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CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DO GRANITO DE LAVADORES POR MARIA HELENA CANILHO (1) I - INTRODUÇÃO o granitO' pO'rfiróide de LavadO'res constitui extensO' aflO'- 'amentO' :que se estende desde a IPr,aia de Lava;dores na margem ;dO' !DourO', até :para além de Fiães '(concelhO' da Feira), cO'm .rientaçãO' N'W-iSIE. Ê afloramentO' alO'ngadO' ,com cerca de 25 km lecomprimen tO' e '4 km de largura máxima. Aparece também retalhO's a N do dO', pertO' da !FO'z. - Pra'Ía da [Luz e CastelO' lo Queijo. Trata-se de maciçO' cir:cunscritO', nitidamenlte intr:usivo nO' }omplexO' xistO' - granÍlto - (Teilreira e PeroigãO', I l!9(2). ,A textura varia aO' longO' da mancha, apresentandO'-se para :ml, menos pO'r'firóide e de grão mais finO', enquantO' na praia de Lavadores e ISalgueirO's é constituídO' :por cO'ncentraçãO' extraO'rdinária de megacristais feldspá:ticos, rO'sados uns, cin- zenltO's outros, 'fO'rmàndO' nafguns casO's, conjuntO's arredO'nda- dos ,cO'm ângulos reentrantes. Em alguns locais, a rO'cha está muito diaclasada. Ê fI"eJquente a disjunção eS!feroidal. Este granitO' olferece grande profusãO' de -concentrações (1) Investigadora do Museu Nacional de História Natural, secção de Mineralogra e Geologia.

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CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DO GRANITO DE LAVADORES

POR

MARIA HELENA CANILHO (1)

I - INTRODUÇÃO

o granitO' pO'rfiróide de LavadO'res constitui extensO' aflO'­'amentO' :que se estende desde a IPr,aia de Lava;dores na margem ;dO' !DourO', até :para além de Fiães '(concelhO' da Feira), cO'm .rientaçãO' N'W-iSIE. Ê afloramentO' alO'ngadO' ,com cerca de 25 km lecomprimen tO' e '4 km de largura máxima. Aparece também ~m retalhO's a N do dO', pertO' da !FO'z. - Pra'Ía da [Luz e CastelO' lo Queijo.

Trata-se de maciçO' cir:cunscritO', nitidamenlte intr:usivo nO' }omplexO' xistO' - granÍlto - migmat~U,cO' (Teilreira e PeroigãO',

I

l!9(2).

,A textura varia aO' longO' da mancha, apresentandO'-se para :ml, menos pO'r'firóide e de grão mais finO', enquantO' na praia de Lavadores e ISalgueirO's é constituídO' :por cO'ncentraçãO' extraO'rdinária de megacristais feldspá:ticos, rO'sados uns, cin­zenltO's outros, 'fO'rmàndO' nafguns casO's, conjuntO's arredO'nda­dos ,cO'm ângulos reentrantes.

Em alguns locais, a rO'cha está muito diaclasada. Ê fI"eJquente a disjunção eS!feroidal. Este granitO' olferece grande profusãO' de -concentrações

(1) Investigadora do Museu Nacional de História Natural, secção de Mineralogra e Geologia.

SGP
Referência bibliográfica
Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, Vol. XIX, Fasc. III, 1975.
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de Costa de Caparica; intennédiaire plus latérale: fig. 28, x2 de l'He1v. V-c de ,Portela de Sacavém; latérarle fig. 29, x3 de l'Helv. VII-a de Costa de Caparica; molaires: fig. 30, x2 de J'Helv. V-c de Brielas, fig. 34, x4 du Tort. VII-a de Capuchos, fig. 38, x2 de l'Helv. VI-b de Capuchos; fig. 39 (holoty1pe), x7, 5, molaire plus antérieure, He'lv. VI-b de Capuchos, fig. 42, x3 du Tort. VII-a de NavaQhas; amtérieure: fig. 53, x3 de l'Helv. VI-a de Brielas.

