CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe...

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CONTRA POVO Êm NO CARESTIA: CATETE Trabalhadores, (lonas- dc-casu e estudantes dc São Paulo resolveram, ante o alarmante cresci- mento do custo da vida. organizar a "Caravana Contra a Caivslia", èonr ponta dc represeutantex de 7 Federações opera- rias, 1°<I sindicatos. .'{()() organizações de liairro. 75 grêmios de estudai!» les universitário!* e 50 dc estudantes secunda' rios, para se dirigir à Capital da Kcpúlilica. uo próximo dia l(>. eom o objetivo de entregar ao presidente Kulnlscltck ii in memorial de proles- Io conda a aluai políti' ca dc preços do Govêr- no e de sugestões sõbrc medidas que deverão ser tomadas. MINAS E K. G. IM) Slí, Também as organiza- ções sindicais dc .Minas ííerais e do Kio Grande lio Sul resolveram adc- rir à iniciativa dos Ira" balhadores p a u listas, c o m p r oineleudo-se a participar da "Caravana Contra a Careslia", en** viando numerosas dele- gações ao Dislrilo Fede- ral no próximo dia 19. Os gaúchos, segundo cs- "latinos "infõrniuxloríj—en— viarão uma delegação composta de 50 repre- scnlantcs sindicais e es- Caravana paulista trará (dia 19) 800 pessoas re- presentando 7 Federações operárias, 194 Sindi- cates, 300 organizações populares, 125 grêmios estudantis Delegações de Minas e Rio Grande do Sul Apoio dos trabalhadores cariocas O deputado Losacco antecipa a NOVOS RUMOS ai- guns pontos do memorial que será entregue a JK ludantis, enquanto que os mineiros preparam- se para incluir na Cara- vana cerca dc 100 rc- prescntantcg sindicais. estudantis e de organi- zações populares. CARIOCAS APOIARÃO Fm reunião nos primeiro havida ' dias da semana na sede da C. ÍN. T. I., nesta Capital, cn- Ire representantes siir dicais paulistas e cario- cas. ficou assentado qne unia comissão dc líderes sindicais do Dislrilo Fc- decai viajaria, na próxi* ma segunda-feira à noi- te, com destino à capital paulista, onde deverá avistar-se eom os organi- /.adores da Caravana. \i- ¦sando-iião a unia pos- sivel adesão dos traiTã-" lhadores cariocas ao cm- preendimento progra- mado. mas, principal" mente, ao estabeleci- incuto dc pnntos-dc-vis- ta comuns, que possibi- lilcm a formação de um movimento nacional pela contenção do custo da vida. ENTENDIMENTOS COM J. k. d dc Com o objetivo abrir o caminho para a Caravana, que partirá dt-São Paulo com cerca dc !!()() pessoas, conda- /idas por 20 ônibus, os membros do Pacto dc Unidade Inlcrsindical ti* verain oportunidade dc se avistar com o presi- dente da República, a fim dc pô-lo a par "do caráter pacífico e ordei- ro da Caravana que virá "7rc~Siírr-Pauio-iio_iijal!9_ do corrente para exami- nar as medidas que es- tão sendo tomadas pelo Governo Federal no combate à careslia de vida, c presturlhe mi- nuciosos esclurecimen- los sobre os objetivos e a organização da referi- da caravana". MINISTRO IRA A SIO PAULO Do encontro com o presidente da Kcpúbli" ca, ficou dcfinilivaincii- le estabelecida a vinda da Caravana no provi- mo dia 19. O ministro do Trabalho, sr. Fei- liando .Nóbrcga, aliian- do como coordenador entre ns lrabalhailores e a Presidência da Re- pública, dirigir-scá a São Paulo, sexta-feira, para. na sede do Sindi- calo dos Empregados do Cõiííêrc1õ7 as- Itt-lio~rãs entrar cm contato com os dirigentes sindicais paulistas a fim dc tomar conhecimento das medi* das por eles sugeridas, c dc receber o respecti- vo meniorial a ser di ri- gido ao presidente da República, uma vez (pie o sr. Juscelino Kubits- chek manifestara o de- sejo de tomar conheci- mento prévio do referi- do documento, para que possa respondê-lo no encontro do dia Io. ORADORES Ainda no encontro (pie os dirigentes sindi- cais tiveram com J.K. uo Catetc ficou estalx- lecido que apenas três oradores farão uso du palavra: uni represen- tante sindical, um estu- (Imite c um delegado das organizações populares. I.ogo após, falará o pre- sidente da República. ASSEMBLÉIA POPULAR Com o objetivo dc dar conhecimento ao povo paulista dos resultados do encontro da (.'arava- na com o chefe do Go" vêrno, as entidades sin- dicais, associações de amigos de bairros e organizações estudantis paulistas, estão desen- volvendo intensa ativi- dade, visando à prepa- lConclui na 11* paginai ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO 0 presidente da Repú- blica vem de aprovar aa -ronclusões do Conselho Iv-cional do Petróleo, rela- tit/a.1 à exploração do pe- tróleo boliviano por em- presas privadas brasllei- rao, Em que pese ter lido parcialmente desautoriza- da a posição do sr. Ro- berto Campos que ex- cluia daquela exploração as firmas que buscassem recursos apenas no Brasil a decisão do CNP não nos parece a que coincide com os interesses nacio- nais. Efetivamente, como temos demonstrado e co- mo neste mesmo número o leitor poderá encontrar no primeiro dos três arti- gos do engenheiro Lobo Carneiro sobre o assunto, é indispensável o exame, pelo Congresso Nacional, das notas reversais de Ro- boré. Implicando, virtual- mente, numa substituição do Tratado de 1938 por um outro instrumento, bas- tante diverso, é evidente que a sonegação do exa- me da matéria pelo Con- gresso constitui uma irre- gulandade, que pode e de- ve ser sanada. ANO I RIO, SEMANA DE 13 A 19 DE MARÇO DE 1959 N.° 3 REDAÇÃO: AV. RIO BRANCO, 257 SALA 1712 Em Goiânia: A Juventude Estudantil Caçada a Bala, Em STRA CADA A sangueira foi urdida pela po> FOGO PARA MATAR - Fotografamos nas paredes dos edifi- ||Cja CQm fará Habilidade C baS- cios de Goiânia as perfurações de balas, todas a meia altura,*j~-wia. isto é, o alvo era o corpo dos estudantes e transeuntes alheios [31116 ÜtlteC%lÍlGt\ClSí * 61*1111611105 ao caso OS FATOS Às vésperas do cruel c sangrento assalto da policia de Goiânia contra os estudantes secun- darislas que pleiteavam, legalmente, a revoga- ção das extorsivas taxas estabelecidas pela "Por- laria 31", o governador do Kstado. Josc 1'cli- eiatio, não assumia compromissos, os mais amplos, dc garantir as pacificas manifestações estudantis, como avançava ainda, considerando a hipótese dv ajudá-los fornecendo um cairo (camioneta) do próprio palácio. Os jovens, que constituíam a comissão es- tiiilautil chefiada pelo presidente da l niâo Goiana dos Ksluilanles Secundários. José Mai- (ins de \y.cvedo, deixaram o palácio encoraja- dos c dispostos a continuar pleiteando suas jiis- Ias reivindicações. As provas de garantias plenas, oferecidas pelo governador, cslcnderani-sc ao ponto de telefonar, pessoalmente, para o Secretário de Segurança, sr. Titules Heis diante da comis- são estudantil drlcrininando-lhe que não in- terferisse nas manifestações estudantis c. mais, mantivesse o policiamento da cidade longe do percurso dos piquetes dos secumlaristas. Con- tudo. embora as amplas demonstrações de so" lidariedade do próprio governador, os estu- dantes não desprezaram as exigências buroerá" licas, comunicando ao Secretário dv Seguram ea suas intenções e solicitando autorização para a realização do movimento. A mocidaile estudantil percorreu as ruas de Goiânia eCampinas, dividida em piquetes. Como haviam tomado compromisso formal de garantir O policiamento da cidade, contra a penetração de desocupados ou delinqüentes, em suas filei- ras, as manifestações correram dentro da mais absoluta ordem. Foram mesmo surpreendidos com a solidariedade (Io comércio e de lõda a população, que não regateavam demonstrações de carinho ao movimento. Ao cair da tarde do dia (o da sangueira) algo de estranho nublava o ímpeto dos jo- vens e lhes criava leve ponta de desconfiança. das vítimas e perfurações de ba- Ias nas paredes dos edifícios pro- vam que os tiros não foram dados para o chão ou para o ar, eram mesmo para matar -— «Não se preocupem, disse alguém durante a chacina, são tiros de festim (Reportagem dc A. BUONO JÚNIOR) I!" (|iie. contrariando Iodos os compromissos as- sumidos c as determinações do Governador, o Secretário dv Segurança determinou (pie uni- dades da Uadiopatrulha acompanhassem os grupos (pie se espalhavam pela cidade. Por volta dc 20 horas, cansados e empoei- rados. resolveram encerrar as manifestações com breve exortação na Praça Cívica (centro de Goiânia) e retirar-se. Assim, após breves palavras de José .Martins dv Azevedo, entoaram o hino nacional.(Conclui nu II' páRlni»» ^m%^Êmm\\s\^mm\ \\^Ê^&?t' JOAO GUIMARÃES DOS SAN- TOS Jovem soldado da Poli- cia de Goiás que se recusou te- minantemente cumprir a ordr de fuzilar os estudantes IICC»II€111 O *$*OVt'l*110 lteal»rtviii-*<* As íísrolu 0 ensino não pode continuar a ser fo nte de lucros para os donos de colégios Enorme faixa cm frente á si.'dt' du União Nacional dns Estudantes saúda como "uniu granei***: vitória" o término da greve que, durante alguns Cias, paralisou todos os e ta- beleclinentos dc ensino secun- clárlo dn liais. Lutando contra ;i carestla e reivindicando o direito tíe c ludar, os escola- res exigiam a revogação da portaria ministerial que au- mentava as anuidades cm Há' Graças à combatlvi- dade com que se empenharam na luta e'ao apoio que cucou- traiam dos trabalhadores e tle toda u população, os estu- (fonte** levaram o governo n recuar, reduzindo para 10'.' o aumento máximo permiti- do para as anuidades escola- res de lü-õT. Além ciis-o, de acordo com a not.i oficial dl."lrlbviic>a a impiensa, comprometeu-se o Presidente du República a ampliar a rede federal cie en- sino médio, a cumprir o dis- positivo constitucional que determina uma quota dc 10% cto receita tributária para a.«. despesas com o ensino e a apressar a aprovação do pro- jeto de Diretrizes e Bases da Educação. Vitoriosos, os estudantes vol- taram às escolas, abonadas as faltas dos dia** de greve Em nota oficial, as entievades es- tudantl** prestam homena- prm no.s "bravos colegas de Goiânia, que pagam noa lei- to.s de hospitais o mnioi trl- btito pela vitória", agradecem o apoio dos trabalhadores e dos pais de família e advei- tem que exercerão uma "vigl- lâncla permanente dos com- pronilssos assumlctos polu go vêrno da República". A solução encontrada pelo governo que passara u contribuir com 25' paru o.s proprietárias dos colégio..' -• vem ao mesmo tempo compro- var que a solução verdadeira paru o problema do ensino e a sua completa oficialização. O.s fatos e.stáo mostrando qm o ensino não pode con;intuir a ser um negócio —• rendoso para os donos tre colégios e extorsivo para os estudantes e pais de família. É Possível Vencer O luetMo do movimtnto grevista doe 'tiTudãmel' secundários contra a alta excessiva dai anuidadei escolares representa um êxito parcial, mas signifi- cativo, na batalha que o povo trava contra a cares- tia e a politica econômica do governo. Impondo a vitória de suas reivindicações, atra- vés de um movimento tenaz e organizado, os es- tudantes provaram mais uma vez que a resistência popular contra a elevação descontrolada dos pre- ços pode obrigar o governo a dar volta-alrás, a re- cuar em sua orientação altista. As lutas unitárias e coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição de lutas de massas, desem- penham um papel politico da maior importância e forçam o governo vacilante e contraditório do sr. Kubitschek a inclinar-se para o lado dos interesses do povo. A juventude dos colégios demonstrou que a ba- talha contra os altos preços pode ser ganha. Não se justifica o ceticismo fomentado muitas vezes por interesses egoístas dos que pregam a inuti- lidade da campanha popular contra a careslia. sob a alegação de que a alta dos preços seria deter- minada por causas objetivas e teria, assim, um ca- ráter inexorável. E' certo que a inflação e a cares- lia estão relacionadas com problemas básicos, de- correntes da própria estrutura econômica do país: a dependência ao capital monopolista estrangeiro, o atraso de nossa economia agrária e o próprio pro- cesso de rápida industrialização. Nos últimos meses, a brusca elevação dos preços decorre de causas mais imediatas, ligadas à politica realizada pelo governo do sr. Kubitschek, sob a inspiração de in- terêsses antinacionais e antipopulares, no terreno do comércio exterior, no setor cambial, na esfera do crédito e do sistema tributário. E' possível, portanto, atenuar os efeitos negativos da inflação e reduzir o ritmo de elevação dos preços, se o governo mu- dar os rumos de sua politica econômico-financeira no sentido indicado pelas forças populares e na- cional islãs. Â vitoriosa ação dos estudantes, seguem-se no- vas manifestações populares. Grande significação te- a marcha dos trabalhadores paulistas, que de- sejam expressar ao governo seu protesto contra a carestia e apoiar as medidas que venham a ser to- madas para detê-la. Diante do caráter pacífico e organizado des- sas manifestações, a repressão violenta ensaiada por alguns setores reacionários do governo pode contribuir para desmoralizar ainda mais as autori- dades. Metralhando inermes estudantes em Goiâ- nia, a polícia não conseguiu afogar em sangue o seu justo, protesto. Ao contrário: despertou novos e maiores protestos, indignou a Nação. E o governo foi obrigado a recuar. Agora, o coronel Danilo lança ameaças con- tra os trabalhadores paulistas, quer impedi-los de exercer um direito assegurado pela Constituição, O povo enfrentará tais ameaças fortalecendo sua uni- dade e sua organização. Elevará mais alto o teu protesto. E vencerá.

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CONTRAPOVO

Êm

NOCARESTIA:CATETE

Trabalhadores, (lonas-dc-casu e estudantes dcSão Paulo resolveram,ante o alarmante cresci-mento do custo da vida.organizar a "Caravana

Contra a Caivslia", èonrponta dc represeutantexde 7 Federações opera-rias, 1°<I sindicatos. .'{()()organizações de liairro.75 grêmios de estudai!»les universitário!* e 50dc estudantes secunda'rios, para se dirigir àCapital da Kcpúlilica. uo

próximo dia l(>. eom oobjetivo de entregar ao

presidente Kulnlscltckii in memorial de proles-Io conda a aluai políti'ca dc preços do Govêr-no e de sugestões sõbrcmedidas que deverãoser tomadas.MINAS E K. G. IM) Slí,

Também as organiza-

ções sindicais dc .Minasííerais e do Kio Grandelio Sul resolveram adc-rir à iniciativa dos Ira"balhadores p a u listas,c o m p r oineleudo-se a

participar da "Caravana

Contra a Careslia", en**viando numerosas dele-

gações ao Dislrilo Fede-ral no próximo dia 19.Os gaúchos, segundo cs-"latinos "infõrniuxloríj—en—

viarão uma delegaçãocomposta de 50 repre-scnlantcs sindicais e es-

Caravana paulista trará (dia 19) 800 pessoas re-presentando 7 Federações operárias, 194 Sindi-cates, 300 organizações populares, 125 grêmiosestudantis — Delegações de Minas e Rio Grandedo Sul — Apoio dos trabalhadores cariocas — Odeputado Losacco antecipa a NOVOS RUMOS ai-guns pontos do memorial que será entregue a JK

ludantis, enquanto queos mineiros preparam-se para incluir na Cara-vana cerca dc 100 rc-prescntantcg sindicais.estudantis e de organi-zações populares.

CARIOCAS APOIARÃO

Fm reuniãonos primeiro

havida' dias da

semana na sede da C. ÍN.T. I., nesta Capital, cn-Ire representantes siirdicais paulistas e cario-cas. ficou assentado qneunia comissão dc líderessindicais do Dislrilo Fc-decai viajaria, na próxi*ma segunda-feira à noi-te, com destino à capitalpaulista, onde deveráavistar-se eom os organi-/.adores da Caravana. \i-¦sando-iião só a unia pos-sivel adesão dos traiTã-"lhadores cariocas ao cm-

preendimento já progra-

mado. mas, principal"mente, ao estabeleci-incuto dc pnntos-dc-vis-ta comuns, que possibi-lilcm a formação deum movimento nacionalpela contenção do custoda vida.

ENTENDIMENTOSCOM J. k.

ddcCom o objetivoabrir o caminho para aCaravana, que partirádt-São Paulo com cercadc !!()() pessoas, conda-/idas por 20 ônibus, osmembros do Pacto dcUnidade Inlcrsindical ti*verain oportunidade dcse avistar com o presi-dente da República, afim dc pô-lo a par

"do

caráter pacífico e ordei-ro da Caravana que virá

"7rc~Siírr-Pauio-iio_iijal!9_

do corrente para exami-nar as medidas que es-

tão sendo tomadas peloGoverno Federal nocombate à careslia devida, c presturlhe mi-nuciosos esclurecimen-los sobre os objetivos ea organização da referi-da caravana".

MINISTRO IRA ASIO PAULO

Do encontro com opresidente da Kcpúbli"ca, ficou dcfinilivaincii-le estabelecida a vindada Caravana no provi-mo dia 19. O ministrodo Trabalho, sr. Fei-liando .Nóbrcga, aliian-do como coordenadorentre ns lrabalhailorese a Presidência da Re-pública, dirigir-scá aSão Paulo, sexta-feira,para. na sede do Sindi-calo dos Empregados doCõiííêrc1õ7 as- Itt-lio~rãsentrar cm contato com

os dirigentes sindicaispaulistas a fim dc tomarconhecimento das medi*das por eles sugeridas,c dc receber o respecti-vo meniorial a ser di ri-gido ao presidente daRepública, uma vez (pieo sr. Juscelino Kubits-chek manifestara o de-sejo de tomar conheci-mento prévio do referi-do documento, paraque possa respondê-lono encontro do dia Io.ORADORES

Ainda no encontro(pie os dirigentes sindi-cais tiveram com J.K.uo Catetc ficou estalx-lecido que apenas três

oradores farão uso dupalavra: uni represen-tante sindical, um estu-(Imite c um delegado dasorganizações populares.I.ogo após, falará o pre-sidente da República.ASSEMBLÉIAPOPULAR

Com o objetivo dc darconhecimento ao povopaulista dos resultadosdo encontro da (.'arava-na com o chefe do Go"vêrno, as entidades sin-dicais, associações deamigos de bairros eorganizações estudantispaulistas, estão desen-volvendo intensa ativi-dade, visando à prepa-

lConclui na 11* paginai

ROBORÉ:

SUBMETERÃOCONGRESSO

0 presidente da Repú-blica vem de aprovar aa-ronclusões do ConselhoIv-cional do Petróleo, rela-tit/a.1 à exploração do pe-tróleo boliviano por em-presas privadas brasllei-rao, Em que pese ter lidoparcialmente desautoriza-da a posição do sr. Ro-berto Campos — que ex-cluia daquela exploraçãoas firmas que buscassemrecursos apenas no Brasil— a decisão do CNP nãonos parece a que coincidecom os interesses nacio-nais. Efetivamente, comotemos demonstrado e co-mo neste mesmo númeroo leitor poderá encontrarno primeiro dos três arti-gos do engenheiro LoboCarneiro sobre o assunto,é indispensável o exame,pelo Congresso Nacional,das notas reversais de Ro-boré. Implicando, virtual-mente, numa substituiçãodo Tratado de 1938 porum outro instrumento, bas-tante diverso, é evidenteque a sonegação do exa-me da matéria pelo Con-gresso constitui uma irre-gulandade, que pode e de-ve ser sanada.

ANO I RIO, SEMANA DE 13 A 19 DE MARÇO DE 1959 — N.° 3

REDAÇÃO: AV. RIO BRANCO, 257 — SALA 1712

Em Goiânia: A Juventude Estudantil Caçada a Bala, Em

STRACADA

A sangueira foi urdida pela po>FOGO PARA MATAR - Fotografamos nas paredes dos edifi- ||Cja CQm fará Habilidade C baS-cios de Goiânia as perfurações de balas, todas a meia altura, *j~- wi a.isto é, o alvo era o corpo dos estudantes e transeuntes alheios [31116 ÜtlteC%lÍlGt\ClSí — * 61*1111611105

ao caso

OS FATOSÀs vésperas do cruel c sangrento assalto da

policia de Goiânia contra os estudantes secun-darislas que pleiteavam, legalmente, a revoga-

ção das extorsivas taxas estabelecidas pela "Por-

laria 31", o governador do Kstado. Josc 1'cli-

eiatio, não *ó assumia compromissos, os maisamplos, dc garantir as pacificas manifestaçõesestudantis, como avançava ainda, considerandoa hipótese dv ajudá-los fornecendo um cairo

(camioneta) do próprio palácio.Os jovens, que constituíam a comissão es-

tiiilautil chefiada pelo presidente da l niâoGoiana dos Ksluilanles Secundários. José Mai-(ins de \y.cvedo, deixaram o palácio encoraja-dos c dispostos a continuar pleiteando suas jiis-Ias reivindicações.

As provas de garantias plenas, oferecidas

pelo governador, cslcnderani-sc ao ponto detelefonar, pessoalmente, para o Secretário deSegurança, sr. Titules Heis — diante da comis-são estudantil — drlcrininando-lhe que não in-terferisse nas manifestações estudantis c. mais,mantivesse o policiamento da cidade longe do

percurso dos piquetes dos secumlaristas. Con-tudo. embora as amplas demonstrações de so"lidariedade do próprio governador, os estu-dantes não desprezaram as exigências buroerá"licas, comunicando ao Secretário dv Seguramea suas intenções e solicitando autorização paraa realização do movimento.

A mocidaile estudantil percorreu as ruas deGoiânia eCampinas, dividida em piquetes. Comohaviam tomado compromisso formal de garantirO policiamento da cidade, contra a penetraçãode desocupados ou delinqüentes, em suas filei-ras, as manifestações correram dentro da maisabsoluta ordem. Foram mesmo surpreendidoscom a solidariedade (Io comércio e de lõda a

população, que não regateavam demonstraçõesde carinho ao movimento.

Ao cair da tarde do dia .í (o da sangueira)

já algo de estranho nublava o ímpeto dos jo-vens e lhes criava leve ponta de desconfiança.

das vítimas e perfurações de ba-Ias nas paredes dos edifícios pro-vam que os tiros não foram dadospara o chão ou para o ar, erammesmo para matar -— «Não sepreocupem, disse alguém durantea chacina, são tiros de festim —

(Reportagem dc A. BUONO JÚNIOR)

I!" (|iie. contrariando Iodos os compromissos as-sumidos c as determinações do Governador, oSecretário dv Segurança determinou (pie uni-dades da Uadiopatrulha acompanhassem osgrupos (pie se espalhavam pela cidade.

Por volta dc 20 horas, cansados e empoei-rados. resolveram encerrar as manifestaçõescom breve exortação na Praça Cívica (centrode Goiânia) e retirar-se. Assim, após brevespalavras de José .Martins dv Azevedo, entoaramo hino nacional. (Conclui nu II' páRlni»»

^m%^Ê mm\\s\^mm\ \\^Ê^&?t'

JOAO GUIMARÃES DOS SAN-TOS — Jovem soldado da Poli-cia de Goiás que se recusou te-minantemente cumprir a ordr

de fuzilar os estudantes

IICC»II€111 O *$*OVt'l*110

lteal»rtviii-*<* As íísrolu0 ensino não pode continuar a ser fo nte de lucros para os donos de colégios

Enorme faixa cm frente ási.'dt' du União Nacional dnsEstudantes saúda como "uniugranei***: vitória" o término dagreve que, durante algunsCias, paralisou todos os e ta-beleclinentos dc ensino secun-clárlo dn liais. Lutando contra;i carestla e reivindicando odireito tíe c ludar, os escola-res exigiam a revogação daportaria ministerial que au-mentava as anuidades cmHá' Graças à combatlvi-dade com que se empenharamna luta e'ao apoio que cucou-traiam dos trabalhadores etle toda u população, os estu-(fonte** levaram o governo nrecuar, reduzindo para 10'.'o aumento máximo permiti-

do para as anuidades escola-res de lü-õT.

Além ciis-o, de acordo coma not.i oficial dl."lrlbviic>a aimpiensa, comprometeu-se oPresidente du República aampliar a rede federal cie en-sino médio, a cumprir o dis-positivo constitucional quedetermina uma quota dc 10%cto receita tributária para a.«.despesas com o ensino e aapressar a aprovação do pro-jeto de Diretrizes e Bases daEducação.Vitoriosos, os estudantes vol-

taram às escolas, abonadas asfaltas dos dia** de greve Emnota oficial, as entievades es-tudantl** prestam homena-prm no.s "bravos colegas deGoiânia, que pagam noa lei-

to.s de hospitais o mnioi trl-btito pela vitória", agradecemo apoio dos trabalhadores edos pais de família e advei-tem que exercerão uma "vigl-lâncla permanente dos com-pronilssos assumlctos polu govêrno da República".

A solução encontrada pelogoverno — que passara ucontribuir com 25' paru o.sproprietárias dos colégio..' -•vem ao mesmo tempo compro-var que a solução verdadeiraparu o problema do ensino ea sua completa oficialização.O.s fatos e.stáo mostrando qmo ensino não pode con;intuira ser um negócio —• rendosopara os donos tre colégios eextorsivo para os estudantes epais de família.

É Possível VencerO luetMo do movimtnto grevista doe 'tiTudãmel'

secundários contra a alta excessiva dai anuidadeiescolares representa um êxito parcial, mas signifi-cativo, na batalha que o povo trava contra a cares-tia e a politica econômica do governo.

Impondo a vitória de suas reivindicações, atra-vés de um movimento tenaz e organizado, os es-tudantes provaram mais uma vez que a resistênciapopular contra a elevação descontrolada dos pre-ços pode obrigar o governo a dar volta-alrás, a re-cuar em sua orientação altista. As lutas unitárias ecoordenadas dos trabalhadores, da classe média edos setores progressistas do patronato, à medida emque assumem a feição de lutas de massas, desem-penham um papel politico da maior importância eforçam o governo vacilante e contraditório do sr.Kubitschek a inclinar-se para o lado dos interessesdo povo.

A juventude dos colégios demonstrou que a ba-talha contra os altos preços pode ser ganha. Nãose justifica o ceticismo — fomentado muitas vezespor interesses egoístas — dos que pregam a inuti-lidade da campanha popular contra a careslia. soba alegação de que a alta dos preços seria deter-minada por causas objetivas e teria, assim, um ca-ráter inexorável. E' certo que a inflação e a cares-lia estão relacionadas com problemas básicos, de-correntes da própria estrutura econômica do país: adependência ao capital monopolista estrangeiro, oatraso de nossa economia agrária e o próprio pro-cesso de rápida industrialização. Nos últimos meses,a brusca elevação dos preços decorre de causasmais imediatas, ligadas à politica realizada pelogoverno do sr. Kubitschek, sob a inspiração de in-terêsses antinacionais e antipopulares, no terrenodo comércio exterior, no setor cambial, na esfera docrédito e do sistema tributário. E' possível, portanto,atenuar os efeitos negativos da inflação e reduziro ritmo de elevação dos preços, se o governo mu-dar os rumos de sua politica econômico-financeirano sentido indicado pelas forças populares e na-cional islãs.

 vitoriosa ação dos estudantes, seguem-se no-vas manifestações populares. Grande significação te-rá a marcha dos trabalhadores paulistas, que de-sejam expressar ao governo seu protesto contra acarestia e apoiar as medidas que venham a ser to-madas para detê-la.

Diante do caráter pacífico e organizado des-sas manifestações, a repressão violenta ensaiadapor alguns setores reacionários do governo só podecontribuir para desmoralizar ainda mais as autori-dades. Metralhando inermes estudantes em Goiâ-nia, a polícia não conseguiu afogar em sangue oseu justo, protesto. Ao contrário: despertou novos emaiores protestos, indignou a Nação. E o governofoi obrigado a recuar.

Agora, o coronel Danilo lança ameaças con-tra os trabalhadores paulistas, quer impedi-los deexercer um direito assegurado pela Constituição, Opovo enfrentará tais ameaças fortalecendo sua uni-dade e sua organização. Elevará mais alto o teuprotesto. E vencerá.

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V (iVACINA 2 ummp» 13 a 19-3 - 1959

¦ PARAGUAI —PAÍS HIPOTECADO_________

£in £_../*•¦ a DitaduraDo Tirana Stroessner

Como as reações nuclearescm cadeia, depois dos acon-tccimentos que levaram ..queda de uma série de dita-dura. antlpopularc* na Amé-rica Latina (terminando porVcnenueU e Cuba), estreme-cem as bates da tirania deMfredo Stroessner no Para-.uai,

O sinal mais evidente deune estáo contados os dias daditadura sangrenta de Stroes-ítier é que se dividem aspróprias terças politica» emque ela ie apoia.

Ausência deLiberdade

Desde su» ascensão ao Pu-'ler, Stroessner liquidou anliberdades democráticas noParaguai, Pós (ora da lei ospartidos políticos. Eliminou *liberdade de Imprensa. Res-mu um único partido -- oColorado — ion-*re_ando ossetores mais reacionários da'hurguesia e do latifúndio,estreitamente unidos aos mo-nnpólios dot Estados tinidos.Os partidos mais influentes eque representam as camadasmedia» • os trabalhador». —

o r.hrcri.ta, n Liberal e o Co-inunistu — estão redii/.idos a.ilegalidade. Um matéria "elri-toral" Impero _ lista únicados candidatos impostos pelo(1 «vêrno.

O ditador p„ra*rualo temtomada muitas medidas com_ máscara da legalidade ouupoiando-se na justiça. AJustiça foi inteiramente cor-rompida e serve nos desisntosditatoriais. As garantias In-tlivldunls e-lão suprimidas.Domina de longa data o "es-tado-de-sitlo", a cuja somlira o ditador prneur. Imp •dir qutlquer manifestação tivontade popular.

