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REVISTA DA SEMANA-WÍÇ19 semanal Ulu.trada do JORNAL 00 BRASIL

. EMULSÂO M SCOTT1O gracioso menino, cujo retrato adorna esta columna.

conta agora com 3 annos de idade, apresenta no seu rostoa alegria que hoje experimenta, e a gratidão de que está

possuído para com a Emulsâo de Scott, á qual deve areconquista da sua saúde, no seu semblante demonstra amelhor expressão. u

Veiam o que dizem o Sr. Joaquim Pazo, digno gerente do HotelGuanabara/W do menino'Rodolfo Pazo, c o distincto chunu»Dr Alfredo Freitas de Sá qüe a elle assitiu com feliz resultado.

«'' Vindo da Europa na tenra idade de 18 mezes, o menino Rodolfoapanhou durante a travessia um forte resfriamento que lhe occa-sionou mais tarde sérios embaraços nos orgaos respiratórios.

Submettido ao tratamento de summidades médicas e tendotambém empregado diversos específicos apregoados para taes¦soffrimentos, sem resultado algum, os pães resolveram entregal-oaos cuidados do Dr. Alfredo Freitas de Sá que nao tardou emconhecer que o menino estava soffrendo de bronchite Capillar,achando-o em um estado de extrema debilidade; , decidiu receitara Emulsão de Scott, o verdadeiro Especifico sem nv.al contra estasmoléstias, e foi tão feliz o resultado que depois de ter .ornado ovidros d'este afamado preparado, ficou perfeitamente restabelecidoe goza da mais perfeita saúde.Joaquim Pazo.

Confirmo a declaração supra.Rio de Janeiro. Dr. Alfredo Freitas de bA.

Cada frasco da Emulsâo de Óleo de Figado de Bacalhau"Ç3^rr~| que tiver um que comprar deve procurar queh^^= ** ! ^vasse a marCa que mostra este desenho, pois

esta marca significa o mesmo que a marca dalei que se encontra nas jóias de prata ou ouro.

Ernuisões que não levam esta marca são omesmo que uma prenda falsa, dourada ounickelada, feita de materiaes baratos.

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A1 venda nas Pharmacias e Drogarias,

SCOTT & BOWNE, Cfclmicos, Nova York

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REVISTA DA SEMANAsemanal illusíraáa k MM 3i BBiSIL

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â S0lfeCura certaria em duas hora

com as cápsulas tenifugas A.LPIIA. deextracto eihereo de feto macho. Inrmmc-ros attestados de todos os Estados cioBrasil confirmam a efíkacia deste sobe-rano remédio ; nas pharmacias, drogariase no deposito geral, á

Rodolpho Hess

9Ainda haverá quem duvide

das virtudes do ELIXIR DEMASTKUÇO ? ¦

Experimentem-no nas en-fermidades do -apparelho

respiratório e na nutri cçTvodos tuberculosos e terão a

prova de que nao foram ex-orados.

&

Primeira qualidade, Brevet L. M.Bullier. O único fabricado pelos processos Bullier. privilegiado no Brasi soa on. 1.093» Acba-se â venda em todas ascasas deste gênero (exigir a marca kuí-lier.) Para encommendas e vendas poiatacado era casa dos únicos agentes para.o Brasil.

PauICRÉTÉNIER&C.

RUA DO HOSPÍCIO 1-101ARMAZÉM

RIO DE JANEIRO

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REYISTA :M = SEMAMEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

VI -^.238 ;-'F DOMINGO, 23 DE ABRIL Numero : 3oo réis!

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Exvit ergo itèrüm Pilatus:' foros, et dicit eis : Ecçe ad:

duco yobiscum foras, u.t co-^noscabis <iuia nullam in-venio in eo causam. (Exivitergo-'Jesus portam coronamspincam et purpureum vesti-menluinj. Et (liciteis : EcceIIomo.

0 aspecto de Jesus, nessa hora turbu-tenta, era de causar simplesmente dó.Todo o seu corpo havia sido de alio al)aixo lanhado pelos flagellos coilantes,°iue lhe fizeram voar estilhaços de carne emfodae correr o sangue a jorro ; as suaslac«4s nào tinham foi tio mais de cousaajguma, Ijvidas e tumidas, cem borrõesVlolaceos e coágulos negros ; sobre oshòmbros pèhdiadhe até os joelhos o ludi-,)r;oso farrapo velho de purpura, em-

quanto, na cabeça outi-ora sua.emen le

loira, a atroz coroa de urzes mel« M

suas yérrumas finas; nas suas orb Ias m

iectadas havia um rio de «W^molhas, e o Salvador,curvo ecambaleante

levando na mão a taquara irrisória a

luisa de regio sceplro, era empurrado

pela borda dos carrascos, aos murros e

aos berros, escada acima, para .r ler com

Poncio Pilatos.La fora, a multidão era um pelago

em torvèlinbo: a aristocracia mescla-

v« se á canalha para o grande meeluuj sa-

r.rileeo Os escribas batiam queixos, os

«ceSjòtcs cofiavam, trêmulos e anc.osos,

_ barbas pontudas, toda a matilha dos

phaíiscus fazia, aqui e alli, em meio as

turbas, evoluções aluídas, e a rale. que

enchia a praça do Pretória, vozeava,

algazarrava, chasquinava, e como queuma corrente electrica de ódio lremente

ia de fibra a fibra excitando o fanatismo

que esgaseava em todos os olhos c rangia

em todas as boceas.Súbito, o som claro de uma trombeta

rasgou o ar e houve um silencio. Pilatos

adiantara-se no terraço e, diiigindc-se

aos príncipes dos sacerdote?, fallou :- _qui vól-o trogò de novo diante de

vós. para que saibaes que nao acho nelle

crime algum.Jesus, entre carrascos, apparecta.

O silencio tornou-se mais solemne e

acccntúóu-se. A scena era deveras l«gu||

Os olhos mansos da miseranda \ .clima

percorreram placidamente aquelle oceano

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2234- N. 2L8 REVISTA DA SEMANA -23 de Abril de 1905

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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Hc.cde-A ceremonia religiosa que precedeu á inauguração da ponte sobre o Farahyba

multidão, violento e colérico, como yomi-tado de uma só bocea :

— Que o seu sangue caia sobre nós esobre os nossos filhos !

Era toda uma raça que se amaldi-coava, responsabilisando-se pelo maiordos crimes. No céo voaram, entre bulcõésrevoltos, aves espavoridas e uma brisatímida" punha nos arvoredos uns frêmitosmedrosos. Pilatos, desencarregada a còris-ciência, lavra indifferente a iníqua sen-tença, emquanto Jesus não esgotado aindao cálice amargoso, se apresentava paragalgar, cruz ao hombro, a áspera mon-tanha...

Padre Seyèrian©.

UM PÁTRIARCHA HINDUFalleceu em Calcuttá o grande re-

formador Maharshi Devendra Nath To-gore, patriarcha da seita religiosa cha-

acceso de raivas. Pilatos pensava queaquellas feras iam commover-se e, esten-deiido a mão, disse : . ç

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Num rugido, porém, medonho, os sa-cerdotçs,que a plebe secundava,clamaramcom toda a força:

:.:?•—¦ Crucifica! crucifica !

,A tergiversante casuística de Pilatosnada podia contra a insania do motim.O governador era, de resto, irresoluto ecobarde. « Se soltares o prisioneiro não ésamigo de César», já lhe tinham gritadocomo ultimo argumento. Foi em vão quepròpoz alvitres conciliatórios, e só umalvitre único dominava, concentrado nesteuivaríte estribilho :

Crucifica! Crucifica!Foi então que Poncio Pilatos, man-

dando trazer numa'ampliara, água, queum servo lhe deitou nas mãos, na presençado povo, exclamou, abluindo-se:

— Sou innocente do sangue deste justo.- ...Um brado, então, unisono, partiu, da

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Grupo de pessoas presentes á inauguração da ponte metálica construída sobre o Parahyba

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Re/ciidí'—Cavalheiros que promoveram a construeção da ponte

raada Brahmo Samoj,„que_.cpmprehendequasi todo o elemento illustrado da vasta

communidade do hindu. ^• Foi mestre do universalmente con,

cido e venerado Keshub Chunder Sen, e

um homem que, pelo seu saber e virtu s,

alteava-se acima de todos em BengaApezar de ter-se affastado do hn

ismo orthodoxo, era venerado como santo.

e sábio indistintamente por toda a com-

munidade hindu.O seu funeral foi extraordinárias

concorrido. .Os negociantes fecharam os seus e

belecimentose toda a província de Bengs a

tomou luto. 5Ascarruagens estendiam-se por ai

os lados da estrada á distancia de »^

milha, e o acompanhamento a pe era

enorme mole de massa humana. ^Foi incinerado em uma pira de

de sandalo.

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23 de Abril de 1905 REVISTA DA SEMANA!

2235-N. 258

CONTRADANÇA POLÍTICA(.Ilustrações dcBambino)

One é isso, tu por aqui caro amigo?E Verdade.Comove ^julgaram que eu

tinha morrido mas tu sabes, meu caro,quenós outros homens entendidos nos altosmysí rios d'esta politicazinha barata nãodesapparecemos assim sem mais nem me-nos í. .;s aggremiações dos vivos.

Então,dize-me cá,onde tens estado,em que canto de paraizo ignoto te met-teste ?

-Homem vou contar-te a minha vidaem rápidas phrases porque ella de factonãoémuito interessante.

Em primeiro logar fugi.Fugis te, tu? Nfto é possível, lio-

mem; eu te conheço bem e julgo que nãoé assim por dá cá aquella palha que re-nunciarias ás tuas indagações políticas ;portanto não creio que tenhas fugido.Mettesie-te por ahi á procura de algumanovidade.

Não homem, fugi e vou contar-tecomo o fiz. Nâome in torro m-pas mais, poisbem sabes quenão gosto decortar as mi-

"

nhas narraçõespela metade.

