Correio Bão Também - Edição nº 002/Abr/2010

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 1 Nesta Edição SUSPENSÃO DE PEDIDOS DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE E DERRUBADAS Alimentos Orgânicos Uma realidade e um desafio - Página 13 - Cooperativa Brasil Cerrado Mais um canal para o produtor de codornas e aves alternativas - Página 06 - Pronat/DF - Página 07 - Seu sono, Sua vida! Página 09 Artigo Especial Bão Também Doenças de Inverno - Página 14 - Contos & Causos Novidade chega na Mutuca por: Eurico de Andrade - Página 15 - Dia de Campo - Café Embrapa Cerrados - PÁGINA 10 Vem aí, Agrobrasília 2010 Programação - PÁGINA 03 Cavalgada Cultural Brasília 50 Anos - PÁGINA 15 PDOT resiste mas deve perder as emendas da CLDF - Página 12 - “Terminal do produtor” Em São Sebastião - Página 12 - Grupo de Trabalho da regularização exige suspensão imediata de derrubadas e reintegração de posse na área rural. - PÁGINA 05

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Informativo mensal da Área Rural do DF - Brasil

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 1

Nesta Edição

SUSPENSÃO DE PEDIDOSDE REINTEGRAÇÃO DE POSSE E DERRUBADAS

Alimentos OrgânicosUma realidade e um desafio

- Página 13 -

CooperativaBrasil Cerrado

Mais um canal para o produtor decodornas e aves alternativas

- Página 06 -

Pronat/DF- Página 07 -

Seu sono,Sua vida!

Página 09

Artigo

Especial Bão TambémDoenças de Inverno

- Página 14 -

Contos & CausosNovidade chega na Mutuca

por: Eurico de Andrade- Página 15 -

Dia de Campo - CaféEmbrapa Cerrados - PÁGINA 10

Vem aí, Agrobrasília 2010Programação - PÁGINA 03

Cavalgada CulturalBrasília 50 Anos - PÁGINA 15

PDOT resiste mas deveperder as emendas da

CLDF- Página 12 -

“Terminal do produtor”Em São Sebastião

- Página 12 -

Grupo de Trabalho da regularização exige suspensão imediatade derrubadas e reintegração de posse na área rural. - PÁGINA 05

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DIA DE FESTAPALAVRA DO EDITOR

Brasília 50 Anos de História

Se existe uma palavra quesimbolize a ação conjunta deuma nação para concre-

tização de um objetivo, esta serásintetizada em: BRASÍLIA. Em menosde quatro anos, com representantesvindos de todas as partes do país, foiconstruída a nova capital Federal.Um marco na história do Brasil, e abandeira para o desenvolvimentoda Região Centro Oeste.

Brasília surgiu de um sonho, queidealizou em projeto, e se transfor-mou em cidade. A única cidadecriada no século XX e tombadacomo Patrimônio Histórico daHumanidade. Comemorar este meioséculo da obstinada missão deJuscelino Kubitschek é aplaudir ascaracterísticas que fazem de Brasíliaúnica e misteriosamente agradável.A qualidade de vida; o pólo de de-senvolvimento econômico; foco nagastronomia; incentivo à culturapop; civilização em trânsito, educa-ção, saúde e oportunidades de em-prego, são qualidades mais marcan-tes dessa cidade tão nova e motivode orgulho de todos que aqui vivem.

Claro que com o desenvolvi-

mento, surgiram todos os problemassociais. Falta de infraestrutura nascidades satélites do DF, o vandalis-mo, a desqualificação para o empre-go, a violência; o caos no trânsito eainda mais recente a referência nacorrupção política.

Mas apesar de todos os protestos,estes 50 anos foram comemoradosem total clima de festa na Esplanadados Ministérios. A Policia Militar esti-mou cerca de 300mil pessoas só noperíodo da manhã.

Seguindo a contagem regressivana madrugada do dia 20 para o dia21, Brasília foi acordada ao som dossinos das igrejas às 7h da manhã, daíem diante seguiram-se com ParadaDisney para a criançada, Jogos doCircuito Mundial de Vôlei de Praia,prestação de serviços comunitáriose até um Festival de Congado. AProgramação seguiu com apresen-tação da Esquadrilha da Fumaça,cruzando o céu da Esplanada, emusical com diversos artistas, frutosou não desta cidade. As festividadesforam finalizadas com um showpirotécnico que agradou muito opúblico presente.

As comemorações não terminampor aí. O Banco Central do Brasil lan-çou a moeda comemorativa dos 50anos da fundação de Brasília. Amoeda, que custará R$108,00, foifabricada em prata e detalhes foscose espelhados em uma tiragem inicialde 5mil unidades.

Também no dia 30 deste mês noRio de Janeiro, que foi capital doBrasil por quase duzentos anos, eainda demonstrando não haver res-sentimento, abrirá exposição em co-memoração ao cinquentenário daCapital Brasília.

Parabéns Brasília, nós merece-mos esta cidade madura e estrutu-rada para enfrentar todas as adversi-dades que uma metrópole enfrenta.

Alba Cúrcio

Amigos, a turbulência política que vivemos aqui no DF, desdeo final do ano passado, parece não ter fim. A Caixa dePandora causou uma destruição tão grande no governo

que passados mais de cinco meses ainda não houve umarecomposição que tranquilizasse os brasilienses. Mesmo com a“eleição” e posse do novo governo, permanece a sombra daintervenção no DF. Nós, que não temos nada a ver com isso a nãoser o fato de termos elegidos democraticamente essesgovernantes, estamos pagando caro por esse escândalo. Amáquina do governo, com as seguidas trocas de comando, teimaem não funcionar; obras paradas, causando um desconfortoenorme para a população; a incerteza dos ocupantes de cargosde confiança se amanhã estarão ou não no cargo, atrapalha açõesque não podem esperar. Porém, a desilusão com os políticos nãopara o tempo, e mesmo nesse cenário catastrófico, Brasíliacompletou meio século de vida. Uma cidade linda, maravilhosaonde nós que aqui vivemos aprendemos a amar, respeitar e,sobretudo lutar por melhorias, avanços sociais, e especificamentena área rural, a luta constante pelo documento de posse da terra,dos problemas de transporte, de educação rural, de segurança,etc... Mas aos 50 anos Brasília está apenas nascendo para seusproblemas mais complexos e nós que participamos dessecrescimento, desse aprendizado, temos que assimilar tudo queestá acontecendo na nossa cidade, para, nas urnas, darmos umaresposta bem forte a todos esses políticos que tão mal nosrepresenta. O povo brasiliense não merece tamanha insensatez.Feliz aniversário Brasília!

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Agricultura Familiar amplia espaço na AgrobrasíliaExpectativas na comercialização de produtos para a Agricultura Familiar

pode chegar a 10 milhões de negócios

Terça-feira (11.05)

09h - A Educação Profissional e Tecnológica- Aléssio Trindade - Reitor doInstituto Federal de Brasília.10h30 - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização - PNAE- Renato, Blaiton.11h - Como ganhar dinheiro na Agricultura Familiar- Luciano Monteiro.15h - Cunicultura - Aspectos da Nutrição, Manejo e comercialização.16h - Cunicultura - Aspectos da Nutrição, Manejo e comercialização.17h - Cunicultura - Aspectos da Nutrição, Manejo e comercialização.

Quarta-feira (12.05)

09h - Adequação da Propriedade Rural conforme a Legislação Ambiental -Marcos Lara.10h ­- Adequação da Propriedade Rural conforme a Legislação Ambiental -Marcos Lara.10h30 - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização - PNAE- Renato, Blaiton.11h - Como ganhar dinheiro na Agricultura Familiar - Luciano Monteiro.14h - Equoterapia - Inclusão social na educação - André Melo - Prof. deEducação Física - Integrante da equipe da Equoterapia do IFB.15h - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização - PNAE - Renato, Blaiton.15h30 - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização - PNAE - Renato,Blaiton.16h - Como ganhar dinheiro na Agricultura Familiar - Luciano Monteiro.

Quinta-feira (13.05)

09h - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização – PNAE - Renato, Blaiton.10h - Como ganhar dinheiro na Agricultura Familiar - Luciano Monteiro.10h30 - A Agricultura e as Plantas medicinais- Joyce Silva Santos - Enfermeira- Coord. do Proj. de Extensão no Cultivo de Plantas Medicinais do IFB.11h - A Agricultura e as Plantas medicinais - Joyce Silva Santos - Enfermeira- Coord. do Proj. de Extensão no Cultivo de Plantas Medicinais do IFB.13h - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização - PNAE - Renato, Blaiton.14h - Como ganhar dinheiro na Agricultura Familiar - Luciano Monteiro.16h - Solenidade ao Dia do Zootecnista - homenagem ao Zootecnista.17h - Dia do Zootecnista - o Papel do Zootecnista na Agricultura Familiar -Dílson Resende - Presidente da Emater-DF.

