Correção Do Fator de Potência

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Estudo do correção do fator de potencia, eletronica de potencia

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  • Universidade Federal da Paraba - UFPB

    Centro de Energias Alternativas e Renovveis CEAR

    Programa de Ps-Graduao em Engenharia Eltrica PPGEE

    Disciplina de Eletrnica de Potncia

    Discentes: Fabrcio de Aquino Santos e Phablo Cabral de Oliveira

    Docente: Prof. Dr. Isaac Soares de Freitas

    Correo do Fator de

    Potncia

  • Sumrio

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 2

    Introduo

    Fator de Potncia Conceitos Bsicos

    Consequncias e Causas de um Baixo

    Fator de Potncia

    Vantagens da Correo do Fator de

    Potncia

    Tipos de Correo de fator de Potncia Correo passiva do fator de potncia

    Correo ativa do fator de potncia

    Pr-reguladores de fator de Potncia Conversor boost

    Conversor buck-boost

    Conversor buck

    Outros conversores

    Conversor Boost como Pr-Regulador

    Concluso

    Referncias Bibliogrficas

  • Introduo

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 3

    .

    O Fator de Potencia uma questo cada vez mais relevante para

    projetistas de equipamentos eletroeletrnicos, pois um menor

    consumo e um melhor aproveitamento da energia eltrica algo que

    preocupa.

    Objetivando otimizar o uso da energia eltrica gerada no pas, a

    ANEEL (Agncia Nacional de Energia Eltrica), estabeleceu que o

    fator de potncia mnimo deve ser 0,92.

    Com o avano da tecnologia e com o aumento das cargas no

    lineares nas instalaes eltricas, a correo do fator de potncia

    passa a exigir alguns cuidados especiais.

  • Fator de potncia:

    Conceitos Bsicos

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 4

    .

    A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia

    reativa indutiva, tais como: motores, transformadores, reatores para

    lmpadas de descarga, fornos de induo, entre outros.

    As cargas indutivas necessitam de campo eletromagntico para seu

    funcionamento, por isso sua operao requer dois tipos de potncia:

    Potncia Ativa e Potncia Reativa.

    A potncia ativa sempre consumida na execuo de trabalho, a

    potncia reativa, alm de no produzir trabalho, circula entre a carga

    e a fonte de alimentao, ocupando um espao no sistema eltrico

    que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa.

  • Fator de potncia:

    Conceitos Bsicos

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 5

    .

    Potncia ativa: Potncia que efetivamente

    realiza trabalho gerando calor, luz, movimento,

    etc.. medida em kW.

    Potncia reativa: Potncia usada apenas

    para criar e manter os campos eletromagnticos

    das cargas indutivas. medida em kvar.

  • Fator de potncia:

    Conceitos Bsicos

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 6

    .

    O fator de potncia a razo entre a potncia ativa e a potncia

    aparente. Ele indica a eficincia do uso da energia.

    Um alto fator de potncia indica uma eficincia alta e inversamente,

    um fator de potncia baixo indica baixa eficincia energtica.

    Um tringulo retngulo frequentemente utilizado para representar as

    relaes entre kW, kvar e kVA.

  • Fator de potncia:

    Consequncias e Causas de um Baixo Fator

    de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 7

    .

    Causas do Baixo fator de Potncia:

    - Motores de induo trabalhando a vazio;

    - Motores superdimensionados para sua necessidade de trabalho;

    - Transformadores trabalhando a vazio ou com pouca carga;

    - Reatores de baixo fator de potncia no sistema de iluminao;

    - Fornos de induo ou a arco;

    - Mquinas de tratamento trmico;

    - Mquinas de solda;

    - Nvel de tenso acima do valor nominal provocando um aumento do

    consumo de energia reativa.

  • Fator de potncia:

    Consequncias e Causas de um Baixo Fator

    de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 8

    .

    Principais Consequncias

    - Acrscimo na conta de energia eltrica por estar operando com baixo

    fator de potncia;

    - Limitao da capacidade dos transformadores de alimentao;

    - Quedas e flutuaes de tenso nos circuitos de distribuio;

    - Sobrecarga nos equipamentos de manobra, limitando sua vida til;

    - Aumento das perdas eltricas na linha de distribuio pelo efeito Joule;

    - Necessidade de aumento do dimetro dos condutores;

    - Necessidade de aumento da capacidade dos equipamentos de

    manobra e de proteo.

  • Fator de potncia:

    Vantagens da Correo do Fator de

    Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 9

    .

    Vantagens da Empresa

    - Reduo significativa do custo de energia eltrica;

    - Aumento da eficincia energtica da empresa;

    - Melhoria da tenso;

    - Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra;

    - Aumento da vida til das instalaes e equipamentos;

    - Reduo do efeito Joule;

    - Reduo da corrente reativa na rede eltrica.