• —Deves-telembrar da mi-nha ultima re-velaçao ou melhor da minha ultima eles-cripeãoda celebre viagem ministerial áMinas. Pois bem, toda aquella serie deverdades, verdades mesmo, deu-me comoresultado a ma vontade e a ira das regiõesdominantes. Mais tarde estava eu já quasireconciliado com o pessoal quando repen-tinamente rompe aqui a questão do 14 denovembro e eu como era um dos quedeviam ca-hir sob o cutello da paixão po-lltlca'fui sahindò meu velho sem mais darattenção nem aos pedidos de amigosnem as promessas de protecção dos altosMlcndedbrcs do destino da nossa pátria.Ora, onde poderia estar eu seguro?verdadeir.;mente nfto sabia e então re-fepara bem .longe, para o meio dosei%e fu Há íni ficando até agora.

^ucrcLporém, bastante com esta mi-

a0#?enCla ao mesmo temP<> voluntária,

laticiasm'/- ;emP° r°rCada poIas circums-

aprechi- i"ndaS C°USaS que l)udc bem

onderne -°- eSteS matlos de Minasestào n

° ngUe[ foi ° desesP?™ em que-iqueirosd'aqueIla terra afim

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de v dei sam escapar o logarda5ubllcaeSÍdenCÍa e vico'Presidência

laiaciip-v i,,homens H

' m<?U am,^°' <Iue ãquellesimPineirnn ° Sabcm ° CI11C fazer Parar

çr novamente o P

tutos vêem-se todos os dias atordoadoscom os emissários eleitoraes. Os homem-zinhos contam tanta rodella, tanta his-toria aos míseros tabaréos que se eiles jánão comprehendem nada de política agoramesmo é que ain-da ficam mais aquo na matéria.

Aquillo por láassirn como porperto do interior fda Bahia é uma \,pândega. Só seouvem os nomes •do Penna,do Rüy,do Bernardino, doManeco Salles e do Muller pronunciadosassim como se pronunciam os nomes dosvelhos camaradas e conhecidos antigos.

Uma vez,lá pelo meiado de dezembro,estava eu numa aldeiazinha muito pobree muito insignificante quando chegou umdos taes cabras cia caballa eleitoral.

Foi uma festa no logarejo e confessoque até me diverti bastante.

Chamava-se o bicho Joaquim Pafun-cio da Immortalidacle; pertencia á phi-larmonica da Sociedade Democráticados Amantes da Arte Musical e RecreativaDramática da Yilla Formosa de SãoJanuário; era secretario do comitê po-litico do partido republicano chefiadopelo coronel Chico de Moraes da cidadede Vil Ia Flor; amigo intimo do subde-legado cia villa, primo do fazendeiro Ma-neco Chaves e genro do sr. Mangabeira, omaior criador das cercanias.

Além crestes títulos que eram os of-ficiaes e os quaes o bom do homem faziapublico a toda a gente, elle tinha aindadiversos outros que muito o recommen-davam como homem influente em matériapolítica.

Assim por exemplo e para citar sódous dos mais importantes: o sr. Immor-talidade era o primeiro flautista da cha-ranga de amadores do Grupo Dansante eRecreativo Prazer das Damas que tocou oHymno Nacional por occasião da visita do

presidentedo Estadoáquellas pa-ragens,oerat a m b e m osa cristão e

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Eli enna.cl<> tentam e os pobres ma-

por consc-guinte o se-cretariocon-fi i en te desua revdma.o sr. vigáriode SantaJa-

nuaria,homem muito sabido cm manhas dapoliticagem e depositário dos altos segre-dos da direcção do paiz e como tal ellesr.Immorlalidade estava bem apto para dis-cut.ir não só na linha do direito como aindapara dará sua opinião sobre a capaci-dade, moralidade, viabilidade e mais

substantivos em dade das primeiras can-didaturas presidenciaes.

Este homem, meu caro, tendo todosestes títulos que o enobreciam perante oconceito publico, determinou lazer umaconferência para estabelecer firmementeuma candidatura e para isto dirigiu-se aoboticário da villa e ficou assentado queno próximo domingo, ás 2 horas, terialogar a projectada sessão.

Assim aconteceu. Escusado é dizer teque para lá também atirei meus ossos emeia hora depois ouvi o seguinte discurso,que mais ou menos fielmente reproduzo:

Meus caro concidadões :Sabeis todo o mundo, que lhes falia

nesta occasião o seu antigo e velho cama-rada de reboliço, nas lides das eleições.Eu sou o companheiro de vocês todos, ovelho Immortalidade que vem nestes mo-mentos das angustias patrióticas apre-sentar os homens de vultos celebres paraconduzir o leme dessa barcaça da nossapátria. Assim, meus concidadões (bravosno auditório), venho perante as vossassapiencias indicar diversos nomes quepodem escolher e depois de votarem medigam. Tenho aqui na minha pasta (épre-ciso dizer que o bom do homem traziadebaixo do braço uma massagada de pa-

peis sujos e algumas photographias an-tigas) documentos de alta relevância po-litico-governamental que attestam o valormoral de cada um dos meus candidatos.

Assim, (exhibe o retrato do Ruy) ogrande pensador que se chama MestreRuy Barbosa é um damnado. Na cacholadeste homem está mettida toda uma li-vraria de direito e legislação dos povosque nio são bárbaros, porque dos barba-ros basta a da nossa terra que elle tem comas outras toda de memória.

Este, porém, briga com o nosso ex,dr. Campos Salles, homem, que comotoda ag-mte sabe, é mestre em plantaçõesde fazenda, mas que não está muito se-guro por causa elo velho mas leso Ber-nardino que agora veio elas torras eu-ropicas com energia baslanle para botaresla terra mais alto que aquella TorreEiffel e o Arco do Triumpho num chi-nello.

Mas, se estes nomes não enchem asmedidas dos meus amigos políticos, nósainda temos o Lauro Muller, cidadão mui-to benemérito, doutor em derrubadas decasasdas cidades velhas comoa terrível ca-pitai ela nossa terra, mas que também tempela proa um rival como o grandePenna,lá das Minas-Geracs.

Assim, meus compatriotas, eu acaboa minha apresentação e espero a sabia

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bello, -do: exjbaordm^scéna rna^stòsà óúflc rêsürgè^á imagemde Jesusrcomo.um spl-.ej.e^na.meiíteacceso.a esmaltar a escabrosa estrada da vida deuma luz ^ürisslmá^qu-è1 r-èm-pè asnevoas.

Pessoas presentes ao 5- sorteio, realizado noonde funeciona esta

dia 15 do corrente, em uma das salas do edifíciocompanhia de seguros

decisão deste meeting para me pôr de

accordo com os amigos. Eu propago um

candidato, mas quero que elle seja do

agrado da nação.Tenho dito. »O auditório, meu caro amigo, deu

uma prolongada salva de palmas ao im-

proviso ultra-rhetorico e grammatical do

nosso Immortalidade e resolveu que a

votação fosse addiada para depois do

exame detalhado das qualidades expostasdos respectivos candidatos.

- E depois disto o que houve ohl Ma-

chiavel ._ Ora, depois disto eu tive que salur

do logar e lá deixei um meu correspon-dente para me dar o resultado, mas até

agora não o tive.Demais, tu sabes, acabou-se o sitio e

eu voltei para esta boa cidade e por issoestou ainda a espera para depois con-tar-te como se resolveu a questão.

O que me fez vir, porém, foi o modo

pelo qual se começa a propaganda para o

preenchimento da presidência.Se lá pelo interior a cousa é assim,

imagina tu o que não deve sahir no fimde ludo isto.

Mas, adeus, que tenho hoje uma im-

portanto conferência e nSo posso faltar.E5 um furo da.-nnado para a próxima

:semana.Macl-iavcl.

A SEMANA« semana que hoje finda não deixou

¦ J uma nota que, merecendo as honrasde um commentario, nos facilitasse aquiuma palestra amena e seduetora.

Era natural, nenhuma novidade inter-

essante se nos apresentasse nesses dias

de luto e tristeza, de tão saudosas recor-

dações para os corações em queviveeternae vigorosa a lembrança dos transes dolo-

rosissimosda Sagrada Paixão, cada vez

mais e mais accentuada entre os brasi-

leiros.Que espectaculo commovente e enler-

necedorocontemplar-setodaessa multidãoreligiosamente triste, caminhando vaga-

rosa em busca dos templos, onde se

prosta em adoração á sacrosanta Imagemdo Senhor Morto 1

Para os descrentes, para os scepticos,em cujos corações não existe sequer umascentelha do fogo sagrado que reanimatodas as esperanças, que pode haver de

puríssima5que1 rom-p^ as.rievoas.da duvièay-mòsXratfdô-rios'1ò!íèáininim daVerdadfe? ?*3.?;ü *3í3í1:G5s jj3 mmfãÀrww dWú

• íiRara nós;q)orémv erü cOjò péíío vh^Á?Mèi$4'àl a' fé5è ò ámd^còtòò1 prédicaoò^inhei-eutès áo còmplí lírentò da nossa íeffccidade, que pode liavet* dèf mais sublime^de mais miraculoso, de mais'encantadordo que a consagração que tem dispensado.todas as gerações atravez dos séculosnessa semana do lütó e de dor;; onde asalmas esperançosas ;e boas, affeitas aossoíírimentos e á resignação, genuílexasesperam com anciedade que essa alleiuiade bênçãos e de paz caia sobre ellas comoos louros da victoria coroavam as cabeçasdos heroesd^efensbresdessa religião eterna,revigorada sempre e sempre pelo Bem.

Almas que soffreis; corações magoadose tristes não vos deixeis vencer pela doses-

perança—ide piedososeconirictos receberdas mãos dAquelle que atirou sobre aterra a semente do Bem—a palma da re-compensa que vos tornará" encorajados efortes.

E agora que tudo canta e reiulgeao sol brilhante que annuncia a Resur-reição, cantae também, o vós, que com-

partilhaes da felicidade dAquella que em

prova de amor e puro amor viu com olhosenxutos em meio ao mais profundo silen-cio, resignando-se ante a deshumanidade,dos homens—o maior de todos os exemplosde dedicação e amor á Humanidade.

