CONTROLE DA POLUIÇÃO INDUSTRIAL Eng. Ms. Guilherme Augusto Guimarães Oliveira

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FASA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL CONTROLE DA POLUIÇÃO INDUSTRIAL Eng. Ms. Guilherme Augusto Guimarães Oliveira

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CONTROLE DA POLUIÇÃO INDUSTRIAL Eng. Ms. Guilherme Augusto Guimarães Oliveira. FASA Curso de Engenharia Ambiental. Introdução. - PowerPoint PPT Presentation

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FASACURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

CONTROLE DA POLUIÇÃO INDUSTRIAL

Eng. Ms. Guilherme Augusto Guimarães Oliveira

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Introdução

Transformações significativas no ambiente competitivo, correntes nas últimas três décadas, têm pressionado a sociedade a considerar, com empenho e comprometimento cada vez maiores, o impacto de suas operações sobre o meio ambiente, tanto em uma perspectiva atual, como futura. As razões para isso são diversas: em primeiro lugar, cidadãos, cada vez mais conscientes das limitações de recursos oriundos do ambiente natural e da necessidade de um desenvolvimento sustentável, passaram a exigir um comportamento ambientalmente correto das organizações.

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O desenvolvimento sustentável, além da questão ambiental, tecnológica e econômica, tem uma dimensão cultural e política que exige a participação democrática na tomada de decisões para as mudanças que sejam necessárias.

Para alcançarmos o desenvolvimento sustentável serão necessárias mudanças fundamentais na forma de pensar e na maneira de viver, agir, produzir, consumir e demais atividades humanas.

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TRAJETÓRIA DO MOVIMENTO AMBIENTALISTA

As Grandes conferências e tratados internacionais:

a Conferência de Estocolmo sobre Meio Ambiente o Relatório Brundtland a Conferência do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento Protocolo de Kioto Protocolo de Montreal a Agenda 21

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MEIO-AMBIENTE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Título VIII - Da Ordem SocialCapítulo VI - Do Meio Ambiente

Art. 225

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

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POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Definições:

Meio ambiente:

Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

Poluidor (Art 3°, inciso IV):

A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.

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POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Definições:

Caracterização da poluição:

Alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera.

Impactos sobre os meios bióticos e abióticos.

Modificações provocadas em um ambiente, pela introdução de matéria ou energia, de maneira a torná-lo prejudicial aos seres vivos.

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POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:

Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;Afetem desfavoravelmente a biota;

Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos

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POLÍTICA NACIONAL DO MEIO-AMBIENTE

Instrumentos da PNMA

Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente

IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

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POLÍTICA NACIONAL DO MEIO-AMBIENTE

O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas para a proteção do meio ambiente, visando:

I . ao desenvolvimento no País de pesquisas e processos tecnológicos destinados a reduzir a degradação da qualidade ambiental;

II. à instalação de equipamentos antipoluidores; e,

III. a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos naturais.

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Indústria, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

A expansão do capitalismo no período pós-guerra trouxe consigo a intensificação dos sistemas de produção, a expansão dos parques industriais e a massificação da cultura do consumo. O mundo adotou um modelo de desenvolvimento baseado na produtividade e no consumo, e as indústrias passaram a desempenhar papel fundamental no crescimento econômico.

Esse modelo de desenvolvimento foi baseado no consumo sem limites dos recursos naturais, onde a terra é tida como uma fonte inesgotável de matérias-primas. As indústrias estão inseridas nesse contexto consumindo uma grande quantidade de recursos e energia, e descarregando suas emissões no meio ambiente, causando vários problemas, locais, regionais e globais.

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Os Princípios da Declaração de Estocolmo

I. Os recursos naturais devem ser protegidos e conservados, a capacidade da Terra em produzir recursos renováveis deve ser mantida, e os recursos não renováveis devem ser racionalmente utilizados; II. Desenvolvimento e meio ambiente devem andar lado a lado, e os países menos desenvolvidos devem receber assistência e incentivo para promover o gerenciamento ambiental racional; III. Cada país deve estabelecer seus padrões de gerenciamento ambiental e explorar seus recursos do modo que desejarem, desde que não coloquem em risco outros países. Deve existir cooperação internacional visando a melhoria da qualidade ambiental; IV. A poluição não deve exceder a capacidade do meio ambiente em absorvê-la. E a poluição oceânica deve ser prevenida; e, V. Ciência, tecnologia, educação e pesquisa devem ser usadas para promover a proteção ambiental.

