CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies...

25
1 CONVOLVULACEAE A FAMÍLIA DAS IPOMEAS Cultivada no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro Juliana Ribeiro de Mattos Antoniela Morais Marinho Marcus A. Nadruz Coelho

Transcript of CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies...

Page 1: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

1

CONVOLVULACEAE

A FAMÍLIA DAS IPOMEAS

Cultivada no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Juliana Ribeiro de Mattos

Antoniela Morais Marinho

Marcus A. Nadruz Coelho

Page 2: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

Presidente da RepúblicaJair Messias Bolsonaro

Ministro do Meio AmbienteRicardo Salles

Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

PresidenteSergio Besserman Vianna

Diretoria de Conservação, Ambiente e Tecnologia (DICAT)Lídia Vales

Coordenação e revisãoMarcus A. Nadruz Coelho

Projeto GráficoMary Paz Guillén

Tratamento de imagensClarisse Pamplona

Mary Paz Guillén

Rio de Janeiro, 2019

CIP – Catalogação na Publicação Elaborada pela bibliotecária Gabriela Faray (CRB7-6643)

M444 Marinho, Antoniela Morais. Convolvulaceae, cultivada no arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro : a família das ipomeas [livro eletrônico] / Juliana Ribeiro de Mattos, Antoniela Morais Marinho, Marcus A. Nadruz Coelho. – 1. ed. – Rio de Janeiro : Ver tente edições, 2019. pdf.

ISBN (livro eletrônico) 978-85-63100-21-4

1. Botânica – Rio de Janeiro. 2. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Juliana Ribeiro de Mattos, Antoniela Morais Marinho, Marcus A. Nadruz. III. Título. CDD – 582 CDU - 58

Juliana Ribeiro de Mattos

Antoniela Morais Marinho

Marcus A. Nadruz Coelho

CONVOLVULACEAECultivada no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

A FAMÍLIA DAS IPOMEAS

Page 3: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

5

Em maio de 1808 a Fazenda da Lagoa Rodrigo de Freitas foi desapropriada para a instalação da Fábrica de Pólvora e a Fundição de Artilharia, quando da che-gada da Família Real ao Rio de Janeiro em 1808. Neste mesmo terreno deram início à implantação de um Jardim de Aclimatação para especiarias do oriente, iniciando, assim, as primeiras atividades do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Esse empreendimento era voltado para o cultivo de espécies de plantas que trouxessem retorno econômico (Bedia-ga & Guedes-Bruni 2008).

O primeiro dirigente botânico da ins-tituição foi Frei Leandro do Sacramento, que, em 1824, quando o Jardim passou a ser denominado Real Jardim Botânico, traçou as atuais aléias e fez as primeiras identificações das espécies existentes.

De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto cientificamente em seções, reunindo as espécies por afinidades. Na época foram contabilizadas 71 famílias, 411 gêneros e, aproximadamente, 838 espécies nati-vas e exóticas.

A partir de 1934, Paulo Campos Por-to, diretor na época, distribuiu os es-pécimes de acordo com os seguintes critérios: famílias, exigências ecológicas e grupos regionais (regiões da Amazôni-ca, da Nordestina e do Cerrado).

JARDIM DEACLIMATAÇÃO

Page 4: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

Várias tentativas de inventariar e mapear os espéci-mes do Arboreto foram empreendidas de 1940 até os dias atuais, mas nenhuma dessas alcançaram os objetivos propostos. Porém, em 1999 foi iniciado o projeto “Inventário e Identificação das Coleções Bo-tânicas e Históricas do Arboreto do Instituto de Pes-quisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro”, registran-do 7240 espécimes em 2533 espécies, pertencentes a 140 famílias. Dessas, 35% não nativas do Brasil (Co-elho 2008).

O Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro é composto por 40 seções, 194 canteiros e 122 aléias, distribuídos por uma área de 54 hectares. Algumas famílias botânicas, totalizando 24, ainda podem ser observadas agrupadas em determinados canteiros.