Marcionillo-

Não, não se esqueça de vir ver-nos-A que horas jantam?

Asseis; acabamos as oito; Itrc-mos muito prazer em vel o ás oito.

Não se esqueça da hora.

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«Q>23 de Abril de 19(>5 REVISTA DA SEMANA 2237-N. 258

JESUSEcce agnus Dei...

.Naquelles dias de oppressão todos

aPOiTÍam a ouviro-Rabbino de semblante

odioso e severo, tendo na voz abemolada

toa^de uma musica estranha, inflexões

carinhosas e ameaçadoras, apostrophes

j^.fá o pharisaismo perveisor,b!andiciasi;, os humildes.Pl

Por toda a parte seguia-o a multi-em ancias de

tramenle em torno do Crucificado na syn-these irônica do dístico que injuriosamentealteià no cimo do madeiro, tornado oSanto Lenho, instrumento, aviltante cri-gido symbolo de Amor.

Estava no emtanlo escripto—o Pilhode Deus deveria remir a humanidade pelosacrifício cruento do Golgotha; o desamordo homem forçoso era fosse resgatadopelo sangue immaculo do Cordeiro: EcceAgnus Dei quia lollis pcccala mundi.

daojustiça e de liber-,;,, Roma pesavajemasiado, eojugoestrangeiro suffoca-Va os anbelos dov)6vo escravisadopolo sacerdócio ven-

|ido e pusillanime.Israel ouvira as

palavras do Nazaré-no; e exultou cren-do-o o Promettido.

Não se engana-ra. Viera o Messias;mas a Redempção,ai!, essa não na te-ria sem que um ter-rivel holocausto seeffecluasse em hon-ra á perversidadehumana que, emgrita nefaria, deve-ria libertar Barra-

^^^^^M1^^^^^^^!!^^^^

lm bode que ilá leite-Esteve ultimamente em exposição no theatroFloresta de Petropolis o bode cuja photographia damos acima, quepor um phenomeno teratologi o apresenta duas tetas de regularconfo mação, dando abundante leite como qualquer cabra. Esteanimal que conta 3 annos é producto de uma fazenda de S. José doRio Preto.

bás execrando ecru-cificar o Justo. Os brados de júbilo deJerusalém transformaram-se nesse dia novozear confuso da turba inconseqüentee vária dos jebu *eus na sanha accesa pelospháriseus.

Depois, é aquelle drama de angustiaseruciantes e a inegualavel epopéa, quearrancam a Maria, em pranto amarissimo,o poema de dor: ...attendile et videle si estdolor siciit dolor meos.

Depois, tudo se acaba — consumalumest—Q ódio, a vingança, corvejam sinis-

0 pungente Ecce homo transfundiu-seno Ecce Salvai or, o Redemplor.

E desde aquella época, do resurgido,do redivivo do Thabor, celebra o mundo,impellido pelo influxo da idéa nova espa-lhada pelos discípulos amados aos quatroventos, a semana máxima, esses dias im-morredouros na lembrança da christan-dade.

E é a Egreja Catholica que mais fiel,mais impressionadora, conserva as pun-gitivas Iradiçõesdo martyrologio de Jesus.

Nessas commemorações, solemne»mente magestosas, a alma çhristâ cxpe-rimenLa bem ao vivo o soffrimento inex-primivel do Filho de Maria; o coraçãose confrange ao rememorar as scenaspeniveis da Paixão; o espirito se abateante a magnitude do espectaculo em cujapresença nem mesmo os incrédulos podemsopitarmysteriosa explosão de sentimentosreprimidos.

E quando, após os dias merencoriosda Paixão, rebrilha no céo o sol radianteda Resurreição, a alma se desafoga, serealenta no triumphal e vibrante hymnoGloria in excelsis Dei, a derramar se peloorbe como uma promessa de paz, deamor, assegurados por Jesus.

Arthur Aguiar.

CARTAS DE 11 TABARÉOQuerido Compadre

Rio, abril de 1905.

Ha duas semanas que te não escrevo.Deves suppor que motivos pod» rosos

contribuíram foi temente para a minhadeserção na passada semana. Se dizes quesim estás redonda ou quadradamente en-ganado: não escrevi por causa do amanhã.

Como sabes, todos temos um defeitoque supplanta os demais ; e não ignorasque o meu é o amanhã. ' '

Foi elle o causador da synalepha donumero passado.

Quem se aluga a S. Miguel... querodizer: quem escreve para a Revista deveentrar com os originaes até quarta-feira...Dahi, eu com o eterno amanhã]' deixeipassar o dia e... era um dia a Carla doTabaréo do numero transado.

Vou ver se faço um esforço sobre omeu vicio para alistar-me eleitor ..

Amanhã (eil-o !) lá estarei arn-ado dosmeus documentos e de muita paciênciapara ver se consigo o reconhecimento dosmeus direitos políticos.

ESTADO DO BIO IDE J\A3STEi:RO

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IVIctheroy—Bosque da Caixa d'Agua do Fonseca iVicüieroy-Caixa dA'gua do Fonseca

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2238-N. 258 REVISTA DA' SEMANA 23 de Abril de 1905

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Ao que dizem as folhas o negocio do

alistam°nto tem estado quente a meu

gosto, até sopapeira grossa tem havido.E dizer-se, meu bom compadre, que

todo esse pessoal que se aperta nos es-treitos commodos da ex-escola, hoje pala-cio,do ex-largo da Mãe do Bispo,hoje praçanão sei de que, pugna por um direito queraramente tem applicação, porque a

maior | arte das vezes as urnas ficam ásmoscas e as Mallats fazem a seu gostotodo o trabalhinho.

E1 que não é só o teu compadre queeosta do amanhã ; elle tem tantos adora-dores !...

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KV

I ;-

O caldeirão dos boatos principiou aferver logo após a cessação do estado desitio.. E é cada um, seu compadre, ca-belludo de metter medo ao mais topetudo!Irra 1

Umi noite destas estava eu muitotranquillo a jogar as damas quando mevieram dizer que... espera: não digo o

que me disseram, porque se o dissessetambém diriam que eu sou boateiro.E eu

prefiro que me chamem até (escolhe umnome feio e chama-me) do que de boateiro.

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Rio de Ja neiro—Carro transporte do pessoal do Corpo de Bombeiros

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Dcsapparecem os banhos do Bo-eirào.

O prurido de reformas ; de gastar odinheiro do povo, que bem podia terapplicaçàomais útil, fez idear uma ave-nida,a chamada á Beira-Mar,que annulla obanheiro dos que não se podem trans-

portar a futura Nice...E o povo, o trabalhador, que vê ruir,

sob o alvião saneador (!) o casebre em quealojava as suas necessidades, as suasdores, as suas alegrias, lica também semo soccoito do mar — a maior pharmaciado mim Io, para nelle haurir a quantidadede medicamentos necessários ao seu orga-

nismo debilitado, mercê do labor quoti-diano !

Triste condição a do pobre. Collocadona posição do heróe de Feuillet, quetinha fome e davam-lhe um charuto, o

pobre do Rio de Janeiro fica sem a estala-

gem e dão-lhe... uma avenida,á beirr-mar,é.verdade; de onde elle poderá... vernavios !

Mas, meu bom compadre, é precisodizer aos dominadores desta terra que os

pobres, aquelles a quem a sorte nào fa-voreceu com os bens da Fortuna, tambémtêm o direito á vida, também têm direitoa um pouco de attenção, porque é dessaclasse que sabem o grosso das forçasarmadas, os povoadores das ofíicinas, dasfabricas, das collectividades, em que asobrigações medem se pelos sacrifícios aque são sujeitos para progresso e susten-tação dos brios das nacionalidades !

Não me quero enthusiasmar, mmquerido compadre, porque sou muitohomem de dizer p1ra ahi meia dúzia dedesaforos e eu nfio me quero zangar ; por-tanto não fallemos mais nisso.

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^B* ¦ «*» .^3_B__o£r!%*y'-¦ 'í*í '"***i'_«tHS

Estado de Minas Gcraes—A navegação no Rio Sapucaliy

Do que sou, entretanto, obrigado afallar é do boato (desculpa), que veio cmum telegramma da Argentina, de que osgovernos desse paiz, do Paraguay, doUruguay e do Brasil estabeleciam nego-ciações para acabar com as loterias.

Ora já se viu, seu compadre, quemaior sandice...

A troco de que vão essesEstados podaras rendas que produzem as loterias <mbeneficio de innumeras instituições de.caridade e de philantropia ?

Por ser a loteria um jogo e terem osgovernos vergonha de se aproveitar dosseus proventos? Ora sou um seu criado.

Mas, ouso perguntar, haverá algumacousa neste mundo em que, próxima ouremotamente, não entre um rouco de, .vicio, que é como que a pimentinha dascousas boas para tornal-as mais sedueto-ras, mais appelilosas ?

Voto contra...Teu

Bcrmudcs.

0 HOMEM.MAIS ALTO DO MUNDOExhibe-se actualmente num café con-

coito de Londres o homem mais aliomundo, um russo chamado Macbnow,

Tem 23 annos apenas e mede, descalço, 9 pés e 6 pollegadas, isto é, poucomais de três metros. Esse homem pbemeno come em cada uma das três refeiçídiárias Ires libras de carne, cinco librasde batatas e uma omelelle na composuda qual entram doze ovos.

Bebe, ordinariamente, duas garrade vinho ou qualr0 de cerveja ao almoçoe outras tantas ao jantar.

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9,3 )E Abril de 1933 REVISTA DA SEMANA 22:'í9-N. '258

THEATROS•53W algo que pofsu interessar os¦^leitores da Revista da Semana sobre o

assu npto de que trata esta secçao é tarefa

assás dtfflcil porquanto, para fallarmos a

verdade, nada absolutamente de novo

5u da original foi apresentado no decurso

destes oito dias á apreciaç o do publico.