Sexta-feira (14.05)

09h - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização - PNAE- Renato, Blaiton.09h - Como ganhar dinheiro na Agricultura Familiar - Luciano Monteiro.13h - Plenária do Colegiado Territorial das Águas Emendadas - COTAE -discussão sobre Os Consórcios Intermunicipais.14h - Plenária do Colegiado Territorial das Águas Emendadas - COTAE -discussão sobre Os Consórcios Intermunicipais.15h - Plenária do Colegiado Territorial das Águas Emendadas - COTAE -discussão sobre Os Consórcios Intermunicipais.16h - Plenária do Colegiado Territorial das Águas Emendadas - COTAE -discussão sobre Os Consórcios Intermunicipais.17h - Plenária do Colegiado Territorial das Águas Emendadas - COTAE -discussão sobre Os Consórcios Intermunicipais.

Sábado (15.05)09h - Fatores que interferem no consumo de forragem e de alimentosconcentrados de vacas leiteiras em pastejo - Daniel Sarmento.10h­ - Fatores que interferem no consumo de forragem e de alimentosconcentrados de vacas leiteiras em pastejo - Daniel Sarmento.16h - Políticas Públicas de Apoio a Comercialização – PNAE- Renato, Blaiton.17h - Como ganhar dinheiro na Agricultura Familiar - Luciano Monteiro.

Falta apenas duas semanas paraa maior feira tecnológica do CerradoBrasileiro, a Agrobrasília. Este ano aAgrobrasília traz muitas novidades,principalmente no Espaço de Valori-zação da Agricultura Familiar, quenesta edição terá um espaço de 38mil m², seis vezes maior que em 2009.Todo este espaço será dividido emoito circuitos para atender os maisde cinco mil visitantes que são espe-rados, no Espaço de Valorização,durante os cinco dias de Feira.

Em cada circuito será apresenta-do técnicas que poderão ser adapta-das a cada propriedade rural, alémde palestras voltadas para cada seg-mento, desde hortaliças a pecuária.Segundo o zootecnista da Empresade Assistência Técnica e ExtensãoRural do DF (Emater-DF), Ricardo deMagalhães Luz, também será apre-sentado ao produtor oportunidadesde negócios, por meio do ProgramaNacional de Fortalecimento daAgricultura Familiar (Pronaf ) pelalinha Mais Alimentos, que financiaprojetos individuais ou coletivos,que gerem renda aos agricultoresfamiliares.

Ricardo ressalta que este Espaçode Valorização poderá ser utilizadoo ano inteiro. Ou seja, as tecnologiasque serão apresentadas na Agrobra-sília permanecerão no ParqueIvaldo Cenci, para que possam serrealizadas visitas técnicas. “A Feiraviabilizará este funcionamento,uma vez que, queremos que o Par-que seja utilizado várias vezes aoano, e não só na Agrobrasília”,pondera.

O zootecnista e também coorde-nador do Espaço de Valorização,avisa que são esperados mais de cin-co mil atendimentos nos oito circui-

tos, durante a Agrobrasília. Alémdisso, as expectativas na comercia-lização de produtos para a Agricul-tura Familiar pode chegar a 10 mi-lhões de negócios, um recorde secomparado com as últimas edições.

Para este ano, a Agrobrasília re-ceberá mais de 240 expositores, su-perando a edição anterior, quandoparticiparam 195. A organização doevento espera um público superiora 50 mil pessoas, com uma movimen-tação de aproximadamente R$100milhões em negócios. A feira reuniráprodutores familiares e patronais detodo o Brasil, empresas, instituiçõesde pesquisa, órgãos de governo e re-presentações diplomáticas.

A Agrobrasília será realizada noParque Ivaldo Cenci, no Programade Assentamento do Distrito Federal(PAD-DF), a cerca de 60 km do PlanoPiloto. A feira ocupará uma área de500 mil m². O evento é uma reali-zação da Cooperativa Agropecuáriado DF (Coopa-DF) e conta com oapoio da Emater-DF e da Secretariade Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento do DF (Seapa).

Conheça os oito circuitos:Circuito Organizações Sociais,

Circuito Qualidade e Sabor, CircuitoLeite, Circuito Carne, CircuitoHortaliças e Fruteiras, Circuito MaisAlimentos, Circuito Agroecologia,Circuito Floricultura.

Programação do Espaço da Agricultura Familiar

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CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

O CDRS da região de Ceilândiaabrange as áreas rurais de Ceilândia,Taguatinga, Samambaia, Estrutural,Vicente Pires, Águas Claras, parte doIncra e do Núcleo Bandeirante. São23 associações de produtores, emdiferentes níveis de mobilização eorganização, vinculados ao CDRS/Ceilândia.

As reuniões ordinárias aconte-cem todas às primeiras quartas-feiras de cada mês, com início às 9h,no Centro de Capacitação e Higieni-zação de Hortaliças e Caixas Plásti-cas, situado ao lado do escritórioregional da Emater de Ceilândia.Nesses encontros, os produtores,representados pelos presidentes e/ou membros de suas entidades,debatem e encaminham os proble-mas da região, de forma democrá-tica e organizada.

Uma das questões centrais nes-ses debates tem sido a importânciada mudança de paradigmas que noDistrito Federal, em particular, vemnorteando as decisões político-administrativas quanto à ocupaçãoespacial do território. A necessidadede compreender, por um lado, adinâmica rural do DF como umacomplementaridade de funções,

valorosas na contribuição sócio-econômica e ambiental de cadasegmento; e de outro, o indispensá-vel equilíbrio entre o rural, urbano eambiental para que a cidade sejasustentável.

A visão fragmentada dessa reali-dade impede que se encontre umasolução objetiva para a questãofundiária rural, o que confronta como maior desejo de todos os produ-tores e moradores campesinos: ter aocupação da sua terra legitimada edocumentada. Esses e muitos outrosproblemas locais e regionais sãotemas do cotidiano dessas reuniões,nas quais o objetivo é encaminharas alternativas de solução e fortale-cer a organização dos produtores.

Nesta regional, como resultadodo trabalho articulado ao longo dosanos, podemos citar entre outras,algumas iniciativas de sucesso quevieram para beneficiar a comuni-dade rural.

- A construção e equipamentodo Centro de Capacitação e Higieni-zação de Hortaliças e Caixas Plásti-cas, com recursos oriundos do MDA,GDF e AFEPRACE, é projeto queapresenta três vertentes de açãocomplementares:

a) capacitação de pessoal dacomunidade e de produtores ruraisem sistemas de produção e higieni-

zação de hortaliças e caixas plás-ticas;

b) horta pedagógica - basepara a parte prática dos cursos e cul-tivo de hortaliças que são comercia-lizadas e doadas;

c) lavadora de caixas que fun-ciona como unidade de prestaçãode serviços para produtores e co-merciantes, preenchendo assimuma lacuna que existia no aspectoda limpeza e higienização dos reci-pientes utilizados para os produtose alimentos, além do controle depossíveis vetores de doenças.

A essas ações foi agregado umcentro de informática, onde sãoministrados cursos inicialmente deinformática básica para os produto-res e familiares.

A administração do projeto édefinida como uma gestão compar-tilhada entre os parceiros: Emater,Conselho e Afeprace, na qual cada

OOOOOrrrrrganização e fganização e fganização e fganização e fganização e fororororortalecimentalecimentalecimentalecimentalecimenttttto dos pro dos pro dos pro dos pro dos produtodutodutodutodutorororororesesesesesum assume responsabilidades econtribuem para o bom andamentodas atividades. Ainda, para atendi-mento às exigências legais, foi cria-da a Associação Central dos Produ-tores da Região de Ceilândia, emfase de formalização, entidadejurídica sem fins lucrativos, quepassa a representar jurídicamente oConselho, podendo assinar convê-nios e contratos, por exemplo.

O CDRS/Ceilândia, funciona nasinstalações da Emater e no Centrode Capacitação, mas tem previsãode, até o final do ano, atuar em suasede própria, em construção dentrodo espaço da Feira do Atacado daCeilândia.

