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COOPERAÇO E APRENDIZADO EM ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS: EM BUSCA DE UM REFERENCIAL ANÁLITICO

Jorge BrittoDepart. Economia – UFF e

RedeSist

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Hipóteses Básicas mapeamento e avaliação das práticas

cooperativas é fundamental para a compreensão das características dos processos de aprendizado em APLs.

APLs constituem um locus de aglutinação e criação de competências, por meio de processos coletivos de aprendizado institucionalmente condicionados

articulação existente entre consolidação de práticas cooperativas, aprofundamento do aprendizado por interação e o fortalecimento da competitividade e capacitação doa agentes

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Objetivos da Análise

Identificação de problemas inerentes à avaliação empírica de práticas comparativas em APLs (seção 1)

Discussão de impactos da intensificação de processos de aprendizado no interior de APLs (seção 2)

Utilização de conceitos para diferenciar características e impactos dos processos de aprendizado em duas situações distintas em termos da estrutura de governança de APLs (seção 3)

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I - Cooperação Produtiva e Tecnológica: dimensões relevantes na análise de APLs

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Impactos de Práticas

Cooperativas instrumento eficaz de comunicação e

processamento de informações meio para a aglutinação e integração de

competências complementares exploração de sinergias e economias de

escala/escopo nas atividades de produção, marketing e P&D

forma de enfrentamento da turbulência ambiental: sincronização de ações e estratégias

alternativa para exploração de novas oportunidades produtivas tecnológicas

dimensão intertemporal relevante: caráter "path dependent"

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Elementos Críticos para Análise de Práticas Cooperativas

Contexto industrial e institucional subjacente: padrões de governança

Expectativas de resultados dos agentes face ao esforço empreendido

Complementaridade de competências Arcabouço contratual de

relacionamentos Estímulos e obstáculos ambientais

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Questões Relevantes para Investigação Empírica Nível de análise privilegiado: estudos de caso

e análises do que tipo cross-sector Integração de informações qualitativas e

quantitativas Integração de indicadores de “esforços” e

“resultados” Requisitos básicos em termos dos níveis de

capacitação dos agentes Expectativas dos agentes em termos de

ganhos a serem obtidos Diversidade institucional e contratual dos

arranjos cooperativos Fatores ambientais que estimulam ou criam

obstáculos à cooperação

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Dimensões Básicas da Investigação

1- Mapeamento geral das relações cooperativas

quantificação de relacionamentos cooperativos

caracterização dos agentes envolvidos (clientes, concorrentes, fornecedores, universidades, institutos de pesquisa, empresas de consultoria, etc.)

identificação de localização espacial desses agentes

avaliação subjetiva sobre a importância da cooperação com diversos grupos de agentes

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Dimensões Básicas da Investigação 2 - Caracterização institucional da

cooperação Conteúdo das práticas cooperativas (troca de informações;

ensaios e testes; projetos de desenvolvimento; capacitação de RH; design; melhoria da qualidade; etc.).

Razões que levaram ao engajamento em práticas cooperativas (repartição de custos e riscos; acesso a competências; desenvolvimento de protótipos; scale-up; acesso a mercados; etc.)

Arcabouço contratual de práticas cooperativas (projeto de P&D; relações inter-industriais; consórcios de comercialização; etc.)

Inserção organizacional das atividades relacionadas a práticas cooperativas

Formas de comunicação entre agentes (periodicidade; infra-estrutura; etc.)

Grau de reciprocidade de relacionamentos

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Dimensões Básicas da Investigação

3 - Resultados de Práticas Cooperativas Participação em relação ao conjunto das

atividades inovativas da firma. Comparação da taxa de sucesso dos projetos que

envolvem cooperação com a taxa de sucesso dos demais projetos.

Identificação de outputs do processo de cooperação (patentes conjuntas; papers; melhorias de produto e processo; protótipos; etc.)

Identificação de fatores ambientais que atuam como estímulo ou obstáculo à intensificação da cooperação.

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II - Características dos Mecanismos de Aprendizado em APLs

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2. 1 - Mecanismos Informais de Aprendizado

Características Circulação e disseminação de conhecimentos no

interior de APLs Socialização dos processos de learning-by-doing e

learning-by-using Eqüalização dos patamares de eficiência técnica Compatibilização e integração de tecnologias

utilizadas Definição de procedimentos gerais no tocante à

formação de recursos humanos Modernização de rotinas e procedimentos

operacionais Difusão de técnicas organizacionais. Consolidação de um pool de informações e

conhecimentos comuns

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2. 1 - Mecanismos Informais de Aprendizado

Questões para Investigação Assimetrias entre os agentes em termos dos níveis de

eficiência (produtividade e qualidade) Infra-estrutura informacional subjacente (sistemas de

informação) Características de informações que circulam no

arranjo (tipo e complexidade) Formas de codificação de informações intra-arranjo Formas de transmissão de conhecimento tácito Grau de difusão de modernas técnicas organizacionais Grau de difusão de padrões relativos à qualidade e

normalização técnica em escala local Avaliação dos ganhos logísticos decorrentes da

proximidade espacial

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2. 2 - Aprendizado por Interação Características "Processo social", a partir do qual se desenvolvem

conceitos básicos de linguagem entre os agentes Combinações entre diferentes tipos de conhecimento,

gerando ganhos de variedade em termos de produtos e mercados.