Verdade é também que talvez tenha

motivado esta abstinência theatral, se

assim o podemos qualificar, o lacto de

Uma cousa, porém, notamos com certatristeza. A no,ssa vida theatral, por vezestão animada, tem nestes últimos diascabido numa apathia lamcnlavcl.

Hoje já nào podemos dizer que nosfaltem casas para espectaculos. O queboje não temos são justamente as compa-nhias e mais ainda que as companhiasosauloreseactores para o preenchimentodos palcos vasios.

Todos nós tivemos ainda na ultimaphase do anno passado ensejo de verificarque o publico não se abstem da fre-

Isto feito veremos com prazer osnossos thealros repletos de \ ovo, osnossos artistas applaudidos e os nossoscríticos bem atarefados.

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Quanto aos cafés-concerlos, estes têmsempre os seus habitue* e as noNas troupesde artistas vão passando entre nósapplau-didas umas, despercebidas outias, < mfimcomo podem.

0 Casino e a Maison Moderne tiverammesmo esta semana as sua-» casas bemfrequ» ntadas.

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|. DO SM S^SSRO D? .SsSÇMBLtR GÇRftL RÇRUSfiDR

w"1°k Fwwçiro rc!903 ^ ^osrrr dctodrsRS R^VftimS QUÇ OS ÇSTftTÜTOS CONFÇRÇri, ,

.0 SECIETRRIO. , ^..._^#' 0 THESOUREIRO,

;

Spopt-ciub-Diploma de sócio honorário conferido pelo Sport Club ao nosso companheiro Veríssimo de Moraes, em assemblóa geral dc 1 defevereiro de 1903 e entregue em sessão solemne de 9 do corrente mez

lermos atravessado a bemana em que amaioria do publico quefrequcntaasnossascasas de diversões troca o palco peloaltar. Notamos com effeito na nosí-a teriae»te habito, aliás louvável, que têm osbrasileiros de respeitar os dias desti-'lados ! uma conimemoração religiosaCl'ja grandiosidade é atte&lada pela quasiuniversidade dos povos.

A Semana Santa cooperou, pois, paraque neste assumptò; o trabalhodo chronistal°sse diniinulo.

A üío ser as duas peças Mme. Flirl eo/lomem do Guarda Chuva, peças aliás jádlsculidas e noticiadas, não tivemos°utra novidade.

quencia dos theatros uma vez que o quese lhes offerece é, já não dizemos optimo,mas ao menos soffrivel.

A grita que em geral se levanta contraa falta de gosto no nosso meio social nãotem as mais das vezes uma razão própriade ser, porquanto se compararmos pormomentos o que è fornecido como cousaartística á apieciaçflo do publico com o

que de facto e deveras artístico e bom, o

julgamento ser á terrível.O que, portanto, torna-se mister antes

de tudo é uma incitação aos nossos dra-maturgos ou aos bons tradutores quepessuimos para que trabalhem um poucopela arte theatral do nosso paiz.

Esperemos, pois, para a proximqsemana para vero qne poderemos dizerde novo. Marciolti*.

ÍHNa delegacia:

Para que roubou o senhor aqui liagarrafa de aguardente?

Afim de ganhar coragem para rou-bar as outras.

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2240-N. ?.r>8 REVISTA DA SEMANA 23 j>e Abril de 1905

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2241—N. 258 REVISTA DA SEMANA 23 de Abril db 1905

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Estação SportivaDias de corridas na estação sportiva

de 1905:Jxkey-Club Derby-Club

Abril....'.- 53 30Maio 7-21 11-28Junho 4-18 11-25Julho 2-16-30 9-23Agosto 13—27 G—20Setembro 10-24 3-17Outubro 8-22 1-15—20Novembro ) 5—19 ; 12—26Dezembro 3—17 10

INSCJUPCÒES REALIZADASo

JOCKEY-CLUB1° Clássico —Em 7 de Maio— 1.200

melros-l:500$e 225$000—Madame, pari-robert, Crystal e Orgulbosa.

2° Clássico—Em 7 de Maio — 1.750metros - 2:000$ e 300$000—Independcnlc,Josephus, Ouvidor, Urano, Tetuan e Ira-cema.

3° Clássico-Em 21 de Maio - 1.7Ç0nietros-l:500$ e 225$00O-Obclisque, Ma-dame e Volga.

4° Classico-Em 1 de Junho— 1.650metros-1:600g e 210<S<i<)0-Bismark, Ma-dame, Sentinéllàj Quito, Obelisque, Can-robert, Illimani, S. Lourenço, Crystal,Gezar e Osmonde.

5° Clássico—Em 1S de Junho-l.Snomelros—-l:500g e 225g000--Còelhò, Velas-QMz e Gozar.

6' Clássico —Em 2 de Julho-2 000metros - 2:000$ e 300^000 - Quito, Des-crente, Dumont, Illimani, S. Lourenço,Velasquez, Oder, Mollke e Lord.

7-9 Classico-Em 16 de Julho—1.700metros—.1:500g o 225|Ótó^Magnolia, lude-pendente, Josephus;, Lulú, Oran, Joubert,Ayahy, Tetuan e Castanha.

8° Clássico-Km MO do Jullio—2.100melros-U600$ c 2--10$0l>U-Bismark, Quito,Oséas. Descrente, Caprichoso, Illimani,S. Lourenço, Velasquez, Cezar e Orei.

9° Classico-Em 13 de Agosto—1.200metros—1:500$ e 225$000-Mario n, Eddy,Keiscr e Eunice.

IO1 Clássico —Em 10 de Setembro-2.000 metros-1:800$ c 270$000-Indepen-dente, Jaca Tigre, Ouvidor, Josephus,Urano, Mcdca e Iracema

11° Clássico—Em 10 de Setembro —1.700 metrôs - 1:600$ e 210$000 — Quito,Canrobert, S. Lourenço, Palmyra, Velas-quez, Cezar, Orei e Buenos Aires.

12° Clássico — Em 8 de Outubro —1.609 metros—1:500$ c 225$000 - Pery,Sombra, Sempreviva lI,Blondineltc,Scar-pia, Flor de Lys e Manilla.

13° Clássico—Em 5 de Novembro—1.800 metros—1:600$ e 240$0Ó0- Maria, In-dependente, Josephus, Lulú, Joubert,"lvahy, Tetuan, Keiscr, Castanha c Ma-cmoliá,

14° Clássico— Em 3 de Dezembro —1.700 melros— 1:500$ e 2258000-Maria,Jucá Tigre, Oran, Joubert e Magnolia.

15° Classico-Em 17 de Dezembro —1.700 metros—1:500$ c 225$0(>0-Madamo,Coelho, Garibaldi, Crystal, Volga e Vésper.

Por lerem ficado incompletos, foramreabertos ale "29 do corrente mez, ás 1horas da tárdc,"óspàifeos clássicos 1°, 3o,5o, 9o o 1 Io.

JOCKEY-CLUB

A directoria do Jockey-Club, no lou-vavcl intuito de animara importação debons parelheiròs, que venham reforçar osprogràmmas, evitando a monotonia comque se reproduzem os pareôs c propor-cionando novos elementos capazes de at-traliií o publico aos prados de corridas etirar o turf fluminense da apalhia em quese acha, adoptou em sua sessão de 15 docorrente mez as seguintes medidas, quedevem produzir salutar efíeito se, como

se espera, forem bem correspondidaspelos proprietários c importadores:

U— O Grande Jockey-Club, que se rea-Iizará em 10 de setembro e cujo primeiroprêmio é de 10:000$, será elevado a 15:000$na íiypbthese de que se inscrevam e cor-ram, pelo menos, cinco animaes estran-geiros, de 3 annos e mais, importados de1° de maio próximo futuro em diante, es-pecialmenlc para o Bio de Janeiro.

Os animaes, ora existentes nesta capi-tal ou nos Estados do Brasil, terão tam-bem entrada nessa prova clássica.

2a-ü Jockey-Club realizará cm todasas suas corridas, a partir do mez deagosto deste anno, pareôs exclusivamentedestinados aos animaes importados nascondições acima a Iludi das.

Esses pareôs seião tantos quantosseja possível organizar, com cinco ani-mães, pelo menos, em cada um, variandoos respectivos prêmios entre 2:000$ e3:000|000.

** *

Na mesma sessão resolveu a directo-ria cassai* a matricula do jockey Lourençode Andrade, cuja impericia, tantas vezesposta em evidencia, demonstrou ser elleincapaz de dirigir animaes cm corridas,além de constituir um perigo para a pro-pria vida c para a dos seus companheirosde profissão.

3STOTIOIA.RIO

Tem causado optima impressr.o asmedidas ultimamente adoptadas pelo Jc-ckey Club em relação ao augmento dosprêmios para animaes importados de Io demaio em diante. Algumas cncommendasque estavam em projecto foram ultimadas,tendo apparecido outras novas para aacquisição de animaes pia li nos e inglezes,que ainda correrão neste anno.

— A directoria do Jockey-Club de SãoPaulo reabriu a inscripçAo para o Grande.Prêmio General Campos Salles e resolveuincluir no programma da sua corrida dehoje um parco de automóveis, de grandealtraclivo.

Regressou do Rio Grande do Sul, o

(Fl1

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ãi mIIÉII 2242-N. 258 REVISTA DA SEMANA 23 de Abril de 190b

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Ifili- ,.'!-lfti'mm®

sr. Dario de Villalba Alvim, que dirigiu

por longo tempo a Semana Sportiva.A corrida em beneficio da Devoção

de Santo Antônio de Lisboa e Bom Jesus

do Monte, de Villa Isabel, que foi transfe-rida do dia 26 de março, se realizará a 3

de maio, no prado do Derby-Club, com o

mesmo programma então organizado.Os pensionistas do Stud Mourão,

que continuam entregues ao sr. Cabral

Botelho, estão sendo trabalhados sob a

dirccção do enlraineur Emilio Roméro.Recomeçou a trabalhar, em pre-

paro para corrida, o cavallo Lord, que ha

dias esteve doente.Está de novo alojada nas cocheiras

do Stud Sportivo, a égua Galathéa, quetem melhorado com o novo tratamento a

que foi sujeita.