Esses resultados são frutos dadedicação dos parceiros e produ-tores que têm por ideal o desenvol-vimento rural sustentável para to-dos, viver e construir um mundo dobem, com dignidade e igualdade.

CDRS/CEILÂNDIA

Massae Watanabe

Secretária Exec. do CDRS/Ceilândia

Atividades em prol da área ruralCDRS/BRAZLÂNDIA

O Conselho de DesenvolvimentoRural Sustentável de Brazlândia,criado em 2001, participa em todasas atividades propostas em prol dasáreas rurais, não só de Brazlândia,mas em todo o Distrito Federal. Emparceria com os outros Conselhos,contribui para o desenvolvimentorural, trabalhando junto aoPRONAF/MDA (Ministério do De-senvolvimento Agrário), a liberaçãode recursos para compra demáquinas para uso dos produtores,através das Associações, e que hojejá contam com cinco tratores e umcaminhão para a comercializaçãodos produtos locais.

Sempre em busca de melhoriassignificativas para os produtores, oCDRS de Brazlândia participa noTerritório da Cidadania das ÁguasEmendadas e, em contato com vá-rios órgãos públicos, trabalha paraque as reivindicações dos produto-res sejam atendidas, como: a recu-peração e cascalhamento das prin-cipais vias da área rural; pavimen-tação asfáltica da DF-430; ilumi-nação pública, melhoria do trans-porte, dentre outras.

O CDRS de Brazlândia, presididopor Ricardo José Alcântara, realizasuas reuniões na terceira quinta-feira de cada mês, às 14h, noAuditório da Administração Regio-nal de Brazlândia. Participe!

Maria do Carmo - CDRS Brazlândia

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- CDRS/Gama -CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO

RURAL SUSTENTÁVEL

No dia 1 de abril houve a reuniãoordinária do CDRS Gama no setor dechácaras Park Way, próximo aVargem Bonita. Estavam presentes odeputado federal RodrigoRollemberg; o deputado distritalBispo Renato; o ex-administrador doPark Way Antônio Girotto ,representante do deputado TadeuFillipelli ; representantes das admi-nistrações de Santa Maria e RiachoFundo além dos conselheiros e co-munidade local. Como é de costumeo CDRS promove as reuniões nascomunidades com o intuito dosmoradores expressarem suas reivin-dicações. Todos tiveram seu espaçopara pronunciamento. O tema

principal, como não poderia deixarde ser, foi a regularização da área; asuspensão das derrubadas queestão em trânsito e o que nós,enquanto Conselho, poderíamosajudar para reverter essa situação. Asautoridades presentes foramsolidárias, e todos sem exceção secomprometeram em fazer tudo queestiver ao alcance para parar essesprocessos que estão acabando coma tranquilidade de todos osmoradores de chácaras da região.No primeiro momento ficou decidi-do de marcar uma reunião com opresidente da TERRACAP e as autori-dades, presentes à reunião do ParkWay, para expôr todos os problemas.

Reunião no Park Way

Em reunião realizada dia 14 deabril na SEAPA o Grupo de Trabalhocriado pelo decreto nº 31.086 de 26de novembro de 2009, DODF de27.11.2009 , que trata da identifi-cação das glebas rurais inseridas nazona urbana, para possível regulari-zação , elencadas no art. 278 da LeiComplementar 803/2009 (PDOT)

A reunião iniciou com apresen-tação do representante da SEDUMA,Sr. Carlos Roberto Machado, sobreas áreas remanescentes do PDOT de1997 que, segundo a sua visão , foiuma estratégia errada porque hou-ve parcelamento de grande partedas áreas remanescentes, onde a in-tenção era preservar sem parcela-mento. A seguir até por uma pressãodos representantes do Conselho deDesenvolvimento Rural, foi tratadodo assunto das derrubadas e pedi-dos de reintegração de posse pelopoder publico do DF. O CDRSentende que enquanto o PDOT nãodefinir claramente onde é rural e ur-bano respectivamente, é incoerenteretirar qualquer produtor rural desua propriedade, sabendo-se queestas áreas são passíveis de regula-

rização. Ficou definido o papel decada entidade nesse processo queé:

- O solicitante entregará ao GTfotos de satélite com as coordenadasda propriedade.

-O GT fará ato de encaminha-mento a TERRACAP.

- A TERRACAP fará levantamentotopográfico e envia para a SEDUMA.

- A SEDUMA verificará qual alocalização e função da respectivaárea dentro do PDOT.

- A SEDUMA retorna ao GT.Ficou definido a próxima reu-

nião para o dia 22 de abril, as 14h naSEAPA, para dar os primeirosencaminhamentos desse pedido desobrestamento .

A seguir foram apresentados osmapas do anexo Vll da região doGama para identificação das pro-priedades rurais inseridas na zonaurbana, mas ficou constatado que épreciso mais dados para a posterioridentificação dessas áreas, e tam-bém foi decidido a SEDUMA apre-sentar os mapas das outras regiõesdo DF onde aparece o anexo Vll paraadiantar as discussões.

SUSPENSÃO DE PEDIDOS DEREINTEGRAÇÃO DE POSSE

E DERRUBADAS

MATÉRIA DE CAPA

A caminho da agroindústriaAs agricultoras, Clotilde Paião e

Claudete Paião, do Núcleo Rural da TaquaraChácara Payão Nº 62 – Planaltina - DF, usameste espaço, gentilmente cedido peloCorreio Bão Também, para agradecer aoGoverno do Distrito Federal por intermédioda Secretaria de Agricultura, Pecuária eAbastecimento e à Emater – Taquara peloapoio e incentivo à Agricultura Familiar.

As irmãs Paião plantam e produzem aPimenta Malagueta Payão, comercializadana forma in natura, polpa pura, conserva,geléia de pimenta, flocos e em pó,desidratados ao forno à lenha.

CONTATOS: (61) 8135-5000

AGRICULTURA FAMILIAR

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COOPERATIVA BRASIL CERRADOSurge um novo canal de comercialização para os criadores

de codornas e de aves alternativas do DF

Fundada em 26 de maio de 2006,a Cooperativa Brasil Cerrado tem porobjetivo a comercialização de pro-dutos agropecuários, artesanato,beneficiamento, transformação ecomercialização de bens e produtosoriundos da produção local e daregião do Gama.

Seu histórico vem do sonho deprodutores e mulheres rurais em terum local para reuniões, confecçãode produtos artesanais com parti-cipação do processo de comercia-lização destes produtos e ampliaçãode suas rendas familiares. Foi consti-tuída inicialmente por 40 associa-dos/artesãos.

Em junho de 2008, com o intuídode agregar mais agricultores, diver-sificar sua atuação e resgatar a cria-ção de codornas, que era a atividadeagropecuária de maior destaque na

região principalmente no NúcleoRural Casa Grande, foi criado o de-partamento de Coturnicultura, coma admissão de dez criadores. A partirdaí a cooperativa começou a darênfase ao novo segmento. Com oapoio da Emater/DF, elaborou estu-do de mercado sobre o consumo deovos in natura, conserva e carne decodorna no DF. Promoveu palestrassobre cooperativismo e participoudo congresso internacional relacio-nado à atividade. Construiu umgalpão-escola para o treinamentodos cooperados na criação e manejode codornas. Adquiriu equipamen-tos para sangria e abate das aves.Fechou parcerias com granjas do es-tado de São Paulo, para a aquisiçãode codornas de um dia para corte,com melhor rendimento de carcaça;e também parcerias com fábricas de

ração e abatedouros legalizadospara abate, embalagem, rotulageme armazenagem do produto.

Atualmente 42 cooperadosatuam no segmento da coturnicul-tura. O sistema de produção adota-do permite que cada associadopossa participar de forma individualou coletiva dos grupos de produção,dependendo da sua vontade ou desua disponibilidade financeira.

A Cooperativa Brasil Cerrado jácomercializa a CARNE DE CODOR-NA nos principais bares e restau-rantes do Gama, Núcleo Bandeiran-te e Santa Maria. E vem se estruturan-do para também atuar na produçãode carne de outras aves alternativas(galinha d‘angola, pato, marreco,galinha caipira e outros), bem comono ramo de ovos de codorna in

natura, descascados e em conserva.

