Corrupto ou esperto? O que será que...

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Ano VIII - Número 96 - Janeiro de 2015 Sacramentos Servir ao Senhor na alegria 4 Chuva de Rosas Basta uma rosa amarela 2 Amar é... As visitas mais que sociais 11 Corrupto ou esperto? O que será que sou? WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR em ação Entrevista Dr. Ives Gandra fala sobre ética cristã 16 EDITORIAL

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Ano VIII - Número 96 - Janeiro de 2015

Sacramentos

Servir ao Senhor na alegria

4

Chuva de Rosas

Basta uma rosa amarela

2

Amar é...

As visitas mais que sociais

11

Corrupto ou esperto?O que será que sou?

WWW.PAROQUIASANTATERESINHA.COM.BR

em ação

Entrevista

Dr. Ives Gandra fala sobre ética cristã

16

EDITORIAL

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EDITORIAL ChuvA DE ROSAS

Amar é...Quem tem mais de 40 anos, certamente se lembra des-se bordão do final dos anos 70 e início dos 80, que fez grande sucesso e que iniciava sempre alguma definição a respeito, acompanhado de um casal de simpáticos bo-nequinhos. Pois bem, esse bordão agora passa a dar nome à página 11 de nosso jornal. Uma nova editoria, que será inteiramente dedicada a apresentar em cada edição, uma Pastoral, Movimento, Grupo, Associação, Equipe, enfim, serviços que voluntários prestam em nossa paróquia para usufruto de toda a comunidade e que sempre o fazem com muito amor pelo trabalho prestado, como é o caso da Pastoral da Saúde, que dá início à série. Nessa página, você sempre poderá conhecer como funciona, quem presta o referido serviço, qual o público alvo e até como se engajar, se de repente, ao ler, você se identificar e tiver vontade de ser mais um membro de nossa comunidade a mostrar como Amar É. E uma das formas de amar é servir ao Senhor com Alegria e vemos então na página 4 nos-so querido amigo Dc. Tiago Eliomar falando de sua ordenação já que o tema da coluna de Pe. Tarcísio é o Sacramento da Ordem, nessa que é sua última contri-buição a nosso jornal, e que agradecemos de coração pelo tempo em que esteve conosco. Também Pe. Alexandre recebe nossos profundos agradecimentos e se despede na página 5, pois já temos a nova Estreia, a de 2015, a primeira do novo Reitor-Mor Pe. Àngel Artime, no ano em que celebramos o bicentenário do nasci-mento de nosso fundador, Dom Bosco. Aliás, Dom Bosco já em sua época era um padre preocupado com a ética cristã, pois dizia que sua missão era “formar bons cristãos e honestos cidadãos” e para falar um pouco de ética cristã, o Santa Tere-sinha em Ação foi buscar um entrevistado do mais alto gabarito, Dr. Ives Gandra, conhecido por sua atuação nos meios jurídicos e por suas convicções religiosas na sua fé católica e que gentilmente nos atendeu dando a conhecer sua opinião na última página. E já que o assunto é ética cristã e estamos no início de um novo ano, propomos que este ano seja um ano dedicado a erradicar a corrupção de nossa sociedade. Mas veja que nós fazemos parte dessa sociedade e talvez tenha-mos que refletir sobre a corrupção em nossas vidas, em nossas atitudes, como alerta a matéria de Destaque nas páginas centrais. Podemos com simples mu-danças fazer deste um Ano da Paz, como nos pede Papa Francisco e nos mostra nosso colunista Aloísio, na página 12. Aliás, a propósito de Paz, você com certeza reparou na tarja preta no canto superior direito de nossa capa. É que estamos de luto pelos cartunistas franceses assassinados no atentado ocorrido nesta semana. Como católicos, acreditamos no direito de toda crença defender seus símbolos religiosos, mas como cristãos e crentes no Deus da Vida, repudiamos completa e veementemente toda violência extrema utilizada para exercer esse direito. O Se-nhor nos deu o livre arbítrio e esse conceito contempla a liberdade de expressão. Respeitar a opinião alheia, mesmo que diversa da nossa, também Amar É...

SC Carlos R. Minozzi

[email protected]

facebook.com/pascomst

Santa Teresinha é aquela que sempre responde aos anseios mais profundos dos devotos. A maior revelação de sua intercessão veio em um momento de dificuldades na vida da jovem Stéphanie Rei, que foi catequista de Crisma da Paróquia Santa Teresinha. Com muita fé e

pela novena, Stéphanie conta como foi guiada pela querida Santinha para superar problemas. “A minha relação com Santa Teresinha começou há muito tempo, antes mesmo de eu nascer,

minha mãe é devota e desde pequena sempre a vi com muita fé, amor e admiração por Santa Te-resinha. Quando tive a oportunidade de ser catequista de crisma na paróquia Santa Teresinha foi quando estudei e conheci de perto a história e vida dessa santinha. A partir daí minha admiração e devoção aumentaram e desde então, assim como minha mãe, aprendi que Santa Teresinha é uma ponte até Jesus!

Em agosto de 2014 passei por um sério problema. Até que a novena de Santa Teresinha ia co-meçar e sabia que ela iria interceder por mim. Fiz a novena e conversei com Santa Teresinha, abri meu coração e fiz um pedido muito especial, sabia que nada é impossível para Deus e que se fosse para o meu bem ela iria interceder, junto com Maria Santíssima, minha querida mãe a qual devo TUDO e sempre está à frente de tudo em minha vida.

Sou muito devota de Maria e isso também admiro em nossa querida Santinha. Pedi um si-nal, uma rosa, mas tinha que ser amarela e no mesmo dia à noite fui surpreendida com uma linda rosa amarela. Nesse momento ti-nha a certeza de que ela estava no comando e toda a minha aflição cedeu lugar para serenidade e es-perança. Já recuperada, no final do mês de outubro, recebo uma li-gação confirmando o milagre que tanto pedi! Por isso, se permita sentir o amor de Santa Teresinha e prepare-se para uma chuva de rosas todos os dias em sua vida! Muita gratidão e amor por Santa Teresinha!”

Uma ponte até Jesus

Apoiaram esta edição:Recolast Ambiental 3437-7450Bolos da Guria 2978-8581e outros 6 apoiadores

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e, nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretaria:De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30

Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161

2 • Santa Teresinha em Ação

ExpEDIEnTE em ação

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Foto sxc.hu

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-06 0 - São Paulo - SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb 48.108Egom Editora e Comunicação (11) 3263-1124Arte e diagramação: Toy Box Ideas

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

Pedi um sinal, uma rosa, mas tinha que ser amarela e no mesmo dia à noite fui

surpreendida com uma linda rosa amarela

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pALAvRA DO pASTOR

Projeto 2015

pALAvRA DO páROCO

O futuro a Deus pertenceAo começarmos um novo ano queremos saber antecipadamente o que vai acontecer. Prever o futuro é um dom desejado por muitos

O povo, na sua sabedoria, compreende que não é bem assim. “O futuro a Deus pertence”, sempre repetem.

Este é, então, o primeiro pensamento e desejo para o novo ano: colocar-se, com confiança, nas mãos de Deus. Ele, Pai bondoso e previdente, vai nos acompa-nhar. Se houver algum momento difícil, dando forças e luz; nas circunstâncias alegres, aumentando ainda mais o contentamento.

Que o ano que se inicia nos encontre também mais unidos. É triste andar sozinho. Tudo fica mais pesa-do, mais sombrio. Ter companhia, pessoas com quem compartilhar alegrias e esperanças, este é mais um bom desejo para esta etapa que se inicia.

A coragem de mudar, é mais um bom desejo. À me-dida que o tempo passa corremos o risco de nos enrije-

cer. A esclerose não é doença que ataca somente o cor-po. Pode-se padecer de esclerose mental e espiritual, também. Para prevenir este mal é preciso estar aberto ao novo, às pessoas que estão ao nosso redor, à capa-cidade de perdoar. É sobretudo o perdão que renova a nossa vida.

Comecemos mais um ano cheios de esperança. Olhemos para o tempo que temos diante de nós com olhos de fé. Abramos o nosso coração à disponibilida-de. Enfrentemos tudo o que vier a acontecer certos de que, com Deus ao nosso lado, tudo sempre trará bons resultados.

Feliz 2015. Um abraço carinhoso a todos

Pe. Camilo P. da Silva, sdb

Pároco

www.facebook.com/cpsdb

Quando pensamos no início de um novo ano, nos vêm à mente muitos projetos e sonhos que queremos colocar em prática durante o ano

São bonitos projetos em relação à vida familiar, cultural, profissio-nal, comunitária e na vivência da

fé. Fazemos nossos planos e queremos conduzi-los à nossa maneira, com nos-sas capacidades e uma ‘ajudinha’ do Céu.