Vendido aoImperialismo

O gov.ru» dc Stroessner setem dislinguulii pelo seu rei-cionarismo extremo e P"ragir como simples junta e_e-¦utivu da vontade do capitalnorte-americano no pais. I-náo pudemos esquecer que oParaguai, nos últimos tempos,tem sofrido ti desgraça degovernos serviçais dos tmpr-

• DIVISÃO NO PARTIDO DO GOVERNO

FORMA SE UMA JUNTA PATRIÓTICA

PERSEGUIDOS REFUGIAM SE NO URUGUAI E ARGENTINA

A POSIÇÃO DOS COMUNISTAS PARAGUAIOS

riilislas ianques, como o drMiirinigu ou J-.stigarrihia.

()uando se afirma qacStroessner é uni agente dnstrustes americanos, n á u srusa uma força dc expressai).Sua reeleição foi abertameu-le patrocinada pelo capitalamericano interessado naexploração do petróleo para-gualo, È a reeleição, como sesabe, náo passou tle uma fnr-sa. Já em 1Í155 o Partido Co-munista paraguaio denuncia-va ao povo a imoralidade dnconstrução dc oleodutos, es-tratlas e aeroportos no paisde acordo iam interesses co-merciais ou estratégicos dasamericanos. Km 1957, Strocs-sner concedeu a grandes cm-presas do. Kstados toldesprivilégios para a exploraçãod„ p"trõleo do Cínico. Cum-p.omeleu-se a restringir acultura do algodão, „ fim de

Não Se Repetirá!__________________________________________.i-H__i_j_______fl_rtSY___v,___-.__ _. . ___,.__________¦__ .'-.._.__ ¦. .- '._¦___ ¦ --&IT.-7_ -. - '-.'.¦ ... -

pMPl lffy____^l__i__^ffy' ; ***lff ÍX^''' Ê '¦;.-"¦¥Á

_PÍ»_Ei. '¦''). ___É_/______R_t'^__*í ¦^_______ÍP<^_t&*v íw ~Wm^$yilktLmm*Ê^mmV^ V"r W- ¦ ¦*«*' r* _F \l* i __. ^' _:¦¦Í-J"* ¦wmEr^y_F^$_____E_____p->_,_B»^TK3M_ ^*:. '?__—w___P v * ''.__. " " . _lí^_*-_*.¦'¦'--' % mF '-í%.t__í___E ____________kT _^^^^__ - mW — __¦ _____ *«•??¦ .. ____*'-_.**' *-.. -_-__-_ :Wk_i: *v. v_ *. V<_¦__(______.* '•__! ___"_f mr -w*'* T" J^^W, - vy a *¦' *____¦, ____f_W j—'CT—- «P'__¦ ____.

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K^mI _____L^^ ^^^^^__D_______I _____r ^^___ _____________""V __! Ife^il b'i' s^-1 HWf^ - ^__K_f_S ______HPP»^--___I _r . '¦,-.<¦¦:•'¦... :fir)| ¦___*¦''¦¦' - ——BgSSS_i -B_Jr .''¦ •¦:;_H__i mmw- - ¦ ¦ ,^'Sffl®B I

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Há 20 anos, a 15 de março de 1939, as divisões hifleristas penetravam na

Tcheco-Eslovcíquíc, dilacerada pela traição das potências ocidentais em Mu-

r.ique. A Boêmia e a Morávia eram ocupadas pelos nazistas com suas "panzer".

O Estado Eslovaco constituíra se como uma sucursal do nazismo.

Era o primeiro r.uío podr. da politica das potências imperialistas de rec/r.

mar a Alemanha para lança Ia conlra a União Soviética. Hifler dava o primei-

ío posso decisivo paia sua "ma/cha sobre o lesfe".Transformara-se em papel molhado o Iraiada de defesa firmado pela

frança para salvaguardar, ao lado da URSS, a independência dá Tcheco-Eslo.

vciauici. Somente a União Soviética se mantinha fiel a seus compromissos, cie-

nuneiondo Munique como uma fro/ção infame e uma grave ameaça a paz•n.Mciial. ,..,., ,.

O povo .eheeo-sslbvoeo /amais se submeteu aos alr/o-es lvf/er/stas. Os pa-

friote.. fchecos esíovncos fustiçariam o carrasco Konrad Hanlein, lugar-fenente

cie Hifler para Boêmio e Moravia. E não dariam tréguas aos ocupantes.

S-.s anos mais tarde, com a ajuda decisiva das tropos soviéticas, qus mar

chovam para Berlim - o covil da fera fascista alemã - a Tcheco-E.lovaquia

r.cuperavo a independência e a liberdade.As fofos acima fixam as duas datas extremas: o povo de Praga cerra ns

punhos e chora de ódio patriótico ferido ante os ocupantes cte SUa Pa.fia a

.5 .11-39- na segunda fofo, o povo nas r.cs da Capita! cia Tcheco Eslováquia

(Praça Wlatilav) a 9-V 1945 festejei a vitoria: populares eonírafarnizcim eom

cs soldados da libertação, cuja ofensiva terminara nos escombros do Reichslafl.

não dificultar o comérciointernailonal deste priidutn,de que os americanos têiuenormes excedentes,

Terror Contra csPatriotas

t desconhecido o numerode presos políticos no 1'ara-«uai. Sabe-se porém que o*velhos campos de concentra-ráo abertos pelo ditador Mo-rinigo foram conservados p»rStroessner, Os cárceres estáocheios ainda hoje. Sá» poli-ticos dc diversas tendências

mus sobretudo filiados aoPartido Comunista, ao Febre-rista e ao Liberal. O numerode comunistas, naturalmente.é o maior. Kntre outros pu-demos citar os nomes de An-tiinio Maidana, membro tio

-Hiro Político do l'C p;»"--»-fitato, querido dirigente daclasse operária guarani: doprofessor Júlio Hojas, o lidercamponês Alfredo .Vlcorta.Como aconteceu com Obdu-Ho Barthe, pó**to em libcr-dade há alguns anos pela so-lid.iricd.ide ativa dos comu-nistas e democratas tln Ame-rica Latina, a* vitimas dasperseguições tle Stroessnersáo privadas de tudo nasmasmorras onde >e encon-Iram.

Nos últimos dias numerosmperseguidos políticos para-guitios têm fugido paru s»Argentina, pois ante o agra-v.micnto lia .situará, no paise as novas medidas rcpressl-\.is adotadas pela ditaduran.ío se sentem eles em segu-rança. Calcula-se que unialerçu parte da população <l<>pais - que totaliza 1.000.000pessoas - exilou-se na, /.o-nas fronteiriças iom a Argen-tina.

Divisão noPartido

Governisíatste mesmo agravamento

tia situação c „ in-taliilidadtevidente da ditadura deStroessner dele rmlnarainuma cisão nas hostes dopartido govenlsta, o Colorado,'trata-se de uma organlxnçSobastante liftt-iogènea, etnbo-r_ de tendência geral conscr-vadora e reacionária. Noentanto, unu ala do Partidot- a maioria de seus militan-tes de base se opõem agora Apolítica do setor militar, rc-presentado por Stroessntr. Ospartidários do "coloradoHomero Percyra, segundo "LaPrensa" dc Utienos Aires, saoperseguidos pela ditadura.IVreyra exilou-se em Monte--viilêu. Kntre seus seguidores',..'' eêrc de uma entro. *icpresos. t'ma ula do partidoiidMign a entrega de inuasaos "colorados" para a "de-fcs;1 das Instituições", fii -quanto o setor militar (•contrário a esta medida, Ir-nienilo naturalmente q i> eis-.is armas se voltem conlran próprio ditador,

A crise atingiu a própriaIgreja Católica do Paraimai,até há pinico um dos prim i-pais susteniáculos da tiraniade Slr.oessiier,. Tal ooinoiVconícei-u nos últimos diasd., ditadura de Batista emt nha, a Igreja divide-se, l msetor do clero condena u ar-eebispo de \ isunção por suali .oii.-/a ante os dcsinnruinsutici.iis. í". uni sinal dc queas posições dc Stroessner s-i»realmente perlclllanlos.

Forma-se a JuntaPatriótica

liei entemente organizada, a."iiiuia Patrióliea Paraguaianr.ihji de denunciar as a, men -i-.i^ c repressões sangrentasv as perseguições indiscrimi-nadas-, da dil idiira. t m -i-udiu iiinciili) dado a publicoafirma que mulheres e ciian-ças s,ui tomadas como refénsc ns sacerdotes são Impedi-dns tle visitar os presos poli-tlcíis, O terror é usado comoarma para fazer talar os pro-IcMms ante os atos de cruel-dade. A isto, acresc-wita o do-i iiinenlo da Junta Patriótica,soiim-sc a penúria econômicaque atravessa o pais.

A .tonta Patriótica Para-guala diz-se constituída pnreidadâiis paraguaios, pátrio.Ias e democratas, excluído?os cimunislas ". tendo por fi-utilidade a derrocada da dl-ladur-t de Stoessner, 1'iocia--na-sc resolvida a recorrer *

Iodos os meios'' para iissegll-rar seus objetivos, que saoentre outros os seguintes:

a) Destruir a ditadura eimplantar um F.stado de di-reito; li) levantar o estado--dc-sítio; c) conceder anistiaaos presos palíticos; d) res-labcleccr os direilos e ganiu-(ias individuais; ei reconhe-ter a liberdade de organiza-eáo a todos os partidos de-mocráticos; fi restaurar aliberdade de imprensa e dropinião; g> promover o re-gresso ao país dc todos osexilados políticos; li. puniçãopara os lorturadores e res-ponsáveis por crimes cometi-rios durante a época dilato--ial

QUEM É STROESSMEKO atual carrasco do

povo paraguaio proje-tou se na vida políticana enxurrada da guerracio Chaco. Enquanto os

povos do Paraguai eBoiívia se dessangra-vam e, com seu sangue,amassavam lucros ostrustes de petróleo ame-ricanos e ingleses, Stro-essner — então chamado"o coronel Valijera" -

realizava a instrução dssoldados que deveriammorrer pelo capital es-trangeiro.

Seu nome de origem

alemã náo aparece nos comunicados de guerra.Seu apelido se deve a um "feito heróico" durante

a insurreição armada de 1948. Nessa ocasião

Stroessner, temendo ser aprisionado pelas forças

insurretas, pediu asilo na Embaixada do Brasil.

Sua habilidade consiste em saber afastar to-

dos os que lhe fazem sombra. Assim fêz com os

generais Velila Abalos, Montanaro, Diaz de Vivar

e Morinigo. Mais tarde repetiu o golpe contra

Frederico Chaves. Chegou à presidência numa

farsa eleitoral em que foi candidato único. Esta-

vam ausentes das un.-as os Partidos Comunista,

Febrerista, Liberal e setores do próprio Colorado,

o seu partido. Milhares de elementos dessas or-

ganizacões partidárias estavam exilados no Bra-

sil, Argentir/a, Uruguai e México.Suas gestões como Presidente são a de um ti-

pi o "entreguista". Seu hobby: criar cachorros.

Outro: uísque. É famoso por suas orgias noturnas.

Espera se que, uma vez decaido, se fugir à

ira popular, conseguirá chegar aos Estados Uni

dos, aos quais está tão estreitamente ligado.

O PC - ForçaPonderável

Os organizadores dn JuntaPatriótica ainda impedem ,iformação de uma amplafrente única contra a tiraniade Stroessner. unia vez que,afastando o Partido Comu-nista. estáo autoniãticamen-te pondo à margem conslde-ráveis setores da classe ope-rária e do eampesinat. q"eseguem tradicionalmente oscomunistas, cuja influência écrescente entre os trabalha- idores. Além disso, os comu-nistas ganharam o respeitor o reconhecimento de outrossetores da população para-guala por sua firmeza ao en-frentar as repressões da fll- rladurit, de que tém sido as jprincipais vitimas.

lie qualquer forma, desdetine admite a restaurarão da«liberdades democráticas, a ,Junta Patriótica, se for ron-scquenle, leia que admitir satuarão legal dos comunistas,como uma força ponderáveln. reorganização do pais. Docontrário, seria deixar cami-nim aberto á volta de outraditadura qualquer sucedendon Stroessner, como Slroepsner..-cedeu n I sllgarribia e l'.s-tigarrilila a Morinigo.

A Justiça e aSituação do País

O documento dn Junta Pa-triótici Paraguaia contemuma imssagcm digna de ateu-cão. í: a oue se refere á -i-tuação critica dn economiado pais, há decênios e\plo-rado e dessangrado pelostrustes norte-americanos. AiTr-

ma o documento que o Para-guai "é um pais hipotecado"<• que, "no constante empe-nho de conseguir recursos, aditadura náo tem escrúpulosde entregar as forças ener-¦¦(•tiras do pai- a potênciassuperdcsenvolvldns, em ron-dieões minlmas".

!.ecnnheçc, portanto, aJunta que o pais está de P'-se mãos atadas ao imperial!*--nio norte-americano, ma»têm receio tle di/.c-lo aberta-mente.

\ declaração em apreçoacrescenta que no Paraguai

„ trabalhador nao possuiorganizações q u f atuiu-rem" e que "as reelamactusem favor de melhorias feitasatravés de greves, são vio-lentamente- reprimidas"

O pc. Pecl-nma aUnidade

1 - in dos últimos dotunien-tr s ciu' conhecemos do Parti-do Cimiunlsti do Para.uai -oln-r a situação do país dizia:

¦•Nosso povo náo se deixaintimidar pela onressão Sen-te-s" animado pelo exemploda Venezuela (ainda contl-nu.iva a ditadura de Hitislaem Cuba - Nutn tln Reda-çáol, confirmando o ouesempre (lis. • . Partido (d-otimista: Somente ;l lulaunida e decidida dos opera-riit- ç ean*nones»s, d o ' es-liitluiites, de Iodas a- forçasanlidilatoriais pode ithrir na-minbo nara a conquisto tialllierdiid" comnleln e de umaverdntlelra democracia".

N'n mesmo «entldn s- têmpronunciado ultimamente oPartido Febrerista, os JovensLiberais, o p<*'lrr Tnlavera;unidade para llnuldar eom aditadura e restabelecer a de-mocracla no Pnrncrunl.

Não há dúvida tle que tu-dos os democratas da .mi-

rica Latina vêm com a má-xlnia simpatia o movimentoascendente das forcas demo-rrátlras no Paraguai, um dosúltimos focos de tirania quercsia no Continente.

CRÔNICAINTERNACIONAL

SIGNIFICATIVA VITÓRIA DOSCOMUNISTAS NA FRANÇA

Domingo último, realizaram se na França

eleições municipais, para eleger 500 mil conse-

selheiros em todo o país O escrutínio pelo siste-

ma majoritário, que tão bons resultados deu a

de Gaulle no pleito de novembro do ano passado(reduzindo drasticamente o representação do Par-

tido Comunista quase a zero, embora esse partidocor-linuasse o primeiro da França), produziu ago-

ra frutos inesperados.O Partido Comunista não somente reafirmou

sua posição, como inclusive aumentou em gran-de proporção seus votos em numerosas cidades.Em Paris, por exemplo, é o primeiro partido, com30 por cento da votação, enquanto o segundo lu-

gar, ocupado pela União da Nova República (dede Gaulle), vem a grande distância, com 21%.Dos 90 conselheiros municipais de Paris, 29 se-rão comur-istas (em vez dos 27 anteriores). Emoutras grandes cidades, onde o sistema eleitoralfoi proporcional, a derrota dos degaulistas e avitória dos comunistas foi igualmente, espetacularAssim aconteceu em Lyor.\ Marselha Saint Etiènno,Toulouse, LiIIe

Desta forma, apenas 4 meses depois do pieit_ que parecia uma estrondosa vitória de de Gaulie, tesultante das tergiversações possibilitadaspela nova lei eleitoral, nem essas tergiversaçõesvalerem. "Deram resultados totalmente opostosaos procurados" - reconhecem as próprias agências telegráfiras franco-americanas.

Os resultados das eleições francesas vão mui-to além da simples representação parlamentar,Refletem o rápido desprestigio do "homem

provi-clencial", do "homem forte" - de Gaulle. Ê verdade

que uma grande porcentagem do eleitorado quecompareceu às urnas em 23 e 30 de novembrodo ano passado e que sufragou os candidatosda UNR tinha ilusões em de Gaulle. Esperava que,em primeiro lugar, trataria cie encontrar uma so-luqão pacífica para a guerra da Argélia. Isto náoaconteceu: a guerra colonial na Argélia prosse-gue, devorando vidas de franceses e fabulosassomas do erário público Essa parte ingênua doeleitorado também sonhava que de Gaulle to-maria medidas para melhorar as condições deexistência dos trabalhadores. Verificou se preci-samonte o cot:! rc rio: aumentaram verticalmenteos impostos, determinando uma considerável altado custo da vida. Considerável parcela do povofrancês tinha ilusões em que de Gaulle daria suacontribuição para aliviar a tensão iniemacional,diminuir os perigos de uma guerra no mundialTal não sucedeu. De Gaulle anunciou que aFranca ingressaria na corrida às armas atômicase passou compactuar com Ader.-auer no reama-mento da Alemanha Ocidental

Mas o grande golpe foi desferido nos gru*pos fascistas, nos generais

"ultra" da Argélia,nesses m,*sn*os que dão vivas ao traidor Pétain

quando de Gaulle destinbarca em Argel. Agora,sem dúvida, eles gritarão mais ei.-furecidos ain-da, Suas ameaças — inclusive de desembarquede pára quediotcis na França - crescerão. Nàoconseguirão, porém, decidir pela força o quo

i não puderam decidir pela tramóia eleitoral denovembro do ano passado. As forças vivas danação francesa reagem vigorosamente ante o

i perigo de uma guinada da França para - fascis-I mo. A vitória dos comunistas no pleito de domin-

go é uma garantia de que a República e a demo-! cracia serão salvaguardadas no grande país la-

tino.

Page 3: CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição

n a t9-1-1959 novosru^o$. PÁCINA 3-—-

HA RAIZ DA CARESTIA:

DÓLAR QUE ENTRA.MAIS CARO;

DÓLAR QUE SAI.MAIS BARATO

Não pode haver sinceridade nos esforços para a contenção do custoda vida, se a política econômico-f i nanceira do Governo leva ao es£o-meamento do povo e a mais facilidades para empresas estrangeiras

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Não, leitor, infelizmente é apenas uma imagem do passado, de há qua-tro anos, apenas. Hoje, marco de 1959, o arroz está sendo vendido não

a 1"), mas a 28 e 30 cruzeiros o quilo, nesla cidade

A menos que o governo promo-va uma imediata e substancial modificação na atual política econômico-financeira — notadamente apolítica de câmbio -, as anuncia-das medidas de combate à carestiacarecerão de seriedade. Meros paliativos, que apenas dissimularãoem escala mínima a gravidade doproblema, não passarão de expedientes demagógicos. Esse o péraa-mento dos membros da Frante Parlamentar Nacionalista que, em recente reunião, condensaram nestestrês pontos suas idéias sôbre a que.tão:

— as medidas atuais do go-vêrno autorizam o reconhecimentode uma tendência para a implanta

ção total do câmbio livre, altamente nocivo à economia nacional;

— o sistema unilateral do coméreio exterior não permite a aber-tura de novos mercados à exportação brasileira;

— impõem se medidas legaisque disciplinem, em favor da eco-nomia nacional, a remessa de lucrosdas empresas estrangeiras.

A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIOEXTERIOR

As conclusões a que chegaramos parlamentares da Frente Nacio-nalista são tanto mais importar.-íesporque mostram que começa a se•stender a compreensão de que apolítica econômica interna do país• pois, a inflação e a carestia de vi-da, são inseparáveis da política externa. Numa palestra informal com

a reportagem de NOVOS RUMOS, odeputado nacionalista Colombo deSouza (PSD, Ceará) chamou a aten-çáo para o papel de verdadeiro re-gulador da economia nacional, exer-cido pelo comércio exterior. Se, pois,o país continuar preso aos atuaisesquemas de comércio exterior, élógico que continuará a sofrer pre-juízos. O fato de só negociarmos,praticamente, com o Ocidente (aíincluídas metrópoles e colônias), tiracio Brasil o poder de opção, de barganha, essencial no comércio e aconseqüência é o aviltamento dospreços daquilo que vendemos e,pois, a redução das entradas dedivisas para o pais. Além disso,cumpre r.otar que no comércio comos Estados Unidos muitas das nos-sas linhas de exportação são con-correntes com as americanas. Significa que as vendas de tais produtosno Ocidente nã» podem aumentar,e, ao contrário, freqüentemente sereduzem. Mas, por outro lado, comonão podemos paralisar sua produ-cão, esses produtos exportáveis, quedeviam ser uma fonte de riqueza

para o país, ton-amse, inversa-mente, uma carga para o povo bra-sileiro que é quem paga a manu-tenção dos estoques de café, algo-dão e demais produtos não exportados.

EVASÃO DE RIQUEZAS DO PAIS

O deputado Sérgio Magalhães,vice presidente da Câmara, revelacomo estão relacionadas as remes-sas de lucros das empresas estran-

geiras com a vertiginosa alta docusto de vida. Em 1956, as inversoes estrangeiras no Brasil forammaiores do que em qualquer outroperíodo da nossa história. Em 1957e 1958, apesar de que em ritmosmenores, também foi grande a en-trada de capitais estrangeiros. Quesucede, em conseqüêrrcia? Que tam-bém foram maiores do que nuncaas remessas de lucros para o exte-rior, já que esses capitais, evidentemente, só vêm para o Brasil coma condição de extrair lucros. Taisremessas, feitas pelo mercado livrede câmbio, sem controle, sáo autên-ticas sangrias na economia nacional;os dólares obtidos pela exportação,ao invés de serem usados para queo país importe a preços mais bai-xos, o sáo para garantir a saída delucros do capital estrangeiro. Issosem falar no fato de que empresascomo a light podem remeter partedos seus lucros a dólar privilegiado.

OS DOIS MERCADOS DE CÂMBIO

Como é sabido, há rra Brasildois mercados de câmbio: o livre,que está fora do controle do govêrno e é aquele pelo qual saem as remessas de lucros do capital estran-geiro; e o oficial, pelo qual é efe-tuado o grosso das exportações etodas as importações. As moedasno mercado livre custam menos cruzeiros do que no mercado oficial.Num mercado como noutro, o preçodo dólar em cruzeiros depende dograu da procura em relação à quan-tidade de dólares posta à venda.

EXPLICAÇÃO PESSOALRAIMUNDO NONATO

O sr. Emílio Cnrlos entrou no gabinete do presiden-te du Câmara. Na ausência dn sr. Itimicri .Mn/zilli, dcférias em São Paulo, entendeu-se cnm o vice-presidente,cm exercício, sr. Sírjfio Magalhães. Ia apresentar no-vo elemento da bancada dn l'T.\, eleito nn Bahia

Depois1, conversa puxou conversa c o sr, Kiníllo Car-los, inquieto, andando de uni Indo pura o outro, tirou opaletó e passou a tratar de política, Queria saber uopinião do sr. Sérgio Magalhães sôhre a apresentaçãoda candidatura Jânio Quadros pelo PTB, A resposta dosertanejo de Serra Talhada foi retiecuciosa, acompanha-da de um sorriso

Sefftiiu-so umn série de elogios no »r .1 An io Quadros.Para afivclar no ex-governador de São Paulo a nuisca-ra dc nacionalista o sr, Emílio Carlos jogou todos osrecursos de sua imaginarão i« toda a virtuosidade de mi-tigo locutor da BBC de Londres .lã a essa altura com-pletava o gesto de sacai o paletó, arregaçando as man-Kiw.

E o sr. Sérgio Magalhães a fumar e a sorrir.Segundo o sr. Eniilio (ruins <.hã nacionalistas e ua-

cionalistus». O sr. Sérgio Magalhães, por exemplo, éum bom nacionalista. O mesmo, porém, não pode dizero líder do PTN dos demais ftstcs «querem ser donosdo patriotismo» c rotulam lodo mundo de eiitreguista.«Agora estão chamando o Jânio de entreguista, éle,que nos Campos Eliseos tudo fazia pela Petrobrás-, evi-Cindo prioridade para tudo que a IVlrobrás pleiteava,através dc bilhetes enérgicos'-

Mais três minutos dr prosa radiofônica, e eslava osr, Jânio Quadros, ua opinião de seu cabo eleitoral Kini-lio, guindado à posição de nacionalista número um

O sr. Kinílio Carlos prosseguiu em seu libelo con-tra os «falsos nacionalistas» <la .''rente Parlamentar,enquanto o sr, Sérgio Magalhães mantinha a paciênciado anfitrião.

O Jânio trabalhista não deixou de ser apresentadono pequeno programa de eâmera dn sr. Emilio Carlos,Ninguém no PTB está mais integrado n» partido du queo homem da vassoura, cujas virtudes proletárias o lui-lhante locutor enumerou a jato, revelando, mais uma ve/,prodigioso fôlego.

Embevecido, o novo representante do PTN da BoaTerra escutava, enquanto o sr. Sérgio Magalhães cnnti-nuava a ouvir o parlamentar paulista, bem mais elo-quente que o deputado baiano dn PTN, Kmilin a essaaltura suado, desejava fumar. O deputado baiano ofereceu»lhe um cigarro. Não havia fósforos na sala. I. o novo cnm-ponente do PTN de Salvador, sempre calado num tácitodesmentido da marchinha carnavalesca, dirigiu-se a umaante-sala. em busca de fogo. «Kcs, non verba»...

Soltando a primeira baforada de um «Knmel», odeputado nacioaal-janguista sem irritar a garganU como fumo de Virgínia, seguiu adiante, pontificando sôbreo que deveria fazer, dentro dc unia linha patriótica c•em chamar ninguém de entreguista, a Frente Parla-mentar, que o sr. Emilio Carlos prefere criticar de fora,alvejando-a com as rajadas de sua palavra fácil-

PLANO DE EMERGÊNCIA:DUAS SEMANAS DE VIDAo < umprlmentp cie qual-

quer plano concreto contraa carestia da vida só se tor-nará possível se o governoestiver cli-spostu a se apoiardc fato nas trabalhadores er.o povo, a mobilizar conijo-samente u cplnlão publica.Só assim será possível en-frontal' e vencer a resistênciaoferecida pelos setores anti-populares, que vão desde ospatronos da atual politlcneconómico-flnancelra iLueasl, u c a s. Roberto Campos,etc.) ate os especuladores cnepoetstas que enriquecem acusta era fome das massas.Caso contrário, os pianosnão passam do papel.

l-io exatamente foi o queaconteceu com o chamadoPlano iie Emergência, elubo-rndo cm dezembro do a n opassado pelo Departamentode Abastecimento da PDF eaprovado pelo presidenteKubttschek. Trata-se, comoo próprio nome Indica, deum plano contendo apenasmedidas para realização acurto prazo c referentes soa Capital da República, Oplano nâo l o c a ?eq '"i nosfntóres essenclalmenti res-ponsiiveis pela careslia, Istoé, a orientação seaulda pelogoverno no domínio cm eco-nomia e das finanças.

Mesmo assim, porém, oPlano cie Emergência malcomeçou a ser cumprido, teveque ser arquivado. Os Inte-réssej contrariados de certosgrupos econômicos e políticosloco se ergueram conírn aexecução das medidas pro-gramadas e o resultadoêque o plano não teve senãoduas semanas de vida. Oprefeito Sá Freire Alvim c ocoronel Frederico Mindelo,presidente era COFAP. quehaviam sc comprometido agarantir a realização dasmedidos de emergência, ce-deram à pres ão dos gruposde especuladores o negocis-tas. dando o dito por nâodito;

Êste é um exemplo, filemostra oue o sr. JuscellnoKubit.schek só p oderá en-

frentar com seriedade o pro-blema da carestia sc se apoiarde fato no povo. De outromodo tudo não passará deperigosa demagogia.

O Seu a Seu DonoO ex-deputado Bruzzl de

Mendonça, foi nomeado prn-curador da CAPFESP, iwrPortaria n.' -."15, de 2G defevereiro último. E o "Cor-reio da Manhã" cseandall-zou-se com o fato. Não tantopela realização do programaile empregos oficiais distrl-liuidiis aos antigos parlamcn-tares que náo conseguiramreeleição. N e m pelo desres-peito ao decreto proibitivode empregos, desrespeito qurpartiu da própria Casa Civildo sr. Juscelino Kubltschek.O "Correio" dirige seus ata-quês aos comunistas, comose estes ainda tivessem ai-guina coisa a ver com as atl-vidades nu in.Unidades dnsr. Bruzzl, agora premiadaspelo Catete.

No pleito de .1 de outubrodemonstrou-se que o eleito-nulo de bolso que arranjouduas centenas de votos purao sr. Bruzzl não é o mesmoque na legislatura anterioro havia r o n duvido ao Pala-elo Tiradentes, O sr. Bruzzli- hoje um moço recuperadopara a "civilização ocidentale cristã ". V. tendo exercido,antes rle sc formar barbarei,;, profissão de jornalista,bem poderia trabalhar nnjornal do sr. Paulo Bitlrn-court. ou noutro baluarte da'sadia".

Deveria o velho mntutln»da Avenida Comes Freiretirar o procurador Bruzzl drsua lista-negra, pois (. bempossível que o coronel Danilojá tenbíi determinado a In-clnerncão da ficha dn atualslnecurlsta da CAPFESP, pnis

o eleitorado que antes o levouá Câmara já o repudiou. Oemprego arranjado na CasaCivil de JK foi a compensa-çáo.

Se há poucos dólares e muita pro-cura, então cada dólar custará mui-tos cruzeiros. Seria, então, do inte-rêsse nacional que o governo bus-casse meios e modos de colocar maisdólares à disposição do mercadooficial — pelo qual são feitas ascompras do Brasil no Exterior —

pois cada dólar custando menos,menor também seria o preço dasmercadorias estrangeiras importadas. Um exemplo: se um aparelhoelétrico custa nos Estados Unidos,por hipótese, 5 dólares, e se cadadólar do mercado oficial é vendidoaqui a 300 cruzeiros, então esseaparelho não poderá ser vendido noBrasil a menos de 1.500 cruzeiros;,mas, se esse dólar custasse 100 cru-zeiros, o mesmo aparelho aqui che-garia por apenas 500 cruzeiros.