AS CORRIDAS DE HOJE

JOCKEY-CLUB

PROGRAMMA :

io Pareô — Conde de Hertzberg — IMOmetros-1:000$ e lDOgOOO-Tetuan 53 ki-los, Carlito 53, Satelitte 53 e Maria 53.

2o Pareô— Major Suckow —1.609 metros—1:000$ e 150g000-Joubert 53 kilos,Josephus 52, Castanha 51 e Avahy 52.

30 pareo —Dr. Paulo Cezar—1.650 me-tros-1:000$ e 150).000-Obelisque 52 ki-los, Dous de Agosto 52, Bismark 54, Os-monde 52 e lllimani 54.

4o Pareô—Guanabara—1.650 metros—1:000$ e 15OjJ00O-Iracema 54kilos,Joubert52, Urano 55 e Independente 52.

5o Pareô — Ferreira Lage —1.200 me-tros—1:000{[ e 150JJOOO- Antonina 51 kilos,Tetuan 52, Mysterio 52, Ilernani 52 e Ma-ria 52.

6o Pareô — Prado Fluminense — 1.650metros—1:000$ e 150$000 — Seccion 53 ki-los, Quito 53,Caprichoso 54 e lllimani 52.

7o Pareô—Henrique Possolo—1.609 me-tros-l:000$ e 150$000-Tupy 51 kilos, Ira-cema 53, Generosa 53 e Volga 53.

Para as corridas de hoje os nossosprognósticos são os seguintes:

Tetuan—Maria.Joubert—Avahy.Obelisque—Dous de Agosto.Urano—Iracema.Tetuan—Mysterio.Quito—Caprichoso.Generosa—Volga.

o

30

do Sul, por Josephus e Lucy do sr. RodrigoM. Lopes (J. de Souza)

Tetuan, 54 ks. (V. Monteiro)...Jucá Tigre, 51 ks. (L. Andrade)Maria, 54 ks. (Banion)

Não correu Edméa.Tempo 102".Rateios: 14S200 e 37S500.Ganho facilmente, de ponta á ponta, por dous

corpos; um corpo do 2o ao 3o.

16-Pareo excelsiok-1.609 metros-1:000$e 200S000.

Obelisque, cast., 3 annos, 54 ks Inglaterra,por Simontault e Handicraft, da Coucle-laria Omega (E. Gonçalves) J

Madame, 53 ks. (J. de Souza) fCoelho, 52 ks. (Marcellino)

'>

Não correu Sempreviva.Tempo 109".Rateios: 151400 e 14S000.Ganho firme, por quasi corpo livre; mau d° a

três corpos.

17-Pareô peoGRESSO-1.500 metros-1:000$e 2008000.

Avahy, ai., 3 annos, 55 ks., Rio Grande doSul, por Avahy e lllusion. da CoudelanaGironda (R. Cruz) è

Castanha, 54 ks. (V. Monteiro) fTetuan, 54 ks. (A. Lopez) £Gravatahy, 54 ks. (L. Rodrigues MJurandyr, 57 ks. (Marcellino) u

Tempo 103".Rateios: 23$300 e 29S100.Ganho por três corpos ; bom 3o, a corpo livre.

18-Pareo dr. fbontin—1.700 metroB-1:000$e 200$000.

Caprichoso, zaino, 4 annos, 55 ks., RepublicaArgentina, por Camors e Auntie, do StudBohemio (A. Lopez) ••• *

Ouvidor, 52 ks. J. de Souza) *Seccion, 56 ks. Marcellino) j>Bismark, 56 ks. (B. Cruz) u

Tempo 114".Rateios: 19$200 e 20S000.Ganho com muito esforço, por cabeça; bom d°,

a um corpo de Ins.

¦19

AZARES

Satellite, Castanha, Bismark,bert, Maria, Seccion e Iracema.

e Menclik cm 2o-Tempo 83"—Rateios:17JJ800 e 240g000.

3o Parco—1.609 metros—Cactus em Ioc Tamoyo em 2o—Tempo 1 ir1—Rateios:21$800clG$000.

4o Pareô—1.609 metros—Cravo em Ioe Véndéa em 2o—Tempo 113"—Rateios;13$800 e 13$400.

5o Parco—1.700 metros—Argélia em Ioe Cid em 2o—Tempo 1141'—Rateios: 12JJ800e 17^000.

6o Pareô—1.700 metros—Buenos-Airesem 1° e Lôla em 2o—Tempo 1091/2"-Rateios: 17$ e 34$000.

O cavallo Sultão, vencedor do 1° pareô,foi desqualificado para os eíTcitos doprêmio, que passou para Despique, quefoi muito embaraçado por aquelle adver-sario.

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Jou-

CORRIDAS REALIZADASDERBY-CLUB

2a CORRIDA, EM 16 DE ABRIL

10—Pareô seis de março—1.500 metros—1:000$e 200S000.

Josephus, cnst., 5 annos. 56 ks., Rio Grande

19—Pareô dous de agosto—1.609 metros—1:000$ e 200$000.

Crystal, ai., 4 annos, 55 ks., Republica Ar-gentina, por Camors e Vendetta, do StudJockey (Ramon) • • • • • *¦

Napoleão, zaino, 6 annos, 57 ks., RepublicaOriental, por Napoleon e Financière, daCoudelaria Napoleão (A. Lopez) 1

Generosa, 54 ks. (M. Torterolli) oDous de Agosto, 57 ks. (Marcelliuo) JJCanrobert, 56 ks. (A. Villalba) 0

Tempo 109". . _ —Rateios:deCrystall2$400:de Napoleão 13$o00;

dupla 30$100.Empate em Io; optimo 3°, a menos de corpo

livre.

20—Pareô derby-club-1.700 metros —1:000$e200$000.

Iracema, cast., 7 annos, 54 ks., Paraná, porThe-Money e Regina, do sr. Castorino P.dos Santos (E. Gonçalves) 1

Urano, 54 ks. (B. Cruz) 2Joubert, 53 ks. (L. Hess) 3Independente, 52 ks. (P. Celestino) 0Castanha, 50 ks. (V. Monteiro) 0

Tempo 115 1.2".Rateios: 15$700 e 28$400.Ganho firme por um corpo de luz; bom 3U, a

meio corpo.— Movimento geral das apostas: 37:634$000.

JOCKEY-CLUB DE S. PAULO

A corrida realizada pelo Jockey-Clubde S. Paulo, no domingo ultimo, teve oseguinte resultado :

Io Pareô—500 metros—Sultão em Ioe Despique em 2o—Tempo 34"—Rateios:45g e 210^000.

2o Parco—1.200 metros—Creoula em Io

CLUB DE BEGATAS BOQUEIBÃO OO PASSEIO

S° anniversarioCompletou, no dia 21 da semana pas-

sada, o Club de Regatas Boqueirão doPasseio,uma das mais importantes socie-dades do remo desta capital, seu 8o anni-versario.

A fáustosa data será hoje solemne-men tccommemoradapelos valentes rowmcom unia bellissima festa, cm matinée, nasua garage.

O programma organizado é bellissimo;consta elle de um concurso de tiro inter-social entre as Ia e 2a turmas; sessãosolemne para distribuição de medalhasde bronze aos associados que alcançaramcinco annos de effectivo social, apreseh-tação da aula de gymnastica e, finalmente,olour de valse.

A sede da estimada sociedade encher-seá hoje do que lia de selecto entre nós;pelos preparativos o festival promettetodo o brilhantismo.

A/\A<M<

qyq:lis:m:oVELO-CLUB

2a corrida of/icialCom uma concurrencia um tanto nu-

merosa, oecupando logar nas amplasarchibancadas do Velodromo da ruaHaddock Lobo, o Vcló-Club fez dispo-tar, domingo ultimo, a sua segundacorrida official.

O certamen correu no meio da maiorsatisfação ealegriaporpartedosre/ocfmc//,havendo pareôs bem disputados, comosejam os da 6il c 2a turmas que a veteranasociedade dedicou á Revisla da Semana e

ao Jornal do Brasil e dos quacs sahiramvencedores os amadores Joca e Democratano primeiro e llannover o Odeon no

segundo. . ,O record dos 500 metros (velocidade.

atacado no mesmo dia por sete corredoredas 2-e.3" turmas teve por detentor Faísca,no soberbo lempo de 402/5 '.

Quanto ás demais carreiras estiveraianimadas e mesmo interessantes alguma

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SÉ&fililOSSSS

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23 de AbiU'L de 1905 REVISTA DA SEMANA 2243—N. 258

Nrl0 foliaram applausos dos circums-

i nfes aos vencedores do dia e u digna

direciona pela.bnlhante organização ao

meio velocipedico. ;0 resultado geral do programma ioi

n tjp£ruinle ,,.,!° ,. „aroo-,l THUm-l kilometro-

9, tur^-Cometa em 1'» (IV 44") e Florin,

emí pareô-O PaizA kilometros-7"

„„,. "a_Bonori

cm 1' (3\4<T) c G ilson cm 2».

3o pareo-^ Nolicia-Ò kilometros-

5. forma-Clyde em 1» '(C\15") o Klcstcr

em 2°. _ ,l0 pareo-4 kilometros—3" turma-

ilannover cm 1° ®M 2/5) e 0deon em 2°'

50 meoA-Revisiq da Semana-1 kilo-

metros-<>!l turma-Joca em Io (3,,42,,)e Democrata em 2°.

6o pareô—Gaietú de Noticias—3 kilo-

metros-P turma-Felix em P (4\49") c

Santelmo em 2o.7o iym)0- Tagarela— l kilometro—

8» lurma-Saturno em Io (P,49 *' 2/5) e

David em 2o.gn pareo_j0/./ia/ do Brasil—4 kilome-

troS_^ turma e cathcgorias inferiores-Ilannover em Io (5\38,,) e Odeon ( m 2o. •

Torneio de liro0 torneio de tiro,disputado no mesmo

dia nomand da sociedade,deu o seguinteresultado que nos pareceu uni tanto favo-ravel:

Io turno-Fidelcino Lcilão-15 metros-Em uma série de cinco balas—ÁlvaroVarclla cm Io com 19 pontos e Carlos deMedeiros em 2o com 17.