AGRADECIMENTOS

Ao Laboratório de Sementes, da Diretoria de Pes-quisas do JBRJ, pela cessão dos coletores Ricardo Matheus e Fabiano Silva. Para a Coordenadoria de Conservação das Coleções Verdes do JBRJ pelo apoio nas coletas. Ao fotógrafo Raul Ribeiro pela imagem do hábito de Jacquemontia martii.

Page 5: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

9

C ONVOLVUL ACEAE

Visando apresentar ao público em geral informações acerca da diversidade de espécies do Arboreto, com informações detalhadas sobre as famílias vegetais aqui cultivadas, iniciamos esse volume com a famí-lia Convolvulaceae. Para cada espécie são forneci-dos (quando disponível) dados sobre nome popular, nome científico, distribuição no Brasil e no mundo, dados fenológicos (floração e frutificação), comen-tários sobre utilidades e conservação, localização no Arboreto e fotos.

O presente volume trata da família Convolvulace-ae, a qual apresenta espécies geralmente trepadeiras, algumas bastante representativas na flora do Brasil, como a batata-doce, as salsas e as jetiranas. É ampla-mente distribuída, principalmente nas regiões tropi-cais e temperadas, sendo representada no mundo por aproximadamente 1880 espécies distribuídas em 58 gêneros (Staples, G 2012). No Brasil apresenta 416 es-pécies em 24 gêneros, sendo 189 espécies considera-das endêmicas (Flora do Brasil 2020, em construção).

Até o presente estudo esta família era represen-tada por 35 espécies cultivadas no Arboreto, com este inventário, nota-se uma diminuição do número de espécies para 17. Alguns fatores são responsáveis por esse fato, como morte natural, doenças, e o perí-odo em que o estudo foi realizado, já que são plantas que na estação desfavorável se reduzem somente a parte subterrânea e quando as condições ambien-tais voltam a se tornar favoráveis desenvolvem no-vos órgãos (Pereira, B.A & Ptzke, J. 2010). Destaca-se que espécies dessa família podem ser utilizadas em projetos de paisagismo, como pendentes em pér-golas, ao exemplo dos gêneros Ipomoea e Maripa e como forração, como as Dichondra e os Evolvulus. São conhecidas popularmente como jetiranas, sal-sas ou damas-da-noite, e apresentam flores bastante vistosas e coloridas. Contudo, esse potencial paisa-gístico ainda é muito pouco explorado, em vista da beleza apresentada pelas flores ou inflorescências de inúmeras espécies de outros gêneros, como por exemplo Jacquemontia e Distimake.

Page 6: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

C A P O T E I R A 12 I p o m o e a s e r i c o s e p a l a J . R . I . W o o d & S c o t l a n d

F L O R - D E - P A U 14 D i s t i m a k e t u b e r o s u s ( L . ) S i m õ e s & S t a p l e s

C A M P A I N H A - V E R M E L H A 16 I p o m o e a m a u r i t i a n a J a c q .

O R E L H A - D E - R A T O 18D i c h o n d r a m a c r o c a l y x M e i s n

B R A S A 20M a r i p a p a n i c u l a t a B a r b . R o d r.

A L G O D Ã O - B R A V O 22I p o m o e a c a r n e a s u b s p. f i s t u l o s a ( M a r t . e x C h o i s y ) D. F. A u s t i n

I P O M É I A - R U B R A 24I p o m o e a h o r s f a l l i a e H o o k .

S I N O - D E - O U R O 26C a m o n e a u m b e l l a t a ( L . ) A . R . S i m õ e s & S t a p l e s

M A R A C U J A N A 28 C e i b a p e n t a n d r a ( L . ) G a e r t n .

B R I N C O - D E - Á R V O R E 30J a c q u e m o n t i a m a r t i i C h o i s y

J E T I R A N A 32I p o m o e a c a i r i c a ( L . ) S w e e t

Í N D I C E

B E J U C O - D E - P O R C O 34I p o m o e a t i l i a c e a ( W i l l d . ) C h o i s y

F L O R - D O - C A S A M E N T O 36I p o m o e a b o n a r i e n s i s H o o k .