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Indústria

Matéria Primainsumos

Produtos Emissões GasosasResíduos SólidosEfluentes Líquidos

EnergiaÁguaProdutos QuímicosMateriais e ComponentesDiversos

ETA

ETE TR

Produção Industrial e Geração de Impacto Ambiental

Rio

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1975

Controle água e ar e unidades de conservação

1980

Resíduos industriais

1982

ruídos

1986/1988

EIA/RIMA

1984/1986

Análisede Risco

1990

TAC

1991

AuditoriaAmbiental

2000

Lei deCrimesAmbientais

2001

PassivosAmbientais

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Política : Maneira organizada de conduzir uma questão; maneira de agir e tratar com habilidade; arte ou ciência de governar.

Política Pública é o conjunto de diretrizes estabelecido pela sociedade, por meio se sua representação política, em forma de lei, visando à melhoria das condições de vida da sociedade.

As políticas públicas ambientais são assim consideradas como condição necessária e suficiente para se estabelecer um modus vivendi com a capacidade de suporte territorial e, por conseguinte, com o desenvolvimento auto-sustentável.

POLÍTICA

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A política ambiental de um país ou de uma região depende, em primeiro lugar, da "preferência social pelo meio ambiente" e da disponibilidade de recursos financeiros, técnicos e humanos necessários à sua implantação.

A "preferência social pelo meio ambiente" demarca o "nível de poluição socialmente aceitável", isto é, quanto de incômodo a sociedade está disposta a suportar e, sobretudo, qual a contrapartida de recursos que está disposta a abrir mão para melhorar seu meio ambiente.

POLÍTICA AMBIENTAL

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Essa "preferência" é distinta entre regiões e classes sociais. Depende das crenças, ideologias e culturas, e dos conflitos de interesses dos atores envolvidos, tais como o setor público, o setor privado, a sociedade civil e militar, e as organizações não-governamentais.

Os demais fatores, a "preferência pelo meio ambiente" será influenciada pela ocorrência de grandes acidentes ecológicos, pela aceleração da deterioração ambiental e pela forma com que os meios de comunicação e os formadores de opinião abordam o assunto.

POLÍTICA AMBIENTAL

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COMANDO E CONTROLE

Os instrumentos de comando e controle são os mais utilizados na política ambiental. Podem ser definidos como um conjunto de regulamentos e normas impostos pelo governo que têm por objetivo influenciar diretamente as atitudes do poluidor, limitando ou determinando seus efluentes, sua localização, hora de atuação, etc.

POLÍTICA AMBIENTAL

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AUTO-REGULAÇÃO

A auto-regulação é o planejamento ambiental reivindicado pelos neoliberais e pelos empresários que confiam às forças do mercado a incorporação da responsabilidade ambiental nas empresas. Nesta ótica, as recentes gestões ambientais, segundo a lógica da prevenção da poluição em todo o ciclo de vida do produto (Life Cycle Analysis ou assessment), as inovações tecnológicas relativas às economias de energia e de recursos naturais, bem como a capacidade de reciclar os resíduos sólidos comprovam que o mercado pode conduzir à "ecoefíciência”.

POLÍTICA AMBIENTAL

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Atividade Industrial

Gera produtos e empregos aumenta bem-estar da humanidade

Potencialmente gera impacto negativo sobre o meio-ambiente.

Interesse comum: Auferir o bem-estar proporcionado pela produção industrial sem impactar o meio-ambiente.

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Exemplos de Geração de Impacto Ambiental

Despejo de águas residuárias industriais sem tratamento adequado

Contaminação de águas superficiais e subterrâneas / intoxicação de

espécies aquáticas / mortandade de peixes por asfixia.

Emanação industrial de gases tóxicos e/ou com poeiras

Contaminação da atmosfera, geração de chuva ácida, intoxicação de

pessoas / animais / plantas.

Confinamento de resíduos tóxicos de forma inadequada Infiltração de lixiviado no solo contaminação de águas

subterrâneas.

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Poluição Industrial

A poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera, provocada pelas atividades e intervenções humanas no meio ambiente, que possa causar dano à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies, ou ainda deteriorar materiais.