GOVERNO FORNECE DÓLARES AOSTRUSTES

O procedimento do governo,porém, em particular dos srs. Lu-cas Lopes, Roberto Campos, GarridoTorres, responsáveis pela políti.aeconômico financeira, é oposto. Os

passos que dão é no sentido de fa-vorecer às empresas estrangeiras.Ainda no fim do ano passado, pelaPortaria 167 da SUMOC, aqueleselementos autorizaram a que pas-sassem a ser feitas pelo câmbio li-vre as exportações de todos os pro-dutos manufaturados. Segundo estimativas da revista oficiosa "Conjun-

?ura Econômica", tais exportaçõesproduzirão 75 milhões de dólares

por ano. Sendo exportações feitas

pelo mercado livre, é para esse mer-cado que irão os dólares por elas

produzidos. Ou, em outras palavras,serão mais 75 milhões de dólares

postos à disposição dos frustes e em-

presas estrangeiras no Brasil para re-meter seus lucros.

O MECANISMO DA CARESTIA

Não fica nisso, porém, o pre-juízo causado por aqueles senhoresà economia racional. Ao desviar

para o mercado livre exportações

que eram feitas pelo oficial, tam-bém retiram dólares deste último.Se a êste fato acrescentarmos a di-minuiçâo da entrada de dólares de-corrente da queda dos preços intor-nacionais do café, então é fácilcompreender porque a política dossrs. Lucas Lopes e Roberto Campo»força a carestia. Com efeito, se ototal de dólares no mercado oficialse reduz, o preço dessa moeda emcruzeiros tende a aumentar. E oque importamos, seja trigo, ou pe-tróleo, equipamentos para a indús-

fria ou artigos de consumo populartorna se mais caro.

Aloga o governo que fem emvista estimular a exportação aotransferir parte desta para o mer-cado livre, já que o exportador na-cional, por cada dólar de merca-doria vendida, receberá mais cru-zeiros do que pelo câmbio oficial.Entretanto, por que não dá um pas-so também para combater a cares-tia, transferindo parte das importa-ções — equipamentos, por exem-pio — para o mercado livre? Nes-se caso, as importações seriam maisbaratas, já que o importador nacio-ral gastaria menos cruzeiros paraadquirir dólares.

fSTA Ê A POLÍTICA DO ENTRE-GUISMO

Na verdade, o governo não dáesse passo porque seu propósito ófornecer dólares para as companhiasestrangeiras, ainda que isto repre-sente um impacto tremendo sôbre ocusto de vida, como ora acontece.Não dá tal passo porque essa é

precisamente a pe'ítiea dos Lucas,Roberto, etc, política proclamada e

que, .posta em prática parcialmente,já contribuiu para elevar o custo d»vida ao nível em que hoje se acha.

E não há dúvida de que se esteshomens continuarem no governo, asituação dentro em pouco será ain-da pior.

Exprimindo o pensamento daFrente Parlamentar Nacionalista sô-bre o assunto, o deputado SérgioMagalhães afirma que qualquer um

pode ter pontos-de vista sôbre a po-lítica de câmbio, considerar melhoressa ou aquela, modificação. Entre-

tanto, o que os governantes não po-dem fazer é adotar tal ou qual poli-tica sem adotar, ao mesmo tempo,medidas adequadas para estabili-zar o custo de vida e o abasteci-mento. E se as medidas parciais to-madas em nome da estabilizaçãocambial acarretaram o oposto — ins-tabilidade de preços, novas emis-soes, agravamento da inflação,crescimento do custo de vida, etc.— então seria um absurdo persistirpor esse caminho. Assim, as provi-dências internas que foram adota-das — combate à especulação, fa-cilidade ao escoamento das safras,armazenamento, assistência à lavou-ra, etc. - para fazer frente à cares-tia, logo perderão seu efeito, porquea aluai política de câmbio e de rela-ções econômicas com o exterior, emgeral, puxará no sentido contrário.Puxará para o esfomeamento dopovo e para a maior subordinaçãodo Brasil aos capitais estrangeiros.

COFAP: Reunia® SéPara Novos Aumentos

Há três ."emanas nao soreúne o plenário cia COFAP.Eslá em pauta o pedido deaumento de preço do leite.Como o coronel Mlndélo re-cebeu ordens do Cante nosentido de nâo serem conce-nidos, p o r enquatíto, novosaumentos, considera desne-eessárlo convocar u Coiu'e-lho da COFAP

Aí eslá: o COFAP. sob apresidência do coronel Fre-derico Mlndélo, só se reúnequando tem de aprovar au-mentos de preço. Nas pri-meiras semanas diste ano,h.s reuniões se repetiam ln-cesfantemente e, com elas. asaumentos. Basta lembrarque numa única reunião doConselho foram majorudos

5-1 artigos de consumo po-pular. Agora, para quereunir?

Mas o qur acontece 0 queso nfio foi elevado ainda opreço do leite, náo houvetambém mais nenhuma ta-bela para os procVulos horto-granjelros, cujos preços devenda escaparam Inteiriimcn-te ao controle da COFAP. Equanto n outros artigos (leiteenlatado, conservas, produ-tos medicinal», etc), os pro-cos continuam a subir numavelocidade Incontrolável Estasemana, uma 1 n t a de leiteNinho 'melo quilos estavasendo vendida nas farmáciaspor 71 erii:'"lrosi

E assim o coronel Mindê-lo vai presidindo - COFAP.

DE HERBERTMOSES A

"NOVOS RUMOS"O Presidente da Asso-

claeão Brasileira de lm-prensa, I lerbert Mosos,enviou cumprimentos ftRedação de NOVOS P.U-MOS [fio inioio de suacirculação e agradocen-do os exemplares que Umenviamos dos dois prl-meiras números dêst« m-manario,

Page 4: CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição

« PÁGINA 4- NOVd§ÜÜíWOS tf # 1_U UJSE»

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A. _ ^^

No inicio do cada período esco-lar — as matrículas an curso pri-mário estão sentiu ultimadas nopaís inteiro — é necessário uni ha-lanço nas atividades educacionais,nu sentido de sabermos — emboranãn muito exatamente, porque asi"»!atistiras nem sempre são reno-vadas com a oportunidade deseja-da — quantas crianças deixam deingressar na escola e quantas dei-\am a escola .'tules de aprender aler,

0 número de analfabiilns nol.rasil ('¦ de "1',. sendo assinaladano Noite unia pprcenl.it.em muitomaior: eiupíantn nn Sul a ta.va dealíalieli/.açào é de 07,.'!',, naquelaregião é de apenas -¦">._',. A popu-¦lação escolarizável, de "ali anosde idade, corresponde a I7-.Í da po-pularão geral, nu seja um poucomais de 1 li dn total de habitantes.Km l-1"-^. representava cerca de 1"milhões ê meio, dos i|tiais õ-ir.-J naoestavam freqüentando a escola. Tu-do indica que não lia alteração nós-ses dados, considerando que qual-quer pequena melhoria no tocante

t instalação de novas unidades es-colares — e as informações a res-peito são insignificante*» — nãocorresponde, materialmente', nemao déficit rie matrículas dos anosanteriores, nem an crescimento ve-getaüvo da população em idade es-colar, que, segundo o IIKJK, anual-mente, é de 1«V ,.

Em li)...*», ln milhões e meioem idade escolar, sn õ Klli _õl cri-.inças foram matriculada.»., sendoconstatada, oficialmente, uma la-cuna de ....).>(. .«".26. ftsses foram osque ficaram fora (Ias escolas na-quêle ano. IO nos anos anteriores?Aliás, dados comparativos, que sereportam ao ano de HtOU, denun-ciam o crescimento do analfabetis-nto cm nossa tetra. Naquele ano, apopulação -adulta era de !).7«"it).000,dos quais .1.Ü80.(1(111 sabiam ler eescrever, enquanto (t.?«.().(«.00 eramanalfabetos. 50 anos depois, exis-(iam 11 .)()().OlKi alfabetizados elá.350 (Klll analfabetos. Kelaliv.i*mente, a diferença è menor, deb.")f/ passou paia

"»1r.. mas, emnúmeros absolutos, a porcentagemde analfabetos dobrou, I". qual a ra*y.ào disso? E' que a rede escolarprimária é insuficiente para a po*pulação em idade escolar. V. que luzo governo? Cumpre o art. Kiíl daConstituição, que determina a iipli-cação pela .'nião de nunca menosde 109/ da renda resultante dosimpostos «na manutenção e desen*volvimento dn ensino»? Na falade comemoração do '<>" aniversáriodeseu governo, JK falou sóbre tó*das as metas, mas nào disse umasó palavra sòbrc a mela n- .10, quese refere à educação. Afinal, quan-ias escolas foram construída»; du-rante esses (rés último*, anos?

EVASÃO I.SCOI.A1ÍDepois da carência da unidades

escolares, a evasão é, sem nenhumadúvida, o principal fator (lo alto in*dice de analfabetismo no l.rasil. Sco governo não se preocupa em pro*ver a população escolarizável eomuma rede escolar cm içspondenle aosou volume, também não tomaqualquer medida no sentido demanter, até o fim do currículo es-

colar, as crianças que têm a sortede estar matriculadas. Ao contra-rio. todas as barreiras são levanta-(Ias, desde a exigência dos sapatospretos, até a inadequação do ensino,li o baixo nível econômico das fa-mílias não permite a superação detantos obstáculos. Por isso só 1 Ide cada geração está sendo edu-cado.

Em l.lã.l, distribuídas por tséries do curso primário matricula-ram-se 1.1 I_..'!1S crianças. Dessassomente - !•"> iíõ_ concluíram aquelecurso.

\h'm dos dados que mos!iam.sem discussão, que o número dematrículas não significa alfabetiza-ção, a evasão denuncia o caráter dcclasse da educação em nosso pais.Só crianças com certos recursos po-dem ou conseguem matriculai sono curso ginasial. E só S ou 10'id is que iniciam o curso primáriochegam ao 1" ano. O processo de ai-labetizaçãn não pode ser considera-do como correspondente ao númeroglobal de matrículas, em todo opaís. Isto é, o número de mal ri-cuias, já incapaz de atender às ne-cessidades, não corresponde ao nú-mero dos realmente alfabetizados.

Conclui-se, assim, que as cri-ancas nào se conservam na escolapor mais (le li anos. E, ainda, que.além de serem atendidos, apenas¦-¦lr( da população escolarizável,muitos poucos, na realidade, têmcondições de fazer uso dessa ma-trícula, durante tudo o curso pri-.mário. isto é, renová-la. a fim deobter uma base mínima de conheci-mentos. E que medidas tem lo-mado o governo pata reter a cri*anca na escola?

DIMINUEM AS YKKIiASPara ser criada uma rede es*

colar dentro das necessidades dapopulação infantil, o governo teriaque destinar recursos suficientes anensino primário. Mas não o faz. I.é o próprio Ministério da Educaçãoque o confessa no substitutivo,apresentado em 11*57. ao projetoque deveria fixar as «Diretrizes cHases da Educação Nacional»: «Emlüõti, as despesas federais com oensino foram distribuídas na pro-porção de I0'í ao primário, I10TÍ aomédio e I0fi ao .superior. Tropo-mos 211'- ao primário, .'!0rJ ao mé-dio e 10'.'i- au superior, Garantido omínimo constitucional, o ensino primário será amplamente beneficia-du e os demais terão suas verbastambém aumentadas».

Nesses últimos dois anos. in-felizmente, a situação não se modi-ficou para melhor, muito emboralenha sido anunciado, no ano pas-sacio, que são cada vez maiores asdespesas com o ensino. Não é ver-dade que as despesas tenham crês-ndo com a popularização do ensino.com a extensão da rede escolar, mascum «subvenções e auxílios», cujarubrica esconde a suplementaçàofinanceira a entidades particulares.Mesmo as despesas de manutençãoque se elevaram em '¦'•-' i em 1!IÕ7.relativamente an exercício ante-i ior. correspondem em 70', aosgastos com pessoal. No capítulo«Recursos», segundo o Ministro daEducação, em carta publicada no.Correio da Manhã» de 27*1 •"..).

551% dá popniaçã© dojB§?asH é ataalfabefa,porque: \ .- -""•'

. ¦'<«' '

!. ,*<¦*. ¦¦¦¦:-' '".''¦

- 54% DÁ POPUUÇÀO -SCpLARIZAVSL NAO ESTÁ RIEQU-NTANDO AESCplA, POR FAtTÁ OÉhMATRICUÍAS;

"a- DE IO MIWÔK FfídlO Di RANÇAS, EM-1951. $Ô 5.40*251 fORAM

MATRICULADAS-' 7* ' '"

.

_ DESSAS SO 10% CHEGAM AO FIM DO CURSO PRIMÁRIO;

AS DESPESAS COM O ENSINO DIMINUEM: DE 1948 PARA 1956 A VIRBA

DESPENDIDA COM O ENSINO PRIMÁRIO DESCEU DE 60,8 PARA 43,22%;

A VERBA DO FUNDO NACIONAL DO ENSINO PRIMÁRIO 6 INFERIOR A

5% DA VERBA GERAL DÔ MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

OBSERVAÇÃO: NO DISCURSO DE COMEMORAÇÃO DO 3." ANIVERSÁRIODE SEU GOVtfRNO JK NAO DISSE UMA SÓ PALAVRA SOBRE EDUCAÇÃO, AS-

SUNTO QUE CORRESPONDE A META N ° 30

30Aumenta o número de anal£abe tos — Só há matrículas para ametade das crianças em idade escolar — E só 10% dos que ini-

ciam o curso primário chegam ao fim maria rezendec\iste uma burla a respeito do quedetermina o art. 1613 da Constitui-ção, Naquela carta declara o dr.Clóvis Salgado: «Outro ponto im-portante é a definição do que sejadespesa com o ensino. Isso é es-sencial na elaboração orçamentária,para aliviar a educação de grandesdespesas, que tendem a recair noMKC, sem que sejam especifica-mente do ensino».

De acordo com o sr, Anísio Tei-\cira (Kevista Brasileira de Kslu-dos Pedagógicos, n" 00), no totaldas despesas com educação noHrasil. de li'IS a 1 .•">.., a poteenta-cem com o ensino primário desceude lí.S parti I-V22. No orçamentodo exercício vigente, verificamosquc continuam válidos os mesmose velhos propósitos de azeitar ca-nliões. liara coloca los nas mãos dehomens analfabetos: a verba doMinistério da Cucrra representacerca de lfr do orçamento geral,enquanto a do Ministério da ..du*cação é pouco mais de ST'<"« A ver-lia do MC é superior á do MKC cmcerca de ">0*; da verba deste úl-limo. K a verba do Fundo Nacio-nal dn Ensino Primário é inferiora v; da verba gera! do MEC.

Não são de estranhar, poü». asfilas que se estendem às portas dasescolas: não há número de matri-cuias suficientes c nem o governoconcede recursos para aumentá-las.Por outro lado, os que conseguementrar saem da escola semi-anal-fabetos porque não são, lambem,concedidos meios para mantê-los.

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Íl^^Sw^?jgpPr :¦,•>• x', x 4;^:7^WÊm^^^mm^^mKamm ^Ü.\vsí/;i rirrm milhoux i milhares dt! crianças cm plena (<t-

jiiltil tia Hrpiihlii-n. Tinir) Ihr.t falia, iiwlu.slvi' roupas adequada*MipiitH', para freqüentar eseola, Mas t<il'tt lamhéin e.seola, C.rantlitparcela dn mai* nora ^emitiu <lr hra^ileiros vire assim tmfíhandenti

^u ifrmlimrnioa« Iritur* dnlivro (iu sr. Paulo cie Ca-iru

"'1'ei ceini Fòrçu" lEd. Fundocie CtilUirn Rio, I9ú8j uniapcrpiuilii sc íiiipoe nalurnl-meiiic: iioiuie condiu u "ter-cciru fòrçii1', o "terceiro r.üia-nlio' projíoslo pdu autor.' Su-. indo o si Paulo de Ca aro

mu. ./ nu soi iiilistuo, ma.» *.lim ti;in novo (!<• . iiclalisiitouni »oelnlisn.o "nào russo",Ni -.-1 obra (lcfiiie-i»e a "lei-

i ¦.:.; forca" como um "tiiov.-llic.llo poli! ico e .or.u! aiUlilll-jierialistu e de estruturas so-i liiit-iuur.s" ip. 13Ü•. Ou ainda.' ;i polari/açác de todas as coi -ii r.tcs inijiuiiiiis c mio ape-a.in africana», cm lavor (ieun,i solução cconómiun e po-

liiica dc base nntilniperiiillM»-ncialis1-,!. frnnt ilmpiite con-'riiriii iair.0 ao il iininlo ame-

i.i.ntit, i uo ciipitulisnío cm¦ ' ai, como -à subordiiiiiçno

ii aci-ltuçáo do.- i'.»C|Urni:i.s «oa lii.isanca riu 1'tissia'' i.p

Qiict di/.ei para a!inv,nii|iiélt' "sociali.siiiu", ames de'ndo dividem-se u.< fòrçns so-- :all.-.ia . dei u ;- sepurundomais iic 30 n llltòes dc pessoi!.'-tiliadas aos partidos coitiutil.s-tar.. -''ii.. simpati/antcs. seus'•leitores, qur são muitos mi-ilió> - Ca a. sim o ,(iii':i ueix icomi,i)Lsmo, ideologia o;-.

ciivi.xio da classe npcrtiriti,¦>:'• tniidn i\v >.: forma un:itiiigiiiiiro tiaballio em fav< i

d:- rem ão, em favor do fui-perialismii

Não i bslimie, o sr Paulo de'."a -tro pretende npresentnr-spnino imparcial, comu "aeu-

"o", ;io reconhecer "honesta-mente" que a Revolução suriii-üslti (le Outubro de 17 na Rús-•in "rniistltuitl um dos mo-mentos mais portentosos dahistória humana" ip, 53.'Mus, lonliava que, no cursoda revolução, tudo se fizesse'•m sai rificlos para " povoem solriinentos, sem erro

ou não se fizesse1Esta a conclusão Inevitável

ante seus furiosos iiinques aocomunismo russo" nos 11 -liiine (.' mocrático-p ipulari'

Checa a pretender culpar .<1'K.ss de haver provocado,com a i 'ix trucfto do socialis-mo ' uma cniHltsitçno das tór-

cas roíicioli irias mundiais. Ie-nomeno que se trndu/iu nolascismo fi ('iii ataques s:.»te-innticos a ri.isse operária nci-dentiil (ie txiucão conninistasocialista nu simplesníenie dc-mocriitlcn" ¦ p. 55'. a nt/iio(iisso e.it.ina "nos uictodusinternos" utili_iidos pelaliRBSi,a construção do socialismoComo se fosse possível, "comi litros métodos", levai' - bm -«ucsia mundial, as forças dcimperialismo, a reação a as-istirein impassíveis, de bra-

cos cru/ados, a marcha d( umpai.» t|uiili.|iier para o socialis-mo, au crescimento do si» ia -listito nu mundo, ao alastra-mento oe mui influencia, enão estrebuchasse atue aaproximação do fim inevltíi-vel. Por ai tomas uma Idéiadns concepções "inarxisuis"alardeadas pelo próprio auior,

hfii método "marxista" de in-lei pre!ação do.» tatu.». Náo pre-cisa ser marxista para perco-lier (pie ainda que o próprioCristo procurasse construir oxucialuano, de.sdc que contra-riasse os interesses du bm-ijiiesia, esta sc levantaria con-na ele, cruxiliçá-lo-la nova-inetite

V então, negando o socialt»-nlo soviético ii .»x Paulo dcc.i -tro elienn à premi.1 ¦•¦< bási-i,' (ie sua iii"4ltlllcntncão en.(avor de um "terceiro canil-nho" entre o capitalismo e «

¦ i muni istno i o- io ; idem il i-

inaiores coinbitiados mcialur-lia ".» ua Europa, cdiflcndu coma .linda decisiva da URSS, NaChina coiisirutrain-"• ou c -táo em coiiítrtlçâo centenas¦a (jrntuies fabricas e usinaque .»ã.i fruto t'si coipeiacâoiratcrnal da URSS. a Chinaloram riiviados não so eqm-p.niK nt'!.-,, ic.as lábi i' as ini".

ns n lécnicos puni inotUii--!,,- pò-ias em liiiicioiuiiiicn-io, enqi amo milhares (ie j;--(..»( h;ne.- -. i -' xnam :xi ¦ es-colas técnicas (ia União So-

< • iie.i Com a a "ida düL'liSS s Ruinàiiiii seiiiifeu-

AONDE CONDUZ A"TERCEIRA FORCA"?

RUI FACÓ

a o.» lislados Unido e sUnião .Sovatica Para cie. am-boa sáo pai c.» iiii|)erialistas,

'Petiltdo uma tolice (pie estána boca dc todos os "impai-ri.a.»'-' reacionários do mundoO .sr, Paulo dc Castro na"'.oiise;;ue pi)i-'ii) convencer aum habitante da índia ou daUirmània, do Egito ou da Si-ria, da Indonésia ou do Ceilàoque a URSS aue em relação a«eu pais da mesma forma quecs listados Unidos, Inglaterrae França, Todo mundo sabe(pie enquanto as potências ca-pltalistas decretavam o blo-quelo econômico do Eiüto, (a'-¦vii» de Sue/, a União Sovlé-ueii prontificava-se a fome-

et' an Eftlto, e fornecia-lhe.ido o que necessitasse, desde

petróleo e irino ate máquinase equipamentos para usinas ctabricas e, finalmente, um vul-'oso credito que lhe fora re-•usado pelos Estados Unido.»paia levantar a reprísa ue

Assiui Enquanto a politicadas potências iniperlalista.»tem sido impedir |wr todo>o- meios a industrializaçãorios paises subdesenvolvidos, aUnião Soviética procura jus-lamente incentiv ir a indus-1 rializaçáo desses paises, comobase de sua independênciaeconômica e reforça mento daIndependência política. Náoqueremos sugerir (pie dc un.lado e, iáo OS ' .lolls'' e (le nu-iros o.» "maus'1. É que estapolítica corresponde aos inte-résses (ia classe operária mun-(uai, aos interesses do socialis-mu em âmbito internacional.

Dentro desta orientação, aURSS maimurou, em relaçãoaos paises do campo socialista,uma política consistente emimpulsionar por todos o»meios a fundação de sua ia-dústria pesada. Imprescindl-vel á criação da base econô-mlca ('o socialismo. Ai estáNova Huta, na Polônia um dns

(ial (te ontem oterece llOJC aoBrasil instalações paia a iii-dústria petrolífera e a Polo-c.lii nos vende navios

Nàu se podem idcntlti-cur Estados (Estados l'nid'-'> et' F í:-'.-»' com política táo dia-metralmonte oposta

¦'.ate estes fatos concretosas palavras do sr. Paulo deCisiro perdem seu valor e osi Paulo de Ca»tro se desa-credita perante aqueles leito-res que não se contentem compalavras, por mais [irandilo-quenteji que sejam, como pervezes são, neste seu livro.

Se o sr. Paulo de Castro 1'òs-se equilibrado em suas nua-Uses, dando o destaque que daaos países coloniais e depen-dentes, dlsiina.uirlii a.s posl-cues opostas da l.'RKS e dofí;k UU ic Inglaterra tl-ianca. cm relação àquelespaises

Estas deturpações e o oculta-mento de fatos tem nu livrodo sr. Paulo de Castro o ob.ic-tivo de convencer de que so alerceira posição", o ' terceiro

íiinlnho", a "terceira torçauma posição equidlstante

' :.',:.¦ o capiliiliMiio e o "co-iiuinismo russo" • - seria o ri;-am certo, K dcvcr-se-la então«i ndenar iauaIntente tanto oimperialismo americano comoo "domínio russo".Esta posição dn sr, Paulo ri'c istro nada tem de nova. Sur-;.ii na Europa, com certo im-xcu., logo c>epol; üa guerra,rol professada com al„um e -candalo pelos existencialistas\dotaram-na abertamente o.«partidos socialistas de direi-Ia, em particular o PartidoSocialista Francês. Já vimosaonde condu/.lu no caso daFrança: ao governo pessoal (ieoe Gaulle, que contem nãopeiicos ciumentos de fascismo.i-xte c o melhor exemplo atualda tal''cia da "terceira posi-çáo", que SÓ podt favorecer

àquelas torças que ao contam«iiuiH com a eslruturu econô-nuca a seu lavor porque »e-nlinras do Poder político.

Náo queremos significar qu»nu política exterior c impossi-vel a neutralidade. Mas o sr.Paulo de Castro, como em gt-ial os udeptos da "terceira for-ça", pretonde confundir neu-iial,cinde em política exteriorcom indiferença ante esta ou_qiieia força social ou politi-ca, ante esta ou aquela politi-iu. Náo pode haver neutrall-iniUe entre a guerra e _ paz.o.- neutros sáo forçosamenteadepto.» da paz e contra a,guerra, o iieutraüsmo nSopode sor contra forças que seencontram a vanguarda dosgrandes movimentos de reno-vacilo da sociedade humanaNao podem sçr indiferente,ante estes movimentos. Suatendência natural, dos neu-Iros, é para o socialismo. £ i.ttrata de uma tendência tãofurte e tão espontânea que ho-iiu-ns como Nch.ru o procla-mam, embora se saiba que éltnáo esta construindo socialis-mo algum. Nenhum pais podt»er neutro entre os dois caiu-pos - o capitalismo e o sócia-ii mo - quando se trata deluta pela independência do»povos coloniais e dependentesf naturalmente, por seu prô-prio interesse, a favor d\ssa«luta». eolocando*se assim ao.lado da URSS • de todo ocampo socialista.

A lerceira posição" qu»leva ao anticomunismo, aoiuiu-sovicüsjiio, ao anti-sócia-lisuio das Democracias Po-pitlares so favorece à reaçãu »ao imperialismo, ns forças iit-'cn—aitas na guerra, na colo-ni-iiçáo dos"'p'ov.çis, na derro-cada das conquistas d.os traba-lhadores nos paises socialista.'.A história nos ensina que tev»origem mais ou menos idénti-ca o próprio fascismo na Itá-lia de .Mussolini e nu Ale-manha de Hltler. Ambos alui-deavam seu "socialismo" lia-cional e anti-bolchevlsta. Dprofessor italiano Paolo Alatri,da Universidade de Palermo,recorda quc, nos seus inicio».•toda a propagandu fascistainsistia na tese segundo a quala luta "squadristá" idos co-mandos lasclstasi era dirigi-da contra a ideologia "antina-cional" e os "excessos" do'bolchevlsmo" e não contra osocialismo e o proletariado co-mo ini.1" 'I es origines du ias-cisme e lu classe dirigem" ita-licnne", "Rechesclies Interna-ilonales", n. 1, Paris, 1057).

Seria falso concluir-se que,.in condenar a "terceira lór-ca", um suposto "terceiro ca-Itlinlto", so resta o dilema:comunismo ou imperialismo.Não exisie semelhante dilemaUm democrata não e unia coi-s/i nem outra, como nâo •obrigatoriamente comunistaum na dona lista ou um traba-Ihlstti. Mas a "terceira forca"do sr. Paulo dc Castro, ba-scando-se no anticomunismoserve a umn das forcas contras qual pretende vUir . o iin-periallsmo.

Page 5: CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição

13 a 19 - 3 - 1959 ¦ ¦yajjjp» *' iwnniin.laaay BBS WB8 NOVOS RUMOS 3S8BB eessee; .PAGINA 5Pondo em priitiea as rc-

íoliiçôes da «runde assem-hlíia do Conselho ConuulilvoUa CNTI, a Comissão enttloeleita para coordenar 0 (le-seirvolvlmcnto da luta con-tra a carestia nu DistritoFederal eluborou cireiilur a»er enviada a todos os Sindi-catou, orientando-os sôbre acampanha de esclarecimentoh ser realizada entre os trii-buUmdorcs, no sentido de ob-ler dos poderes públicos nio-(lidas eficazes para deter uelevação constante Hos pre-vo»,

As organizações sindicaisde todos o» «raus, di/, a (ir-cular, baseadas nos artifros">I3

e 51-» ua C.L.T., recla-muni a sua participação emtodos «s grupos de trabalho,comissões de estudo e órgãosde execução e fiscalizaçãocriados pelo govCrno. Sendo"s trabalhadores a parte

Sindicatos De Todo o PaísDebaterão o Problema Da Carestia

m*

niiiis ini|i(irtiiiilc da popiilu-ção, frisa, iss,, é tiniu prer-ruga tiva o um direito quelhes assiste

SIJGKBTÕKS PÁ11A INf.CIO DOS DKBATKS

A circular coutem algu-inas sugestões para inicio dediscussão, como sejam: Li-mitaçüo da remessa para oexterior dos fabulosos lucrosdas empresas estrangeiras,(pie descapitalizam o país eexaurem as nossas reservas

As idéias do Ministro do TrabalhoROBERTO MORENA

No dia 27 dc janeiro passado, o Ministro doIrabaho, sr. Fernando Nóbrega, compareceu aopanado íederal, «para prestar esclarecimentosobre o projeto da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial e em especial sôbre a unificação dos ór-gaos de previdência social».

Estavam, nesta ocasião, os trabalhadores esuas entidades de classe voltadas para a cam-panha pela aplicação integral do salário mínimode acordo com o decreto -J5.106-A de 21-12-58de maneira que as idéias do Ministro não foramsuficientemente conhecidas, pois sua difusão se'limitou a alguns .jornais e ao «Diário do Con-gresso Nacional (Seção II)-, do dia 28 do mês• -Iransat-O;

As idéias expostas pelo Ministro Nóbrega(que traduzem o pensamento do governo) sáoaltamente contrárias à existência da previdênciasocial e. se vigorarem, isto é, se aprovadas pelosenado Federal ou pela Câmara dos Deputados,significarão um golpe nos direitos e esperançasde milhares e milhares de trabalhadores, que con-tribuem para as instituições de previdência so-ciai e esperam na velhice ou na invalidez ter umpequeno recurso para não viver esmolando.

Examinemos só um aspecto de seu «eselare-cimento»: o sistema de custeio da previdência.Que diz. ou melhor, que propõe o Ministro? Pri-meiro, que o Estado (ou União) não pague nadaà previdência. Alega: «A contribuição da Uniãosem a generalização completa da previdênciasocial, se apresenta como a menos justa das con-tribuíções, Uma vultosa participação da Uniãopela utilização de fundos públicos em proporçãomuito elevada pode emprestar ao sistema um cá-ratei- de verdadeira espoliação dos demais cida-dãos que concorrem para o erário público sem au-ferir qualquer beneficio. Parece-nos que deveriaser evitado que recursos do fundos venham acustear privilégios como seriam os benefícios quenão pudessem ser generalizados».