2ú turno—Velo-Club— Nas mesmascondições-Fidelcino Leitão cm Io com13 pontos e Antônio Monteiro em 2o com 12.

W\A/V*/VW

Adelino Pinto Soares, do T. C. C, com21, 24, 23 c 23 pontos, total: 91 pontos;Bernardo de Oliveira, do C. J. S., com22, 24,20 e 25 pontos, total: 91 pontos:Domingos Parente, do T. C. C, com 24,23, 23 e 21 pontos, total: 91 pontos;Amaro de Souza, do M. C com 20, 24, 23e 23 pontos, total: 90 pontos; AméricoBastos, doC. J. S., com 22,24,22 e 21

pontos, total : 89 pontos; Deocleciano deOliveira, do C. B. V. G., com 23, 22, 22 e22 pontos, total: 89 pontos; ClaudinoVeiga, do C. R. V. G., com 20,26, 24 e 19

pontos, total: 88 pontos; Alberto Sil-vares, do C. I. P., com 21, 21, 22 o 23

pontos, total: 87 pontos; Arscnio Gon-

çalves Fontes, da S. T. F. W., com 16,22, 25 e 23 pontos, total: 86 pontos ; An-

PEDESTHBA.lSriSlSj:0CLUB JUVENIL SPORTIVO

0 grande concurso de liroMstandáó Jardim Zoológico realizou-

se no domingo passado o grande torneiode tiro inter-clubs, denominado Socie-dade de Tiro Furquim Werneck, na dis-tancia de 10 metros, com carabina Galantde 6 nqm e cm quatro series de cinco^alas cada uma.

Concorreram a esta grande prova, cons-Utuida pelo Club Juvenil Sportivo, 19atiradores filiados a sete sociedades spor-tivãs.

Destas, o Sport Club se retirou moli-Vadq por incidente (pie já ó conhecidodos leitores c que ainda é commentadoPor diversas maneiras.

Este incidente veio perturbar umtanto a serenidade do certamen e foiestante sentido pela distineta sociedadePromotora do concurso.

Alcançou primeira collocação o sr. Vale-riííno do Couto, do C. R. Vasco da Gamaíuofoi o único que fez o maior numero dePontos (92]; os dos demais foram os se-juntos:

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YM^A^A^f^Aiip^ÁAAA mm

Vnieriaiio do Couto, do Club de RegatasVasco da Gama, vencedor da grande provade tiro ao alvo, inter-clubs, promovidapelo Club Juvenil Sportivo e disputadadomingo ultimo no stancláo Jardim Zoolo-

gico.

lonio Pedrosa, do T. C. C, com21, 18, 24

e 22 pontos, total: 85 pontos; Antônio

Teixeira e Souza, do C. J. S., com 23, 2',,

16 o 24 ponlos, total: 85 pontos; Gaspar

Jorio, do N. C, com 17, 24, 18 e 22

pontos, total: 81 pontos; Maurilio dos

Santos, do C, I.P., com 18, 20, 21 ...e 20

pontos, total: 79 pontos; Goclofredo de

Queiroz, do C. I, P., com 15, 16, 21 e 24

pontos, total: 76 pontos;Diogo de Almeida

Vizeu, do N. C, com 17, 19, 19 c 15

pontos, total: 71) pontos.2' anniversario

Adatadeamanhaébastantegrata para os

valentes jovens que formam o Club Juve-

nil Sportivo.Foi exactamente a 24 de abril de 1903

que se formou nesta capital esta brilhante

sociedade e que até hoje só se tem im»

posto á consideração c estima de suas

congêneres. .Importantes certamens velocipedicos

e pedestres tem sido realizados nessecurto decurso de tempo e sempre se re-vestem de muita animação e enthusiasmo.

A data annivcrsaria vae ser comme-morada brilhantemente com uma grandecorrida dedicada ao Jornal do Brasil cpara a qual já se aebam voltadas as vistasdos sporlsmen.

CLUB ATIILETICO MAJOR DIAS JACARÉ

Aproveitando um dia bellissimo, deum sol brilhante, o Club Athletico MajorDias Jacaré dedicou aos seus habitues umaboa festa sportiva.

A corrida cyclo-pedestre que tevelogar na pista da rua Gonzaga Bastos, nodomingo ultimo, comquanto começassebastante tarde e íinalisasse já noite fecha-da por motivos imperiosos e que de mo-mento não poderam ser removidos, esteveregular. Notou-se a costumada animaçãoc interesse na conquista da victoria porparte dos amadores.

A concurrencia de distinetas famíliase cavalheiros coroaram de applausas asvictorias dos amadores, relirando-se de-pois de íindo o certamen satisfeitos coma agradável reunião ao ar livre.

Eis o resultado geral do programma :l.il parte — Torneio de tiro—1.° turno

Antônio Rodrigues — 10 metros — Em2 series de 5 balas cada uma —2/' turma —Maximino Alvarez cm Io e Karl MartimWelge em 2o. ,rL

2.° turno — C. R. Vasco da Gama —nas m ism.is condições — 1." turma --- An-tonio de Souza Goiivêa em Io e MaximinoÀiyari z em 2o.

3.° turno — Club dos Fenianos — Nuose realizou.

2.a parte — Carreiras cyclo-pedestrcsIo pareô — Commendador Pereira Nu-

nes _ 750 metro — Pedestres — 2il turmaCleonte em Io e Lagem em 2o.2.° pareô — Casemiro de Almeida —

2.000 metros—Bicyclette — 4.a turma —

Lyra em Io e Togo em 2°.3.° pareô — José de Castro Leite —

500 metros—Pedestre—4.d turma—Royal,vencedor ; não houve 2o logar.

4.° pareô — Dr. Bricio Filho — 2.500metros-Bicyclette —,3.il turma—Clyde emIo e Albatroz em 2o.

5.° pareô — Manuel Joaquim da Fon-seéa—500 metros- Pedestre —3.il turma— Oiram em Io e Rajah em 2o.

6.' pareô — Homenagem á MarinhaNacional —3.000 metros —Bicyclette —

2." turma—Portugal liem IocMinho em2o.7.° parco —Camillo Ayres do Couto —

1.000 metros — Pedes Ire — l.a turma —

Zag, vencedor ; não houve 2o logar.8.o p;,reo — America Foot-Ball Club —

4.000 metros — Bicyclette — l.a turma —

Xerxesem Io e Portugal 11 cm 2°;CLUB ATIILETICO NACIONAL

Mais um outro centro de corridas

pedestres acaba de ser organizado nestacapital entre jovens que se dedicam ávida sportiva.

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2244—N. 258 REVISTA DA SEMANA 23 de Abril de 1905

No domingo passado elles disputaramentre si diversas carreiras na Ouinta daBoa Vista, carreiras estas interessantesc cheias de encanto, sendo no final dofestival intimo ao ar livre distribuídas asmedalhas por uma commissí.o de gentissenhoritas.

O Club Athletico Nacional é dirigidopelos seguintes sporlsmen : .

Presidente, Adobar Jiquiriça ; vice-

presidente, Mario Moura ; secretario,Ephraim de Oliveira ; thesoureiro, NelsonDunham ; director de corridas, OswaldoCouto e instructorclc luta romana, AlbertoRosa.

w^^em*^*0*0 t0i*it*0^0^m*^0+*'*m»+

FOOT-B AX-Xi

TEMPORADA DE 1905

Os malçlies Irainings travados noscampos das diversas sociedades deslacapital continuam rigorosospreparando-scassim os jogadores para o inicio da tem-porá d a de 1905.

Ainda no domingo passado notou-seextraordinária animação no trono, prin-cipalmente nos grounds do Fluminense,Bangú, Botafogo, Athletic, etc, em quemuitos dos amadores apresentam pro-grossos sensíveis.

O primeiro malch oflicial está marcadopara o dia 3 de maio vindouro; a ancic-dade em rodas de amadores cresce á me-dida que aquelle dia se approxima, o quedá a entender que a população cariocaterá oceasiáo de assistir a lutas cmpol-gantes c cheias de emoção.

MATCü EM SANTOS

O Sport-Club Germania, de S. Paulo,jogou no domingo ultimo um interessantemalch com o Club. Athletico Internacionalde Santos.

O resultado do jogo foi um bello em»pate de um goal a 1.

Ao encontro assistiram muitos ama-dores destas duas sociedades, que felicita-ram os leams contendores.

PETROPOLITANO VERSU3 BOTAFOGO

No dia 30 deste mez o PetropolitanoFoot-Ball Club jogará um malch com oBotafogo Foot-Ball Club, no campo destaultima sociedade, á rua Conde de Irajá.

Ambas as sociedades organizarão seuspartidos com os melhores elementos deque dispõem.

CLUB 1NTEIINACIONAL DA PELOTA

Mais uma funeção interessante vaeser a de hoje na cancha desta socie-dade, no Jardim Zoológico.

Os amadores entregar-sc-So. comohabitualmente, ao nobre jogo biscaino,havendo quiiiielas e partidos disputadosbrilhantemente.

2_A.DE/_3ZPROBLEMA N. 417-Law

Pretas (7)—»——« ¦ ii ¦ —»»—~*-*~~^_______!_Z_^~~*

Brancas (7) mate em 2 lances

PROBLEMA N. 418-Dr. Gold

Pretas (8)W|W(_WMi I m_———¦-¦—-_———-¦ — i H'nr I ~i -w*w^^—_——~~»* _-»¦¦¦ -k-w ¦¦¦¦¦M-i

Brancas (4) mate cm 3 lances

SOLUÇÕESprodlema n. 409—Jleimann

1 T 7 T (Inicial) 5 variantes.prodlem\ n. 410—Jeferson

¦" 1

1R8C, P 6 B x; 2C4 B etc.1 • • • •

sevantajosa pelo valor de sua fina pèrsbiÀcia, teria talvez obtido êxito iavoraveUem logar de offerecer aos seus valentesadversários um insidioso gambito. tivessemais cautelosamente estabelecido urnapartida cerrada e segura. Os gambitosemgrral não são proveitosamente adoptadosem partidas por correspondência.

Apresentando parabéns ao Club deXadrez da formosa ilha de Santos, pelotriumpho tão beilamente alcançado, dese-jarnos ver novoma/e/i organizado,vislo quea révanche é no xadrez um direito irre-cusavel.

Partida n. 153—Gambito de Evans

, D 2 T; 2 C 7 R x etc., RxP; 2 C7 B x etc.

gU ., R3 C; 2C 7Rxetc.* »

Resolvidos pelos srs. Arthur Guima-rães (Barbacena), Júlio Barreiros, Theo,Alipio de Oliveira, Ageo, Omega, Gil deSouza, Silvano, Zut, Salvio, Petronio,Muzio, V. N., Caissano, Jofemo, IVAlbrcte S. de Castro.

Malch por correspondênciaDesobrigando-nos da promessa que

fizemos em nosso numero de 25 de selem-bro do anno passado, quando noticiámoso malch por correspondência, iniciadoentre a exma. senhorita Helena Ewbankda Câmara e o Club de Xadrez de Guarujá,publicamos hoje a partida jogada, queterminou ultimamente com a victoria doreferido club, do qual fizeram parte nadirecçao da partida os provectos enxa-dristas srs. drs. José Maria Whitakér,Ewbank da Câmara e Erasmo E. de As-sunipção.

A distinetissima enxadrisla que,acceilando luta desigual pelo numero mas

BrancasMlle. II. Ewbank da

CâmaraPiR

C 3 B RB 4 BP 4 C DP 3 B DRoqueP 4 DPxPC 3 B D

(>

789

iO B 5 G R—Lance fraco que annullacompletamente o ataque; P 5 R ora o in-

PretasClub de

GuarujáP 1 RC 3 B DB 1 liB X PB 4 0 DP 3 DPxPB 3 C DC 4 T D

dicado.

11 B4BR12 B 2 B13 C 1 R14 CxB15 C 3 G R16 P5R17 D 2 D—Neste ponto, a partida das

brancas está já muito comprometi ida, emtodo o caso G 2 R em logar de D 2 D dariamuito melhor continuação.

C 5 B D

P 3 B RB 5 C RC 2 RBXBRoqueP 4 DC 3 C 15

1819202122232425262728

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C5T T2BRC3BR CxT DC 5 C D 2 DD 2 G 6 B DD 2 C D 5 C RCxT C7RxAbandonam —

Fn passantK muito curiosa a carta que Jano-

wski dirigiu a Marshall cm seguida aderrota que este lhe infligiu.

O campeão francez, a quem alias Riurecusamos o titulo de grande mestre, wclara não se achar satisfeito com o resmlado do malch ultimamente realizado,visto como perdeu varias Partl(,afenoq,,,deviam ser annulladas e deixou escapar avictoria em outras terminadas pelo.»pate, e tanto está seguro de sua superioridade (?) que propõe-se a jogar "^malch em 10 partidas, n§o contandoquatro primeiras ganhas, como hanaicaFque concede a seu adversário. .

Deixamos isto sem commentario..

Toda a correspondência deve ser^gida para a redacção do Jornal do 01 n

^rua Gonçalves Dias n. oi, «secça

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de Anuir de 1905 REVISTA DA SEMANA 2215—N. 258

PELO MUNDO73Tm homem que acha o meio de desposar

vinte e nove mulheres legitimamente,

}]o espaço de doze a quinze annos, sem

ser musulmano, tem, sem duvida,direito a

imortalidade. Está

Philadelphia a 7 de maio de 189G, a suabella carreira. E, naturalmente, a mesmasorte terá o «seu porteiro e discípulo»Heinrich Hoch que bem se poderá deno-minar «o Barba Azul moderne style. >>

*

Paris festejou, ha dous mezes, uma

nejslê caso o polyga-m de Chicago Hein-rich Hoch.

preso em New-York nos primeirosclins do mez de feve-reiro deste anno, nomomento em quepela trigesima vezrealçava um casa-mento illegal porquequatorze pessoas detodas os idades iden-tiíicarahi-n'0 comoseu legitimo esposo,Hoch protestou con-tra a accusação de as-sassinato de doze es-posas, que pesam so-bre elle.

Reconhece quedesposou as quatorzequeixosas, as únicasque a justiça ameri-cana pôde descobriraté aquelle dia, masaflirma que os outrosquinze casamentossão devidos a umengano.

0 que ha de maisnotável neste negocioé que o aceusadonada tem de um Ado-nis.

Este processo quecausou grande sensa-ção em Chicago pro-niette ser fértil emrevelações.

Vendo nos jor-pães americanos oretrato de Hoch,mui-Ias pessoas reconhe-«eram por elle o por-leiro de uma casa emWrijadelphia, que alliesteve ha dez annos,Henry üolmes.

Es!;e hornem,con-siderado como um cidadão «pacífico evirtuoso>) foi aceusado de ter assassinadovintef sete pessoas.

Uvava asvictimas para uma villa quemandou construir num dos arrabaldes de"cago, C0I11 escadas secretas, masinor-^.alçapões, etc. Tratava logo de passar>er como o de um segurado eassnn conseguia obter quantias enormes.

h«es, acabou num cadafalso em

ESTADO IDE _MH_ISrjíVS

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D. Carolina Augusta Ccsarina — Esta senhora, de 102 annos de idade, é neta do alteresJosé Joaquim da Silva Xavier, o Tiradcntes. Vive em Uberaba, em chácara de sua pro-priedade, matriarcha de numerosa família, perfeitamente sà de espírito e de corpo.Conta episódios do tempo da Inconfidência. Lembra-se de tudo, nitidamente. Possuevários objectos que pertenceram a Tiradentes, os quaes guarda como relíquias preciosasque são.

da neve de duas em duas horas para nãoser sepultada.

Partiu da capital do Kashnier, que éum oásis de montanhas nos confins daíndia.

Começou por lazer vinte e Ires etapas;marchava com seu marido, numa expe-

dição composta deexploradores eascen*sionistas; tinham le-vado comsigo dousguias, um carteiroitaliano e uma cara-vana de coolis.

Tratava-se de re-conhecer neve ir os,escalar picos e recti-íicar a carta do paiz.O reconhecimento deimmensos neveirosse fez a grandes ai-turas. No campo deLosbon, a 4.578 me-tros, em pleno mezde junho nevou du-rante dous dias. Oacampamento maisalto, que foi um ver-dadeiro heroísmo,achava-se a 5.901 me-tros e somente foi at-tingido depois de trêsdias de continuas as-censões.

Também ahi opessoal da expediçãodeitou-se, recusandoformalmente cami-nhar. Mas os guiascom alguns farneisdos exploradores tor-naram a partir ásquatro horas da ma-nhã, por uma inclina-ção ininterrompivelamais de sessentagráos, marchandoquasi que envolvidospela neve. O frio eraintenso, disse mme.Bullock Workmann,sobretudo antes donascer do sol. Chega-dos perto do cumetínhamos as extremi-dades inferiores detal forma enterradasque fomos obrigados

americana distineta, esposa do geólogoWorkmann, que soube vencer todos osperigos do Ilimalaya, attingindo no annopassado G.880 metros, mais de 2.000 metrosque o cume do monte Branco.

Durante qualro mezes viveu numabarraca e sessenta dias em duas estações,num campo, que baplisou com o nome deRiffelhorn, cuja altura era de 4.268 metros,sendo as vezes obrigada a desembaraçar-se

a tirar os sapatos e asmeias para esfregal-osna neve,dando vigo-rosos batidos com os nossos cajados, queproduziram a sensação de uma comichão,prenuncio de que o perigo havia passado.

A medida que subíamos, um agrupa-mento de picos parecia surgir em redor denós nu claridade desfallecida da lua. Antesvagos, desenhavam-seem breve como espe-ctros que iam ao encontro do sol. Entãoraiou aluzresplandescenteda aurora parti-

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2216-N.25SREVISTA DA SEMANA A 3 de A mm, de 190d

rio -r»B janeiro

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Melhoramentos do Canal do taguc-Partc próxima á Companhia V.illa Isabel

cular da índia; uma claridade avermelhada

edouradasurgiu no horizonte,elevando-se

gvadativamente ate o zenithqueseabrazou

por um clarão cor de sangue. As 7 1/4

os exploradores chegaram ao cumc-6.654

metros. .Uma vista immensa e ternhcante

estendia-se diante de seus olhos; debaixo

viam se centenas de picos, singulares, le-

lendários c inaccessiveis.Ao descer, porém, notaram um pico

mais elevado que resolveram galgar; em

três horas conseguiram attingir 6.880

metros, olíegantes por falta de oxygenio,sendo obrigados a mo^er-se com extremalentidão.

T il é hoje, a recordação do alpinismofeminino.

O Himalaya tem picos mais altosainda, que são consid rados inaccessiveis.

E" bem curioso ver-se até que pontochegou a coragem da intrépida explora-

•dora americana, que soube assim no sóse tornar celebre Como também mostraraté que ponto pode chegar a tenacidadafeminina.

GosiuopoiuavVUUV-L-Vi Jlj-M-u-i»-»*i* r-i ¦» VWVVÍ *******

A ESMOLA!=£ 01 em Vienna d*Austria.

Corriam os primeiros dias desetembro e já se fazia sentir o frio, an-núncio do inverno. Uma ar agem gélida deNE tornava ainda mais fria a KarnthiTers-trasse que corre nesse alinhamenlo. Noeéo as estreitas brilhavam com fuigor eVenus a bella « Estrella da Saudade» seostentava divinamente belía.

