Cópia de Trabalho completo com nunero de...

41
Universidade São Francisco Curso de Fisioterapia QUALIDADE DE VIDA DE ADULTOS AMPUTADOS DE MEMBRO INFERIOR Bragança Paulista 2010

Transcript of Cópia de Trabalho completo com nunero de...

Page 1: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

1

Universidade São Francisco

Curso de Fisioterapia

QUALIDADE DE VIDA DE ADULTOS AMPUTADOS DE

MEMBRO INFERIOR

Bragança Paulista

2010

Page 2: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

2

Adriano Ap. de Brigido

RA: 001200701245

Waldemar de Brigido Junior

RA: 001200701274

QUALIDADE DE VIDA DE ADULTOS AMPUTADOS DE

MEMBRO INFERIOR

Bragança Paulista

2010

Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado à Iniciação e PesquisaCientifica do curso de Fisioterapiada Universidade São Francisco,sob orientação do Prof.ª CarolinaCamargo de Oliveira, comexigência parcial e obtenção daaprovação da disciplina.

Page 3: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

3

BRIGIDO, Adriano Ap., BRIGIDO, Waldemar Jr., Qualidade de vida de adultos amputados de membro inferior. 2010. Trabalho de Conclusão de

Curso. 2010. Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco. Bragança

Paulista.

____________________________________________________________ Prof.ª Carolina Camargo de Oliveira USF – Orientadora Temática _______________________________________________________________ Prof.ª Rosimeire Simprini Padula USF – Orientadora Metodológica _______________________________________________________________ Prof.ª Gianna Carla Cannonieri Nonose

USF – Banca Examinadora

Page 4: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

4

DEDICATÓRIA Dedicamos esse trabalho aos nossos pais Waldemar de Brigido e Maria

Rita Aparecida da Silva Brigido que sempre fizeram de tudo para que nós nos

tornássemos pessoas cada vez melhores e por nos mostrarem a cada dia o

verdadeiro amor que devemos ter pela vida e pelo próximo.

Page 5: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

5

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus que sempre guiou nossos passos e

permitiu que nós conseguíssemos desenvolver este estudo com saúde.

Aos nossos pais, Waldemar de Brigido e Maria Rita Aparecida da Silva

Brigido, a quem seremos eternamente gratos por todo apoio e incentivo que

nos foram dados, durante toda nossa caminhada. Tudo que somos devemos a

vocês.

A nossa professora Carolina Camargo de Oliveira por ajudar a

enriquecer este estudo, pois com seu jeito todo especial de professora e amiga

soube nos orientar pelo melhor caminho possível para a realização deste

trabalho.

Ao nosso professor José André de Carvalho que nos apresentou a

disciplina Prótese e Órtese a qual nos encantou em primeiro instante, e

compartilhou de conhecimentos que enriqueceram o estudo. E também por nos

dar a oportunidade de obter dados no Instituto de Prótese e Órtese.

A minha namorada, Natalia, que a cada dia mostra o valor da vida

através de suas atitudes e carinho comigo; por ser uma pessoa maravilhosa e

pelo apoio e compreensão em todos meus momentos de estresse e ansiedade.

(Waldemar de Brigido Junior)

Aos participantes da pesquisa que de muito bom grado preencheram

todo questionário, fornecendo os resultados desse trabalho; sem eles, este

estudo não seria possível.

Ao órgão EDUCAFRO por nos proporcionar uma porcentagem em bolsa

de estudos, o que nos permitiu a realização deste curso de graduação.

A todos que, direta ou indiretamente nos contribuíram de alguma forma,

com a realização deste trabalho.

