sempre estava por perto, e pronto para ajudá-la, ela sentia muita saudade da casa grande e do cheiro do celeiro onde sempre gostava de ficar, mas estava feliz tinha a seu lado, Bianco e Ricardo, sua madrinha dona Galbanita, seu cavalo, e o retrato de sua mãe que estava sempre olhando por ela e sua Santa Sara para quem sempre que podia ascendia uma vela em sinal de devoção e respeito.

- que belo dia para se ir cavalgar não acha madrinha?

Dizia Ricardo arreando o cavalo com cuidado de um jeito que sabia que sua madrinha gostaria que fosse:

- aonde você vai? Vai visitar a namorada?

- quem me dera que eu pudesse dizer que ela é minha namorada! O pai dela não quer me ver nem pintado de ouro, que dirá de carne o osso perto da filha dele. Só porque seu sou pobre e não tenho um carro. Já disse pra ela eu tenho uma moto, na verdade é do padrinho e ele falou que se eu quisesse levar ela pra passear...

Aidê nem deixou o jovem terminar de falar, deu-lhe um puxão na orelha com força e ralhou serio, que a idéia de sair de moto estava fora de cogitação, ele não chegaria nem perto daquela se não ele estava de castigo até ficar mais velho que ela. O jovem ficou serio e obedeceu a madrinha como manda a lei:

- mas vai aonde?

- vou ver se o gado ta bem, se as cercas estão seguras, melhor não arriscar com o Guilherme, já sabe como ele é... se uma galinha nossa passar pro outro lado da cerca lá vem chumbo grosso!!!

- mas hoje é domingo?! Porque não vai pra vila, ou na missa, ou quem sabe até a venda do seu Adamastor, pode ser que você encontre com a menina por lá... sei que ver não serve muito de consolo mas é melhor que ficar sem ver de jeito nenhum não é?

- é mas eu vou logo fazer o que tem que ser feito. Sei que hoje é dia de descanso mas eu vou só ver é prevenir um problema, volto pro almoço.

O jovem sai e deixa a madrinha preocupada na varanda, sem entender porque de toda aquela tristeza, ele sempre gostou de sair de ver gente de conversar, de ir a missa, porque agora ele estava com aquele olhar triste.

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Entrou em casa e começou a ajudar com os afazeres do almoço, seria galinhada com arroz de forno, ela sabia que ele adorava arroz de forno, de repente começa a chover forte, ele volta com Bianco e diz que uma das vacas está com um bezerro perto da estrema, bem perto de onde passa o riacho, após o almoço Aidê sai em busca do animal. Anoitece continua chovendo e nada de Aidê voltar Bianco fica preocupado, a noite escura, fria a chuva atrapalhava a visão e se Aidê cai em alguma toca de tatu, se ela é mordida por alguma cobra, se... Se... Se... Eram tantas as possibilidades de desastre que ele nem conseguia pensar em, mas ela podia estar bem na casa de dona Marcelina e ter ficado por lá esperando a chuva passar, era melhor acreditar nisso mas ele não conseguia dormir.

Na manhã seguinte quando dia começa a raia Bianco sai em disparada até a casa de dona Marcelina:

- a Aidê dormiu aqui? Ela saiu para ir ver uma vaca ontem a tarde começou a chover ela não voltou, pensei que ela estivesse aqui com os senhores?!

A resposta negativa deixava ele ainda mais nervoso e apreensivo com tudo aquilo, onde ela estaria? Resolve então ir até onde ele e Ricardo viram a vaca, de lá ele avista o cavalo de Aidê arreado e com os estribos pendurados, aquilo era um péssimo sinal, ela havia caído mas não estava consciente não estava longe, ele monta no cavalo e sai em direção ao rio na certeza de encontrar seu corpo boiando nas águas, não vendo a triste cena ele começa a chamá-la até que o cavalo risca de uma vez perto de uma arvore caída e lá está Aidê desacordada, a roupa encharcada da chuva e ferida, um grande corte na testa, e outro na perna é quando ele vê no chão uma cápsula de bala, mas em qual dos sois lugares teria sido o tiro?

Com cuidado ele a pega no colo coloca no cavalo, monta e sai em busca de socorro no meio do caminho encontra Ricardo que já estava procurando por eles dois:

- vá pra casa e diga minha mãe que mande minha mochila, e algumas roupas da Aidê me encontre na cidade é rápido!

-mas, como eu vou ir rápido, a pé? A madrinha me proibiu de andar de moto...

- eu to desproibindo, você vai pegar a moto e vai pra cidade urgente, diz pra mãe que eu achei a Aidê ferida e to indo pra cidade.

- sim senhor padrinho!!!

O menino sai correndo no rumo da casinha enquanto Bianco com cuidado conduz o animal, ao chegarem na estrada principal se deparam com Mion filho do velho Nabisco em seu Jipe, com uma mulher:

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- o que ouve com ela?

- sofreu um atentado tomou um tiro!!!

- ela ainda está respianco Bianco Nero?

Disse a mulher ficando de pé e retirando o cabelo que cobria o ferimento, na testa:

- está Manuela? Mas não sei até quando tem outro na perna esquerda!!! O pulso está fraco, e o coração bate muito devagar, ela tem que ser levada até um hospital o mais rápido possível disso depende a vida dela...

- motorista pegue o cavalo, e leve pra fazenda, eu vou voltar com eles pra cidade.

Partir daqui capitulo final

O homem que guiava o automóvel desce e ajuda Bianco a colocar Aidê dentro do veiculo e sai em disparada, o carro em direção oposta levava Aidê, Bianco, Mion e Manuela para a cidade.

Ricardo com medo do que podia acontecer com sua madrinha, pega as coisas do padrinho e algumas peças de roupa da madrinha, para em frente a moto e pensa nas palavras do padrinho, como ele podia ter tanta certeza de que ela não resistiria. Mas não mais titubeia e sai em disparada, no caminho avista seu Nabisco na porta da casa grande que grita:

- meu filho o que ouve? O cavalo de Aidê está aqui. E o Mion levou ela para o hospital, na cidade.

- ela sofreu um acidente, e está ferida, precisando de socorro, minha madrinha pode morrer se eu demorar mais um pouco, assim que puder trago noticias para o senhor.

E sai em disparada agora sabendo onde está sua madrinha e seu padrinho, a entrada da cidade nunca foi tão distante, mas ao avistar o hospital sente um alivio na alma, agora sua madrinha podia ainda ter chances de sobreviver. O carro de Mion na porta mostra que eles já haviam chegado.

