Conversão de Energia IIvilela-eletrica.weebly.com/uploads/1/4/4/4/14442844/aula_6_2_-_con... ·...
Transcript of Conversão de Energia IIvilela-eletrica.weebly.com/uploads/1/4/4/4/14442844/aula_6_2_-_con... ·...
Conversão de Energia II
Aula 6.2
Máquinas Síncronas
Prof. João Américo Vilela
Departamento de Engenharia Elétrica
Conversão de Energia II
Curva da tensão terminal da armadura a vazio em função da excitação de
campo. Caractéristica de circuito aberto ou a vazio de uma máquina
síncrona, quando ela está girando na velocidade síncrona.
Máquinas Síncronas – Características a vazio e de curto-circuito
fe
af
afI
EL
2
Em circuito aberto a tensão
terminal é igual à tensão gerada
Eaf. Nesse ensaio a indutância
mútua Laf entre campo e armadura
é obtida pela relação entre corrente
de campo If e a tensão Eaf (fase).
Conversão de Energia II
Um ensaio a vazio, realizado em um gerador síncrono trifásico em Y de
60 Hz, mostra que uma tensão nominal a vazio de 13,8 kV (linha) é
produzida por uma corrente de campo de 318 A. Extrapolando a linha de
entreferro a partir de um conjunto de medidas feitas na máquina, pode-se
mostrar que a corrente de campo correspondente a 13,8 kV sobre a linha
de entreferro é 263 A. Calcule os valores, saturado e não saturado, de Laf.
Máquinas Síncronas – Características a vazio e de curto-circuito
Conversão de Energia II
Característica de curto-circuito – os terminais da armadura da máquina
síncrona são curto-circuitados, com a máquina operando na velocidade
síncrona, obtém-se a relação entre corrente de campo e corrente de
armadura.
Máquinas Síncronas – Características a vazio e de curto-circuito
Va = 0 (armadura em curto-circuito)
aSaaf IjXRE )(
Característica a vazio e de
curto-circuito de uma máquina síncrona.
Em curto-circuito a relação entre
corrente de campo e corrente de
armadura é linear, pois o fluxo no
entreferro é baixo, consequentemente,
a máquina opera em condição não
saturada.
Conversão de Energia II
Reatância síncrona não saturada (corresponde a condição não saturada
de operação da máquina)
Máquinas Síncronas – Características a vazio e de curto-circuito
Va,g = Tensão vazio não saturada por fase
0a, para uma corrente de campo f;
Ia,cc = corrente de armadura de curto-
circuito por fase 0’b, para uma corrente de
campo f;
cca
ga
SI
VX
,
,
Característica a vazio e de
curto-circuito de uma máquina
síncrona.
Como a resistência de armadura é
muito menor que a reatância síncrona
vamos despreza a resistência de
armadura
Conversão de Energia II
Máquinas Síncronas – Características a vazio e de curto-circuito
Reatância síncrona saturada (corresponde a condição saturada de
operação da máquina)
Va,nominal = Tensão nominal;
I’a = Corrente de armadura de curto-
circuito 0’c, para a mesma corrente de
campo com tensão nominal;
a
alnoa
satSI
VX
min,
)(
Conversão de Energia II
Relação de curto-circuito (RCC) é definida como sendo a razão entre a
corrente de campo necessária para se gerar a tensão nominal a vazio e a
corrente de campo necessária para se gerar a corrente de armadura
nominal em curto-circuito.
RCC é o inverso do valor por unidade da reatância síncrona saturada.