Page 6: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

6

“Faça o bem sem ver a quem

a sua recompensa vem

foi o que Jesus profetizou”

Goiano / Luizinho Rosa

Page 7: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

7

RESUMO

Introdução: O termo qualidade de vida relacionada à saúde surgiu no final da década de 1940, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu saúde como um estado de bem estar físico, mental e social, mais que simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Podemos definir o termo amputação como sendo a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. É comum ocorrer algumas complicações após amputação o que pode levar à incapacidade e redução nos níveis de qualidade de vida Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de adultos com amputação de membro inferior protetizados e não protetizados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, sendo a amostra composta por 20 adultos de ambos os gêneros, entre 18 e 60 anos de idade, divididos em três grupos, grupo um (G1) amputados de membro inferior protetizados inseridos em programa de reabilitação, grupo dois (G2) amputados de membro inferior protetizados não inseridos em programa de reabilitação e grupo três (G3) amputados de membro inferior não protetizados. Após esclarecimento dos objetivos e procedimentos, tornaram-se voluntários deste estudo os que assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. (TCLE), sendo posteriormente convocados para avaliação dos seguintes aspectos: dados de identificação e da amputação, condições atuais de protetização, do coxim, do coto e presença de complicações. Em seguida foi entregue o questionário Whoqol-Bref para avaliar qualidade de vida. Resultados: A casuística foi composta, em sua maioria, por homens jovens, vítimas de acidentes de trânsito. A percepção da qualidade de vida demonstrou que os domínios com scores mais baixos foram os relacionados ao meio ambiente e à saúde física; e os mais altos estavam ligados à saúde psíquica e às relações sociais. Nos grupos de pessoas protetizadas (G1 e G2) os scores mais altos foram encontrados no domínio psíquico; já no G3, os scores maiores foram no domínio social. Conclusão: De acordo com os objetivos propostos para o trabalho foi possível concluir que o G1, G2 e G3 obtiveram os scores mais baixos nos domínios ambiental e físico. No grupos de pessoas protetizadas (G1 e G2) o mais alto foi o psíquico e no de não protetizadas, o social. Palavras chave: Qualidade de vida; amputação; adultos

Page 8: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

8

ABSTRACT

Introduction: The term quality of life related to health emerged in the late 1940s, when the World Health Organization (WHO) defined health as a state of physical well being, mental and social, rather than simply the absence of disease or infirmity . We can define the term amputation as the withdrawal, usually surgery, all or part of a member. It is common after amputation some complications which can lead to disability and decreased levels of quality of life Objective: To evaluate the quality of life of adults with lower limb amputation, not hearing aids hearing aids. Methods: This is a cross-sectional study, the sample consisted of 20 adults of both genders, aged between 18 and 60 years of age, divided into three groups, one group (G1) lower limb amputees fitted with hearing aids placed in a rehabilitation program , group two (G2) lower limb amputees fitted with hearing aids not included in the rehabilitation program and group three (G3) no lower limb amputees fitted with hearing aids. After clarification of the objectives and procedures have become volunteers in this study who signed a consent form. (IC) and was subsequently summoned to assess the following aspects: identification data and amputation, current conditions of fitting, cushion, and stump complications. Then was handed the questionnaire WHOQOL-Bref to assess quality of life. Results: The sample was composed mostly of young men, victims of traffic accidents. The perception of quality of life showed that the domains with lower scores were related to the environment and physical health, and the highest were related to mental health and social relationships. In groups of people aided (G1 and G2) the highest scores were found in the psychic realm, already in G3, the scores were higher in the social field. Conclusion: According to the proposed objectives for the work it was concluded that G1, G2 and G3 had the lowest scores in the environmental and physical. In groups of people aided (G1 and G2) was the highest in the psychic and the non-aided, the social. Keywords: Quality of life; amputation; adults