Ricardo entra na porta com uma força em direção a Mion e pergunta:

- cadê meu padrinho? E a minha madrinha!

Antes que Mion respondesse Manuela sai de lá de dentro correndo apressada:

- você é o Ricardo? Dá-me as coisas do Dr. Bianco, é essa mochila que está em suas mãos!

Pega o artefato e sai em disparada voltando pela porta do centro cirúrgico:

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Conto a Força de um amor.

- quem é ela? O que ela faz aqui? Quem é o Dr. Bianco?

- esta é Manuela, minha esposa, Dr. Bianco é o Bianco, seu padrinho. E a sua madrinha, está lá dentro...

Ricardo sentou-se na cadeira ao lado de Mion, à sua frente havia um relógio de ponteiro, que girou por varias voltas, já passava do meio dia quando, a porta se abre e sai Bianco avental sujo de sangue, mascara caída sob o pescoço e se senta no chão, em silencio e olha para a imagem de Nossa Senhora de Fátima, e diz baixinho:

- me ajuda Deus o que eu faço agora! Não leva ela de mim! Ela não leva a minha vida! Eu divido, minha lama com ela se for preciso. Mas Deus não me abandona nessa hora.

Ricardo para e olha o padrinho sentado no chão com as mão lavadas e olhar lagrimoso, cabeça baixa, sem forças, sem ação e diz:

- padrinho? Cadê a madrinha o que foi? Como está a minha madrinha? Ela morreu?

- não, mas está em coma! Não sei como ela pode acordar, pode ser hoje de noite, amanhã, daqui a uma semana, um mês um ano... Não sei quando ela vai acordar, nem como ela vai acordar. Acho que a pancada na cabeça pode ter afetado alguma parte letal do cérebro dela... Ela pode até mesmo nem acordar...

- ela pode morrer? Ela está condenada a morte, padrinho!

Bianco levanta e abraça o filho, dizendo baixinho no seu ouvido,

- reza pra Santa Sara, pede pra ela devolver a vida da tua madrinha, pode meu filho.

Os dias seguiram e Bianco diariamente monitorava as funções vitais tudo, ele estava sempre ali, olhando para ela, com vontade de que a qualquer momento ela acordasse. Manuela passava os dias ali a seu lado.

Passaram-se 10 dias até que seu Nabisco fosse até o hospital, Manuela estava ali ao lado dela quando, seu Nabisco entrou no quarto e falou a sua nora que saísse ele queria falar com ela sozinho, a enfermeira sai pela porta.

O velho homem encosta a bengala em uma cadeira que está ao lado da cama, e diz bem devagar:

- minha filha você se parece com sua mãe demais! Tem os mesmos olhos, tem as mesmas, mãos e a boca são iguais. Por favor, minha filha acorda. Sabe ontem a noite eu sonhei que a Telma, ela estava linda, lembra de um vestido, verde branco, com umas flores azuis, e sorrindo, você vinha na direção dela

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com um vestido lindo, sorrindo e cantando uma musica. Éramos uma família finalmente, sabe Aidê eu estava olhando Ricardo, meu neto está tão crescido, ele parece muito com o Bianco, mas ainda tem as mãos muito parecidas com você, seu sorriso, minha filha me perdoa por todos esses anos que fiquei longe de você. Eu queria poder mais uma vez, olhar teus olhos e dizer que eu sou seu pai, e que você é o fruto de um amor lindo, o verdadeiro amor de minha vida, o único. Quando você e seu irmão o Mion é incrível como vocês se parecem. Até a teimosia, minha filha quando você acordar eu espero que lembre de tudo que eu falei. Sinto tanta falta de sua mãe, e de você...

Antes que ele voltasse a falar, os olhos de Aidê se abriram devagar:

- então o senhor é meu pai? Eu vivi a minha vida inteira acreditando que o senhor fosse o vilão da historia? Eu odiei o meu próprio pai a vida toda? Seu Nabisco meu pai.

Nesse instante, Mion entra no quarto e diz:

- é serio pai, a Aidê é minha irmã? Nos somos irmãos?

Fez-se um silencio cavernoso no quarto quando Bianco entra na porta acompanhado de Manuela perguntado sobre o quadro clinico de Aidê ao vê-la acordada diz:

- você acordou? Como se sente?

- eu me sinto outra mulher! Eu agora ganhei um pai! O pai que eu odiei a vida toda. Eu tinha que viver até descobrir quem era meu pai.

- o Radamés...

- eu sei ele também é seu filho. Eu pensei que a minha mãe tivesse ficado grávida do Radamés a força, sem querer.

- não!- fala dona Galbanita da porta do quarto- sua mãe amou seu pai a vida toda, e morreu por isso.

Manuela neste instante pede que todos se retirem ela e o Dr. Bianco tinham que examiná-la. “Dr. Bianco? Mais essa novidade!” essa e outras duvidas cruéis atormentavam a mente de Aidê.

Após os exames Manuela sai e deixa Bianco no quarto, com Aidê. Que sem forças diz:

- eu estou tonta. Com tanta informação nova. Meu Deus, eu odiei meu pai a vida toda. E agora você é Dr. Bianco Nero? Que mais eu não sei?! O que mais falta!? Me diz?!

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- eu estou morrendo de saudade de você! E o Ricardo está namorando com a Melissa, os pais dela ficaram com pena dele deixaram eles namorarem!

- quanto tempo eu fiquei dormindo?

- 10 dias!

- tudo isso? O que eu vou fazer pra me informar de tudo?

- nós contamos tudo! O seu irmão veio todos os dias te ver!

- qual deles?

- o Radamés ele ficou muito nervoso.

- e o Guilherme cadê ele? Não veio?

- não!

- e o Mion? Ele vaio sempre?

- todos os dias! Ele também é seu irmão?! Não é!!!

- é que loucura. Ele e eu temos a mesma idade! Só se formos irmãos gêmeos?!

- é melhor você descansar um pouco!

- descansar eu preciso, é me mexer. Fiquei 10 dias dormindo. E agora o que vai ser. Onde está meu filho. O Ricardo! Cadê o meu filho?

A porta se abre, e Ricardo diz de supetão:

- eu tenho pai e tenho mãe? São vocês dois?

A palidez do menino, deixou os dois nervosos, mas aos poucos a cara de surpresa e susto se transforma em alegria, e ele dispara em risos e alegrias.