Pagellus caparicaensis novo sp. 'Fig. 31, 40, 41, 43 à 45. - Dents rliverses toutes de ,profil. Fig. 31,

x3 de PHelv. VI-b de Capuchos, fig . 40 latérale antérieure x2, 5 de I'Helv. V-c de 'Portela de 'Saca­vem, fig. 411atérale x2 du Tort. VH-a de NavaJ:has, fig. 43 antérieure x3 de ,1'Helv. VI-a de Costa de Caparica, Eig. 44, x2 latérale de l'Helv. VI-b de Capuchos, fig. 45 (holoty1pe), x7 antérieure de l'HeJv. VI-a de Costa de Caparica.

Dentex fossilis movo sp. Fig. 32, 33, 35 à 37 - Dents diverses, toutes de profil. Fig. 32 laté­

rale xl, 5 du /Tort. VH-a :de Navalhas, fig. 33 anté­rieme x2 de l'Hel'V. VI-b de Capuchos, fig. 35 (holotype) 'latérale x2 de !l'Helv. V-c de PorteIa de Sacavem, fig. 36 et 37 1atérales antérieures x3 de l'Helv. VI-b de Capuchos.

Diplodus cervinus LoWE Fig. 46 à 48, 54, 55 - I'llcisives diverses provenarnt toutes de l~Hev.

V'l-a de Costa de Caparica. Face interne: fig. 46, x3, fig. 47, x2; profil: fig. 48, x2; fig. 55 x4: face interne x3 (pourrait lllppartenir au genr'e Pimtazzo?)

Sparnodus helvecianus nov.sp. Fig. 49 à 52 - Fig. 49 ('holotype), profil x3 du Tort. VII-a de

Capuchos, fig. 50, face jnterne x3 de l'Helv. VI-a de Costa de Caparica, fig. 51 et 52 probl xl, 5 de

l'Helv. VI-a de Costa de Caparica.

Pagrus sp. I - Fig. 56 maxillaire xl d'un petit individuo

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melano.cráticas de hio.tite e de encraves de ro.chas variadas, oo.mo. xisto.s, gnaisses, anfibo.lito.s e microdio.rito.s '(Alves, 19166).

Os aspectos geo.,}ógicos desta eno.rme mancha granítica enco.ntr.am-s-e po.rmeno.rizadamente es:tudado.s po.r Teixeira 1(1970) .

Do. po.nto. de vista .petro.gráfico assinaJla-se o. estudo. de A. Lacro.ix ,(11'933) relativo. ao granito. da Madal,ooa classifl­cando.-o. de granito aJquerítico. -co.m porfirob1asto.s de micro.­clina; Assunção (':L96l2) refere-se igualmente a este aflo.ra­mento. granítico..

Esquema de

situação

50 km

Fig. 1 - E-squema de situação.

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o 3km .. ' --"=====-_-...' Fig. 2 - Esboço geológico (Folha 9-A e 13-A - 1/50.000).

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o tra!balho 'que agorra se apresenta tem a final-idade de ,contribuir, ainda que modestamente, para o melhor conheci­mento deste maciço.

Além do estudo microscópico de numerosas amostras, fo'ram, também, feitas algumas análises químicas e modais da 'I'ocha,e ainda análises parciiais dos megacristais de feldspato. tEstes foram objecto de estudo mais pormenorizado, com deter­minações não só da constituição 'química, mas tamb'ém, da triclinicidade e do ângulo dos eixos óptioos.

II - PETROGRAFIA

a)' Pmia de Laivadores.

O granito porfiróide que ,aflora na praia de Lavadores é, como habitua;lmente sucede nos granitos ,porfiróides, rocha de carácter calco-alcalino mOillzonitico, como se verificou pela análise microscópica e que foi ,confirmado pelas análises quí­Im'icas e modais.

A matriz, assaz grosseira, ié constituída por pl'agioclase do tipo albite-oligoclase frequentemente zonada; feldspato potás­sico, perti'tizado, que inclui, muitas vezes pequenas gOltículas de 'quaritzo; quartzo em quantidade a;preciável, em cristais xeno­módicos de contornos normalmente irregulares, frequente­mente com extinção roba;nte; a hio1tite é o mineral máfico cons­ta;nte, ,está 'bastante corroida e inclui pequenos ,cristais de ala­nite e zircão, que dão origem a halos pleocróicos. Em muitas [âminas observámos também moscovite, associada, 'quase sem­pre, à hiotite, mas esta é nitidamente, dominante.

