Costa Cabral

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ANTÓNIO BERNARDO DA COSTA CABRAL

(9 DE MAIO DE 1803 A 1 DE SETEMBRO DE 1889)

Joana Rodrigues, nº7, 11ºB

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◦ Terminou o curso de Direito na Universidade de Coimbra em

1823.

◦ Exerceu advocacia em Celorico da Beira (1826) e em Nelas

(1828).

◦ De formação liberal, aderiu à causa constitucional logo nos 1ºs

embates entre liberais e absolutistas, sofrendo as consequências

da reação miguelistas o que o obrigou, após a Belfastada (nome

porque ficou conhecido um dos episódios da Revolta do Porto

de 1828 contra D. Miguel), a exilar-se no estrangeiro.

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◦ Consegue refugiar-se na Galiza e daí passar para a Inglaterra e Bélgica.

Regressou aos Açores, último reduto dos liberais, e participou na expedição

liberal de D. Pedro IV (1832).No ano seguinte é enviado por D. Pedro aos

Açores como juiz de Relação, onde se manteria por três anos.

◦ Eleito deputado por aquele arquipélago, ingressa nas fileiras da oposição e

adere, como convicto defensor, à Revolução de setembro de 1836.

Desempenhou um papel ativo na Belènzada e na luta contra a Revolta dos

Marechais.

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◦ Nomeado administrador geral de Lisboa, vai

empreender uma enérgica luta para a dissolução

das milícias populares da Guarda Nacional que,

tendo desempenhado um importante papel no

Setembrismo, se tornaram num constante foco de

agitação pública.

◦ Após a entrada em vigor da Constituição de 1838,

foi de novo deputado e, pela primeira vez, ministro

(1839),ocupando a pasta da Justiça.

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◦ A Constituição de 1838 revela-se incapaz de repor a ordem no país, pelo que

Costa Cabral evolui, politicamente, do setembrismo para o cartismo, ou seja, para

uma posição mais moderada.

◦ Assim, em janeiro de 1842, desloca-se ao Porto a pretexto de assuntos

particulares, onde desembarca em 19 de janeiro.

◦ Volvidos poucos dias, em 27 de janeiro, Costa Cabral encabeça o

pronunciamento militar que visa a restauração da Carta Constitucional.

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◦ No fundo, declara guerra ao governo de

Lisboa e lidera um golpe de estado para

derrubar um governo do qual faz parte e

uma Constituição que jurara defender.

◦ Organiza no Porto uma Junta Provisória de

Governo, cujo primeiro ato foi um

manifesto aos portugueses, no qual, em

nome da rainha derruba a Constituição de

38 e restaura a Carta Constitucional.

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◦ Logo em fevereiro de 1842, foi chamado

ao Governo como ministro do Reino.

◦ Em 1844, dá-se a primeira sublevação

militar contra a política cabralista em Torres

Novas, chefiada pelo conde de Bonfim, que

foi dominada por forças fiéis ao governo.

◦ Mantém-se no poder até abril de 1846,

altura em que o movimento da Maria da

Fonte o obriga a exilar-se.

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◦ Regressado do exílio, voltaria a presidir,

pela última vez, ao Ministério (1849).

◦ No seu regresso encontrou mais violenta

oposição do que nunca, pelo que viria a ser

apeado em 1851, pela revolta do marechal

Saldanha, conhecida por Regeneração.

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◦ A partir da Regeneração, a sua ação política decaiu definitivamente, tendo-se

dedicado à carreira diplomática.

◦ Foi ministro plenipotenciário no Brasil, onde desempenhou um notável papel na

resolução de dificuldades aduaneiras que quase impossibilitavam a entrada dos

vinhos portugueses no mercado brasileiro.

◦ Em 1870, na sequência de um grave incidente entre Portugal e o Vaticano, é

convidado por Saldanha para chefiar a nossa legação na Santa Sé.

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◦ Em 1845, foi feito conde de Tomar e, em 1878, o seu título foi elevado ao grau de

marquês. Costa Cabral, apesar de criticado pelos seus coevos (nas cortes, nos jornais,

etc.), consegue liderar o país durante este delicado período da História de Portugal, da

difícil passagem do absolutismo ao constitucionalismo e ao progresso material.

◦ Tomou um conjunto de importantes medidas, das quais se destacam: a publicação do

novo Código Administrativo(1842), a reorganização da Guarda Nacional (1842), a

reforma das Câmaras Municipais (1842-43), as reformas dos estudos liceais, medidas de

fomento do reino, como a abertura de estradas, e obras sumptuárias, como a

construção do Teatro D. Maria II.

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◦ No entanto, não obstante às fortes críticas de que era alvo Costa Cabral, após a

queda da política cabralista, não há alterações de relevo da política portuguesa,

sobretudo na vertente económica. Isto porque a especulação financeira e o fomento

material vêm já do período cabralista e após a sua queda há uma mera continuação.

◦ Por outro lado, o grupo social que está por trás da política cabralista - a nova

aristocracia liberal que prospera a partir da compra de bens nacionais provenientes da

extinção das ordens religiosas em 1834 - é o mesmo que está por trás da política

subsequente.