Perdoem se me estendi na transcrição. Masnão podia ser mais claro o Ministro do Traba-lho. A parte do Estado, isto é, a terceira, igual eequivalente á dos empregadores e empregados,não deve ser paga porque se ia uma «verda-deira espoliação dos demais cidadãos-.' ou «privi-léjrios como seriam os que nfto pudessem ser ge-neralizados». E' a doutrina do calote, a legaliza-ção do não pagamento das"dívidas e a declaraçãoque o Estado não deve contribuir para asse»ti-i-ar (em parte) as aposentadorias e pensões dosque sáo os maiores artífices da riqueza nacional.

Segundo, que mesmo a parle ih>* emprega-dores (um terço igual e equivalente â dos em-pregados) é também, em certo modo, uma «espo-liaçâo» indireta. Vejamos as idéias do Ministro:«A arrecadação correspondente à participaçãodos empregadores vai naturalmente onerar ocusto das utilidades e serviços, encarecendo aprodução, majorando os preços e só dando com-pensação a uma pequena parcela da população,precisamente, aquela que, entre os trabalhado-vck, se encontra em melhor situação (os traba-lhadores urbanos assalariados)-.. Dessa forma,também os empregadores não devem mais con-Iribuir para i\ previdência social, porque suaparle «onera» a vida di' todos em benefício deuma pequena parte da população».

Terceiro, até no que loca à parte dos cm-pregados (a única que é paga religiosamente) oMinistro tem idéias especiais: «Os próprios tra-balhadores hoje abrangidos pelos regimes pre-videnciários vigentes no país não devem ser le-vados, durante um período extenso de vida ati-va, rie lula para sua manutenção e rte sua famí-lia, a suportarem um elevado desconto no seu sa-Iário para dar cobertura a um plano que ultra-passo a normal capacidade do grupo social a quepertencem-,

A (pie (píer chegar então o Ministro do Tra-balho (o governo, repelimos) V Não havendo maiscontribuições do Estado e dos empregadoresacabaria a previdência tios moldes estabelecidosnas leis vigentes. Faríamos, quando muito, ins-lilllições dc seguro de vida comu vigoram em ai-glins países.

Por isso é que, ao lado tias denúncias da¦ falência da previdência social no Brasil», tãohabilmente exploradas pelos milionários das com-panhias de seguro, aparece o Ministro do Tra-balho com suas idéias para encaminhar a pre-vidència social para esse sistema.

Estejamos alerta, velhos e novos trabalha-dores. Salvemos a previdência social das mãosdos que a querem enterrar, sobque são seus médicos salvadores.

aparência de

Sugestões da Comissão Coorde-nauora para o início do movi-mento — Levar o detoa£e a todoo povo — Articulação em escalanacional — Apoio da Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores

na Indústria

(lc divisas; niodificacilò daInstrução 113 du SI MOV;ampliação do merendo eUei-no, estabelecendo trocas oobtendo créditos através dalivre concorrência, interna-cional; necessidade da modi-ficaeào da, npssu estruturaagrária e da situação dasretflôcs abandonadas,

Além dos pontos acinm,destinados a atacar as rai-/¦cs da causa tia carestia, acircular sugere ainda a dis-cussão dc outras medidas d"caráter imediato, tais como:Que o governo reduza os pre-«vos dos gêneros essenciaiscomo o açúcar, carne e co-reais, o que é jicrfeitamentepossível ante o volume dassafras e o custo da produ-Cão; reexam,.. das tabelas or-

ganiwidas pela (.'OFAI', climinando «>s lucros cxeessl-cos; eliminar a interferênciados açambnmulore.s e atra-vessadores de toda e.s|iécic,agindo » governo de acordocom o que itu- faculta o ar-tigo I H> da Constituição,

n.VK A MAIOR AMI'1.1.'II DK AO MOVLMKMO

Visando levar a luta con-tra a carestia cm priilinuli-dade ás massas trabalhado-ras e a todas as camadas pu-polares, a Comissão reco-incutia aos Sindicatos: a)Kcaliziir assembléias paradiscutir Iodos «is problemasrelacionados coni a carestiada vida e os estudos o pro-gramas aprovados pelos tia-

balhadores; li) Itculizar de-bales e discussões com mi-tros setores da população:

'liiiiciouários públicos, estu-dantes, etc; c) 1'articiparem todos os debates ,. movi-mentos nos bairros, notada-incute onde residem .traba-lhadores; d) Kstabeiecor con-tato com todas as organiza-«,'ões, com o objetivo de co-ordenar o movimento contraa carestia

Além disso recomendaainda que seja reivindicadaa participação dos trabalha-dores na Comissão criada pe-Ia 1'iel'eitiira do Distrito lc-deral, e lança a premissa darealização do um ato púlili-co como ciiroameiito dasreuniões e assembléias nossindicatos e empresas.

ARTICULAÇÃO KMIStAI.A X ACIONA L

Presentes no Klo dcIcRa-ções da Bahia, Ceará (, Klotirando do Sul, a diretoria daCNTI juntamente com a Co-missão decidiu iniciar o Ira-balho com o objetivo de con-tribuir para a unificação domovimento em escala nacio-nal, I'ara tratar mais apro-tiindadamentc do assunto no-va reunia,, d,, Conselho Con-

Miltivo dn entidade está sen-do convocada para a próximasegunda-feira, l'ara essareunião é leito convite a to-das as organizações Interes-sadas c aos trabalhadores dctodas as categorias. Nessareunião será escolhida umadelegação que irú a são I'au-Io representar os trabalha-dores cariocas num eneon-tio do Ministro do Trabalho«•om os trabalhadores piiulis-tas, Ho dia 17.

"EstudosSociais"

Nas livrariase bancas

de jornaisN.° 3-4» com192 páginas,

Cr$ 30,00

I

PERSEGUIÇÃO A DIRIGENTESSINDICAIS NO SUDÃO

Apelo da Federação Sindical Mundial a ummovimento de solidariedade

Km seu boletim dc feverci-ro ultimo, a Federação Sindi-cul Mundial informa que ogoverno da Republica rio Su-dão empreendeu uma serie degraves medidas contra o mo-vimento sindical naquele pais.

Em absoluto desprezo pelaopinião pública sudanesa e in-ternacional. quatorze .sindica-listas Íoram julgados a portas

No Ceará (Setembro) o VIUCongresso Nacional De JornalistasConvocados pela Fe-

deração Nacional do Jor-niilistas e Comissão Per-manente do VII Con-gresso, cum o apoio e co-laboração da ABI, repre-sentantes de iodos osSindicatos e das Asso-ciações de Imprensa dopaís estiveram reunidos110 Rio, dias 5, (> e 7, emconvanção nacional.

Foi tomada a decisãode realizar-se o VIIICongresso Nacional deJornalistas em Fort ale-za, nos dias I a 8 de se-lembro próximo. Presen-le ã segunda sessão pie-nária da Convenção, ogovernador P a r s i í a IBarroso manifestou-sepronto a colaborar de lo-das as formas para o õxi-lo do conclave, que terátambém o sentido de n 111apoio dos homens de im-prensa aos planos de ve-cuporação do Nordeste esua integração no pro-cesso de desenvolvimen-to nacional.MOÇÕES APROVADAS

Após o debate e apro-vação dos relatórios dasentidades nacionais so-bre cada uni dos pontosdo temário — . ViIICongresso N a c i o n ai ,

«Nova lei de salários-,«Re g n I a m e n t a ç ãoda profissão e < Organi-zaçáo sindical e associa-tiva-- — o plenário disculiu e aprovou algumasm o ç ões, destacando-seentre cias:

Participação d o sjornalistas tia luta con-Ira a carestia da vida epor medidas efetivas, daparte do governo, a fimde que seja contida aelevação dos preços; de-mocratizacão da COFAPe das COMAP.s, atravésda participação de re-presentnntes dos traba-balhadores e dos consu-midores em geral emseus conselhos.

Km defesa e pelodesenvolvimento daaviação comercial brasi-loira.

Necessidade de me-didas governamentaisobjetivando assegurar àpequena imprensa possi-bilidades cambiais paraa aquisição de papel emaquinaria.

Por medidas cam-biais que venham solti-cionar a crise de papel(pie a imprensa brasilei-

Profissionais da imprensa de todo o país deba-teram importantes questões — Resoluções toma'das — Solidariedade aos jornalistas argentinos

r:\ enfrenta e pelo ampa-ro do governo á indtis-iria nacional de papel.

Apoio á OperaçãoNordeste-.

Pela ampliação dosmercados brasileiros noexterior e estabeleci-mento de relações comiodos os países do num-do socialista.

VIOLÊNCIAS NA '¦•ARGENTINA

Representando a Fe-tleracão Argentina d1'

Imprensa, participou daConvenção, como dele-gado fraternal, o jorna-lista Júlio César Mos-eli es, (pie relatou as vio-leiicias praticadas pelogoverno de Frondizi con-ira os jornais, rádios ejornalistas que criticamsua política. Foi aprova-da uma moção de solida-riedade aos colegas ar-gpiltinos e o envio de nmtelegrama ao presidentefrondizi, solicitando orestabelecimento da li-bordado de imprensa e a

suspensão das medidasrestritivas impostas aosjornais e emissoras.

A Federação Argenti-na instituiu dois prè-mios de reportagem aserem concedidos a jor-niilistas brasileiros, uaimportância de 50 e 25mil cruzeiros, e declarouHerberfc Moses, LuísFerreira G u i m a râes,Marcelo Coimbra Tava-res. Maria da Graça Pu-ira o Aristeu Achilles,sócios honorários perpe-t UOS.

^ggHMMfej^ Correspondência para: NOVOS RUMOS

||^^j^JULu||iXjijijJi^l^ nu Run São José, 50

lioeis

Por qtie muitos patrões mis-tentam que só estão obrigados a pa-gar o novo salário mínimo a partirile 2(i de fevereiro, o não desde 1 'de janeiro, como manda o Decretol.j, l(i(!-A, de 2-1-12-58? Fis a per-giinta ipic está na boca de lòda agente.

Os que defendem a primeirahipótese. - - lauto juizes como em-pregadores, - o fazem louvadouri. 1 Hi da Consolidação dasdo Trabalho, (pie diz:

«O decreto fixando o saláriomínimo, decorridos <>•• dias de suapublicação, no Diário Oficial, obri-gani a Iodos os que utilizem o tra-balho de nutrem mediante reinune-ração».

Realmente, a primeira vistatem-se a impressão de (pie somentedepois tle HO dias da publicação dorespectivo Decreto se torna obriga-lório o reajustamentt) do saláriomínimo. Mas, uma vez analisadocuidadosamente o artigo de lei em(piestão, chegá-se à conclusão dife-rente. R' que o prazo de (50 dias, aíestabelecido, o foi para a fixaçãoinicial do salário mínimo, e não pa-'ra a alteração, posterior, dc seusníveis, como é o caso dos Decretosquo se seguiram àquela fixação.Assim, o prazo previsto no mencio-nado art. ! lti é de i aráter transito-rio, já lendo sido superado com oestabelecimento inicial do saláriomínimo, Dúvida não há, pois, que a

lei distingue entre fixação e alie-ração do salário mínimo.

Mais se fortalece essa convic-ção se alentarmos para a redaçãodos arts, 101, parágrafo único, e

I lti, 8 '1 , da mesma Consolidação, oúltimo dos tpiais permite que, so-brevintlo profunda alteração tia si-inação econômica e financeira, osalário mínimo fixado 'poderá serexcepcionalmente modificado autosde decorridos ¦'> anos de sua vigén-cia», sem determinação da data apartir da qual o reajustamenlo setornará obrigatório. Assim, tratan-do-se de modificação ditada por es-sa excepcionalidade, é lícito ao Go-vêrno estabelecer livremente a datada vigência dos aumentos salariais.

Tais considerações são feitaspara o caso de se considerar válido,no tocante ao prazo de tiÜ dias, o ei-tado art. 1 n>. porque, na verdade,i-<'{\ este de há llltlito reVOgítílo.Nem outra coisa se conclui do fatode leis posteriores à Consolidação,entre as quais o Doereto-lei fi.ílTT,ao alterarem a tabela do saláriomínimo, terem mandado que os lio-vos níveis entrassem em vigor ime-diatamente, «revogadas as disposi-ções em contrário-. Logo o prazode 150 dias, anteriormente estipula-do, perdeu a eficácia. Nem se ale-gue diferença de valor hierárquicoentre essas leis, porque todas elasemanaram da mesma autoridadeque, na época, reunia, em suasmãos, o Podei Fxoculivo e o Legis-lativo.

fechadas c cm lais condições,que os advogados dc defesanão puderam exercer suasfunções. Assim, Shafic AlimedEl Shelkli, secretárlo-geral riaFederação dos Sindicatos doSudão, membro do ConnicExecutivo ria ConfederaçãoInternacional dos SindicatosÁrabes c vice-presidente da P,S.M., c mais Shakir Mursnl eTalia Ah Mohamed foramcondenados a cinco anos cieprisão. Outros dirigentes sin-dlcais, como Ciasun Amin oMohamed Alnncd Ornar, fo-ram condenados a dois anos,c Hassam Mohamed Salelí nAwad Shnraf El Din, a umano ric prisão.

Tentando justificar ns sen-tençus, o tribunal militar jul-gou os réus culpados por te-rem realizado reuniões cm lo-cais do periódico dos Sindica-tos sudaneses, e por manteremrelações com a Federação Sin-diral Mundial. A verdadeirarazão ric terem sido condena-dos aqueles sindicalistas, doentanto, c a luta abnegadaque vêm travando em defesados interesses econômicos o.sociais dos trabalhadores doSudão e pela independência ea soberania nacional do pais,A FSM lançou um apelo aostrabalhadores e sindicatos riotodo o mundo, pedindo sua so-lidariedade aos trabalhadoresencarcerados, contlenandoenergicamente a repressão de-sencacleada contra o movi-mento sindical do Sudão c exi-unido do governo daquele paisa liberdade dc Shafie AhmetlKl Sheikh c dos seus compa-nheiros, assim como o resta-belecimcnto dos direitos sin-dicais e das liberdades demo-cráticas.

EM BRASÍLIA

0II CongressoNacional

dos GráficosEntre TI do corrente

e I de abril próximo de-verá realizar-se em Bra-sília o II Congresso Na-cional dos Trabalhado-res nas Indústrias Grá-ficas. O importante con-clave deverá discutir oseguinte temário:1" — LEGISLAÇÃO

SÓCIA I,a) — Código do Traba-

lhoh) — Contrato coletivo

de trabalhoc) — Política Salarialti) — Departamento de

Estatísticae) •— Direito de d'tevef) — Justiça do Tra-

balho-'" — PR EVIDÊNCIA

SOCIALo" — PROBLEMAS DE

O R (¦' A N I Z A-ÇÃO SINDICAL

a) — Localb) — Nacionalc) — InternacionalI" — ASSUNTOS GE-

RAISa) — Defesa e Amplia-

ção da IndústriaNacional e EnsinoTécnico P r o (' is-sional

b) — C on t e n ç ã o doCusto de Vida

c) — Monopólio Esta-tal dos Serviços deUtilidade Pública

d) — Liberdades De-mocráticas e Sn-berania Nacional

e) — Salários e Impôs-to de Renda

Page 6: CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição

fPÁCINA 6

As "noto» mvwtai»" n. é C/K• n. 7 C/R, de 29 de março de 1958,incluídas nos chamados "acordos d*Roboré", constituem a culminaçào

da mais hábil e perigosa de todasas conspirações corrtra a Pelrobráso\è hoje organizadas pelos frustespetrolíferos e por seus adeptos noBrasil. Os incidentes criados em tôrno dos ataques do Coronel AlexínioBittencourt à administração da qrctn-de empresa estatal foram simplesepisódio dessa conspiração, que teveinicio em meados de 1957, e tem tido permanentemente como centroa qusstão do petróleo boliviano.

A nova manobra «ntreguislaassume com freqüência o disfarcede "nacionalista", e tem logradolançar uma certa confusão ontre osdefensores do nosso petróleo e daemancipação econômica do Brasil --

característico este no qual reside oseu maior perigo. Até mesmo ma

nifestaçôes de chovimsmo de grandenação têm surgido entre nós, pondoem risco a fraternidade e a unidade

que devem existir entre o povo bra-

sileiro e o povo boliviano. Impõe se

pois uma ampla campanha de es

clareeímento, baseada em análise

aprofundada do chamado "acordo

petrolífero de Roboré" e de seus

antecedentes históricos, que remon-

tam aos dois tratados de 1938 e,

através destes, à questão do Acre.

Esperamos, numa série de trêsartigos, contribuir, na medida denossas possibilidades, para esse esclarecimento urgente e indispensá-vei. Começaremos por uma rápidaanálise dos próprios acordos de Ro

boré, precedida do exame de uma

questão de princípio, que nos pa-tece fundamental.

A questão de princípio é a sejjuinfe: somente ao povo bolivianocabe decidir, sem qualquer ingerên-cia estrangeira sobre a forma pelaqual deve ser explorado o seu pe-tróleo. Trata-se de assunto interno daBolívia, no qual não devemos inter-vir sob nenhum pretexto - seja êleo de defender supostos "direitos" ou"imperativos econômicos ou diplo-méticos" do Brasil, seja o de "sal-

var o petróleo dos bolivianos, impedindo que o seu governo o entreguecos trustes estrangeiros, seja o da"i.'i:apacidac!e técnica ou financeirada Bolívia" seja ainda o de "darmos

cumprimento" a pretensos "compro

mi- os Internacionais". Não é possí-v! rue defendemos no Brasil o prin-c

"o do monepó'io estatal para o

petróleo, e prosamos quaisquerconcessões petrolíferas, tanto oos

trustes estrangeiros como o emprê

sas privadas brasileiras, - e ao mes

mo tempo exijamos da rfação irmã

concessões petrolíferas para gruposde capitalistas nacionais ou mesmo

para a Petrobrás.

Essa questão de princípio, coma qual não podem deixcr de estarde acordo todos os que lutam em

defesa da soberania e da ematxi

pação econômica do Brasil, foi ex

pressa com clareza pelo embaixador

0_valdo Aranha, falando em Barra

do Piraí, perante 16 sindicatos ope

rários, a 1.° de março corrente: "Ho

je já temos uma política do petróleoem franco desenvolvimento"

"As

condições atuais do mundo já náo

são as mesmas de 1938, e o nosso

propósito de infiltração nas áreas

bolivianas produtoras de petróleoIncorre nessa contradição injustifi-

NOVOS RUMOS

ROBORÉ: APETROBRÁSBRASILEIR ua

nm iv/|A\ AI li ¦ BR ic Sr IC ; "" í. 1 m. 5 m\

FERNANDO LUIZ LOBO CARNEIRO

(PRIMEIRO DE UMA SÉRIE DE TRÊS ARTIGOS)

cave/: vamos exercer na Bolívia uma

política em matéria de petróleo quenão permitimos que outros exer-cam aqui". "Além disso vamos des-

pender divisas que deverão ser ne-cessàriamentc aplicadas em nossas

pesquisas internas." ("O Semanario", 5 a 11 de março, pág. 5).

O Coronel Albino Silva, na decisiva conferência que pronunciou

no Clube Militar, ao rebater a tesede quo a exploração do petróleoboliviano por empresas brasileiras viria contribuir para uma maior cooperação dos dois países, robustecen-do a chamada "operação

pan americana", disse com justeza:

"No que

ainda não posso crer, porém, é no

papel do petróleo como instrumen-to da amizade entre os povos"..."Como nos comportaríamos diantede transformações que porventuravenham a ocorrer na política de pe-tróleo da Bolívia, feitas no uso dedireito inconfesfe seu de legislar

para os assuntos de sua própriaeconomia?" E a escritora AdalgisaNery, em seu artigo "Chantagem

Geopolítica" ("Ultima Hora"), pergunta eom razão "Queremos ser na

Bolívia um sublruste a serviço dos

trustes internacionais?" "O

petró-Im da Bolívia é dos bolivianos, as-

sim como o do Brasil é dos brasi-

leiros". "Tudo

que sair desta linha

de respeito à propriedade de um

povo é chanfagtvn geopolítica s fal-

sa e perigosa ciência' .

O pensamento dos veteranoscombatentes das jornadas de 48 a54, que impediram a corrsagraçãodo regime de concessões ("Estatutode Petróleo") e conquistaram parao Brasil o monopólio estatal atravéstlu Petrobrás, foi interpretado fielmente pelo General Felicíssimo Cardoso, Presidente do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, nas declarações em que analisou o "relato-

tio Alexínio": "O petróleo da Bolívia

deve ser considerado assunto internodos bolivianos". "Não devemosapoiar concessões de petróleo a firmas particulares brasileiras, e nemmesmo à Petrobrás, naquele país"."A missão da Petrobrás é produzirpetróleo no território nacional". "As

concessões a firmas particulares brasileiras que, ou já sáo associadas aostrustes, ou poderão sem quaisquerentravas se associarem aos mesmosconstituem a maior ameaça pofenciai que paira sobre a Petrobrás.""Poderão ser a porta de entrada pa-

ra o solapamento da empresa estatal

brasileira". "A única hipótese que

poderíamos vir a apoiar seria a de

uma ajuda técnica ou mesmo finan-ceira, do nosso governo rio governoda Bolívia, para que este último

possa explorar o seu petróleo, através, por exemplo, de um acordo decooperação entre a Petrobrás e a

Y.P.F. Bolivianos. Mas isso uni

camente na base de absoluta igual

dade e vantagens recíprocas, den

tro do maior respeiio a soberania

boliviana, afastando sc quaisquer

pressões sobre o pai-, amigo bcisea

das em supostos "direitos brasilei-

ros" oriundos de tratados cac/ucos

como o tratado petrolífero de 1938,

ou em pretensos "imperativos geo-

gráficos ou estratégicos".

Passemos agora ao exame sucinto dos acordos de Roboré. antesde entrarmos propriamente na análise de seus arflecerlo.ites hríóricose na refutação cios diferentes eugumentos invocados prlos defensoresda exploração do petróleo boliviano

pelo Brasil, e aos quais já fizemosreferência.

Os chamados "acordos de Roboré" foram assinedos em La Paz,após os entendimentos havidos emRoboré entre os ministros t!o Exterior do Brasil e da Bolívia, srs. Ma-cedo Soares e Barrau Pelaez. Compreendem eles 10 Convênios, umProtocolo Preliminar sobre a Navegaçâo dos Rios Bolivianos e Brasilei-ros, e 20 "Notas Reversais". Os 10Convênios referem-se ao intercâmbiocomercial entre os dois países, aotrânsito livre das mercadorias im

portadas ou exportadas pela Bolíviaatrcivés do Brasil, ao estflbelecimen-to de "depobüos francos" em Belém, Porto Velho, Santos »• Corumbá,

para essas mercadorias, e cio intercâmbio cultural brasileiro-boliviano,

A 1.° Nota Reversal refere-se à execucão de um acordo de 1941; rela-tivo à demarcação definitiva dasfronteiras entre os dois paises. AsNotas Reversais ns. 2 ci 5 referem seà execução do Tratado Ferrovia:io

de 1938. As de ns. 8 a 20 tratamde detalhes relativos à execução dosProtocolos de Intercâmbio Comerciai e Cultural. Na parte final ciosta série de artigos analisaremos al-

guns aspectos desses instrumentosdiplomáticos, mas podemos anteci

par que, de um modo geral, elescorrespondem a reivindicações an-tigas e justas do Governo Bolivianoe aos interesses comuns dos dois povos Constitui grave equívoco, por

parte de alguns setores nacionalis

tas, o combate aos mesmos Isso im

portaria em desviar a luta contra oinimigo comum — o imperialismo —,

para uma campanha chovinista e

antiboliviana, contrária aos senti-

mentos e às tradições de nosso povo.A parte dos acordos de Roboré

que merece o repúdio do povo bra-sileiro e deve ser objeto de combateativo e imediato, ectá contida nasNotas Reversais ns. 6 e 7, as únicas

que se relacionam com o TratadoPetrolífero de 1938. Como muitobem mostrou o deputado GabrielPassos, essas duas notas reversaisconstituem na realidade um novotratado, inteiramente diferente aodo 1938 (que aliás já estava caduco,como pretendemos demonstrar no

próximo artigo). A reforma da "No-

ta Reversal", isto é, de simples"acordo administrativo", foi dadaunicamente para tentar impedir a

discussão da mesma no Parlamento,como exige a nossa Constituição.Esse subterfúgio já fora adotado an

teriormenle, como, por exemplo, no

caso do Acordo de Fernando de No

tonha. Do ponto-de vista jurídico,as Notas Reversais ns. 6 e 7 são

portanto absolutamente nulas, e só

poderiam passar a ter validde de

pois de discutidas e aprovadas peloConsr'-ss° Nacional.

5áo os seguintes os principaisdispositivos da "Nota Reversal" nú-

mero 6:

1) A antiga "área de estudos",

que, de acordo com o tratado pe-trolífero de 1938 e as "notas re-

versais" de 1952, deveria ser pes-

quisada em conjunto pelos gover-nos do Brasil e da Bolívia, é dividi

da em duas partes, chamadas "área

A" e "área B .

2) Na "área B" (40% do totel!, serão ciadas concessões parapesquisa e lavra de petróleo a em-

presas privadas do capitais brasi-loiros, exclusivamente, ao contráriodo que dispunha o tratado de 1938,crje falava em "empresas mistasbrasileiro bolivianas", as quais deveriam tperctr nas regiões préviamente estudadas pelos dois governos.

3) A "área A" (60% do total) éentregue a Yacimientos PetrolíferosFi-.cales Bolivianos, que por sua vez

poderá transforma Ia em concessõesaos trustes petrolíferos (StandardOi!, Shell, Gulf Oil), de acordo coma aluai política do governo bolivia-r?o

4) As empresas privadas brasiieiras que obtiverem concessões na

13 a 19-3-1959

área B ficarão sujeitas exclusivamei.te às leis bolivianas, e nelas em na

da poderá intervir o governo brasi

leiro. A c::áo do governo brasileiro

se limita assim à chamada "seleção

inicial", na qual já opinaram o Ban-

co Nacional de DesenvolvimentoEconômico e o Conselho Nacional do

Petróleo. Nada impedirá portanto

que essas empresas, uma vez obti-

das as concessões, venham a se as-

sociar no futuro aos trustes estran

geiros, sob formas as mais diversas.

O fato de essas empresas iniciarem

sues atividades sem financiamento

dor. trustes, e com dólares fornecidos

pelo governo brasileiro não consti-

tuiria portanto nerrhuma garantia de

que, mais tarde, uma vez esgotados

esses dólares, não viessem elas a re-

correr aos trustes, que aliás já es-

tão instalados na Bolívia.

5) O Brasil se compromete a

comprar na área B (empresas pri

vadas brasileiras), e, se a produçãodessa área náo fôr suficiente, nas

áreas A e B (isto é, também na área

onde poderão ser dadas concossões

aos trustes), 100.000 barris diários

de petróleo. Esse compicmisso con

tinuará de pé, mesmo que no terriló

rio brasileiro a Petrobrás já tenha al

cancado produção suficiente para to

do o consumo do país. Nesta última

hipótese, ou a Petrobrás terá de re-

duzir suas atividades, em benefício

do petróleo produzido nas áreas A e

B da Bolívia, ou terá de buscar mer

cado externo para grande parte do

petróleo que produzir. lOO.OOO^ar

ris por dia representam metade do

consumo atual de todo o Brasil, e

1 3 do de 1961.

6) Os preços serão os do merca

do internacional, acrescidos do custo

de transporte desde a Bolívia até ao

Brasil. O pagamento do petróleo cia

área A será em dólares norte ameri-

canos.

7) Além do petróleo brulo, o Bra

sil comprará mais 5.000 barris pordia de refinados, e todo o gás natu-

ral que fôr produzido na área B.

8) Quando nas áreas A (onde

poderão ser dadas concessões aos

trustes) e B (empresas privadas bra

sileiras) houver produção e reservas

que o justifiquem, o Brasil se obriga

a construir um oleoduto, inclusive

para exportação dos excedentes não

absorvidos pelo mercado brasileiro.

Esse oleoduto será mais ou menos do

mesmo comprimento do grande óleo

duto que liga o Mar Vermelho ao

Mediterrâneo, através da Arábia

Saudita, da Jordânia, Síria e Uba

no, e custará entre 150 e 400 milhões

de' dólares. Além desse oleoduto, o

Brasil se compromete também a cons

truir um gasodulo.

9) Todo petróleo (ou derivdos)"de origem boliviana", — isto é, inclusive o petróleo produzido pelostrustes na Bolívia, terá "as facilidades do mais amplo, irrestrito e livretrânsito, em qualquer tempo e circunstât?:ias, qualquer que seja a viae o meio de transporte",

"quando

exportado através do território bra

sileiro". Estará também isento de im

postos federais, estaduais e munici-

pais. Com esse dispositivo os trustes

obteriam através do Brasil um am

pio e cômodo escoadouro para o pe-tróleo que produzirem na Bolívia.

No próximo artigo, começaremos por analisar as conseqüênciasdesses disposilivos.

1\N01A ECONÔMICA OBBBS^^ti£!SaRS!KSESSS2EBSOB£3a

Um recente estude d", <¦•'"-nomisla Hyman Lumor .torpe-ce o.s dados com os miius teu-taremos auui dar uniu nk'iado estado aluai e das pei ;pee-Uvas da economia puite-aine-ricana.

Durante auase um atm :economia americana esteve emdeclínio- os sintomas da n-cessão sunriram nos cmiuç'de 1957. O Donto ma- ¦ baixodfisse declínio foi atimndu mnabril do ano passado. A Dai-tir desse momento oeoiieu. no-rém. uma recup«racân parcialconsiderável.

Veiamos alcuns dial ¦Do seu uonto ma..-, elevaiio

(Índice 147). em dezembro ncíyôT. o indico da produção m-dustrial do Federal Ko.seiu>Board caiu para lüü. cm anuide 1958. Foi a imuoi nu-na(Í4rc) em todo o i>. r;após-imeria. A mumifoi assinalada nas m<de bens duráveis;.

A partir de abril ti

ção industria) comece iniiniir-so. Em novembidice atincriu a 141. rerdo assim mais da me ioueda havida. O aumento il:ioroducfu) de aco foi o "/--p "

Bável pela maior narte da elevacão assinalada: passou m48'"; de utilização da çapaeidade produtiva, em abril, nar73.8'"(. em outubro. Mui liout« também um acentuado an

ImiMii¦'•ti ri-s

icl;

.IIM'1'ÜII

mento na produção de bensduráveis c. ew-uijuioi^.esciila.na dos não duráveis. Nao olis-tanto essa melhoria, em no-vembro a produção de bens du-níveis ainda se mantinha 11''abaixo do ponto máximo an-t. í alcançado, Na industriaautomobilística a estimativamini IÍIÍ18 '' du uma produção"V; menor do uue a de líjin.K a produção de aco mantém-se muito abaixo do Índice ma-ximo alimrido.

ii urodulo nacional bruto.,..;,. caiu de um uonto próximo.i 441! bilhões de dólares, miiMieeiro trimestre de i 1 * - ¦«. P»-ra i"i; bilhões, no primeirotrimestre do HlílS, subiu no-vãmente paia 4UÍ) bilhões, noteneiro trimestre deste mos-mo ano.