Galpão-escola da Cooperativa Brasil Cerrado

Criação de codornas

Carne de cordona

DIRETORIA ATUAL:

Presidente:

José Lúcio Soares Pereira

Diretor Administrativo:

Joaquim Laerte Alves Florindo

Diretor Financeiro :

Ranulfo de Souza Leite

Diretor Técnico:

José Gonçalves do Nascimento

End.: Recanto da Palmeiras, Qd. 02,

Chác. 12, N. R. Ponte Alta Norte/Casa

Grande-Gama/DF - Caixa Postal nº 5822

- CEP: 72460-970

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 7

Programa Nacional de DesenvolvimentoSustentável dos Territórios Rurais - PRONAT

O que é o PRONATO Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentáveldos Territoìrios Rurais – PRONAT é uma ação da Secretaria

de Desenvolvimento Territorial do Ministério do

Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) como parte do

PRONAF, tem como estratégia de atuação a abordagem

territorial do desenvolvimento.

O que é a Abordagem TerritorialÉ uma visão essencialmente integradora de espaços, atores

sociais, agentes, mercados e políticas públicas, que tem na

equidade, no respeito à diversidade, na solidariedade, na

justiça social, na valorização da cultura local e na inclusão

social, objetivos fundamentais a serem atingidos e

conquistados.

Neste contexto Territorial, o

Colegiado da Cidadania das Águas

Emendadas – COTAE, formado

pelos Estados de Minas Gerais, Goiás

e Distrito Federal, definem as

prioridades do Território, articulam,

aprovam as Políticas Públicas,

fiscalizam a implantação das ações

e a aplicação dos recursos.

AGRICULTOR, venha conhecer na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do DF

PROJETOS EM EXECUÇÃO - 2010

- Centro de Comercialização e Capacitação do Pro-dutor de Agricultura Familiar - SEAPA/DF.- Galpão de Múltiplas Funções dos Conselhos de De-senvolvimento Rural Sustentável e Solidário-DF.- Complementações do Centro de Produção eCapacitação do Paranoá – DF.- Construção do Centro de Produção e Capacitaçãode Sobradinho - DF no Assentamento CONTAGEM.- Aquisição de equipamentos de informática.- Capacitação de conselheiros.- Apoio às Ações do Colegiado.- Projeto Artesanato Mandala.- Fortalecimento dos Conselhos.- Galpão do Produtor do Gama - DF.- Aquisição de dois Caminhões Baú para associa-ções de produtores.

SEAPA - GAF - PRONAT/DF

- Telefone: 3274-9067 -

Gerente da GAF - Edmar Ferreira da Silva

Equipe: Clotilde Paião - Ana Amélia de Castro -

Jefferson Virgílio - Rosilda de Sousa - Elizabete

Bezerra - Auzerina Souza - Greyto Feliciano

PRONAT no DFAs ações do PRONAT/DF, estão na Gerência de Fomento à

Agricultura Familiar – GAF, . Esta Gerência é para você

Agricultor Familiar, venha fazer parte desta GRANDE FAMÍLIA,

estamos esperando sua visita.

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 8

O Núcleo dos Criadores de Ca valo Mangalarga de Brasília e Entorno, presidido por José

Junior Dias de Araújo, realizou, no dia17 de abril, na XVII ExposiçãoAgropecuária de Brasília, Granja doTorto, o Julgamento do CavaloMangalarga. Criadores de Brasília,Goiás e de São Paulo participaram doevento em que foram julgados 80 ani-mais.

A história conta que na primeiradécada do século passado, no sul deMinas Gerais, uma população equinatornou-se famosa. O CAVALO MANGA-LARGA criado pela família Junqueira,pioneiros nessa criação. Posterior-mente, membros da família mudaram-se para São Paulo e levaram com eles,suas montarias. A famosa raça de equi-

nos logo contagiou os paulistas, queadotaram e a disseminaram por todaregião de São Paulo e estados vizinhos.

O início da seleção da Raça Man-galarga deu-se em 1812 na fazendaCampo Alegre, em Baependi, hojemunicípio de Cruzília, onde o Barão deAlfenas instalou-se. Consta, ainda quenesta data, teria o Barão recebido depresente do Princípe Regente D.JoãoVI um cavalo Álter, que passou a usarcomo garanhão em suas éguas. Os ani-mais oriundos destes acasalamentosse constituíram nos formadores daraça.

A Raça nacional Mangalarga temcomo formador principal o cavaloÁlter de Portugal, entretanto no iníciodeste século, muitos criadores intro-duziram, esporadicamente, no Manga-

larga, as raças Árabe, Anglo Árabe,Puro Sangue Inglês e American SadleHorse. Em 1928,o zootécnisita Paulode Lima Corrêa, através de um profun-do estudo lançou as bases da caracte-rização do cavalo Mangalarga. Entusi-asmados com a dedicação do técnico,dois criadores paulistas, Dr. CelsoTorquato Junqueira e Renato JunqueiraNeto, reuniram um grupo de criado-res com a finalidade de definirem oscritérios a serem usados na sua sele-ção. Esta comissão elaborou o ante-projeto dos estatutos para a fundaçãoda Associação Brasileira de Criadoresde Cavalos da Raça Mangalarga. Em se-tembro de 1934, em São Paulo, insta-lou-se a Assembléia especialmenteconvocada com o fim de se fundar oRegistro Genealógico do CAVALO

MANGALARGA.O Brasil dispõe de um número ele-

vado de cavalos de alto valor zootéc-nico, que em nada perde para outrasraças estrangeiras. Porém, o cruza-mento com raças exóticas, hoje é vis-to como um grande risco para a quali-dade adquirida em mais de cem anosde seleção de marcha trotada, resis-tência e rusticidade.

Em Brasília, o Núcleo dos Criado-res de Cavalo Mangalarga promoveeventos com exploração de áreascomo: Corumbá IV, em Luizânia-GO;Itiquira, em Formosa-GO; e pontos tu-rísticos de Brasília. Por sua resistência,docilidade e nobreza de caráter, oMangalarga é um animal próprio parapasseios, cavalgadas e práticas espor-tivas.

ACONTECEU AQUI

Julgamento da raça Mangalarga na XVII ExpoBrasília 2010

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 9

No período em que dormimos, o nosso ciclo de sono oscila nas suas fases superficiais e profundas, e, para que possamos acordar mentalmente

descansados, precisamos passar por essas fases sem que ocorram interrupções.

O período do sono, cerca de 6 a 8 horas diárias, que equivale a 1/3 do tempo de nossas vidas, é um processo crucial para

a a manutenção da nossa saúde física e mental.

Mas afinal, o que acontece ao nosso orga-nismo caso não tenhamos uma boa noite desono?

Primeiramente, não estaremos repondo asenergias necessárias para enfrentarmos mais umdia de trabalho, e a repetição contínua dessa si-tuação nos levará ao esgoamento físico e men-tal. Os sintomas físicos se tornarão evidentes, sur-gindo, primeiramente, tensões e dores muscula-res. Posteriormente, ficaremos mais suscetíveis aosurgimento de tendinites, bursites, dores lomba-res, dores cervicais, enxaquecas, fibromialgia,câimbras etc. Já os sintomas de alterações emnossa mente se darão na forma de irritabilidade,falta de concentração, insônia, chegando atémesmo a quadros de depressão. Isso sem menci-onar que um quadro de estresse crônico associa-

do a uma vida sedentária pode levar ao desen-volvimento de hipertensão, que, por sua vez,pode desencadear um infarto ou derrame.

E mesmo diante destes fatos, constumamosser negligentes quanto aos cuidados necessári-os que podem nos proporcionar uma boa noitede sono.

Os cuidados básicos que devem ser observa-dos se referem à luminosidade, temperatura e so-noridade do ambiente em que se dorme, ou seja,precisamos estar atentos que o ambiente estejaescuro, com uma temperatura agradável, a maissilenciosa possível. É importante, ainda, não pra-ticarmos atividade física intensa pelo menos 2horas antes do horário de dormir, e ainda evitarrefeições de difícil digestão no período da noite.

Mas, um colchão pode interferir tanto as-sim na qualidade do sono?

Atente então para esta questão: no períodoem que dormimos, o nosso ciclo de sono oscilanas suas fases superficiais e profundas, e, para

que possamos acordar mentalmente descansa-dos, precisamos passar por essas fases sem queocorram interrupções. Também ocorre que mu-damos de posição, enquanto dormimos, e issoacontece, em média, 30 vezes por noite. Essas mu-danças de posição são normais e não interferemnos ciclos de sono. Porém, quando um colchãonão é capaz de acomodar o corpo numa posiçãoadequada, não exercendo sua função ortopédi-ca, algumas estruturas da coluna vertebral serãocomprimidas, alguns vasos seguineos terão suacirculação diminuída e até mesmo interrompida,o que causará desconforto muscular e sensaçõesde formigamento ou, até mesmo, de dor. Nessescasos então, o indivíduo mudará constamente deposição na busca de encontrar alívio ao descon-forto que está sentindo. Aí sim, esta movimenta-ção, interrompe o ciclo de sono e, consequen-temente, sua interrupção constante impossibili-ta o repouso adequado, levando então ao esgo-tamento físico e mental.