Page 9: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

9

SUMÁRIO

1.INTRUDUÇÃO 10

2.OBJETIVO 14

2.1.Objetivo Geral 14

2.2.Objetivo Especifico 14

3.MÉTODOS 15

3.1.Desenho do Estudo 15

3.2.Sujeito e Material 15

3.3.Critérios de Inclusão 15

3.4.Critérios de Exclusão 15

3.5.Critérios de Descontinuidade 16

3.6.Procedimentos 16

3.7.Materiais 17

4.RESULTADOS 18

5.DISCUSÃO 27

6.CONCLUSÃO 32

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 33

ANEXOS 35

Page 10: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

10

1. INTRODUÇÃO

Amputação é uma palavra derivada do latim, com o seguinte significado:

ambi = ao redor de/em volta de; e putatio = podar/ retirar. Pode-se definir o

termo amputação como sendo a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial

de um membro. Para os pacientes menos esclarecidos, o termo “amputação”

está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita, uma

analogia com a incapacidade e a dependência (Carvalho. 2003).

Os Indivíduos com deficiências físicas ou motoras enfrentam,

habitualmente, dificuldades em desenvolver uma percepção positiva acerca de

si próprios, principalmente no que diz respeito as suas competências físicas e

sociais (Blinde e McClung. 1997). Esta auto-imagem física resulta,

fundamentalmente, de uma variedade de experiências de socialização

negativas, de restritas oportunidades de participação nas mais variadas

atividades sociais e culturais, e ainda de uma crença enraizada na sociedade

que os identifica como incapacitados, fruto de preconceito, da estigmatização e

descriminação social (Souza, 2009).

Historicamente, as pesquisas associaram constantemente a amputação

de membros com numerosas dificuldades psicológicas, como por exemplo, a

depressão clínica. Nos últimos anos, as pesquisas começaram a mostrar que

longe de uma perspectiva apenas patológica, os autores sugerem diversas

respostas psicológicas positivas associadas à experiência da amputação. E

embora alguns indivíduos possam ver a amputação como uma catástrofe

pessoal, outros vêem nessa experiência uma luz positiva com a oportunidade

para crescimento psicológico (Rybarczyk et al., 2000).

Infelizmente, durante muitos anos as amputações foram consideradas

cirurgias pouco nobres, sendo realizadas apenas por residentes inexperientes

ou iniciantes. Isso fez com que bons cirurgiões se afastassem dessas atuações

e, como conseqüência, os pacientes amputados sofreram por estarem

desprovidos de boas condições cirúrgicas para o processo de reabilitação, o

qual se iniciava durante a cirurgia. Cotos mal acabados externa e internamente

acarretavam complicações, má adaptação às próteses e até mesmo

reamputações com exagerada frequência. O importante é informar aos

pacientes que as amputações, muitas vezes, propiciam uma qualidade de vida

Page 11: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

11

relativamente melhor, sem a dor e o sofrimento, antes presentes. Atualmente

experientes cirurgiões ortopédicos e vasculares dedicam-se às amputações

para eliminar tecidos moles e ósseos irremediavelmente lesados e, em um

segundo momento, reconstruir as partes ósseas, musculares e cutâneas,

proporcionando ao coto, capacidade adequada de sustentação e mobilidade

(Carvalho 2003).

Apesar de não existirem informações epidemiológicas precisas estima-se

que 85% das amputações são em MMII e suas causas podem ser de origem

vascular, traumática, neoplásica e ainda por anomalias congênitas. As

indicações mais freqüentes para amputações dos MMII são decorrentes das

complicações crônico-degenerativas e ocorrem com maior frequência em

idosos. A segunda causa mais freqüente é decorrente de lesão traumática e

geralmente, ocorre em pacientes do sexo masculino, com idade inferior a 50

anos, embora também se dê em jovens e crianças de maneira significativa. No

Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade

de Medicina da Universidade de São Paulo (IOT-HC-FMUSP) no período entre

1992 e 1999 foram realizadas 287 amputações de MMII sendo a maioria do

sexo masculino (77,44%), com idade entre 11 e 30 anos (Carvalho 2003).