Estabelecimento de relações não-econômicas entre os agentes

Confiança mútua entre agentes requer determinado tempo para se desenvolver

Importância de “capital social” e de quadro sócio-econômico-cultural

Relevância de fatores não-econômicos e de regras, convenções e práticas socialmente construídas

Desenvolvimento de recursos humanos em escala local

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2. 2 - Aprendizado por Interação Questões para Investigação Formas de associativismo desenvolvidas localmente Relações não-econômicas estabelecidas localmente Características do quadro sócio-econômico-cultural local Grau de consolidação de instituições locais Perfil de qualificação formal da mão de obra: nível de

escolaridade e estrutura de ocupações Requisitos de qualificação (formal e informal) definidos

em função do padrão de especialização das empresas integradas aos arranjos

Contribuição oferecida pelo sistema educacional local Esforços realizados localmente para o desenvolvimento

de recursos humanos Articulação existente entre o setor empresarial e a infra-

estrutura educacional local

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2. 3 - Aprendizado Formal

Características Criação de conhecimentos tecnológicos

intencionalmente desenvolvidos em cooperação Divisão de trabalho quanto às atividades inovativas

(incluindo P&D formal e outras atividades) Economias de escala e os ganhos de especialização em

atividades inovativas Redução de custos e tempo (lead-time) do esforço

inovativo Integração de competências interdisciplinares Esforços inovativos e articulações com a infra-estrutura

científico tecnológica. Coordenação das estratégias tecnológicas “Abertura” das estratégias para busca de competências

complementares disponíveis em escala local

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2. 3 - Aprendizado Formal

Questões para Investigação Interesses e objetivos de agentes na realização de esforços

conjuntos de P&D Identificação de linhas de investigação privilegiadas em esforços

inovativos conjuntos Grau de “formalização” do esforço inovativo consubstanciado em

gastos de P&D Grau de assimetria, convergência ou complementaridade entre o

padrão de realização de esforços formais de P&D Padrão de especialização dos diversos agentes no âmbito dos

projetos inovativos conjuntos Arcabouço institucional de projetos inovativos conjuntos em escala

local Performance inovativa de agentes envolvidos em projetos conjuntos Orientação das estratégias tecnológicas das firmas integradas aos

arranjos Avaliação do grau de adequação da infra-estrutura científico-

tecnológica local

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2. 4 -Fortalecimento de Competências

Características Trajetória evolutiva de esforços tecnológicos e

a performance inovativa Melhoria qualitativa de fatores produtivos

fundamentais. Desenvolvimento de capacidade para

identificar oportunidades relacionadas à evolução do ambiente

Desenvolvimento de capacidade para identificar gargalos em áreas crítica.

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2. 4 -Fortalecimento de Competências

Questões para Investigação Evolução geral dos gastos de P&D ao longo de

determinado período Evolução de outros gastos: aquisição de

equipamentos e de tecnologias externas Evolução do desempenho inovativo: ritmo de

introdução de inovações no mercado Avaliação sobre a educação formal e o perfil das

qualificações da mão de obra Requisitos de qualificação (formal e informal)

definidos em função do padrão de especialização produtiva e tecnológica das empresas

Difusão de práticas de prospecção tecnológica Capacidade para identificar áreas críticas em termos

dos níveis de capacitação

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III - Mecanismos de Aprendizado em Arranjos Produtivos Locais: uma análise exploratória

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Análise exploratória: características de processos de aprendizado em APLs

Duas situações distintas: arranjos presentes em setores tradicionais,

com estrutura de governança pouco hierarquizada, com forte presença de pequenas e médias empresas

arranjos produtivos hierarquizados em indústrias de montagem, com centralização dos fluxos produtivos e do comando decisório nas mãos de empresas centrais

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Aprendizado em Arranjos Produtivos

Tradicionais Conformação institucional do ambiente produtivo local

Forte presença de PMEs. Coordenação promovida por intermediários envolvidos com

a comercialização ou por firmas montadoras mais capacitadas.

Papel relevante da presença de centros de prestação de serviços técnicos especializados ao nível local.