- serio! Vocês são meus pais? Eu tenho pai, mãe, tios uma família e agora até uma avó?! Nossa que legal! Eu tenho uma família.

Todos esperavam qualquer reação menos a de alegria no jovem Ricardo que surpreendeu a todos.

- então você não ficou com raiva por não termos contado nada?

- não mãe. Agora eu posso te chamar de mãe, minha mãe... eu pai. Meu pai, eu tenho pai, mãe...

Ele não conseguia falar, nada com nexo a não ser dizer as mesmas frases já ditas antes. Aquele dia era muito especial, uma família verdadeira, agora se apresentava. A verdade começava a vir a tona.

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A noite passou como num sopro, e pela manhã dona Galbanita, entra no quarto e diz:

- já acordou minha filha?

- já tia! Sua benção! Agora eu posso ouvir a minha historia! Conta como foi que eu nasci?!

- é uma longa historia que eu vou te contar agora! Quando seu avô meu pai e de sua mãe chegou a essas terras, encontrou aqui um homem que tinha dois filhos e era viúvo duas vezes. Esse homem é seu outro avô, pai do seu Nabisco. Sua mãe era linda como você, e despertou no coração de Nabisco, um sentimento nobre, puro e lindo, os dias passaram e uma noite, seu Nabisco, chegou na nossa tsara e pediu licença a meu pai para falar com ele e com o ancião do clã. Ele vinha pedir sua mãe em casamento. Após o pedido, foi grande festa, seu outro avô veio e a festa de noivado foi linda, muita musica, comida. A alegria reinava em nosso meio.

- até ai, tudo bem como minha mãe casou com o seu Raul?

- os dias passaram e sua mãe preparava o vestido, o enxoval com tanta alegria que dava gosto de ver. Até um dia, eu fui pegar água no poço e vi o Raul brigando com o Nabisco, eles discutiam ferozmente, fiquei quieta e ouvi o Raul dizer pra o Nabisco retirar o pedido de casamento. Nabisco se negou é claro, mas ele insistia que por ser o irmão mais velho tinha mais direito nesse caso de noiva. Na hora não entendi direito e fui perguntar pra Iguimeia, esposa de um tio nosso, ela não era cigana nascida, era por ter casado com o nosso tio, perguntei se na cultura deles existia essa regra, ela me garantiu que não, nunca ouviu ninguém falar dessa historia, fiquei quieta. No final da tarde, sua mãe chegou e disse que Raul havia procurado ela dizendo que ela não ira casar com o Nabisco, nem que pra isso ele tivesse que matá-lo.

- meu Deus!

- os dias passaram até que o pai do seu Nabisco veio dizendo que ele iria visitar uma irmã doente na cidade vizinha. Sua mãe ficou com medo da ameaça de Raul e contou pra ele tudo. Ma ele a tranqüilizou que nada iria lhe acontecer, estava coberto pelo manto se Santa Sara, fez a viagem nesse meio tempo uns 4 dias Raul chega e diz que quer desposar sua mãe ela se nega e a guerra começa, nosso pai pensa em ir embora mas se lembra da palavra dada e volta atrás, ele tinha que esperar Nabisco para entregar sua filha, jamais a outro. A nossa vida tornou-se um inferno até que Nabisco volta da cidade e encontra sua mãe quase morta. Ele fica sabendo de tudo e resolvem fugir com a benção do nosso Kaku (tio) que era o mais velho do clã e do pai dele. Mas Raul descobre e prende o irmão na esperança que sua mãe desista de casar

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com um e case com o outro. É então que ele viaja e ao voltar traz uma prima uma tal de Helena, que dizia ele o Nabisco ter jurado casamento.

- só pra pirar!

- pra encurtar a historia. Em um encontro secreto sua e seu pai consumam a união já abençoada. O seu avô paterno atormentado com as chorumelas de Helena, decide desfazer o acordo feito anteriormente. E quando nosso pai descobre que sua mãe está grávida de você fica louco e resolve casá-la com seu Raul, que jura que se o filho sua mãe esperava fosse menino ele mataria, jamais criaria, o filho de outro, para que ele não vingasse a separação do pai. 9 meses depois vocês nascem.

- vocês?

- sim. Você e o Mion.

Nesse instante Mion entra no quarto e diz:

- que historia a nossa não é Aidê? Continua tia!

- no daí do nascimento de vocês fiquei eu e a Liduina uma empregada da casa de seu pai.

- lembro bem dela!

- você nasceu primeiro Mion, forte, valente, em seguida você Aidê tão linda. Mas ao ver que eram gêmeos, eu e Liduina resolvemos dizer até mesmo pra sua mãe que o mais velho não resistira. E elevá-lo para seu pai na fazenda dele. E ele foi pra longe, levando você para te livrar da ira do Raul.

- que historia.

- os anos se passaram e a Aidê crescia forte saudável, até que o Nabisco voltou para a cidade trazendo você de volta. Agora viúvo da tal Helena.

- ela não está morta!

Disse Mion olhando pro chão.

- meu pai conseguiu anular o casamento com ela, provando que ela havia mentido, que havia sido um armação. Mas conta o resto.

- está bem. Quando você voltou sua mãe jurava que você não era filho da tal Helena. Você tinha os mesmos olhos de nosso pai, os mesmos trejeitos da família. Foi então que ela procurou seu Nabisco e ficou sabendo de toda a verdade, que você era filho dela. O Guilherme já havia nascido, sob uma tortura mortal.

- como assim?- quis saber Aidê

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- ele disse que matava você caso ela não fosse dele. Mas o mais importante ao saber do retorno do Nabisco, Raul, ficou irado novamente, eu já tinha o Bianco e vocês dois já estavam apaixonados. Um dia sua mãe encontrou com o Nabisco no poço...

- eu estava com ela! –disse Aidê- eu sei o que foi que ouve lá! Mas eu sempre pensei que tudo isso fosse...

- nosso pai fosse o bandido da historia1 não é?

- sim até porque ele queria que eu me casasse com você. Mesmo você já sendo casado.