Mas será que neste ano não seria bom pararmos diante da Palavra de Deus, do Santíssimo Sacramento ou do Cristo Crucificado para refletir sobre o plano que Deus faz para cada um de

nós? Como Ele nos quer ver neste ano? A catequese do Papa Francisco, do dia 19 de novembro, pode apresentar algu-mas luzes em nosso caminho e nos pro-jetos pessoais e familiares que temos para 2015.

O Papa recorda em primeiro lugar o grande projeto de Deus para cada um de nós, segundo às palavras do Após-tolo: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1Tes 4,3). Este é o projeto de Deus para mim e para você.

Depois ele ensina quem pode ser santo: ‘Para ser santo não é preciso ser bispo, sacerdote ou religioso: não, todos somos chamados a ser santos! Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade só esta reservada àqueles que

têm a possibilidade de se desapegar dos afazeres normais, para se dedicar ex-clusivamente à oração. Mas não é as-sim! Alguns pensam que a santidade é fechar os olhos e fazer cara de santinho! Não, a santidade não é isto! Aliás, somos chamados a tornar-nos santos precisa-mente vivendo com amor e oferecendo o testemunho cristão nas ocupações di-árias. E cada qual nas condições e situa-ções de vida em que se encontra’.

Mas como ser santo nas ocupações diárias? Papa Francisco ensina: ‘És ca-sado? Sê santo amando e cuidando do teu marido, da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És batizado solteiro? Sê santo cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho e oferecen-do o teu tempo ao serviço dos irmãos. És pai, avô? Sê santo, ensinando com pai-xão aos filhos ou aos netos a conhecer e a seguir Jesus Cristo. E é necessária tan-

ta paciência para isto, para ser um bom pai, um bom avô, uma boa mãe, uma boa avó; é necessária tanta paciência, e é nesta paciência que chega a santida-de: exercendo a paciência! És catequista, educador, voluntário? Sê santo tornan-do-te sinal visível do amor de Deus e da sua presença ao nosso lado’.

Deus nos ama e tem um alto proje-to para cada um de nós. Vamos sonhar alto neste ano de 2015, porque na con-dição de vida de cada um de nós foi aberto o caminho rumo à santidade e é Deus quem nos dá a graça de percorrer este caminho, de sonhar com os sonhos de Deus.

Dom Sergio de Deus Borges

Vigário Episcopal para a Região Santana

facebook.com/sergio.borges.56211

Sê santo tornando-te sinal visível do amor de Deus e da sua presença ao nosso lado

Olhemos para o tempo que temos diante de nós com olhos de fé. Abramos o nosso coração à disponibilidade

Santa Teresinha em Ação • 3

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Sacramento da OrdemExistem dois sacramentos que a gente recebe não só para benefício próprio, mas para o benefício e o serviço dos outros

São os sacramentos da Ordem e do Matrimônio. Quando São Francisco de Sales foi ordenado bispo ele dis-

se uma frase que resume tudo isso: “En-tão Deus me tirou de mim mesmo, me pegou para Ele e devolveu-me todo para o povo.” Isso quer dizer que a pessoa es-colhida para ser Diácono, Padre ou Bispo não se pertence mais, mas pertence ao povo de Deus. Esta é a beleza do sacra-mento da Ordem.

Jesus “subiu ao monte e chamou os

que ele quis. E foram a ele. Escolheu doze dentre eles para ficar em sua companhia. Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios.” (Mc 3,13-15). Na última ceia Jesus instituiu o sacerdócio, juntamente com a eucaristia. Depois de consagrar o pão e o vinho, disse: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19). Neste momento os apóstolos se tornaram sacerdotes do Novo Testamento, a fim de poderem fazer como ele havia feito.

Os sacramentos do Batismo e da Cris-ma nos consagraram para o “sacerdócio comum dos fiéis”. Os fiéis exercem-no “na recepção dos Sacramentos, na ora-ção e ação de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na ca-

ridade operosa” (LG 10). Alguns cristãos são chamados para serem “pela palavra e pela graça de Deus, os pastores da Igreja” (LG10) e recebem a consagração pelo sa-cramento da Ordem.

Quando lemos a Bíblia notamos que no Antigo Testamento Deus pediu a Moi-sés que fossem instituídos sacerdotes. Ele disse: “Farás vir junto a ti Aarão, teu irmão, e seus filhos, do meio do povo de Israel, para que sejam meus sacerdotes” (Ex 28,1). Estes sacerdotes eram ungidos com o derramamento de óleo sobre suas cabeças e sobre as suas mãos e torna-vam-se sacerdotes para sempre. Somente quem era descendente de Aarão podia ser sacerdote. Eles pertenciam à tribo de Levi.

No Novo Testamento é diferente. Je-sus escolheu quem Ele quis, sem levar em conta a descendência, raça, cor... e Jesus continua escolhendo e chamando aque-les que Ele quer para o sacerdócio mi-nisterial, para que continuem a sua obra. Muitos são os convidados, poucos são os escolhidos.

Desde o início do cristianismo temos três graus no sacramento da Ordem: Bis-pos, presbíteros (=padres) e diáconos. Segundo a doutrina da Igreja, existem dois graus ministeriais no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o prebiterado. O diaconado se destina a ajudá-los e a servi-los. Por isso a palavra sacerdote designa o bispo ou o padre. Estes graus são con-feridos por um ato sacramental chamado “ordenação”.

Quando alguém é ordenado Bispo recebe a plenitude do sacramento da Ordem, para santificar, ensinar e reger (guiar, administrar). Os bispos são os sucessores dos Apóstolos. Para desem-penhar sua missão, os Apóstolos foram enriquecidos com os dons do Espírito Santo, que desceu sobre eles no dia de Pentecostes. E eles mesmos transmitiram aos seus colaboradores, mediante o gesto da imposição das mãos este dom espi-ritual que chegou até nós pela sagração episcopal. (LG 515) O Bispo é vigário de Cristo e tem o encargo pastoral da Igreja particular que lhe foi confiada, que cha-mamos de Diocese. Mas ao mesmo tem-po ele está ligado aos demais bispos.

Os presbíteros (=padres) são coopera-

dores dos Bispos. Estão unidos a eles pela dignidade sacerdotal e são consagrados para pregar o Evangelho, pastorear os fi-éis e celebrar o culto divino. Aqui gostaria de citar outra frase de São Francisco de Sales que diz o seguinte: “Os bispos traba-lham em vão se não cuidam de prover as paróquias de sacerdotes devotos, de vida exemplar e de suficiente doutrina, por-que eles são os pastores imediatos que devem ir adiante das ovelhas”.

Os diáconos não são sacerdotes. Re-cebem a ordenação para o serviço de to-dos. Cabe a eles assistir ao Bispo e aos pa-dres na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia, distribuir a co-munhão, assistir ao Matrimônio e aben-çoá-lo, proclamar o Evangelho e pregá-lo, presidir os funerais e consagrar-se aos di-versos serviços da caridade.

O sacramento da Ordem só pode ser conferido pelo Bispo e somente para ho-mens, cujas aptidões para o exercício do ministério foram devidamente compro-vadas. Ninguém tem o direito de receber a Ordem. Ninguém pode arrogar-se para si este cargo. A pessoa é chamada por Deus para esta honra.

Cristo continua chamando. Por isso é nosso dever rezar para que Deus “man-de mais operários para a sua messe.” Lembremo-nos que ele chama quem Ele quer. Nosso dever é rezar pelo aumento das vocações ao sacerdócio e ao mesmo tempo apoiar as ações que se fazem nas Comunidades para ajudar os vocaciona-dos, tanto espiritualmente como mate-rialmente. Deus faz tudo, mas o sacerdote só terá sucesso se ficar unido a Jesus Cris-to, mediante a eucaristia e a oração. Fará mais dobrando os joelhos em oração, do que trabalhando sozinho, com belos pro-gramas humanos.

“É o sacerdote que continua a obra da redenção na terra”... “Se soubéssemos o que é o sacerdote na terra, morreríamos não de espanto, mas de amor”... “O sa-cerdócio é o amor do coração de Jesus.” (Santo Cura d’ Ars)

Pe. Tarcízio P. Odelli

Secretário Inspetorial de Porto Alegre

facebook.com/tarciziopaulo

SACRAmEnTOS

4 • Santa Teresinha em Ação

Quero servir ao Senhor na alegria!

Francamente, nunca imaginei que

um dia eu seria padre! As primeiras se-

mentes dessa vocação foram germinadas

a partir do simpático testemunho dos sa-

lesianos que conheci em Araras, minha

cidade natal.

Tudo começou no Oratório São Luís,

um lugar que entrei por acaso, e logo me

identifiquei com o ritmo ali desenvolvido:

ambiente sempre muito acolhedor e ani-

mado.

Logo fui convidado a servir ao altar

como coroinha e, posteriormente, cha-

mado a conhecer o aspirantado salesia-

no (seminário menor), quando eu ainda

tinha treze anos. E naqueles dias de con-

vivência vocacional percebi que ali era o

meu lugar. Aos poucos, fui percebendo

que a espiritualidade e a missão salesia-

na se tornaram para mim um caminho de

verdadeira felicidade e realização pessoal.

