COTAÇÃO

download COTAÇÃO

of 8

Transcript of COTAÇÃO

Tolerncia

Na indstria mecnica, certas medidas de peas so acompanhadas de algarismos adicionais, precedidos dos sinais + (mais) ou (menos) ou ambos.

Essas medidas aparecem em desenhos e ordens de servio. Sua finalidade fixar uma tolerncia de fabricao ou uma tolerncia de usinagem. Embora as mquinas de fabricao sejam altamente precisas, mesmo assim a tolerncia existe. que, na prtica, h fatores que impedem a obteno de uma medida matematicamente exata. Alguns desses fatores so: Desgaste das ferramentas e dos rgos componentes das mquinas operatrizes; Imperfeio dos materiais ou ferramentas Imperfeio de mtodos e instrumentos de medio e verificao.

As peas no so mais montadas em conjunto, como se fazia no passado. Por isso, peas isoladas so produzidas dentro de um sistema de tolerncia que permite mont-las em outro local, sem a necessidade de retoques. Esse sistema de tolerncia foi criado em 1982 pela ISSO (International System Organization), e reconhecido no Brasil como Sistema de Tolerncias e ajustes.

Ele prev tolerncias de fabricao para peas brutas e peas usinadas. Dessa forma, possvel substituir diretamente, as peas que esto danificadas, sem necessidade de retoques. o que se chama de intercambialidade. A produo de peas no sistema ISSO pode ser executada de duas maneiras: Produo em srie: utilizada em usinagem e montagens de pequenas quantidades de peas. Neste caso, o operador executa uma ou vrias operaes no produto. Entretanto, as mquinas no so colocadas em linha. Produto em linha ou em cadeia: utilizada quando existe uma grande quantidade de peas. O operador executa, assim, apenas uma operao. Na produo em cadeia, as mquinas esto montadas na ordem racional de usinagem ou montagem. Tolerncia De acordo com a norma NBR 6173, temos as seguintes definies: Cota nominal ou dimenso nominal (D) o valor que no desenho, vem arredondado para um nmero inteiro, em milmetros. em relao cota nominal que se estabelece a tolerncia admissvel.

A cota nominal 12 mm. Dimenso mxima (Dmx) o valor mximo permitido na dimenso da pea. Na figura anterior temos: Dmx = 12 + 0,02mm Dmx = 12,02mm

Dimenso mnima (Dmin) o valor mnimo permitido na dimenso da pea. Na figura anterior, temos: Dmin = 12-0,02 mm Dmin = 11,98 mm Dimenso efetiva aquela que o operador obtm aps o acabamento da pea. Por exemplo: De = 12,01 mm Para ser aceita, a dimenso efetiva da pea deve estar dentro da tolerncia. Portanto tolerncia (T) variao permitida na pea, ou seja, a diferena entre as dimenses mxima e mnima.

Tomando como base os dados do exemplo da figura anterior, temos: T = 12,02 - 11,98 mm T = 0,04 mm O afastamento pode ser tanto superior como inferior. Afastamento superior (As) a diferena entre as dimenses mxima e nominal.

Ainda de acordo com os dados do exemplo da figura anterior, temos: As = 12,02 12 mm As = 0,02 mm Afastamento inferior (Ai) consiste na diferena entre as dimenses mnima e nominal.

Repetindo os dados do mesmo exemplo, temos: Ai = 11,98 12 mm Ai = -0,02 mm A dimenso ideal ou cota ideal obtida pela mdia entre as dimenses mxima e mnima, de acordo com a frmula:

Exemplos:

COTAOAs tolerncias devem ser escritas imediatamente aps a cota nominal, acima e levemente destacadas da linha de cota, disposta de modo a serem lida pela base ou pelo lado direito do desenho e com caracteres de altura menor que os da cota. No desenho as folgas jamais so representadas.

Se as tolerncias so indicadas por smbolos ISO os elementos da cota devem ser escritos na seguinte ordem: cota nominal -smbolo ISO -valores dos desvios, entre parnteses, se necessrio.

Os desvios devem ser escritos um sobre o outro, levando em considerao que se deve escrever o desvio superior acima e o desvio inferior abaixo, seja para os furos como para os eixos.

Nos desenhos de fabricao conveniente indicar, alm do smbolo ISO da tolerncia, tambm o valor dos desvios.

Se as tolerncias so indicadas mediante valores numricos os elementos da cota devem ser escritos na seguinte ordem: cota nominal valores dos desvios.

Os desvios devem ser escritos um sobre o outro, levando-se em considerao que se deve escrever o desvio superior acima e o desvio inferior abaixo, tanto para furos como para eixos.

Se os desvios da tolerncia esto dispostos simetricamente em relao cota nominal, escreve-se uma s vez o valor absoluto dos dois desvios precedidos pelo sinal .

Os desvios so, em regra, indicados na mesma unidade de medida da cota nominal. Se os desvios so indicados com unidade de medida diferente da adotada para a cota nominal, deve ser escrita em seguida aos valores dos desvios a unidade supra e indicar a unidade de medida tambm aps a dimenso nominal.