Corpo espiritual e volitação

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CORPO ESPIRITUAL E VOLITAÇÃO Evolução em Dois Mundos – Parte II

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Corpo Espiritual e volitao

Corpo Espiritual e volitaoEvoluo em Dois Mundos Parte II

Escrevendo acerca do corpo espiritual, que Allan Kardec denominou perisprito, no se prope Andr Luiz traar esse ou aquele estudo mais profundo, fazendo a discriminao dos principios que o estruturam, com o fim de equacionar debatidos problemas da filosofia e da religio. (Emmanuel - Anotaes do Evoluo em Dois Mundos)Corpo espiritual

Corpo espiritual"Semeia-se corpo animal, ressucitar corpo espiritual. Se h corpo animal, h tambm corpo espiritual" - Paulo - Corintios 15, 44

Corpo espiritualA Gnese Cap XIV Itens 7 e 8: Formao e propriedades do perisprito

7. O perisprito, ou corpo fludico dos Espritos, um dos mais importantes produtos do fluido csmico; uma condensao desse fluido em torno de um foco de inteligncia ou alma. J vimos que tambm o corpo carnal tem seu princpio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matria tangvel. No perisprito, a transformao molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etreas. O corpo perispirtico e o corpo carnal tm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos so matria, ainda que em dois estados diferentes.

Corpo espiritualA Gnese Cap XIV Itens 7 e 8: Formao e propriedades do perisprito

8. Do meio onde se encontra que o Esprito extrai o seu perisprito, isto , esse envoltrio ele o forma dos fluidos ambientes. Resulta da que os elementos constitutivos do perisprito naturalmente variam, conforme os mundos.

Podemos receber alguma informao sobre a volitao do corpo espiritual?Volitao - deslocamento do corpo espiritual no meio etreo, por um processo de locomoo que d a idia de vo

Andr Luiz compara o ressurgimento do esprito para o mundo espiritual metamorfose que transforma determinadas espcies de insetos. Podemos receber alguma informao sobre a volitao do corpo espiritual?

Ao encapsular-se, a metamorfose atinge, de modo mais acentuado, os msculos e o aparelho digestivo, sendo os sistemas nervoso e circulatrio apenas levemente alcanados. Aps essa etapa, alguns rgos retomam o estado embrionrio caracterstico do perodo de formao daquele corpo fsico. Somente ento as clulas iniciam o processo de recomposio, dando incio formao do organismo definitivo do inseto adulto.Podemos receber alguma informao sobre a volitao do corpo espiritual?

De forma anloga, o esprito ressurge no plano espiritual com seu perisprito portando as alteraes na massa muscular e no aparelho digestivo, em conseqncia da desencarnao, mas sem sofrer maiores transformaes na sua constituio geral. Podemos receber alguma informao sobre a volitao do corpo espiritual?

Atravs do pensamento contnuo e da atrao ditada por seu psiquismo, que ento se manifestam livres dos embaraos opostos pelo corpo fsico, o esprito adquire faculdades que vo lhe permitir o deslocamento no novo plano de vida, fenmeno conhecido como "volitao", que d a idia de vo. Podemos receber alguma informao sobre a volitao do corpo espiritual?

Esta a explicao possvel, pois, esclarece o Autor, no ser fcil expressar, para os que se encontram encarnados, uma idia mais precisa acerca do corpo espiritual, uma vez que a mente, na vida fsica, encontra-se direcionada inteiramente aos problemas terrenos, incapaz de perceber o mundo composto de raios, ondas, fluidos e energias em que vive.Podemos receber alguma informao sobre a volitao do corpo espiritual?

...lembrei certa lio de Tobias, quando me dissera: "aqui em Nosso Lar, nem todos necessitam de aerbus para se locomoverem, porque os habitantes mais elevados da colnia dispem do poder de volitao" (Nosso Lar - Cap 50 - Cidado de Nosso Lar)Podemos receber alguma informao sobre a volitao do corpo espiritual?

Como entendermos a mente em si, individualizada e operante, se as clulas do corpo espiritual tm vida prpria como as do corpo fsico?Embora as clulas que constituem o corpo espiritual tenham vida prpria, como as do organismo fsico, suas aes so dirigidas pela mente, convergindo todas para o fim a que se destinam.

