Cordel - Livre Para Ser Humano

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O tráfico de seres humanos e suas implicações.

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LIVRE PARA SER HUMANOUma luta contra o trficode Pessoas

Autores: Subtenente Jos Alves FilhoTenente Coronel Ricardo Jacinto dos Santos

Soldado Jailton Matoso

Rebusquei no pensamento

Em busca de uma orao

Pra falar de Pernambuco

O meu amado torro

Achei a palavra livre

Como em forma de cano

Livre fala do arbtrio

Da liberdade de escolha

De um povo forte e guerreiro

Que no foge da batalha

Que do infante ao adulto

No corre e nem se atrapalha

A vida feita de bnos

Pois Deus assim planejou

Colocou tudo nos eixos

E para o homem deixou

Porm ele insatisfeito

Em tudo se complicou

Desta forma o que doce

Termina ficando amargo

O homem em sua insensatez

Mais e mais amargurado

Das multides de pecados

Se tornando escravizadoO dilema vai crescendo

As famlias embrutecendo

Os dias que eram serenos

Pelo mal se enegrecendo

E pela falta de sorte

O pobre vai se perdendo

Sobreviver tem seu preo

Neste mundo to insano

E o pai e a me de famlia

Termina perdendo o sono

De tanto pensar na fome

Vai se tornando um tirano

Mercadejar sua prole

Pode ser uma medida

Pensa o homem e a mulher

Olhando pra triste vida

Que leva a sua famlia

Sem po, sem f, sem sada

E o mercador traioeiro

Vivendo abastada vida

Com o seu carro importado

E sua lancha de fibra

Ver na pobreza extrema

A sua forma de lida

O dilema vai crescendo

As famlias embrutecendo

Os dias que eram serenos

Pelo mal se enegrecendo

E pela falta de sorte

O pobre vai se perdendo

Sobreviver tem seu preo

Neste mundo to insano

E o pai e a me de famlia

Termina perdendo o sono

De tanto pensar na fome

Vai se tornando um tirano

Mercadejar sua prole

Pode ser uma medida

Pensa o homem e a mulher

Olhando pra triste vida

Que leva a sua famlia

Sem po, sem f, sem sada

E o mercador traioeiro

Vivendo abastada vida

Com o seu carro importado

E sua lancha de fibra

Ver na pobreza extrema

A sua forma de lidaConsome bilhes de reais

O trfico de seres humanos

Transformando sonhos dbeis

Em pesadelos insanos

De uma juventude pobre

Tragada pelos tiranos

Representa o mais cruel

Ato de um ser humano

So roubadores de vida

Perversos e desumanos

Escravagistas de sonhos

E causadores de danos

E nosso querido estado

De lutas e tradies

No est livre da peste

E de suas perverses

Mas ns expomos um plano

Pra ajudar os cidados

O amor nosso guia

Nesta grande empreitada

As famlias pernambucanas

nossa grande cartada

E usando a informao

Vamos vencer a jogada

Ns somos o Leo do Norte

De tantas lutas e glrias

E com a Polcia Militar

Vamos alcanar vitria

Com um projeto elaborado

Queremos fazer histria

O trfico de seres humanos

Ns queremos enfrentar

Com uma tropa preparada

Para a luta encarar

Do Litoral ao Serto

Todos vo se aprontar

A Carta Magna chamou

E tratou no Artigo quinto

Debateu tudo estudou

Pra desatar o conflito

E no artigo trinta e sete

Deixou tudo bem distinto

Da algema ao cassetete

Tudo foi bem explicado

No artigo cento e quarenta e quatro

Muito bem analisado

Do Governo ao Cidado

Seremos todos chamados

Ningum pode ficar fora

Desta grande operao

A unio gera a fora

E fortalece o cidado

O processo grandioso

Mas o tema preveno

A pobreza um dilema

Que expe o cidado

Leva a jovem para estrada

Vendida em prostituio

Traz a misria pra casa

Por falta de redeno

A coisa se torna grande

Com a proposta mentirosa

De emprego e bons salrios

E jamais mendigao

Ficar rica e majestosa

E viver com mansido

Assim fala o salafrrio

Prometendo e armando o bote

Para agarrar sua presa

E aplicar o calote

Mas quando chega ao destino

sofrimento e chicote

A mulher abusada

Numa vida de escrava

Perdendo a identidade

E os rumos de sua estrada

Sofre muita humilhao

E nunca paga a estada

Sem contato e sem famlia

E longe do seu torro

At pra se comunicar

de perder a razo

Pois no fala o idioma

Daquela estranha nao

Sexo, droga e humilhao

Faz parte das aflies

De se viver sem futuro

Sem sonho e sem iluses

Nem mesmo para chorar

Pode aos olhos dar vazo

Cada dia uma prova

Cada encontro um sofrimento

Dura a sua jornada

J no suporta o tormento

Por isso em muitos casos

A morte um livramento

Um jovem recm formado

Tambm sofre a seduo

Num pacote bem bolado

Ele paga a comisso

Cuidado trabalhador!

bom prestar ateno

Companheiros ateno

Nos postos de gasolina

Do Litoral ao Serto

Sempre tem muitas meninas

Observe o movimento

Veja se no desanima

Com poltica estruturada

O Governo do Estado

Para prevenir a dor

Quer tudo mundo engajado

Para lutar contra o trfico

Ningum vai ficar parado

Para cumprir a misso

Cada passo importante

Coletar informaes

E depois passar adiante

Imitando a formiguinha

Sempre unidos, avante!