E por isso, motivado pelo lema “Ser-

vir ao Senhor na alegria” (Sl 99,2b), venho

reafirmar meu sim ao chamado de Deus,

que me chamou a segui-lo mais de perto

para viver e continuar na Igreja o projeto

de São João Bosco: ser sinal e portador do

amor de Deus aos jovens, comprometen-

do-me a gastar as minhas forças àqueles a

quem Ele me enviar.

Deste modo, com liberdade, consciên-

cia e esperança darei este passo rumo ao

presbiterado, porém, com sentimento de

muita humildade, pois sei o quanto esta

resposta está longe de ser fruto de méri-

tos próprios. Conto verdadeiramente com

as preces e amizade de vocês para que eu

possa seguir feliz, perseverante e fiel neste

caminho de santificação. São João Bosco,

rogai por nós!

Dc. Tiago Eliomar G. de Moraes, sdb

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ESTREIA 2014

Celebremos a Deus! Celebremos a vida!Caros irmãos (ãs), paz! “Da mihi animas, cetera tolle” – “Dai-me almas, e ficai com o resto.” (Dom Bosco)

É Ano Novo! Na surpreendente no-vidade de Deus! Nos primeiros sinais deste novo ano meditemos

e apliquemos em nossa vida a herança espiritual de nosso amado pai São João Bosco. 16 de agosto de 2015 – 200 anos de nascimento de São João Bosco, o san-to pai dos jovens... Sacerdote e educador sempre atual e que atravessa os tempos nos orientado para o essencial: Deus!

Ao longo deste ano jubilar refleti-mos acerca da espiritualidade de Dom Bosco e, vimos como ele uniu a sua vida á Vida de Deus. Assim, a sua espi-ritualidade nos propõe um mergulho no Deus-mistério. Mas o Deus-mistério não é o que está além do nosso alcance, não é o estranho longínquo, o misterio-so, o enigmático. Ele é, pelo contrário, o

totalmente OUTRO, que se alcança, isto é, enquanto mais íntimos Dele nos sen-tirmos. Dessa elaboração surge o que chamamos de espiritualidade que não é outra coisa do que a amizade com Deus e, em última análise, o amor que emana de nosso relacionamento com Deus e com as pessoas.

A espiritualidade exige radical con-versão do nosso modo de ser. Exige uma mística, entendida não como atividade privilegiada de alguns contemplativos, nem como vivência sentimental da alma piedosa, mas como busca radical do Deus-mistério. Por ser radical, ela exige o total engajamento da nossa liberdade. A essência da mística cristã é, pois, esse engajamento de busca do Deus-misté-rio. Buscá-lo, já é encontrá-lo... E encon-trando-o, o busquemos mais e mais... Neste misterioso movimento do coração não nos distanciamos de nossa humani-dade. Não! Quanto mais hum anos for-mos, mais se revela possível a condição

de homens espirituais! E, eis que chega-mos à plena realização de nossa vocação cristã: A santidade!

É preciso resgatar o sentido profun-do da mística, não como uma atividade piedosa do homem, mas como um em-penho vital que se concretiza na realida-de do dia-a-dia. O pensamento, a arte, a ciência, a vida acadêmica, o esporte, a vida de oração, a liturgia, a catequese, o apostolado – a missão entre os jovens, a evangelização, enfim, a vida mesma, quando atingida pela seriedade radical da mística, abre-se em diferentes vias à acolhida incondicional do Deus-misté-rio, Deus que encontramos em nosso dia a dia, em nossa alegre adesão a pedago-gia salesiana, herança espiritual que se manifesta em nossa missão cotidiana.

O Deus-mistério, Ele, a quem cha-mamos insistentemente Pai – Deus – Amigo do ser humano, é inacessível a partir de nós mesmos. Mas Deus se re-velou no Evangelho (a Boa Nova!) de Je-

sus Cristo, em suas santas e sábias pala-vras e, nas atitudes que comprometiam seu próprio viver.

Celebremos a Deus! Ele é o motivo de nossa festa! Celebremos a vida! A vida é lugar da festa! Celebremos este novo ano... Novas oportunidades para ver a Deus bem de perto na espiritua-lidade do dia a dia... Celebremos Dom Bosco! No carisma salesiano podemos encontrar a Deus e realizarmos uma vida inteira!

Feliz e abençoado Ano Novo! Que estes 365 dias novos, sejam de perdão e de paz, e assim, o Natal será cada dia deste ano... Amém!

Abraços, com carinho

P. Alexandre Luís de Oliveira – SDB

Diretor da comunidade salesiana

de Lorena - SP

facebook.com/alexandre.luisdeoliveira

Santa Teresinha em Ação • 5

CAmInhO DE EmAúS

Queres que Deus habite em teu coração e em tua vida? Ame-O. Esta é a proposta de Santo Agosti-nho Se amares a Deus Ele virá e permanecerá em

ti A Trindade Santa fará em ti Sua morada. .Acima de todos os projetos de vida que possam ter

ou sonhar, este é o projeto que todos devem almejar: Amar a Deus. Mas, o homem não ama o que não conhe-ce e para amar a Deus é preciso conhecê-Lo. Como co-

nhecer a Deus? Procurando desvendar o Seu Mistério? Isto é impossível!

O próprio Deus já se deu a conhecer Ele já se reve-lou na Sagrada Escritura. Mostrou quem é e qual o seu Plano. Por meio de Jesus Cristo, fonte e realização ple-na da Revelação mostrou o Caminho. Através da Igreja, por seus ministros, a quem capacita na interpretação dos sinais dos tempos, continua a se Revelar durante as diversas etapas da historia do mundo e do homem. Não há desculpa que possa sustentar uma afirmação de que não conhecemos a Deus. O que precisamos é nos apro-ximar dessas fontes.

Deus é o criador de todas as coisas e tudo o que criou foi para que o homem pudesse contemplar e usufruir. É preciso então amar todas as obras e criaturas de Deus sem permitir que as coisas se transformem num tesouro maior do que o Dom de Deus. Se amarmos mais as coisas do mundo não haverá espaço para o Amor de Deus. Faça uso das coisas temporais segundo a necessidade de sua peregrinação, mas procure não firmar teu objetivo nelas porque tudo que é efêmero pode desabar. Não entendas a posse do ouro, da prata ou das terras como objetivo de felicidade. Torna-te feliz na busca de Deus.

Põe em teu projeto de vida as promessas de Deus à frente das promessas do mundo.

“Põe teu coração num lugar em que não possa apo-drecer por causa dos cuidados mundanos” (Serm 19,6)

Mesmo que neste mundo não signifique ainda a fe-licidade, escolhe primeiro a vida honesta com um sinal maior do que a simples motivação de cidadania, mas uma honestidade cristã que busca a verdade e a justi-ça. Esta honestidade tem como recompensa a vida feliz onde não haverá nenhum incômodo, nenhum traba-lho, nenhum temor, nenhuma dor..

Orai ao Senhor para que ele ouça tua voz com a qual lanças clamor em Sua direção: “Tende piedade de mim, e atende-me Senhor. Suplico-te que me capacites a te amar para que em tua casa eu possa habitar e gozar a felicidade prometida.”

Paulo Henriques

[email protected]

www.facebook.com/paulo.henriques.3192

Projetos

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CF 2014

Sejamos felizes neste anoCaros amigos e amigas,

Depois de um ano juntos, o carinho e a proximidade me permitem di-zer-lhes: queridos amigos e queri-

das amigas sejamos felizes neste ano que se inicia. Vamos tornar as nossas horas sagradas porque a Vida é muito valiosa como nos alertou a CF2014.

Aqueles que melhor entenderam isso são os nossos amados Dom Bosco e Ma-dre Mazzarello. Santidade é muito pé no chão e amor no coração. É fazer com gos-to as atividades, dar atenção para a ove-lha perdida e esquecida, dizer “eu te amo” para Deus e para quem amamos, sejam os conhecidos ou os desconhecidos, mas nossos irmãos. É deixar as pessoas vive-rem sem querer controlar tudo, abrindo espaço, assim, para as surpresas do Espí-rito Santo. Ser menos complicado e jogar na lixeira a intolerância, colocando Deus em tudo, porque Ele é muito mais livre que nós, descomplicado e leve.

“Pois, o Senhor é o Espírito, e onde se acha o Espírito do Senhor aí existe liber-dade” ( 2 Cor 3,17)

Dentro destes propósitos de mudan-ça, gostaria de dar uma sugestão que fa-vorece a possibilidade de mais gente ser feliz. Estou falando do povo que luta e vai contra a corrente econômica do Sis-tema Capitalista, no qual o mundo está mergulhado; aqueles que assumem a Economia Popular Solidária. Eles são como o “restinho de Israel” que enfren-tou tempos difíceis como nos contaram os profetas, mas que entenderam o Pro-jeto de Deus e resistiram e viveram suas horas sagradas.