Como entendermos a mente em si, individualizada e operante, se as clulas do corpo espiritual tm vida prpria como as do corpo fsico?Andr Luiz compara a uma fbrica no mundo corporal, em que suas peas so supervisionadas e comandadas por uma gerncia, todas operando no sentido de um fim colimado, no caso um determinado produto.

Quais os mecanismos das alteraes de cor, densidade, forma, locomoo e ubiqidade do corpo espiritual?Segundo Andr Luiz, no h como explicar, de maneira clara, os mecanismos destas ocorrncias, por faltar uma terminologia adequada na linguagem terrena. Com relao s alteraes de cor, densidade e forma do corpo espiritual, do mesmo modo que ocorre com relao ubiqidade nas manifestaes do esprito, d a entender que se operam pela fora do pensamento.

Quais os mecanismos das alteraes de cor, densidade, forma, locomoo e ubiqidade do corpo espiritual?O pensamento e a vontade so elementos plsticos e organizadores (Pensamento e vontade - Ernesto Bozzano)

Pensar criar (Po Nosso - Cap. 15 - Emmanuel)

UBIQUIDADECerta feita, Antnio de Pdua estava pregando na Itlia para grande multido de fiis, quando para de sbito e fica imvel. Os ouvintes, reconhecendo os dons do santo, ficaram a esperar em silncio profundo, por saberem que o Mstico de Pdua poderia estar em colquio com os Cus. Naquele mesmo momento, em Portugal, seu pai, o Sr. Martinho de Bulhes, estava sendo condenado injustamente pela mortede um homem.

UBIQUIDADEO pregador franciscano, usando de recursos de ubiquidade, aparece no tribunal e prope-se a defender o ru. As suas palavras sobremaneira eloquentes, acalmaram as testemunhas mais irritadas, fazendo-as pensar no crime que estavam cometendo, ao afirmarem mentiras diante de um tribunal, visando a umas poucas moedas.

UBIQUIDADEAquelas pessoas compradas antes de consolidarem o macabro crime, pensaram: essa morte foi to escondida, que qualquer um pode ser o criminoso. Como se enganam os ignorantes; nada, mas nada, na face da Terra, ficar oculto que no seja anunciado. Ningum engana a Deus, assim como inocentes verdadeiros no sero atropelados pelo destino; ningum recebe o que no merece.

UBIQUIDADEAntnio, depois de argumentar em defesa do pai, partiu da teoria racional para a parte prtica:- Dignssimo Senhor Juiz e carssimos irmos que nos ouvem neste tribunal de justia humana, falo-vos como se fosse na presena de Deus em aliana com Jesus Cristo. Depois que conversamos, com certeza ficastes conscientes da inocncia deste ru,

mas bom que provemos a verdade que vos falo. Haveis de perguntar!... Como? Eu vos peo, em nome da lei, que me acompanheis at o cemitrio; eu vou falar com o morto. Ele ser a melhor testemunha da questo em vigncia.

UBIQUIDADEOlhou dentro dos olhos do Juiz e ordenou com brandura: Vamos, meu senhor, porque a lei nada teme, desde quando a verdade aparea.Este, no resistindo, levantou-se. E Antnio, continuando a olhar para os assistentes, tomou a falar: - Vamos em nome de Deus e de Cristo!

Mas no foram muitos os que acompanharam Antnio ao cemitrio; poucos bastaram para registrar na histria, onde um defunto salvou o ru da priso.

UBIQUIDADEAps provar a inocncia do pai, Frei Antnio andou com o povo alguns passos, desaparecendo sem que este o percebesse, retomando ao seu corpo na Itlia, recomeando seu sermo. O povo quase esttico esperava a mensagem de esperana, para eles que sofriam na pele, o drago do desespero. Antnio demorara um pouco na sua viagem espiritual; no entanto, como foi fazer uma

caridade, os companheiros espirituais ficaram dando assistncia aos ouvintes na Itlia, at que este chegasse para novamente falar-lhes. Francisco de Assis Joo Nunes Maia/Miramez

Em que condies o corpo espiritual de um desencarnado sofrer compresses, escoriaes ou ferimentos?Quanto a ferimentos e leses de um modo geral, guardada a devida relatividade, o Autor explica que se d nas mesmas condies que acontecem com o corpo fsico na vida na Terra.