Nas zonas de contacto entre feldspato potássico e plagio­.clase, aparecem, ainda que raramente, fenómenos de mirme­quitização.

Entre os minerais acessórios destacam-se a apatite, es­fena, zircão, alanite e algum minério.

Sericite, minerais caulínicos e clorite são produtos de atte­ração de feldspatos e hiotite.

A análise pelos raios X de diversos meg8Jcristais deste gra-

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illito., indica que são co.nstituídos principalmente por orto.clase, embora alguns cristais apresentem triclinicidade muito fra;ca.

A média das análises modais do granito de Lavadores conduziu ao seguinte resuttado:

Quartzo 'Feldspato po.tássico 'Plagio.clase Biotite [Acessórios

CM,'53 % 3'0,37 %

l,1J2 % 4,85 %

Atendendo à classificação de JiUJl1g & Brousse {11959), trata-se de rocha :fortemente quártzica, hololeuco'crática, mon­zOlÚtica-granito monzonítico.. Segundo o. sisftema de ,classifica­ção. modal proposto por Streckeisen '('1.96,7) esta rocha situa-se no campo do.s granitos próximo da área que define OiS graiI1o­dioritos.

Fizeram-se, ainda, algumas aJIlfulises químicas que revela­ram a natureza monzonítica deste granito e que se incluem no quadro seguinte, juntamente com as respectivas normas e fór­mulas ,paramétricas C. I. P. W. - Lacroix.

QUADRO I

a) Análises químicas

9 13 8 7 14

Si0 2 62,33 63,79 67,02 67,07 67,82 Ti0 2 0,80 0,80 0,60 0,55 0,55 Al 2 0 5 16,83 16,07 16,07 16,07 15,42 Fe205 1,35 1,65 1,03 0,98 1,03 FeO 3,06 2,51 1,93 1,80 2,11 MgO 2,19 1,86 1,24 1,19 1,24 CaO 3,64 3,30 2,86 2,63 2,72 Na20 3,37 3,37 3,63 3,63 3,63 K 20 5,07 4,92 5,07 5,16 4,58 H 20 0,65 1,08 0,49 0,84 0,74 P205 0,54 0,55 0,35 0,31 0,23 MnO 0,08 0,07 0,04 0,05 0,05 Total 99,91 99,97 100,33 100,28 100,12

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b) Norma;s

-~--I 9 13 8 7 14 ----

Q 12,25 16,15 18,75 18,93 21,16 C 0,44 0,50 0,23 0,45 0,07 or 29,97 29,07 29,97 30,52 27,08 ab 28,50 28,50 30,65 30,65 30,65 an 14,56 12,76 11,90 11,04 12,04 en 5,48 4,65 3,10 2,98 3,10 m. fs. 3,32 2,06 1,78 1,67 2,20 mt 1,95 2,38 1,48 1,41 1,48 iI 1,52 1,52 1,14 1,04 1,05 ap 1,27 1,31 0,84 0,74 0,54 Total 99,26 98,90 99,84 99,43 99,37

Parâmetros I (II) . 4 (5) . 2' . 3 1 (II) . 4'.2.3 1'.4.2.3 I .4.2.3 1'.4.2.3(4) CIPW-Lacroix

As plagiQiclases normativas são do tipo oligoclase básica (25,3 %,26,8 %, 27,0 % ·e 29,6' % moles de An), a plagioclase da amostra 9 cai já no campo das andesinas, ,com 3~,5 % moles de An.

b)' Praia de Salgueiros.

A rocha deste local é em tudo semelhante à que alflora na praia de LavaJdores, Iquer do PQinto de vista textural quer da composição minerrulógica.

lÊ, também,constituLda por quartzo que apresenta, às vezes, extinção ro'lante, e por feldspatos que são, principal­mente, ortoclase e albtte-oUgoclase.

Como mineral varietal ass,inala-se biotite com inclusões de zircão, esfena e apatite, associada, frequentemente, com peque­nas pa:lhetas de moscovite.

A análise moda:l conduz a: Quartzo 24,72 % Feldspato potássico 19,74 % Plagioclase 46,37 % Biotite 7,55 % 'Acessórios 11,6%

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A partir destes valores o'bteve~se a clas.sificação de rocha bastante quártzica, hololeuco'crática, subplagioclásica-g~anodio­rito (tJung e BroiUsse). Segundo !Strec~eisen trata-se de granito.

Foram feitas amálises químicas de duas das amostras estu­dadas, cujos resultados são:

QUADRO TI

Análises químicas

11 10 -

Si0 2 63,58 64,93 Q Ti0 2 0,65 0,60 C Al 20 5 17,31 16,83 or Fe205 0,51 1,14 ab FeO 3,14 2,25 an MgO 1,61 1,53 en CaO 2,94 2,72 m.fs. Na 20 3,77 3,37 mt K 2 0 5,07 5,40 iI HoO 1,27 1,16 ap P;05 0,52 0,45 Total MnO 0,06 0,06 Total 100,43 100,44

Barâmetros IC. l. P. W. - Lacroix: 'Am.]] - I (TI). 4'.'2.3 Am. 10 - I (fi). 4.2.3

Normas

11 10

13,06 16,81 1,51 1,56

29,96 31,91 31,86 28,45 11,17 10,56 4,03 3,83 4,36 2,31 0,74 1,64 1,23 1,14 1,24 1,07

99,16 99,28

As p]agioclases normativas são: '24,18 % e 25,'9 % moles de An, respectivamente.

c) Cootew do Queijo e Praia da Luz.

A norte do rio Douro existem vários pe'quenos afloramen­tos de granito porfiróide que, tal como o de Lavadores e Sal­gueiros atrás descritos,· possuem megacristais de feldspato e contém, também, encraves melanocráticas.

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A constituição mineralógica é a comum nos granitos desta grande mancha.

A análise moda;l da rocha do Castelo do Queijo deu as segiUintes percentagens mineralógicas:

Quartzo FeLdspato. potássico Plagioclas'8 Biotite Acessórios

3,1,00 % 30,00 % 28,80%

7,00% 3,'20%

a partlr das quais se obteve a classificação de rocha forte­mente 'quántzica, leuco.crática, monzonítica-granito monzonítico (segundo Jung e Brousse) e de granito (segoodo a claSlsificação. de Streckeisen).

'Os resultados da análise mo.dal do gr,anito da Praia da Luz fo.ram os segumtes:

Quartzo 19,7'5 % Feldspato potássico 33,19 % Plagioclase 136,78 % Bio.tite 6,16 % AcessóriolS 4,12 %

Obteve-se, também, a des1gnação de granito monzonítico. se­gundo Jung e Brousse; segundo a classificação de Streckeisen, esta rocha cai no domínio dos ~ranitos.

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Da ,análise química de uma amostra do Casitelo do Queijo (Am.5) damos os resultados no Quadro NI:

QUADRO UI

Análise química Norma

Si0 2 66,85 Q 17,58 Ti0 2 0,55 C 0,71 Al 20 5 16,49 or 29.97 Fe205 0,63 ab 31,86 FeO 2,25 an 11,12 MgO 1,27 en 3,18 CaO 2,63 m.fs. 2,79 Na20 3,77 mt 0,90 K 20 5,07 iI 1,05 H 20 0,57 ap 0,70 P205 0,30 Total 99,86 MnO 0,05 Total 100,43

Parâmetros C. I. P. W. - Lacroix - l' .4.2.3. A 'Pllagioolas·e normativ,a é oligodase (24,1 % mo,l,es de An).