Quem participa da Economia So-lidária coloca a pessoa humana como principal, como centro de tudo. É o Hu-manismo Cristão que Dom Bosco, o ho-menageado deste ano, nunca deixou de proclamar em suas ações e palavras. A pessoa humana tem um coração, o LU-CRO não, tem só dentes e vorazes.

Simplificando a Rede Solidária, fica assim: produção-comercialização-con-sumo valorizando a partilha para que “todos tenham Vida e Vida em abundân-cia”.

A produção acontece através de coo-perativas, grupos que produzem artesa-nalmente, hortas familiares em que uma parte é para a sobrevivência e outra para comercializar, e a preocupação com o meio-ambiente e o preço justo.

A comercialização busca espaços onde os grupos se encontrem, não para competir mas, para cooperar; são feiras, eventos, barraquinhas nas praças. Tem sido o elo mais difícil dessa corrente so-lidária, pois como competir com hiper, super e extras mercados, ou com as lojas de variedades com preços baixos e pro-dutos feitos em massa sabe lá com que tipo de mão-de-obra. A CF2014 nos aler-tou consideravelmente sobre o trabalho escravo.

E, finalmente, o consumo solidário e

crítico, que exige essa compreensão que estamos optando por uma Rede, que move a roda da economia ao contrário, criando uma verdadeira conversão. Eis aí uma ótima mudança para 2015, valo-rizar os dons das pessoas que estão por trás do produto solidário e as ações de partilha que acontecem na Economia Popular Solidária.

Com certeza, estaremos ajudando a ter mais oportunidades para aqueles que por falta de opção caem na Rede do Tráfico que a CF2014 tão fortemente nos apresentou.

Queridos e queridas, que Deus nos ajude a sermos pessoas melhores neste ano! Muita Esperança! Sejam Felizes! E muita chuva para molhar essa sementei-ra! Amém!

Ir. Ana Beatriz Freitas de Mattos (FMA)

[email protected]

“ Para mudar o mundo, é preciso

fazer o bema quem não tem possibilidades de retribuir.”

6 • Santa Teresinha em Ação

Fala, Francisco!

Proposta de geração de renda para empoderamento familiar

Projeto da Inspetoria ajuda as famílias a se reerguerem

O carisma de Dom Bosco pede que todos sejam solidários e, com isso, ter uma atenção es-pecial com as crianças e ado-lescentes. Entretanto, para que isso tenha sucesso, de fato, não adianta ignorar as famílias como um todo. E é nesta linha que tra-balha o projeto geração de renda, existente em algumas inspetorias espalhadas pelo país. Ele, oriun-do das obras sociais, visa trazer não apenas sustento, mas dar um novo gás, uma nova oportunida-de, uma nova chance.

Pelo menos é o que diz Rose Gomes, gestora das Obras So-

ciais da Inspetoria de São Paulo das Irmãs Salesianas. Ela, que já trabalha na Família Salesiana há 20 anos, diz que não tem como atingir o jovem, sem perceber e atender sua família. “Nosso ob-jetivo é a juventude, mas como ter sucesso sem ajudar toda a família?” E quando Rose diz ajudar, não “dar” uma ajuda, é oferecer um novo olhar sobre a vida.

Para se ter uma ideia, no pro-jeto de geração de renda cursos como manicure, estética, culi-nária, saúde, bordados, pintura são oferecidos, principalmen-te, para as mulheres. Com isso, aprendem uma nova profissão e conseguem reestruturar a vida. “O melhor de tudo isso é que os

cursos não ensinam, somente, a ganhar dinheiro, eles descobrem potenciais, ampliam horizontes, acabam com a depressão, mu-dam a relação entre as pessoas. As mulheres, mais “empodera-das” de suas vidas, conseguem dar a volta por cima e viver com dignidade”.

Rose dá exemplo de um pro-jeto que está acontecendo em Araras, interior de São Paulo. Segundo ela, só lá mais de 300 pessoas foram beneficiadas. “É muito gratificante ver que o nos-so trabalho angaria tanta gente. 300 pessoas tiveram a semente do fortalecimento pessoal plan-tada dentro de si. Esperávamos que frutificasse e tem frutificado bastante”, finaliza.

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Santa Teresinha em Ação • 7

E AgORA?

E A FAmíLIA, COmO vAI?

“Ou isto ou aquilo”...”Ou se tem chuva e não se tem sol,ou se tem sol e não se tem chuva.

Quem sobe nos ares não fica no chão,quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possaestar ao mesmo tempo nos dois lugares!Ou guardo o dinheiro e não compro o doceou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender aindaqual é melhor: se é isto ou aquilo”...

(Trecho do Poema de Cecília Meireles)

O que você vai ser quando crescer? 16 anos, iniciando o 3o ano do En-sino Médio, M. já tem perdidos al-

gumas noites às voltas com essa dúvida......”Não tenho nem ideia do que vou

fazer, e agora”?O poema acima fala de “escolhas”,

e de como elas fazem parte do nosso cotidiano o tempo todo. Escolhendo alguma coisa já estamos renunciando a outras tantas,e ainda a “não escolha” também é uma escolha possível. As escolhas nem sempre são óbvias, cla-ras,mas elas podem ser novas e cons-truídas.

Escolher a profissão aos 18 anos ou antes disso,pode ser muito difícil. Nessa idade, referência de mundo e de possi-bilidades por vezes são nebulosas.

Existem hoje, no Brasil, 2.619 profis-sões registradas na Classificação Brasi-leira de Ocupações (CBO). E não é nada fácil escolher diante de tantas opções.

A decisão em relação a qual atividade seguir começa geralmente no fim do en-sino médio, com a proximidade do vesti-bular. É nesta época que os pais, professo-res, parentes e amigos começam a querer saber qual será a profissão escolhida.

O apoio da família é muito impor-tante, com neutralidade e dando segu-rança ao jovem.

Os especialistas são unânimes em dizer que a escolha de qual profissão seguir deve ser feita a partir do Autoco-nhecimento. O primeiro passo é “refle-tir sobre si mesmo”. Saber quais são os pontos fortes e fracos, as habilidades, quais são as pretensões e os desejos para o futuro.

Um bom exercício é montar uma lista do que gosta e o que não gosta de fazer. Depois, mostre e discuta essa lista com pais, professores e amigos de tur-ma, que podem ajudar o jovem a traçar melhor seu perfil e ver com qual profis-são se encaixa.

Conversar com profissionais da área, professores, visitar a universida-de é parte indispensável na escolha do curso e da carreira, pois traz a realidade para a vida do jovem e abre sua mente em relação ao que ele irá encontrar no futuro.

O aconselhamento de carreira tam-bém pode ser muito útil,pois atua nos processos de autorreflexão necessários a clarificação de valores e perspectivas

pessoais, consolidação de autoconceito e formação da noção de carreira subje-tiva.

A questão financeira muitas vezes é levada em consideração, mas escolher uma carreira somente em busca do su-cesso financeiro pode muitas vezes se transformar em frustração. É necessário envolvimento, afetividade profissional, para que se tenha sucesso. Enfim tenha foco. Invista onde estão seus sonhos, porque só assim você terá dedicação para ir mais longe, apesar de qualquer obstáculo.

Rose Meire de Oliveira

Psicóloga

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Umas das coisas mais gostosas das festas de fim de ano são os encontros familiares

Juntamos pais, avós, filhos que mo-ram longe, tios e primos que há muito não víamos e a alegria é gran-

de. As crianças dão brilho especial a estas festas, com a inocente e ansiosa espera pelo Papai Noel, pelo rasgar frenético do embrulho para ver logo o presente ganho, os olhos brilhando de alegria e um sorriso de admiração com o brinquedo novo, mesmo sendo uma simples bola. São momentos de renovada fé e esperança de um mundo melhor realizado mediante este proje-

to de Deus que é a família.É certo que as festas hoje são me-

nores, pois as famílias com oito, nove irmãos, cada um com três ou quatro filhos estão acabando, não fazem mais parte do contexto moderno. Mas que era muito bom, era: em festa de Natal, quanto mais gente da família, melhor! Lembramos, também, que por mais humilde que fosse a família, mesmo numerosa, não faltava uma boa ceia e os presentes, pelo menos para as crianças.

Por culpa das pressões modernas da sociedade, que elegem um estilo de vida mais sofisticado, repleto de novas necessidades e que vende sucesso e

status como sinônimo de felicidade, as famílias numerosas estão escasseando. Jovens casam-se mais tarde, tem filhos mais tarde e, quando os têm, é um e olhe lá! Esta tendência de famílias com um ou nenhum filho trará, no longo prazo, famílias mais pobres. Filho úni-co de pais filhos únicos também não tem tios, primos. Uma festa de Natal resumida, quando a família está toda reunida – avós, pais e filho – a sete pes-soas. Neste momento, em meio à gran-de felicidade pela comemoração do nascimento de Jesus, pode passar um rastro de melancolia, quando os mais velhos recordarem as festas movimen-tadas dos seus tempos de criança.