- quando eu vi você e o Bianco apaixonados e o Guilherme com aquele ódio todo eu fiquei com medo que acontecesse de novo tudo o que acontecera com sua mãe. Foi por isso que eu pedi que o meu filho fosse embora. No dia em que o Ricardo nasceu pedi a Nabisco que nos ajudasse a salvar a criança, foi ai que ele e a Telma e a filha da Liduina pegaram o menino e iam levá-lo pra o nosso clã, depois você iria pra lá e em seguida o Bianco, mas não saiu nada como esperávamos que saísse. Raul descobriu tudo e sabotou o carro, cortou o freio, foi um milagre o menino ter resistido, eu estava em casa com o Radamés um recém nascido e você com ela no hospital. Quando soube o que havia acontecido fiquei horrorizada, você chegar sozinha com seu filho nos braços, de luto, foi massacrante. Tinha que ir embora, meu filho estava na capital, sozinho. Eu fui pra contar pra ele tudo mas...

- mas o que tia? Por que não contou?

- mas ele estava estudando fazendo faculdade, ia ser medico e me jurando que assim que terminasse a faculdade voltaria.eu sei que eu fui covarde. Mas minha filha eu estava com medo que o Guilherme ao saber que meu filho estava de volta tentasse matar vocês três. E o resto da historia vocês já conhecem, foi o que nos trouxe até aqui.

Um silencio extremo fez o quarto parecer pequeno demais, Mion olha Aidê e diz:

- eu fui apaixonado pela minha irmã! Eu não sabia! Queria que você fosse minha mulher, meu Deus será que um dia eu vou me perdoar?

- não se preocupa! Nem eu nem você não tínhamos culpa, éramos a maior vitima da historia... mas agora já sabemos.

- quando eu voltei pra encontrar com a dona Helena, depois que eu fiquei sabendo que era seu irmão, conheci a Manuela e me apoiei nela, nisso nasceu um amor, lindo e forte. Casei com ela e voltei sozinho pra te contar à verdade. Fazem dois meses que eu descobri a verdade. Mas ao chegar, aqui descobri

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que o Bianco estava de volta, voltei semana passada pra buscá-la. E no dia em que eu cheguei, encontrei você quase morta, nos braços do Bianco, a Manuela é enfermeira, olha o destino e trabalhou durante anos com o Bianco em um hospital na capital.

O silencio reina novamente, Aidê então levanta os olhos e diz:

- em três meses perco a única pessoa que eu tinha como referencia de pai, e ganho: um irmão novo, o Bianco de volta, meu filho, minha tia e meu pai... que destino o meu.

- lindo destino minha filha! Ganhar, tudo o que você ganho é pra poucos, e você, ganhou tudo de uma vez, ganhou uma família. Alias vocês ganharam uma família. Uma família de verdade, a verdadeira, agora sem “véus de Maia” uma real família. Temos que comemorar.

- assim que você sair do hospital, nosso pai quer dar uma festa, uma grande festa, na fazenda. Pra comemorar, a chegada da filha prodiga, e o ganho de mais um neto.

- como assim?

- a Manuela vai ter um bebê. Descobri hoje! Não é maravilhoso?!

- vou ter um sobrinho!!!

- e um genro, uma nora e um neto que ele já paparica... Você tem que ver como o papai trata o Ricardo, ele adora o menino!

- vai adorar o seu filho também, às vezes eu não acredito que estou em paz aqui com você. Chamando seu Nabisco de pai... é tanta loucura é tanta preocupação, é tanta novidade que eu fico tonta... mas ainda bem que está todo mundo me ajudando, a entender...

Nesse instante, Manuela entra na porta e diz que é hora de trocar, o soro e dar banho na paciente, ela tinha que estar pronta, pois a qualquer instante poderia receber alta. A noticia deixou todos animados, ao sair Mion dá um abraço na irmã e um beijo na esposa, dona Galbanita sai pela porta de cabeça baixa deixando as duas sozinhas no quarto:

- você é a Manuela? Esposa do Mion, ele tinha razão você é linda mesmo. Quanto tempo faz que vocês se conhecem?

- dois meses,conheci, me apaixonei e casei com ele. Como eu fiquei órfã de pai e mãe, não tinha ninguém, aceitei o pedido de casamento dele e estou aqui, agora estou grávida de 2 semanas mais ou menos.

- nossa que historia. A sua é muito...

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- estranha?! Eu sei. Mas não mais que a sua.

- você já conhecia o Bianco?

- já! Fui enfermeira dele no hospital na capital.

- na nacional?

- não na do estado! Ele morou lá os últimos 16 anos. Ele foi outro que sofreu demais. Primeiro você fica pra traz, com medo de morrer ele vai embora... Tudo foi muito triste, ele ama você demais, depois você escreve pra ele dando adeus, e desenganando ele de vocês dois, ele ficou tão triste, tava tudo preparado pra vir te buscar, ele tava trabalhando muito dia e noite pra ter dinheiro suficiente pra cuidar de você e dos filhos que teriam ele tava disposto a morrer se preciso mas ia lutar ele me falou um dia depois de chegar uma senhora que tinha levado um tiro do próprio irmão que não queria o casamento dela... depois disso passou uns 15 dias e ai ele me chega barba crescida, todo desarrumado e dizendo que estava tudo perdido.

- faz quanto tempo isso?

- uns 8 anos mais ou menos. Depois teve a Alma e o bebê...

- que bebê? Quem é Alma?

- falei demais! Não importa ele te fala mais tarde. Ele vem já!

A enfermeira sai do quarto desconfiada e encontra Mion na saída do corredor:

- que ouve?

- falei demais! Falei da Alma para Aidê!

- quem é Alma?

- a primeira esposa do Bianco. Ele casou com ela porque tinha se desenganado com a Aidê ele tava certo de que você tinha casado com ela. A Alma foi consolar e ele casou com ela, ela morreu em um acidente de carro, na verdade ela morreu no parto prematuro, que o Bianco estava conduzindo, ele teve hemorragia e não sobreviveu o bebê era prematuro não sobreviveu ou nasceu morto. Ele não consegue se perdoar, e decidiu largar tudo principalmente à medicina. Foi quando ele sofreu o acidente de moto há uns quatro anos, ficou em coma por três anos e quando acordou só lembrava-se da Aidê.

- meu Deus! A Aidê não sabia dessa tal de Alma! Ninguém aqui sabia dela. Minha irmã deve estar em choque...

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Nesse instante Bianco chega, cumprimenta animado aos dois e dá a boa nova de que a Aidê receberá alta naquela manhã. Ao entrar no quarto Aidê o trata na mesma naturalidade de todos os dias. E pergunta com voz suave:

- quem é Alma?

- onde você ouviu esse nome?