'O graillito da Luz ana:lisado quimicamente, forneceu OS

seguintes resultados: QUADRO [IV

Análises químicas Normas

2 4 2 4

Si0 2 61,49 62,46 Q 7,45 8,67 Ti0 2 0,28 0,20 C 3,41 2,42 Al 20 5 20,14 20,41 or 35,25 25,68 Fe205 0,99 0,79 ab 36,99 43,85 FeO 1,44 1,12 an 8,34 12,90 MgO 1,03 0,63 en 2,58 1,58 CaO 2,16 2,80 m.fs. 1,43 1,12 Na20 4,38 5,19 mt 1,43 1,14 K 20 5,96 4,34 ii 0,53 0,38 H 2 0 1,83 1,75 ap 0,27 0,36 P 20 5 0,37 0,15 Total 98,28 98,10 MnO 0,04 0,02 Total 100,11 99,86

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Parâimetros IC. LP. W. - Lacroix: Am. 2 - ['. '5. '12.3. Am. 4 - '!.4J(15) .,2!(3)14.

181

A plagioclase normativa é oligoclase (117,5 % e 21,7 % moles de An).

d)1 Madaleoo.

O g1I'anito das ,pedreiras da Maidalena, é rocha -cinzento­-azulada de grão grosseiro, -com enormes cristais feldspáticos ainda que em número muito menos espectacular do que os .observados nas manchas descritas.

A ·composição mineralógica deste granito fica bem conhe~ cidaa pa~tir da análise modal que obtivemos:

Quartzo Feldspato 'PotássiJco PJ'81gio cl ase Biatite Acessórios

371'21% 20,09% 28,05%

'9,192 % '4,713 %

o que conduz a gr8lllito monzonítico s~gundo Jung e Br.ousse, e, segundo Sweckeisen, a gr~ito.

O Iquartzo apresenta-se, ora finamente granU!lado, ora em grãos de dimensões 'apreciáveis, com extinção rolante fre-quente.

I

'O :Bel:dspato potássico é ortodase p'eI'titi~aJda, rara:s vezes com aspecto twrvo, devido provavelmente a fenómenos de largi­lização.

Os megacristais de feldspato, são, de modo geral, .ort.o­clase, pois apenas duas das amostras estudadas aOls raiols X, indic81ram microclina fracamente tr1clínica.

As ,plalgiodases têm teores de An que variam de 24,0 % a 27,0 % morres de An.

A biotite é a:boodante, com as usuais ÍIllclusões de apatite e zircão.

as minerais acessórios sã.o .os comuns: apatite, zircão, moscovite I(muito pouca) e alguns minerais opacos, em quanti­dades muito pequenas.

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o qua;dro V mosbra-nos as análises químicas e respectivas normas de três amostras do granito da Madalena:

QUADRO V

a) Análises químicas

16 15 17

Si0 2 66,56 66,78 67,36 TiO 2 0,70 0,65 0,70 Al 20 5 16,83 16,49 16,83 Fe205 0,98 0,88 1,03 FeO 1,80 2,07 1,93 MgO 1,03 1,19 1,08 CaO 2,60 2,52 2,52 Na20 4,44 4,17 4,17 K 2 0 4,34 4,34 4,05 H 2 0 0.83 0,63 0,49 P205 0,22 0,20 0,20 MnO 0,04 0,04 0,04 Total 100,37 99,96 100,40

I

b) Normas

16 15 17

Q 16,99 18,34 20,42. C 0,59 0,79 1,44 or 25,68 25,68 23,96 ab 37,52 35,26 35,26 an 11,51 11,23 11,23 en 2,58 2,98 2,70 m.fs. 1,41 2,08 1,61 mt 1,41 1,27 1,48 iI 1,34 1,23 1,34 ap 0,50 0,47 0,47 Total 99,53 99,33 99,91

Parâmetros 1'.4'.2.3(4) 1'.4.2.3(4) I' . 4.2.3 (4) CIPW-Lacroix

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.As pla;gioclases no~mativas são oügochs'es (/22,41 %, 23,1 % e 23,1 % moLes de AIll, respoctivamente).

e)! Carva,lhos.

o graJllito dos Carva:lhos é rocha leucocrática, de textura granular g;rosseira. Microscopicamente revela-se consUtuída por feldspatos e 'quartzo.

Os feldspatos são sobretudo ortoclase pertitizada je oligo­clase '(128 % moles de An). Estes feldspatos encontram-se às ve21es, turvos devtdo, talvez, a a]teração argilo.s'a.

Ê frequente a zona,g;em nestes minerai/s. O 'quartzo, em grãos de dimensões variadas, está algo

esmagrudo /e tem 'eXitinção ~ola;nte. A hiotite é relativamente albU1Ilda;nte e inclui g;rãos de apa­

ti te e zircão.

A compo:sição modal desta rolCha é a seguinte:

Quartzo Feldspato potássico Plagioclase Biotite Acessórios

3'5,413, % 23,,96 % 26,80 % :L1,44 % 2,e7%

Classilficação, segundo Jung e Brousse-granito monzonítico; segundo Strec'kreisen-granito.

'A a;nálise química da :a)mostra J.8, conduziu aos seguintes resultados:

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184

QUADRO VI

Análise química Norma

18 18

Si ° 2 68,22 Q 21,76 Ti O2 0,40 C 0,09 Al 2 0 5 15,67 or 24,07 Fe'105 0,99 ab 34,16 FeO 1,48 an 12,29 MgO 1,00 en 2,50 CaO 2,75 m.fs. 1,31 Na20 4,04 mt 1,44 K 20 4,07 iI 0,76 H 2 0 0,85 ap 0,49 P2 0 5 0,21 Total 98,87 MnO 0,04 Total 99,72

Parâmetros C. r. P. W.-La1croix-I'.4.2.31(4). A plrugioclase normativa é oligoclals,e com 215,3 % moles

de An.

III - DIAGRAMAS

[)oexame das amálises incluídas neste trabalho nota-se grande homogeneidade químiea nas rochas dos diversos af.lora­mentOlS que constituem o maciço.

Para maior realce dessa homogneidade traçámos alguns diagramrus que se enCO!Iltrrum representa,dos nas figs. 3, 4 e 5.

a) IA figura 3 mostr.a as posições, das diferentes amos­tras analisadas, nos diagramas Quartzo..;Plagioclase-Feldspato potássico (percentagens modais) e QuM'ltzo-a~bite-ortoclase

(valores normativos).

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PI

Ab

Q

Q

.' ~ . • ••

e

Fig. 3 - Diagramas Q - Pl- Fk e Q - ab - oro

185

F.K.

o~ .

b) A fig. 4 mostra o dirugra;ma triangular KON, preco­nizado por FI'Iey (1937), representante da projecção dos parâ­metros C. l. P. W. - Lacroix.

Os pontos figurativos dos granitos em estudo, situam-s·e na região a que corresponde r = 2 e s = 3, área que define a zona dos granitos monzoníticos.

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186

K

N L-r-=1--L----r=-2----~----r=-3--~~---r-=4--==~r~.5~C

Fig. 4 - Diagrama K:CN.

A maior parte dos pOIlitos projectam-se .entre os vaIores 0,6 e 1,:67 da velação or/pl;ag., o que lhes confere caráoter ortó­sico; no entanto :há quatro pontos que caem no campo orlosi­-albítico, rubaixo da linha que r~presenta a relação or/plag. = = 0,6.

mg

0,6

0.4

• • t- ... 0,2

0,2 0,4 0,6 k

Fig. 5 - Diagrama K - mg.

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c) IA representação diagr.amática de Niggli (diagrama k-mg, ng. 5) leva a cOiIlSidelTar ais rochas estudadas como per­tencenltes ao domínioal'Calilno-potássico (K >10,4); este facto tinha já sido rev,elado pela observação mieroscópica dada a predominância do feldspato potássico.

IV - MEGACRISTAIS FELDSP ÁTICOS

Foram 'estuidadas diiVersas amostras de mega-cristais de feMspato potássico do granito porfirói1de desta extensa man­cha, utilizando métodos químicos, ópticos e ,ainda os raios X,

a) Químicos -i .As análises químicas parciais mostram graill·de homog,ooeidaide na composição dos megacristais, plTinei­paJmente no 'quese refere aos elementos maiores que foram determinados (K, Na e lCa), cujos resultados s,e .a:presentam em percentagens ponderais dos respectivos óxiidos.

'0s oli:goelemen+tols determina!dos (Sr, Co e Cu), indieam maior dispersão, como s·e observa no quadro seguinte:

QUADRO VII

N.O da amostra K2 O(%) Na2O(%) CaO(%) Co(ppm) Sr (ppm) Cu (ppm)

2a 11,33 2,63 0,22 5 52 40 2c 10,00 2,70 I 0,28 11 34 -2f 8,19 4,04 1,08 5 86 60 5a 11,69 2,63 0,34 11 104 20 6a 10,36 3,24 0,38 5 86 40 7a 11,33 3,24 0,38 5 70 20 7f 9,40 4,04 1,59 5 140 120 71 10,60 2,70 0,56 - 140 . 20 70 11,69 2,56 0'28 11 70 40

10 a 11,69 2,76 0,35 11 86 20 10 d 11,69 2,83 0,45 5 86 20 10 g 7,83 4,40 1,89 5 120 10 15 a 11,57 2,50 0,44 5 104 20 15 d 10,36 4,18 0,50 11 140 20 15 g 10,84 3,50 0,56 11 70 40 18 a 1,45 7,82 3,25 8 - 7 18 b 11,21 7,51 0,53 6 - 2

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b) Õptico8 -,ff)o ponto de vista óptico mediu-se o âJn­guIo 2 V com a platina universal. Os limites do erro não exce­dem -+ 30'.

iApresentam-se, em seguida, dois diagramas de frequên-

frequência

10

5

frequência

10- -

r--- -

50 52 54 56 58

____ .,.> 2V

Fig. 6 - Diagrama de frequências do ângulo Óptico 2 V (Amostra 10, Salgueiros).

58 60 62

----~) 2V

Fig. 7 - Diagrama de frequências '<lo ângu[o óptico 2 V. (Amostra 7, Lavadores).

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cias para os doils tipos extremos dos valores de 2 V. As figs. 6 e 7 mostram máximos distinrtos a 54 e 518 respectivamente.

C)I Raios X -iPara melhor conhecimento dos megacris­ta:is de fel'dspato potássico, cal1culou-se a triclinicidade, definida por Goldschmidt & Laves (1954) como:

Os valores de d usados para calcular L,. foram obtidos a partir de diagramas de difracção pelos raios X. Foi utilizado um drfractómetro Phillips, diferença de potencial de 40 KV, muem.sida!de de conrente catódica de 20 mA, velocidade do goniómetro de 1/4°/m, velocidade do .papel de 200m/h, radiação Ka: do Cu e filtro de Ni.

0,8

0,4 Jhu lu '0,0

I I I I I I I I I I I I I I I I a b c d e f 9 a b c a b c d e f 9 h i j k I m n o p q

Am.2 Am.S Am.7

u abcdetgh abcdefghi ab

Am.10 Am.15 Am.la

Fig. 8 - Representação esquemátioa dos valores de I::,.

Diagramas de correlação 2 V / L,..

As figs. 9, 10 e 1:1 mostram os diagramas de correlação ângulo 2 V - triclinicidade.

Os difractogramas foram obtidos pelo Dr. A. Sanches Furtado, do Centro de Estudos de Pedologia Tropical, a quem se deixa, aqui, uma palavra de agra­decimento.

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A váriação dos valores de 2' V, observados em cada amos~ tra, está representada por pequenas linhas verticais correspon­dentes a iguais valores da triclinicidade, medidos pelos raIos X, na mesma amostra.

Par,a 1::; = O, os valores do ângulo 2 V oscilam entre 45° e 54° nas amostras representadas nos três gráficos.

Estas figuras indicam 'que 2 V/ 1::; é relação linear dentro de ,cada amostra.

40

50

60

70~~ ______ ~~ ______ ~ ________ ~_

0,4 00 I

0,6 0,2 )

Fig. 9 - Diag,r·ama de correlação 2 V//:':, (Am. 7, Lavadores).

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40

50

60

70~~ ______ ~~ ______ -L ________ ~ __

0,0 0,2 0,4 0,6

6. )

Fig. 10 - Diagrama de correlação 2 V/ t:. (Am. 10, Salgueiros).

40

50

I

60

70~~ ______ ~~ ______ ~ ________ ~ __ __

0,0 0,2 0,4 0,6

Fig. 11- Diagrama de correlação 2 V/ t:. (Am. 15, Madalena).

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v - CONCLUSÕES

O maciço granítico que s'e eSitende de Lava:doI1es a Fiães, é constituído ,por granilto monzonítico ponfiróide, de .acordo com os parâmetros de La;croix e ainda segundo a clrussificação de Jung e Brousse, 'baseada nas runálises modais; com .base nestas últimas análises Víerificámos que, segUJIl'do Sitreckeis'en, estas rochas caem dentr.o do campo dos granitos muito perto do campo dos gr8Jllodioritos.

A mancha foi estuda;da até às pedreiras dos Carvalhos, porquanto para SE a rocha se encontra muiito alterada, are­nizada.

Os me1gacristaÍ's são c()lIlStituídos por feldspato potássico do tipo ortoclase, todavia alguns destes cristais revelaram, aos raios X, alguma triclinicida:de (de 0,15 a 0,6'2), tratando-se, nestes casos, de microclina intermédia.

No estudo que efectuou, Lacroix (11933) descreveu a rocha, como granito a,querÍltico com fenocristais de microclina. Con­forme fkou dito antes, os megrucristais deslte granito são sobre­tudo de ürtoclase. A afirmação do eminenite pe1trÓlgraJo firancês pode explicar-se pelo pequeno ,número de lâJminas que lhe foram facultadas, nas quais ocasionalmente dominava a microclina.

RÉSUMÉ

Le granite de Lavadores (environs de Porto), intrusif dans un com­plexe schiste-granite-migmatitique est une roche monzonitique porphyroide avec beaucoup d'enclaves de roches variées, comme des schistes, des gneisses, des amphibdlites et des microdiorites.

Quelques porphyroblastes, présentent, au rayons X, une triclinicité de 0,00 à 0,62, mais la plupart de ces feldspaths ne donnent que la valeur 0,00; c~est à dire ils correspondent à l'ortoc1ase.

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193

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Fig. 1 - Lavadores. Granito porfiróide.

Fig. 3 - Praia de Salgueir-os . Granito porfiróide.

Est. I

Fig 2 - Lavadores. Encraves no granito porfiróide.

Fig. 4 - Praia de Salgueiros. O utro aspecto do mesmo granito.

(F otos C. Teixeira)

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Est. II

Fig. 1 - Castelo do Queijo. Fig. 2 - Praia da Luz. Granito porfiróide. Granito po.rfiróide.

Fig. 3 - Pedreiras da Madalena. Fig. 4 - PedTeiras de Carvalhos. Granito porfiróide. Granito po.rfiróide.

(F otos J. C. Lopes)

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Fig. 1 - Granito, de Lavadores. Quartzo" feldspato petá'ssice e biotite.

Niceis X, 90 X.

Fig . . 3 - Praia de Sa'lguei,[O's. Quartzo" bietite e feldspate petássice aIterade.

Niceis X, 90 X.

Est. III

Fig 2 - Granito, de La vader<!s. Plagio­dase, qua.rtze, feldspate pet. e bietite.

Niceis X, 90 X.

Fig. 4-Praia de Salgueiros. Outro, aspecto, da mesma recha. Niceis X, 90 X.

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Fig. 1 - Castelo do Queijo . Quartzo, feldspato potássico e biotite .

Nicois X, 90 X.

Fig. 3 - Madalena. Quartzo, plagioclase, feldspato potá'ssico e biotite.

Nicois X, 90 X.

Est. IV

Fig. 2 - Praia da Luz. Quartzo, plagio­clase e feldspa~o potássico alt'çrado

Nicois X, 90 X .

Fig. 4 - Carvalhos. Quartzo, feldspato potá'ssico ·e biotite. · Nicois X, 90 X.