Correiode sintra n22

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PUB PUB Ana Gomes apresentou queixa à União Europeia contra vazadouro ilegal na Serra da Carregueira CONCELHO. A eurodeputada e vereadora socialista Ana Gomes apresentou queixa à União Europeia contra os despejos ilegais num terreno da Serra da Carregueira. Medida contra a “incapacidade” das entidades para porem cobro àquela situação “criminosa”. Concelho, 6 Entrevista ao vice-presidente da Câmara de Sintra ENTREVISTA. Vice-presidente da Câmara diz que autarquia de Sintra foi enganada pelo Ministério da Educação, num acto de “má- fé” que resultou do contrato de transferência de competências educativas. Concelho, 6 CONCELHO. Praias de São João das Lampas estão ao abandono pelas entidades competentes mas continuam a ser escolhidas pelos veraneantes. Acesso principal à Praia do Magoito está cortado desde Outubro e não há certezas se vai abrir este Verão. Concelho, 6 Costa ao abandono Costa ao abandono PUB

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Ana Gomes apresentou queixa à União Europeia contra vazadouro ilegal na Serra da Carregueira CONCELHO. A eurodeputada e vereadora socialista Ana Gomes apresentou queixa à União Europeia contra os despejos ilegais num terreno da Serra da Carregueira. Medida contra a “incapacidade” das entidades para porem cobro àquela situação “criminosa”.Concelho, 6

Entrevista ao vice-presidente da Câmara de Sintra ENTREVISTA. Vice-presidente da Câmara diz que autarquia de Sintra foi enganada pelo Ministério da Educação, num acto de “má-fé” que resultou do contrato de transferência de competências educativas. Concelho, 6

CONCELHO. Praias de São João das Lampas estão ao abandono pelas entidades competentes mas continuam a ser escolhidas pelos veraneantes. Acesso principal à Praia do Magoito está cortado desde Outubro e não há certezas se vai abrir este Verão. Concelho, 6

Costa ao abandonoCosta ao abandono

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2 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011 A abrir

A deposição de entulhos em baldios do concelho de Sintra é

uma prática criminosa que pode e deve ser denunciada pelos

munícipes. O presidente da Junta de Freguesia de São João das

Lampas, Ponce Leão, dá o exemplo recolhendo provas que mais

tarde entregará à Policia Municipal.

Continua o confl ito laboral entre trabalhadores e a empresa

municipal de recolha de lixo (HPEM). Persistem os atrasos na

recolha e quem sofre são os munícipes.

Salta à vista...

JR

É o que Portugal mais uma vez é. E é-o por total

irresponsabilidade dos governos que ao longo

das últimas duas décadas não souberam, ou não

quiseram, tomar paulatinamente medidas que nos

colocassem enquanto País e cidadãos na mesma linha de

desenvolvimento europeu.

Gastámos mais do que podíamos, endividámo-nos mais

do que deveríamos, e o resultado está à vista: Portugal

é um País descapitalizado de dinheiro, de credibilidade

internacional, de investidores, de políticos visionários, e o

pior de tudo, de esperança no futuro.

Vivemos estas duas décadas numa prosperidade fi ctícia

e hoje e na próxima década estamos e iremos pagar

esta factura muito bem paga, com a falência das nossas

empresas, com níveis de desemprego nunca antes vividos

e com uma máquina fi scal vampírica que nos sangrará até

à última gota.

Não obstante a queda da credibilidade fi nanceira

soberana, até os bancos nacionais se recusam a fi nanciar

mais o Estado dando assim o pontapé fi nal a um governo

demissionário, é certo, mas já de si agonizante e caduco

que necessitou de uma encenação quase perfeita para

abandonar o lugar. Numa encenação em que, e não

ingenuamente, entraram os partidos da oposição que,

em caso de vitória nas eleições, difi cilmente se livrarão

de fi car na história como o governo que teve que recorrer

à ajuda externa. Nada o diferenciará deste governo

demissionário que também tudo tem feito para se

livrar dessa nódoa, com todas as difi culdades que isso

representa para os portugueses. A tomada de decisão dos

bancos portugueses irá certamente precipitar esse pedido

de ajuda e a nódoa, para gáudio dos partidos da oposição,

cairá inevitavelmente nas gravatas do Primeiro Ministro em

gestão.

E assim se joga politicamente um País à roleta russa

em que o último a sair que feche a porta.

Talvez seja tempo de todos os eleitores pensarem

muito bem em acabar de vez com o laxismo da abstenção

e venham, responsavelmente, a votar em consciência num

partido político que se apresente com propostas credíveis

mas sobretudo sérias e exequíveis.

É que para mau já basta assim e Portugal e

os portugueses não podem continuar a adiar o

desenvolvimento e futuro.

editorialUm País adiado

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4 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011

Concelho

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Concelho

Praias de São João das Lampas ao abandonoSOCIEDADE. As praias de São João das Lampas são terra de ninguém. Os acessos estão cortados há vários anos, restringindo a utilização dos veraneantes, mas não evita a proliferação de vazadouros clandestinos nos dez quilómetros de costa.

Os postes de electricidade e de telefone, as estradas alcatroadas, as vivendas e as lixeiras marcam a paisagem de uma zona protegida do Parque Natural Sintra-Cas-cais. As praias estão inter-ditas devido à instabili-dade das arribas, o que não impede que sejam utilizadas clandestinamente pelos vera-neantes e como local de depósito ilegal de resíduos.

De acordo com o presi-dente da Junta de São João das Lampas, Ponce Leão, a costa litoral da freguesia foi deixada ao abandono por parte das entidades com-petentes, que restringiram os acessos às praias da Samarra, Vigia e Aguda há vários anos.

“Estaria aqui um dia inteiro para enumerar todas as enti-dades que mandam e que proíbem na linha de costa e nos concessionários. Temos a Região Hidrográfi ca do Alentejo [ARH] Tejo, o Parque Natural, o Instituto da Con-servação da Natureza [ICN], a Polícia Marítima e a Capitania de Cascais. Temos tanta enti-dade a mandar e ninguém resolve nada”, lamentou ao Correio de Sintra.

O autarca contesta ainda o encerramento em Outubro do principal acesso ao Magoito

(devido à instabilidade de uma arriba), a única praia concessionada e a mais visi-tada da freguesia, lembrando que pode estar em causa o desenvolvimento económico de São João das Lampas.

“Está em risco de deixar de ser concessionada este ano e de ser interdita total-mente. Lamentamos que a ARH Tejo, que tanto dinheiro recebe dos contribuintes que gastam água nesta freguesia, e neste concelho, não tenha o dinheiro sufi ciente para rea-lizar obras de sustentação da

duna que está em perigo de cair. Priva a população de ir à sua praia preferida porque às outras já não podem porque estão inacessíveis”, disse.

Há vários anos que Edu-ardo Monteiro é um dos con-cessionários desta praia. O empresário admite que se o principal acesso à praia se mantiver encerrado, podem estar em causa vários postos de trabalho, uma vez que para se descer para o areal o percurso fi ca longe do res-taurante e o “negócio” pode fugir.

“Já estivemos na ARH no qual nos foi dito que estava em estudo [obras de susten-tação da duna], mas que era bastante caro e que este ano não ia ser feito nada. Também nos foi dito que pode haver a hipótese de a praia ser inter-dita ao público”, disse, adian-tando que as pessoas “já fi zeram um buraco numa das redes para conseguirem chegar à praia”.

Fonte da ARH Tejo disse que a intervenção desta enti-dade no Magoito, assim como noutros locais, está inserida

no âmbito da monitorização do litoral, estando prevista para esta praia uma “inter-venção” que se encontra em fase de candidatura no âmbito do Fundo de Pro-tecção dos Recursos Hídricos.

A fonte explicou que “qual-quer decisão relativa à pró-xima época balnear terá sempre em conta a segu-rança de pessoas e bens”, não adiantando se o acesso à praia vai continuar interdito.

Há dois meses a queda de uma avioneta na praia da Aguda provocou um morto e um ferido grave, tendo as operações de socorro sido difi cultadas pelo mau acesso ao areal.

O presidente da Junta de Freguesia lembra que esta praia continua a ser utilizada no Verão com todos os riscos que isso representa.