Natália Razuk - Revista Bem-Estar/Sono/2008

Seu sono,Sua vida!

ARTIGO

No dia 16 de abril o presidente da TERRACAP ,Dalmo AlexandreCosta, fez uma visita in loco na propriedade do Sra. Gardênia deOliveira , como parte das medidas adotadas na reunião do Conselhode Desenvolvimento Rural no inicio do mês. Estavam presentes entreoutros o presidente do CDRS da área do Gama, Hérmanos Moreira;da Ceilândia, Claudio Pires; do Lago Norte, Edson Bernardes e oAssessor Especial do Deputado Bispo Renato, Arimar Mendes. Eleouviu detalhadamente o relato de todo o processo e também secomprometeu em analisar cuidadosamente o caso para dar umasolução satisfatória a todos. Em caminhada pela chácara enfatizouque mesmo não permanecendo no cargo , a visita foi positivaporque conheceu com mais detalhes a situação da área e poderádar sua contribuição em todo processo.

Presidente da TERRACAPvisita chácara no Park Way

Arimar, Bárbara, José Raimundo, Hérmanos, Gardênia, Salatiel,Edson, Dalmo e Cláudio

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 10

Cerca de 140 pessoas partici-param, no dia 15/04, de umDia de Campo realizado na

Embrapa Cerrados, Unidade daEmpresa Brasileira de PesquisaAgropecuária (Embrapa) localizadaem Planaltina (DF), sobre oaprimoramento do sistema deprodução do café. Um públicodiversificado esteve no encontro,como produtores rurais do DistritoFederal e região, extensionistasrurais, estudantes de escolas técni-cas e de Universidades, represen-tantes de entidades parceiras e deórgãos públicos e demais interes-sados no assunto.

As adequações relacionadas àadubação do cafeeiro foram consi-deras uma das principais contri-buições da Embrapa para o aprimo-ramento do sistema de produção docafé. A nutrição do cafeeiro visandoalta produtividade e redução dabienalidade de produção, ou seja,em anos alternados, foi o tema deuma das estações do Dia de Campo,apresentado pelo pesquisador daEmbrapa Cerrados ClaudioSanzonowicz.

As outras três estações trataramdos seguintes temas: uso do estressehídrico para uniformização daflorada e maturação do cafeeiro –efeitos na produtividade e qualida-de do café, apresentados pelopesquisador Antonio Fernando

EMBRAPA CERRADOS

Guerra; manejo da irrigação docafeeiro fora do período do estressehídrico, assunto tratado pelopesquisador Omar Rocha; e cres-cimento e desenvolvimento docafeeiro submetido a estresse hídri-co, abordagem feita pelo pesqui-sador Gustavo Rodrigues. O pesqui-sador do Centro de CooperaçãoInternacional em Pesquisa Agronô-mica pelo Desenvolvimento (Cirad)da França, Pierre Marraccini, tratou,ainda, dos efeitos do estresse hídricona composição bioquímica dosgrãos do café.

*Café no Cerrado –* atualmente,mais de 40% da produção nacionalde café é proveniente da região doCerrado. Pesquisadores da EmbrapaCerrados avaliam, no entanto, quehá a necessidade de aumentar a pro-dutividade e a qualidade do café afim de tornar essa atividade cada vezmais competitiva e sustentável.Pesquisas estão sendo desenvol-vidas com esse objetivo e uma dastecnologias geradas está relacio-nada ao manejo da irrigação dacultura com aplicação de estressehídrico para uniformização daflorada. De acordo com o pesquisa-dor Antonio Guerra, a ideia de que ocafé deveria ser irrigado durantetodo o ano gerava uma floraçãodesuniforme dos cafeeiros da re-gião. “Assim, eram produzidos frutosde diferentes tipos. Todo mundodizia que o Cerrado produzia café,mas não café de qualidade”, conta.

Com relação ao equilíbrio nutri-cional do cafeeiro, de acordo comos pesquisadores, os principais erroscometidos pelos produtores são,entre outros, o atraso nas aduba-ções, o que reduz o crescimento denovos ramos e nós; e a aplicação debaixas doses de fertilizantes, respon-sável pela acentuada bienalidade deprodução das lavouras. O uso detecnologias relacionadas a esses eoutros aspectos desse cultivo estápermitindo que o produtor obtenhauma floração mais uniforme, au-mente a produção de grãos do tipocereja (que possuem maior valor demercado) e a produtividade de cafébeneficiado devido à redução dasperdas de frutos secos, reduza aquantidade de água e de energia

usada na irrigação e o número dehoras de funcionamento das colhei-tadeiras, induza a floração na épocaadequada; e, ainda, reduza abienalidade de produção das lavou-ras devido ao aporte de nutrientes.

“Essa manhã foi muito interes-sante, pois além de recebermosinformações técnicas sobre as pes-quisas, pudemos comprovar naprática o resultado”, enfatizou Alanirde Moura, 19 anos, estudante doInstituto Federal de Brasília, campusde Planaltina. Ele é aluno do cursotécnico em agropecuária. Tambémestavam presentes no encontroalunos de Agronomia da Upis que,além de participarem do evento,também trabalharam comovoluntários na organização.

Produtores e estudantes participam de Dia de Campo

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asJuliana Caldas / Embrapa Cerrados

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 11

É cada vez maior a adesão dos agricultores ao uso do gesso agrícola (sulfato de cálcio) em

suas propriedades. Na região doCerrado, que apresenta cerca de80% de sua área com algumproblema de acidez, como excessode alumínio associado a baixosteores de cálcio, a utilização dogesso é responsável pela melhorasignificativa do ambiente radicularem profundidade para as plantas –uma das razões para o uso dessesubproduto da indústria defertilizantes fosfatados na agricultu-ra, cuja composição é 15% deenxofre e 18% de cálcio.

Ao contrário do que muitosacreditam, em solos ácidos, a defi-ciência de cálcio não ocorre apenasna camada superficial. O problemaé constatado também abaixo dosprimeiros 20 centímetros do solo, e,nesses casos, a calagem não corrigede forma satisfatória a acidez e adeficiência de cálcio. A aplicação dogesso supre o solo com cálcio ereduz a toxidez do alumínio até ascamadas mais profundas. Dessaforma, ela favorece o aprofunda-mento das raízes e permite que asplantas superem o veranico eutilizem com mais eficiência a águae os nutrientes do solo. A profun-didade do solo que a gessagem écapaz de corrigir depende da cultu-

EMBRAPA CERRADOS

Alerta sobre aplicação desnecessária do gesso agrícola

ra. Para as anuais, a recomendaçãoé que a gessagem atinja a profun-didade de 60 centímetros e para asculturas perenes, 80 centímetros.

O pesquisador DjalmaMartinhão, da Embrapa Cerrados,unidade Planaltina-DF, alerta, noentanto, para um erro comum:utilizar o gesso sem saber primeirose é mesmo necessário. “Para fazeressa avaliação é importante que oagricultor conte com o auxílio de umprofissional capacitado para anali-sar o solo e, assim, verificar se a áreaapresenta deficiência de cálcio eexcesso de alumínio em profundi-dade”, explica Martinhão.

A tecnologia do uso do gesso na

região do Cerrado foi lançada em1995 e a Embrapa Cerrados foi quemprimeiro recomendou seu uso. essaépoca, eram vendidas cerca de 200mil toneladas por ano, “hoje jáatingimos três milhões de toneladaspor ano”, informa Martinhão. Osucesso dessa tecnologia, segundoo pesquisador, se deve ao fato de oproduto reduzir as perdas em produ-tividade das plantas quando ocor-rem os veranicos e ao aumento daeficiência de uso dos fertilizantesadicionados ao solo.

A amostragem do solo para asanálises químicas, explica o pesqui-sador, deverá ser feita na profundi-dade de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm

Custo da tecnologiaA gessagem é uma tecnologia

relativamente barata - uma

tonelada de gesso está em torno de

R$ 30,00. Dependendo do local da

propriedade, o maior custo é o do

frete, pois para suprir a região do

Cerrado encontra-se gesso em

Uberaba (MG) e Catalão (GO).

Também é possível comprar o gesso

nos estados da região nordeste do

país.