- me diz! É a tua mulher legitima?

- ela foi aminha esposa. Casei com ela mas ela está morta.

- você separou-se dela? E veio atrás de mim?

- ela realmente está morta. Ela morreu durante o parto de emergência depois de um acidente de carro. Eu tava como responsável pela sala de emergência cirúrgica naquela noite e ela morreu nas minhas mãos, o bebê...

- o seu filho! Filho legitimo!

- nasceu morto, não suportou a hemorragia interna da mãe e parou de respirar, e tive que pegar meu filho morto e ver a mãe dele agonizar na minha frente, ela nem viu o rosto dele. Eu não sabia que você tava grávida. Mandei tantas cartas pra você, tantas e nunca recebia resposta sua e nem as cartas voltavam.

- mentira. Eu é que passei anos mandando cartas para a capital do país e você estava na capital do estado. Por que você mentiu pra mim? Não me falou onde estava?

- por que você nunca respondeu as minhas cartas?

- eu nunca recebi carta sua! As cartas que eu enviava pra capital é que depois de um tempo passaram a voltar. Eu não entendia, não recebia resposta nem sua nem dos correios, onde você estava?

- um dia a 8 anos eu recebi uma carta sua...- ele puxa do bolso da camisa um papel amarelo- essa carta.

A carta dizia:

“Bianco,

Tenho nos últimos anos recebido suas cartas e esperava que por não receber resposta entendesse que não quero nada com a sua pessoa. Fomos apenas uma aventura mutua. Agora já chega a brincadeira acabou. Estou de casamento marcado. Talvez ao receber esta carta ele já tenha acontecido. Caso-me em 15 dias com Mion Nabisco, lembra dele? Eu descobri que o amo de verdade alem do que ele tem bens, e meu pai e irmãos aceitam-no com alegria. Ele não é um cigano vagabundo sem ter onde cair morto feito você. Por favor, não me

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importune mais. Se não lhe respondia antes é porque já estava ocupada demais com ele com o nosso casamento. Espero que entenda e não me procure mais.

Adeus até nunca mais. Esqueça-me.

Aidê Couto ”

- entende o que eu senti?

- eu nunca escrevi isso! Era lógico que não era eu! Você devi ter visto que não era eu a autora desse disparate. Bens eu jamais pensei nisto na minha vida.

- na hora fiquei louco, sai do correio atordoado...

- e foi se consolar nos braços dessa tal de Alma?

- não, ela me encontrou caído numa calçada e me levou pra casa dos pais dela. Cuidou de mim me alimentou, eu fiquei 15 dias sem dar noticia no trabalho, sem saber o que fazer, ela me aconselhou a voltar e te procurar se eu viesse de ônibus chegaria a tempo de impedir o casamento e de tirar a historia toda a limpo, mas eu não fiz isso. Estava tão louco de desengano que pensei em me matar, pra nunca mais ver no espelho a imagem da desgraça. Voltei ao trabalho e lá encontrei mais apoio a Manuela foi uma grande amiga na minha vida. A Alma sempre que podia saia do trabalho pra ver se eu ainda estava vivo.

- você ter feito o que ela falou ter vindo me procurar. Você descumpriu a nossa jura de jamais ficar com outra pessoa o nosso pacto de fidelidade. Casou com ela teve um filho com ela... e eu criando o meu sozinha...

- o Ricardo também é meu filho.

- ele já sabe a sua família que ele é seu filho bastardo?

- ele é meu filho legitimo. O único que eu tenho. E ele sabe da Alma, de toda a historia, que eu te contei!

- como ele reagiu?

- melhor que você eu garanto. Pelo menos deixou pra me crucificar depois de ouvir tudo.

- vai embora eu não quero te ver nunca mais! Me deixa sozinha. Volta pra capital, vai visitar o tumulo da tua esposa!

- me perdoa Aidê eu fui cego. Fiquei pedido. Lembra do nosso casamento. Você é meu chão é o que me sustenta vivo, eu não sou nada sem você. Me perdoa? Eu não sei viver sem você!

- não dá. Eu tava aqui sofrendo. Tive o meu filho sozinha...

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- ele é meu também!

- seu?! Seu é o que esta morto. Filho ilegítimo não tem pai! Perdi minha mãe no mesmo dia! Sua mãe estava aqui na fazenda. Ela sabia de tudo. Por que ela não te contou nada?

- ela não sabia onde eu estava! Só ficou sabendo quando eu sofri o acidente, e fiquei em coma. Perdoa-me Aidê eu voltei pra cá. Pra gente poder cuidar do nosso filho juntos.

Aidê vira o rosto de lado, Bianco coloca o papel da alta sob a cama e sai cabisbaixo, passa pó Mion no corredor e diz:

- cuida dela pra mim! Ela não quer me ver. Nem falar, ela me odeia! Mesmo sem eu ter culpa.

- deixa o coração dela acalmar. Deixa-a entender melhor o que se passa. Ela vai entender. Mas meu amigo, essas cartas nunca chegaram aqui. Vai pra casa esfria a cabeça. Vou tentar convencer ela a ir lá pra fazenda, você e dona Galbanita ficam na casa da nossa mãe. Não se preocupe se ela se parece assim como dizem comigo uma noite de sono pode ajudar. Eu cuido dela.

Bianco vai embora em silencio sai pela estrada andando sem paradeiro, as palavras de Aidê ecoam em sua cabeça como os gritos de Alma na sala de cirurgia, ele sentia-se novamente em um filme de terror, um horrendo filme de terror que ele já conhecia. A vontade que tinha era a de sair, pegar a moto e se jogar no primeiro abismo que encontrasse pela frente. Agora ele tinha perdido tudo. Até a mulher de sua vida o mandara embora, pra onde ele iria? Sem ela que chão ele teria pra pisar sem o filho, que planos fazer, que metas cumprir. Como viver?

Os dias passam e Aidê fica na casa de seu Nabisco, lá ela encontrava mais comodidade para se recuperar sem contar que os cuidados ininterruptos de Manuel a sua mais nova amiga. A medida que se seguiam as semanas seguiam ainda os temores de Aidê em relação a reação de Guilherme em saber da historia de sua mãe. Ele podia sim tentar alguma coisa contra seu filho, se ele era filho de Raul homem que jurou matar a ela e a seu irmão... Poderia fazer qualquer coisa:

- se conhece o sabor da uva é pela terra onde ela foi semeada. -Repetia Aidê sempre. - E se ele é filho de um homem tão cruel, é claro que só pode ser igual a ele!