Durante o pei iodo examina-[ln ns lucros das corpo rui õesaírain consideravelmente, aonasso uue as rendas nessoais(•-,- i e sc e ia in relativamenteiinitcn, cravas ao aumento dalenda dos uirrieultores (far-meisi ¦• u conünuacão do na-trnmento dos dividendos nelasimitidos companhias em umnível não rebaixado.

['oi também sitrnificutivn areviravolta na construção ci-,il que, depois de um declíniorm ano anterior, voltou ao ní-¦,.' " ' li'-."," \' ri nn vncãi

í ,,. ,!., i ,i . i,n ; um ào i i\ il, "l';ii,,i niai iinp"i'tanle furam

inlOKi': iriauili' parle dessa dni uuncao.li \.- ne a faliu '¦.- i lucinüilis,iiríneipalmente a volta do umunindo número de estudantesàs suas atividades escolares.

Nao é difícil encontrar a>, ausns da pei sistência desse

to nas construções públicas o |inanl e do volume crescente alto nível de desemprego, h'

privada-. 0 Volume das cons- t|t. construções pode conduzir " resultado da alta produtrações comerciais o indu?- n unia acumulação de casa sem dado da nuliu ' .ti.ais aumentou porém em es- iio^ihiiidndo du vonda.cala menor, o assinala um in-

ns soiiku irasius pelo troveino uniii.- nai v.iem estradas, barraiíeii.-, edili- le ;. > nível de lil.n, dui ,i..erios públicos e uroietos ,-enie- ainda muito tempo, A cens-lhiurtes, assim como o iiumeii- irucán dn moradias, em viitu-l„ ,;,, iinniii federal às hino- de dll elevação dos preces elecas, Isto determinou, por ou- Ja. facilidades de credito cou-tro lado, um acentuado nuiueii- -i-i|'.| ¦ uclo Federal líeservi

em ceila., . ledida, da volta nn reiriine de

í',n'""r'èÍal'ho"ao desoliipreto, trabalho suplomentar a partirile abril de 1908.

SITUAÇÃO ATUAL EPERSPECTIVAS DA

ECONOMIA AMERICANAfo i aidice bem abaixo ao de uni ano

aliás.Deve-se assinalar um fato

interessante: n nuiliente daiconstruções está suieito a va-rias limitações. Nos 11 primei-ros meses de 1908, u volumetotal das cunstrucôes/ não foimaior do mu.' no ueriodo cor-respondente de 1907, oue foi,nor sua vez pomnaralivanien-te. nm nno nobre em constru- dimii,,i'--. Além oi -o nada ind! :uune a i õiislnicão co •. n .al e

bem meno

-• abril de 1!Num balanço íinal pode-se

'..'o:' mie :i situação ecoiifnui-¦:i dos i lahalhadoips nu lho-rou apenas liireiramonie em¦. i tude da recunei ação parciali|a nroducâo,

Ao se analisar a situaçãoamai oa economia norte-ame-licnna não é linssivel deixar.le dizer aluo sôlne a chania-.ia fui m prospi riu . Durante\:ii iiu anos anlei ioies a lílãT,,. situação dos auriculioies foide dificuldades crescentes, Masdurante o último ano, em con-tradição com o rol i ocesso da

i recuperação ivoiionn- |,r,,(hn.iio industrial, a airii.... |||. leverciio n iu.no

liiê.S, o número du di-semiirtnlns, de ílí'01'do

cultura apresentou aliíiimaiirosperidade. fresceriuii os

i as ci- urecos dos produtos airro-pe-1'ras oficiais, esteve em .tora» ,.uáiirrs, o, em abril de 19Õ8,do cinco milhões.', bni "' ''"d|:

i-ram nuiife Klri mais eleva-dos fatores estacionais, subiu ,|()J ,|0 l|U,, unl ;ln,, antes, Náo

paia 7,o'. da iou;;. j^' J^viihi de uue essa situa-do trabalho. A partir de' airôs- cão diminuiu cimsiiulprnvol-to o desempiéiro começou a mente u impacto da nise eco-

m novembro o nómiea,micro Mos sem-trabalbo era Dove-so noréni salientar om

\tí ,,.,-, ,|, ;;.Koo u. o, | .na essa melhoria t"i motivndn poi

fatores esucciais de naturezatemporária. Km _ virtude dascondições climatúrjcas desta-voráveis. os suprimentos deanimais (irado, aves etc),frutas e veiretais diniiiiuíriiini: seus preços subiram vertiiíi-nosamente. Ao lado disso, exis-tiram os preços mínimos na-niiitidos pelo irovérno favore-cindo certos setores da pro-ductlo. Mas iá açora percebe-se aue os fatores temporáriosmie beneficiaram muitos «far-mers começam a desaparecei'.De julho a novembro o« pro-cos dos iiroilutMs das cialiiascaíram de li' <.

Finalmente, uma últimanuestão: aumento dos preços.A imitir de marco de ijjbií, ..síndice.-; do III,s Consumei' Pri-cc elevam-se constantemente,de més a mês. Km iullio deI!)õ8, aumentou o índice em(iimsi! 8','í, Nos meses seiruin-tes estabilizou-se em um ní-\e| liiriiirillUCIlti! mais baixe.As previsões sáo no sentido deuue a estabilidade será pou-•o duradoura, Nas indústriasbásica-;, o* urecos continuamsubindo apesar do decréscimoda produção o das vendas, Ks-ta nuestão merece uma imáli-se mais profunda, A verdadeé uue a tendência dos níveos,n.i século XX, com excessãodos anos de 1920-21 o 1929-32,foi a de elevação nos bons onos maus tempos. Os altos pro-cos uiuilam a aumentar os lu-

cros dos monopólios, porem,ao mesmo tempo, amavam adepressão,

Nâo há dúvida de oue apartir de abril de 1UÕ8 houveuma substancial recuperaçãoda economia americana. Anuestão a nora é a semiinte:(iiiid o siirnifirado dessa re-cuijeracão e para onde conduz?

As opiniões variam. Emcertos círculos econômicos aoueda ocorrida é encarada sim-plesmente como mais uma < re-cessão ¦ uma repetição do uuehouve em 1948-49 e em ...I!t."i.'i-.ri4. Pensamos, contudo,uue há todas as razões naraiulirar a atual recessão co-mo al tro diferente dn oue huu-ve nanuelo* anos. Na falta deuma nersuectiva de modifica-cão radical na situarão dos in-vestimentas. .1 crise, depois dealinirir seu uonto mais baixo,em abril de 1958, deu lunaruo aparecimento do que prome-te ser um período mais ou me-nos Ioiikü de depressão ou es-tairnacão — n seqüela caracle-1'ística de unia crise cíclica desuperprodução, Situarão essabastante diferente da uue seseguiu ás duas deuressões deH|lÓS-guei'ra, quando n piores-so de recuperação foi imedia-Unieute seiruido de uma novaascensão econômica. Atual-mente isso constitui uma re-mota possibilidade.

Page 7: CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição

= 13 a 19-3-1959 N^dlRÜMOS PÁCINA 7

O Partido Comunista doUruguai publicou recente-mente uma Declaração Pro-gramática e Plataforma Po-litica, resultante de unia lon-ga discussão n,o partido só-bre os problemas do pais ens questões internacionais.f",sse documento foi aprova'-do no último Congresso dcl'G Uruguaio.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO REGIME

O documento em apreçocaracteriza, o atual regimeexistente ii(i Uruguai comouma dominação da classe dosgrandes latifundiários e gran-des capitalistas c dependeucia em relação ao imporia-lismo, particularmente n im-perialisnío norte-americano,Constata a Declaração que,

embora predominando uopais o regime latifundiáriocom remanescentes de fétida-Usino, nas últimas décadas odesenvolvimento capitalistado Uruguai leve um avançorelativamente importa u t e,mas deformado c obstiiculi-/iiilii pela (lepeiidência dopais em relação ao imperia-lismo e pelo elevado grau demonopólio da propriedadeprivada da terra. As rela-ções capitalistas de produ-cão, que abrangem toda aKcpúhlicn — diz o dociimrii-to — se entrelaçam com osrestos feudais.

Reconhece a Declaraçãoiliic há também um desen-volvirnento capitalista nocampo, mas sem modificar osfundamentos da grande pro-priedade territorial.

({limito ú indústria uru-guaia, descnvolvou-so prinei-palmente na produção deliens de consumo. A deforma-eão do desenvolvimento ca-pitalistn se reflete na (lis-triliuição social da popula-eão: sendo o latifúndio pe-euarista » fonte quase únicada exportação do pais, maisde dois terços (Ia populaçãoUrbana o cerca do III por cen-to (Io proletariado Se. eneuii-Iram em Montevidéu,

A PENETRAÇÃOIMPERIALISTA

A Declaração Prograiuãti-ea do Partido Comunistauruguaio constata a penetra-cão dos capitais monopolis-tas estrangeiros, sobretudonorte-americanos, em alga-mas grandes empresas indus-

DECLARAÇÃO PROGRAMÁTICA DO PC DO URUGUAI GOVERNO DE NOVO TIPO MEIOS PARA ATINGIR 0

OBJETIVO

Não é dkrígataria a Suerra Em!TransformaçõesRevelas.wnáíias

I liai-moiiopóli

omereiais, filiais dcou empresas mis-

Ias: grandes frigoríficos, ai-gmis grandes bancos, ulgu-mas fabricas dc tecidos, me-talurgias, fábricas de ci-mento. «'.c. Km seu poder seencontra » quase totalidadedo transporte marítimo d"longo curso, assim como dostransportes aéreos.

fisto peso econômico deter-minou a formação de pactosmilitares e tratados que osgovernos do Uruguai assinaram com os Kstados Unidoslesando a soberania nacionale comprometendo o lm'N •'"¦planos bélicos A política cs-terior do Uruguai e seu votona ONU não são determina-dos pelos interesses do povouruguaio c sim pelas direi ri-/cs do Departamento d<* l'.s-Indo (le Washington.

Acrescenta a Declaraçãoque o capital estrangeiro im-pão a redmão sistemáticados preços (ias malérias-primas agropecuárias de expor-luçnd c elevam constante-mente os preços (los combus-tíveis, das máquinas c arli-gos industriais importadospelo Uruguai.

«Os impcriiilislasdocumento — pilham e sub-jugam o pais ápoiando-sc nascamadas dns grandes lalifun-loção e elevam constante-tas, que sáo seus agentescúmplices na exploraçãopovo uruguaio».

A PRINCIPAL CONTRA-DIÇÃO DO URUGUAI

A Declaração Programáli-ca do PC uruguaio constataque «a principal contradiçãoda estrutura oeonômieo-socinldo Uruguai é a contradiçãoentre as forças produtivas,(|Ul> procuram desenvolver-se. e as relações de produçãoliuseadiis na dependência ao

— di/. o

do

PRESOS DIRIGENTESDO PC PORTUGUÊS

Continuam as perseguições deSalazar a patriotas e democratas

O Comitê Central do Partido ( nmunista Portuguêsdivulgou uniu denúncia dos últimos atentados de Salazarcontra democratas e comunistas. A denúncia afirma i|uc,prosseguindo a ofensiva terrorista contra o povo, a poli-cia politica (Pll)E) prendeu nos primeiros dias de do-/.cinliro do ano passado destacados patriotas portuguê-ses, entre os quais «Jaime Sena, Joaquim líonies e PedroSoares, membros do CG do PC português; Aida Paula usua mãe .Maria da Conceição Paula; .Maria da Piedade(ioines, esposa de Joaquim (mines; Adélia Terrula, AliceLeal, encarcerada com um lilliinbo dc I ano; Maria Uni-7.a da Costa Dias, esposa de Pedro Soares; Agostinho Sa-bog.i e sua «•¦•posa Lueinila Sahoga, <• outros democratas

A 1*11)10 assaltou n casa desses cidadãos, i ilibou seushaveres e praticou conlrn eles diversas violências c lirutulidndcs

Kstus prisões — acrescenta a declaração «In l'< por-tllgllês — seguiram-se as de centenas de outros anti-sa-lu/aristas, que durante e depois da última campanha ciei(oral manifestaram o sen descontentamento contra o rcgime sala/arisla. entre o- quais os conhecidos deinocra-Ias professores Vieira de Almeida e Azevedo liomes edrs Antônio Sérgio e Jaime Corlesáo, que, posterior-mente, devido á pressão da opinião pública nn pais cinternacional, Salu/.ar se viu forcado a libertar

Nas prisões de Salazar se eiicontrani patriotas comoÁlvaro ('unhai, secretário do Partido Comunista Portugués, preso ha cerca de Kl anos e cuja pena terminouem janeiro dc lllíiti Continuam no cárcere Francisco.Miguel, Manuel Kodrigues da Silva e Manuel (luciles,todos com condenações já eunipridas, assim como dezenase dezenas de outros patriotas e deiiiocriilas, homens i«mulheres Conseguiu fugir o capitão (inlvilo, que se asi-lou na I5mbaixada da Argentina.

Devido ás perseguições movidas pela policia soluza-rista, teve que refugiar-se na Kinliaiviuln dn Hrasil o ue-neral llnmlierin Delgado, cx-ctindidaln á Presidência daItepútillcii

O docunieuto dn PC português dirigiu um apelo áopinião pública internacional às organizações sindicais,populares, profissionais, para que ergam sim voz eonlraas bárbaras repressões de Sala/ar aos ilemoeriitas por-tllguèscs.

Os comunistas uruguaiosdefinem sua linha políticaUm governo e um regimede novo tipo

Por uma frente de liberta-cão nacional

imperialismo t> ao monopõ-lio da terra, (|Hc freiiun odesenvolvimento das forçasprodutivas»,

A contradição principal,evpressa-se lambem nu con-tradição entre o imperialis-mo, os latifundiários, grau-

.des capitalistas, dc um lado,<> todo o povo uruguaio, do

outro lado: operários, agri-cultores, pequenos e médioscriadores, intelectuais, estu-dantes, funcionários publicoue empregado*, aposentados epensionistas, artesãos c pe-qucuos comerciantes e a bur-guesia nacional, constituídaprincipalmente pela médiaburguesia.

DIRETRIZESPROGRAMÁTICAS

A Declaração dos comunis-tas uruguaios, ante esta anii-lise da situação do pais, tra-ça as diretrizes pura umamudança radical nu estrutu-ra econômica e política daRepública. «Esta mudança —diz — é uma revolução ugrá-riu. o unliiniperialistn, quejá está madura no seio dusociedade uruguaia. Ela cons-titul um pass0 inicial no ca-miiilio que deve percorrer oUruguai para o estabeleci-mento de uma sociedade so-cialista, primeira fase du so-cieclude comunista, objetivohistórico da emancipação doproletariado e meta final doPurtido Comunista.

A revolução agrária c nnti-iniperinlista inscreve-se nomovimento de libertação nu-cional que cresce na Améri-eu Lntinu e á parte integrnn-to du revolução socialistamundial.

Ou comunistas uruguaiosconsideram que a libertaçãonacional c us profundastransformações agrárias cdemocráticas reclamadas pelaItepúbllca só serão possíveiscom um governo c um regi"me de tipo inteiramente no-vo, As posições de direção de-vem passar u novas forçassociais, sobretudo à classeoperária, «que deve assumiras principais responsabilida-des nn Poder».

•Junto ã classe operária s«representariam no governooutras camadas da populu-eão: camponeses, camadasmédias urbanas, setores daburguesia nacional dispostosa lutar pela Independência eo progresso, «Só um govér-no do povo assim constituído— afirma o documento — se-rú capuz dc levar a cubo umprograma avançado de trans-formações sociais. Anulará ostratados e convênios econô-micos, políticos e militaresde submissão do Uruguai aoimperialismo e nacionalizaráempresas, bancos, capitais,terras, plantações, etc, per-tcnccntcs aos monopólios cs-trangeiros, particularmenteos norte-americanos. Keuli-zurá uniu reforma agráriaradical, cxpropriuiidn as ter-ras dos latifundiários e en-tregando-us gratuitamente ouatravés de módicos pugamen-tos aos trabalhadores sem(erra ou com pouca terra eu todos os (jur desejam cul-tivá-los

A Declaração Progrumáti-ca do PC uruguaio acresceu-tu que as transformaçõeseconômicas soe.ais o políti-cas prevista. «implicam emarrancar o Poder das mãosdas aluais classes dominou-tes c colocá-lo nas mãos denovas classes e camadas so-ciais encabeçadas [ida elas-se operária». Afirma que «talcoisa não se pode fazer demaneira gradual, evolueionis-Ia, reformista. Isto não si-gnifica, no entanto, que seja

obrigutórin u guerra civil.Nus atunifl circunstâncias in-ternacionais favoráveis, edesde que o proletariado for-je sòlldamcnte sua unidade,congregue em tomo de si esob sua direção us grandesmassas camponesas, ns cama-das médias e todos os selo-res patrióticos . é possívelconquistar o Poder políticopor viu pacifica e translor-mar o parlamento num au-téiitieo executor da vontadedo povo».

UMA FRENTE DE LIBER-TAÇÀO NACIONAL

O PC uruguaio propugnupela formação de uniu um-pia frente democrática dc li"bertaeão nacional, vasta cou-lizáo de forças populares,paru u conquista do novo po-der estatal. O papel dlrigen-te du classe operária miFrente será facilitado pelaunidade sindical dos traba-lhadores.

A ESCOLA E A IGREJA NA POLÔNIANOTA DA REDAÇÃO: - As agências telegráikas oci

dentais têm procurado criar confusão na questão das relações antre a Igreja e o Estado na Polônia. O crssunto versendo ob/efo de discussões naquela Democracia Popular, cfim de co/ocar nos seus devidos termos essas ralações. Um dseus aspeefos é o ensino religioso nas escolas. Damos a seç-uir um frecho de discurso a respeito proferido por V/adislav Gomulka numa conferência nacional de miiifanfes do Purtido OperárioUnificado da Polônia.

- V , > 4 - i

;'|í<?' ^'^mfr^'*^ -'JÊm\m

íÊÊÈ \jmh' mimmWWW

VLADISLAV GOMULKA

midade compasse uma

ésse lema, ocu-posição positiva

A constituição da PolôniaPopular separou a Igreja doKstado, Isto significa que oKstado não intcrvéwnos pro-blemas internos da Igreja eque ao mesmo tempo nãopermite que n Igreja se in-trometa nos problemas dolistado.

Naturalmente a ordem ju-ridica estabelecida pelas au-Unidades competentes do Ks-tado aplica-se na mesma me-dida tanto à hierarquia da_Igreja como nos eclesiásticosde todos os graus e a todoso.s cidadãos. De fato, a Igre-ja separada do Kstado não

MAO TSE-TUNG RECEBELÍDERES COMUNISTAS

LATINO-AMERICANOSNns primeiros dias dês(e

mes, em Pequim, o Prcslden-te da República Popular da(bina, Muo Tse-Tung, rece-Inu dirigentes comunistas dc1!1 paises da América l.ali-na, i|Ue acabavam de assis-tir ao X\l Congresso dn Partido Comunista da União So-\ iélica.

Mão Tse-Tung e os lide-res comunistas lulino-amcri-canos trocaram opiniões sóbre a situação internacional.I.vtcrnaram n pouto-de-vis-Ia comum de que a situaçãoiiitcriiacional é evtraordiuá-riaineule favorável á lutapela paz, a independência, ademocracia c ao progressosocial dos povos de todos ospaises, ,\s 1'ôrçus reaeioiiá-rias. cncabeçailiis pelos Esta-dos Unidos, esláo em desin-tegração, As forças revolu-eioniirias c as torças da pa/is da democracia do camposocialista c de todos os po-mis do mundo estão em as-censo. Constataram tam-bém que, desde que os po-mis mantenham «¦ reforcemsua unidade, sua vigilância esuas lutas, os imperialistassofrerão sem dúvida umaderrota esmagadora se selançarem a uma guerra mun-dial. A justa causa dos po-vos do mundo triunfará,

da Aini''

rica Latina, a opinião imã-iiünc é que se registra umcrescimento sem precedentesdos sentimentos patrióticosdos povos dos vários paiseslatino-americanos e que ês-tes se libertarão finalmentedo controle do imperialismoiiorlo-imicricuiio o completa-rão sua independência.

Muo Tse-Tung externouentusiástica simpatia •« apoioaos povos da América Lati-na que enfrentam decidida-incuto o imperialismo ianque,defendendo sua independeu-cia nacional e combatendopela democracia c a libordu-de. Congratulou-se o liderchinês com o povo de Cubapor sua recente vitória sô-bre o governo despótico pró-Estudas Unidos (le Flllgênclolíatista.

Os dirigentes comunistaslatino-americanos e o liderdo PC da China foram deopinião que devem prosse-unir os coutados entre ospartidos comunistas dos pai-ses da América I.atinn e oPartido chinês paru lutarpela pa/ mundial, n indepen-delicia nacional e o progres-so social, contribuindo igual-mente para fomentar a ami-/.adc e a cooperação entreus povos da América I.atinac H po\o da China,

pode ser um Kslario dentrodo Estado,

A escola pertence ao Ks-tado e não à Igreja; é uniu

.esÇoL^jnjblica^ljilo-j^iijli!^eo mestre na Escola é o Es-lado. Somente o Estudo po-de dur instruções referentesà Escola. K' do dever da or-ganizaçáo escolar do Kstadolevar ii prática essas instru-ÇÕCS.

Pela separação da Igrejae do Estudo e, igualmente,em conformidade com a es-sôncia socialista do nosso sis-lema social e com o espiritodo Século XX, nossa escolapossui um caráter laico e náoreligioso, São os professores

e o diretor da escola que, emnome do Kstado, assumem afunção de mestres, e não oseutoquistas. E' também oprofessor que deve ser o di-rigenle espiritual e moral eo guia da juventude escolar.Uai concluir-se ser evidenteque somente o Estado temo direito de estabelecer quaisos emblemas que podem fi-guiar nus salas de aulas.

Querendo criíir a atinos-feia melhor possível entre oKstado e a igreja, o Kstadoconcluiu em dezembro de1Ü56 um entendimento coma direção da Igreja-Episco-pado, pulo qual o Estado dái, seu acordo para a intro-iluçüo da instrução religiosacomo matéria facultativa emcada escola onde a maioriados pais dos alunos fez opedido l""' escrito às nulo-ridades escolares.

K preciso lembrar que aautorização de introduzir uiiistruçá,, religiosa nas es-colas encontrou a hostilidadede uma parte importante dapopulação w mesmo uma cri-tica severa.

Talvez o Kstado esperasseuma compensação na atitudeda Igreja com respeito aoEstado e que a Igreja fosseguiar-se em nosso regime so-cialista seguindo o velho Ie-ma romano: «A Deus o que

a César o que éque, de confor-

em relação uo Estado.

i2 verdade que no mundorestam poucos imperadores •reis, mas a Igreja não des-preza esse lema onde querque cies tenham desapareci-do. Por exemplo, na Repúbli-ca Federal Alemã, o Epis-copado apoiou Adenauer pa-ra a questão do armamentodn Bundeswehr com bombasatômicas, o Eplscopado fran-cês apoia igualmente as in-tenções ditatoriais de DeGaulle.

Km geral, conforme a ve-lha tese da Igreja que pro-clama que «lodo poder ema-

¦ira-tl«-D(íU-íT7-a—fgreja—eatô~lica apoia ativamente os go-vemos e autoridades do Es-tado em todos os países ca-pitalistas. Ao contrário, naPolônia Popular o Episco-pado da Igreja Católica não.somente não apoia o govér-no polonês nem ns autorida-des do Kstado polonês, maspublicamente e às ocultasage em sentido contrário.Talvez — que — de acordocom o nosso Eplscopado —somente os podêres dos pro-prletários de terras e doscapitalistas emanam de Deus.

de da Igreja aoslhe são próprios,

limites que

O Estado naotenção de fugir

('¦ de Deusde César-(Juaiitn a situação

/tffm/

Declaração do PC £raitc ês sobre o problema alemão

O Bilô !'Central do ioi';a Francosdeclaração >i

litlco no i nnl'irlkln Comu-ptiblic ii unia

• de luarçoiproblema fia Alemã-

•;l !11 .11111

KÕlíl tnha,

A declaraçãooutras coisa.1 :

•Mais uma vi/.. ,,'ma alemão provocatude entre tocos osinteressados na paz.,tude que a vindanauer a Paris, a ¦!

ii:/. entre

probu -inqiiie-liotiiensitiquic

le Adc-de março

le iilliclpaz ciiiu a Alemãmil mo rceruuemente n cabeçaveidatleiio locopude íer a origem cielen cirii gtiei ru mundialmicrra atômica,

o ai «mi 1' s de Potsclatn

Tillü . c: inill-

I» ri; usa -e Berlim,

de micrraumaUlll.i

pnPC

a

nfio potie senão aumentar.Treze anos depois cio le:

nino im hostilidades, n ã

„segu<francês

los concluídostiiti-liitlurl.-ta,

.1 is: na leallciti lia Ocidentalreparações dilima.' ria ngn

luraçii dooutro.1 acòi -

pula couli/.ánfórum viola-le, a Alemã-não pastou ns

;sao: c u m n

ajuda o o s capitalistas ame-ricanus, o imperialismo ale-mão se recuperou política eeconomicamente na Repúbli-ra Federal Alemã; o mililtt-i. mo se reforça com extre-inu rapidez, nfto abandonar.-dn seus objetivos rcvnnchis-ias.

A situiiçáo em Berlim oci-dental se agravou a tal pon-tu nos últimos tempo.- que osdirigente, ocidentais pude-

: ,on dizer publicamente queenviarão comboios bliucadüsatravés da República De-

mociiítica Alemã; cogita-semesmo (ia mobilização par-ciai nos E-tados Unidos,como solicitou o generalTaylor, chefe clu E-tado-maior <>o exército norte-americano.

ps!as ameaça, visam cs-senclitlmente á destruição da

República Democrática Ale-ma. Êste primeiro Estado deoperários e camponesi s ciaAlemanha, q u o ro.inpeu dc-finitivamente com u passadoe leva a prática os acordosdc Potsdam, que llquld iu ocartéis e o domínio do.' car-

rufcos, ba->e social cio inili-tarismo alemáu, extirpou onazismo, proibiu o chuvlnis-

mo e o racismo, afirmou,pela voz de seu presidente,Wllhelm Pieck, seu desejode amizade e cooperuçfto comd França".

Concluindo, o Birô Políticodo PC francês alerta os tra-balhadores e todos o.s frunce-ses a se empenharem c o mtoda ns suas forças nó lutap.la paz e cm particular portuna conferência ci o s chefesde governo, cuja convocaçãoconsidera urgente.

tem a in-ao acordo

concluído com a igreja. Asaulas de instrução religiosacomo matéria facultativa po-ciem sempre ser dadas forado horário vigente. Isto si-gnifica que as aulas de ins-I rução religiosa devem, quan-do existem, ser ministradosdepois das aulas determina-«Ias pelo programa e somenteem casos excepcionais antesdas aulas normais. Simultâ-ricamente, o Estado tem odever de assegurar escolaslaicas para as crianças cujospais não querem que seusfilhos recebam instrução re-ligiosa. As autoridades doKstado se baseiam no prln-cípio da tolerância, conser-vando porém o caráter laicoda escola

A questão dos emblemasc da-s pi áticas religiosas apre-senta-se de maneira totul-mente diversa. Nem no acôr-do concluído cm 1Ü3C com aIgreja nem em qualquer ou-tro, se fula de emblemasreligiosos nas sulus de aula,nem de orações recitadas emcomum pelos alunos, nem depráticas religiosas dos alu-nos sob os auspícios da es-cola, Ü Episcopudo nuncaexigiu dos autoridades quehouvesse acordo sobre essasquestões. Percebeu, deeer-lo, que isto significava o ^"i«Io caráter luico da escolae a introdução de um eu-ráler confessional, com Oque naturalmente o Kstadonao pode concordar.

O quo a Igreja não pôde. atingir legalmente, pensou

oiilé-lo por outros meios. Ins-pirados pelo Episcopudo, nu-merosos padr«s, seja pessoal-mente, seja por Intermédiode lieis, mandaram afixarnus paredes das salas de aulaemblemas religiosos e mui-tos catequistas começaram afazer os alunos orar conjun-lamehie, não sô durante ashoras de instrução religiosa.inu-s também em geral antese depois das aulas. As uuto-ridades váiiaa vezes exigirumdo Kpiscopado que ordenas-se ao clero abandonar tuUpráticas religiosas nas esco-Ias. Isto não deu nenhumresultado. U Eplscopado pro-curou e provocou choquescom u autoridade pública, enão sòmenta no domínio daescola.

Somente us autoridadesdo Kstado podem decidir daforma e du conteúdo do eírsino na escola. Todos sabem,em nosso país, que os cren-tes têm uma absoluta guitin-tia de liberdade de crença epráticas religiosas. Náo sãoobjeto de qualquer discrimi-nação pelas autoridades doEstado. Ü Kstado popularnáo divide os seus cidadãosem crentes e náo crentes. Ovalor do cidadão é medidopelo seu trabalho paru opaís, pela sua contribuiçãoreal à nossa construção, pelaseu labor para a sociedade.

—A-Jimii^-pnr4."--da-nttç-ãtfr-Ttt'=—cluslve a maior parte do«fiéis, compreende que uniatal atitude é justa e a apoia

Não queremos entrar emguerra fria com a Igreja. Te-mos dado disso provas sobe-jus. Mas não permitimos quouma certa parte da hierar-quia da Igreja e do ciei o.que se acliu sub u influên-cia dos círculos do Vaticanohostis à Polônia Popular, en-tregundo-se a fins que nadatêm de comum eom u mis-são religiosa da Igreja abalea ordem jurídica e o sistemapolitico e social do nossopaís. A parte da hierarquiada Igreja e do clero leul aoKstado estará certamente deacordo com essa atitude,Essa posição é aliás inteira-mente apoiada por toda apopulação, .Somente os espí-ritos wnfermiços. fanáticos.que sonham com u suprema-cia medieval da Igreja sobreo Estado, podem se opor aIsto. Mas são sonhos extra-vagantes, Não se pode re-cuar no tempo, nem deter ocurso da história.