Na praia da Samarra o acesso aos dois quilóme-tros de areal está igualmente interdito, e no local perma-necem os vestígios de uma escada instalada há mais de uma década que, segundo o autarca, devido à maresia não durou mais de seis meses. Joaquim Reis

Lixo em pleno Parque Natural Sintra-Cascais.

Eduardo Monteiro e Ponce Leão na Praia do Magoito, encerrada.

JOAQ

UIM

REIS

JOAQ

UIM

REIS

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56 de Abril de 2011 Correio de SintraConcelho

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Dia Mundial da Árvore assinalado na serra

Fórum Sintra abre a 11 de Abril

AMBIENTE. Duas turmas do colégio Infanta D. Maria de Portugal assinalaram o Dia Mundial da Árvore com a plantação de carvalhos na Serra de Sintra, numa iniciativa que tinha como objectivo alertar os mais novos para a luta contra o cancro do pulmão.

Na Peninha, em plena Serra de Sintra, onde as acácias roubam há vários anos espaço à biodiversidade do local, foram plantados a 21 de Março uma dezena de carvalhos. A iniciativa, organizada pela Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, tinha como objectivo alertar os mais novos para as consequências desta doença oncológica que mata quatro mil portu-gueses por ano.

Segundo Agostinho Costa, membro da Pulmonale, uma das mensagens que a associação pretende passar é “a importância da prevenção e da criação de condições de vida saudável, a manutenção de ambiente e as boas condições ambientais”, para uma vida saudável, onde não consta o tabaco.

“O cancro do pulmão é uma impor-tante causa de morte por doença oncológica em Portugal. É uma doença para a qual tem havido alguns ganhos em termos de benefícios terapêuticos, mas que ainda continua a ter uma taxa de mortalidade muito elevada”, disse.

A missão dos mais jovens consistia em cavar um buraco onde depois iriam plantar um pequeno carvalho. Cansados mas satisfeitos por ajudar à refl orestação da Serra de Sintra, os jovens disseram ao Correio de Sintra que na escola aprendem a dar valor ao ambiente e a fugir dos malefícios do tabaco.

“Lá em casa só fuma a minha mãe. Às vezes ainda lhe escondo o tabaco

mas ela vai sempre comprar”, disse uma das alunas do colégio.

Para Ricardo Pragana, professor do terceiro e quarto ano, este tipo de ini-ciativas são importantes para que os mais jovens aprendam a ter uma con-duta mais saudável, respeitando a

natureza e a sua saúde. “Na escola abordam a temática dos malefícios do tabaco no primeiro período do ter-ceiro ano. Eles têm perfeita consci-ência dos malefícios que estas drogas legais têm no seu dia-a-dia e no seu futuro”, disse. JR

SOCIEDADE. O centro comercial promovido abre portas ao público no próximo dia 11 de Abril às 21h. Com um investimento global de 170 milhões de euros, o Fórum Sintra vai criar 2500 postos de trabalho directos e 800 indirectos e irá constituir um novo pólo de atracção para a população de Sintra e municípios limítrofes.

Situado junto à confl uência do IC19 com a A16, o shopping resulta da expansão e remodelação do já existente edifício do Feira Nova. A sua localização abrange uma área de infl uência de cerca de 621.000 habi-tantes.

O Fórum Sintra oferece 55.000 metros quadrados de área comercial e conta com 182 lojas, distribuídas por três pisos, incluindo um Pingo Doce, uma praça de alimentação com 20 restaurantes e ainda 7 salas de cinema. O Fórum Sintra oferece ainda 2.520 lugares de estacionamento subterrâneo e 130 lugares à super-fície.

Tem como lojas âncoras a Worten, Zara, Primark, H&M, Sportzone, C&A, New Yorker e Modalfa. De destacar ainda a presença de comerciantes locais com cerca de 20 lojas, quer através de marcas próprias, quer de marcas franchisadas.

Crianças plantaram árvores na Peninha, na Serra de Sintra.

JR

DR

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6 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011 Concelho

Ana Gomes apresentou queixa à União Europeia contra vazadouro ilegal na Serra da Carregueira

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DR

AMBIENTE. A eurodeputada socialista Ana Gomes apresentou uma queixa à União Europeia para denunciar despejos ilegais de toneladas de resíduos na Serra da Carregueira, em Belas. Ana Gomes justifi ca que esta medida surge devido à incapacidade das “autoridades locais e nacionais para pôr cobro àquela operação criminosa e para punir os responsáveis” pela deposição de entulhos que já dura há uma década neste local da freguesia de Belas.

A eurodeputada e vereadora sem pelouro da autarquia de Sintra diz querer desencadear a intervenção das instâncias europeias para “forçar o Estado português a impor o cumpri-mento da lei e o restauro das condi-ções naturais do local”.

Ana Gomes invoca a violação de várias disposições de directivas euro-peias no âmbito da protecção do ambiente, considerando que os des-pejos de toneladas de resíduos sólidos e inertes naquele vazadouro ilegal têm “um impacto grave no ambiente de uma área que deveria estar protegida e comportam consequências ambien-tais e de saúde pública potencial-mente irreparáveis para a área e para a população envolvidas”.

Ao longo dos anos, o terreno foi alvo de inspecções por parte da Inspecção-geral do Ambiente e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), e o assunto já suscitou

reuniões entre CCDR LVT, Ministério da Economia, autarquia de Sintra e Provedoria de Justiça.

Fonte do Ministério do Ambiente disse que o “Ministério está a tomar conta do processo”, não adiantando mais informação.

Em Abril de 2010, Ana Gomes já tinha ameaçado a apresentação da queixa à União Europeia. Num docu-mento entregue ao PS pelos serviços da Câmara de Sintra nessa altura, a que a Lusa teve acesso, era referido que apesar de pareceres desfavorá-veis da autarquia, vários organismos do Estado terão dado pareceres favo-ráveis à exploração do terreno.

Segundo os socialistas, em 1997 foi levantado o primeiro auto de notícia por contra-ordenação ao proprietário do terreno onde está localizado o aterro, tendo sido determinada a suspensão da movimentação de terras no local.

A autarquia de Sintra emitiu uma licença de fl orestação do local, em Maio de 1998, revogada em Setembro de 1999 e em Junho de 2003.

Em 1999, o proprietário terá obtido uma licença da CCDR LVT para explo-ração do local como pedreira de saibro, mas nunca viu as suas preten-sões aprovadas pela autarquia.

Em Fevereiro de 2001, a Câmara emitiu um despacho, determinando que não autoriza “qualquer exploração de saibro” ou “qualquer deposição de terras de empréstimo” mas apenas a “recuperação da zona afectada pelos trabalhos anteriores com plantação de espécies adequadas”. Joaquim Reis

Autoridades impotentes para pararem descargas na Carregueira

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8 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011 Concelho

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«Câmara foi enganada no contrato com o Ministério da Educação»O vice-presidente da Câmara de Sintra (Coligação Mais Sintra) considera que a autarquia foi “literalmente enganada” pelo poder central, num acto de “má fé” que resulta do não cumprimento de pressupostos assinados no contrato de transferência de competências educativas, assinado em 2009 com o Ministério da Educação. Marco Almeida, que detém o pelouro da Educação, garante que a Câmara tem cumprido com as suas obrigações nesta área e acusa a administração central de não dar o real valor a este concelho onde moram 500 mil pessoas.

De que forma o poder central olha para o município de Sintra?

Se tivermos em atenção tudo aquilo que não tem sido feito em Sintra por parte da administração central eu diria que o concelho não é visto como prioritário. Um município que tem 500 mil pessoas e que tem defi ciências em áreas essenciais como a segurança, a saúde e a edu-cação merecia outra atenção. Não por respeito à câmara mas aos cida-dãos que aqui residem.

A autarquia tem mantido um diferendo com o Ministério da Educação…

A Câmara assinou um contrato de execução em Setembro de 2009 com o Ministério da Educação que pressupunha basicamente dois aspectos. Por um lado manutenção e construção de novos equipamentos escolares e por outro a transfe-rência do pessoal não docente destes estabelecimentos de ensino. No que diz respeito ao pessoal não docente, viemos a constatar que da parte do ministério houve um acto de má-fé quando assinou o contrato de execução.