L E N Ç O L - B R A N C O 38I p o m o e a c o r y m b o s a ( L . ) R o t h .

B A T A T A - B R A V A 40I p o m o e a a s a r i f o l i a ( D e s r. ) R o e m . & S c h u l t .

V I D E I R A - D E - A L A M O 42D i s t i m a k e d i s s e c t u s ( J a c q . ) A . R . S i m õ e s & S t a p l e s

Page 7: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

13

Ipomoea sericosepala J.R.I. Wood & Scotland C A P O T E I R A

CARACTERÍSTICAS

Liana, ramos cilíndricos e glabros. Folhas com pecíolo piloso. Lâmina foliar simples, cartácea, ovada, base cordada, fortemen-te discolor, verde escuro na face adaxial e verde-prateado na abaxial, com margem inteira. Flores com sépalas seríceas esver-deadas e pétalas arroxeadas. Fruto cap-sular indeiscente, com uma semente por cápsula, imaturo esverdeado, com casca levemente pilosa.

DISTRIBUIÇÃOBolívia. No Brasil, nas regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e RO, AP, PA, TO e PR.

FENOLOGIAFloresce em abril e maio, frutifica em julho.

USOSPossui potencial ornamental, é tóxica.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5H, na Pérgula.

Page 8: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

15

F L O R - D E - P A U

CARACTERÍSTICAS Liana, ramos cilíndricos e glabros. Folhas com pecíolo glabro. Lâmina foliar sim-ples, elíptica, palmada, com margem inteira. Flores com sépalas esverdeadas, corola campanulada e pétalas amarela-das, com anteras torcidas helicoidalmen-te. Fruto com sépalas acrescentes, seco com casca lisa e acastanhada.

DISTRIBUIÇÃOAmérica Central e Norte da América do Sul. No Brasil é cultivada nas Regiões Nor-deste (BA e PE), Centro-Oeste (GO e MS), Sudeste (MG, RJ e SP) e Sul (PR e SC).

FENOLOGIAFloresce em maio e julho, frutifica em maio, junho e julho.

USOSPossui potencial ornamental, como for-rageira, as sementes dos frutos torradas e moídas servem para fazer uma bebida semelhante ao café.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

Cactário.

Distimake tuberosus (L.) Simões & Staples

Page 9: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

17

C A M P A I N H A - V E R M E L H A

CARACTERÍSTICAS Liana, ramos cilíndricos e ocos. Fo-lhas com pecíolo glabro. Lâmina foliar simples elíptica, lobada, com margem inteira e base cordada. Flores com sépalas coriáceas, esverdeadas, coro-la infundibuliforme e pétalas rosadas. Fruto maduro amarronzado e semen-tes pubescentes.

DISTRIBUIÇÃOAméricas Central e do Sul e África. No Brasil, nos estados do AM, PA, AP, MT e MA.

FENOLOGIA

Floresce em janeiro e abril, frutifica em julho.

USOS

Ornamental e as raízes tuberosas são conhecidas por serem depurativas, car-minativas e anti-helmínticas.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

7B, 7D, 5E.

Ipomoea mauritiana Jacq.

Page 10: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

19

Dichondra macrocalyx MeisnO R E L H A - D E - R A T O

CARACTERÍSTICAS

Erva reptante, ramos glabros. Folhas com pecíolo piloso. Lâmina foliar sim-ples reniforme, base auriculada ou cordada, esverdeada discolor, com margem inteira. Flor com sépalas esver-deadas, pilosas e maiores que as pétalas de coloração esbranquiçadas.

DISTRIBUIÇÃO

Argentina, Bolívia e Paraguai. No Brasil, nas regiões Sul, Sudeste e BA.

FENOLOGIA

Floresce em julho.

USOS

Usada como forração (grama), formando um tapete.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5I.

Page 11: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

21

Maripa paniculata Barb.Rodr.