A diretriz do Ministério daEducação sobre os emble-mus nas escolas já foi po.staem vigor e será upllcada emcada escola. Us professores.a administração e principal-mente os diretores das esco-Ias merecem gratidão pelasuu atitude disciplinada, emdefesa do caráter laico daescola.

Em Toda a Parte,Não

Positivamente, estava semsorte o presidente quandoafirmou, num discur.so emPelotas, que u alta do custode vida se verlficu em lódua parte do inundo. Por coln-cidénciu, o mesmo jornal quepublica o discurso de JK'"Última Hora" d-e 9 do cor-rente, edição matutina), in-sere na página seguinte umtelegrama de Viena infor-mundo que na Tclieco-Esluva-quia foi decretada uma re-dução de 10 por cento nospreços cie cerca de clnqllen-ta artigos IndispensáveisLogo, nao t um fenôiuen.ueral..

Mas, aindudente quisessedo cliumudoêle, que ama

Nessa situação,¦,, dar Insl ruçfiespara fazer voltar

era preci-rigorosas

a ativida-

que o presi-Ia lar apenits

"mundo livre",tanto a verti-

gem das velocidades, deveriater em vista que se cm todou "mundo livre" a vida setorna mais cara e difícil, épouco provável que lutja ai-guni lugar onde isto se dè nomesmo ritmo que entre nosAte parece que, tambémquanto a preços, existe uniameta: atingir, em 5, os níveisque seriam atingidos em 50unos, se a carestia conti-nuivsse por tanto tempo.

Page 8: CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição

PÁGINA 8 NOVOS RUMOS 13 a 19 - 3 - 1959 =—*

A FUNDAÇÃO DO PARTIDOCOMUNISTA DO BRASIL

£ni diversos poises, o Poiliclo Comunis-ta se oiiginou de cisoes nos antigos parti-dos socialistas da II Internacional. No Bra-

sil, nenhum dos partidos socialistas que exis*tiram em 1892, 1895. 1902, 191 I e 1919

tiveram forças ponderáveis, nem contaram

com lideres de grande influência, capazes

ó» se impor às massas; não eram partidosligados ao movimento operário e jamais fo-

ram dirigentes de movimentos de amplitude.

O anarco-sindicalismo, que predominoude 1906 a 1920, nâo conseguiu estabelecer

um movimento revolucionário capaz de im-

primir uma orientação adequada à situação

objetiva, quando eram sacudidos os alicei-

ces da estrutura burguesa no mundo e o Bra-

sil passava por uma de suas maiores crises.¦ A constatação deste falo, resultante de um

processo espontâneo e a bem dizer inslinli-

vo de aulocritica, que se acentuou principal-mente durante a segunda metade de 1921,

sob a forma de acaloradas discussões no!

sindicatos operários, levou diretamente á or-

ganizaçáo dos piimeiros grupos comunistas,

que se constituíram como passo inicial paraa fundação do Partido Comunista. A ban-

carrola do anarquismo fora total e com ela

ficou encerrado um largo período da histó-

ria do movimento operário brasileiro. O con-

seqüente surgimento do Partido Comunista,

ao mesmo tempo que assinalava o início de

um novo período, era lambem a revelação

de que as lutas precedentes haviam produ-•ido um rápido amadurecimento político do

c'asse operária brasileira, que assim mostra-

va compreender qual o papel histórico quelhe caberia ò frenle da revolução social e

nacional em marchai (Astrojildo Pereira).

Em 1921. os principais líderes anarco-

sindicalistas, que dirigiam as lulas operárias

no Brasil, aderiram à concepção marxista-l. -

ninista, empolgados pelos êxitos e pela vi-

tória do proletariado russo. O Partido Co-

munista do Brasil se originou, realmente,

nesta cisão ocorrida em 1921, no seio do

onarco-sindicalismo; um grupo de anarquis-

tas teóricos recuou em sua atitude inicial de

apoiar a revolução russa, posição que era—CPTTKrm-t» éwi rnrrpnifs existentes entre os

anarquistas; o outro grupo rompeu com o

que considerou erros e defeitos da orienta-

cão anarco-sindicalista e aderiu ao comu-

nismo, mantendo e consolidando seu apoio

ct Pevolução Russa.

Realmente, foi em fins de 1921 que sur-

giram os primeiros grupos comunistas bra-

sileiros. Antes já existiam pequenos blocos

simpatizantes, sobressaindo dentre eles o

Centro Maximalista de Porto Alegre, fun-

dado em 1919, e a Liga Comunista de li-

vramenlo, ciada em 1°18.

Em 711 1921, foi fundado na rua do

Senado 215 o Grupo Comunista do Rio de

Janeiro, que sc organizou com o objetivo

precipuo de promover a fundação do Pcn-

tido Comnnisia c'o Brasil, de acordo com ás

HERMINIO LINHARES

:erda, Sebastião Figueiredo. Com exceção

ie Astrojildo eram Iodos operários e comer-

riários.Deliberou-se publicar um mensário de

doutrina e informação sobre o movimento

revolucionário internacional; ésse mensário,

que depois mudou de formato e passou a

quinzenário começou a circular em janeirode 1922, tomando o nome de «'Movimento

Comunista*. A atividade desse pequeno

grupo foi intensa, contribuindo mesmo para

que se formassem grupos análogos em vá-

ios pontos' do país, como em São Paulo,

Santos, Juiz de Fora, Recife, Cruzeiro. En-traram também em entendimentos com o

Centro Maximalista de Porto Alegre, paro

que mandasse um delegado ao Congresso

que estavam planejando, o que foi feit" nc

pessoa de Abílio de Nequele, seu fundador

Depois de quase cinco meses de prepa-ração realizou-se, nos dias 25, 26 e 27 de

março de 1922, o I Congresso do Partido Co-

munista, com a presença de delegados dos

grupos comunistas existentes. Eram, ao todo,

delegados que representavam grupos do

Distrito Federal e dos Estados do Rio, São

Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Gran-

de do Sul. Com uma única exceção, o olfaia-

te Manoel Cendón, que era socialista, o!

demais eram militantes ativos do movimen-

to anarco-sindicalista, alguns com mais de

10 anos de lulas operárias. Apenas dois

eram intelectuais — Astrojildo Pereira e Cris-

liano Cordeiro, dos outros dois eram alfaia-

tes (J'*aquim Barbosa e Manoel Cendón), un

tipógrafo (João da Costa Pimenta), um vas-

soureiro (Luis Peres), um eletricista (Hermo-

gênio Fernandes da Silva), um barbeiro (Abi-lio de Nequete), um operário em construção

civil (José Elias). Pela idade, o mais moço

teria 20 anos e o mais velho menos de 40

anos. As sessões de 25 e 26 se realiza-

ram no Rio. A reunião final efetuou-se na

pequena sala de visitas da casa residen-ciai da família de Astrojildo Pereira, à rua

Visconde do Rio Branco, 651, em Niterói.

_ Foi a seguinte a ordem do dia: a —•

mento, num único e disciplinado organismo

revolucionário. do< forças conscientes da

classe trabalhadora constitui, nas circunstãn-

cias presentes, um dos atos mais Iranscen-

dentais já realizados pelo proleíariado do

Brasil em seu movimento de libertação.

A importância que assume a constitui-

çáo de um Partido Comunista lem-nci sem-

pre feito ressaltar a Internacional Comunis-

ta, referindo-se a todos os países do

mundo; porém, essa importância é tanto

mais de ressaltar quando o fato se verifica

em um país onde o movimento operário em

geral é difuso e onde as organizações sindi-

caís muito caminho devem percorrer ainda

para valer como força que sejam verdadei-

ras organizações de massas. No Brasil, a

função orientadora do Partido Comunista re-

vesle-se de especial importância; êle está

chamado a fixar uma clara linha de condu-

!a ao proletariado, êle deverá amparar as

grandes camadas da população operária e

camponesa sob as dobres da gloriosa ban-

deira da Internacional Comunista, incorpo-

rando assim os trabalhadores brasileiros no

movimento universal de redenção-.

Terminados os trabalhos, os nove con-

gressistos levantaram-se e cantaram as es-

trofes da Internacional, tomados de viva

emoção. E seus olhos voltavam-se para o fu-

turo, certos que esta pequena reunião modi-

ficaria o destino de milhares de brasileiros.

? 1 condições de admissão da lll Internado-

nal. Os fundadores do Grupo Comunista fo-

rom, em ordem alfabética: Antonino de Cai-

valho, Anlônio B.-anco, Antônio Cruz Jú-

mor, A s tro ii lcl o Pereira, Aurélio Durões,

Francisco Ferreira, João Argolo, José Alves

Diniz, L>j's Peres, Manuel Abril, Olgier La-

Exame das 21 condições para a admissão

do Partido na Internacional Comunista; b —

Estatuto do Partido; c — Eleição da Comis-

são Central Executiva; d — Ação pró-flage-lados do Volga; e — Assuntos vários,

O Congresso discutiu as 21 condições

de admissão na Internacional Comunista, acei-

tando-as sem reservas. Adotou os Estatutos

do Partido e elegeu uma comissão central

executiva. Aprovou mais algumas resoluções

e moções de menor importância. Na 1.'

leunião foi lida a saudaçã" enviada pelo se-

crelário do Bureau da Internacional Comu-

nista na América Latina, R. Vaterland, ao

I Congresso do P. C. B., assim redigida:

< Ao reunirdes vosso Primeiro Congres-

so Comunista, o Bureau vos dirige este calo-toso apelo para alentar-vos na obra que tão

decididamente iniciais. Com efeito, segundo

pensamos, essa magna Assembléia dá, nês-te momento, um dos passos mais importan-tes para a marcha futura do proletariado doBrasil: a constituição do Partido Comunista,

a concentração da vanguarda, o agrupa-

Centenário De

Um Clássico

Judeu: Sholom

Alekhem

MÉTODOS LEGAISE ILEGAIS DE LUTA

«Todo o mundo concordará em que seria in*sensata e me..nio criminosa a conduta de umexército quc nao estivesse disposto a utilizar todaespécie de armas, todos os meios e métodos deluta que possui ou pode possuir o inimigo. Noentanto, essa verdade aplica-se com maior jus-teza ainda à política que à arte militar. Na po-lítica ó ainda menor a possibilidade de saber deantemão que método de luta será aplicável evantajoso para nós em tais on quais circunstán-cia--, futuras. Sem dominar todos os meios deluta, podemos correr o risco de sofrer uma enor-me derrota, às vezes decisiva, se transformaçõesno situação das outras classes, independentes denossa vontade, colocam na ordem do dia umaforma de ação na qual somos particularmentedébeis. Se possuímos todos os meios de luta,nosso triunfo é certo, porque representamos osinteresses da classe realmente avançada, real-mente reveluoionária, mesmo no caso de que ascircunstâncias não nos permitam fazer uso daarma mais perigosa para o inimigo, dn armasuscetível de o.scsiar com a meior rapidez gol-pes mortai.. Oi revolucionários inexperientesimaginam freqüentemente que os meios legaisde luta são oportunistas, porque neste terreno (so-bretudo nos chamados períodos «pacíficos», nosperíodos não revolucionários) a burguesia en-gana e explora a ingenudade dos operários comp«rticular freqüência e que somente os métodosilegais são revolucionários. Tal afirmação, con-tudo, não é justa. O just» é que os oportunis-tas e traidores da cla*se operária sõo os partidose chefes que não sabem ou não querem (nuncadigas: não posso, e sim: não quero) aplicar osmétodos ilegais em uma situação como a guerra

imperiaLsta de 1914-1918, por exemplo, em quea burguesia dos partidos democráticos mais livresenganava os operários com uma insolência e umacrueldade nunca vistas, proibindo que se dis-sense a verdade sobre o caráter de rapina daguerra. Porém, os revolucionários que não sa-bem combinar as forr-;as ilegais de luta comtodas a; formas lega.s, são péssimos revolucio.nários. Não é difícil ser revolucionário quando arevolução estalou e se encontra no seu apogeu,quando todos e cada um de per si aderem àrevolução por entusiasmo, nor moda e às vêzospor interesse pessoal e desejo de fazer carreira.Custa muito ao proletariado, produz-lhe duraspenas, origina-lhe verdadeiros totmentos, o «des-lazer-se», depois de seu triunfo, desses «revolu-cionários». E infinitamente mais difícil — emuitíssimo mais meritório — saber ser revolucic*nário quando a situação ainda não pnrmile a lutadireta, franca, a verdadeira luta de massas, averdadeira luta revolucionária».

(V. I. Lênin: «A Doença Infantil do «Esquer-dismo», no Comunismo»),

Transcorreu a 2 de mar-o deste ano o centésimoiniversário de nascimento

do escritor e humanista ju-deu Sholom Aleichem.

Sholom Aleichem, cujonome de nascença é Sho-lom Rabinovitch, é natu-ral da cidade de Pereyas-lav, Ucrânia. Desde nuii-to jovem distinguiu-se co-mo um estudante bri*lhante.

O grande clássico judeuiniciou sua atividade 11te-rária em 1879, escrevendoprimeiro em hebraico pa-ra uma revista, passandomais tarde a usar o iidiche

e colaborando em um jor-nal popular Foi escreven-do para o jornal que éleadotou o pseudônimo lite-rário, Sholom Aleichem,uma forma de saudaçãopopular entre o povo jii-daico, cujo significado é:

A paz esteja convosco! -

Com a denota da revo-lução de 1905, surgiu emtoda a Rússia uma vagade progroms. Sholom Alei.chem decidiu então trans-ferir-se para os EstadosUnidos, onde obteve gran-de notoriedade escreven-do para jornais cm iidichee declamando suas histó-

tias Em 1903 voltou àRússia Desde os primei-ros anos do século XXiniciou uma correspondeu,cia intima com MáximoGorki. que influenciou em

grande escala os seus pon-tos-de-vista democráticos.

Tm 1911 retorna a No-•a Iorque com a sua fami-

ha. e reenceta ai sua ati-i/idade de publicista, quesc prolonga até sua mor-te. cm 13 de maio de 1916.Seus funerais foram umagrande demonstração cioamor e carinho que lhe de-dicava o povo Judeu

Em v.irios paises atual-mente preparam-se come-morações paia assinalar ocentenário de Sholom Alei-

chem Na União Soviéticaprepara-se uma edição dassuas obras completas cmb volumes, em língua rus-s,i. O primeiro volume,lançado ,i venda em 22 defevereiro, teve a sua edi-cão esgotada em 45 minu-los O numero total deexemplares da 1" ediçãosei .1 de 250 mil. Serátambém lançada uma edi*ção de suas obras escolhi,cias em língua iidiche numt*-'al de 30 mil exem-plares

O centenário do grandeclássico judeu será tam-bém comemorado peloConselho Mundial da Pazem muitos países.

MISrÓJIM DO MOV1MBNTO OPiRÁRIO

Os primeiros exemplos(!• repressão cruel dos mo-a intentou reivindieailvosdos trabalhadores vemprecisamente cia Inula-ti•: :.i - que anula hoje (•.entretanto, apontada emcertos setores, como nio-dêlti de pais democrático,padrão de respeito aos dl*leitos e liberdades hiiinii-nos .. Tendo obtido doParlamento a lei que proí-bia as 'trade unions', abi rguesia inglesa t>ãn ie-ve nenhuma moderaçãoao aplicá-la. Fm \?,vi. povexemplo, irrompeu um mo-vimento grevista que, ie-pnmido. transformou-seespontaneamente cm re-volta. A fábrica foi incen-diária c muitos operárioslevados aos tribunais Fuiorganizado, então, o pro-cesso conhci ido como <!atubricu cie Middle Tuwn,Nada menos cie 32 traba-lhadores foram randena-do? por participação nomovimento, üos quais 8 flmorte na turca. 17 a seteanos etc trabalhos nai ua*.1im c 7 a sete meses cieprisão,

. Mas, não apenas naInglaterra irrompiam e-tes movimentos esponta-neos dns trabalhadorescontra a exploração queos subjugava, eles se ve-rificavam, Igualmente, naFrança e em outros pai nquc se libertavam do leu-clalismo e progrediam pe-lo caminho capitalista PorIsto mesmo, náo tardarama surgir homens que sul)-metiam á critica essa no-va sociedade, apontando-lhe ns defeitos c buscandoremédios paia us seus ma-

lc Naturalmente, haviai:ro tipo de críticos riopitalismo; representou-

daquelas classes e < a-atlas cia sociedade me-eval que tinham sido>rrubada.s pela revoluçãoüguesii Mas. não c ni".- que nus referimos em a alguns pensadoresic. partindo das grandio-í conquistas da revolu-o burguesa, preconiza-

4^^*.' V

Fourler

vam uma organização maisjusta c mais humana daoeiedade. Suo os chama-

dus socialistas utópicos,homens de idéias gênero-sas mas que, por forcamesmo rias limitações cioseu lenipo. estavam impe-diclos dc lazer unia critl-i n cientifica da sociedadeburguesa e indicar o.s ru-mos de sua transforma-c-i-o Dentre estas limita-eóes a mais importanteconsistia cm que a classe

operária, o proletariadoindustrial, ameia não ha-via desahrochndo comociasse. Os operários eramconsiderados e se conside-ravam a si próprios apt--nas como nina parte ciapobreza, em geral, emi -ijo seio se diluíam. Am-ria não se haviam dadoconta de que constituíamumn nova classe dentro dasociedade, precisamente aclasse mais revolucionariae avançada. E se aindanão tinham consciênciadisto e exatamente por-que só na primeira me-tado do século XIX. quan-

teorias socifllistóê, capa/escie iluminar o caminho «iatransformação da socieda-de capitalista imperfeita,em sociedade perfeita, co-mu diziam, Vejamos, bre-vi-meu te. de que modo pen-snvatn cada uni dos grau-des socialistas utópicos.

SA1NT-SIMON — Nas-mu em 17(i0 c morreu em1R2Õ, numa família nobre,Claude Henry de Snint-Simon, Ainda na juventti-de revelou a nobreza doseu caráter e quando opovo dos Estados Unidos•omou armas para a con-qtii.sta de sua Independeu-

li tares A nova sociedadedevia ser constituída íuil-ctunenie pela classe dos"industriais", c o mpostuprincipalmente pelos ope-rarids, burgueses e inte-Incluais, mas que lambemincluía o.s lavradores.Sainl-Simoii nao perce-bia, assim, o antogonis-mo de interesses entre aburguesia e o proletária-(io. E não porque o qui-sesse ver. mas pelo fato

di' esse antagonismo, naFranca de sua época, am-d,i nao ter se revelado.F.ra. segundo Marx. a épo-ca cm que os operários ln-

OS críticos da sociedade capitalistado a revolução industrialchega ao seu termino naInglaterra, quando se pro-duzein maquinas que ta-bncatn outras maquinas, oproletariado industrial setransforma numa classeque luta independente-mente por seus própriosdireitos e possui suas as-pirações especificas.

Náo e. por isso mesmo,de admirar que os primei-ros a exprimir os anseiosdos operários, em termosde teoria e de doutrina,lenliam sido elementos daburguesia, Idealistas nomelhor sentido da palavra.Tres deles destacaram-sedentre iodo.-. Foram Saint-.Simon e Fourler, na Fran-ca, e o inglês RobertOwcn, Deles são os primoi-ros esforços para criar

cia. Salnl-Simon paia aliacorreu e lutou ao ladodos norte-americanos, Re-gressando a França, pas-sou a dedicar-se à soluçãodos problemas sociais.Apresentou, em suas obras,muitas idéias novas. Acha-va, por exemplo, que to-dus os membros da socle-dade deviam trabalhar ecriticava acerbamente aparte da sociedade que le-vava uma existência pa-lusitana. Seus trabalhos.-no Impregnados de sim-patia pelos pobres. Na suaultima obra, "O NovoCristianismo", propunhauma nova organização oasociedade que excluísse aclasse dos "parasitas", osquais, para ele, eram aaristocracia, os latiíuntlia-lios. a btirot racia e os mi-

lavam contra os inimigosde seus inimigos, isto c.em que os operários, alia-dos u burguesia, lutavamcontra o.s feudais que que-riam impedir o desenvol-vimento do capitalismo.Porque pensava que a fu-tura sociedade do traba-lho devia ser organizadapelos burgueses e pelosoperários. Saint-Simon eraum sonhador, um utópico.Mas, no tato mesmo cieimaginá-la como uma so-ciedade em que o traba-lho íõsse obrigatório paratodos residem a grandezae a generosidade de suasidéias

FOURIER - Viveu de17711 a 1837. sendo filho deu in a família burguesa.Obrigado, pelo pai. a tra-balhar na loja de proprle-

dade deste, em vc dc est cur.'. passou a sentir oclic,pela sociedade burguesa epeio comercio que consi-derava. grande ou peque-no, como mu logro, omaior mal ria sociedade cn-pitalii 'a Indagando sobrequal a causa do; defeitosda sociedade burgue a,aproximou-se dc uma con-clusáo muito importante;

Saint Simon

:i de que a base de todosos vicio1 e n propriedadeprivada, a ambição de cn-rlqtiecer. No seu "Novomundo industrial e socie-tário", obra aparecida cm18119. Charles Foürier es-crevia (pie. sob o eapila-Usino, o medi,o descia queha in o maior número cieenfermidades para ganharmais: o advogado desejamais processos, pelo mes-

mo motivo: o vlclreiro so-nha i om chuvas üe gra-nizo, a um dc vender maisvidros, e assim sucessiva-mente. Claro que ha cxa-goros nas conclusões cieFourier. Mas. o seu maiornieritu está cm haver con-rei,ido w sociedade cio tu-luro como baseada no 'ia-balho coletivo — nos "ia-ianslerios". Mostrava, asuperioridade da economiacoletiva em relação a eco-nomio capitalista. Entre-tanto, como Saiht-Simon,achava que essa sociedadedevia ser organizada pe-los capitalistas e o.s ope-vários, assim como pelosintelectuais, Os capitahs-tas entravam com o di-nheirp e os operários e in-toiectüais com suas fôr-ças físicas e intelectuais.Constituiria a falange, oscapitalistas receberiam oslucros e não precisariamtrabalhai'. Os lucros da

deveriam serem lll partes,

laiangedivididosdas quais 3 para os inte-•lectuais, ã para os opera-nos e 4 para os capitalis-tas. Acreditando, ingênua-mente, em que o.s, capita-listas aceitariam o seuplano de organização so-ciai. Fourier escrevia-lhescartas e, em horas deter-minadas, aguardava quechegasse a sua casa ummilionário, que colocariamilhões a. sua disposição...Apesar dos defeitos e daslimitações de suas irieia, ,havia elementos geniaisna concepção cia nova so-ciedade de Fourier. o maisimportante dos quais eramas virtudes quc atribuía i.economia coletiva,

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jq m «?*** m NOVOS RUMOS PÁGINA

-a

NOTAS Sí Itlii: LIVROS CINEMA séculoDa Editôça Kiilgi.ii', i.le San Puuio, é i> volume

Broailelros contra o Brasil, iintulo^iu nacionalista enn-lendo artijjos dc AdulRisa Nery, (Juio',Prado Júnior, Eliu*Chaves Neto, Gonclin cia Fonseca, Osny Duarte Porei-ra. Osvaldo Cosia. Paulo '\ Alvos Pinto, Poinpeu Aeciu-ly Borges. Sio artigos em gcr.'il excelentes, ini.- (piaisíc annlisnm os vários aspectos do nacionalismo lira-sileiro ria hora presente, em luta liberta eontra o Ihl-mlgo Imperlnlistn e seus agonies internos, ns maus bra-slleiros ferreteátlos oom o adequado epitetu de entre-fitistasa,

O volume é prefaciado pelu deputada Gabriel Pas-«os, que é, como se sube, uni dos mais ilustres cómpo-nentes da Frente Parlamentur Nacionalista, o sen pre.íácio è uma página de bou têmpern, em que n autorexpõe'com clareza os seus [pontos-de-vista sóbre anatureza do movimento nacionalista. Há entretantoc^rta passagem desse prefácio com a qual não podemosde forma alguma concordar: quando o profaeiarlor atri-bui à URSS objetivos políticos — e também métodos deação — idênticos aos objetivos e métodos que caracter!-/am o imperialismo americano, Semelhante opinião.sem base na realidade, e fruto de mero preconceitoanticomunista, de que ainda não se libertou, nu queparece, o eminente deputado.

A URSS é um Kstado socialista e comu tal situ |)u-lítica externa não pode visar aos mesmos objetivosnem unar os mesmos métodos que os Estados Unidos.pais imperialista. Trata-se de uma diferença funda-mental, com base na própria natureza do regime e\is-rente num e noutro lugar, E se isto é certo teoricamente,os fatos concretos demonstram que n prfttlen nâ0 dis-corda da teoria.

Citaremos em apoio desta verdade os exemplosmais conhecidos e de maior vulto — os dn Egito e daÍndia, países do tipo chamado subdesenvolvido, como oiiosso e conio o nosso em luta aberta contra os imperia-lismos inglês e americano. Ambos tém recebido subs-tancial ajuda econômica e técnica da UKSS — ajudasempre desinteressada e fraternal, sem qualquer propósito, ostensivo ou oculto, de exploração e opressãofe assim acontece precisamente piiirjur* se trata de ajudaprestada por um Estado .socialista, que é por definiçãoinimigo cie toda exploração e opressão, tanto internaquanto externa.

Entre os artigos recolhidos nesta antologia nacio.niilista, há um de Condiu dn Fonseca, publicista sabidamente e confessadamente não comunista, em que seapontam algumas das causas da «propaganda ianquecontra a URSS;-, Somos foiçados a supor que o precoii-eeito anticomunista, que ainda pesa sóbre a oniniãoi\o deputado Gabriel Passos, é principalmente alimen-lado por uma propaganda obstinada, multiforme, insi-cliosa, que os técnicos da 'guerra psicológica-, espa-lham pelo mundo inteiro, mediante varindissimos pio-cessos, desde os mais grosseiros aos mais sutis, inclusiveos aue levam a uma deformação sistemática da rea-lidade.

Hermau Lima —- Imagensdo Ceará, edição dos Cadei -nos de Cultura, a já famosacoleção criada e dirigidapor Simeilo Leal. São 160páginas de memórias demeio século, reminiscén-«'ias da terra natal, evoca-Coes familiares, travessurasde menino, andanças de jo-vem e homem feito, tra-balhos, viagens, cenas, cos-lumes; tipo» — tudo numa

prosa firme, límpida, emque sc refletem a luz ar-dente daqueles céus e o veide imemorial daqueles ver-des mares bravios. A pardas remembranças e sau-dades, nilo são raros nestapágina os comentários, asreflexões, as aproximaçõesatuais, o que lhes confereespecial sabor de vivos Con-trastes entre coisas de un-tem e de hoje

.ASWOâfiO KM»*

Uni livro que dá gosto dosi; ler. desses que a genielê \agarosamcnie, liieh ¦ ¦•misturando com oiitias i"i

turas.*

Ulrce Cortes Rledcl - OTempo no Romance Macha-diano, edição da Livraria SJosé, bonito volume incluidona esplêndida coleção Knsaios que o próprio ('.!.•¦lo Ribeiro dirige cnm ho, -Kósi,, p apurado sento cui-Itiral, O livro é constituir.! opela tose apresentada, er,irhnio de 1!).")7, á Faculdad"de Pilosofia, Ciências e 1-'"lias da Universidade doDistrito Federal para ootCH-çáo do titulo de llvre-do-cente de Literatura Brusi-leirh, Prefácio do prof. Aiiá-nio Cdtitinhó, (pio apresentao trabalho da autora comouni exemplo de aplicação tiosmétodos da «nova critica("Mimo. Somos daqueles quepensam que Machado duAssis ainda vai dar inttiíotrabalho às novas o velhascriticas, e toda critica feiuicom inteligência, seja qualfó| a sua orientação, podocontribuir com algo de iih< ona interpretação do fonoui'.'-oo machadianii,

*Kugénin Gomes — Visões

e Rov.sões, mais um volu-o,e da lliblioteca de Divin-gaçíio Cultural editada pe.nInstituto Nacional do Livro"bra de um enshista rhtulti-ro. operário infatlgávcl damoderna critica literária ei.inosso Pais. Neste volumesão abordados numerosospoetas e prosadores brasilei-ros, desde Grogório de Ma-Ins a Uni Barbosa, e seu ti-itilo como que define as in-tensões do critico; aqui está,efetiva mente, unia série de

\ Isões e revisões <le va •lnr.es r|a nossa literatura.

*Unia pequena retificação.

A estatística que citamosaqui a semana passada. i<-lativa a prudtição de liv msda URSS, — 1 bilhão de vu-lumes sóbre um total mun-diai dc 5 bilhões, — refere-se a um aiin apenas e náoao biênio õti 57 como po-dia pnrVeur, em vista ria es--latistid percentual do biè-' nio cilada peln Prof, Nobre-

ÍHI) PÚBLICOE INTERCÂMBIO CIHEMÃTOEBÁFICO

A CURVA GLORIOSAAna Seghers

Ai.« c,*.a-.r' f-.-r:ísrj t-e-s r.'-" > p'. - a ÜC-VOUa DOS PESCADOárS DF SAili/ve:r 1926, rori o q.íl aar.ho • pr-~'j .-.¦•'' '•'¦

.•íJ.-mü #o9r»cerom o.lroí roí :-:•>•. -- A CA.'< .BAIXADA AMERICANA, OS COMPAMHf. iROS CUMA CABEÇA, CAMINHO ATRAVÉS DF FEVFRFIVA CRUZ (|í trocado em F:-.c.---'. OS MOR'NECBM JOVENS, e»c, «tém d- n r.?rc- <¦-<*.-. »orlo A CURVA GLORIOSA - 'á '.-.-' --.h '¦¦<>

VILHAS DO CO'i'0 Ai-:;'»r si '-:¦¦]¦¦> C\'-\

PR;RO'OS

F-t.'-.O r;rSP"<-

Num grupo de tuspei-tei «nc«rrados pelo* japo--êM| numa cata de ~an-

«ai, encontrava-se, imóvel,um homenxinho cujos tia-Je» eram bem melhores doque o <ta maioria que aliestava. O seu rosto, poiém,•m nada *• diitlnguia ti:-,outros: a sentença, aliás,aguardada, tornara-os emtudo semelhantes.