As indicações para as amputações decorrentes de lesões traumáticas são

aquelas com comprometimento vascular importante, que impeçam a

reconstrução do membro ou o restabelecimento adequado da função (Carvalho

2003).

A reabilitação do paciente amputado deverá ser precoce, objetivando

além da adaptação à prótese, a recuperação funcional, proporcionando

condições para a reintegração profissional e social. O amputado

freqüentemente exige altas demandas dos serviços sociais e de pessoal

especializado em hospitais e na comunidade. Além da adaptação social, o

processo de reabilitação envolve treinamento do paciente para marcha

independente e para o uso de auxiliares de marcha (Lima et.al., 2006).

Reabilitar um amputado não significa necessariamente protetizá-lo.

Porém para pacientes candidatos à utilização de próteses, a reabilitação só

chegará ao fim no momento em que eles já estiverem fazendo uso das

próteses, com total controle e independência nas atividades diárias,

profissionais e recreativas (Carvalho, 2003).

Page 12: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

12

O fisioterapeuta desempenha papel fundamental quanto à reeducação

funcional, integrando equipe multidisciplinar, acompanhando o paciente em

todos os estágios do programa de reabilitação supervisionando e intervindo

desde o estágio pré e pós-operatório, até a educação de mobilidade pré e pós-

protética e, se necessário, em cuidados de manutenção das funções músculo-

esqueléticas. Nesse sentido, a presença do fisioterapeuta é importante no

processo dinâmico, criativo, progressivo e educativo, com objetivo de

restauração do indivíduo, sua reintegração à família, comunidade e sociedade

(Pastre et.al., 2005).

O custo das próteses, normalmente, é elevado, tornando-se motivo de

preocupação para o amputado, pois é sonho que, muitas vezes, não se

realizará, impedindo o movimento em direção ao mundo (Chini; Boemer 2007).

É comum ocorrer algumas complicações após amputação, como

deformidade em flexão, irregularidades ósseas, excesso de partes moles,

cicatrização inadequada, neuromas dolorosos, complicações cutâneas ou

comprometimento vascular, o que pode levar à incapacidade e redução nos

níveis de qualidade de vida (Pastre et.al., 2005).

O termo qualidade de vida relacionada a saúde, surgiu no final da década

de 1940, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu saúde como

um estado de bem estar físico, mental e social, mais que simplesmente a

ausência de doença ou enfermidade. Em 1948, Karnofsky foi um dos pioneiros

a introduzir no campo médico uma escala para medir a qualidade de vida de

pacientes; chamava-se karnofsky Performance Status Scale (Clapis 1996).

Na OMS, uma equipe de trabalho estuda questões de qualidade de vida

relacionada à saúde. O grupo, conhecido por WHOQOL Group (World Health

Organization Quality of Life Group), considera que a definição de qualidade de

vida deve levar em conta a percepção do indivíduo e suas relações com o meio

ambiente. Para eles: qualidade de vida é definida como uma percepção

individual da posição do indivíduo na vida, no contexto de sua cultura e sistema

de valores nos quais ele está inserido e em relação aos seus objetivos,

expectativas, padrões e preocupações. É um conceito de alcance abrangente

afetado de forma complexa pela saúde física, estado psicológico, nível de

independência, relações sociais e relações com as características do meio

ambiente do indivíduo (Fleck et al., 2000).

Page 13: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

13

Como o número de pacientes amputados que buscam a protetização é

grande; torna-se fundamental obtermos mais informações a respeito da

qualidade de vida dos mesmos. Na revisão de literatura, constata-se que há

poucas publicações sobre o assunto, que é de grande importância para o

melhor atendimento dessas pessoas, sempre por equipe multidisciplinar. Desta

forma, sugerimos interesse em achar a qualidade de vida de adultos que

sofreram amputação, em função de serem ou não protetizados, e estarem ou

não inseridos em programa de reabilitação.

Page 14: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

14

2. OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

Avaliar a qualidade de vida de adultos com amputação de membro inferior

protetizados e não protetizados.