B R A S A

CARACTERÍSTICAS

Liana, com ramos cilíndricos e glabros. Folhas com pecíolo glabro. Lâmina foliar simples elíptica, base obtusa, discolor, com margem inteira. Inflorescência pani-culada, flores com sépalas esverdeadas, campanuladas com pétalas esbranquiça-das. Fruto acastanhado, lenhoso.

DISTRIBUIÇÃO

Venezuela, Colombia, Peru. No Brasil, na Região Norte.

FENOLOGIA

Floresce de maio a julho e frutifica em julho.

USOS

Têm potencial ornamental, por apre-sentar folhas e flores vistosas, podendo ser usada em cercas vivas e pérgolas.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5G.

Page 12: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

23

Ipomoea carnea subsp. fistulosa (Mart. ex Choisy) D.F. Austin

A L G O D Ã O - B R A V O

CARACTERÍSTICAS Arbusto, ramos cilíndricos, ocos e gla-bros, presença de látex esbranquiçado. Folhas com pecíolo levemente piloso. Lâmina foliar simples, alongada e ova-da, com margem inteira. Flores infun-dibuliformes com sépalas esverdea-das, pétalas rosadas, com tricomas na face externa.

DISTRIBUIÇÃO

Américas Central e do Sul. No Brasil, em todas as regiões.

FENOLOGIA

Floresce em fevereiro, março e agosto.

USOS

Possui potencial ornamental, pode ser toxica para alguns animais, e é apícola.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5G.

Page 13: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

25

Ipomoea horsfalliae Hook.

I P O M É I A - R U B R A

CARACTERÍSTICAS Trepadeira, ramos cilíndricos e glabros. Folhas com pecíolo glabro. Lâmina foliar digitada, com folíolos elípticos a obo-vados de margem inteira. Flores infun-dibuliformes com sépalas esverdeado--avermelhadas a esverdeado-vináceas, pétalas rosadas a esbranquiçado-rosa-das, estames e pistilos exsertos. Frutos amarronzados.

DISTRIBUIÇÃO

Na Guiana e Suriname. No Brasil, intro-duzida na Região Sudeste e PR, DF e RN.

FENOLOGIA

Floresce em Maio e Junho, e Frutifica em Julho.

USOS

Possui potencial ornamental.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

7D, 15A.

Page 14: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

27

Camonea umbellata (L.) A.R. Simões & Staples

S I N O - D E - O U R O

CARACTERÍSTICAS

Trepadeira herbácea, ramos cilíndricos e pilosos. Folhas com pecíolo piloso. Lâmi-na foliar simples ovada de base cordada, com margem crenada. Inflorescência umbeliforme, flores infundibuliformes com sépalas esverdeadas e pétalas ama-reladas. Frutos acastanhados.

DISTRIBUIÇÃO

Américas Central e Sul, África Ocidental. No Brasil, em todas as regiões.

FENOLOGIA

Floresce e frutifica em setembro.

USOS

Possui potencial ornamental.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

35B.

Page 15: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

29

Maripa violacea (Aubl.) Ooststr. ex Lanj. & Uittien

M A R A C U J A N A

CARACTERÍSTICAS

Liana, ramos cilíndricos e glabros. Folhas com pecíolo glabro. Lâmina foliar simples elíptica, oblonga a ovada, base obtusa, com margem inteira. Flores campanu-ladas, com sépalas arroxeadas e pétalas arroxeadas a esbranquiçadas no tubo in-ternamente, estames e pistilos exsertos. Fruto ovado, lenhoso, com sépalas refle-xas, castanhos e indescentes..

DISTRIBUIÇÃO

Venezuela, Guiana Francesa, Guiana e Suriname. No Brasil, no AM e no PA.

FENOLOGIA

Floresce em março e setembro, frutifica em abril.

USOS

Possui potencial ornamental, por suas flo-res vistosas.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5G.