A que nível é que se verifi cou?Este acto de má-fé tem a ver com

compromissos que não estavam sal-vaguardados na altura em que foram assinados os contratos. Como as questões da ADSE, sempre acredi-támos que as verbas dispendidas com os funcionários que recebemos seriam verbas que se manteriam da responsabilidade da administração central. Depois do contrato de exe-cução assinado houve a tentativa por parte do Ministério das Finanças de passar essa despesa para encargo próprio da autarquia. Não podemos aceitar e só com grande empenho por parte da câmara foi possível evitar o pagamento dos encargos com a ADSE com o pessoal que foi transfe-rido do ministério para a autarquia.

A câmara foi literalmente enganada neste processo negocial. Assinámos de boa fé um contrato de execução, acreditando que os pressupostos que lá estavam eram para serem cum-pridos por parte do Ministério da Educação e muitos daqueles pressu-postos não estão a ser cumpridos.

E a Câmara tem cumprido o seu papel?Há aqui diferentes níveis de inter-

venção na área da educação. A câmara tem feito um investimento considerável na sua rede de jardins-de-infância e de primeiro ciclo e essas são as nossas primeiras responsa-bilidades. Não só na construção de novas salas mas também na requa-lifi cação das escolas mais antigas. Temos apostado fortemente na cons-trução dos refeitórios, porque acre-ditamos que essa também é uma medida social que mais impacto tem numa altura de crise social e econó-mica que o país atravessa. Temos investido nos transportes escolares, temos apoiado signifi cativamente as actividades de enriquecimento curri-

cular. A responsabilidade directa da câmara tem sido desenvolvida. As responsabilidades do Ministério da Educação naquilo que são os seus equipamentos educativos, essencial-mente no ensino secundário, e acima de tudo nas que são as condições que o oferece aos profi ssionais da edu-cação, aí sim notamos que há grande instabilidade. Só o empenho e profi s-sionalismo da comunidade docente é que tem evitado que não ocorram outros problemas no que diz respeito ao acompanhamento dos alunos.

Recentemente movimentos independentes de professores participaram numa vigília em frente à Câmara em protesto contra, entre outros aspectos, a criação de mega agrupamentos no município. Como vê a Câmara este assunto?

Vemos este assunto com preocu-pação. Nós fomos confrontados em 2009 com uma primeira tentativa do Ministério da Educação para pro-ceder a esta reorganização em que a intenção era a criação de mega estru-turas que pudessem fundir aqueles

que são os agrupamentos existentes e as escolas secundárias. O que se mantém em cima da mesa é que o concelho de Sintra é territorialmente grande, com uma dimensão humana brutal, temos 52 mil alunos na rede de ensino público, e que qualquer reorganização pressupõe a criação de agrupamentos que são ingerireis. Por um lado criam estruturas ao nível do número de alunos, professores e pessoal não docente com uma dimensão que não facilita a gestão. Por outro lado, acreditamos também que concentrar direcções de agru-pamentos implica estar a afastar a solução dos problemas. Esta pro-posta não traz nenhum benefício.

Que escolas podem estar em causa?Falamos por exemplo [em Queluz]

da junção da secundária Miguel Torga, com a EB 2 3 Ruy Belo e com o agrupamento D. Pedro IV. O que signifi ca que temos a junção de dois agrupamentos verticais com uma escola secundária em que o número de alunos rondaria entre os quatro e os cinco mil. O que de facto é um exemplo de uma medida que tem apenas como pressuposto a racio-nalidade económica. Mais nada. Não traz nenhuma vantagem às escolas, aos alunos e às famílias.

Mas que desvantagens provoca esta reorga-nização?

Passamos a ter uma unidade que concentra mais agrupamentos, mais alunos e mais docentes. Pres-supõe a extinção das secretarias, e isso é também uma forma de afastar aquelas que são as soluções do ponto de vista administrativo junto de quem lá trabalha e das próprias famílias. E depois porque do ponto de vista da operacionalidade não traz benefi cio nenhum. So traz desvantagens.

Marco Almeida, vice-presidente e vereador da Educação da Câmara de Sintra

JR

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96 de Abril de 2011 Correio de SintraConcelho

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Partidos defenderam construção de Hospital em Sintra

AR

QU

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SAÚDE. A Assembleia Municipal de Sintra dedicou a última reunião à saúde. Por entre as muitas críticas partidárias à iniciativa realizada no dia em que José Sócrates apresentou a demissão do Governo, notou-se a ausência da Administração Regional de Saúde, que apenas no dia anterior avisou que não iria estar presente. Os partidos defenderam a construção de um hospital público em Sintra para fazer face ao congestionado Amadora-Sintra, que serve actualmente 700 mil pessoas.

A 23 de Março PSD, PS, PCP e BE defenderam a urgência da construção de uma uni-dade de saúde no município. Por seu lado, o administrador do Hospital Fernando da Fon-seca afi rmou que “não faz sentido implementar um hos-pital autónomo em Sintra”, considerando que este con-celho deve receber um equi-pamento de saúde integrado de forma articulada com o Amadora-Sintra.

“Sintra deve receber um hospital que esteja inte-grado e funcione de forma articulada com o Fernando da Fonseca. Em termos de internamento não preci-samos de mais camas, a não ser em cuidados conti-nuados e paliativos, mas no resto seria um hospital com-pleto, com gestão articulada e a utilização de recursos mútuos”, disse o adminis-

trador do Amadora-Sintra, Artur Vaz, adiantando que até ao momento não está prevista a construção de um hospital público no concelho de Sintra.

Artur Vaz considerou que uma nova unidade em Sintra iria complementar alguns dos serviços do Amadora-Sintra, explicando que, por exemplo, o novo equipa-mento poderia suportar entre 90 a 120 camas destinadas a cuidados de convalescença e paliativos, aumentando assim a capacidade de cirur-gias já desenvolvidas anual-mente.

O administrador disse ainda que recentemente o Hospital Fernando da Fon-seca desenvolveu um estudo para analisar a melhor loca-lização de uma unidade de saúde em Sintra, com o docu-mento a apontar a freguesia de Algueirão-Mem Mar-tins, junto à antiga fábrica da Messa, como o local que apresenta mais garantias de aumento de acessibilidade aos moradores do vasto con-celho.

Para Artur Vaz, a problemá-tica da saúde incide princi-palmente nas políticas trans-versais de garantia de quali-dade de vida – saneamento ou melhor alimentação - factor que nos últimos trinta anos aumentou os índices de saúde dos portugueses.

Já para Fátima Campos, coordenadora da Comissão Permanente de Saúde da Assembleia Municipal de Sintra, o concelho atravessa difi culdades nesta área,

nomeadamente no número crescente de utentes sem médico de família, que já atinge os 135 mil, dada a falta de médicos, na escassa qualidade de infra-estruturas ao nível dos centros de saúde e no congestionado Ama-dora-Sintra.

“Este hospital serve dois concelhos muitíssimo popu-losos. É, por isso mesmo, insufi ciente e incapaz para dar uma resposta concreta à população que apenas teó-rica e administrativamente serve”, disse.

Segundo o vice-presidente da Câmara de Sintra, Marco Almeida, a questão da insufi -ciente qualidade de serviços de saúde no concelho mostra “a postura que o poder cen-tral” tem relativamente a esta área.

“Nos últimos dez anos deslocámo-nos ao Minis-tério da Saúde para apre-sentar as três principais pre-

ocupações da autarquia. O elevado número de utentes sem médico de família, o estado da rede de unidades de saúde familiar e centros de saúde e a questão da qualidade dos serviços pres-tados nas áreas das urgên-cias do Amadora-Sintra. Ao fi m destes dez anos tudo está igual”, disse.

O autarca lamentou ainda que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não tenha com-parecido à Assembleia Muni-cipal, “após ter confi rmado a sua presença para auscultar os problemas do concelho”. Marco Almeida lamentou ainda o facto de o presidente da mesa da Assembleia Muni-cipal, Ângelo Correia, não lhe ter dado a palavra enquanto representante da Câmara de Sintra – devido à ausência de Fernando Seara - para, como habitualmente, encerrar os trabalhos. Joaquim Reis

Há vários anos que a população reclama novo hospital em Sintra.