Ricardo sempre ia visitar o pai, até um dia no caminho de volt para a fazenda encontra Radamés:

- como está sua mãe?

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- bem tio! Mas muito triste ainda com as novidades do meu pai.

- me conta essa historia!

Sentaram ambos a sombra de um pé de juá e após contar a historia Ricardo diz:

- e aminha mãe não que perdoar meu pai!

- mas se essas cartas não estão com seu pai e nem a Aidê recebeu! E se eu bem conheço o Guilherme as cartas estão com ele. Só ele pra escrever uma carta feito essa que você me disse que o Bianco tem. Você me mostra a carta?

- vamo lá na casa da vovó Galbanita que eu te mostro a carta.

Rumaram em direção ao sitio onde estava dona Galbanita sozinha sentada no alpendre fazendo um crochê:

- vó voltei! Meu pai está?

- não. Ele foi até o rio pegar água pra dar ao cavalo. Mas o que ouve?

- cadê a carta? Aquela carta?

Dona Galbanita abre uma bolsa de couro e pega o papel. Ao abrir Radamés exclama:

- essa não é a caligrafia da Aidê! É a do Guilherme. As duas são muito parecidas, mas essa com certeza não é a da Aidê!

- como você tem tanta certeza?

Quis saber dona Galbanita:

- simples a Aidê não assina Couto, é Ribeiro o sobre nome dela. Mostra pra ela a carta Ricardo sei que ela vai entender o mal que foi feito. Eu vou tentar encontrar as cartas elas devem estar com o Guilherme ele tem bem cara pra isso. Lembro que a mamãe sempre dizia que a gente sabe o sabor da uva pela terra que ela é plantada. Se a terra é fértil uvas doces, mas se o terreno é pedregoso uvas azedas. E o pai dele era pedregoso.

Ricardo sai correndo por um caminho alternativo e chega na casa de seu Nabisco, aos gritos chama a madrinha que está na varanda vendo o por do sol que era lindo:

- o que foi menino?

-como a senhor assina?

- com o lápis hora essa!

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- não mãe como assina o seu nome?! Aidê de que?

- Ribeiro! Hora essa?!

- então porque na carta que o pai tem está Aidê Couto?

Aidê ficou perplexa em ver a descoberta do menino. Sem entender o que acontecia pegou o papel e disse:

- essa letra não é minha! Esse não é meu “A” eu não escrevo assim! Como você descobriu isso?

- foi o Radamés ele foi quem pediu pra ver a carta e disse aquilo... do sabor da uva?! Sabe?

- sei! E o que mais?

- ele disse que vai achar as cartas. Tem certeza que você dois foram vitimas de uma armação!

Na fazenda de seu Raul, Radamés chega, entra na sala escritório e começa sua jornada de busca, de porta fechada é claro ele não queria que ninguém o visse. Procurou muito e encontrou no fundo de um baú uma caixa de papelão cheia de cartas, muitas cartas, tantas as de Bianco como as de Aidê, estavam lá. Eis que a porta se abre e Guilherme o flagra com as cartas na mão:

- o que é isso? Quem mandou você mexer ai?

- quem mandou você brincar de Deus? Separar duas pessoas que se amam tanto! Você não é Deus Guilherme! Você não tinha o direito de brincar assim com os sentimentos das pessoas.

- agora é tarde eles já estão separados e o bastardo não tem mais família.

Começa a rir com cinismo e continua.

- eles não podem ficar juntos! Eu não quero! Se meu pai não teve o amor da mãe de vocês, não merecem ser felizes nem serem amados por ninguém. Seu bastardo. Desgraçado, piegas... Sentimentalista... A vida é muito pouca pra pessoas feito você...

- mas acabou seu reinado Guilherme eu vou entregar essas cartas a eles e todo o mal que você fez vai ser desfeito eu vou concertar mais esse erro seu. Eles vão ser muito felizes, custe o que custar.

- nem que eu tenha que te matar, mas você não vai entregar essas cartas. Eu te proíbo!

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Conto a Força de um amor.

- proíbe? Quem é você pra proibir alguém de alguma coisa. Eu sair por aquela porta e entregar as cartas, se alguma coisa me acontecer todo mundo vai saber que foi você.

- não me custa matar. Já fiz isso uma vez vou fazer de novo, quantas vezes forem necessárias.

- já matou? Quem?

- aquela que você chamaria de mãe. Foi tão fácil. Não era pra ela estar no carro, era a Aidê mais o moleque, mas quem estava era ela... foi uma morte necessária.

- assassino!!! Matou nossa mãe e ainda confessa?

-meu pai mandou matar a bastarda e o filho bastardo, mas se quem estava lá era ela.

Radamés sai correndo monta no cavalo ao chegar na fazenda encontra Aidê e entrega-lhe as cartas. Ao ver todas as suas cartas ali ela percebe que fora injusta com seu amado e resolve ir em seu encontro, monta no cavalo de Radamés e sai, com o pacote nas mãos, ao chegar no rio encontra Bianco sentado no chão com as mãos escorando o rostos suado pelo vapor da água ia no fim da tarde evaporando do poço, era frio e úmido. A atmosfera perfeita para um pedido de:

- desculpa! Eu estava errada!

Bianco levanta os olhos e vê Aidê com a caixa nas mãos e pergunta:

- o que é isso?

- são as nossas cartas. Todas elas, o Guilherme as manteve cm ele todo esse tempo. Só hoje o Radamés ao ver a carta que você recebeu como minha foi que descobrimos a verdade. Meu nome é Aidê Ribeiro, não Aidê Couto!

- eu nunca percebi esse detalhe!

- talvez Deus quis testar a força do nosso amor!

- que eu tornei fraco!

Aidê senta-se ao lado dele pega uma carta e começa a ler:

- “ minha linda, me espera eu estou estudando, vou ser doutor, logo volto pra te buscar e juntos viver, criar os filhos que Deus nos der...”

- fui eu que escrevi isso.

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Conto a Força de um amor.

- eu nunca havia lido! Me perdoa eu te julguei, mas você devia ter voltado quando recebeu a falsa carta...

Ele pega outra carta e lê:

- “onde você está que não me responde? Eu não suporto mais a sua ausência, sinto que a minha vida se vai aos poucos, mas tem o nosso filho ele vai nascer, volta pra pegar a gente.”