Em que condies o corpo espiritual de um desencarnado sofrer compresses, escoriaes ou ferimentos?Os Mensageiros Cap. 20: Defesas contra o mal Andr Luiz/Chico Xavier:

Mas... e as armas? perguntei acaso so utilizadas? Como no? disse Alfredo, pressuroso no temos balas de ao, mas temos projteis eltricos. Naturalmente, a ningum atacaremos. Nossa tarefa de socorro e no de extermnio.

Em que condies o corpo espiritual de um desencarnado sofrer compresses, escoriaes ou ferimentos? No entanto aduzi, sob forte impresso , qual o efeito desses projteis? Assustam terrivelmente respondeu ele, sorrindo e, sobretudo, demonstram as possibilidades de uma defesa que ultrapassa a ofensiva. Mas apenas assustam? tornei a interrogar.

Alfredo sorriu mais significativamente e acrescentou:

Em que condies o corpo espiritual de um desencarnado sofrer compresses, escoriaes ou ferimentos? Poderiam causar a impresso de morte. Que diz! exclamei com insofrevel espanto.O administrador meditou alguns instantes e, ponderando, talvez, a gravidade dos esclarecimentos, obtemperou:

Em que condies o corpo espiritual de um desencarnado sofrer compresses, escoriaes ou ferimentos? Meu amigo! meu amigo! se j no estamos na carne, busquemos desencarnar tambm os nossos pensamentos. As criaturas que se agarram, aqui, s impresses fsicas, esto sempre criando densidade para os seus veculos de manifestao, da mesma forma que os Espritos dedicados regio superior esto sempre purificando e elevando esses mesmos veculos. Nossos projteis, portanto, expulsam os inimigos do bem atravs de vibraes do medo, mas poderiam causar a iluso da morte, atuando sobre o corpo denso dos nossos semelhantes menos adiantados no caminho da vida.

Qual a ordem de formao dos centros vitais pelo princpio inteligente no seu corpo espiritual?A formao dos centros vitais no corpo espiritual pelo princpio inteligente d-se com o incio de vida das clulas, sob a direo e superviso dos Orientadores Espirituais. Esclarece o Autor, contudo, que no dispe ainda de conhecimentos tcnicos que o permitam penetrar nos mecanismos de aparecimento e desenvolvimento dos rgos no ser vivo.

Como se processa a exteriorizao dos centros vitais?Associando conhecimento magntico e sublimao espiritual, os cientistas humanos chegaro, por si prprios, realizao referida, como j atingiram noes preciosas quanto regresso da memria e exteriorizao da sensibilidade.

Como se processa a exteriorizao dos centros vitais?Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XVII: Sede Perfeitos Os bons Espritas:... h homens de notria capacidade que no a compreendem, ao passo que inteligncias vulgares, moos mesmo, apenas sados da adolescncia, lhe apreendem, com admirvel preciso, os mais delicados matizes. Provm isso de que a parte por assim dizer material da cincia somente requer olhos que observam, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instruo, porque peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Esprito encarnado.

Como se processa a exteriorizao dos centros vitais?Em alguns ainda muito tenazes so os laos da matria para permitirem que o Esprito se desprenda das coisas da Terra; a nvoa que os envolve tira-lhes a viso do infinito, donde resulta no romperem facilmente com os seus pendores, nem com seus hbitos, no percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que so dotados.

Qual a importncia da relao existente entre o bao e o centro esplnico, se o bao pode ser extirpado sem maiores prejuzos continuao da existncia do encarnado?A extirpao do bao no corpo fsico no implica na anulao deste rgo no corpo espiritual. Assim, interligando-se a outras fontes do sistema sangneo, responsveis pela formao do sangue, o bao prossegue funcionando no perisprito, obedecendo ao comando da mente.

Como compreenderemos a situao dos centros vitais no caso dos "ovides"?

Para que possamos compreender a situao dos centros vitais num corpo espiritual que assume a forma ovide, Andr Luiz nos remete ao processo de germinao da semente, que encerra dentro de si os princpios da formao da rvore futura. Ou seja, no ovide, os centros vitais, afetados pela minimizao do corpo espiritual, mantm dentro de si, em estadolatente, os princpios que os faro desenvolver-se futuramente, quando o perisprito retomar a forma normal.