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CONTRIBUIÇÃO DA FARMACOVIGILÂNCIA PARA PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS A Experiência do Estado de São Paulo Mirtes Peinado 1 ; Ribeiro.A.G 1 .; Silvana E. Lima 1 ; Débora A. A. Ribeiro 1 ; Maria de Lourdes O. Viúde 1 ; Maria Elisa F.G.Zampiere 1 1 Núcleo de Farmacovigilância/CVS/SES/SP [email protected] Introdução Em todo o mundo, os eventos adversos (EA) no processo de assistência à saúde são frequentes e os erros que envolvem os medicamentos estão entre as principais causas de tais ocorrências. Estudos recentes 1,2 realizados em cinco países da América Latina, entre eles o Brasil, estimou que 10% dos pacientes hospitalizados sofrem pelo menos um tipo de EA durante a hospitalização, dos quais 59% são evitáveis. A maior frequência refere-se à prescrição e administração de medicamentos. Ao longo dos últimos anos, a vigilância de eventos adversos decorrentes do uso/exposição a medicamentos e outros produtos e serviços de saúde tem sido incorporada às políticas que tratam da segurança do paciente em vários países. No Estado de São Paulo, a vigilância pós comercialização de produtos de interesse à saúde (VIGIPÓS) tem adotado medidas que permitem o gerenciamento dos riscos associados às novas tecnologias em saúde. Neste contexto, a farmacovigilância busca contribuir para a redução das taxas de mortalidade, através da detecção precoce de problemas de segurança desses produtos para os pacientes, além de melhorar a seleção e o uso racional dos medicamentos pelos profissionais de saúde. Método Em abril de 1998, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo instituiu o Programa Estadual de Farmacovigilância (PERI), coordenado pelo Centro de Vigilância Sanitária para a monitorização dos riscos associados ao uso dos medicamentos. Desde então, um conjunto de ações tem sido implementado para permitir a notificação de suspeitas de reações adversas e desvios de qualidade de medicamentos, a análise técnica de causalidade dos eventos graves, a comunicação aos profissionais de saúde sobre os riscos identificados, a educação e capacitação de profissionais de saúde em formação, com respeito à segurança dos medicamentos, além da estruturação de um arcabouço legal que respalda as ações desenvolvidas. Conclusão O conjunto de ações desenvolvidas por um programa de farmacovigilância no âmbito da vigilância sanitária, permite o monitoramento de eventos adversos relacionados a medicamentos com a identificação precoce de questões relacionadas ao perfil de segurança, qualidade e/ou efetividade destes produtos e a adoção oportuna de medidas sanitárias que visam a minimização dos riscos e seu impacto na segurança dos pacientes. No Estado de São Paulo, o Programa Estadual de Farmacovigilância tem possibilitado ainda a indicação da necessária elaboração/revisão de planos de minimização de riscos, aos fabricantes e importadores de medicamentos instalados em sua área de abrangência. Resultados Referências bibliográficas a) Estudio IBEAS Prevalencia de efectos adversos em hospitales de Latinoamérica. Informe_IBEAS - www.msc.es b) AMBEAS II OPS/OMS 2012 14º Encontro Nacional da Rede Sentinela Hospitalar Fórum Internacional de Gestão de Risco e Segurança do Paciente. Outubro 2013 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA SAÚDE Parcerias com Ministério da Saúde e Universidade São Paulo nos Programas de Residência Farmacêutica e Educação para o Trabalho PET/Saúde. Medidas de controle farmacoterapêutico, restrição de indicações terapêuticas, suspensão de comercialização no ESP; recomendações para prescrição, dispensação e uso e aos DRM de planos de minimização de riscos. Base de dados com cerca de 28 mil notificações de reações adversas graves, permite a geração de sinais de segurança. Edição de ALERTAS TERAPÊUTICOS em FARMACOVIGILÂNCIA dirigidos aos profissionais de saúde que prescrevem e/ou dispensam medicamentos. PERIweb - Criado em 2005, acumula 144 mil notificações enviadas por profissionais de saúde de unidades ambulatoriais e hospitalares, estabelecimentos farmacêuticos e da indústria farmacêutica. USO RACIONAL de MEDICAMENTOS SEGURANÇA do PACIENTE REGULAMENTAÇÃO Estrutura o serviço de farmacovigilância e institui fluxos, prazos e instrumentos de notificação. Determina adoção de medidas de minimização de riscos aos fabricantes. SISTEMA ELETRONICO NOTIFICAÇÃO ANÁLISE de CAUSALIDADE COMUNICAÇÃO DE RISCOS associados à segurança, qualidade ou efetividade MEDIDAS SANITÁRIAS EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO

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CONTRIBUIÇÃO DA FARMACOVIGILÂNCIA PARA PROMOÇÃO DO

USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS A Experiência do Estado de São Paulo

Mirtes Peinado1; Ribeiro.A.G1.; Silvana E. Lima1; Débora A. A. Ribeiro1; Maria de Lourdes O. Viúde1; Maria Elisa F.G.Zampiere1

1Núcleo de Farmacovigilância/CVS/SES/SP – [email protected]

Introdução Em todo o mundo, os eventos adversos (EA) no processo de assistência à saúde são frequentes e os erros que envolvem os medicamentos estão entre as principais causas de tais ocorrências. Estudos recentes1,2 realizados em cinco países da América Latina, entre eles o Brasil, estimou que 10% dos pacientes hospitalizados sofrem pelo menos um tipo de EA durante a hospitalização, dos quais 59% são evitáveis. A maior frequência refere-se à prescrição e administração de medicamentos. Ao longo dos últimos anos, a vigilância de eventos adversos decorrentes do uso/exposição a medicamentos e outros produtos e serviços de saúde tem sido incorporada às políticas que tratam da segurança do paciente em vários países. No Estado de São Paulo, a vigilância pós comercialização de produtos de interesse à saúde (VIGIPÓS) tem adotado medidas que permitem o gerenciamento dos riscos associados às novas tecnologias em saúde. Neste contexto, a farmacovigilância busca contribuir para a redução das taxas de mortalidade, através da detecção precoce de problemas de segurança desses produtos para os pacientes, além de melhorar a seleção e o uso racional dos medicamentos pelos profissionais de saúde.

Método Em abril de 1998, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo instituiu o Programa Estadual de Farmacovigilância (PERI), coordenado pelo Centro de Vigilância Sanitária para a monitorização dos riscos associados ao uso dos medicamentos. Desde então, um conjunto de ações tem sido implementado para permitir a notificação de suspeitas de reações adversas e desvios de qualidade de medicamentos, a análise técnica de causalidade dos eventos graves, a comunicação aos profissionais de saúde sobre os riscos identificados, a educação e capacitação de profissionais de saúde em formação, com respeito à segurança dos medicamentos, além da estruturação de um arcabouço legal que respalda as ações desenvolvidas.

Conclusão

O conjunto de ações desenvolvidas por um programa de farmacovigilância no âmbito da vigilância sanitária, permite o monitoramento de eventos adversos relacionados a medicamentos com a identificação precoce de questões relacionadas ao perfil de segurança, qualidade e/ou efetividade destes produtos e a adoção oportuna de medidas sanitárias que visam a minimização dos riscos e seu impacto na segurança dos pacientes. No Estado de São Paulo, o Programa Estadual de Farmacovigilância tem possibilitado ainda a indicação da necessária elaboração/revisão de planos de minimização

de riscos, aos fabricantes e importadores de medicamentos instalados em sua área de abrangência.

Resultados

Referências bibliográficas a) Estudio IBEAS – Prevalencia de efectos adversos em hospitales de Latinoamérica. Informe_IBEAS - www.msc.es b) AMBEAS II – OPS/OMS 2012 – 14º Encontro Nacional da Rede Sentinela Hospitalar – Fórum Internacional de Gestão de Risco e Segurança do Paciente. Outubro 2013

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA SAÚDE

Parcerias com Ministério da Saúde e Universidade São Paulo nos Programas de

Residência Farmacêutica e Educação para o Trabalho

PET/Saúde.

Medidas de controle farmacoterapêutico, restrição de indicações

terapêuticas, suspensão de comercialização no ESP; recomendações

para prescrição, dispensação e uso e aos

DRM de planos de minimização de riscos.

Base de dados com cerca de 28 mil notificações de

reações adversas graves, permite a geração de sinais

de segurança.

Edição de ALERTAS TERAPÊUTICOS em FARMACOVIGILÂNCIA dirigidos aos

profissionais de saúde que prescrevem e/ou dispensam medicamentos.

PERIweb - Criado em 2005, acumula 144 mil notificações enviadas

por profissionais de saúde de unidades ambulatoriais

e hospitalares, estabelecimentos

farmacêuticos e da indústria farmacêutica.

USO RACIONAL de MEDICAMENTOS

SEGURANÇA do PACIENTE

REGULAMENTAÇÃO

Estrutura o serviço de farmacovigilância e institui

fluxos, prazos e instrumentos de notificação.

Determina adoção de medidas de minimização de riscos aos

fabricantes.

SISTEMA ELETRONICO

NOTIFICAÇÃO

ANÁLISE de CAUSALIDADE

COMUNICAÇÃO DE RISCOS

associados à segurança, qualidade

ou efetividade

MEDIDAS

SANITÁRIAS

EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO