Contribuições da Teoria de Horta para a construção da SAE§ões-da... · Teorias de Enfermagem...

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Contribuições da Teoria de Horta para a construção da SAE Prof. Dra. Cassiana M. Bertoncello Fontes email:[email protected] Departamento de Enfermagem da FMB- UNESP * Não existem conflitos de interesse nessa apresentação

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Contribuições da Teoria de Horta para a construção da SAE

Prof. Dra. Cassiana M. Bertoncello Fontes email:[email protected]

Departamento de Enfermagem da FMB-UNESP

* Não existem conflitos de interesse nessa apresentação

Introdução

• Prestem atenção na leitura(1,p.8-10).......

Vamos refletir sobre a leitura...

Teoria “theoria” grego= visão (2)

1. O que é?

Conjunto de conceitos interrelacionados que proporcionam “visão sistemática” de um fenômeno

(fato ou acontecimento)

2. O que é conceito?

Descrevem objetos, propriedades, acontecimentos e constituem-se nos componentes básicos de uma

teoria; dependem da capacidade de serem observados no mundo real.

Teoria

Os conceitos podem ser:

Empíricos= fáceis de serem observados (mesa, cadeira).

Inferidos= indiretamente observados (dor, pressão sanguíea arteria).

Abstratos= os não observáveis (saúde, estresse)

Teoria

Utilizar conceitos sem teoria não influencia a prática de enfermagem

Por isso tenho que compreender

o que é uma teoria

Teoria

2. Qual o propósito de uma teoria?

Descrição, explicação, previsão e controle de acontecimentos

Teorias de Enfermagem

Descrevem e explicam as condições humanas, em termos do ambiente e da doença, embora sejam limitadas em sua capacidade de prever

e controlar uma situação de enfermagem

Teorias de Enfermagem

Clareza nos conceitos abstratos para serem úteis à prática

Teorias de EnfermagemComunicação entre os pares

Enfermeiro

EnfermeiroEquipe

Enfermagem

Equipe Multiprofissional

Gestor

Teoria

CONCEITOS e DEFINIÇÕES

Ex.: ser humano, saúde, ambiente, enfermagem, cuidado, etc...

SÃO ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DE UMA TEORIA

Teorias

• Proposições: afirmações que explicam a relação entre os conceitos.

• Modelos: são representações ilustradas de uma proposição.

Interrelação entre os conceitos

Teoria

Teorias: modelo

Ser humano

Sociedade

Saúde

Ambiente

Enfermagem

Nós, enfermeiros...

Devemos encarar uma teoria como forma de relacionar conceitos através do uso de

definições que sejam úteis ao desenvolvimento de interrelações significativas para a descrição ou

classificação de abordagens à prática

E ....

DEVEMOS DESENVOLVER “INGREDIENTES” PREVISÍVEIS IMPORTANTES DE UMA TEORIA,

BEM COMO ENTENDER AS TEORIAS DE ENFERMAGEM COMO FORMA DE AUXILIAR E

EXPLICAR AS ABORDAGENS À PRÁTICA

PERGUNTA-SE...no contexto do Processo de Enfermagem (PE) e da Sistematização da

Assistência de Enfermagem

1. Quais os modelos teóricos mais utilizados no Brasil?

2. Continuamos a usar o PE e a SAE sem umreferencial teórico estabelecido entre osenfermeiros? Ou “fazemos de conta” queutilizamos algum?

3. Somos vulneráveis a esse contexto?

4. O PE/SAE são vulneráveis?

5. Como se configura no Brasil o PE nasinstituições ?

Revisão Integrativa de Literatura em 2014 (3)

• 50 artigos incluídos, 40 utilizavam as Teorias de OREM, Horta e ROY que embasaram a conceptualização das fases da SAE, com a utilização das fases do diagnóstico de enfermagem;

• NIC e NOC menos utilizadas que a NANDA-I;

• Informatização dos dados: imprescindível a utilização das taxonomias NNN;

Exemplos de artigos da revisão(cenários: UTI, Clínica Médica, Hemodiálise)

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000400004

http://www.facenf.uerj.br/v18n4/v18n4a02.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000400004

Teoria de Wanda Horta

Proposta

Utilização como referencial teórico na estruturação da SAE eletrônica.

Pressuposto de Horta

Necessidades são universais, porém a forma de manifestação e de satisfação varia de um indivíduo ao outro(sexo, idade, cultura,

escolaridade, fatores sócio-econômicos, ciclo saúde-doença, ambiente).