Sabemos que o mundo moderno não é favorável às famílias numerosas. Mas os casais, principalmente aqueles que receberam o Sacramento do Ma-trimônio, devem lembrar seu compro-misso com a procriação. E filhos, pelo menos dois. Um irmão ajuda o outro a aprender o que é a caridade quando precisam partilhar o maior bem que possuem: o amor dos pais.

Luiz Fernando e Ana Filomena

[email protected]

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Festa de família

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Santa Teresinha em Ação • 9

DESTAquE

8 • Santa Teresinha em Ação

na peleSofia Benazzi, 28, farmacêutica, não se acha

corrupta. Em 2012, pagou a um despachante para que removesse seus pontos da carteira e, com isso, não fosse impedida de dirigir por 12 meses. “Eu não podia ficar sem dirigir, trabalho em duas farmácias diferentes e depender do transporte público é um dilema. Por conta de multas que le-vei, cheguei ao ponto máximo de pontuação da minha carta de motorista. Tive que burlar a lei para poder continuar trabalhando.”

Paulo Machado, 42, engenheiro, estava com a família toda, incluindo um cachorro, saindo de férias por uma estrada paulista. Foi parado pela Polícia Rodoviária e percebeu que estava com a documentação do carro vencida. O carro seria

Corrupto, eu?A palavra não sai do noticiário. Todo mundo comenta em todo lugar. O Brasil é famoso por ser corrupto. As empresas brasileiras também. E você, já parou para pensar se faz parte da turma? Não é difícil se juntar a eles.

Não dar nota fiscal; Não declarar Imposto de Renda; Tentar subornar o guarda para evitar multas; Falsificar carteirinha de estudante; Dar/aceitar troco errado; Roubar TV a cabo;

Furar fila; Comprar produtos falsificados; No trabalho, bater ponto pelo colega; Falsificar assinaturas. Você já fez ou pratica algum (ou alguns!) desses itens com frequência? Parabéns! Pode se considerar um corrupto.

Essas são as 10 formas mais comuns de corrupções cotidianas segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Mi-nas Gerais em parceria com a Vox Populi em 2012. Por conta dos da-dos, em entrevista a BBC Brasil, o promotor de justiça Jairo Cruz Mo-reira, diz que “muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção. Só levam em conta a corrupção no ambiente público”.

O advogado Elio Colombo, do Colombo Advogados, diz que o brasileiro tem uma explicação para isso. “Por ser famoso em sempre querer levar vantagem em tudo, como por exemplo usar as vagas de deficientes físicos existentes no estacionamento paroquial, o brasi-leiro não vê esses atos como delitos, a maioria acha que foi esperto e ignora, por completo, a possibilidade de estar sendo corrupto. Para muitos, corrupção é algo maior, longe da esfera do dia a dia”.

E isso é fato. Ao andarmos pelas ruas, bares, shoppings, pontos de ônibus, o que se ouve falar é sobre o escândalo do momento, a Petrobrás. Todo mundo fala muito indignado, que é um absurdo essa corrupção toda na maior empresa do país, que não se pode mais aturar esse tipo de coisa, que o país só não vai para frente por conta da corrupção. O que se esquecem é que cometemos, também, atos de corrupção no dia a dia. Elas nem são levadas em conta.

Segundo a pesquisa da UFMG, 35% dos entrevistados afirmam que algumas coisas podem ser um pouco erradas, mas não corrup-tas, como sonegar impostos quando a taxa é cara demais.

De acordo com Ives Gandra, advogado tributarista, não existe corrupção maior ou corrupção menor. “Sempre, por menor que seja, o ato de corromper é grave, mesmo que, aparentemente irre-levante, como dar um valor qualquer a um guarda de trânsito para não ser multado ou a um funcionário de repartição para que seu processo ande mais rapidamente” (veja a entrevista na página 16).

Seguindo esta linha e ainda de acordo com a pesquisa da univer-sidade, 23% dos entrevistados acreditam que dar dinheiro ao guarda para não ser multado não é ato corrupto.

Apesar deste pensamento estar arraigado na conduta de mui-tos brasileiros, a pesquisa mostra que 85% dos ouvidos dizem que existe sempre a chance de ser honesto em qualquer situação. É o que afirma também Ives Gandra, em entrevista ao Santa Teresinha em Ação. Segundo o advogado, “ser honesto é possível em todas as situações e tal comportamento se dá por conta da formação de cada um.”

Certos ou errados? Uma questão cultural

Dizem os historiadores que a corrupção no Brasil vem de berço. Ou seja, teve uma boa e vasta investida portuguesa em tudo isso.

Segundo a historiadora Denise Moura, tudo começou quando Portugal, já de posse do Brasil, precisou aliciar pessoas para cuidar de sua grande descoberta. Mas, como ninguém queria vir, foram oferecidos benefícios. Era preciso estabelecer instituições e começar a colo-nização de fato e, com isso, alguns portugueses vieram e trabalharam do jeito que queriam, sem fiscalização e cheios de benécias. A prática da corrupção, então, era quase que natural, já que eles faziam do jeito que queriam, sem sanções ou fiscalização.

OtimismoApesar de perder o apetite todos os dias de manhã quando se abre o jornal e não conse-

guir ler outra coisa a não ser corrupção, há esperança. A humanidade tem bons exemplos a serem seguidos, haja visto Papa Francisco (também citado na entrevista na página 16), que tem dado bons motivos para que a população, sobretudo os jovens, se engajem e queiram a mudança.

Também para entrevista à BBC, a psicóloga Lizete Verillo, da ONG Amarribo (Transparên-cia Internacional), afirma que os jovens têm se mostrado bastante intolerantes à corrupção e isso é o melhor sinal de que mudanças vêm por aí. “Os jovens têm se engajado e estão com ouvidos mais atentos à política, o que é primordial”. Ainda de acordo com Lizete, esse cenário animador se deu, muito, por conta das redes sociais, onde o jovem tem liberdade e consegue promover fiscalização e mobilização.

apreendido e ele, com a família, teria que voltar para casa com malas e tudo mais. Diante da situação, ofereceu dinheiro ao guarda em troca da “liberdade”. Deu certo. Sua viagem seguiu tranquilamente.

Maria das Graças, 39, dentista, tem filhos em idade adolescente e gosta de acompanhá-los nos programas culturais. Como são três filhos, economizar é sempre a melhor pedida. Por ser simples e fácil de conseguir, aceitou a proposta de falsificar uma carteirinha de es-tudante e pagar meia entrada em cinemas, shows, teatros, museus. Não pensou duas vezes. Iria ficar mais fácil e acessível acompa-nhar os filhos nos programas culturais.

“Eu não podia ficar sem dirigir, trabalho em duas farmácias

diferentes e depender do transporte público é um dilema. Por conta

de multas que levei, cheguei ao ponto máximo de pontuação

da minha carta de motorista. Tive que burlar a lei para poder

continuar trabalhando.”

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FAmíLIA SALESIAnA

ExpERIênCIA vICEnTInA

Dom Bosco continua em nós

Há 127 anos, desde o dia 31 de ja-neiro de 1888, Dom Bosco nos deixava. João Bosco expirou em

Turim, no seu quarto do Oratório de Valdocco, às primeiras horas do dia. Contava setenta e dois anos e cinco meses. Mas sua ação não terminou no sepulcro. Para além da vida conti-nuou a agir pelas obras, pelos escritos e pelo exército de seus filhos.

Nesse ano em que celebramos o bicentenário de seu nascimento em 16 de agosto de 1815, temos que to-mar posse de nossa missão de sermos “Dom Boscos”, pois nesses 127 anos que se passaram, a partir do P. Mi-guel Rua, jovens e crianças do mun-do todo não deixaram de ser amadas e evangelizadas em função do traba-lho da Família Salesiana. Poder-se-ia dizer que é comum com o tempo e a

distância perdermos o fervor do nos-so fundador, mas com nossa família é bem diferente. Fazemos um enor-me esforço de atualizar o carisma do santo dos jovens; e em 2015 nosso empenho tem que ser maior! Sejamos semeadores da Boa-Nova aos jovens, fiquemos atentos para convocar mais e mais pessoas a fazerem parte da Fa-mília Salesiana, pois todo membro é um animador vocacional.

Lembremos as palavras de Dom Bosco: “Eu disse que não seria fácil, mas que valeria a pena!” Contamos com vocês; ótimo 2015 - ano de bên-çãos para cada um de nós.

Pe. Rafael Galvão Barbosa, sdb

facebook.com/rafael.galvaobarbosa

No final do ano de 2014, tivemos a graça de prepararmos uma macarronada muito especial

Fomos até Taboão da Serra para fazer e servir ma-carrão e lasanha na Casa José Eduardo Cavichio (CAJEC) – Casa de Apoio à Criança com Câncer.