Breves CrimePreso por carjacking estava há um ano em fuga

A PSP deteve um homem de 25 anos, co-autor de um crime de carjacking em Fevereiro de 2010 no Cacém, que se encontrava em fuga desde essa altura depois de ter sido condenado à revelia a cinco anos de cadeia.O homem tinha sido condenado pela prática do crime com re-curso a pistola e caçadeira. Na altura, os dois assaltantes rou-baram uma viatura no Cacém, tendo sido perseguidos por uma brigada à civil da PSP de Oeiras. A fuga estendeu-se por alguns quilómetros, tendo a viatura onde os dois assaltantes seguiam vin-do a despistar-se. No entanto, apenas um dos assaltantes foi preso, uma vez que o outro, agora detido, conseguiu fugir. Ao longo do processo, o tribunal de Sintra nunca conseguiu localizar o fugi-tivo, tendo emitido um mandado de captura que agora foi cum-prido pela PSP. O fugitivo estava a morar numa casa do Cacém e foi de imediato conduzido à cadeia para cumprir pena.

Despiste nas Azenhas do Mar faz um morto

Um morto e um ferido grave é o balanço de um acidente de via-ção ocorrido na madrugada de 27 de Março nas imediações das Azenhas do Mar. Segundo a GNR, o acidente, ocorrido cerca das 3:00, resultou de um despiste de um veículo ligeiro, desconhecen-do-se ainda as causas exactas que o provocaram.

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10 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011 Concelho

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Príncipe Real britânico visitou Monserrate

Coração Amarelo apoia população mais idosa de Sintra

SOCIEDADE. O príncipe Carlos de Inglaterra visitou, a 29 de Março, o palácio de Monserrate, onde juntamente com a mulher, Camila, duquesa da Cornualha, plantou uma rosa neste espaço fortemente ligado à presença britânica em Portugal.

Por volta das 15:00 o casal real deu entrada na vila his-tórica que o poeta inglês do século XIX, Lord Byron, ape-lidou de “glorioso Éden”, dado o ambiente român-tico do local. À sua espera no Parque de Monserrate estavam duas centenas de pessoas, entre portugueses e ingleses – parte delas cantou os parabéns à ministra da Cultura que nesse dia assi-nalou o 50.º aniversário – além da ministra do Ambiente e do presidente da Câmara

de Sintra.À chegada, Carlos e Camila

cumprimentaram os pre-sentes que cerca de uma hora antes começaram a con-centrar-se em fi las. “Sintra

tem este misticismo”, disse o príncipe a uma das pessoas, enquanto apontava para a verdejante paisagem envol-vente. Inicialmente estava previsto que o casal plan-

tasse duas rosas no novo roseiral de Monserrate, que ocupa uma área de seis mil metros quadrados, contando 800 roseiras de 200 varie-dades mas, as medidas de segurança ditaram que esta iniciativa fosse reduzida a dois vasos junto ao palácio.

De seguida o casal visitou o palácio, construído no século XVIII pelo comerciante inglês Gerard de Visme, e restau-rado um século depois pelo também britânico Francis Cook.

O parque e palácio de Mon-serrate fazem parte do patri-mónio de Sintra classifi cado pela UNESCO e tem sido recu-perado pela empresa Parques de Sintra Monte da Lua, com a colaboração da associação “Amigos de Monserrate”.

João Talone, um dos res-ponsáveis da associação, explicou ao príncipe o tra-

balho que tem sido desen-volvido na recuperação deste espaço.

“O príncipe Carlos disse-nos que nunca tinha vindo cá, e que é uma pena que não tenha tido mais tempo”, disse João Talone ao Correio de Sintra.

Para o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, o casal britânico mos-trou “a sua extrema sim-patia”, tendo o príncipe Carlos expressado a sua “vontade em voltar” a Sintra numa pró-xima visita a Portugal.

A segurança apertada provocou um episódio que motivou o riso de muitas das pessoas que se encontravam no local, com os seguranças a deixarem a chave da viatura que transporta o casal inglês dentro do carro, tendo Carlos e Camila deixado Monserrate numa outra viatura. JR

SOCIEDADE. A delegação sintrense realizou, no passado dia 30, um encontro entre gerações de modo a promover o trabalho desenvolvido nos últimos dois anos. A iniciativa contou com a presença de centenas de convidados.

A Comissão Instaladora de Sintra da Associação Coração Amarelo promove iniciativas que visam auxiliar as pes-soas mais idosas do con-celho em situação de solidão, com o intuito de melhorar a qualidade de vida da popu-lação. “Apesar das difi cul-

dades vividas, sabemos que nós somos o veículo para trazer mais satisfação, menor solidão e melhor qualidade de vida aos idosos”, disse Rosa Maria Araújo, presidente da Comissão Instaladora, no

encontro de gerações que se realizou nas instalações da associação, em Sintra.

Actuando desde fi nais de 2009, a delegação sin-trense conta com cerca de dez voluntários e propor-ciona aos idosos ocupações que permitem criar laços de inter-ajuda e um espírito de solidariedade e cooperação. “A nossa presença em Sintra deve-se graças ao apoio vindo da junta de freguesia e câmara municipal locais que acreditaram no nosso pro-jecto cem por cento volun-tário”, sublinhou. Nos últimos dois anos, a Comissão Insta-

ladora organizou várias ses-sões com entidades policiais com o objectivo de informar e prevenir os idosos dos perigos provenientes da rua como também realizou visitas a centros culturais e cidades emblemáticas do país.

A delegação sintrense vai desenvolver, num futuro pró-ximo, um projecto ainda por revelar, em parceria com a empresa Delta, que vai incidir em Lisboa, Porto e Sintra. A associação tem, também, como objectivo constituir um clube sénior, com o apoio da Cruz Vermelha, permitindo organizar, diariamente, traba-

lhos pelas pessoas com mais necessidades. “A delegação cresce no dia-a-dia e com as várias iniciativas realizadas. Queremos criar núcleos da associação nas zonas mais rurais do concelho”, revelou Rosa Maria Araújo.

A Associação Coração Ama-relo é uma Instituição Parti-cular de Solidariedade Social, fundada em 2000. A insti-tuição conta com oito delega-ções nacionais, cerca de 700 voluntários e é apoiada por várias instituições, nomeada-mente a Cruz Vermelha Portu-guesa, a Segurança Social e as câmaras municipais. AP

Carlos e Camila mostraram a simpatia a duas centenas de pessoas.

JR

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156 de Abril de 2011 Correio de SintraCidades

Greves de trabalhadores da CP difi culta quotidiano dos utilizadores da linha

Túnel de Agualva já abriu ao trânsito

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DR

NM

Agualva-Cacém

SOCIEDADE. A greve dos maquinistas da CP a 1 de Abril afectou fortemente a circulação na linha de Sintra, com centenas de pessoas à espera de comboios nas estações. Utilizadores da Linha não compreendem sucessão de greves numa altura em que o Governo socialista está demissionário.

Os comboios que cumpriram ser-viços mínimos – apenas três em direção a Lisboa desde as 07h – che-garam a Agualva-Cacém completa-mente lotados, com os passageiros a mesmo assim a tentar entrar nas car-ruagens.

Ao chegar à estação, os passa-geiros deparavam-se com a infor-mação de que praticamente todos os comboios se encontravam supri-midos, e os que cumpriam os serviços mínimos estavam com largos minutos de atraso.

Por entre empurrões alguns dos passageiros conseguiram aceder ao comboio, mas dezenas deles iam fi cando na estação, impedidos de chegar aos seus postos de trabalho em Lisboa, Amadora e Sintra.

“Parece que estamos na Índia, só falta virem em cima do comboio. Não consegui ir para Lisboa, estou na estação desde as 7:30 e mais uma vez estas greves condicionam a minha vida”, disse Daniel Moreira, passageiro que se viu impedido de entrar numa das carruagens por já se encontrarem lotadas.

Alguns dos passageiros que não conseguiram entrar nos comboios contestaram a sucessão de greves que nos últimos tempos têm afectado a circulação na Linha de Sintra.

“Hoje os comboios pareciam sar-dinhas em lata. Estou aqui há duas horas e não consigo entrar num com-boio para Lisboa porque os dois ou

três que passaram desde as sete da manhã vinham cheios”, disse Luís Lopes, passageiro que deveria “estar no Rossio entre as 7:30 e as 8:00”.

Segundo este utilizador da CP, as greves dos trabalhadores ferroviá-rios têm condicionado “as contas da família”, uma vez que, garante, por diversas vezes tem faltado ao tra-balho por não conseguir encontrar alternativas à Linha de Sintra.

“Estas greves afectam-me no orde-nado. O patrão diz que não tem culpa destas greves”, adiantou.

Também José Alberto contesta as greves. “Mas eles protestam contra o quê? O Governo já saiu, agora não há volta a dar. Deviam esperar pelo novo Governo e só depois reinvindicar aquilo a que têm direito”, disse.

Os únicos comboios que neste período foram entrando na plata-

forma tinham como destino Meleças, uma estação terminal intermédia da Linha de Sintra, para consternação das centenas de pessoas que nessa manhã não conseguiram deixar Agualva-Cacém.

“Estou a tentar ir para Sintra. Estou há mais de uma hora na estação e para já os serviços mínimos apenas têm garantido comboios para Meleças”, disse Alcina Bento, respon-sável de um refeitório de uma ins-tituição em Sintra, que nos últimos tempos se habituou a atrasar os almoços de dezenas de idosos devido às greves de trabalhadores da CP.

A partir das 8:30 os comboios começaram a entrar na estação de Agualva-Cacém com maior regulari-dade, diminuindo o número de pes-soas que se encontravam na plata-forma ferroviária. JR

SOCIEDADE. O túnel de Agualva foi aberto ao trânsito a 18 de Março. Esta infra-estrutura construída sob a linha-férrea que permite a ligação entre a Rua D. António José de Almeida e a Avenida dos Missionários estava por construir há vários anos para desespero do comércio local.

Permitir maior fl uidez no trânsito no centro da cidade de Agualva-Cacém é o principal efeito já sentido pela popu-lação por esta obra que estava inicial-mente prevista no âmbito do Programa Cacém Polis. A autarquia de Sintra assumiu o custo total da obra, con-cretizando-a mediante a celebração de um protocolo de colaboração com a REFER, tendo adjudicado o projecto em Setembro de 2009, por um valor superior a 2,5 milhões de euros.

Para que a via férrea se manti-vesse inalterável na sua circulação, recorreu-se à construção de uma estrutura de suspensão que permi-tisse o deslize do quadro de betão armado, denominado método de Impulso Hidráulico. Além do desvio de um conjunto de serviços afectados existentes no local da obra, nomeada-mente redes de energia eléctrica, gás, telecomunicações, abastecimento de águas e esgotos domésticos e plu-viais, foi ainda remodelado o sistema de drenagem de águas residuais da área central do Cacém. JR

Na estação de Agualva-Cacém muitos ulilizadores não conseguiram sair da estação

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16 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011

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Fátima Campos condenada a pagar 750 euros

JR

QueluzCidades

SOCIEDADE. O tribunal de Sintra condenou a presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão por um cri-me de abuso de poder e ao pagamen-to de 750 euros, considerando que agiu com o propósito de difi cultar a apresentação e formação das listas da CDU às autárquicas de 2005. Fátima Campos já anunciou que vai recorrer.

O tribunal considerou que Fátima Campos, na sua qualidade de presi-dente da Comissão Recenseadora, ao recusar em 2005 a emissão das certidões de capacidade eleitoral a membros da CDU, mesmo depois de ter sido advertida pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de que as devia emitir, violou os deveres ine-rentes às suas funções.

Segundo a sentença a que o Cor-reio de Sintra teve acesso, datada de 23 de março, a juíza Ana Margarida Lima deu como provado que, numa primeira fase, a autarca de Monte Abraão, Fátima Campos, se recusou a emitir os certifi cados de capaci-dade eleitoral solicitados, alegando que “não indicavam o órgão concreto a que os eleitores” se candidatavam.

O tribunal deu como provado que após notifi cação da Junta por parte da CNE de que não seria neces-sário o anterior procedimento, os ele-mentos da CDU viram as suas pre-tensões novamente recusadas com base no argumento que se prendia com a alegada necessidade de apre-sentar cópia dos respectivos bilhetes de identidades dos cidadãos eleitores que requeriam os certifi cados de capacidade eleitoral.

Novamente solicitada a intervir, a CNE informou a presidente da Junta de que não seria necessária a exi-bição do original ou fotocópia do bilhete de identidade por parte dos candidatos, bastando a indicação do número, data e arquivo de identifi -cação do mesmo.

O tribunal deu como provado que “nunca antes tal exigência foi formu-lada por qualquer outro presidente de junta e nem mesmo pela própria” arguida, que é obrigada ao paga-mento de 750 euros.

“A arguida agiu com o propósito de difi cultar a apresentação e formação das listas de candidatos por parte do assistente [CDU] ao processo eleitoral então em curso, em claro prejuízo deste. A arguida agiu de forma livre e consciente, bem sabendo que a sua

conduta lhe era vedada por ser proi-bida e punida por lei”, refere a sen-tença.

Fátima Campos já anunciou que vai recorrer da sentença, conside-rando que abuso de poder “é dema-siado forte” para um acto que, con-siderou, não passou de “excesso de rigor”. Segundo a autarca, o que ori-ginou esta condenação foi a sua exi-gência da “apresentação da cópia do Bilhete de Identidade por parte de um cidadão que requeria os cer-tifi cados de capacidade eleitoral dos elementos da lista à qual dizia per-tencer”.

Para Rui Monteiro, elemento da campanha às autárquicas de 2005 do PCP em Monte Abraão, a sentença “é muito clara” e mostra que “a senhora exorbitou as suas competências e rei-teradamente tentou fazer pouco da lei eleitoral”, ao assumir uma posição “de tentativa de infl uência do pro-cesso de constituição” das listas.

Ao longo dos anos têm sido vários os processos que envolvem a autarca e elementos do PCP de Monte Abraão. Recentemente, os comunistas acu-saram Fátima Campos de difamação e de injúria na sequência de um artigo (publicidade) da autarca rela-tivo à visita do vereador da CDU, Bap-tista Alves, ao bairro 1.º de Maio, inti-tulado “O Padeiro e a Padaria/O Vere-ador Extraterrestre”. Este processo foi arquivado. JR

Autarca vai recorrer da sentença.

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176 de Abril de 2011 Correio de Sintra

DesportoDesporto

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Atlético Clube Cacém aposta forte na formação

Real Sport Clube: Juniores descem de divisão

30.º Grande Prémio JOMA supera expectativas

ALEXAN

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FUTEBOL. O clube de Cacém pas-sou por grandes difi culdades fi -nanceiras nos últimos anos. João Nogueira, presidente desde Janeiro do ano passado, tem apostado forte no futebol juvenil de modo a combater as dívidas do clube.

“O Cacém vem de anos muito maus. Está a reestruturar-se internamente para que o pólo juvenil passe a fun-cionar de uma maneira melhor”, disse João Nogueira, que tem como luta diária combater o passivo do clube “que há bem pouco tempo rondava os 500 mil euros”. “Neste momento o clube está a fazer grandes esforços para se tornar viável”, sublinhou o presidente. Para baixar as dívidas da instituição, João Nogueira tem aper-tado nas despesas e apostado na for-mação. «Num ano de presidência, esti-vemos a reorganizar internamente o clube, apostando forte no futebol juvenil. Tem que ser a grande aposta do Cacém devido à crise socioeconó-mica que atravessamos que não nos permite fazer qualquer tipo de investi-mento em equipas sénior”, explicou. A formação possui cerca de 275 atletas

em competição.Apesar da crise sentida, João

Nogueira quer diversifi car a oferta desportiva. Além do futebol, o clube possui ainda uma secção de râguebi que criou “há relativamente pouco tempo”. “Queremos ter uma diver-sifi cação na oferta desportiva, uma vez que temos que abranger o maior número de pessoas pos-síveis. A cidade tem 110 mil habi-tantes e, obviamente, que nem todos gostam de futebol, por isso temos que começar a pensar em criar outras acti-vidades para que as pessoas venham praticar desporto nos tempos livres”, referiu o presidente, acrescentando que a oferta vai passar pelo BTT e pela ginástica. Além deste projecto, o clube vai, também, colocar um relvado sin-tético no campo pelado de modo a melhorar as condições dos atletas. Ao longo do último ano, João Nogueira garante que tem tentado apoiar insti-tuições do concelho de Sintra. “Neste momento, estamos a ceder um dos campos de treinos à Associação Luso-Caboverdeana de Sintra, para que eles possam preparar uma parti-cipação que vão ter no Luxemburgo”, disse. Alexandre Pereira

FUTEBOL. A equipa júnior A do Real Sport Clube desce para a 2.ª Divisão Nacional após ter perdi-do, este fi m-de-semana, frente ao Marítimo por duas bolas a uma.