Os poluentes são os resíduos gerados pelas atividades humanas que causam um impacto negativo no meio ambiente. Deste modo, a poluição está associada à concentração de poluentes presentes no ar, na água ou no solo.

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Poluição Industrial

As atividades industriais são as maiores fontes geradoras de resíduos perigosos e impactos ambientais;

O potencial poluidor de uma atividade industrial ou produto depende principalmente do processo empregado;

EntradasSaídas

Reciclagem

Matéria-primaEnergia

ÁguaAr

Processo de manufatura

ProdutosSub-produtos

Emissões Atmosféricas

Àguas ResiduáriasResíduos Sólidos

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Poluição Industrial

A emissão de substâncias tóxicas para o ar, água e solo degradam a qualidade ambiental, e resultam na destruição de ecossistemas, na bioacumulação de substâncias na cadeia alimentar, e provocam efeitos prejudiciais à saúde humana a curto e longo prazos, como mostra a Figura:

Rotas de exposição de poluentes no meio ambiente

Poluentes SoloAlimento

sHomem

Ar

Água

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Poluição Industrial - Fases

Processos

Tratamento

Matéria -Prima

Energia

Produtos

Resíduos lançadosno ambiente

Processos

ProdutosMatéria -Prima

Energia Resíduos

Resíduos tratados lançados no ambiente

Fase de omissão aos danos ambientais

Fase do controle end of pipe

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Tecnologias de controle no fim do tubo

As tecnologias de controle no fim do tubo promovem tratamentos químicos, físicos ou biológicos dos poluentes, resultando na redução de volume e toxicidade dos resíduos. Se tornaram a principal estratégia para o gerenciamento dos resíduos industriais, tendo sido bastante difundidas entre as décadas de 1970 e 1980 como o único meio de controlar a poluição.

O controle no fim do tubo apresenta restrições quanto a sua eficiência na promoção da sustentabilidade. A principal delas é o fato de promover a transferência de poluentes de um meio para outro, uma vez que o controle atua no sentido de neutralizar ou concentrar a carga poluente, para que o resíduo possa então ser adequadamente disposto em aterros, lançado na atmosfera ou em rios. O tratamento de resíduos gera subprodutos, que precisam tratados.

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Poluição Industrial

Tratamento

Processos

ProdutosMatéria -Prima

Energia Resíduos

Resíduos tratados lançados no ambiente

ReutilizaçãoReciclagem

Recuperação

Subprodutos

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POLUIÇÃO INDUSTRIAL

As principais fontes de poluição do solo são as atividades industriais que armazenam e manipulam produtos químicos e geram efluentes e resíduos, áreas de estocagem, tratamento e descarte de efluentes e resíduos, atividades extrativistas, a agricultura, a aplicação de efluentes e resíduos no solo, postos de combustíveis e obras que demandam a remoção da cobertura vegetal de áreas extensa.

Outra fonte de poluição é o passivo ambiental decorrente da desativação de empreendimentos. O processo de globalização da economia vem estimulando a relocalização e a remodelação de empresas e mesmo de segmentos industriais inteiros, e assim, muitas indústrias e sítios industriais vêm sendo desativados, deixando para trás um grande passivo ambiental.

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PREVENÇÃO À POLUIÇÃO E PRODUÇÃO MAIS LIMPA

A prevenção à poluição e a produção mais limpa têm o objetivo de promover o uso sustentável dos recursos e de prevenir a geração de resíduos e poluentes nas atividades industriais, tomando como princípio básico a redução dos resíduos na fonte.

No que se refere à hierarquia do gerenciamento de resíduos, a prevenção à poluição deve ser priorizada em relação à reciclagem e ao reúso de materiais, ao tratamento, disposição e remediação, como mostra a figura a seguir.