  • Fator de potncia:

    Vantagens da Correo do Fator de

    Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 10

    .

    Vantagens da Concessionria

    - O bloco de potncia reativa deixa de circular no sistema de transmisso

    e distribuio;

    - Evita as perdas pelo efeito Joule;

    - Aumenta a capacidade do sistema de transmisso e distribuio para

    conduzir o bloco de potncia ativa;

    - Aumenta a capacidade de gerao com intuito de atender mais

    consumidores;

    - Diminui os custos de gerao.

  • Tipos de Correo de Fator de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 11

    .

    O circuito retificador de entrada tipicamente utilizado em fontes chaveadas consiste em uma ponte de diodos e um filtro capacitivo. Na entrada do

    retificador esto representadas as componentes resistiva e indutiva da

    impedncia da rede eltrica.

  • Tipos de Correo de Fator de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 12

    .

    Pode-se observar que a corrente de entrada ICA(t) apresenta uma forma de onda muito diferente da ideal, ocasionando o baixo fator de potncia.

  • Tipos de Correo de Fator de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 13

    .

    Correo passiva do fator de potncia

    Introduzir elementos passivos (resistores, indutores, capacitores) para

    aumentar o fator de potncia

    Se o fator de potncia da carga mudar, o circuito compensador

    projetado poder se tornar ineficiente

    Circuitos passivos usualmente so simples e robustos, mas so

    volumosos e pesados

  • Tipos de Correo de Fator de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 14

    .

    Necessita de um indutor caro e pesado se comparado aos demais componentes presentes no equipamento;

    No fornece tenso de sada regulada, isto , variaes de tenso na rede e alteraes a carga provocam variaes considerveis no nvel de tenso do

    barramento CC.

    Correo passiva do fator de potncia

  • Tipos de Correo de Fator de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 15

    .

    Apesar de reduzir o contedo harmnico da corrente de alimentao, causa uma defasagem entre esta corrente e a tenso da rede;

    A tenso de sada reduzida em comparao com a sada de um retificador de onda completa comum.

    Correo passiva do fator de potncia

  • Tipos de Correo de Fator de Potncia

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 16

    .

    Correo ativa do fator de potncia

    Empregam interruptores controlados associados a elementos

    passivos para aumentar o fator de potncia

    Se o fator de potncia da carga mudar, o circuito compensador poder

    se ajustar e continuar operando adequadamente (operao em malha

    fechada)

    Circuitos ativos usualmente so menos robustos, mas so mais leves

    e menos volumosos

  • Pr-reguladores de fator de potncia:

    Conversor boost

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 17

    .

    Tem sido o conversor mais utilizado para correo do FP

    Entrada com caractersticas de fonte de corrente e sada com

    caractersticas de fonte de tenso

    Como a corrente de entrada no interrompida (no modo de

    conduo contnuo), as exigncias de filtro de EMI so minimizadas

    A tenso de sada sempre maior que o valor de pico da tenso de

    entrada

    Pode operar em conduo descontnua e contnua.

  • Pr-reguladores de fator de potncia:

    Conversor boost

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 18

    .

  • Pr-reguladores de fator de potncia:

    Conversor buck-boost

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 19

    .

    Permite ter tenses de sada menores ou maiores do que a tenso de

    entrada

    Facilidade de introduo de isolamento entre entrada e sada

    Caracterstica de fonte de tenso na entrada e na sada

    Elevada EMI conduzida, pois a corrente de entrada descontnua

    A tenso no interruptor soma das tenses de entrada e de sada

    Inverso na polaridade da tenso de sada no circuito no isolado,

    podendo trazer alguma dificuldade adicional para o controle

  • Pr-reguladores de fator de potncia:

    Conversor buck-boost

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 20

    .

  • Pr-reguladores de fator de potncia:

    Conversor buck

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 21

    .

    A tenso de sada sempre menor que a tenso de entrada

    Devido a isso, o conversor abaixador (buck ou forward, se for isolado)

    tem uso muito restrito como pr-regulador de fator de potncia, uma

    vez que introduz uma zona de corrente nula na entrada (quando a

    tenso de sada menor do que a tenso de entrada.

    Ainda, como a corrente de entrada sempre descontnua (devido

    ao do interruptor), apresenta valores elevados de EMI conduzida

  • Pr-reguladores de fator de potncia:

    Conversor buck

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 22

    .

  • Pr-reguladores de fator de potncia:

    Outros conversores

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 23

    .

    Os conversores abaixo tambm possuem caractersticas de fontes de

    corrente na entrada

    Operam como conversor abaixador-elevador

    Maior nmero de componentes

    Maiores esforos de tenso e corrente nos semicondutores

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 24

    .