Um oiicial, com algunstoldados, entrou no recin-to. Os presos fixaram-noIntensamente. O olitiolpasseou o olhar, linena-mente, sóbre toda aquilogente, detendo-se por 'imno homenrinho. Deu umaordem. E o homenzinho >>>iempurrado e apalpado r.ii-nuciosamente. Perguntaiíorcrm-lhe feitas. Mas- nt-mas mãos nem as pergun-tas conseguiram pertur-bã-lo. Uma pausa — ha-viam encontrado no seucasaco um papel. Ma-; nãohavia nele outras infor-mações além das que élejá dera: Wu-Pei-li, cho-ter do comerciante Sarg-Lo-fel.

Arrastaram Wu-Pei-ltpara o pátio e, depoU,atravé; de várias casas,para um pátio maior, ondelicavam as garagens. En-tre canos de inzis, Wu-Pei.li teve de esperar. Ateque dois paisanos o man-daram tirar um dos auto-móveis para fora da gara-gem. Um deles sentou-seao seu lado, o outro atrás.Davam-lhe ordens, tocan-do-lhe com os revólveresna fronte ou na nuca. As.sim passaram por váriasruas c, por fim, pararamdiante do quartel-generaljaponês. Dois oficiais doestado-maior e um orde-sanea meteram-se tambémno carro. Abriram um ma-

pa t marcaram o caminho.Os pensamentos do cho-

fer Wu-Pei-li desviaram.-edá morte que, anda hápouco, lhe parecera ine-vitável, para o ponto ver-melh0 do mapa, por trásdo caminho que conduziaaos estaleiros.

Ordenaram-lhe:— Anda depressa! A tó-

da velocidadelr

Tocou a buzina. A insu-portável buzina dos cairosmilitares japoneses que.ouvida durante ci'-a< e ¦><•'-manas, ia dando cab0 dosseus nervos.

Deslizaram através deTschapei, passaram ruasdestruídas, rasgerias pe-Ias metralhadoras, ondegente completamente de-sorientada formigava-

Passaram também aolongo do canal. Wu-Pei-i.sentia ainda a boca Uosrevólveres. Eram ainda ciu-ras, mas já nâo trias. 0-;homens controlavam cadaum dos seus gestos, ma-,não podiam lazer cor.ctalguma com o* seus pon-somentos. nem contta oque è!e, intimamente, re-solvera...

Chegando à cabeceirada ponte, o chofer Wu-Pfli-li -.cuJe o que lhe cumpriafa-er. Virou, in'jspercaa-mento, a direrão do car-ro, atirando-o, com os coisgenera s de es tado-maiore o ordenença, com os deispcisanos e êle próprio,para o meio do rio, numacurva gloriosa que se qravou cara sempre na n*.e-rv.ória da novo.

Wm \SVi^rf(r ^^ff^ wV _i

f*OM freqüência nuvimoüifpetir fruse.r mal.- ou

men1 s ;..Lslui:•Filme himi não Irm pú-lilii o" ou "Tudo mui- Io vai.ni cinema pornur r fã dosartlsta-i",

Tais "slüiiiins" nãu fcslnlati re, í- tomo parecem unrealidade servem pnia li-quldár ns velelcwde.s eswtlnosdu espcçtticlor que (ie.sijnaprimorar u seu RO.-tc, nive-hihdo-o uo mais bocul cio-freqüentadores das suliij es-curas,

O que cm verdade ocorre cbem cHfciTnte. O público so-fre um impacto uni rio rconstante, através cie meses,da publicidade que lhe mar-leia por todos os meios possi-veis os méritos de tal ou qualtilme, os encantos de deter-minada nuiz ou u virlUdari?tle um jovem astro. A ei;-liencia ciu propriRandu vhvíuem funçilo Inversa da eu'tura da massa dos espoct*-dores, i,a razão direta aoseu ]>'Hler econômico, entrai)-do como fatores secundáriosKiude, cesto, etc. Está mai-.sujeito a sofrer a Influênciada publicidade o IncüvidtiOq.ip vin sempre ao cinema,uma vez que sua e-colhaestá limitada a uns poucostilnvs inéditos para si. Ma-,.se essa influência existe, nemí.cmpre <-l» determina o cem-portamento do público.

Um ekémplo insofismávelrle como Os bons filmo- me-rocem boa acolhida e propot -cionain rendas apreciáveis[j.ii.p ser dado com a.s obrasri. Chiúles Chaplin. A pai",irrle 1050 vêm .sendo reiipre-sentados com sucesso: Luzesila Cidade, Tempos Moder-nos. Km Busca do Ouro e OCir.uiüi' Ditador, além dcuma coletânea de suas obrasmais antigas num programade ('uris horas. É bom terem mente que as três primei-ia fitos ciladas e esta cole-tiiiieii não são faladas, pos-suem apenas uma trilha so-in>ia musieal. Apesar disto,em todos os pulses onde tèmsido íelançatios, estes velho*filmes de Cavlitos conaeiruemdespertar tanto Interesse nopúblico quanto as estréi»*em ciiwmascóplo, som este-reofònico e teenleolor.

Hoje, é fato normal o fàdó .cinema.,- jrçf.urar umaorientação nas colunas es-peclalizacln; d.is jornais erevistas, no rádio o'J na telc-vi ão. em que pese n boa ounui orientação ilos críticosiléstes óiRfios de informação.Unia razoável parcela, cons-tuiiicta particularmente dejovens, procura tomar conhe-1'imcutò do» livros con-a-Itrados á sétima arte pesqul-saneio a história e a eílétic»do filme.

A fnniiaçfio de uma men-t a lidade saudável, de umpúblico consciente, capaz deseparar o joio rio trlsjo, de-pende especialmente do de-^envolvimento cultural e. cü-retamente portanto, da ele-vnção do nível econômico damassa rios espectadores. Namedirá em que a literatura,a música, artes plásticas, oteatro f a dança, entram naviiia de cada indivíduo istoacarreta modificações nn seiiconceito do belo c conseqlien-•cuü-iitv maior nor na apre-i inçfin ria obni Oe arte Talelrvaçáo nas exigência este-"on"! conduz > um n v' orl-lírio d? julgamento d» espe-ti'u '-rio oinenistooráfíco

Eis como se explica mo umnumera oadn vez mnlor depess >a- acorra ? um cinemanão p lo nome d,, "a°li'o" oud • ¦¦ p''-f-ln" e sim atraídopolo i ¦M'tn- ou rntelrK'11resumi íivi 1 nela nnnimwdn,'. i como: Rchí Cl i'. "'1-liam Wylor O^sari Zavaiti-ni. Clnude Auinnt-I.aia. Da-vid 1 oaii, .inles Dacsin, .lo;mp...,,,,, vittcrlo De Rica,N'ioh ilns Rny, Christinn-Ja-om', I iinhino V:•¦'-•)n; i. Unborta' -:'-'-i. M'"c l cirnê. .Tohn!!'¦•• ' "•. !•> ''•'.' FclllniI Hurene Oilvier, etc,

O MERCADO Dr. FILMES

Cl- o gosto du publico emoldado pela propagou-

da o e.stá em função cio pruu(•'¦ cultura o pocli r econôml-o i <!e c.i(!:i espectador isu-lado, também o mercado tlefilmes exerce sua parcela doinfluência na formação de.una mentalidacli einemato-uráficu,

O meroac/o do filmes vnrlnde país para paíi, de acordocom rs peculia1 Idades loon s,condicionado a fatores cemo:

11 As barreira» sconômicase políticas.•Jr o bom ou m»u ^r, :o rio.^distribuidores e exibldxires.

li) As censuras,Paises há, ooiii() a França,

em que é limitaria a entradaanual dê filmes estrangeirospara proteção da indústrialocal: outros (os do camposooiall ta) cnndlcionam a im-portaçãa de fitas a -ua sole-ção por uma comissão espo-ciai c'o técnicos, segundocritério- artísticos; final-monto, nações como a no^-anáò Impõem qualquer restrl-cão, no plano comercial, ávinda de película» rio exte-rlor.

Ao público só * dado ver

as obras con Ideradas pordistribuidores o exibidorescomo capazes de produziiboas rendas, depois de te-rem passado polo crivo ri a •censuras: morais, política ,religiosas ou educacionais. Oque afirmames pode ser ilus-irado, p ir ixomplo, ei m: ainlordicáo inn França» cioexcelente Glória Feita «lerSari(tue de Stanley Kubrick;o ombaiRo ii exportação pd.icensura italiana de 'loto cCarolina de Murie Monicel-li; a lentuilva de proibir uexibição de -I". QuurenluGraus. Por outro Indo. osfilmes soviéticos «por obindas barreira.- polítk«si e.s-

GfNNYSON ftZMDO

tiveram ' p:ti icamente inter-diti rios em n< s o pais atemulto rccünlcineiiíe. Quanto

no líósto dos u.slbldorcs S|1°c .ninas os oa os de põllcu-ias de óUmn qualidade quejamais obtive:.un programa-ção (estão no. te caso Rniziesdo mexicano Benito Ali—rakle Iliroshlma do japonês lli-rle.i Seklgawa) o ou'/as lan-r.irias em cinemas acanha-ris e som conforto ou cmapenas uma sala.

I__^^^^_^_^__^flr__^_^ _BtiMÍH ___^__l _kt__P9_i _Vi* mmmW*S^immrmmm\ _9_I*_Ü __^_^__IH__P__Í

W ^,-«k: •"^~ _KV B1"--"^'tfiK-^m'^ '^^^_i Wa '¦¦¦;''*í__S __K_BBrV-'::

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__^_^_^H_^_H i*_(V>^' ú''.^flHM^. ^^^_£j"'- MmmmmmrSmmTÀt

Chorlie Choplin em "Tempos Modernos'

A arte do filme, a despertorie todo os obstáculos, temprogredido muito dcv.de o sounascimento. De simples dos-coberta da fisíca projetandoimagens animadas, ao clne-in.i I alado foi apenas umsalto, depois veio a cór. Maso progresso técnico contl-ntiou o hoje temos o clne-mnscópio, o clnerama e ocinema cstereoícôplco, Tam-bém o som abriu novos ho-rizontes, nfto se limitando aregistrar a voz e os ruidns,vindo incorporar a música,

definitivamente »o espetáculocinematográfico, com o nn-tftvel desenvolvimento dunltn fidelidade, A côr du-rante multo tempo lmpcrfel-tu, atê mesmo grotesca, pos-sui obras deíinitivns.

A par das conquistas datécnica, a arte do filme temse elevado no plano dasidéias no exprimir a gene-rosldnóe, a emoção, o amor,a esperança, a alegria, a ter-nura, n beleza, o riso e oscosi umes dos povos, pelo in-toroámbio t e m levado um»vímío rica e variada de po-vos racial o geogràflcamen-te distantes, permitindo o seumútuo conhecimento. Graçasa iato ela. se universalizou,sou futuro é imenso e irr>«previsível.

BARÀO DE ITARARÉ— ,

A ÁRVORE DA CIÊNCIADO BEM E DO MAL

 árvore tia Ciência do liem e do Mal é o vegetalmais velho do mundo. Pode-se dizer que essa

árvore, talvez, já existisse antes do aparecimento doreino animal sóbre a face. da Terra. _', portanto,

muito inui.s velha do que os mais velhos carvalhos daChina, as mais velhas oliveiras da Palestina, os maisvelhos pinheiros da Escandinávia e os mais velhos

jcquitibás da floresta amazônica, que provavelmentefoi fl sede do Paraíso Terrestre e. aaoia. depois qneo.v americanos tomaram conto da América Latina, e oautentico Inferno Verde.

Os professores dc Botânica, os cientistas queestudam a Flora, os investigadores da Arqueologia,entretanto, nâo devem perder tempo em procurarsaber onde essa árvore se encontra e qual o seu es.tado de conservação. .Veio adianta também indagarse já morreu, se já foi comida pela gleba ou se ago.ra está transformada numa pedra, ou integrada numamina de carvão ou, quiçá, já diluída numa profundajazida petrolífera.

Desistam todos dessas buscas, renunciem a essas

pesquisas, abandonem essas indagações, que seriaminúteis e infrutíferas. A triste verdade, que devemostransmitir aos nossos eruditos leitores, com uma imen.Síl dor na ponta da pena e uma pena maior no co.ração, e que essa lal árvore da Ciência tio Bem e do\lal numa existiu. Mas mio e so. O Bem e o Mui

também numa existiram e, portanto, uiio existem. E, por isso. caríssimos membros do Conselho dc Sc».tenca. que nunca terá possível extinguir o Bem ou

n Mal dn cabeça dos homens.

Conhecimento e ignorância• \ in Ini bem nemmal. I lü i niilicc. iineuloc Í!_'iiiii,iiici'.i, <) bem ouma ku ma cio conheci-mento, i > ni.il »• uniuliinnu dc ignorância-

.Sn a niittirivu e sá.liia, K. por issn. lu/ eclesla'/., Analisa e sinto,tiza, ( i ia <• transforma,aperfeiçoa c dcsiiuui-cha, sem perda nemprejuízo, sem lucro nemdano. Tudo vale tudo

ila _—Ji. .j.iura,O crime, a maldade,'

,i ouei'1'U. o eifoi.snío, aambição, a avan/a. omedo, o nnuiHm. sãoaspectos du itriioian-cia, A bondade, a ale-"riu dc viver, a scpi.rama social, o direitode nao morrer de lonie.a paz. são inodalidatlesdc sabedoria,

A liarmonia dos cou..trários, a convivc-iiciapacífica dos regimes,as relações diploináli.cas coiii os acK'crsário.s,eis os melhores meiosde sc çjiejiar ao conhe.cimento reciproco, oque vem a ser um bem

para todos,A natureza também

tem as suas perturba.

ções, também tem assuas tempestades, Masdepois ria borrasca, sur.

ge a bonança. Depoisdos raios e trovões, osol e o arco-íris, Pmmais escura (jiie soja anoite, sempre lhe seguea In/ ilo dia.

Kssa e u lei naturalcontra a qual investeminutilmente os podem.sos iruerrciros, ns inani-puladores de catáslro.

Jm IujÍimm> o,i.a:i:ir!ri'.'-.-

eseotados. babando bí-lis polo canto da boca,poi'(|ne o mundo avan.ça pelo espaço cósini.in. sem tomar conhe.cimento do estrebin lia-mento elos venne.v

QUEM NASCEUPRIMEIRO: 0

ÔVO OU ACALINHA?

Parece que eafa*ao Brasil a glória deresponder, afinal,àquele ancestral pro-blema que pergunta:

— Quem nasceuprimeiro, o ovo ou agalinha?

Pelo que se obser-va atualmente nesteformoso país, os cien-tistas de todo o mun-do estavam comendogambá errado. Nãofoi a galinha nem foio ôvo. Quem apare-ceu, primeiro, por ge-ração espontânea, foio pinto. Isto pode-ttverificar, neste mo-mento, no Brasil. Nãohá galinhas. Não háovos. No entanto, ospintos estão surgindo,os pintos estão apa-recendo e, mais doque isso, estão to-mando conta do país.S. Paulo já está porconta de um carvalhopinto e, agora, Minasestá ameaçada decair nas garras domagalhães pinto. Co*mo se explica o apa-recimento desses pin-tos, que já dominamos dois Estados maicimportantes do Brasil,se não há ovos, senão há galinhas?

Fica, assim, respon-dida a velha per-gunta:_—Qyeín--nas-ct»

primeiro, o ôvo ou a

galinha?Resposta absoluta-

mente certa:— Foi «l pinto!

PENSAMENTOS QUE DÃOQUE PENSAR

O AMOR0 verdadeiro amor capitalista não é a

P' Spric a<r\y\ mas o amor próprio.O TEMPO

Mas, afinal, somos nos que matamos o.tempo ou é o temo© aue nos maiü:)

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PÁGINA .0 NOVOS RUMOS 13 a 19 - 3 - 1959

Sabotagem Na Central Do Brasil ? Não!Sabotagem Da Central Do ürasii!

Nem a polícia, nem a administração da ferrovia, nem os que seutilizam dos trens suburbanos acreditam na explicação oficialdas depredações em Nilópolis e S. Cristóvão - A Central serve

mal, pessimamente, eis a questão - E ainda provoca o povoApós as explosivas 'ria.nj.es-

tações populares nas estaçõescie Nilópolis e São Crlslóvãc,surgiu nus jornais a versãotle que tudo era obra de ãgi-taà.res e sabotadores. A pro-va: unia bomba que teria si-do achada no interior da ca-bina da estação de Nilópolis.

E pouco provável que asautoridades policiais acredi-tem nesta ridícula explicação.Tanjpouco ncln ' acreditarãoos ('.'irei ores da Central doBrasil. Quanto aos jornais, jamanifestaram francamenteque essa história de sabota-Rem sem sabotadores e semculpado.* é expediente velhoque ja não ilude. Por fim, pa-ia as centenas de milhares depessoas que diariamente so-frem nos trens suburbanos.

.todos ns sofrimentos, tal aflr-inativa, alem de mentirosa,e irritante.

Por quê?RECONHECIMENTO

INSUSPEITO.lá no relatório rá Comissão

Mista Brasil-Estados Unidos,elaborado há sete ou oitoanos, mencionava-se a situa-çáu de descalabro em que seachavam os transportes su-Inirbaiios da Central do Bra-fil, apontada cnmo serio fa-tor tle Inquietação social. A

superlotação dos trens depassageiros, calculados para

SO pessoas, mas transportan-do aié 400, o enorme tempoperdido pelas populações su-burbanas, que gaitavam 4 e5 horas paru locomover-se decasa para o trabalho e vice-versa, _ tremendo desconforto

das viagens -- tais eram algu-mas das razões em que seftinõavan* as conclusões daComi: são Mista. Isto foi háanos. E dc lá pai'a cá? A si-inação, onde nâo permane-ceu a mesma, piorou. E jáque se fala em sabotagem,não é demais observar queuma série de atos da atualadministração parece obede-cer ao propósito deliberadoc.*e provocar o povo, excitar o.ânimo dos moradores dos su-btírbios.

Efetivamente, partindo dasnecessidades da ferrovia, a dl-reção era Central cetncentrousua atenção exclusivamente--obre os vagões d. carga, dei-xando praticamente na mes-ma situação — o que, em têr-mos de técnica ferroviária,quer dizer em situação pior —os carros de passageiros.

ALTERAÇÕES DESAS-TROSAS

Em nome da elevação da re-

celta da ferrovia, foram In-irocfU-idas modilicações, notransporte de passageiros su-burbanos, verdadeiramentedesastrosas. Aislm, e que foiabolida a venda de passes,que proporcionava aos mora-dores cios subúrbios da Cen-trai não somente uma econo-mia d. dinheiro, já que taispasses eram vendidos comabatimento de 40 por cento— como de tempo, pois quetêm agora, que enfrentar pe-nosas filas, sendo o pagamen-to feito nas borboletas das es-taçóes. Também os portõesde salda foram substituídospor borboletas, o que obrigaconsideráveis massas a umaespera enervante para aban-cronar as estações.

Tudo isso seria muito nou-co, ou nada, talvez, se não sejuntassem os atrasos sistema-ticos dos treas, tanto na par-tida das composições, comono trajeto.,

Quando as passagens subur-banas da Central foram au-mentadas de 10 centavos paradois cruzeiros, prometeu a ac>-mínistração que os trens sai-riam de 8 em 8 minutos (oque extremamente Insuficien-te em certas horas) e comintervalos de 16 minutos nas

linhas diretas. Claro que *

promessa náo foi cumprida eacentuou no. conceito popu-lar a desmoralização e o des-crédito da administração.

Em vez «Uso, o que ocorre?As véze-. se dá que depois dese acomodarem — ou melhor,entrarem — numa compôs!-ção, os pasagelros sfto notlfl-tados por um alto-falanterouqiieiilio de que aqueletrem não sairá... Então, ca-da uma daquelas milhares depessoas reinicia a estúpidabatalha por um lugar favo-rável na plataforma e, afl-nal. paia entrar em outrotrem. Outras vezes, em meto àviagem, o comboio se detém.Os carros de aço. neste calorcarioca, se transformam emautênticas fornalhas e osventiladores (quando fundo-nam> nâo conseguem ament-zar a temperatura Interior,sempre de mais de trintagrau;-. A Indignação do? queviajam raia à cólera E aificam os trens, durante 80,40 minutos, uma hora e atémais, de portas fechadas, ••multidão espremida nu seuinterior.

OS ACONTECIMENTOSDE NILÓPOLIS

A explosão popular na es-tação de Nilópolis verificou-se depois de unia dessas pa-

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A perspectiva de uma longa viagem de pé, cansado do trabalho, conduz o carioca a verdadeiras acroba-cias para conseguir um assento

A 25 d-e março de 195.-) odeputado Pedro Alvarez apre-somava, na Assembléia Leais-lativa do Rio Grande do Sul,o projeto de lei rogúlaincn-tando o dispositivo da Con.--tituiçáo cstaciual que deter-mina, em seu Artigo 174, Pa-rágrafo 4: "O Estado facili-tara a fixação do homem àterra, estabelecendo planos dicolonização ou instalação degranjas coletivas, com o npro-veitam.mo de terras públicasou, mediante desapropriaçãode .terras ;pai'ticularcs. dc

REFORMA AGRÁRIANO RIO GRANDE DO SULRESSURGE O PROJETO ALVAREZSÓ ATINGIRÁ TERRAS DO ESTADOPOSSIBILIDADES DE APROVAÇÃO

preferência ato aproveita*'*.

Esse pri jetove grande napenas entreA.*sembli ia Liem todo o Riu (

ío socialmeu-

nn época, te-.rciiK.sâij nãomembro.- da

i '.ativa, i ornoande, atra-

vês ria 'impren a.

O dispositivo cniT-titu amaiqt:e d projeto r.c propunha re-gulamentar è explicito, eacreicenta n i que acimatranscrevemos "Ati nriendoao Interesse saciai, o Estadopoderá, mediante d.esaprn-priação, prover a .ms1 a distri-buiçáo da proprieda*'- <;emaneira oue o maior $ neropossivel tle famílias venha ater parte em li rra e meiosde produção".

ENGAVETADOEm seguida ao período <¦•(-

rliscus ão em plenário, o pro-|eto Pedro Alvarez foi t.rnn-cafiado numa das comissõesria Assembléia, de nada va-lencjo os repetidos protestosdn autor, que não se ennfnr-mou com aquele arqulvamen-to irregular,

Ao justificar a proposiçãoo r-r. Pedro Alvarez. em dis-curso, chamou a atençãodos legisladores rlogranrlensespara a situação úe crescentemiséria em que se encontravaie ainda se encontrai a gran-cie massa do? trabalhadoresrurais que não possuem ter-ra .E mesmo entre os peque-nos proprietários agrícolas asituação náo era boa. devidoà Influência negativa do lati-íúneno, a impedir o c>esenvol-

vlmento da técnica modernaile trabalho agrícola e p nm-rio. Da terra cultivai.» noRio Cirande do Sul, observa-va o >r. Pedro Alvarez, 1)7'.'(•• área desconhecia qualquerespécie de máquina, o quea.arretava baixo rendimento('¦' trabalho e conseqüente-a ente pobreza geral, Hoje a

. iiuação e praticamente amesma,

SITUAÇÃO REALValendo-se de dados do De-

parlamenta Estadual v Esta-tí.tica, o autor do projeto dereforma agrária observavaqui para uniu população ru-ral de doi-- milhões e oitoecn-ias mil pessoas, com uma po-pulação ativa de novecentosmil, o numero de proprleda-de- rurais no Estará era dccinzenta* e setenta e seis milc seiscentos e dezenove. Osagriculuires pobres e assala-

riados eram 700.000; osassala-liades agrícolas, 300 000; nsagricultores sem terra. 400.000e ns i itifundiários ou pre-príeiários de terra- alem dnãoo hectares apenas ".400.

O PROJETOPnutando-se nos termos do

dispositivo constitucional, oprojeto Pedro Alvarez previaa distribuição de terras dedomínio do Estado, ou perten-cerne a particulares, mecllan-te cíesapropriação, quandonão aproveitadas.'Nos casos de aproveitamen-Lo da terra para criação degado, o proprietário ficavaobrigado a utilizar metadedessas terras em pastagemartificial,

A distribuição eras terras de-veria processar-se em algunscaso- segundo os planos oli-liais de colonização, tendo-seem vista lis necessidades deprodução do Rio Grande, umelhor aproveitamento dostransportes e as condições es-peciais «o solo. Planos urgen-te.s de colonização e distribui-Cão de terras seriam postosem prática a requerimento degrupos de trabalhadores stinterras nâo Inferiores a cem.Facilidades, inclusive passeslivres mus ferrovias cio Estado,seriam concedidas aos diri-.ente de associações de aen-cultores interessadas na pro-moção de planos de óoloniza-ção e distribuição de terrassegundo os termos dó proje-to. Problemas como o da es-colha c*e pontos de moradanas terras divididas .'criamresolvidos em assembléias ge-rais das assoriações agrícolas.As atas de: sas reuniões se-riam registradas no Cartóriocie títulos e Documentos. De-pois de um ano de exploraçãocia terra pelos novos propne-tários, a coletividade deveriareunir-se de novo, a fim dcdecidir, livremente, sóbre aconstituição, ou não, de umacooperativa. Essa reunião con-taria com n presença de ntnassessor especializado o-o Es-tado. para isso convocado pe-los promotores da assembléia.Nos casos de necessidade definanciamento o Banco doRio Granei, do Sul atenderiadentro de 15 dias a requisiçãorie crédito, a Juros de 6'"-, sen-do o Estado fiador da opera-ção.

PROJETO RENOVADONa atual legislatura o sr.

Teu. i Alvasez renovou seuprojeto, no sentido de que se-jam distribuídas terras só doEstado, não cultivadas, taiscano as terras do IRGA, daEstação Experimental de Ta-quari e da Fazenda do Ar-inour. já desapropriada. Oprocesso de entrega será omesmo do projeto de 25 demarco dc 1955,

PROBABILIDADESAtenuado em sua forma no-

va, que nem ao menos atin-ge em sua plenitude a deter-mlnaçfto constitucional, ourojetu Pedro Alvarez não po-dera encontrar pela frente ne-nhuiiiji oposição seriamentefundamentada, Só os inimigosdeclarados da reforma agra-ria. .-íi os defensores ostensl-vos do sistema latifundiáriopoetarão opôr-se ao projetoPedro Alvarez.

Convém ao mesmo tempoque -i- leve em conta a clr-cunstftncia de que a atualniiriu lçâo da Assembléia Le-glslntiv.i riograndeu.se é bemmelhor que a rie 1955 Suamaioria é composta de tra-balhistas, comprometidos, náoapena .través do programado partido, como também pormeio de definições pessoais,com a luta pela reforma lurrá-ria. O total da Assembléia éde 55 membros dos quais 24trabalhistas. Há também trêsmembros do PPP e dois doPSP, que constituem, com arepresentação do PTB. amaioria, Os demai- perten-cem ao PUC, ao PSD, â UDNe ao PI. O deputado Pedro Al-varez pertence ao PR. Nas dl-versas bancadas partidárias

h.i um bom número cie repre-sentantes comprometidos coma campanha da reforma acra-ria, que vem provocando in-leresses cie-cente em todo ointerior do Rio Grande.

Assim, apresentam-se fa-voraveL- as possibilidades,quanto á aprovação do proje-to Alvarez, em sua nova for-

ma.

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Diante de uma porta semi-aberta avançam os passageiros, procurando pas-sar pela estreito abertura, em busca do privilégio de viajar sentado

radas. Após estacionar duran-te 40 minutos, um trem, cheiode passageiros, recebeu ordensde cncamlnhar-se para umdesvio e ali aguardar... En-quanto isto, às vistas dos pas-sageiros supliclndos, partiamno mesmo sentido dois trensvazios, sem recolher uma sopessoa!

Pode surpreender que n Indignação popular tenha ex-plodldo? E' preciso buscaruma bomba para explicar ofenômeno? Ou. ante-,*o ma-teria] explosivo foi fornecidopela própria ferrovia, pelasmedidas que toma — e asque não toma — e pelo sobe-rr.p.n desprezo que vota aot* vo suburbano? Somente de-jaus dos acontecimentos rieNilópoli: foi que a ndnvin! -tração da Central veio a pú-blico com uma ir Ta Justifi-•cando es atrasos: a substitui-ráo — sem dúvida liúllsp n-sável — dos velhos trilho...Mas, ainda nesse ca. o, a es-plicação é pouco convincente:pi<r que a inudane ¦ ti - trl-lhos impediu a saída tio tremcom passageiros, mas não im-pediu que partissem dois nu-tros vazios, no mesmo sen-tido?O RECURSO A REPRESSÃO

E evidente que as explosõespopulares e as depredaçõesnão são o mei(, adequado pa-ra resolver o pri blema, pois,em última ai álise, é dos ro-fies públicos que sairão os re-cursos para reparar os dano*.Entretanto, em tais casos, deque vale o apelo à razão, seem vez de adotar providenciaseficazes o governo recorre

simplesmente à repressão, inameaça e até à mentira —como ocorre quando fala emsabotagem?

As estações suburbanas daCentr.l estão transformadasem praças de guerra e náose pode dizer que a conseqUên-cia menos importante dessefato seja a iinpopularização

das tropas do Exército, colo-cadas em contraposição aopovo. De resto, a experiênciamostra que tais ameaças sósurtem efeito até certo pon-to e poderão mesmo trans-formar-; e em seu oposto senão houver medidas urgentesliara melhorar os transpor-tes suburbanos da Central.

BANCÁRIOS DODISTRITO FEDERAL

PELA SUBSTITUI-CÃO DO PRESIDENTE

DO IAPBEm cumprimento â reso-

lu.fio tomada pelos dirigen-les da corporação de todosos Estados, os bancários doDistrito Federal reuniram-seterça-feira última em assem-blóia no seu Sindicato, paiadiscutir o problema da pie-sidéncia do IAPB.

Após debates que se pw-longaram até às primeirashoras dn dia seguinte, nsbancárins cariocas pronun-Rlarnm-.e pola substituiçãodo aluai presidente, indicai*ido-se um ouiro bancáriopara o posto. O novo indi-cado devora submeter-so aosmesmos compromissos assu.midos por Enos Sndock deSã por ocasião dn sua indi-cação, e fazer declaração debens, no assumir it direçãodo Instituto e qutindn deixaro cargo,

Além '

disso, devendo nCONTKC manter um Depnr-tamento tle Previdência, foidecidido pronór que n presi-dente do IAPB consulte o re.ferido Departamento pnraefeito de nomeação de pes-soai.