2.2 Objetivos Específicos

Avaliar etiologia; nivel de amputação; tempo até a protetização; presença

de dor no coto e membro fantasma; qualidade do coto e do coxim e

caracteristica do membro contralateral.

Correlacionar todos os achados entre os grupos de pacientes protetizados

e inseridos em programa de reabilitação protetizados e não inseridos em

programa de reabilitação e não protetizados (em reabilitação ou não).

Correlacionar os resultados deste estudo com dados da literatura.

Page 15: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

15

3. MÉTODO 3.1 Desenho do Estudo

Trata-se de estudo de corte transversal, com uma única avaliação dos

voluntários.

3.2 Sujeitos e Material

A amostra foi composta por adultos de ambos os sexos, entre 18 e 60

anos de idade, amputados protetizados e não protetizados de membro inferior.

Foram selecionados pacientes da Clínica Escola de Fisioterapia da

Universidade São Francisco – Bragança Paulista – SP; e do Instituto de

Próteses e Orteses (IPO) do município de Campinas-SP.

3.3 Critérios de Inclusão

Os critérios foram: idades de 18 a 60 anos, amputados de membro inferior

protetizados ou não protetizados, que aceitaram participar da pesquisa,

assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

3.4 Critérios de Exclusão

Indivíduos com qualquer complicação de saúde geral ou

comprometimento psiquiátrico, que comprometesse as respostas do

questionário de qualidade de vida.

Page 16: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

16

3.5 Critérios de Descontinuidade

Indivíduos que assinaram o termo, mas não devolveram o questionário

preenchido ou desistissem de participar, por qualquer motivo.

3.6 Procedimentos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

São Francisco (USF) e posteriormente, os pacientes foram convidados a

participar da pesquisa. Após todos os objetivos e procedimentos esclarecidos,

quem concordou em participar, assinou Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) (ANEXO I) em duas vias, sendo que uma permaneceu em

poder do voluntário e a outra do pesquisador.

Em um segundo momento os participantes foram divididos em três

grupos, sendo o primeiro de indivíduos amputados protetizados e inseridos em

programa de reabilitação (GI); o segundo de pacientes amputados,

protetizados, mas não inseridos em programa de reabilitação (GII); e o terceiro

de pacientes amputados e não protetizados (GIII).

Posteriormente foram convocados para serem avaliados por uma ficha

de avaliação desenvolvida pelos autores deste estudo, referente a dados de

identificação, amputação e condições atuais de protetização, coxim do coto e

presença de complicações (ANEXO II). Em seguida foi entregue o questionário

WHOQOL - bref (ANEXO III) para avaliar a qualidade de vida, uma única vez,

na Clínica de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF) ou no Instituto

de Prótese e Orteses (IPO) em Campinas-SP, local de preferência do paciente.

Sendo um questionário auto- explicativo e portanto de auto-avaliação na

amostra do presente estudo, os 20 participantes responderam o questionário

de forma independente, após uma breve explicação.

Todos foram avaliados pelos alunos responsáveis por este projeto, sob

supervisão da professora orientadora.

Page 17: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

17

3.7 Materiais

Papel e caneta

Prancheta

Questionário de dados pessoais, da amputação e condições atuais

(ANEXO II)

Questionário WHOQOL – BREF (ANEXO III)

O Whoqol-Bref é uma versão reduzida do Whoqol-100, que consta de

vinte e seis perguntas, sendo duas gerais e as demais que representam as 24

facetas do questionário, sendo uma pergunta para cada faceta. Dessa forma,

difere do Whoqol-100 por que cada uma das vinte e quatro características

individuais é avaliada a partir de quatro perguntas, enquanto que na versão

abreviada, é avaliada por uma só pergunta. Essa versão abreviada é composta

por quatro domínios: físico, psicológico, social e ambiental, sendo um

questionário auto- explicativo e de auto-avaliação (Fleck, 2000).