- três meses depois ele nasceu! Lindo e saudável!

- eu também errei em não voltar mas veja só o tanto de cartas minhas. Todas sem resposta, foram 8 anos de espera de um sinal de vida e ai eu recebo a noticia que vai se casar com outro! Queria que eu fizesse o que?

- eu sou osso do teu osso, sangue do teu sangue, e onde tu estiveres é lá que eu estarei. Foi isso que me juraste naquele dia. Eu esperava que você voltasse e me tirasse a força de dentro da igreja...

- eu fiquei chocado, sem rumo, sem saber pra onde ir.

- sempre que a Manuela pode, ela me conta como você ficou. Eu agora entendo tudo.

- você me perdoa meu amor?

Antes que Aidê falasse, surge Guilherme de arma em punho:

- que patético o casalzinho apaixonado, sofrendo de amor! Isso daria um romance, já sei até titulo: “A PATAQUARA DO AMOR” ou “COMO SOFRER E DEFINHAR NO VELORIO DO AMOR” vocês são patéticos.

- porque você odeia tanto a nos dois?

- eu não odeio vocês Bianco eu odeio a mãe dela porque não amou meu pai! Eu quero que vocês sofram tudo que meu pai sofreu por causa dela.

- você está louco!

Admirou-se Bianco:

- não! Ele não está! Esse é o Guilherme que eu sempre soube era. O vil o canalha, sem caráter. Sem escrúpulos. O que você quer? Matar-nos?

- não eu quero matar ele! Quero ver você chorar feito uma criancinha com o corpo dele aos teus pés, quero ver a dor e o sofrimento nos teus olhos. Você não pode ser feliz! Era pra tudo isso ter acabado a 16 anos atrás, com a sua morte e a do seu filho, aquela vadia da Telma ia pagar cada lagrima que meu pai derramou por ela. Ia sentir muita dor, mas saiu errado era pra ela sofrer não morrer.

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Conto a Força de um amor.

- você sabia que o seu Raul matou nossa mãe e não falou nada me deixou a vida toda acreditando que tinha sido seu Nabisco o assassino? Você não tem caráter. Eu odiei o meu próprio pai. Seu... Não tem um nome pra alguém feito você.

Todos os presentes a cena ficaram surpresos tantos com a revelação quanto com a crueldade e frieza com que Guilherme narrava a morte da mãe, ele contou com detalhes como sabotou o carro dela e como torceu para que o bebê de Aidê morresse no acidente.

- agora chega Guilherme – disse Bianco- deixa a gente em paz! Você não vai matar ninguém! Desiste, a gente já descobriu sua armação!

- será que toda?

- como assim?

- a Alma! Uma coitada! Iludida por dinheiro. Mais um pouco e ela mesma te matava! Só mais alguns tostões e ela te matava.

- o que?

- eu conheci a sua falecida esposa, mulherzinha fútil, vazia, faria qualquer coisa por dinheiro. Foi muito fácil te manipular através dela, ela fez tudo direitinho,trocou o endereço do envelope em vez de ir pra casa da dona Galbanita ia pra minha casa. Ai eu guardava. E você não via por que eu as escondia. Até o enxerido do Radamés, o outro bastardinho ir fuçar onde não devia.

- você matou a minha mãe, quase matou meu filho, quase me matou...

- é verdade eu atirei em você naquela noite! Você devia ter morrido, mas não adiantaria nada minha vingança não estaria completa você tem que sofrer, pelo que a sua mãe fez.

Bianco irritado parte em direção a Guilherme que ao ser surpreendido dispara a arma, mas o disparo não atinge Bianco que acerta-o em cheio com um soco no rosto. Ele cai inconsciente. Bianco abraça Aidê e a beija, o sol vai aos pouco tingindo o leito do rio de dourado e as arvores a sua volta ficam com um verde ainda mais lindo, aos prantos Aidê e Bianco se beijam:

- será que o Berte também era plano dele?

- acho que sim! Mas esqueça, o Guilherme vai pra cadeia, e nos poderemos finalmente sermos felizes.

- Bianco! Nosso amor é forte, puro e verdadeiro ninguém vai destruir.

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Conto a Força de um amor.

- foi a força dele que me trouxe a vida há um ano, foi o que eu sinto por você me trouxe de volta vida.

- foi à força do amor que nos deixou viver, foi força do amor.

Os dias que se seguiram foram muita alegria na fazenda de Nabisco com a possibilidade de mais um neto a casa se encheu de alegria, musicas e dança, Aidê cantava todos os dias, Mion tocava violão e ela ensinando Manuela a dançar dançava todas as noites, que sempre eram acompanhadas de muitas risadas. Em uma dessas noites seu Nabisco volta-se para Bianco:

- pois bem seu Bianco Nero! Quero saber quais são as suas intenções com a minha filha? Só tenho uma filha mulher! E quero saber são 16 anos de namoro, o que vai ser?

- bem seu Nabisco, não é novidade pro senhor que eu amo a Aidê, que ela é a razão da minha vida, ela e o Ricardo é claro, mas eu quero pedir hoje formalmente ao senhor a mão da sua filha, estou sozinho, por que meu pai morreu quando eu era menino, sou órfão de pai, mas como manda a tradição...

- sozinho não meu filho! Tem sua mãe, eu peço por você. Nabisco meu amigo, quero hoje acertar com você um negocio!

- diga!

- meu filho e sua filha! Meu quer casar com sua filha! E eu na qualidade de mãe quero saber se você concorda?

- Aidê? O que me diz? Concedo sua mão, ao filho da sua tia?

- farei o que o senhor achar melhor!

- a decisão é sua!

- então meu pai! Eu aceito!

Grande alegria invadiu toda a fazenda, comida e bebida a todos os colonos, musica a noite toda, a festa durou três dias. Todos festejavam o amor. O casamento ficou combinado para depois do julgamento de Guilherme que confessava a quem o perguntasse a autoria dos crimes que era acusado.

Aidê estava linda no dia do casamento, seu vestido era branco, com uma calda enorme, todo coberto com renda e muitas flores de pedras coloridas suaves. A cerimônia foi no terreiro da fazenda, onde todos se ajeitavem em cadeiras recobertas por panos vermelhos, flores enfeitavam o pequeno altar que se apresentava na frente da porta principal da casa grande.

De repente um silencio se faz e a voz de Ricardo anuncia a chegada da noiva que sairá por uma por uma porta secundaria:

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Conto a Força de um amor.