Segundo o pesquisador, para

cultura do café a relação custo-

benefício desse subproduto é muito

alta; ficando em torno de R$ 25,00

de ganho em cada real investido no

uso do gesso em um período de oito

anos. Para culturas como soja e

milho, o retorno da aplicação em

gesso é de 15 a 25 para um, ou seja,

para cada real aplicado o retorno é

de R$ 15,00 a R$ 25,00.

Juliana Caldas / Embrapa Cerrados para culturas anuais. Para as culturasperenes, ele destaca que também éimportante analisar o solo da cama-da de 60 a 80 cm. Nesses casos, é reco-mendado que o teor de argila sejadeterminado. Segundo Martinhão,se os resultados das análisesindicarem que a saturação de alumí-nio é maior do que 20% ou o teor deCálcio menor que 0,5 cmol_c /dm^3há probabilidade de resposta dogesso e este deve ser aplicado aosolo.

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“Terminal do Produtor”Capacitação em informática para jovens de áreas rurais e

a inauguração do “Terminal do Produtor” são açõesnorteadas pelo resultado de uma pesquisa realizada pela

unidade local da Emater/DF em São Sebastião.

O Índice de DesenvolvimentoComunitário Rural (IDCR) é umaferramenta utilizada para fazerlevantamento sistematizado dedados de uma comunidade em seisdimensões: ambiental, agroecoló-gica, apropriação tecnológica, situa-ção econômica, cidadania e bem-estar. O IDCR visa à construçãocoletiva de um plano de interven-ção interinstitucional por meio depolíticas públicas e permite a avalia-ção de resultados.

Em São Sebastião foramentrevistados 22 produtores fami-liares da comunidade Nova Vitória.Entre as principais demandas identi-ficadas na pesquisa está a imple-mentação de atividades educativaspara os jovens rurais e o acesso a re-cursos computacionais e à internet.

Com esse resultado, a unidadelocal da Emater em São Sebastiãoofereceu um curso de 40 horas para12 jovens de comunidades rurais daregião, por meio do Centro de Trei-namento (Centrer), em Planaltina.Com a conclusão do curso, no dia08/04, os participantes receberamcertificado que, segundo a gerentedo escritório local da Emater em SãoSebastião, Rubstain Ferreira Ramos

de Andrade, facilitará sua inserçãono mercado de trabalho. “A informá-tica e a internet, hoje,  são formas dese relacionar com o mundo, manter-se informado e inserido na socie-dade. Por este motivo o meio ruralnão pode ficar excluído desseprocesso”.

Durante a reunião do Conselhode Desenvolvimento Rural, naEmater em São Sebastião, foi inau-gurado o “Terminal do Produtor”.Um computador com acesso àinternet que ficará à disposição dejovens e produtores rurais paraconsultas e pesquisas. “Esse terminalcontribuirá com esse processo deinclusão digital. Jovens das comuni-dades rurais poderão obter informa-ções sobre o mercado de trabalho,fazer pesquisas escolares e seatualizarem. Já os produtores ruraispoderão pesquisar temas relaciona-dos às suas atividades no campocomo também manterem-se infor-mados sobre temas de interesse”, dizRubstain. 

EMATER/DF

Carolina Mazzaro - Ascom Emater-DF

Na terça-feira, 20 de abril, véspe-ra do aniversário de 50 anos de Brasília,o Conselho Especial do Tribunal de Jus-tiça do Distrito Federal iniciou o julga-mento da Ação Direta de Inconstitu-cionalidade – ADIN, ajuizada pelo Mi-nistério Público do Distrito Federal eTerritórios – MPDFT, contra o Plano Di-retor de Ordenamento Territorial –PDOT, também conhecido como LeiComplementar 803/2009 no dia 4 dedezembro de 2009, fazendo uma ver-dadeira faxina no texto, retirando o quefoi considerado “vícios de iniciativa” eimpropriedades, e que na realidaderepresentam a maioria das emendasapresentadas pelos parlamentares daCâmara Legislativa que não têm com-petência ou legitimidade para fazê-las.

O feito coube ao relator do pro-cesso, desembargador Otávio AugustoBarbosa (novo presidente do TJDF) queem três horas e meia, dissecou cadacapítulo, artigo, inciso e item do PDOT,desde o texto encaminhado pelo Go-verno à Câmara Legislativa, até aformatação sancionada pelo então(ainda) governador José RobertoArruda em abril de 2009; acrescentan-do em seu trabalho um espaço parasuas opiniões e conclusões.

Dos 15 desembargadores quecompõem o Conselho Especial doTJDF, nove acompanharam o relatóriode Otavio Augusto que recomendou acondenação parcial do PDOT, por víciode iniciativa e inconstitucio-nalidadematerial, de praticamente todas as al-terações aprovada no substi-tutivoapresentado pela Câmara Legislativa.,mas o desembargador João Mariosipediu vista do processo e outros qua-tro decidiram aguardar que ele apre-sente seu ponto de vista.

A sessão aberta pelo presidenteque se despedia, desembargador

Nívio Gonçalves, que depois de histo-riar o processo, passou a palavra aoProcurador Geral de Justiça do DF, Leo-nardo Bandarra que fez também umajustificação da ADIN e apontou os pon-tos principais que originaram a ação.

O fato novo foi a participação doSindicato da Indústria da ConstruçãoCivil – Sinduscon, através de sua asses-soria jurídica que fez um pedido deamicus curiae (amigo da corte) paraatuar como facilitador, junto ao TJDF,oferecendo subsídios para apreciaçãodo PDOT que evitem a sua total revo-gação/anulação como pretende o Mi-nistério Público. Segundo a assessorajurídica do Sinduscon, advogadaGláucia Savin, a ideia foi agir apenassobre as questões pontuais conside-radas inadequadas pelo MP e mantero restante, evitando todo o trabalho derecriação do Plano Diretor, que veiosendo construído desde 2004, foi vo-tado no final de 2008 e sancionado emabril de 2009.

Embora ainda faltem esses cincovotos que poderão ser dados na próxi-ma reunião do Conselho Especial, (ter-ça-feira - 27/4), o que ficou patentenesse e em outros processos, é o des-preparo e desconhecimento dos de-putados distritais sobre suas atribui-ções e competências e o descaso paracom a legislação, com as normasestabelecidas e com a chamada coisapública, que parece significar paraeles, a “casa da mãe Joana”, tão grandee notória é a pouca cerimônia com quedesafiam as proibições e impedimen-tos legais, num péssimo exemplopara o resto da população e em espe-cial para nossas crianças.

Não bastassem as propinas embolsas, meias, cuecas e sabe-se lá maisonde, ofende-nos vê-los soltos por aícomo mosquitos da dengue, contami-nando outras pessoas ainda não vaci-nadas contra esse vírus. Nesse caso, avacina chama-se ficha limpa e votoconsciente disponível ainda este ano.Vacinem-se.

PDOT resiste mas deveperder as emendas da CLDF

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Paulo Euler T. Pires - Jornalista e

Presidente da Aprontag - Assoc. dos

Produtores do N. R. de Taguatinga

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 13

Todas as pessoas desejam o bem-estar e a felicidade. Sabemos queum dos alicerces dessa vontadehumana tem base na escolha dosalimentos que ingerimos no dia-a-dia. Nosso corpo material, quenecessita de nutrientes diversospara se formar, desenvolver e man-ter suas potencialidades, demonstrao quanto uma alimentação limpa ede qualidade é importante.

Não é sem razão que cresce, cadavez mais, a demanda por alimentoslivres de agrotóxicos e sem contami-nantes químicos, produzidos deconformidade com os preceitos daciência agroecológica. Essa procuravem de consumidores que já têmpor hábito consumir orgânicoscomo os que buscam uma alterna-

ALIMENTOS ORGÂNICOSuma realidade e um desafio

tiva mais saudável e por outros, pororientação médica. E nessa cadeia,está a rede de supermercados emercados em geral, que recebem deseus clientes o pedido para ofertadesses alimentos. O PNAE – Progra-ma Nacional de Alimentação Escolarinicia este ano sua implantação noDistrito Federal com espaço abertopara a aquisição de alimentos orgâ-nicos oriundos da agriculturafamiliar.

Pesquisa realizada pela Ematerem 1996 indicava que naquela épo-ca, apenas 5% da população do DFconsumia orgânicos, sendo quedesses, apenas 1% eram consu-midores regulares.