A esperança era muita por parte dos adeptos, no passado dia 2. O Real pre-cisava de uma vitória frente ao Marí-timo para se manter na 1.ª Divisão Nacional de Juniores e esperar por um empate ou derrota do Nacional que se deslocou à Reboleira para defrontar o

Estrela da Amadora. No fi nal das duas partidas, os adeptos perceberam que a descida era inevitável. O Marí-timo tinha vencido o Real por 3-1 e o Nacional derrotou o Estrela da Ama-dora (3-0). A equipa de Massamá fi cou na terceira posição da 1.ª Divisão Nacional da 2.ª fase de manutenção da série C, com 22 pontos, totalizando três vitórias, um empate e duas der-rotas. No mesmo grupo, fi caram o Marítimo com 30 pontos, o Nacional com 27 e o Estrela da Amadora com dois empates, dois pontos. AP

ATLETISMO. Apesar do frio, a iniciativa do passado fi m-de-semana contou com mais de 300 participantes em relação ao ano anterior. Não foram registados quaisquer incidentes por parte da Polícia Municipal.

“O balanço é muito positivo. Aumen-tamos o número de participantes em relação ao ano passado”, disse ao Correio de Sintra o presidente do JOMA, João Pedro Cardoso. A inicia-tiva, decorrente do Troféu Sintra a

Correr, realizou-se no passado dia 3, em Monte Abraão. A corrida contou com cerca de 680 atletas e a mara-tona com cerca de 300 participantes.

A corrida passou pelas artérias prin-cipais de Monte Abraão, nomeada-mente pelo Mercado Municipal, pela estrada Queluz-Belas, pelas bombas de gasolina e pelo Pingo Doce. A vitória foi alcançada por Filipe Rosa, e Andreia Santos, ambos do Joma.

A Associação Pego Longo foi a grande vencedora da corrida com 326 pontoss. AP

João Nogueira apostou no futebol juvenil de modo a baixar o passivo do clube.

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20 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011

Não era seguramente esta a crónica que gostava de escrever, mas perante a atual conjuntura do país, uma situação que

nem as previsões mais pessimistas faziam prever, é tempo de cerrar fi leiras e unir esforços para reverter um contexto catastrófi co de crise fi nan-ceira e económica.

É chegado o momento de voltar, não apenas a dar a esperança aos portugueses, mas sobre-tudo de levar por diante um conjunto de poli-ticas que promovam o crescimento económico, que fomentem a criação de emprego, que tenham atenção aos mais desfavorecidos, que criem solu-ções para os mais jovens, que não esqueçam os ensinamentos e a experiência dos mais velhos, que olhem para os pequenos e médios empresários e para as empresas familiares como um dos pilares estratégicos do desenvolvimento do país.

Chega de castigar os que já pouco têm para benefi ciar aqueles a quem pouco ou nada falta. Chega de pedir mais esforços aos que, de sacri-fício em sacrifício, mesmo assim, diariamente tentam dar o melhor no seu posto de trabalho e se esforçam para cumprir com as suas obrigações para com a sociedade, enquanto outros se refu-giam no estado social para nada fazerem nem nada de produtivo quererem fazer e com isso dela-pidarem ainda mais os nossos parcos recursos.

Chega de trica política e de manobras dilató-rias que só servem para afastar os eleitores, e os portugueses em geral, dos seus representantes e dos processos eleitorais, descredibilizando par-tidos e abrindo espaço a extremismos e a popu-

lismos demagógicos. Pese embora os sucessivos avisos e alertas que

alguns teimosamente insistiram em fazer ao longo dos últimos anos a verdade é que, infelizmente, todos, uns por ação outros por omissão, temos a nossa quota parte de responsabilidade no estado em que Portugal se encontra.

Qual espetáculo de circo, os últimos anos foram férteis em passes de magia cujo único objetivo foi exibir truques que, de ilusão em ilusão, nada mais fi zeram do que mascarar a realidade e atrasar o desenvolvimento do País que, ano após ano, se afasta mais, já não apenas dos seus parceiros euro-peus, mas também de muitos outros países que tiveram na sabedoria e na ousadia dos seus líderes um timoneiro que os guindou para um caminho de progresso e crescimento económico.

Num mundo que na evolução natural dos factos teima em crescer, Portugal, lamentavelmente, vai-se afastando cada vez mais da média mundial. A recessão passou de miragem a realidade e, se nada for feito, passará de realidade a sina.

Triste fado este que nos acompanha e que até podia ser mote para um tema musical de sucesso, não fosse estarem em causa pessoas, futuros e vidas. É altura dos portugueses mostrarem que não foi por acaso que outrora fomos foi uma das mais importantes e pujantes civilizações mundiais.

Olhemos para alguns dos nossos compatriotas e para os êxitos que, fruto da sua abnegação, tra-balho e humildade, estes conseguem alcançar aquém e além fronteiras e façamos deles o nosso exemplo. Façamos parte, não da geração à rasca,

mas daqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando. Só está nas nossas mãos, só depende do nosso querer.

Eu quero ter futuro no meu País e quero que o meu País tenha futuro. Um futuro do qual os nossos fi lhos se orgulhem, o “orgulho de ser português”.

Os portugueses vivem hoje uma das maiores crises das últimas décadas, uma crise que, se não forem tomadas as medidas acertadas, aca-bará irreversivelmente para nos arrastar para a decadência enquanto nação, para a falência de empresas e para a depressão económica e emo-cional de pessoas.

É tempo de dizer basta... de parar e pensar. Sobretudo é tempo de agir, porque o futuro passa por todos nós e todos temos a responsabilidade de dar o nosso contributo. Tal como ninguém se pode alhear do passado também ninguém se deve alienar do futuro – e isso consegue-se vivendo e participando o presente.

Está nas nossas mãos projetar o futuro que pre-tendemos. Com ações e com determinação.

Sou dos que acreditam que é possível fazer melhor porque “enquanto há vida há esperança”. Sou dos que confi am na sapiência dos portugueses e espero acordar no dia 6 de Junho com um sen-timento de esperança e confi ança num futuro melhor porque, mais do que o chavão da qualidade de vida, quero, isso sim, uma vida com qualidade.

José Lino RamosSecretário-geral do CDS-PPVereador autarquia de Sintra*Escrito ao abrigo do novo artigo ortográfi co*

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TribunaSentido de responsabilidade

“Eu quero ter futuro no meu País e quero que o meu País tenha futuro. Um futuro do qual os nossos filhos se orgulhem, o “orgulho de ser português”.

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216 de Abril de 2011 Correio de Sintra

Entende-se a actual descon-fi ança em relação às gera-ções mais jovens. Afi nal,

aqueles que hoje nos governam foram também jovens, há não tanto tempo assim, e o resultado está à vista. Mas, mais motivos tem a juventude para desconfi ar do país, que o contrário.

A situação vivida pela juven-tude de hoje equivale-se à do via-jante que, apesar de ter dinheiro poupado e destino escolhido, é de repente avisado de que todos os voos foram cancelados, todos os barcos foram desviados e todos os comboios descarrilaram.

Da mesma forma, também a maioria dos jovens portugueses adquiriu formação e qualifi cações, possui a vontade e o empenho, sabe exactamente o que quer e para onde quer ir; só não encontra forma de lá chegar.