    O transistor Q1 mantido em conduo durante um tempo de carga tON, transferindo energia da fonte V1 para o indutor;

    Ao ser interrompida a conduo de corrente em Q1, a energia previamente armazenada no indutor se transfere para o capacitor de sada atravs do

    diodo D1, descarregando o indutor;

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 25

    .

    Essa descarga pode ocorrer durante um tempo tx e se completar antes do incio de um novo ciclo de chaveamento, caracterizando assim uma

    operao em conduo descontnua.

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 26

    .

    Se o transistor acionado novamente antes da descarga completa do indutor, tem-se uma operao em conduo contnua.

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 27

    .

    Durante o tempo tON uma tenso de entrada Vi aplicada no indutor. Aps a interrupo da corrente no transistor, o indutor passa a receber sobre seus

    terminais uma diferena de potencial igual a (Vo Vi), onde Vo a tenso presente na sada do conversor.

    Anlise da operao do boost em conduo descontnua

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 28

    .

    Para operao em conduo descontnua com perodo de chaveamento T constante, necessrio garantir que a soma dos tempos tON e tx seja menor

    que T.

    Anlise da operao do boost em conduo descontnua

    Uma vez conhecidos os tempos de carga e descarga, o valor mdio IL da corrente no indutor por ciclo de chaveamento pode ser determinado

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 29

    .

    Modulao com tON fixo e conduo descontnua

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 30

    .

    Modulao com tON fixo e conduo descontnua

    Para a esta configurao, assume-se que a tenso de entrada Vi(t) no conversor boost uma senoide retificada.

    O ripple de corrente causado pela conduo descontinua do boost na entrada do retificador filtrado por L2 e C2. Deste modo, o valor absoluto

    instantneo da corrente de alimentao ICA(t) depende do valor mdio por

    ciclo de chaveamento IL da corrente em L1.

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 31

    .

    Modulao com tON fixo e conduo descontnua

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

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    .

    Modulao com tON varivel

    Para que o circuito opere com uma corrente de alimentao senoidal, a corrente ICA(t) deve ser diretamente proporcional tenso de alimentao

    VCA(t). Isto implica em ter uma corrente mdia IL no indutor L1 proporcional

    ao valor instantneo de Vi(t) a cada ciclo de chaveamento. Assumindo que o

    tempo de carga do indutor L1 definido pelo circuito de comando do

    transistor, possvel variar tON de forma a impor na entrada do conversor

    boost uma corrente mdia proporcional Vi(t), seguindo a forma dada por:

    onde G uma constante de proporcionalidade que define a relao desejada entre a tenso instantnea de entrada e a corrente mdia por ciclo

    de chaveamento.

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 33

    .

    Modulao com tON varivel

    O valor de G na modifica a amplitude da corrente de alimentao, portanto, este parmetro deve ser ajustado conforme a potncia consumida na sada

    do conversor. Isolando tON e fazendo Vi = Vi(t) se obtm:

    Finalmente, substituindo-se IL por IL(t) obtida a equao que calcula o tempo de carga que deve ser utilizado a cada ciclo de chaveamento, em

    funo do valor instantneo da tenso de entrada do conversor.

  • Conversor Boost como Pr-Regulador

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    .

    Modulao com tON varivel

  • Concluso

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    .

    Novos regulamentos tm surgido visando otimizar o uso dos sistemas

    de distribuio de eletricidade, despertando o interesse por solues para

    correo do fator de potncia em equipamentos eletrnicos que utilizam fontes

    chaveadas.

    A partir da anlise entre os tipos de correo de fator de potncia

    passivo e ativo, foi possvel observar que o circuito retificador com correo

    ativa, obteve uma resposta melhor em comparao ao circuito retificador com

    correo passiva, onde o primeiro apresentou um comportamento semelhante

    ao de uma carga puramente resistiva, drenando correntes com forma de onda

    senoidal e fator de potncia muito prximo da unidade.

  • Referncias Bibliogrficas

    UFPB Mestrado em Engenharia Eltrica 36

    .

    SEDRA, A. S. e SMITH, K. C., Microeletrnica, 5a. Edio, Makron Books, 2005.

    BOYLESTAD, R. L. e NASHELSKY, L., Dispositivos Eletrnicos e Teoria de Circuitos, 6a. Edio, Editora PHB, 1998.

    DAVID COMER, DONALD COMER, Fundamentos de Projeto de Circuitos Eletrnicos, LTC, 2005.

    JIMMIE J. CATHEY, Dispositivos e Circuitos Eletrnicos, 2a. Edio., Coleo Schaum, Bookman, 2003.

    MALVINO, ALBERT PAUL. Eletrnica Volume 1. McGraw-Hill, So Paulo, 1986.