Fundada em 1996, a instituição assiste em torno de 40 crianças e adolescentes portadores de câncer. Eles vêm de todos os cantos do Brasil e também da Amé-rica Latina. Hospedam-se com seus acompanhantes enquanto estão recebendo tratamento médico em hospitais da cidade paulistana.

É um abrigo que se mantém com doações. E as tarefas domésticas, como cozinhar, limpar e manter a organização da casa são realizadas pelas próprias mães.

Dividimos a cozinha com uma das mães, que na-quele dia, estava responsável pelo almoço. Ela mora no Espirito Santo, mas seus filhos gêmeos recebem tratamento no Instituto do Câncer (ICESP).

A CAJEC ganhou a doação para todos os beneficia-dos participarem da Macarronada Vicentina, ocorri-da em novembro na paróquia. Como o deslocamento

deles seria um tanto complicado, nós promovemos a macarronada lá.

Ao chegarmos pela manhã, tivemos a notícia de que não havia energia elétrica. Mas isso não nos im-pediu de irmos em frente com nosso propósito. Com alegria e disposição, preparamos tudo, pensando em agradar aos nossos ilustres “clientes”.

As mães elogiaram bastante a massa, perguntaram detalhes sobre o modo de preparo. Já as crianças se esbaldaram na sobremesa: picolé de sabores variados.

É assim que ajudamos outras instituições, comu-nidades, paróquias... É assim que você faz parte dessa rede de Caridade.

Para conhecer mais sobre CAJEC, acesse o site: www.cajec.org.br.

E sentindo-se vontade ou mesmo curiosidade, para saber como é o trabalho vicentino, participe co-nosco nas reuniões às segundas-feiras.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre Seja Louvado

Renata Sayuri Habiro

Consócia Vicentina

facebook.com/renata.habiro

“Exportando” caridade

10 • Santa Teresinha em Ação

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Levar amor e conforto aos enfermos e idosos“Estive enfermo e me visitaste. Vinde benditos de meu Pai.”

Com esta frase inscrita em suas cami-setas, tirada do Evangelho de Ma-teus 25,34-36, as agentes da Pastoral

da Saúde da Paróquia Santa Teresinha cumprem a Palavra do Senhor. Trabalho de puro amor, de doação e de acolhida a todos que estão enfermos e têm dificul-dade para participar da Eucaristia

A espiritualidade vem de São Camilo de Lellis, padre que dedicou sua vida ao atendimento dos doentes, sempre movi-do pelo amor a Deus e ao próximo. Viveu numa época que a comunhão aos doen-tes era dada apenas na Páscoa ou como viático (sacramento da comunhão mi-nistrado aos moribundos). São Camilo, com grande amor, quebra este costume, introduzindo a comunhão mais frequen-te aos doentes. Foi uma “alma eucarísti-ca”. Também , por São Camilo, os agentes da Pastoral da Saúde tem uma atitude de fé que é a base de toda a sua espirituali-dade: “O doente é o próprio Cristo”.

Mas afinal qual é o trabalho da Pasto-ral da Saúde? A Pastoral da Saúde é uma pastoral específica que, mais que cuidar do doente, cuida da saúde levando em conta a dimensão física, psíquica e espi-ritual. É um trabalho humanitário e atua basicamente em 3 setores:

• POLÍTICO E SOCIAL, ou seja, junto ao poder público, busca e luta por me-lhores condições de vida e saúde a todos, atendimento médico e questões sanitá-rias. Defende a vida desde a sua concep-ção até sua morte natural.

• PREVENÇÃO, ou seja, participa e fomenta campanhas para que todos te-nham melhores condições de vida, hi-giene. Ações que ajudam na prevenção de doenças e acidentes.

• ASSISTENCIAL, que é a maneira mais conhecida, na qual os agentes da Pastoral da Saúde visitam os doentes e enfermos em suas casas, hospitais, asi-los, creches e outros lugares, levando conforto, alegria e a Eucaristia.

A Pastoral da Saúde tem como carac-terística levar em conta a realidade pes-soal de cada um, sua história pessoal, seu contexto cultural. Atende a pessoa de maneira integral, sempre anuncian-do o Deus da Vida, transformando uma realidade de injustiça, sofrimento, morte e dor em esperança e humanidade. Leva Cristo como companheiro de jornada, um amigo que dá sentido a estas situa-ções de dores e sofrimentos.

Quais exigências para fazer parte da Pastoral da Saúde? Todos podem ser agentes, mas é fundamental a formação contínua. Não basta boa vontade, é pre-ciso compreender a dor do outro, como

falar e, em muitos momentos, silenciar.É importante ressaltar que os agentes

da Pastoral da Saúde falam em nome da Igreja. É pastoral e não visita pessoal. É um trabalho em nome de Jesus Cristo, refletido e realizado à luz da Palavra de Deus. Ele se realiza como trabalho de equipe e é organizado. Na Arquidioce-se de São Paulo há um curso para ini-ciantes, com duração de um ano e para frequentá-lo é necessária a indicação e autorização do pároco. Acontece simul-taneamente em todas as regiões epis-copais. Também há o Congresso anual e outros simpósios, além de formações regionais e setoriais.

Em Santa Teresinha tem a Pastoral da Saúde? Como é? Sim, a Pastoral da Saúde existe em nossa paróquia. Temos como coordenadora a Helena Rosa e, como se-cretária, a Josefina (Jô). Contamos com as agentes Maria Conceição – Concy, Lurdes Beco, Rosalí, Maria Fernandes e Dorotéia. Também contam com a ajuda da Marlene nas visitas. Atualmente, são atendidos 70 enfermos e idosos, visita-dos em suas casas. É bom ressaltar que, em alguns casos, mais que a visita sacra-mental e espiritual, é preciso ajudar na limpeza da casa e higiene deste doente que, muitas vezes, está só e abandonado.

Há uma reunião semanal para ava-lição e supervisão do serviço, ou seja as visitas feitas naquela semana a todos os enfermos. São promovidas, durante

o ano, três Missas dedicadas aos enfer-mos: uma em julho, no dia de São Cami-lo, por ocasião das festividades de Santa Teresinha e no Natal. Após essas missas, há sempre uma festa de confraterniza-ção para os doentes, em que se reparte um pouco de alegria em meio ao seus sofrimentos. Nestas Missas, as agentes, além de preparar toda a liturgia e a con-fraternização, buscam ajuda para trazer os doentes até a Igreja, pois muitos têm dificuldade de locomoção.

Há também dois agentes da Pasto-ral da Saúde que atuam no Hospital do Mandaqui, estando sob a supervisão do setor Santana: Osni Matos e Concy Roos. Fazem visita aos doentes internados no hospital uma vez por semana.

Assim, amar é... ser Pastoral da Saú-de, levando amor e conforto a todos os enfermos e idosos nas visitas pastorais, mostrando, de fato, como dizia Padre Ju-lio Munaro, saudoso coordenador arqui-diocesano e incansável formador, que “a bondade de Deus vai além de nossas expectativas”.

Para saber mais:Ritual da Unção dos Enfermos e sua As-sistência PastoralBrandão, Mons. Ascânio, São Camilo de Lellis, São Paulo, Ed. LoyolaBaldessin, Pe. Anisio, Como organizar a Pastoral da Saúde, São Paulo, Ed. Loyo-la, 2007

Santa Teresinha em Ação • 11

AmAR é...

Agentes da Pastoral da Saúde de nossa paróquia

Pastoral da Saúde visita Dona Neusinha

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quE DELíCIA!

CIDADAnIA

Vai uma saladinha? Mas precisa ser caprichada!

Estamos iniciando o ano que a CNBB instituiu como o Ano da PAZ, por isso me lembrei de uma instituição

educacional na qual tive a graça de fazer minha graduação, e cujo lema era: “Edu-cação para a Paz .”

Gostaria de compartilhar uma refle-xão sobre esta frase.

Será que fomos educados para a paz? Será que somos seres humanos que con-seguem viver sob o manto da paz? Será que estamos educando nossos filhos para a paz?

Nos dias atuais, existe certo consen-so de que é preciso ter alguma dose de agressividade para atingir o sucesso, para conseguir sobreviver em nossa so-ciedade. A agressividade nos negócios ou na vida profissional é, inclusive, tida

como uma qualidade. Não podemos nos esquecer de que

a agressividade e adaptabilidade foram quesitos que nos fizeram evoluir desde os homens das cavernas até hoje.

Mas pagamos um preço alto por isso. Vivemos em uma sociedade de seres, cuja premissa inicial é ser agressivo para se defender de uma potencial agressão.

Isto se reflete em todas as relações sociais desde a família, passando pelo trabalho, pelos amigos e até pela religião.

A agressividade é muito mais uma característica de personalidade que faz com que o sujeito tenha reação violen-ta a certos estímulos. Ela pode variar de acordo com o estado da pessoa ou quan-to ao estímulo a que ela tiver contato.