Falo de “jovens” e de “juven-tude” sem me agradar, de todo, a terminologia. Habitualmente, esta é a forma de relegar para segundo plano questões impor-

tantes, desejavelmente prioritárias e que afectam uma faixa signifi ca-tiva da população. “Isso são coisas de juventude” – diz-se – e muda-se de assunto. A verdade é que são as novas gerações as mais afec-tadas pela tal crise, de que tanto se fala. É aqui que a taxa de desem-prego ultrapassa a média nacional, é aqui mais notório o fl agelo dos “falsos recibos verdes”, daqui vem a maior fatia da emigração. Não podemos continuar a ter uma abor-dagem redutora para questões tão abrangentes e transversais. Afi nal, as novas gerações são um espelho aumentado do estado da Nação.

Neste cenário, passa facilmente a ideia, para os mais distraídos, de que a juventude se encontra alheada dos centros de decisão. Não! Uma prova disso foi a adesão à manifestação do passado dia 12 de Março. Mas, temos exemplos bem mais próximos, aqui no con-celho de Sintra, de uma juventude disposta a fazer a diferença.

Numa altura em que o sistema político falha e o Estado Social,

como o conhecemos, entra em colapso, as associações voltaram a desempenhar um papel funda-mental na sociedade civil. Mais do que meros associados, os jovens têm participado activamente nas tomadas de decisão, na renovação dos quadros dirigentes e na fun-dação de novos organismos; e isto ultrapassa as associações juvenis, por assim dizer, para se trans-formar numa positiva tendência intergeracional.

Falo de casos como o da Quero-te Muito, associação actuante na área da acção social e sediada no Cacém; da AproximArte, associação cultural de Queluz; do Sintra Foot-ball, no desporto, nomeadamente no futebol; entre tantos outros.

Cabe-nos ser a força motriz, geradora da mudança necessária. A pé, a viagem é mais dura, mais demorada, mas chegaremos lá!

Helena CoelhoPresidente da Juventude Social Democrata (JSD) de Sintra

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Coisas da Juventude

“A maioria dos jovens portugueses adquiriu formação e qualificações, possui a vontade e o empenho, sabe exactamente o que quer e para onde quer ir; só não encontra forma de lá chegar.

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22 Correio de Sintra 6 de Abril de 2011 Saúde

Saúde

A té para as crianças descritas como difíceis e mal compor-tadas existe um limite. Quando

falamos de crianças que se enco-lerizam frequentemente, que dis-cutem com os adultos, que desa-fi am e recusam cumprir os pedidos e regras das fi guras de autori-dade. Criança que aborrecem deliberadamente as outras pes-soas, que culpam os outros pelos seus erros, que frequentemente sentem ressentimento e são ran-corosos. Quando estamos perante uma criança com estas caracterís-ticas, não podemos olhar para elas apenas como uma criança difícil ou teimosa, estamos sim na presença de uma criança que, muito prova-velmente, possui uma perturbação grave de oposição e desafi o (POD).

As crianças com este tipo de perturbação são bem conhecidas por todos. São crianças que estão sempre a tentar “esticar a corda ao máximo”, testando os limites e deixando todos, com os nervos em franja. Pelas suas características, estas crianças estão constante-mente envolvidas em discussões e brigas o que origina a sua rejeição

por parte de colegas.Mas não são apenas as crianças

as rejeitadas pelos seus pares. Os pais sentem-se impotentes, sem saber o que fazer e passam, muito frequentemente, pelo estigma de serem vistos como pais incom-petentes, pais que não sabem educar. Estes pais deixam de ser convidados para festas e reuniões, porque ninguém quer estar com a criança “indesejada”. Progres-sivamente passam a isolar-se e a perturbação generaliza-se dei-xando apenas de ser um problema da criança, para estarem todos doentes lá em casa.

Existem algumas estratégias comportamentais que podem ajudar a minimizar a tensão familiar. Deixo aqui algumas destas estratégias cujo objectivo é o de corrigir hábitos familiares incorrectos e promover comportamentos adequados.

• Não dê ordens à distância. Gritar de um quarto para o outro é completamente inefi caz. As ordens têm de ser dadas presencialmente, assegurando-se que a criança as compreendeu. Não grite da cozinha que são horas de ir tomar banho,

vá até junto dele, certifi que-se de que ele lhe está a prestar a devida atenção (desligue os distractores como a tv ou o computador, faça-o olhar para si, repita a mesma ordem as vezes necessárias, sem se alterar);

• Dê ordens claras. É necessário pedir objectivamente o que se quer. Antes de chegarmos a uma reunião familiar, dizer à criança que se deve comportar como um homenzinho, não esclarece em nada o que pretendemos.

• Seja objectivo e conciso. Muitos pais perdem-se em argumen-tações e explicações desne-cessárias sobre o porquê de determinadas ordens. Ao fazê-lo, e mesmo sem tal intenção, passam uma mensagem de inse-gurança, como se estivessem a pedir desculpa por darem alguma ordem ou imporem limites.

• Seja assertivo. Perguntar “Podes ir agora fazer os trabalhos de casa?” cria a oportunidade para que a criança diga que NÃO;

• Tenha a segurança de que a sua função é a de educador, não a de

amigo. Proteger o seu fi lho signi-fi ca transmitir-lhe a mensagem de que se sente seguro e confi ante no seu papel parental, apenas desta forma ele se sentirá igual-mente seguro, de forma a não necessitar de testar as fronteiras que lhe são determinadas.

Perante um clima de cons-tante irritação, gritos e frustração, todos os que convivem com estas crianças sentem-se esgotados, com falta de recursos psicológicos. Face a este quadro, torna-se neces-sário um acompanhamento psico-lógico, em que o psicólogo pode ajudar a criança a gerir melhor o seu comportamento. É também fun-damental trabalhar com os pais, de forma a ajudá-los a lidar com as características do fi lho e a corrigir os seus próprios comportamentos e atitudes, presentemente desade-quados.

AnaMary Monteiro LapaPsicóloga ClínicaEspecialDente Massamá NorteTf. 214387163

Muito mais do que uma criança difícil…

Dómany mudou-se para a Recta da Granja

Lisboa & Amorim há dez anos a marcar a diferença

Empresas

Empresas

A Dómany, loja de mobiliário, mudou-se de Pêro Pinheiro para as novas instalações da Recta da Granja a 26 de Março. Este espaço aposta na qualidade dos móveis de fabrico próprio e na relação de proximidade com o cliente.

Com promoções todo o ano, este ponto de venda da fábrica de Paços de Ferreira, a capital do móvel, oferece aos clientes o melhor design e a possibilidade de produção à medida do cliente.

“Saímos de Pêro Pinheiro porque as ins-

talações eram pequenas, com a intenção de termos mais espaço, estarmos melhor situados, num local mais estratégico, e com instalações mais adequadas para o ramo do mobiliário. Os nossos móveis são os melhores na qualidade, no preço e à medida do cliente. O prazo de entrega demora normalmente trinta dias, se for feito à medida, mas nas outras casas por norma demora noventa”, garante o proprietário Mário Magalhães.

Neste espaço tem ao seu dispor todo o tipo

de mobiliário, desde salas, móveis de casa de banho, cozinhas, banheiros e quartos. A marca foi fundada em 1986, mas desde 2000 que a marca é vendida directamente ao cliente através dos dois pontos de venda, um em Sintra e outro em Paços de Ferreira.

Num futuro próximo a Dómany pretende abrir um novo espaço na Margem Sul.

Morada: Recta da Granja, SintraTelefone: 219672694

A Lisboa & Amorim é uma empresa construtora sedeada em Queluz, reconhecida pelas obras de requalifi cação urbana operadas em todo o país.

Embora também actue na chamada “obra nova”, esta empresa faz da requalifi cação urbana a sua principal intervenção no sector da cons-trução civil. Segundo Guilherme Cavaco, técnico orçamentista da construtora, a “elevada quali-dade” das equipas – num total de cerca de trinta trabalhadores – faz com que a Lisboa & Amorim trabalhe fora da área geográfi ca onde está inse-rida.

“Nós não damos sub-empreitadas. O trabalho é todo feito pelas nossas equipas, com monta-

dores de andaimes, pintores, pedreiros, canali-zadores, electricistas. Trabalhamos na área da Grande Lisboa mas temos feito grandes obras a nível nacional, desde obras públicas a par-ticulares. Estamos especializados na área da requalifi cação urbana, a nível de recuperação de fachadas e de interiores de prédios, por exemplo”, garante.