Page 16: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

31

Jacquemontia martii Choisy

B R I N C O - D E - Á R V O R E

CARACTERÍSTICAS

Trepadeira, ramos cilíndricos e glabros. Folhas com pecíolo levemente piloso. Lâmina foliar simples ovada de base cordada, com margem inteira, pilosa adaxialmente. Inflorescência umbeli-forme, flores com tricomas estrelados, sépalas esverdeadas com ápice acumi-nado e recurvado e pétalas arroxeadas.

DISTRIBUIÇÃO

Endêmica do Brasil, na região Sudeste, AC, RO, PB, BA, CE, PE e MT.

FENOLOGIA

Floresce em abril e outubro.

USOS

Possui potencial ornamental.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5G, 32E.

Page 17: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

33

Ipomoea cairica (L.) Sweet

J E T I R A N A

CARACTERÍSTICAS

Trepadeira herbácea, ramos cilíndricos ocos e verrucosos. Folhas com pecíolo glabro e estruturas semelhantes a es-típulas na base. Lâmina foliar digitada, com folíolos elípticos de margem intei-ra e base aguda. Flores infundibulifor-mes, com sépalas esverdeadas e pétalas arroxeadas. Frutos secos acastanhados.

DISTRIBUIÇÃO

América do Sul. No Brasil nas Regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, e RO.

FENOLOGIA

Floresce em março e novembro, frutifi-ca em maio.

USOS

Possui potencial ornamental e apícola.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

2A, 8C.

Page 18: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

35

Ipomoea tiliacea (Willd.) Choisy

B E J U C O - D E - P O R C O

CARACTERÍSTICAS

Trepadeira, ramos cilíndricos e verru-cosos. Folhas com pecíolo levemente piloso. Lâmina foliar simples ovada, base cordada, de margem inteira. Flores infundibuliformes, com sépalas esver-deadas, a externa menor que as demais, e pétalas rosadas, arroxeadas interna-mente, sendo mais escura no interior do tubo.

DISTRIBUIÇÃO

Américas Central e do Sul. No Brasil nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

FENOLOGIA

Floresce em abril e novembro.

USOS

Possui potencial ornamental.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

8C.

Page 19: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

37

Ipomoea bonariensis Hook.

F L O R - D O - C A S A M E N T O

CARACTERÍSTICAS

Trepadeira, ramos cilíndricos com tri-comas estrelados. Folhas com pecíolo piloso. Lâmina foliar simples lobada, com base cordada, de margem inteira. Flores com sépalas esverdeadas e pé-talas rosadas. Fruto seco acastanhado com sementes pilosas.

DISTRIBUIÇÃO

América do Sul. No Brasil, nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e BA.

FENOLOGIA

Floresce em janeiro e fevereiro, frutifica em maio.

USOS

Possui potencial ornamental.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

3A, 5E, 5F, 7B.

Page 20: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

39

Ipomoea corymbosa (L.) Roth.

L E N Ç O L - B R A N C O

CARACTERÍSTICAS

Liana, ramos cilíndricos e glabros, pre-sença de látex esbranquiçado. Folhas com pecíolo levemente piloso. Lâmina foliar simples ovada, base cordada, de margem inteira. Flores campanuladas, com sépalas esverdeadas e pétalas es-branquiçadas e vináceas na base inter-na da flor. Fruto esverdeado.

DISTRIBUIÇÃO

Américas Central e Sul. No Brasil, na re-gião Sudeste, PA, BA, PR, MS, MT e PR.

FENOLOGIA

Floresce em maio a julho, e frutifica em julho.

USOS

Possui potencial ornamental.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5G, 5H, 39A.

Page 21: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

41

Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult.B A T A T A - B R A V A

CARACTERÍSTICAS

Ervas reptantes estoloníferas, ramos ci-líndricos e glabros. Folhas com pecíolo levemente piloso e sulcado adaxialmen-te. Lâmina foliar simples ovada a renifor-mes de base cordada, de margem intei-ra. Flores infundibuliformes, com sépalas esverdeadas, as externas menores que as internas, e pétalas rosadas.