Máquinas Síncronas – Características a vazio e de curto-circuito
fO
fORCC
CCAV = corrente de campo Of’ necessária
para se obter tensão nominal a vazio;
CCCC = corrente de campo Of’’ necessária
para se obter corrente nominal em curto-
circuito;
CCCC
CCAVRCC
Conversão de Energia II
A Figura abaixo foi obtido dos resultados de ensaios a vazio e em curto-
circuito realizado em um motor síncrono trifásico 50 Hz, ligado em Y, 4000
kW, fator de potência 0,80 capacitivo e 4160 V (tensão de linha) operando
na velocidade nominal. Com esses dados calcule:
a) Indutância saturada Laf;
b) Reatância síncrona não saturada;
c) Reatância síncrona saturada;
d) Relação de curto-circuito;
Exercício
Conversão de Energia II
Sistema em pu (por unidade) => todas as quantidades expressas são
como frações decimais dos chamados valores bases adequadamente
escolhidos. Todos os cálculos usuais são então executados com esses
valores por unidade ao invés dos familiares volts, ampères, ohms.
Valores em “pu”
Apenas duas grandezas de base independentes podem ser escolhidas
“arbitrariamente”; as restantes são determinadas pelas relações dessas
grandezas. Em aplicações típicas, os valores de VAbase e Vbase são
escolhidos primeiro e então os valores de Ibase e Zbase são determinadas.
grandezadabasedeValor
realGrandezaunidadeporGrandeza
____
___
Quando apenas um dispositivo elétrico, tal como um motor, está
envolvido, o próprio valor nominal do dispositivo é usado como base
(potência aparente e tensão).
Conversão de Energia II
Calculo da potência no sistema em pu
Tensões e corrente nominas geram potência nominal, ou seja, tensão de
1 pu e corrente de 1 pu tem que produzir potência nominal igual a 1 pu.
Valores em “pu”
Uma carga trifásica quando apresenta tensão nominal de linha (1 pu),
implica que a tensão de fase está na condição nominal (1 pu).
3
LinhaFase
VV
LinhaLinha IVS 3 FaseFase IVS 3
)()( pupu IVS
puLinhapuFase VV __
Conversão de Energia II
Impedância de base: Por convenção a impedância de base é a
impedância de fase, podendo ser calculada das seguintes formas:
Para uma ligação em Y, temos:
Valores em “pu”
Outra forma de calcular a impedância de base para uma ligação em Y é:
a
Fase
a
Linha
BaseI
V
I
V
Z 3
S
V
V
S
V
I
VZ Linha
Linha
Linha
a
FaseBase
2
3
3
3
LinhaFase
VV
aLinha IVS 3
Conversão de Energia II
Impedância de base: Por convenção a impedância de base é a
impedância de fase, podendo ser calculada das seguintes formas:
Para uma ligação em Δ, temos:
Valores em “pu”
Outra forma de calcular a impedância de base para uma ligação em Δ é:
Fase
a
Linha
aBase
I
V
I
VZ
3
S
V
V
S
V
I
V
I
VZ a
a
a
Linha
a
Fase
aBase
2
3
33
3
LinhaFase
II
a
LinhaLinhaaV
SIIVS
33
Conversão de Energia II
Os seguintes dados foram tomados das características a vazio e de curto-
circuito de uma máquina síncrona trifásica ligada em Y de 45 kVA, 220 V
(tensão de linha), seis pólos e 60 Hz.
Da característica a vazio:
Tensão de linha = 220 V; Corrente de campo = 2,84 A
Da característica de curto-circuito:
Da linha de entreferro:
Corrente de campo = 2,20 A; Tensão de linha = 202 V
Calcule o valor não saturado da reatância síncrona, o seu valor saturado
na tensão nominal e a relação de curto-circuito. Expressar a reatância
síncrona em ohms por fase e por unidade, tomando as especificações
nominais da máquina como base.
Exercício
Corrente de armadura [A] 118 152
Corrente de campo [A] 2,20 2,84
Conversão de Energia II
Cálculo do fluxo de potência entre duas fontes de tensão separadas por
uma impedância.
