Correcções de Anomalias

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CENTRO UNIVERSITARIO DO NORTE – UNINORTE TECNOLOGIA EM PETROLEO E GAS ANDRE JESUS SOUZA CORREÇÃO AR-LIVRE, BOUGUER E ISOSTASIA MANAUS – AM 2011

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CENTRO UNIVERSITARIO DO NORTE – UNINORTETECNOLOGIA EM PETROLEO E GAS

ANDRE JESUS SOUZA

CORREÇÃO AR-LIVRE, BOUGUER E ISOSTASIA

MANAUS – AM2011

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ANDRE JESUS SOUZA

CORREÇÃO AR-LIVRE, BOUGUER E ISOSTASIA

Trabalho confeccionado, para obtenção de nota parcial, em Introdução a Geofísica, do curso Tecnologia em Petróleo e Gás, ministrado pela Professora Doutora Jamile Dehaini.

MANAUS – AM2011

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SUMARIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................03

2. CORREÇÃO DE TERRENO................................................................................................04

3. ISOSTASIA ..........................................................................................................................05

4. CONCLUSAO ......................................................................................................................06

5. REFERENCIAS ...................................................................................................................07

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01. INTRODUÇÃO

Os levantamentos gravimétricos são baseados em medidas das variações do campo

gravítico da Terra que, por sua vez, são provocadas por diferenças de densidade entre as

rochas sub-superficiais. O conceito subjacente é a idéia do “corpo causal”, que é uma unidade

rochosa (ou um outro material qualquer) com uma densidade diferente da das suas

vizinhanças. Uma vasta gama de situações geológicas pode estar na base da ocorrência de

anomalias de massa que por sua vez produzem anomalias.

A interpretação das anomalias gravimétricas permite tirar conclusões sobre a

profundidade provável, a forma e a massa do corpo causal. Por este motivo, estarei

explanando sobre algumas anomalias.

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02. CORREÇÃO DE TERRENO

As correções para compensar o fato das estações de observação poderem estar a

altitudes diferentes são feitas em três partes. A primeira, designada por correção de ar livre,

corrige o decréscimo de g em função da altitude (ou seja, admitindo que não existe qualquer

massa entre o ponto de observação e o nível de referência), resultante do aumento da distância

ao centro da terra.

Para reduzir uma observação a um certo datum, efetuada a uma altitude h em

relação a esse datum basta aplicar a seguinte relação:

Figura 1 (a) Correção de ar livre de uma observação situada a uma altura h

acima do datum. (b) Correção de Bouguer. (c) Correção de Terreno

CAL = 3,086 h gu (h em metros)

A correção de ar livre é positiva para um ponto de observação situado acima do nível

de referência, corrigindo assim o decréscimo de g com a altitude.

Nota: De modo a obter um valor da gravidade reduzido com uma precisão de ±1 gu, a

leitura do gravimetro deve ser feita com uma precisão de 0,1 gu, a latitude da estação deve ser

conhecida a ±10 m e a elevação a ±10 mm.

A correção de ar livre só leva em consideração o efeito da variação da

distância do ponto de observação em relação ao centro da terra, não considerando contudo o

efeito gravitacional das rochas presentes entre o ponto de observação e o nível de referência.

A correção de Bouguer, a segunda das correções referidas acima, remove este efeito

fazendo, no entanto, a aproximação de que a camada de rochas abaixo do ponto de observação

é uma placa horizontal finita (fig. b) com uma espessura igual a h. Se ρ representar a

densidade dessas rocha então a correção de Bouguer é dada por 2πGρh= 0,4191ρh gu

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Em terra a correção de Bouguer deve ser subtraída para compensar a atração exercida

pelo material entre o ponto de observação e o nível de referência. No mar, deve ser

adicionada, sendo o seu valor obtido da aplicação da relação 2πG(ρr-ρa)z onde z representa a

profundidade e ρr e ρa as densidades da rocha e da água respectivamente.

As anomalias de ar livre e de Bouguer são normalmente efetuadas em

simultâneo, sendo designadas por correções de elevação.

A correção de Bouguer parte do princípio de que a topografia em redor do ponto de

observação é plana. Isto, no entanto, raramente é verdade e por isso é preciso proceder a um

outro tipo de correção - a correção do terreno. Esta correção é sempre positiva (fig. c)

porque a parte A da figura foi levada em consideração quando na verdade não existe, e é por

isso preciso necessário repô-la. Quanto à parte B, ela foi excluída da correção, mas exerce

uma atração para cima (no ponto de observação) e provoca por isso uma diminuição da

gravidade.

Atualmente as correções de terreno fazem-se recorrendo ao uso dos

chamados modelos digitais de terreno (vulgarmente designados por intermédios de siglas

como: DTM e MNT). A partir destas representações da superfície do solo, podemos calcular

o efeito de atração provocado pela camada de terreno através da aplicação de um dos vários

algoritmos matemáticos que existem na literatura.

03. ISOSTASIA

É o termo utilizado em Geologia para se referir ao estado de equilíbrio gravitacional, e

as suas alterações, entre a litosfera e a astenosfera da Terra. Esse processo resulta da flutuação

das placas tectônicas sobre o material mais denso da astenosfera, cujo equilíbrio depende das

suas densidades relativas e do peso da placa. Tal equilíbrio implica que um aumento do peso

da placa (por espessamento ou por deposição de sedimentos, água ou gelo sobre a sua

superfície) leva ao seu afundamento, ocorrendo, inversamente, uma subida (em geral chamada

re-emergência ou rebound), quando o peso diminui.

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04. CONCLUSÃO

Com o aprendizado obtido na pesquisa bibliográfica, podemos concluir que os diversos

tipos de materiais e processos físico-químicos da Terra influem diretamente e/ou

indiretamente no seu campo gravitacional. E cabe a nós corrigirmos estas interferências sobre

os dados obtidos através do método Gravimétrico

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05. REFERENCIAS

CHAFFE, Leureano Ibrahim. Disponivel em:

<http://www.ufrgs.br/museudetopografia/Artigos/Gravimetria.pdf>. Acesso em: 01/05/2012

23:20:00

Geofísica Ambiental – Método gravimétrico, Engenharia do Ambiente, Universidade do

Algarve. Disponível em: <http://w3.ualg.pt/~jluis/files/folhas_cap1.pdf>. Acesso em:

30/04/2012 23:00:00

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