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PREVENÇÃO À POLUIÇÃO E PRODUÇÃO MAIS LIMPA

Prevenção à poluição

Reciclagem

Reuso

Tratamento

Disposição

Remediação

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PRODUÇÃO MAIS LIMPA

Minimizaçãode Resíduos

Reutilizaçãode Resíduos

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Reduçãona Fonte

Reciclageminterna e externa

ReusoExterno

Modificaçãono Processo

Modificaçãono Produto Estrutura Materiais

Boas PráticasOperacionais

Substituiçãode matérias-primas

Modificaçãode Tecnologia

DIAGRAMA DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA

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Normas Relacionadas à Poluição Industrial

As primeiras normas internacionais de proteção do meio ambiente referentes a poluição de origem industrial surgiram da atuação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), como a Convenção Relativa à Proteção aos Trabalhadores contra Radiações Ionizantes, adotada na OIT em 1960;

No Brasil promulgada em janeiro de 1968 e a Convenção sobre a Proteção dos Trabalhadores contra Riscos Profissionais devidos à Contaminação do Ar, ao Ruído e às Vibrações no Local de Trabalho, adotada na OIT em 1977 e no Brasil em 1986.

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Convenção da Basiléia sobre Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito

Promulgada em 1989 na cidade de Basiléia na Suíça, consiste na exigência de que qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos seja realizado na condição de haver autoridades governamentais especialmente indicadas para legitimar aquele movimento, tanto nos países exportadores quanto nos importadores ou de trânsito, as quais deverão tomar conhecimento de tais movimentos e lhes dar uma autorização expressa.

Esta convenção surgiu em decorrência de escândalos internacionais envolvendo a exportação de grandes quantidades de resíduos perigosos por empresas européias, norte-americanas e japonesas a empresas da África, Ásia e América Latina. Foi promulgada no Brasil pelo Decreto nº 875 de 19 de julho de 1993.

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EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS

A utilização de água pela indústria pode ocorrer de diversas formas, tais como: incorporação ao produto; lavagens de máquinas, tubulações e pisos; águas de sistemas de resfriamento e geradores de vapor; águas utilizadas diretamente nas etapas do processo industrial ou incorporadas aos produtos; esgotos sanitários dos funcionários. Exceto pelos volumes de águas incorporados aos produtos e pelas perdas por evaporação, as águas tornam-se contaminadas por resíduos do processo industrial ou pelas perdas de energia térmica, originando assim os efluentes líquidos.

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EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS

A poluição hídrica pode ser definida como qualquer alteração física, química ou biológica da qualidade de um corpo hídrico, capaz de ultrapassar os padrões estabelecidos para a classe, conforme o seu uso preponderante. Considera-se a ação dos agentes: físicos materiais (sólidos em suspensão) ou formas de energia calorífica e radiações); químicos (substâncias dissolvidas ou com potencial solubilização); biológicos (microorganismos).

A poluição origina-se devido a perdas de energia, produtos e matérias primas, ou seja, devido à ineficiência dos processos industriais. O ponto fundamental é compatibilizar a produção industrial com a conservação do meio ambiente que nos cerca. Somente a utilização de técnica de controle não é suficiente, mas é importante a busca incessante da eficiência industrial, sem a qual a indústria torna-se obsoleta e é fechada pelo próprio mercado. A eficiência industrial é o primeiro passo para a eficiência ambiental.

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• Diluição• Sedimentação• Estabilização

bioquímica

AUTODEPURAÇÃO DAS ÁGUAS

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Características das zonas de autodepuração

Zona de Degradação:

• Início ponto de lançamento dos despejos;

• Água turva (cor acinzentada);

• Precipitação de partículas lodo no leito do corpo d’água;

• Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica);

• Redução da concentração de oxigênio dissolvido;

• Limite da 1ª zona concentração de oxigênio atinge 40% da

concentração inicial;

• Não há odor;

• Presença de oxigênio não permita a decomposição aneróbia.

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Zona de Decomposição Ativa:

• Início oxigênio atinge valores inferiores a 40% da concentração de

saturação;

• Água cor cinza-escura, quase negra;

• Bancos de lodos no fundo em ativa decomposição anaeróbia;

• Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico, etc);

• Oxigênio dissolvido pode zerar ou “ficar negativo”;

• Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia;

• Ambiente fétido e escuro;

• Oxigênio passa a ser reposto ar atmosférico ou fotossíntese;

• População de bactérias decresce;

• Água começa a ficar mais clara (ainda impróprio p/ os peixes);

• Fim da 2ª zona oxigênio elevar-se a 40% da conc. de saturação.