Teoria de Wanda Horta

• Horta cita Teoria de Motivação Humana de Maslow (1970);

• Horta adotou a denominação de João Mohana (1964);

1• Necessidades Psicobiológicas

2• Necessidades Psicossociais

3• Necessidades psicoespirituais

Proposta Teórica de Horta

• Preve sub-grupos de necessidades para ajustar à prática assistencial;

• As necessidades obedecem hierarquia, escala de valores a serem transpostos;

• Após a realização de algumas necessidades prioritárias surgem outras a serem satisfeitas;

• Baseia-se em leis gerais que regem fenômenos universais: lei do equilíbrio dinâmico, da adaptação e do holismo.

Conceitos da Teoria de Horta

• Ser humano: compreendido à partir das necessidades básicas afetadas ou não no processo saúde-doença;

• Enfermagem: provê ações sistematizadas para assistir ás necessidades no processo saúde-doença;

Conceito de Necessidade

• Termo necessidade: “caráter do que é necessário, falta do que é, obrigação imprescindível, força maior, impossibilidade de deixar de agir ou de dizer”.

• “Carecer de algo; algo que é necessário de forma incondicional”.

• Necessidade pode expressar diferentes fenômenos.

Expressão das Necessidades

• 1º - indicar estado deficiente ou diferente da normalidade concebida;

• 2º - estado de tensão do organismo: motivação, força que impele para um determinado comportamento;

• 3º - alguma coisa que é necessidade expressa pelo objeto que é necessitado.

Exemplo

“quero água”

sedeNecessidade

de

Hidratação

Instrumento de coleta dos dados de enfermagem

• Proporcionar condições estruturais para o raciocínio e julgamento clínico do enfermeiro;

• Conteúdo tem que contemplar sinais e sintomas - características definidoras e se possível pistas para identificação dos fatores de risco e relacionados dos fenômenos de enfermagem – diagnósticos de enfermagem (DE);

Modelo conceitual SAE: referencial Horta - NANDA

?????

Modelo conceitual SAE: referencial Horta – NANDA – NOC - NIC

?????

?????

Histórico de Enfermagem

Coleta dos dados

Estruturação do instrumento de coleta

Exame físico de enfermagem

Entrevista com familiares/cuidadores

Acesso às informações da equipe multiprofissional responsável pelos cuidados

do paciente

Histórico de Enfermagem

Dado coletado

Nomeação

problema

Categorização do problema

Instrumento de coleta dos dados

• Histórico: exame físico, entrevista, consulta de enfermagem, dados do prontuário paciente

Levantamento dos dados

• Diagnósticos de Enfermagem

• Outra denominações...

Nomeação de problemas de enfermagem

Necessidades Humanas Básicas

Psicobiológicas

DE

-Risco de Infecção

- Volume de líquidos deficiente

- Ventilação Prejudicada

Psicossociais

DE

- Ansiedade

- Conhecimento deficiente

- Enfrentamento ineficaz

- Interação prejudicada

Psicoespirituais

DE

- Sofrimento espiritual

- Religiosidade prejudicada

- Pesar

(4)

Instrumento de coleta dados:domínios NANDA

Domínio 3 - Eliminação e troca

Classe 1

Função urinária

DE

Eliminação urinária

prejudicada

Classe 2

Função gastrointestinal

DE

Constipação

Classe 3

Função respiratória

DE

Troca de gases prejudicada

(4)

Resultados

• Resultados: avaliados e mensurados por indicadores que fazem pontuação sobre o estado atual do DE;

• A expressão do registro dos resultados toma forma como evolução de enfermagem.

Intervenções

• Intervenções: são compostas pelas atividades de enfermagem a serem realizadas –denominadas prescrição de enfermagem;

• O que enfermeiro prescreve são as atividades de enfermagem a serem realizadas;

• As atividades podem estar relacionadas a umaou mais intervenções, escolhidas/definidaspelo enfermeiro, com base nos resultadosalcançáveis.

“A MAJOR PART OF HEALTH CARE COMES FROM THE HEARTS, HEADS,

AND HANDS OF NURSES”A MAIOR PARTE DO CUIDADO A

SAÚDE VEM DO CORAÇÃO, CABEÇA E DAS MÃOS DAS ENFERMEIRAS

Referências

1- Benedet AS, Bub MBC.Manual de Diagnósticos de Enfermagem: uma abordagembseada na terioa das necessidades humanas básicas e na classificação diagnósticada NANDA. Florianópolis: Bernúncia Editora, 1998. 134p.

2- George JB. Teorias de enfermagem. Tradução Regina Machado Garces. Porto Alegre:Artes Médicas, 1993. 338 p.

3- Martins F, Fontes, CMB. Anais do CIC de 2014. UNESP.

4- PRONANDA Programa de Atualização em Diagnósticos de Enfermagem: Ciclo 1,organizado pela NANDA Internacional, Inc.; organizadora-geral: T. HeatherHerdman; organizadora: Emília Campos de Carvalho. Porto Alegre:Artmed/Panamericana, 2013. p.63.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000400004

http://www.facenf.uerj.br/v18n4/v18n4a02.pdf

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000400004

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!