A cultura da agressividade torna os

indivíduos insensíveis aos problemas alheios e mina o tecido social de tal forma que a sociedade se torna um amontoado de pessoas e não grupo interligado.

Claro está que a agressividade social estimula a violência, seja ela individual, seja ela perpetrada por grupos de pesso-as.

Uma criança educada para ser so-cialmente agressiva, irá reproduzir este modelo e a escalada de violência conti-nuará.

Mas o que fazer então? O primeiro passo é desarmar a si

mesmo, deixar de lado a premissa de que “a melhor defesa é o ataque”. Trazer dentro de nós mesmos um espírito de conciliação com o próximo, indepen-dentemente da conduta dele.

No mesmo sentido, devemos nos preocupar com a educação dos nossos jovens educando-os a estarem atentos ao bem estar social, tanto quanto bus-cam seu próprio bem estar e crescimen-to.

O legado de Dom Bosco é também um caminho a ser trilhado, pois ao mesmo tempo em que dá voz aos jovens, ensina-os a buscar o bem e a ter disciplina.

Pense e mude, esteja preparado para construir um mundo de paz.

Aloísio Oliveira

Advogado

facebook.com/aloisio.oliveira.54

A educação para a paz

Tabule servido com camarões com iogurte e salada verde(serve 4 pessoas)

Para o tabule:1 xícara de trigo para kibe2 xícaras de água morna1 pepino cortado em cubos pequenos1 tomate cortado em cubinhos1 cebola média bem picadinhaSuco de um limão médioAzeite, sal e pimenta a gosto

Para o camarão:800g de camarão limpo, descascado e cozi-doSuco de ½ limão2 potes de iogurte firme (desnatado ou nor-mal) – uso um de cadaSal, pimentaPara finalizar o prato:1 alface americana lavada e cortada em tirasAzeite para servir na mesa.

Depois dos pratos deliciosos do final do ano, vem as férias e com elas, uma certa pontinha de culpa pelos exage-

ros. Aí vai bem uma saladinha. Mas a salada tradicional só com folhinhas verdes não é uma refeição e ficamos quase sempre na sa-lada com um grelhado para aplacar a “cul-pa”.

Nesta edição, vou falar de uma saladinha que comi em Ilhéus, na Bahia e que recriei a receita em casa: um tabule, servido com camarões (ou um peixe firme cozido – como a tilápia – e cortado em tiras) e uma por-ção generosa de verdinhos. É uma refeição completa e agradou a todos em casa, além de ser uma boa pedida para fazer na praia durante as férias.

Divirta-se e aproteite o verão!

Rosângela Melatto, chef de cozinha

[email protected]

facebook.com/rosangela.melatto

12 • Santa Teresinha em Ação

Preparo:Deixe o trigo de molho por 2 horas em água morna. Após este período,

espremer para retirar a água e e escorra bem em uma peneira por 15 mi-nutos. Tempere com os demais ingredientes do tabule.

Ao camarão já cozido adicione os outros ingredientes.

Monte o prato: No centro e com ajuda de uma garrafa pet cortada (aquelas de 600 ml),

forme o tabule em torre, espalhe o camarão ao redor e finalize tudo com alface. Para deixar mais charmoso, enfeite com uma pimenta biquinho, que não arde e dá sabor (ou folhas de hortelã).

Sirva gelado com um suco bem fresquinho

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JuvEnTuDE

Santa Teresinha em Ação • 13

Assim como Jesus, precisamos ser luz para o mundo. E afinal, como fazemos isso? No mês de janeiro acontece a semana missionária do GAM.Fortes emoções, situações inesperadas, muita alegria e presença de Deus é o começo para tentar descrever o que é a experiência de missão.

“Vós sois o sal da terra [...] Vós sois a luz do mundo [...].” Mt 5, 13-16

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações.” mt 28,19 É isso que nos propõe Jesus. Ide, sem medo, para servir a Deus e levar a sua palavra

a todas as pessoas. Evangelizar é a verdadeira missão. Em cada benção, brincadeira e experiência vivenciada durante a semana, têm nelas a presença de Deus e assim, esta-mos retribuindo o que o mesmo nos pede. Porém, a ação missionária não se resume a isso e deve ser praticada todos os dias, em cada gesto de bondade, levando os ditos de Jesus todos os dias para o nosso dia a dia, fazendo da sua palavra a motivadora dos atos. Ser missionário é, portanto, missão de todos. O João Pedro, apesar de não ter vivenciado a experiência da semana por completo, é um verdadeiro missionário em suas ações e escreve o que espera dessa primeira semana dele que se realizará em janeiro de 2015:

“De fato, eu já participei de uma ação missionária, em julho de 2013, na pré-jor-nada, uma preparação para a Jornada Mundial da Juventude. As paróquias do Setor Santana da Arqui-diocese, receberam um grupo grande de espanhóis. E a nos-sa missão era cui-dar deles, mostrar a nossa cidade, como vivemos, nossa cul-tura e nossa língua. Porém, conversan-do com alguns jo-vens da paróquia, fui me interando so-bre o que era o GAM (Grupo de Ação Mis-sionária), e , não era muito parecido com o que eu tinha de experiência sobre o que era uma missão, a pré-jornada, que eu achei cansativa, era um luxo, perto do que me contavam os jovens, das situações em que se encontravam, em todos os aspectos, locais, surpresas, clima, ambiente social, dentre

outros. Eu particularmente gostei do que eu vivi em missão em julho do ano retrasado, mas, não conseguia ter vontade de fazer o que esses jovens fazem, que loucura! Pois é, isso vinha na minha mente o tempo todo, até que eles resolveram me contar como era, e a melhor parte foi: sinceridade. Eles não me esconderam os obstáculos grandes e inesperados que vivem quando estão em missão, e, acima de tudo, me convenceram, falaram tan-to, tão bem, da experiência, que eu participarei da próxima ação missionária do grupo, se Deus qui-ser! Aberto à surpresas, e ansioso, tenho certeza de que é o Espírito Santo que conduz o grupo, e com Ele, será mais uma missão inesquecível para os meus amigos que já participaram e mais ainda para mim, que farei minha primeira!”

João Pedro de Freitas Gomes

“Quando me veio a proposta ‘Escreva um pequeno texto falando tudo o que a missão representa pra você’ , confesso que respirei e tentei pensar como colocar tudo o que a missão é pra mim em palavras. Mas como a proposta veio de uma querida afilhada de missão não hesitei em escrever.

Acredito que não há sen-sação heroica em ser missio-nário. Apenas fazemos aquilo que Jesus nos deixou como legado ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (Mt 28,19). E reservar uma sema-na das minhas férias pra isso é maravilhoso!!!! Quando eu penso nos dias de missão me vem à mente a manifestação do rosto de Deus em cada criança, jovem, adulto e ido-so que encontro na semana

missionária, os momentos que escuto a história de vida de uma senhora ou quando recebo o abraço inesperado de uma criança. São essas as mais puras demonstrações de amor e tudo isso acontece de forma única. É como se a todo o mo-mento Deus falasse ‘Ei, estou aqui’ e você conseguisse sentir vivamente Ele arder em seu coração. Realmente, colocar em palavras o que é missão não é tarefa fácil. Mas se eu ainda pudesse definir seria ‘estar inteiramente a serviço de Deus, buscando Ele em cada olhar e levando Ele a cada coração’. Fazer missão é gratificante! Porém acredito que todos nós, batizados pela Santíssima Trindade, que levamos Deus no dia a dia, a todos que cruzam nossos caminhos, com olhares, abraços, palavras ou uma simples atitude somos missioná-rios, já que mais do que uma semana inteira dedicada a ser-vi-Lo, podemos, e somos capazes, de fazer um pouco a cada dia, uma VIDA inteira. E isso é muito bom! Sem dúvidas, ser missionária é o que me faz FELIZ, MUITO FELIZ!”

Roberta Ferreira Domingos, 21 anos

#PORELE

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EnvELhESCênCIA

AnImAL!

Empréstimo consignado: vale mesmo a pena?Aposentado deve ficar atento aos golpes. Não ceder à pressão dos familiares também é importante para não se endividar sem necessidade

Em 2003, o governo Lula criou o empréstimo con-signado. Modalidade de crédito com juros baixos, pouca exigência para contratação e facilidade para pagamento. A princípio, o benefício era apenas para pessoas na ativa, ou seja, que ainda trabalhavam. O sucesso foi tão grande que ele ganhou corpo e foi parar na folha de pagamento do aposentado. Quem o quisesse, tal como os outros, também o conseguia de forma fácil, sem burocracia. As parcelas eram des-contadas direto do benefício mensal do aposentado, como é feito até hoje.

Apesar de ser uma oportunidade e opção para

quem precisa de crédito, principalmente, para o apo-sentado o empréstimo consignado virou uma grande armadilha.