Esse contexto da segurançaalimentar, ambiental e de mercado,inspira uma forte motivação paraque nós produtores possamos nosengajar firmemente na construção

de um mundo melhor paratodos. Por que terra, se nãopara produzir alimentos eserviços de utilidade co-mum? Penso que aí está ocompromisso sócio-ambi-ental de cada produtor co-mo cidadão. Mas produ-zirsim, alimentos que vocêpossa oferecer com segu-rança à sua família.

A opção pelo sistema deprodução agroecológico,requer no meu entendi-mento, uma vontade que sebaseia em mudanças namente e no coração. São osvalores voltados para a saú-

de, o compromisso, a feli-cidade detodos, o meio ambiente emequilíbrio, a arte das descober-tas,por exemplo, que fazem a dife-rençae vão orientar o manejo daprodução que, com certeza, exigemais cuidado, tempo e dedicação. Éóbvio a importância da condição devida digna que precisa ser garantidaao produtor.

No DF existem hoje mais de 150produtores certificados como orgâ-nicos. A certificação é o atestado deconformidade com as normas deprodução orgânica estabelecidapela legislação e que oferece aoconsumidor a garantia de que o ali-mento é orgânico. Nesse processo,o Sindicato dos Produtores Orgâni-cos de Brasília em parceria com oSebrae e a Certificadora MokitiOkada tem prestado um apoiofundamental para os produtores daregião.

A comercialização dos produtosé feita de forma direta nas diversasfeiras cuja maioria se concentra emBrasília, nas entregas em domicílioe no atacado. O Mercado Orgânico,hoje uma das referências nessesegmento, funciona no Galpão deOrgânicos na Ceasa/DF, às quintas-feiras e sábados pela manhã. É umaassociação de produtores orgânicos,criada em 2001 com o apoio daSecretaria de Agricultura do DF e suaEmpresa de Assistência Técnica eExtensão Rural. Em dezembro de2009, por iniciativa dos associados,foi criada a primeira cooperativa dosprodutores orgânicos de Brasília,

que se encontra em fase de organi-zação.

Tem contado ainda com o apoiode importantes parcerias seja dosórgãos já citados, como da Embra-pa, Sebrae, Sindiorgânicos, Ceasa,Ministério da Agricultura e Delega-cia Federal da Agricultura, Secretariade Ciência e Tecnologia, MDA eoutros. Na questão da legalizaçãodas ocupações rurais e sua defesa,base imprescindível de toda ativida-de produtiva rural. É ímpar o apoiodos Conselhos de DesenvolvimentoRural Sustentável do DF na defini-ção de legislação e procedimentosde anteparo e fortalecimento dasáreas rurais no território distrital, embusca da garantia e segurança daterra.

Finalizando, há uma sintonia en-tre as pessoas que trabalham e dese-jam o bem para todos. É uma espé-cie de conspiração do bem que vaise consolidando ao longo do tempo.O mundo da gente e o mundo danatureza pedem para que a vida sejabela e feliz para as gerações de hojee de amanhã.

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 14

ESPECIAL BÃO TAMBÉM

Quando a temperatura começa a cair, aparecem as chamadas doenças de inverno. O número de internaçõeschega a crescer 30% nos meses mais frios, a partir do

outono, com o surgimento de casos de gripe, pneumonia,bronquite, rinite, sinusite e o aumento da incidência de crisesde asma. O frio, somado à baixa umidade do ar, a uma maiorconcentração dos poluentes eàs aglomerações em luga-res fechados facilitam oaparecimento de doençascausadas por vírus e bac-térias, e de alergias. Emgeral, são doenças que,se tratadas a tempo ede forma adequa-da, podem serc o n t r o l a -das.

Doenças de inverno, como enfrentá-las

A maioria dos males de inverno atingea gargante ou o aparelho respiratório.

Asma – É uma inflamação do pulmão e das vias aéreas, de fundo alérgico,caracterizada por chiados no peito, tosse e sensação de falta de ar. É uma doen-ça comum em crianças até 12 anos, mas pode surgir em adultos a partir deinfecções por vírus e bactérias. Não existe como prevenir seu surgimento, masela pode ser controlada desde que o tratamento seja seguido e que o pacientee sua família se conscientizem do problema. Segundo o Ministério da Saúde,anualmente ocorrem cerca de 300 mil a 350 mil internações por asma no Bra-sil, constituindo-se na terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SistemaÚnico de Saúde (SUS).Amigdalite – É uma inflamação das amígdalas, glândulas que servem comofiltros no fundo de nossa garganta, evitando a passagem de infecções da boca edos seios da face (cavidades no interior dos ossos que se localizam ao lado donariz ou nas maçãs do rosto) para o resto do corpo. Pode ser causada por vírusou por bactérias. Os sintomas são dor de garganta, dor ao engolir, febre, mauhálito e, às vezes, inchaço dos gânglios do pescoço.Bronquite – É uma inflamação que impede a chegada do ar aos pulmões. Aforma aguda é causada por vírus e bactérias. A crônica é recorrente e não ne-cessariamente fruto de infecção. Seus principais sintomas são: tosse seca comchiado seguida por tosse com eliminação de catarro, dor no peito, fadiga, mal-estar e febre. Pode estar ligada a alergias e é agravada com o fumo ou o contatocom fumantes.Gripe – É uma infecção causada pelos vírus influenza, que são mutantes. Alta-mente contagiosa, pode causar entupimento das vias aéreas, inflamação nagarganta, dor muscular, dor de cabeça, febre alta, calafrios, fraqueza, tosse seca,espirros e coriza. A transmissão ocorre pelo ar, quando pacientes falam, espir-ram e tossem, e, indiretamente, pelas mãos e por objetos contaminados. Amelhor alternativa para evitar é tomar a vacina anualmente. No entanto, comohá tipos de vírus diferentes, e eles mudam, pode haver tipos não cobertos.Otite – É uma infecção bacteriana do ouvido médio, muito comum em crian-ças. Normalmente, vírus e bactérias que infectaram a garganta migram até oouvido e se multiplicam, graças às secreções da área.Pneumonia – Infecção aguda dos pulmões, causada por bactérias, vírus oufungos. Os alvéolos pulmonares ficam cheios de pus, muco e líquidos, o queimpede a respiração correta. Pode surgir após uma gripe ou uma bronquitefortes. Os sintomas são: tosse com catarro, dor no tórax, calafrios, suor, palidez efebre alta.Resfriado – Muito confundido com a gripe, é uma infecção bem mais leve donariz e da garganta, causada por outros tipos de vírus, diferentes do influenza.Seus sintomas são espirros, tosse, dor de garganta, dor muscular, secreção na-sal, dor de cabeça e febre baixa. Não existe vacina nem tratamento contra oresfriado – os remédios são tomados apenas para aliviar os sintomas até a recu-peração natural do organismo.Rinite – É a mais comum das doenças alérgicas, causada pela inflamação, oupela simples irritação, da mucosa do nariz. Os principais sintomas são espirros,coriza, coceira e entupimento do nariz. Os alérgicos representam cerca de 30%a 32% da população e são os mais atingidos com a chegada do inverno.Sinusite – É a inflamação da mucosa que reveste os chamados "seios da face"(cavidades areadas no interior dos ossos do crânio que se localizam ao lado donariz ou nas maçãs do rosto), causada por alergias ou infecções virais ebacterianas. Os principais sintomas são dor de cabeça, inchaço nas pálpebras,nariz entupido e dor nos olhos.

- Evitar ambiente fechado e mu-dar o cardápio ajuda na prevenção

- Antes de usar roupas de lã é im-portante lavá-las e secá-las ao sol

- Com o frio, as pessoas se abrigamdentro de casa e em outros ambien-tes fechados, que facilitam a prolifera-ção de microorganismos. Nessa situa-ção, em especial crianças, idosos epessoas alérgicas ficam mais expos-tas, por isso, é melhor evitá-la.

- Antes do uso de roupas de lã queestão guardadas desde o inverno an-terior, é fundamental lavá-las e secá-las ao sol – para combater os ácaros.As alergias podem causar rinites, bron-quites, sinusites e asma. Os alérgicosdevem redobrar os cuidados, evitan-do o acúmulo de poeira em casa, edormindo em local arejado.

- Não é preciso deixar de fazer exer-cícios físicos. Nadar, correr e caminharsão especialmente importantes por-que aumentam a capacidade respira-tória.

- Para que o ar se renove, janelasnão devem ficar fechadas. Deve-seevitar o acúmulo de poeira em casa e

as pessoas devem dormir em localarejado e umedecido – a utilização derecipientes com água no quarto aliviaos índices baixos de umidade do ar. Ouso de agasalho é sempre recomen-dado para saídas ao ar livre.