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Zona de Recuperação:

• Início 40% de oxigênio de saturação;

• Término água saturada de oxigênio;

• Água mais clara e límpida;

• Proliferação de algas que reoxigenam o meio;

• Amônia oxidada a nitritos e nitratos (+ fosfatos fertilizam o

meio, favorecendo a proliferação de algas);

• Cor esverdeada intensa (alimento p/ crustáceos, larvas de

insetos, vermes, etc., que servem de alimentos p/ os peixes);

• Diversificação da biocenose.

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Zona de Águas Limpas:

• Água características diferentes das águas poluídas;

• Água encontra-se “eutrófica”;

• Não é limpa, devido a presença das algas (cor verde);

• Água recuperou-se, melhorou suas capacidade de produzir

alimento protéico (piorou no quesito de potabilidade);

• Péssimo aspecto estético;

• Grande assoreamento nas margens;

• Invasão de plantas aquáticas indesejáveis.

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Abastecimento DomésticoImpurezas

devido ao usoÁgua potável Esgotos

domésticos+

Impurezas devido ao uso

Água consumo industrial

Efluentes Industriais+

=

=

Abastecimento Industrial

Usos da Água e Geração de Esgotos

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0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 2 4 6 8 10 12

Tempo (dias)

Ox

igê

nio

Dis

so

lvid

o (

mg

/L)

OD mínimo (rio Classe 2)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 2 4 6 8 10 12

Tempo (dias)

Ox

igê

nio

Dis

so

lvid

o (

mg

/L)

OD mínimo (rio Classe 2)

Lançamento (esgoto sem tratamento)

RioLançamento (esgoto tratado – 70% remoção)

Efeito do Lançamento de Matéria Orgânica nos Cursos d´água

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EQUIVALENTE POPULACIONAL

É de costume relacionar a poluição orgânica em função da quantidade

média de detritos produzidos diariamente por uma pessoa;

Essa ordem de grandeza é e chamada de EQUIVALENTE

POPULACIONAL (EP)

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Tipo de Indústria Quantidade produzida ou processada /dia EP (hab)

Cervejaria 1.000 litros de cerveja 1.500

Curtume 1 Tonelada de peles 2.500

Matadouro 1 Tonelada de peso em pé 300

Celulose 1 Tonelada de Celulose 5.000

Usina de Álcool 1 Tonelada de cana (65 litros de álcool) 400

Granja de Galinhas 10 aves abatidas 2

Laticínios 1000 litros de leite 200

Lavanderia 1 Tonelada de roupas 700

EQUIVALENTE POPULACIONAL PARA VÁRIOS TIPOS DE INDÚSTRIAS

Fonte: Manual de Tratamento de Águas Residuárias

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DBO (DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO)

Refere-se à quantidade oxigênio necessária para estabilizar, por processos

bioquímicos, a matéria orgânica carbonácea.

DBO520 (DBO5 ou DBO) Teste padrão Medida a 5 dias (20º C)

Dia 0

Dia 5

OD = 7 mg/L

OD = 3 mg/L

DBO = 7 – 3 = 4 mg/L

Finalidades do teste

Visualização da taxa de degradação do despejo ao longo do tempo

Visualização da taxa de consumo de oxigênio ao longo do tempo

Critério para dimensionamento da maioria dos sistemas de tratamento de esgotos

e legislação ambiental são baseados nesse parâmetro

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DQO (DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO)

Refere-se à quantidade oxigênio necessária para estabilizar, por meio de um

oxidante em meio ácido (processo químico), a matéria orgânica carbonácea

Algumas vantagens do teste:

teste é realizado em 2 a 3 horas

teste não afetado pela nitrificação

Algumas limitações do teste:

refere-se a matéria orgânica biodegradável + inerte

não é possível visualizar a degradação do despejo ao longo do tempo

constituintes inorgânicos podem ser oxidados e interferir no resultado

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RELAÇÃO ENTRE DQO E DBO

DQO/DBO varia com o tipo de efluente e à medida que o esgoto passa pelas

diversas unidades da ETE

DQO/ DBO elevada fração inerte elevada

baixa fração biodegradável elevada

Esgotos domésticos brutos DQO/DBO entre 1,7 a 2,4

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Cabe aos órgãos ambientais dos estados, territórios e Distrito

Federal efetuar, não só o enquadramento dos corpos de água

no âmbito das classes preconizadas pela Resolução CONAMA

n0. 357/05, como exercer atividade orientadora,

fiscalizadora e punitiva junto às fontes de poluição que

possam alterar os valores dos padrões de qualidade das

águas da classe estabelecida para o corpo d’água receptor.