Importância de associações empresariais..Desenvolvimento de recursos humanos em escala local

Baixas exigências em termos de qualificação formal Importância de qualificações informais consolidadas Importância da montagem de centros de treinamento para

qualificação técnica. Relevância do apoio de instituições voltadas para

capacitação técnica (públicas e privadas).

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Aprendizado em Arranjos Produtivos

Tradicionais Aprendizado Informal – intercâmbio de informações Intercâmbio não sistemático de informação sobre a performance

e qualidade de insumos, componentes e equipamentos. Normalização do design e atributos do produto Fluxos de informações simples e uni-direcionais (one-way). Ações coletivas visando disseminação de informações,

utilizando associações empresariais e recorrendo-se a diversos instrumentos (feiras, reuniões, etc.).

Aprendizado Informal – impactos da interação Tendência a upgrade do design de produtos e componentes Difusão de padrões técnicos; Redução de assimetrias em termos de eficiência produtiva; Difusão de procedimentos de controle de qualidade; Disseminação de técnicas organizacionais e provisão de

serviços técnicos. Articulação logística com atividades de comercialização.

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Aprendizado em Arranjos Produtivos

Tradicionais Padrão de realização de esforços inovativos formais Esforços inovativos não-sistemáticos (“innovation without R&D”). Inovações induzidas por fornecedores de equipamentos e de insumos

críticos. Esforços de caráter “formal” baseados numa centralização das

atividades de design em firmas mais capacitadas ou em agentes distribuidores.

Possibilidade de articulação entre empresas visando upgrade tecnológico de produtos e/ou processos (ex:consórcios de exportação).

Possibilidade de expansão para “nichos” mais dinâmicos do mercado que trabalham com produtos mais sofisticados..

Resultados de esforços inovativos formais Inovações incrementais baseadas em variações no design de produtos e

componentes. Atualização do design de produtos face a tendências o mercado. Exploração de segmentos mais dinâmicos dos mercados atendidos

(produtos com design mais sofisticado e com maior valor agregado)

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Aprendizado em Arranjos Produtivos Hierarquizados

Conformação institucional do ambiente produtivo local Estrutura de governança hierarquizada (“centro-radial”), comandada por

grandes firmas montadoras com vários níveis de fornecedores de subsistemas e componentes

Hierarquização de fornecedores em função de suas competências técnicas. Estabelecimento de critérios em termos de qualidade, nível tecnológico e

performance por empresas centraisDesenvolvimento de recursos humanos em escala local Maiores exigências em termos de qualificação formal. Qualificação técnica sofisticada (difusão de processos de automação

industrial e de modernas técnicas organizacionais). Exigências específicas em termos de flexibilidade, disponibilidade e

polivalência Possibilidade de favorecimento do trabalho precário em elos da cadeia de

suprimento. Maior relevância do treinamento in-house; centros de treinamento

desempenham papel complementar

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Aprendizado em Arranjos Produtivos Hierarquizados

Aprendizado Informal – intercâmbio de informações Intercâmbio de informações para otimizar fluxos de componentes e

provisão de serviços especializados na cadeia de suprimento. Intenso intercâmbio de informações sobre performance e qualidade de

componentes e subsistemas. Intercâmbio atrelado ao co-desenvolvimento de novos componentes. Intercâmbio vinculado à provisão se serviços técnicos especializados Fluxos de informações bi-direcionais, em infra-estrutura sofisticada (redes

inter-corporativas).Aprendizado Informal – impactos da interação Ganhos logísticos devido à otimização da cadeia de suprimento de insumos

e serviços Aperfeiçoamento dos componentes e subsistemas existentes. Implementação de sistemas de controle de qualidade total nas relações

inter-industriais. Desenvolvimento de novos componentes e subsistemas. Adaptação de serviços técnicos às necessidades de empresas centrais.

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Aprendizado em Arranjos Produtivos Hierarquizados

Padrão de realização de esforços inovativos formais “Inovações programadas” através de projetos de desenvolvimento baseados

na integração de novos componentes e sub-sistemas. Possibilidade de articulação de agentes em novos projetos a partir estruturas

de coordenação próprias (“task-forces”). Forte interação com principais fornecedores no design de novos produtos, no

desenvolvimento de novos componentes e na adequação de serviços técnicos Atividades de design e desenvolvimento repartidas entre agentes localizados

em diferentes estágios das cadeias produtivas. Principais resultados de esforços inovativos formais Consolidação de “regimes de variedade” em termos das inovações de produto Desenvolvimento de variantes dos produtos com base na mesma arquitetura. Redefinições periódicas da arquitetura modular. Viabilização de projetos de desenvolvimento de novos produtos, a partir de

task-forces dedicadas.