A qualidade é reconhecida. A empresa recu-perou recentemente o edifício dos bombeiros de Queluz, as igrejas de Agualva e de Monte Abraão, e vários prédios de habitação social no Bairro da Outorela, em Oeiras.

Para já a crise parece não afectar a Lisboa

& Amorim, o que, para Guilherme Cavaco, é demonstrativo da qualidade dos serviços pres-tados pela empresa, uma vez que, em tempos de crise, apenas a qualidade marca a diferença. “Quando estamos a trabalhar um prédio, surgem logo dois ou três ao lado que também querem a nossa intervenção. Em 2010 não fomos afectados pela crise, conseguimos arranjar muitas obras por causa da nossa qualidade de trabalho”, disse.

Morada: Rua Carlos Pinhão 9-lj B/C, Pendão/Queluz 2745-023 Telefone: 965 410 816 / 962 345 725

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236 de Abril de 2011 Correio de SintraGuia

Farmácias Até 16 de Abril 2011

Serviço Permanente(1)/Reforço(2) Fonte: ARSLVT

Algualva-Cacém Algueirão Idanha/Massamá/Monte Abraão

Queluz Rio de Mouro/Rinchoa/Fitares

Sintra Concelho

Sexta, 1 Clotilde Dias - 214 262 568Rodrigues Garcia - 219 138 052

Cristina - 219 214 820Ouressa - 219 207 594

Pinto Leal - 214 387 580Idanha - 214 328 317

Queluz - 214 365 849 Dumas Brousse - 219 160 404Cargaleiro Lourenço - 219 162 006

Crespo - 219 245 320 Abrunheira - 219 111 206 Do Magoito - 219 610 376

Sábado, 2 Garcia - 219 142 181Mira Sintra - 219 138 290

Almargem - 219 622 835 Vasconcelos - 214 372 649 Azeredo - 214 350 879 Fitares - 219 167 461Dumas Brousse - 219 160 404

Tereza Garcia - 219 106 700 Da Terrugem - 219619049

Domingo, 3 Araújo e Sá - 219 140 781Caldeira - 219 147 542

Químia - 219 210 012 Quinta das Flores - 214 302 064 Correia - 214 350 905 Serra das Minas - 219 165 532Fitares - 219 167 4611

Valentim - 219 230 456 De Colares - 219 290 088

Segunda, 4 Guerra Rico - 219 138 003 S. F. Xavier - 214 260 615

Rodrigues Rato - 219 212 038Claro Russo - 219 228 540

Idanha - 214 328 317Neves - 214 389 010

Simões Lopes - 214 350 123 Rio de Mouro - 219 169 200 Dumas Brousse - 219 160 404

Marrazes - 219 230 058 Casal de Cambra - 219 804 193Abrunheira - 219 111 206

Terça, 5 Rodrigues Garcia - 219 138 052Clotilde Dias - 214 262 568

Ouressa - 219 207 594Flora - 219 214 103

Domus Massamá - 219 259 323 Gil - 214 350 117 André - 214 350 043

Cargaleiro Lourenço - 219 162 006Fitares - 219 167 461

Da Misericórdia - 219 230 391 Fontanelas - 219 289 986Costa - 219 618 239

Quarta, 6 Campos - 21 9180100Guerra Rico - 219 138 003

Claro Russo - 219 228 540 Vítor Manuel - 219 266 280

Neves - 214 389 010O’Neill Pedrosa - 214 377 205

Queluz - 214 365 849 Moderna - 219 154 510Cargaleiro Lourenço - 219 162 006

Simões - 219 230 832 D’Albarraque - 219 154 370De Colares - 219 290 088

Quinta, 7 Caldeira - 219 147 542Central - 219 140 034

Flora - 219 214 103Almargem - 219 622 835

Portela - 214 377 619 André - 214 350 043Correia - 214 350 905

Dumas Brousse - 219 160 404Fitares - 219 167 461

Crespo - 219 245 320 Do Magoito - 219 610 376Da Terrugem - 219619049

Sexta, 8 Mira Sintra - 219 138 290Garcia - 219 142 181

Vítor Manuel - 219 266 280Marques Rodrigues - 219 229 045

O’Neill Pedrosa - 214 377 205 Azeredo - 214 350 879Zeller - 214 350 045

Fitares - 219 167 461Cargaleiro Lourenço - 219 162 006

Tereza Garcia - 219 106 700 Da Beloura - 219 245 763Casal de Cambra - 219 804 193

Sábado, 9 Ascensão Nunes - 214 324 097Araújo e Sá - 219 140 781

Santos Pinto - 214 374 144 Baião Santos - 214 375 566 Correia - 214 350 905 Serra das Minas - 219 165 532Fitares - 219 167 461

Valentim - 219 230 456 Nave Ribeiro - 219 670 802

Domingo, 10 Silva Duarte - 219 148 120 Guerra Rico - 219 138 003

Marques Rodrigues - 219 229 045 Pinto Leal - 214 387 580 Simões Lopes - 214 350 123 Rio de Mouro - 219 169 200 Dumas Brousse - 219 160 404

Marrazes - 219 230 058 Praia das Maçãs - 219 292 021

Segunda, 11 S. F. Xavier - 214 260 615Campos - 219 180 100

Tapada das Mercês - 219 169 907Cristina - 219 214 820

Vasconcelos - 214 372 649Idanha - 214 328 317

Gil - 214 350 117 Cargaleiro Lourenço - 219 162 006Dumas Brousse - 219 160 404

Da Misericórdia - 219 230 391 Costa - 219 618 239Da Beloura - 219 245 763

Terça, 12 Rico - 219 138 003Caldeira - 219 147 542

Fidalgo - 219 200 876Químia - 219 210 012

Quinta das Flores - 214 302 064Baião Santos - 214 375 566

Zeller - 214 350 045 Moderna - 219 154 510Fitares - 219 167 461

Simões - 219 230 832 Abrunheira - 219 111 206 Do Magoito - 219 610 376

Quarta, 13 Central - 219 140 034Silva Duarte - 219 148 120

Cristina - 219 214 820Tapada das Mercês - 219 169 907

Idanha - 214 328 317 André - 214 350 043Gil - 214 350 117

Dumas Brousse - 219 160 404Cargaleiro Lourenço - 219 162 006

Crespo - 219 245 320 Da Terrugem - 219619049Nave Ribeiro - 219 670 802

Quinta, 14 Clotilde Dias - 214 262 568Rodrigues Garcia - 219 138 052

Almargem - 219 622 835Santos Pinto - 214 374 144

Domus Massamá - 219 259 323Vasconcelos - 214 372 649

Azeredo - 214 350 879 Fitares - 219 167 461Dumas Brousse - 219 160 404

Tereza Garcia - 219 106 700 De Colares - 219 290 088Praia das Maçãs - 219 292 021

Sexta, 15 Garcia - 219 142 181Mira Sintra - 219 138 290

Químia - 219 210 012 Fidalgo - 219 200 876

Neves - 214 389 010 Correia - 214 350 905Queluz - 214 365 849

Serra das Minas - 219 165 532Dumas Brousse - 219 160 404

Valentim - 219 230 456 Casal de Cambra - 219 804 193Abrunheira - 219 111 206

Sábado, 16 Araújo e Sá - 219 140 781Guerra Rico - 219 138 003

Rodrigues Rato - 219 212 038 Portela - 214 377 619 Simões Lopes - 214 350 123 Rio de Mouro - 219 169 200 Fitares - 219 167 461

Marrazes - 219 230 058 Fontanelas - 219 289 986

Belas Pero Pinheiro Confirme estes dados na Internet na página da Associação Nacional de Farmácias: http://www.anf.pt/

Reforço (2) Ferreira - 214 310 031 (segunda a sexta)

Confi ança - 219 270 045 (segunda a sexta)

(1) Os serviços Permanentes funcionam desde a hora de encerramento normal da farmácia até às 9 horas do dia seguinte.(2) Os serviços de Reforço funcionam desde a hora de encerramento normal até às 22 horas do mesmo dia.

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Page 24: Correiode sintra n22

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