Já soara em Annakirche a ultimabadalada da meia-noite.

Do IIofopern-Theater desciam a esca-

daria branca os últimos espectadores.Representara-se o Trovador. Estivera

quasi repleta a platéa enorme que pôdeconter 2.300 espectadores. A opera de

Verdi obtivera mais um triumpho.O bello edifício, obra gigantesca de

van der Null e Siccardsbourg, achava-se

já mergulhado em meia obscuridade.Entre os últimos espectadores que

sabiam, notava-se um rapaz de tez morenae de estatura baixa. Trajava decentementee um pardessus marrou, com a gola levan-tada, abrigava-o do frio. Sua mão direita

que, como a esquerda, trazia enluvada,segurava fina e curta bengala.

Lançou- um ultimo olhar ao edifíciode que sahira, circumvagou a vista pelolargo buulevard que tinha diante de sio Opcrnring,üm dosélos doRings-Slrasse,c caminhou vagarosamente cm dirçcçabao Karnthncrstrasse contornando assiju,em parle,o Hofopern-Thcater cujo intoiiopera agora escuro e deserto.

Seguiu vagarosamente em frente, dei-xando á direita a bella Maximilislistrassec o sumptuoso Todcscohof.

Na esquina da Wallfischgassc, pndoti-gamento de Angus tincr-strnsse, o rapaz

parou, tirou do bolso um bello PatejcPhilippe, olhou as horas, reianecou avista pelas slrasses quasi desertas e, niene.ando a cabeça, continuou a caminhai'

pela Karnthncrstrasse, no passeio do ladodireito de quem se dirige para o .Gr&b<#nr.

Subi to,o adolescente franziu as s^bran-colhas e olhou fixamente para as soleira.sdas artísticas portas do Karnlhner-lloíentão fechado, e que lhe distava ,unç 60metros.

Approximou se mais e então começoua distinguir claramente o que lhe parecerasuspeito. Um sorriso pungentementetriste se lhe desenhou no rosto. Deu mais

alguns passos e achou se defronte de um

quadro a que as ciicumstancías empies-

tavam as cores do horrível.

Uma mulher, moça ainda, morena,

cabdlos e olhos negros, andrajosa, eslava

sentada em uma soleira. A seu lado, uma

criança, que tinha uns trapos por vestes,

encostava a cabecinha em seus joelhos;tintando.

O rapaz lançou um olhar triste paraaquelle quadro de miséria, e sua mfto, porum impulso machinal, dirigiu-se para o

bolso do còllete. A mulher appntou-lhc;acriança e murmurou em allemão a supphca

de uma esmola...

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Melhoramentos do Canal do Manguc-Vista tirada da nova parte de canal que en ic *_

pedreira de S. Diago

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23 de Abril de 1905 BEVISTA DA SEMANA 2247-N. 258

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Mclhoi amentosdo Canal do Mangue-Vista tirada do morro que está sen.Io dcfetruiclo paraos lados de S. Cliristovão

Sim, senhor, somos brasileiros, uniacaso da sorte nos trouxe até aqui onde ecomo nos vê... Mas, o senhor?...

Sou também brasileiro, mas nao setrata agora de mim, mas de si. Como,

porque se acha aqui, tão distante do nossoBrasil?

Meu marido trouxe-me para estacidade, onde estava empregado, ha umanno e aqui morreu, ha quinze dias7deixando-me na miséria. Emquanto acheio que fazer trabalhei para viver, mas ante-hontem negaram-me trabalho e entãocomecei a mendigar. Em muitas casasonde pedi emprego riram-se de mim e,

quando cançada de implorar serviço,roguei que me dessem uma esmola, ex-

pulsaram-me. E desde então arrasto, como meu Jayme, a minha miséria, alta noite,as oceultas, implorando que, em troca de

Rápida mudança operou-se no man-

cebo. Desappareceu de seus lábios o sorriso

triste, sua mão, a meio levantada, cahiu,

a expressão do rosto tomou os caracte-risticos que só o ódio, mas um ódio triste,

sabe imprimir e o rapaz deu mais dous

passos vagarosamente...Neste momento a criança levantou a

cabecita e disse em portuguez: Mamãe,eu tenho fome...

0 rapaz voltou-se rápido. Suas mãostremiam. Sehouvesse luz bastante ver-se-ia

que suas faces estavam lividas. Retro-

gradou rapidamente e pela segunda vezencarou o irrupo.

— Como sabe esta criança esta linguáque é a minha? São brasileiros... ou portu-guezes?perguntouellecom vozcommovida.

A mulher soltou um grito de alegria epondo as mãos e elevando os olhos ao céomurmurou: Meu Deus, estou salva, obri-gacla. E em voz alta disse:

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Melhoramentos do Canal do Manguc-A"iíovn draga em trabalho

Melhoramentos do Canal do Manguc-Parte próxima á estação da Praia Formosa

minhas lagrimas, me dêm um kreutzer

para comprar um pão...Porque não foi ao consulado bra-

sileiro?Não sabia onde era. Esta noite nada

consegui ainda: Guando o vi approximar-sesenti renascer a esperança porque amocidade é caritativa, mas ás minhas

primeiras palavras o senhor como queapressou o passo...

Pelas faces do mancebo corriam duaslagrimas. Tirou do bolso uma carteira,separou algumas notas no valordeõOcoroos37.000 réis) e deu-as a mendiga dizendo-lhe:

— Abi tem o que me é possível dar-lhe.Procure amanbã o consulado brasileiro;é na Schlickgare n. 3—IX distncto. Senada lhe dei quando me pediu fui p"p;i;-efallou-meemallemaojulguei-osausliiai ose eu odeio, odeio muito, ludo quanto é

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2248-N. 258 REVISTA DA SEMANA 23 DE AlRilL de 1905

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allemão ou"aocllc se liga...Adeus, seja feliz...

— Senhor, que nomedevo ensinar meu filho aabençoar, por quem devo

pedir a Deus?-- Peça pelos que sol-

frem, pelos que, jovensainda, têm a alma velha,o coração morlo, as illu-soes desfolhadas na campadás esperanças...

E emquanto a mendigae seu íilho olhavam espan-tados esse singular man-ccbo, elle seguia vagarosa-mente abafando em umlenço de seda um soluço

pungente que do peito lhesubia aos lábios frios... Osino de Annakirche, comouma sonora lagrima debronze, annunciou á ador-mexida capital austríaca aprimeira meia hora de umnovo dia...

Marins.16-3 m

TRÊS SONHOSTu, minha amiga, que és

a causa de tantos so-nhos, deves saber explicar-nos... disse lhe eu.

Talvez, respondeuella.

Oue sonhaste? Falia.Escuta. A principio,

pareceu-me que, no leitoonde acabava de adormecer,cahia em redor de mim,emlentos flocos, uma nevemais brilhante do que todasas neves que se ostentamnas solidões invernaes; maslonge de ser fria, era suavecomo as brancas rosas dejulho e como o pallido es-plendor das rosas tinha o

"seu delicioso perfume.— Oh ! eis um sonho

que não é diflicil de expli-car.Annuncia que qualquernoite dormirei,branca,sua.ve e perfumada, num leitonão longe do teu, meuamigo. •

E eu, caliindo de joe-lhos:

—E1 possível! exclamei.— Sim! sim, disse

ella. — E foi só este sonhoque tiveste?

— Em seguida, pare-ceu-me que o sol entravana minha alcova innundan-do a de ouro e de luz; e,

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desta quente claridade, sentia na minhafronte, nos lábios, no pescoço, uo peit0anhelante, a tremula caricia; e n-únça nasmais ardentes tardes de verão, o verda-deiro sol tivera tão scintillantcs ;;aios.

Oh ! Como os teus sonhos sEo clarosrespondeu ella.

E te annuncia que eu consentireiqualquer noite, sorridente junta de ti, emsacudir no ar os meus cabellos de ouroscintillantes, e que, com os meus corri-pridos anneis, que desafiam os raios elosol, roçarei pelo teu peito, pelo leu pes-coco, pelos teus lábios e pela tua fronte!

Eu murmurei, extasiado:Ah! seria possível?Sim, sim.—E após este sonho açor-

daste?Nflo. Continuei a dormir, e pare-

ceu-me que estava em uma solidão parasempre melancólica, onde, nada brilhava,nem a neve nem o sol; um vento repletode dolorosos queixumes e de vôos depássaros sinistros cortava a noite, quejamais devia ter aurora; e um dos pas-saros, muito feroz, cahiu sobre mim, elentamente começa a devorar-me o cora-

ção e o fel.Ah! dos três sonhos—disse ella—

este é o mais fácil de interpretar.Annuncia que depois de uma neve

offerecida e dos meus cabellos roçarem porti, ficarás só e miserável, sem nenhumaesperança desde então.

E a recordação de minha belleza e eleminha ternura serão para ti um eternoabutre devorador, quando ao deixar de teamar, te abandonarei por qualquer novaamante, que goze neve e sol.

E eu suspirei dolorosamente :Ah! minha amiga, é possível?Sim, sim... respondeu ella.

Catullc Mendes.

hESTATÍSTICA... dançamAcaba de reunir se em Londres um

congresso de professores de dança, onde

se precisou uma curiosa estatística: esta-

beleceu-se que, durante cinco minutos de

valsa a dous tempos, o par dançante ex< cuta

novecentos movimentos de pés, P01

pessoa, e que percorre assim-e isto sem

a menor duvida-dentro das limitadasdimensões de um salão, nada menos

^deuma distancia de 337 metros e meio. -

^scondições, o par que dança um a «<r

deve percorrer muitos kilometi ob. _á valsa a três tempos, é muitíssimo m?i

calma. Em seis minutos, não compor,

mais de 200 metros de caminho perco. _u :

Ao contrario, o pas-de-quatre, no er-pa^

de três minutos, corresponde a 5761de caminho, mais de meio kilomel •

Resulta desta estatística qu «^

gentil dama, que não deixe de dançai jnenhuma, percorre uns dez küodurante um baile.