As pesquisas mostram que os idosos brasileiros es-tão despreparados para lidar com a oferta do crédito fácil, a maioria têm baixa escolaridade e são assedia-dos não só pelas instituições bancárias, mas também pelos familiares e são presas fáceis dos criminosos. Encontrar mecanismos que realmente protejam os idosos tem sido um desafio não só dos juristas e dos estudiosos, mas também das entidades de consumi-dores e dos legisladores.

Para se ter uma ideia, no Senado há projetos em pauta para combater fraudes e abusos. Já na Câmara, um projeto estipula crime para quem aliciar ou in-duzir qualquer idoso a fazer empréstimo consignado com fins fraudulentos.

Quem tem um animal de estimação, acompanha sua velhice e sua morte sabe o quanto é doloroso

Foi assim com a Cindy dos Grazia, uma Poodle, que ficou 15 anos com a família. Na velhice foi diagnosticada cardíaca e renal, es-

timaram seis meses de vida, mas viveu mais dois anos e meio. Quando um animal de esti-mação morre ficam com dúvidas de arrumar outro. É injusto com o animal que morreu ser substituído? Vamos sofrer novamente quan-do a velhice chegar? Mas, a falta que um ani-mal faz impulsiona para um recomeço. Deni-se não queria outro animal porque sofreram muito nas últimas semanas de vida da Cindy, mas, a família sentia falta. Seis meses depois, Denise, seu esposo Clóvis, os filhos Felipe e Flávia e o genro Diego tomaram a decisão de partir em busca de um novo pet. Queriam outra raça de porte pequeno que pudesse acompanhá-los em qualquer lugar, afinal não faria sentido ter um novo pet que não pudesse

estar com eles sempre. Denise queria uma fêmea para colocar lacinhos. Flávia e o pai começaram a procurar criadores na Internet e não dava certo. Saíram à procu-ra de uma cachorrinha de Pet em Pet. Quando encon-traram a raça que queriam, um probleminha: só tinha

macho. Foi aí que viram o Thor pela primeira vez, e se apaixonaram, ele estava dentro de um comedouro, pa-recia um monte de pêlos pretos. No mesmo dia fecha-

ram a compra, mas, Thor só poderia ir para casa um mês depois, após as vacinas e a cas-tração. Essa espera foi interminável, a família visitou o Thor no pet e preparou a casa com caminha, comida e brinquedos. Hoje o Thor, um Yorkshire, está com sete meses e faz tudo junto, indo trabalhar inclusive. Segundo a Denise ele é muito parecido com a família, brincalhão, gosta de uma bagunça, compa-nheiro, alegre, faz festa para todo mundo e gosta de tirar fotos, enfim é um Grazia. Ape-sar de fotogênico o Thor proporcionou mo-mentos de risadas para a família durante a sessão de fotos para a Coluna Animal.

Raquel Raimondo

Médica veterinária

facebook.com/raquel.raimondo

Thor, o recomeço

14 • Santa Teresinha em Ação

Boas dicasÉ sempre bom desconfiar de ofertas muito vanta-

josas. Se for fazer, é preciso ler com atenção todas as cláusulas do contrato do empréstimo. É bom observar também os limites do contrato. O valor da prestação não pode ser maior do que 30% do salário do aposen-tado. Se puder, evite que as parcelas sejam desconta-das direto da conta corrente, isso evita fraudes. Para tirar dúvidas, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pode ser contatado também pelo telefone 135.

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ACOnTECE

Santa Teresinha em Ação • 15

Caridade se aprende na escola: http://goo.gl/f1B0GS

Noventa anos de Oratório: http://goo.gl/ZAcZsf

Confraternização das Pastorais: http://goo.gl/rm0byv

Novena de Natal concorrida: http://goo.gl/9wr0bO

Carinho de presente de Natal: http://goo.gl/J12dEa

O Ano da Paz depende de você: http://goo.gl/rxU1AM

Abertas as inscrições para primeira comunhão. Retire a ficha de matrícula na secretaria paroquial ou faça o download em http://goo.gl/Qobava

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Ser ou não ser, eis a questãoPor Daya Lima

EnTREvISTA

16 • Santa Teresinha em Ação

É fato que não temos tantos exemplos de gente ética assim. Mas alguns deles são, realmente, seres ad-miráveis. Para sorte dos cristãos, papa Francisco é

um deles. É raro não ver ou ler algo sobre ele sem que a palavra ética não seja citada. Mas será que dá para ser como papa Francisco, ou seja, reconhecido por ser ético? Fomos conversar com Dr. Ives Gandra, advoga-do tributarista que atua na Opus Dei há muito tempo. Gandra é conhecido por suas ideias e opiniões sobre o tema. Veja o que ele falou sobre Papa Francisco e da ta-refa de tentarmos ser éticos todos os dias.

STA - Dr. Ives, gostaria de começar a entrevista lhe per-guntando algo simples: o que é ética?Ives Gandra - A origem da palavra ética vem do grego “ethos” que quer dizer “costumes”. Moral vem do latim “mos, mores” que também quer dizer “costumes”. A in-terpretação que os filósofos dão aos dois vocábulos é que são sinônimos de “bons costumes”.

STA - E, na sua opinião, até que ponto conseguimos ser éticos?Ives Gandra - Se tiver uma boa formação, conseguirá ser ético, mesmo quando todas as circunstâncias su-gerem que não o seja. Tal postura implica em não ser “politicamente correto”. A evidência, a boa formação é fundamental, assim como o exemplo da família, mas principalmente se os valores cristãos forem vividos com profundidade e não superficialmente. Assisto mis-sa diariamente há quase 50 anos e a comunhão diária, apesar de meus inúmeros defeitos, dá-me força.

STA - Com essa afirmação o senhor acredita que dá para ser ético em tudo na vida?Ives Gandra - Dá para lutar por ser ético a vida inteira, mesmo que possam haver quedas, o mais das vezes in-voluntárias. Lutar para “ser” e “nunca desanimar” são os objetivos do cidadão ético.

STA - Como o senhor sabe, o papa Francisco vem dando exemplos de como agir com ética nas mínimas coisas. O que o senhor destacaria nesta postura de Francisco?Ives Gandra - Creio que o que há de mais importante nas mensagens do Papa Francisco é de que ser cristão não é ter uma roupagem de dignidade a ser exibida for-malmente, mas constitui a própria essência da vida. É que todos nós temos uma missão como filhos de Deus que é a própria razão de ser de nossa vida e não apenas um rótulo a ser ostensivamente apresentado conforme as circunstâncias.

STA - O Vaticano sofre, e muito, com denúncias de cor-rupção, pedofilia, etc há algum tempo. Papa Francisco

tem uma postura firme e muito clara sobre isso. Para o senhor, até que ponto os deslizes do Vaticano tornam a missão do papa Francisco mais desafiadora, ou seja, como pregar ética em meio a vários problemas em rela-ção ao assunto na Igreja?Ives Gandra - Não é a primeira vez na Igreja, permanen-te e eterna, que há necessidade de uma reflexão mais profunda de sua missão. Nos tempos dos 2 Papados – até 3 com o de Piza -, nos fins da Idade Média, quando Catarina de Sena chegou a dizer aos Cardeais “Vossas Eminências cometem eminentíssimos erros”, dos pa-pas pecadores públicos, como Alexandre Bórgia, havia necessidade de a Igreja reagir, principalmente com as defecções de Lutero, Calvino, Zwinglio. Nestes momen-

tos, o Espírito Santo soprou sobre a comunidade cristã, fazendo surgir Santos como Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Felipe Nery e outros. A eternidade da Igreja Ca-tólica Apostólica Romana é realçada nestes momentos com o aparecimento de figuras que repõem sua nave no caminho certo. É o que está fazendo o Papa Francisco.

STA - Indo um pouco mais além, o que podemos obser-var na postura/história de Jesus que servem de espelho/exemplo para nós? E em Maria? Ives Gandra - Quem lê diariamente a vida de Jesus, e os primeiros tempos dos cristãos, sabe qual é o caminho correto. É só tentar tornar-se “um personagem ouvinte”, como eram os judeus da época, na leitura dos 4 Evan-gelhos e dos Atos dos Apóstolos para saber qual o ver-dadeiro caminho. Maria, no Evangelho de São Lucas, disse que todas as gerações a reverenciariam, o que se tornou a mais “verdadeira das verdades” sobre o que se disse a respeito da Mãe de Deus. E Ela, Mãe da Igreja, velará “ad perpetuam” (para sempre) por sua filha.

STA - Obrigado pela gentileza, Dr. Ives, e gostaríamos que deixasse uma mensagem para os paroquianos de Santa Teresinha. Ives Gandra - São Josemaría Escrivá dizia que precisa-mos “Procurar Cristo, Encontrar Cristo e depois Amar Cristo”. É o caminho. Quem O procura e O acha, ama-O e tudo fica mais fácil.

É que todos nós temos uma missão como filhos de Deus que é a própria

razão de ser de nossa vida e não apenas um rótulo

a ser ostensivamente apresentado conforme

as circunstâncias