- lá vem a noiva pessoal!

Todos olharam principalmente Bianco, que virou-se para o terreiro, um longo tapete vermelho foi colocado, como fundo musical Mion tocando o violão e Manuela cantando a Ave- Maria, todos em silencio extasiados com a beleza de Aidê que parecia flutuar, ninguém em tempo algum jamais viu noiva tão linda como ela. Seu pai a conduzia pela mão, olhos cheios de lagrimas mas um sorriso e dizia sempre “eu não estou perdendo minha filha mas sim realizando um sonho da mãe dela.” Era a festa mais esperada em toda a cidade. Todos estavam lá menos o prefeito coma filha, a esposa de Guilherme que ficou tão envergonhada que nem saia mais de casa.

O padre era o mesmo que havia batizado Aidê, ele olhou bem os noivos e falou:

- meus irmãos e irmãs hoje estou aqui não só para celebrar uma união matrimonial mas para celebrar a alegria de 16 anos de amor. Vocês já pararam pra pensar o quantos esses dois se amam? Como o amor deles é forte como eles sofreram tantos anos para hoje estarem aqui?! Quantas noites de insônia? Quantas madrugadas de saudade? Quantas vezes eu não encontrei Aidê na igreja, chorando olhando Nossa Senhora pedindo noticias do senhor seu Bianco! Quantas vezes eu não a vi triste e cabisbaixa pelos cantos nas quermesses e sempre tão sozinha... sei que o senhor foi diferente, sofreu, ficou triste quase morreu, perdeu a memória! Mas vejam só meus amigos os planos de Deus. Ele só lembrava dela quando acordou. Vejam como este amor é forte, verdadeiro, nada nem ninguém conseguiu separá-los, nem mesmo mentiras vinganças baixas sem caráter...

Nesse instante Bianco viu passar a sua frente um filme todos aqueles anos longe de Aidê de seu filho, lembrou da saudade de ouvir o riso de Aidê, imaginou como teria sido se estivesse presente no dia do nascimento do filho, imaginou como seria ouvir sua voz pela primeira vez. Aidê então não conseguia conter as lagrimas, afinal eram anos de distancia e solidão, ela sentia tanta falta de Bianco, lembrou do dia do adeus, da dor que sentiu em saber que ele tinha ido embora sem se despedir, do pequeno bilhete, escrito apenas “ADEUS, UM DIA EU VOLTO, PRA TE BUSCAR” ela lembrava de cada detalhe, de cada gesto, lembrou então do nascimento do filho da dor do medo, da vontade de ver se o menino se parecia com o pai ou com ela, era impossível não chorar.

O padre Eugenio, falou um pouco leu algo na bíblia e que eles nem ouviram direito, meditou no texto e eles envoltos em lembranças e pensamentos:

- Bianco Nero de Castro é de livre e espontânea vontade que deseja casar-se com Aidê Ribeiro?

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Conto a Força de um amor.

- sim

- Aidê Ribeiro. É de livre e espontânea vontade que deseja casar-se com Bianco Nero de Castro?

- sim

- então! Sei que não vão utilizar as juras tradicionais, serão juras advindas da cultura de seus antepassados. Fuçá-las.

Bianco pegou a mão de Aidê e falou:

-Juro caminhar contigo na nossa União SagradaJuro amar-te e dar-te as mãos para amar ao próximo e ao CristoJuro seguir teus sonhos e guiar-te nos meusJuro proteger-te e permitir que me protejas

Aidê falou com os olhos fixos em Bianco-Juro ser-te fiel, não só no amor, mas nos nossos sonhos, anseios e projetosJuro semear as mais belas sementes de amor em teu coraçãoJuro cultivar as flores que delas brotarem, como tesouros imperecíveisJuro ser tua luz na escuridão e buscar a luz dos teus olhos para iluminar minhas sombrasJuro melhorar-me para ti e para nossos ideais mais santosBianco:-Juro iluminar-me para teus olhos e para nossa caminhada mútua à DeusJuro fazer teus dias mais doces, felizes, amorosos e ternosJuro dizer-te sempre a verdade, desnudando minha alma para ti nas luzes e nas sombrasJuro segurar tua mão em qualquer tempestade e em qualquer dia de solAidê: -Juro dar-me inteira para e por ti, superando-me quando eu me faltarJuro incentivar tuas virtudes, admirar tuas conquistas e contribuir para teu crescimentoJuro entrar contigo nos porões da tua alma e guir-te para a saídaJuro caminhar, crescer e buscar Deus contigo, numa estrada únicaJuntos falaram:-Juro, enfim, ser teu (a) companheira (o) eterna, alma de tua alma, jóia única, esposa amorosa, dedicada e devotada à ti, à nosso Mestre, à nossos ideais e aos nossos irmãos, construindo, evoluindo e tentando deixar sempre rastros de luz onde caminhar contigo, por toda a eternidade'. O padre abismado com a beleza dos votos completou:]

- pelos poderes em mim investidos eu os declaro marido e mulher, que Deus guie os caminhos de vocês com paz saúde e muita união, e que daqui a 16 anos eu ainda esteja aqui para celebrar o amor de vocês. Pode beijar a noiva.

Bianco, volta-se para Aidê falou:

-finalmente nos casamos! Eu te amo mais do que te amei a 16 anos e vou te amar muito mais a 16 anos.

- olha que eu vou cobrar isso!

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Conto a Força de um amor.

- pode cobrar eu tenho palavra!

Eles sorriem e acontece o beijo mais esperado de toda a historia da humanidade

Fogos enfeitam o anoitecer e durante a festa, enquanto todos sorriem e cantam e dançam alegremente, em lugar discreto, Radamés faz o pedido a seu namorada, pedia em casamento.

Os dias se passam outra festa de casamento, dessa vez a de Radamés outro filho casado, e nesse mesmo dia a noticia Aidê lhe dará outro neto, dessa vez uma neta a quem deram o nome de Telma, em homenagem a avó.

Os anos se passaram e Ricardo vai estudar fora, volta com uma noiva, linda moça por sinal, e a fazenda continua em festa.

Foram anos! Na verdade são anos de alegria, porque um amor forte como o deles jamais vai acabar. Bianco e Aidê criaram seus filhos, netos e bisnetos na mesma fazenda na mesma casa em que viveram.

E como terminam os contos de fadas: E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE

CONTINUA NA ETERNIDADE.