Características de Ângulo de Carga em Regime Permanente
Potência na fonte E2
cos222 IEP
Φ = ângulo de fase entre I em relação E2
Z
EEI 21
ˆˆˆ
Z
o
Z
EEII
0ˆ 21
Representação de forma polar
Z
E
Z
E ZZ
21
Conversão de Energia II
Cálculo do fluxo de potência entre duas fontes de tensão separadas por
uma impedância.
Características de Ângulo de Carga em Regime Permanente
Corrente no circuito
Onde:
δ = ângulo de fase pelo qual E1 está adianta
em relação E2;
θZ = ângulo de fase da impedância Z;
R
XarctgZ
Z
E
Z
EI ZZ
21ˆ
Conversão de Energia II
Tomando a parte real da equação
Características de Ângulo de Carga em Regime Permanente
Onde:
ZZZ
E
Z
EI coscoscos 21
Z
RZ cos
Multiplicando tudo por E2, temos:
ZZZ
E
Z
EEP
coscos
2
2212
Assim,
2
2
2212
Z
REsen
Z
EEP Z
X
RarctgZZ 90
Conversão de Energia II
Considerando a resistência desprezível R << Z; Z ~= X;
Características de Ângulo de Carga em Regime Permanente
2
2
2212
Z
REsen
Z
EEP Z
senZ
EEPP
21
21
Não tendo perdas a potência de entrada é
igual a de saída P1 = P2.
Para (R = 0), temos (αZ = 0).
O ângulo δ é conhecido como ângulo de potência
X
RarctgZZ 90
Conversão de Energia II
A máquina síncrona tem a tensão gerada Eaf e a reatância síncrona em
série, o sistema de energia e convertido num circuito equivalente de
Thévenin que é uma fonte de tensão VEQ em série com uma impedância
reativa equivalente.
Características de Ângulo de Carga em Regime Permanente
senXX
VEP
EQS
EQaf
Fluxo de potência do gerador síncrono para o sistema de energia.
Conversão de Energia II
O gráfico representa a potência desenvolvida em função do ângulo de
potência, para uma máquina síncrona de rotor cilíndrico.
Características de Ângulo de Carga em Regime Permanente
senXX
VEP
EQS
EQaf
Conversão de Energia II
Um gerador trifásico síncrono de 75 MVA e 13,8 kV, com uma reatância
síncrona saturada de XS = 1,35 por unidade e uma não saturada XS = 1,56
por unidade, é ligado a um sistema externo cuja reatância equivalente é
XEQ = 0,23 por unidade e cuja tensão é VEQ = 1,0 por unidade, ambas
tomando o gerador como base. Ele atinge a tensão nominal de circuito
aberto para uma corrente de campo de 297 A.
a) Encontre a potência máxima (em MW e por unidade) que pode ser
fornecida ao sistema externo se a tensão interna do gerador for mantida
igual a 1,0 por unidade;
b) Agora suponha que o gerador esteja equipado com um regulador
automático de tensão que controla a corrente de campo mantendo
constante a tensão de terminal. Se a carga submetida ao gerador for a
nominal, calcule o correspondente ângulo de potência, a tensão por
unidade e a corrente de campo.
Exercício
Um gerador síncrono de quatro pólos, Y, 60 Hz, 24kV (tensão de linha),
650 MVA e uma reatância síncrona de 1,82 por unidade está operando
em um sistema de potência que pode ser representado por um
barramento de 24 kV (tensão de linha) em série com cada fase uma
impedância reativa de 0,21 Ω/fase. O gerador está equipado com um
regulador de tensão que ajusta a excitação de campo de modo que a
tensão na saída do gerador (tensões de terminal) permanece em 24kV
(tensão de linha) independente da carga do gerador.
A potência de saída do gerador é ajustada para 375 MW.
a) Encontre o módulo (em kA) e o ângulo de fase (em relação à tensão de
terminal do gerador) da corrente de terminal;
b) Determine o fator de potência nos terminais do gerador;
c) Encontre o módulo (em kV) da tensão de excitação do gerador Eaf.
Exercício
Conversão de Energia II