DISTRIBUIÇÃO

África Ocidental, Oriental e Meridional, Índia, Ásia, Américas Central e Sul. No Brasil, nas regiões Norte e Nordeste, MT e RJ.

FENOLOGIA

Floresce em maio.

USOS

Possui potencial ornamental, na medici-na popular e na apicultura.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5E, 5F.

Page 22: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

43

Distimake dissectus (Jacq.) A.R. Simões & Staples

V I D E I R A - D E - A L A M O

CARACTERÍSTICAS

Trepadeira, ramos cilíndricos e glabros a pilosos. Folhas com pecíolo levemente piloso. Lâmina foliar digitada elíptica, de margem sinuosas. Flores infundibulifor-mes, com sépalas esverdeadas e pétalas esbranquiçadas, anteras torcidas helicoi-dalemente. Fruto seco acastanhado.

DISTRIBUIÇÃO

Américas do Norte, Central e Sul. No Bra-sil em todas as regiões.

FENOLOGIA

Floresce e frutifica em maio.

USOS

Possui potencial ornamental, medicinal e apícola.

LOCALIZAÇÃO NO ARBORETO

5F.

Page 23: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUSTIN, D.F; CAVALCANTE, P.B. Convolvuláceas da Amazônia. Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém, 1982. 134p.

BEDIAGA, B. & GUEDES-BRUNI, R. 2008. Jardim Botânico do Rio de Janeiro: dois séculos de história. In: Ormindo, P. (org.). Guia de Árvores Notáveis: 200 anos do Jardim Botânico do RJ.

BURIL, M. T. Sistemática e filogenia de Jacquemontia Choisy (Convolvulaceae). Tese de Doutorado, Recife, Universidade Fe-deral de Pernambuco. 2013, 339 p.

COELHO, M.A.N. 2008. O inventário da coleção. In: Ormindo, P. (org.). Guia de Árvores Notáveis. 200 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.

FERREIRA, P. P. A; MIOTTO, S. T. S. O gênero Merremia (Con-volvulaceae) na Região Sul do Brasil. Rodriguésia, 2013, 64 (3):635-646.

SAMPAIO, E. V. S. B. 2005. Espécies da flora nordestina de impor-tância econômica potencial. Associação Plantas do Nordeste.

SIMÃO-BIANCHINI, R., FERREIRA, P.P.A., PASTORE, M. 2015. Convolvulaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobra-sil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB93>.

SIMÃO-BIANCHINI, R. 1998. Ipomoea L. (Convolvulaceae) no Sudeste do Brasil. Tese de Doutorado, São Paulo, Universidade de São Paulo, 1998, 476p.

SIMÕES, A.R. & STAPLES, G. 2017. Dissolution of Convolvulace-ae tribe Merremieae and a new classification of the constituent genera. Botanical Journal of the Linnean Society 183: 561-586.

STAPLES, G. 2012. Convolvulaceae – the morning glories and bindweeds. Disponível em http://convolvulaceae. myspecies.info/node/9 (acesso em 26-I-2017).

WOOD, J. R. I., CARINE, M. A., HARRIS, D., WILKIN, P., WILLIAMS, B. & SCOTLAND, R. W. 2015. Ipomoea (Convolvulaceae) in Boli-via. Kew Bull. 70 (31): 1 – 124. doi:10.1007/512225-015-9592-7.

Page 24: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto

47

CHAFARIS DAS MUSAS

JARDIM JAPONÊS

LAGO FREI LEANDRO

ORQUIDÁRIO

BROMELIÁRIO

HERBÁRIO

PESQUISA

BUSTO D. JOÃO V

CACTÁRIO

CENTRO DEVISITANTES

BILHETERIA

ENTRADA

ENTRADA

ENTRADA

ENTRADA

MUSEU DO MEIO AMBIENTE

Page 25: CONVOLVULACEAEaplicacoes.jbrj.gov.br/publica/Convolvulaceae_dupla.pdfidentificações das espécies existentes. De 1890 a 1909, João Barbosa Rodri-gues, organizou a coleção do Arboreto