Ao obrirem-se as porta, em meio de atropelo geral,verifica-se a luta pelos assentos

Fortuny podepermanecerno Brasil(i direito dn ex-iiiirliiiuiMiiiir

giiiiloiiiiilto.o Manoel l-'iu'tnii,vju-iaiiaiieeer no ltni<il. c pm-tíi lito. a ilegiillilinli' de suaexpulsão, coníu ilesejn vu ;\ polícia, lol recoillieeiilo pelo1 'iiiisulior .'Itiríilico d., Minis-lério du .lu.iii.ii, ttr. Anoi:líiilller Maciel, em parecer(•Mirinlii im processo iiilinliiis-irailvii que triiiiiitii naqucli.'.Ministério, 1 ie|iois ile evinni-ll.l Iisu (jll ptllllrr ilcvi-i.-l

,|iii'íilicii, ciiiu-liti ii Consultoriifiriiiuiiilo qiiu ;is nlivldinlespolilica.. pregressas de Knnu-iiy nau eolislliui-lll irmtlvo pu-'l.i ii sua expulsãu do pais. ( Ui-serva, nléiil llissn, (pie li lillcl-giialcinalleen responde pre-

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S••; ¦¦-.'¦;¦ -,. ¦. • í u¦

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i '(iiivéui recordar que ost-nit-mento a processo niiiiui ^iipreiuu 'rribiinal VederalVnrn (.'riiiilniil destn (.'iipitul, eoiieedeii recentemente ha-iicreseeiiiiinilo (|iie fortiiii.v lieas-eorpus, poruiinnlúiidade,poiio pcrinun r ii" 1'nisil ao ex-seeroliírlo da Assem-aié (pie providencie asilo em liléin (.'unslituliile da tluae-outro pais. niiilii.

Unem-se Os Amigos Do MéíerNumerosos moradores do Méier

reuniram-se domingo último na sededo Esporte Ciube Valim e, protestan-do contra o descaso das autoridades

pelos problemas dos bairros, funda-ram a Sociedade Amigos do Méier,com a finalidade de exigir melhora-mentos em benefício da populaçãolocal.

Os interesses mais prementes dosmoradores daquele populoso subúrbioforam debatidos, em ambiente de cor-

dialidade, tendo falado o generalJosé Faustino, o sr, Osvaldo Lascasas,

presidente da Associação de Merca-dos Municipais, o prof. Joaquim Nae-

gele, o tenente-coronel Lucas de Al-

meida Guimarães, o suplente de ve-

reador Alvimar Gomes Leal, os srs.

Sílvio Valim e Brasilino Valim e o dr.

Antônio Campos.A professora Ruth Santana, que

criou e dirige um orfanato no Méier,emocionou os presentes ao desciever aluta que tem travado para manteressa obra de assistência social. Ape-sar de todos os seus esforços, aindanào conseguiu receber os 400 mil cru-zeiros de uma subvenção jó votada

pela Câmara Municipal e incluída noorçamento.

Oferecendo todo o apoio ò ini-ciativti, discursou o deputado lícioHouer, presidente da União Nacionaldos Servidores Públicos.

Entre as reivindicações imediatasdos moradores do Méier estão a cons-irução do Hospital Salgado Filho pelaPDF, de abrigos nos pontos de ôni-bus, uma passagem subterrânea, aconstrução de um parque de diversõeie de um campo d* futebol para o e_>porte amador.

Page 11: CONTRA Êm CARESTIA: ROBORÉ: SUBMETERÃO CONGRESSO … · coordenadas dos trabalhadores, da classe média e dos setores progressistas do patronato, à medida em que assumem a feição

13 a 19 - 3 - 1959 NOVOS RUMOS PÁCINA U

CARTAS DOS LEITORESDo leitor Torres -Ir recebemos Interessante carta

contendo unia série de sugestões relativas a NONOSli CMOS. o sr. Torres Jr., aliás, jú havia, pelo telefone,transmitido algumas de suas observações u um de nos-nus redatores Consideramos que a sua apreciação sô-bre este jornal inclui diversos aspectos Justos, que pro-curaremos levar em condi. Pelo Interesse que- tem asua carta, entretanto, pedimos an sr Torres Jr, queapareça em nossa redação 1'nia -cwiv-ersu pessoal será,uaturalmenle, mais proveitosa.

O sr, Diogo Soares Cardoso dirigiu-nos uma carta«audundo o aparecimento de NOVOS RUMOS e, aomesmo tempo, fazem-o algumas críticas ao jornal. A pri-meira se referia ao papel, de qualidade interior, em queíoi impresso o nosso primeiro número, Este defeito já. foisanado. Outra critica mencionava o fato de nao têr-mos abordado o problema da Central do Brasil, tftosentido pelo povo carioca. Já no presente númeio pu-blicanius uma matéria sobre o assunto.

REBELIÃO NO IRAQUE:TRAMA IMPERIALISTA

Ksoreve-nos o sr. Francisco Rocha de Mesquita (S,Paulo), cstiidiMite secundário Depois de aplaudir u lan-çunieuto de NOVOS Kl MOS critica ü pouco destaquedado tis matérias sobre as reivindicações e as lutas dosestudantes, K' uma critica justa. Neste número pulili-camos, com o devido destaque, matérias sobre a grevedos seeundaristas, inclusive a re|Kirtagem dc um envia-«lo especial de NOVOS lilMOS a (ioifilila.

Insistimos no pedido aos nossos leitores e amigospara que nos enviem suas observações e criticas rela-Uvas a ésie semunário'.

Em Goiânia: A Juventude EstudantilCaçada a Bala, Em Sinistra Emboscada

Il

(Conclusão (Ia 1* página)A EMBOSCADA

Ao traçar os planos da si-ni.-ilra tocaia a policia deGoiás não levou em conta umtato importante: a evoluçãocívica e política da juventudebrasileira. Esperavam que,durante as manifestações, al-i:uni incidente surgisse, Pormenor que fosse, qualquer ser-viria para dar lugar à con 1 la-«ração desejada.

Ia, assim, terminando o úl-limo dia útil da semana si inque se pudesse aproveitar osangue que os mocos exptt-nham tão inocentemente, Erapreciso agir. E agiram.

Um carro do Corpo de Bom-belros surgiu, sem quc nempra que, junto ao agrtipamen-lo dos estudantes. Ao lado lns-lalou-se também um carro dnIí.P. — o cie número 'M. t'mtal tenente Libãnio, delegadono 1" Distrito Policial, gritoupara o grupo dc manifestai!-tes: "Vamos acabar com isso!"No mesmo instante o policialAgostinho Vargas, descendodo carro da R P.-37, de armaem punho, reforçou a provo-cação dirigindo-se, em târmnsiie calão próprio do seu vocn-btilário, aos eitudantes que secontavam entre rapazes o se-nlioritas.

Ten. Libãnio, vendo que aprovocação fracassaria, nãovacilou. Foi disparado o pri-nieiro jacto dágua, seguidoimediatamente de vários tirosdò pente da pistola 45 mm. do"tira" Agostinho Vargas e dailiara diante íoi iniciada a ca-cada. Durante 4 horas a Po-heia Militar estadual, a Poli-cia Civil c o Corpo de Bom-belros transformaram o cen-i.ro de Goiânia em campo debatalha ou estande de tiro aoalvo.

Entre os policiais tle Tha-los Reis alguns foram escala-dos para o serviço de depre-riação dos estabelecimentos co-niercinis. Outros para alvejarhomens, mulheres o crianças,e os demais para provocar pe-lo menos a morte dc um es-ludánte, tudo isso como fôr-mula capaz cie estabeleccr-sca equação —"ESTUDANTESPROVOCAM QUEBRA-QUE-ERA EM GOIÂNIA, COMMORTOS E FERIDOS".

CRIME E PERICIA-LEGAL

Vinlo anos de reportagempolicial dão-nos "méder" su-ficienle para identifica:- um"local" c todos os seus elomeii-tos criminais, rétis e vitimas,Vejamos:

1"^ — Tudo? ns ferimentosocasionados pela fuzilaria po-licial nas vitimas que ainda seencontram hospitalizadas eoutras, assinalam-se entre nmeia altura cio corpo e a ca-beca.

2'.') — Nenhum policial loiferido, salvo um quc ao daruma coronhada nas vidraçasdo um cinema, feriu-se r.amão. E não quis ser medicado

3-..) — um policial loi vistoatirando no próprio gorro, de-positando-o. antes, no chão.

4?) — o guarda João Glli-marães dos Santos, recebeuordem de deslocar-se para olocal da fuzilaria para au-rar contra os estudantes, li''-

ousou-se frontalmenie « loidemitido.

5") — No Instante máximoda fuzilaria uniu comissãoconseguiu atingir o Palácio dusEsmeraldas, exigindo a de-missão do Secretário de Se-gurança e recolhimento dustropas (tropas mesmo; às suasunidades, O governador pediutrês ou quatros dias de prazopara decidir. Os estudantes li-mltaram cm 4 horas o prazode cumprimento. Pellciano en-viou um Vicente Unibelino kporta do Palácio, a fim de pe-riir calma à massa que se aglo-merava. Foi vaiado e voltouinformando que não eram es-rapidamente ao governadortudantes, os que se aglome-ravam frente ao Palácio e simo próprio povo. Feilclano va-cilou, Ludovlco estava presen-ie e antecipou o pronuncia-monto do governador, dizendo:"Podem ficar descansados. OThnles será demitido dentrode três lioras". (E o foi;.

fi' — Poi O próprio cornai:-clante do 6" B. C, que compa-veceu ao Palácio espontânea-mente e considerou a reress!-dade dc o exercito assumir opoliciamento da cidade, íeco-lhendo-so a polícia civil e mi-l:tar as suas unidades.

7 ' - Finalmente, Thalesloi calmamente para sua resi-déncia, O governo divulgouquc o.s policiais Implicados es-lavam presos, e o secretário.substituto, ja no dia seguinte(domingo), assegurou ao re-pórter que o inquérito seriaprocedido judicialmente, porordem do governador. O re-pórter estranhou perguntandoao novo secretário desde quan-rio uni caso criminal escapavaa lase policial (perícia, inter-rogatório, etc, depoimentos devitimas e réus indlgitados; ese havm noticia de alguma re-forma nos código* criminaiscio pais. O novo Secretario deSegurança, sr. R. Baiocchl, es-capuliu á resposta,

PUNIÇÃO PARA OSriM.MINOROS

O crime tle Goiânia não po-de luar impune, Nem bastammedidas apenas burocráticas:,i simples denusíüo de uni se-crotário ou de um delegado.O.s verdiigos atiraram paramatar, os hospitais goianos es-tão cheios de suas vitimas. Sãotodüi jovens -- colegiais queexpuseram a própria vida pa-ra defendei' o direito ao estu-do, num pais em mie o anal-fabetismo o unia chaga.

A punição dos criminosostem rie ser exemplar. E nistoesta em jogo, antes de tudo.a posição (io governador JoséFeliciano. Suas garantias aosestudantes se converteram 1:0-ma chacina brutal. E chacinapremeditada, urdida com ro-quintos de perversidade e ódioao povo e á juventude, Sr--tt—suas ordens á policia íoramrealmente desobedecidas, é in-dispensável quc adote tais me-didas que, por sua energia eseriedade, possam restabelecei'a confiança em ruas palavrase compromissos.Esla exigência não é so dns

estudantes, E''de ioda a nação.que reclama com veemência apunição exemplar dos crimi-nosos dc Goiás,

As primeiras horas rie do-mingo, 8 de março, irrom-pcu no Iraque uma revoltada 5a. Brigada do Exércitoacantonada na região petro-llfera de Mossul. Cheflava-ao coronel Abilel Chauaf.

A réplica não se féz espe-rar. Veio acompanhada de1'spontãnea mobilização po-pular contra os rebeldes. Sur-giram imediatamente unida-des de voluntários, formadaspor operários e estudantes,decididos a defender a Re-pública e as conquistas de

14 de juFho do ano passado.Ante os acontecimentos de

domingo, Um telegrama deWashington aflrmava que "ogoverno americano nAo iesurpreendeu".

Nem podia surpreender-se.Nos últimos tempos, as agén-cias telegráfleas americanasvinham Intensificando seusataques contra o governo deKarlm K.issem, tachando-omentirosamente de "romunls-ta" ou "filocnmunista".

Preparava-se assim o ain-liicnte Internacional para ogolpe. Internamente traba-Ihavam os agentes dos Impe-,.rlalistas. Nas fronteiras, os'Estados Unidos firmavam, a5 de marco, um paeto militarcom o Irá, Turquia e Paquis-tão, num verdadeiro cerco doIraque. Era a eontrapartid»pelo estrondosa fracasso daintervenção armada dos Esta-dos Unidos e Inglaterra con-tra o Líbano e Jordânia de-pois da revnluçfio de 14 de ju-lho em Beirute.

O movimento rebelde docoronel Chauaf deveria cn-roar o Jogo dos monopóliospetrolíferos eontra aqarlepais árabe.

Fracassou, foi totalmenteesmagado c seu chefe morto.Mas pode reedltar-se. Trata-se de algo vital para os-tnu-tes Internacionais: petróleo. Epetróleo Justifica tudo: In-trrvencões mllltarea, gol|i»s--ile-estado, assassinatos, todosos rrlmes possíveis e Imagina-veís,

Há natural rerorljo pelomalogro da eonsnlracáo noIraque. M'»s nfto nos admire-mos se ela rebentar novamen-

Não é ComunistaLeitores de narra do Plruí,

Estado do Itio, comunicam-nos, e por nosso Intermédioíes trabalhadores e ao povo,que o sr, .lo.sé Alexandre l.i-ma, por sua atividade dlvlsio-nlstn e de luta iibçrtn contraos interesses populares, nãointerpreta o pensamento doscomunistas e uflo pode, pois,falar OU agir em seu nome.

te, com maior virulência ain-da. Enquanto as potências Im-perlalistas mantiverem posi-ções no Oriente-Médio, tra-inuráo contra a Independemcia e a liberdade dos povosárabes.

A "INFELICIDADE"

DA SRA. LUCEOs telegramas de Washing-

tim, noa últimos dias, deramconta de certa preocupaçãodos meios políticos tanquescom a "possível repercussão"no Brasil dos acontecimentosque se seguiram, na Bolívia, apublicação de um artigo narevista "Tline", insultuoso pa-ra a Nação vizinha. Diversossenadores, entre os quais eInfluente líder "democrata"Fulbrlght, exprimiram temorde que a nomeação da sra.Clare Booth Luce como em-baixado» dos Estados Unidosno Brasil, fosse mal recebidaem nosso pais apôs os acon-" teclmentos de La Paz, A srs.Luce é esposa do sr. Henry

Luce, diretor-proprietário do"Time", e eom êle é ativa rc-presentante do "blg bustness''na cúpula do Partido Repu-bllcano.

Nada mais compreensíveldo que este "temor" dos poli-ticos ianques. A provocaçãodo "Time", e suas violentasconseqüências, tornaram umave/. mais evidente, para mt-tbões e milhões de latino-aineriranos, 0 verdadeiro pa-pei do Imperialismo Ianquena América Latina. Em par-ticular, os fatos tornaram Im-possível esconder para o gran-de público as intimas liga-efies entre o Departamento deEstado e os círculos mais rea-rlonárlos do eapltal monopo-lista norte-amerleano,-ds que.o "Time" é reconhecido por-ta-voz. Note-se que, até omomento, não houve desraen-tido do Departamento de Es-tado às declarações que 9'Time" atribuiu ao seu fun-cioiiário em La Paz."O Globo", "mais realistaque o rei", correu em defesade Mrs. Luce, declarando ati-surda a tese de que ela esti-vesse Implicada na provoca-ção do "Time", pois náo foiresponsável pelo artigo emquestão. I'.' levar o caso parao terreno do ridículo. Não eabsolutamente necessário quea sra. Luce, ou outro qual-quer agente ímperiallsta, es-creva artigos para revistaspara que fiquem evidenciadas,aos olhos da opinião públira,as estreitas relações entre ês-ses agentes dos monopólio*ianques, o Departamento deEstado, e a "grande Impren-m" dos Estados Unidos.

Contra a Carestia: Povo no Catete((.'(inclusão da I* paginai

ração de uniu yrnii(lenssejiibicia popular con-tra u cartüliu. profira"muda parn o dia 22 docorrente, às 9 hora*, noKstádio da Moca.IVTÒKKS DECAKESTIA

O deputado Salvadorl.osacco, presidente doPaclo de L nidade Inter-sindical, antecipando ànossa reportagem aluu-mas conclusões a (pieclieiüirnm os trabalhado-res paulista» sobre osfatores de «ucareeimeirto do custo de vida. dc-clarou:

— Ueclainarenios, nomemorial a ser entre-•yue ao presidente daUepúbliea, a revogaçãodas Instruções 1 13, 1<^,166 e it)7 da smoi:,cujo- eleito» têm sidodesastrosos pura a in-dúslria nacional, comreflexos negativos naeconomia popular. Vbase dessas Instruções ede oulras do mesmo uai-

pe — prosseguiu —

(•TtciT inTTlDViniHíÕPS rie-dólares são sugadosanualmente do Brasil.

K Eighl, por exemplo,em 2,'i de maio de 19511transferiu lucros purasua sede. ao câmbio ia-vorecido. no valor de 21milhões 995 mil 106

Aguar Ma a BecisãoNum Processo Contra Prestes

Esperose para breve o julga-

mento de um dos rumorosos pro

cessos instaurados contra Luis Car-

los Prestes e outros patriotas, ob a

lurisdição do juiz Fontes Faria. Tra

tn-se do processo contra Prestes

e 26 jornalistas, ex-parlamentaresccmur.-istas e operários. O promo-tor Hélio Pena e Costa pediu a cmdenacão. O juii Fontes deu vistasà defesa para arrazoar. Caberá,em seguida, a isso magistrado Iavrar a decisão.

dólares e Vá) centavo.*,não tendo pago nemmesmo o imposto derenda sobre es.«a remes-

Também u políticatributária e a política decrédito bancário utiliza-das atualmente pelo go-vêrno, serão objeto docríticas e sugestões nomemorial. Keferiiido»eá questão do créditobancário, declarou-noso deputado Losacco:

— Esse é um outrofator (le carestia, pois,além de caro, é eonre-ilido de acordo comuma política discrimi*natória, prejudicando,freqüentemente, o pe-queno produtor. A po-lílica creditíeia tem sidoorientada no sentido deemprestar muito dinhei-ro a pouca gente e, emgeral, aos trustes.

Tive conhecimento —-acrescentou — de quecerta agência do Bancodo Brasil, em São Vuiylo. dispondo de 11 I mi-Ihões de cruzeiros desti-nados à Carteira de tire-dito Agrícola e Imlus"Irinl, emprestou a ape-nas duas firmas — aSANBKA e a Andersonriaylon—a iinportynciade 60 milhões, isto é.mais da melade. Y. dorestante também oulraspoderosas empresas es-t rangei ras participaram,como a American Can.OITI!AS MEDIDAS

Oulras medidas serãoreclumadas no memo-rial, informounos ain-da o deputado l.osacco.Entre elas. a participa-cão dos representantesdas entidades sindicais,estudantis e popularesnos órgãos encarrega-dos da política dc abas-lecimento. de controle efiscalização de preços.

VENDA DE NORDESTINOSANA MONTENECRO

Na minha terra, as histórias comam de boca em boca, vindas doséculo passado, do ano de 1888, trazidas pelos sobreviventes da seca quedurou três anos, e mais tarde foram repetidas pelos seus filhos, tambémsobreviventes da seca de 1915, e pelos filhos de seus filhos[ em todos 03unos que marcaram a tragédia dos nordestinos. Eram histórias dolo-rosas. Histórias de homens que morriam de febre nas florestas ama*zõuicas. De outros que se arrastavam pelas estradas, buscando a mira-gem das grandes cidades, as margens enganosas dos grandes rios. Decrianças enterradas sem a lembrança de uma flor, sem um gesto de des-pedida. De mães desesperadas em busca de um lugar onde pudessem, aomenos, lembrar-se dos filhos que morreram pedindo um pedaço de pfio,onde pudessem chorar pelos pequeninos que, por tão pouco, deixaramde sorrir, deixaram de viver. Nenhuma daquelas histórias, porém, fa-lava de transações em que a mercadoria fossem homens, em que os lu-cros fossem a liberdade desses homens. Mas, agora, Manoel da CostaSantos e -Maria Francisca Santos foram vendidos na cidade mineira deMontes Claros, ao preço de Cr$ 4.000,00, como uma parêlha de animais.Naquela cidade e em outras do interior funcionam postos de venda denordestinos. Felizmente, essa compra foi realizada por dois repórteres eserviu para denunciar o infame comércio. Infelizmente, pelas circuns-

tâiícias miseráveis, em que migram, desamparados daquela proteçãodada aos imigrantes estrangeiros, não serão esses os últimos nordea-

Unos vendidos aos fazendeiros, para um trabalho que não dignifica.E ainda existem os que defendem esse modo de vida, um sistema so-

ciai que é representado pelo direito de dispor, mesmo vendendo e com-prando gente, da vida, da felicidade e da liberdade do semelhante. Essavenda de nordestinos é, apenas, mais um episódio da longa história domonopólio da terra, das verbas desviadas para o enriquecimento e yitó-rias eleitorais de alguns políticos. E' a longa história da falta de plani-ficação dos governos. Não basta aos nordestinos perderem os lares, aespera da colheita, a esperança da chuva no dia seguinte, os filhos, que-rem, também, tirar-lhe os dias futuros?

Diante do olhar tão doce de Maria Francisca, que perdeu todos osfilhos e quase se tornou escrava em pleno século chamado da luz, b&o ópossível deixar de mal-dizer tudo e todos que distribuem tão mal osfrutos da terra, as rosas dos jardins, os sorrisos das crianças, os bensda vida, os direitos à felicidade.

COQUETEL DE "NOVOS RUMOS" NA A.B.I.

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À noite de 6 d« março, a Reda-

Cão de «NOVOS RUMOS» ofereceu noABI um coquetel a jornolistaí, ptr-tonalidades, lideres sindicais, anina-lando a soida deste semanário'

Entre os presentes encontravam-se Luis Carlos Prestes, Abel Chermont,

presidente do movimento da paz noBrasil, 0 escritor Astrojildo Pereira, ohumorista Barão de Itararé, os jorna-listas Fernando Segismundo, secretariecia ABI, João Antônio Mesplê, do Sin-dicalo dos Jornalistas. Marcelo Tava-res, presidente da Federação Nacio-nal dos Jornalistas, Mauticio LacerdaCaminha, de 'j-0 Semanário, Luis Bel-trão, Olacilio Lopes. 2.' Vke-presiden-te da Federação Nacional dos Jorna-listas Profissionais, Aristeu Aquiles, se-

«etário geral da Comissão Organixa-dora do 7." Congresso dos |ornoB«tas,Jasé Frederico Sobrinha, do Sindicatodos Jornolistaí da Mino», Antônio Pa-reira Filho, secretário do Sindicato tiosBancários do DF, Jglio Ceiar Moiche,representante da Fadofoçfio argentina

dos Trabalhadortf da Impranaa • da-

legado fraternal à Convençíio nada-

nal dos jornalistas, além da vários ra-

presentantes da Imprensa nos fsta-dos que participavam da ConvençãoNacional dos Jornalista». O encontrodecorreu num ambienta amUtoso, Nafoto acima aspecto pardal dos nu-merosos jornalistas e personalidadesque compareceram ao coquetel,

25% de aumento para os comerciários do D. Federa!Os comérciúrios itu Distrito

Federal decidiram cm as-scmblòia, uccilur a propostade -5'.: dc aumento nus sn-l.irios, resultantes dc enten-iliin>ni<>s havidos onire uK,-i|ri;ii;.n> dos ICmprc^adosno ComOrcifj i< u Sindiiuiiudos Lojistas,

A Kedciagiin havia sc '!;:i-gido aos empre ::id - smí-citando C|iit', ifnlc " n\c>.'\>-ckllUlI tUltllCIltÜ S IM'ÍfÍCIlllij II"fustn 'In vitlii a piirtii dnctinclu.sâu d'is iicóidus sala.liais ''in \]'.'..i', cm quc sãoparle os seus filiados, fosseconcedido um ubono de .'i:>a ser |»at;o «ti o icinilno dosreferi doa acordos ciuando se-ria negociado um novo nu-mento de salário. 0 Sim!..calo dws Lojistas respondeupropondo um aumento tle

Sindicato, à base dessa re- des patronais cí-rca de 40,solução, entrar em entendi, objetivando a Uitimaçto domentos com iodas as entlda- acordo.

NOVOS RUMOS

Diretor — Muno Alves

Redator-chtfe — Oriundo Bonfim Jr.Secretário — Fragmon Carlos Borges

HEÜATORFSAlmir Matos, Rui Faço, Paulo Mota

Maria da Graça, Luis Ohllardliü

- <MMBaMMMMn

Umiíj

n partir de dc már-ço «.-ii 1 curso.

Juntamtfnte com essa pro-posta, foi levada à assem.bléia uniu ouira, da dirciuilado Sindicato, de luta por50s de aumento, perceiitu-Kcm mais nu menos equivu-lente á elevação do custodu viria desde que foi con-tiuistarlii o úlllmo aumento:i!c'' o presente..

N'o enmnto, a assembléiapm votação secreta optoupelos '-'õ -, deverá agora o

MATRIZRedação: Av. Rio Branco, J67, 17» andai. ^X7U *»

Telefone: 42-7344Gerência: Av. Rio Branco, 367, ^ andar, S 905

Endereço telegráflco — NOVOS RUMOSASSINATURAS

Anual — Cr* 350.00Semestral — Cr* 130.00Trimestral — Cr$ 70,00

Aérea ou sob registro, dospeiiis a parteNúmero avulso — Cr$ 6,00Número atrasado — CrS 8,00

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NOVOSRUMOS SEMANA EM FOTOS

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CONVENÇÃO DOS JORNALISTASDe 5 a 7 de corrente, jornalistas profissionais de todo o pais reu-niram-se nesta Capital, ocasião em que adotaram importantes re.

soluções. Leia reportagem na 5." página. Na foto, vista parcial doplenário da Convenci». __

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PARTIDÁRIOS DA PAZ EM MOSCOU _Em fevereiro uiiimo, teve lugar em Moscou uma reunião do Birôdo Conselho Mundial da Paz. Dela participaram personalidadesde numerosos países, inclusive Brasil (escritor Jorge Amado e sar.-.tarista Valéria Konder). Nesta foto, vemos da esquerda para a di-reita: Holland Roberts, o famoso cantor Paul Robeson e o escritorsoviético Alexondf* Komeitehuk (Foto TASSi.

; vH?S*í5*-"::'* i ..-¦--<*¦*¦ :'*.*-'-*?.**'.' vJr^P^- .- ¦•-í* ' .* '"*'¦&•>'.'' "A ^^jtfMÉBHr!?^Kfl ffli

OS BURACOS DA PREFEITURA - _Uma das metas anunciadas pelo atual Prefeito Sá Freire Alvim éentupir os buracos (sem conta) que se espalham por toda a cidade.Mas a Prefeitura abre buracos que esquece de fechar e vão se alar-

gando com as enxurradas. Na foto uma verdadeira vala, no Es-tácio, no meio da rua, foco de mosquitos e imundície, constituindotom'--*-** ¦•— * "¦-- —tr-* -**. rr-oorr-«; . inmHçm para os adultos.

mmmmWÊÊÊÊÉggmmÊÊÊÊ^^ ^^^mmmtímmm^l^mm^mimmlt^lFiamm^^^mz^SS^^r!^ ¦»•>'¦» "' W"'3Sft-'%"?5' ¦:"

^1 2SyH»ESJi«iÉ¥§^i^^jfl Hk.: «o-¦•': v':''"iiiã^É^^i

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UQ PEITO — Havia um muro, rraste local. Contudo,acuados, pela sanha assassina dos esbirros

goia.o; ;*-s estudantes trans.otmaram no em trincheira e a poucoe pouco converteram-no em projéteis defensivos. O muro foi der-rubado a peitada:

Ml;»@jfeífe': .«y1**. ¦-¦¦... g;-iv... ____a^^^* ¦-**'¦' WSSSm^B. ESB 'ÜIM^â ;JJ^9l ÍRüifl B" ' * "9 BS -: -=B^P

fl IPfl flw&fô^y --w-ií^fl BsÉT ••

rr-^mw^mW^^kW^M ^H ¦" \ ^^ B^

» -:'- ^^^^^^fl i^fl H^S^.:"->-- :---1B&a!8BiB»BB "--:-<-':f:^

MALABARISMO? NAO: CENTRAL. —Sim, não se trata de qualquer circo, ê simplesmente um espeta-culo diário da Central do Brasil. Ante as avalanchas humanasque superlotam os trens, os mais ágeis errlram pelas janelas. Cadaum tem seu horário, que não pode perder. E como os trens são pou.cos e em horários irregulares, todos correm e se atropelam Repor-taçjem nr- "* ° pórj

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/ 3 MAY 2 7 /

CONTRA A CARESTIA:POVO NO CATETE

ANO I RIO. SEMANA DE 13 A 19 DE MARCO DE 1959 — N.° 3

CARAVANA PAULISTA TRARÁ (DIA 19) 800

PESSOAS REPRESENTANDO 7 FEDERAÇÕES

OPERÁRIAS, 194 SINDICATOS, 300 ORCANI-

ZAÇÕES POPULARES, 125 GRÊMIOS ESTU-

DANTÍS — DELEGAÇÕES DE MINAS E RIO

GRANDE DO SUL — APOIO DOS TRABALHA-

DORES CARIOCAS — O DEPUTADO LOSAC-

CO ANTECIPA A "NOVOS RUMOS" ALGUNS

PONTOS DO MEMORIAL QUE SERÁ ENTRE-

GUE A JK — (Reportagem na l.a página)

1JI' kTi' k~lKtOAUU: AV. RIO BRANCO, 257 SALA 1712

•dBmftt NA RAIZ DA CARESTIA

DÓLAR QUE INTUA,CARG* B0L.AÜ

QUE SAI, MAISBARATO

TEXTO NA 3a PÁGINA

R0B0RÉ: AMEAÇA APETROBRÁS E AAMIZADE

BRASILEIRO -

BOLIVIANA

Deputado SalvadorRomano Losacco

!r:-!Áí.À£\« . SkmmmmlElmwUMtfmlIi^ri '"flt i' .!*•«m ftwmmm \ u wpgj JPSWWBglBfiSNB,

ARTIGO DE FERNANDO

LUIZ LOBO CARNEIRO

NA PÁGINA 6