No deixe nada passar

Honre a corporao

Voc no est sozinho

Pode contar com o irmo

Com o elo bem ajustado

Vamos cumprir a misso

A batalha muito rdua

Pois o crime diferente

A vtima tende a ceder

Pois se tornou um descrente

Sem emprego e sem viso

Aceita ser dependente

Imagina a pobre vtima

Que qualquer situao

Mesmo sendo explorada

melhor que seu padro

s vezes vendendo rgos

S lhe sobra o corao

Se algum lhe chama ateno

Ele diz que o rgo seu

Que est desempregado

Mendigando e ningum deu

Mesmo sem est mais inteiro

Agora o dinheiro seu

Aqueles mais infelizes

No tem parte no bolo

Pois contra a sua vontade

Tiram-lhe qualquer funo

Fgado, rins e tecidos

No sobra nem corao

A carcaa descartada

Como de um animal qualquer

A famlia desolada

No sabe mais o que quer

E o crime enriquecendo

Sabendo bem como

A jovem muito formosa

Com fome e nenhum futuro

Sonhando em ficar charmosa

E sair daquele monturo

Aceita qualquer proposta

Mesmo tendo que dar duro

Muitas delas vo pensando

Pior no pode ficar

Quem sabe eu encontro um gringo

Que pode me ajeitar

Com dores e sofrimentos

No vou mais me incomodar

Caminhando nesta viso

Vidas so esfaceladas

No s uma priso

So almas dilaceradas

O caso requer urgncia

E decises acertadas

Vencer a burocracia

A nossa rede ativar

Com muita desenvoltura

Vamos vidas resgatar

Com a devida integrao

Avante! vamos marchar!

Juntos com a Corporao

Em cada cidade do Estado

Vamos o mal enfrentar

Tendo um ponto ajustado

Seja grande ou bem pequena

Agindo dentro do esquema

Se o crime confirmar

A vtima no vamos expor

No esta a misso

Nem faz parte do labor

Com uma correta ao

Mostremos nosso valor

Se cada caso um caso

A soluo tambm

Procure a informao

Para saber qual que

O local na sua cidade

Que melhor lhe convier

Agindo como um perito

Faamos tudo direito

No s jogar a vtima

Podendo perder o preito

Procure saber de tudo

Porm tendo muito jeito

Cuidado ao verbalizar

Fale s para ajudar

A ningum de forma alguma

Voc deve maltratar

Lembre-se que sob tica

Que podemos nos chegar

Este assunto no fcil

Nem tambm simplificado

Pensando que s a Lei

Pode prover o aparato

Povo e fora militar

Tem que estar bem integrado

preciso boa instruo

Para o tema explicar

Fazendo explanao

Em toda rede escolar

Promovendo em cada aluno

Fora pra multiplicar

Reproduzir voluntrios

Certificando os agentes

Valorizando o trabalho

De cada um componente

Que se engajar nesta causa

To nobre e to urgente

Partindo de muitas foras

Este Estado varonil

Reage como o primeiro

Na eterna ptria Brasil

Atento contra este crime

Marchando pra combater

Bramindo o Leo do Norte

Uma guerra pra vencer

Crime contra a humanidade

Onde for, vamos deter!Para o triunfo do mal,

basta que os bons faam nada.

Edmund BurkeSABENDO MAIS DA CONSTITUIO

Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio;II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;Art. 144. A segurana pblica, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercida para a preservao da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio, atravs dos rgos competentes.SABENDO MAIS SOBRE O CDIGO PENAL

FAVORECIMENTO DA PROSTITUIO

Art. 228 - Induzir ou atrair algum prostituio, facilit-la ou impedir que algum a abandone:

Pena - recluso, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

1 - Se ocorre qualquer das hipteses do 1 do artigo anterior:

Pena - recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos.

2 - Se o crime, cometido com emprego de violncia, grave ameaa ou fraude:

Pena - recluso, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, alm da pena correspondente violncia.

3 - Se o crime cometido com o fim de lucro, aplica-se tambm multa.

TRFICO DE MULHERES

Art. 231 - Promover ou facilitar a entrada, no territrio nacional, de mulher que nele venha exercer a prostituio, ou a sada de mulher que v exerc-la no estrangeiro:

Pena - recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos.

1 - Se ocorre qualquer das hipteses do 1 do art. 227:

Pena - recluso, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.

2 - Se h emprego de violncia, grave ameaa ou fraude, a pena de recluso, de 5 (cinco) a 12 (doze) anos, alm da pena correspondente violncia.

3 - Se o crime cometido com o fim de lucro, aplica-se tambm multa.