APLICAÇÃO DE UMA LEGISLAÇÃO

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Um fator importante que determina o grau de controle da poluição por efluentes líquidos é a localização da indústria. Podemos citar como exemplo o caso de uma indústria que esteja localizada em uma bacia hidrográfica de classe especial, que não poderá lançar nesta nem mesmo os efluentes tratados.

Nestes casos é necessário além do tratamento, que seja feito uma transposição dos efluentes tratados para outra bacia, logicamente com maiores custos. Além de atender aos requisitos específicos para o lançamento de efluentes, as características dos efluentes tratados devem ser compatíveis com a qualidade do corpo receptor.

Tratamento de Efluentes Industriais e Classificação de corpos d’água

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Resolução 357 / 2005Classificação de Águas Superficiais e Padrões Lançamento Efluentes

Resolução 393 / 2007Condições para descarte de águas de produção de petróleo

Resolução 396 / 2008Águas Subterrâneas e Condições para Lançamento Efluentes

Resolução 397 / 2008Novos Padrões Lançamento Efluente

Resoluções CONAMA: Classes de Águas e Padrões para Descarte de Efluentes

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Características dos Efluentes Líquidos e seu enquadramento para descarte de acordo com a legislação:

Resolução CONAMA N°357, de 17 de março 2005.

Art.1e 2... Classificação das Águas

Resoluções CONAMA: Classes de Águas e Padrões para Descarte de Efluentes

Águas DocesSalinidade < 0.05

%

Águas Salinassalinidade > 3%

Águas SalobrasSalinidade 0.05 a

3%

13 Classes de Águas

Classe EspecialClasses 1 a 4

EspecialClasses 1 a 3 Especial

Classes 1 a 3

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Q90 e Q95: vazão em que 90 ou 95% dos dados diários de

vazão da série são iguais ou superiores a ela, ou seja,

10% ou 5% das vazões diárias são inferiores.

Q7,10: vazão mínima com um período de retorno de 10

anos e período de duração de 7 dias consectivos.

Conceitos de Vazão de Referência

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A existência de oxigênio dissolvido nas águas (OD), é uma necessidade fundamental para a subsistência da vida aquática. A maioria das espécies de peixes necessita depelo menos 3 mg O2 dissolvido por L de água para sobreviver.

A 20 – 25º C, os níveis máximos de OD na água situam-se na faixa de 8 a 7 mg/L. O aumento de temperatura causa diminuição na solubilidade de O2 na água, a qual chega a zero na situação extrema da temperatura de ebulição.

Oxigênio Dissolvido (OD), DQO e DBO

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O lançamento de esgotos e efluentes industriais contendo substâncias orgânicas sobre os corpos d´água leva ao consumo do pouco O2 disponível na água por consequencia de reações do tipo:

Mat. Org + O2(aq) CO2 (aq) + H2O

o que pode causar mortandade de peixes e outros organismos .

DQO = demanda total de O2, devido a substâncias recalcitrantes (não-biodegradáveis) + demanda de O2devido a substâncias bio-oxidáveis (DBO)

Oxigênio Dissolvido (OD), DQO e DBO

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Nas indústrias as águas podem ser utilizadas de diversas formas, tais como:

incorporação aos produtos; limpezas de pisos, tubulações e equipamentos;resfriamento; aspersão sobre pilhas de minérios, para evitar o arraste de finos e sobre áreas de tráfego para

evitar poeiras; irrigação; lavagens de veículos;oficinas de manutenção; consumo humano e usos sanitários.

Efluentes Industriais

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Os processos de tratamento a serem adotados, as suas formas construtivas e os materiais a serem empregados são considerados a partir dos seguintes fatores:

a legislação ambiental regional;

o clima;

a cultura local;

os custos de investimento;

os custos operacionais;

a quantidade e a qualidade do lodo gerado na estação de

tratamento de efluentes industriais;

Tratamento de Efluentes Industriais

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a qualidade do efluente tratado;

a segurança operacional relativa aos vazamentos de

produtos químicos utilizados ou dos efluentes;

explosões;

geração de odor;

a interação com a vizinhança;

confiabilidade para atendimento à legislação ambiental;

possibilidade de reuso dos efluentes tratados

Tratamento de Efluentes Industriais