- Com o aumento da poeira no pe-ríodo seco, o uso de soro fisiológico nosolhos e narinas pode ajudar a diminuira irritação, bem como hidratantes paraa pele. O ressecamento dos olhos as-sociado à gripe ou resfriado dobra orisco de contrair conjuntivite viral.

- A prevenção das doenças de in-verno também passa por mudanças nocardápio da família. Nos dias mais fri-os, o corpo gasta energia adicionalpara se manter aquecido, o que reduza potência imunológica. Por isso, éimportante manter um cardápio vari-ado e rico em vitamina C, com frutas,verduras, legumes, carnes magras e lí-quidos. Para quem já está doente tam-bém deve-se oferecer uma alimenta-ção saudável, mas respeitar a falta deapetite. Quando doente, a pessoa nãosente bem o sabor dos alimentos. Re-comenda-se sucos e bastante água.

Mudança de hábitos ajuda na prevenção

Manifestações mais comuns no frio

Fonte: Esp.Cidadania/Senado.gov.br

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 002 - Abr/2010 - 15

Cê pensa que Tabuí é um fim de mundo? É não. Éque ocê não conhece a Ingrizia. Lá, sim. É onde ovento encosta o cisco. Tem pra mais de vinte anosque dezenove pessoas moravam na Ingrizia e, emborao povinho de lá comece cedo a fazer nhanha, - já quea outra única diversão é pescar -, a cada um que nascedois ou três vão embora. A população de Ingrizia, hoje,resume-se a treze pessoas: o Lazo, a Fiíca, os setefilhos e mais quatro gatos pingados que não acharampra onde ir.

Ingrizia fica lá pras cucuias, no entremeio da Serrado Urubu, prensada entre esta e o Rio Sorongo. Dolado que podia morar mais gente, sem tanto morro, émata fechada, onde não andam jumento e nem bode.O caminho para chegar na Ingrizia é uma tortuosa trilha,de mais de quatro léguas, subindo e descendo morro,cortando brejos e tafuiando pelas matas. O povo de láé tão acostumado a viver só que, quando chega gentede fora, fica assustado e se esconde. O visitante correo risco de chegar naquelas bandas, - isso se não errara trilha -, e não achar ninguém.

O Lazo, com sua turma, passava anos sem ir àcidade. Dos filhos, só os dois mais velhos, Guinel eLaíde, conheciam Tabuí. Semana Santa. Lá vão eles,com roupinha de ver Deus, em fila indiana, trilha a fora,ainda de madrugada, para participarem da procissãodo Senhor Morto, organizada pelo padre Anacleto, proco-mecinho da noite. Parada só num córrego ou noutropara beber água, molhar os pés e lavar o suor do rosto.

Com cuidado para espantar as piranhas e as arraias epondo sentido para evitar o ataque da sucuri traiçoeira.Se algum filho parava para catar araçá, gabiroba,coquinho, ovo de passarinho ou algum galho depeidorreira, depois tinha que correr atrás e, segundoordem do pai, ficar no final da fila.

- O úrtimo da fila é quem a onça sorratera pegapremero, viu?

Por medo, ninguém queria ficar pra isca de onça esó paravam mesmo quando a fome apertava demais daconta ou quando o de comer era pra lá de apetitoso.Paravam também por outros três motivos: prasnecessidades, - todo mundo de uma vez -, cada umatrás de uma moita; para comer a matula de frangocom farinha de mandioca, na beira da Lagoa dosValérios; ou para rezar, ao pé de cada cruz, um mistériodo terço. Chegavam na cidade de terço garantido, umavez que passavam por cruzes que assinalavam cincomortes no caminho, uma de morte morrida, outra demorte matada e três por morte d’onça. Mas, naqueledia, assim que terminaram as quatro léguas da trilha eentraram na estrada esburacada de carro de boi, - commais duas léguas chega-riam a Tabuí -, logo no começo,uma cruz nova, de peroba. Rezaram mais um mistériodo terço. Nem bem andaram trinta metros, outra cruz.Mais um mistério. Logo depois, outra. Todas de peroba.Outro mistério. E não parava de aparecer cruz...Cruzcredo! Enfileiradas. A cada trinta metros, mais uma.Foi aí que o Guinel protestou.

- Pai, já rezemo quatro terço e num pára de aparecêcruiz... Assim nóis vai chegá pra procissão sóamanhã!...

Lazo resolve olhar melhor as últimas cruzes e asachou estranhas. Bem diferentes das antigas, pois quetinham o pé comprido demais, des-proporcional aosbraços e à cabeça, muito curtos.

- Gente, vamo pulá uma cruiz ô outra! O Guineltá certo. Num vamo rezá em todas não... Que medescurpe cada falecido...

Foi aí que apareceu outro ingrediente na história.Amarrados nos braços de cada cruz, a partir do Capãodos Óculos, - coisa esquisita -, dois fios de arameligando uma à outra. Aquilo foi muito curioso, novidadede primeira, foi bão demais da conta pra meninada eapressou a caminhada de todos, pois, quandochegavam numa cruz e viam que tava amarrada com oarame, corriam pra seguinte e pra seguinte a fim deterem certeza de que o arame continuava.

- Ôta arame cumprido, pai!...Aí foi que o Lazo entendeu tudo.- Muié! Fios! Vamos cortá a rezação! Isso daí num

é cruiz! É a tal de luiz eletri qui vi dizê qui tá cheganolá na Mutuca. Essas cruiz pareceno girafa deve sê prasigurá esses arame que vai acendê a luiz da Mutuca...bãobora digero quisinão a gente num bamo vê nemchero de procissão lá em Tabuí!...

Novidade chega na Mutuca

Por: Eurico de Andrade - Visite Blog: http://tabui.blogspot.com

CONTOS & CAUSOS

Cavalgada CulturalBrasília 50 Anos

Em Junho de 2009 os Cavaleiros daCultura saíram do Museu de Arte Mo-derna de Niterói-RJ, uma obra deNiemeyer, com 57 mil livros na baga-gem, rumo à Belo Horizonte, assim

Foto: M. Vinicius

reu no Eixo Monumental de Brasília.Por volta de 10h, os 20 cavaleiros che-garam à Biblioteca Nacional e doaram3.500 livros. Em seguida, fizeram umaparada no Palácio do Planalto e home-nagearam os idealizadores da capital,Oscar Niemeyer e JuscelinoKubitschek.

O momento foi de muita emoçãoentre cavaleiros, familiares e pessoasque paravam para ver a comitiva pas-sar. “Estamos realizados de comemo-rar o aniversário desta cidade distribu-indo livros em regiões carentes e le-vando esperança”, revela Carlos OscarNiemeyer, neto do arquiteto eidealizador da Cavalgada Cultural.

O caminhão, que transportou osexemplares, finalmente estava vazio.Mesmo com o cansaço, os animaistambém pareciam entender o moti-vo de tamanha alegria. As comemora-ções finais ocorreram na XVII Exposi-ção Agropecuária de Brasília, no Par-que de Exposições da Granja do Torto,com um delicioso churrasco e, o showfinal da dupla “Tô Arando e Gradiando”.

dando início à I etapa da CavalgadaCultural Brasília 50 Anos. Em 22 dias, ogrupo percorreu 650 Km doando osexemplares a 25 bibliotecas e escolasdos estados do Rio de Janeiro e MinasGerais.

A primeira etapa foi finalizada no

Renata Silva

cavaleirosdacultura.org.br

dia 18 de Julho de 2009, com a chega-da dos cavaleiros na Igreja daPampulha, em Belo Horizonte, a pri-meira obra de Niemeyer para Jusceli-no Kubitschek. Foram 22 dias intensosde entrega de livros e eventos cultu-rais.

Para a II etapa os livros foram arre-cadados através de contatos com edi-toras, escritores, instituições voltadaspara a promoção da leitura e amigos.Eo roteiro teve continuidade quando,neste ano, a tropa partiu de Belo Hori-zonte com destino a Brasília.

Os 850Km pareciam pequenos di-ante de tantas histórias e conquistas.No sábado (17/04), a comitiva comple-tou o trajeto da II etapa da CavalgadaCultural Brasília 50 anos com o senti-mento de missão cumprida: 120 millivros doados a 21 bibliotecas e esco-las públicas do roteiro entre Belo Ho-rizonte e a Capital Federal. No rosto decada integrante da expedição literáriaestava estampado um sorriso e a cer-teza da concretização de um sonho.

A marcha de encerramento ocor-

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