Page 18: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

18

4.Resultados

Foram pré-selecionados inicialmente 24 adultos após rastreamento em

arquivo de pacientes da Clínica Escola de Fisioterapia (CEF) da Universidade

São Francisco (USF); em contato com professores do Curso de Fisioterapia

que atuam na supervisão de estágio nas Unidades Básicas de Saúde e

Programa Saúde da Família; em arquivo de pacientes do Instituto de Prótese e

Órtese Brasil do Município de Campinas – SP; e busca ativa com contatos

familiares e sociais, nos Municípios de Piracaia e Bragança Paulista – SP.

Seguindo os critérios de inclusão e exclusão, 4 não puderam fazer parte

deste estudo, por apresentarem idade superior ao intervalo proposto em

Métodos. Portanto a casuística deste trabalho foi composta de 20 voluntários,

separados nos grupos: G1 com 7 voluntários; G2 com 6 voluntários e G3 com

7 voluntários.

Inicialmente os grupos serão apresentados nas tabelas 1, 2 e 3.

Posteriormente, nas tabelas 4 a 8, estão os dados do questionário de avaliação

das condições atuais e presença de complicações.

Quanto à avaliação de qualidade de vida, foram seguidas as instruções

do próprio instrumento para chegar aos scores e classificação destes, o que

serão apresentados nos gráficos 1 a 4.

Page 19: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

19

As tabelas 1, 2 e 3 apresentam dados de identificação e relacionados à

amputação (etiologia, nível e tempo de pré-protetização) dos grupos G1, G2 e

G3 respectivamente.

Tabela1: Dados de identificação, etiologia, nível e tempo pré-protetização do

G1

Grupo Paciente Gênero Idade Etiologia Nível Tempo Pré Protetização

G1 1 M 27 Acidente Motociclistico

Transfemoral 3 meses e 20 dias

G1 2 M 47 Vasculopatia Diabética

Transtibial 5 meses e 17 dias

G1 3 M 26 Acidente Motociclistico

Transtibial 43 meses e 14 dias

G1 4 M 23 Acidente Motociclistico

Transtibial 2 meses e 2 dias

G1 5 M 34 Acidente Motociclistico

Transtibial 3 meses e 29 dias

G1 6 M 47 Vasculapatia Diabética

Transfemoral 19 meses e 5 dias

G1 7 M 19 Acidente Motociclistico

Desarticulação de Joelho

31 meses e 2 dias

G1= Grupo 1; M= Masculino

Todos os participantes eram do sexo masculino, a idade média dos

integrantes foi de 31,8 anos, as etiologias encontradas foram acidente

motociclistico (6)e vasculopatia diabética (2), já os níveis encontrados foram

transtibial (3) transfemoral (2) e desarticulação de joelho (1). O tempo até

protetização foi de menos de um ano (4), após um ano (3).

Page 20: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

20

Tabela 2: Dados de identificação, etiologia, nível e tempo pré-protetização do

G2

Grupo Paciente Gênero Idade Etiologia Nível Tempo Pré Protetização

G2 1 M 28 Acidente Motociclistico

Desarticulação Joelho

8 meses e 22 dias

G2 2 M 32 Acidente Motociclistico

Transtibial 8 meses e 13 dias

G2 3 M 30 Acidente Motociclistico

Transtibial 3 meses e 22 dias

G2 4 M 26 Acidente de Trabalho

Transfemoral 7 meses e 5 dias

G2 5 M 27 Acidente Automobilistico

Transfemoral 8 meses e 16 dias

G2 6 M 44 Acidente Motociclistico

Transtibial 186 meses e 5 dias

G2= Grupo 2; M= Masculino

Todos participantes também são do sexo masculino, a idade média dos

integrantes foi de 31,1 anos, as etiologias encontradas foram acidente

motociclistico (4), acidente automobilístico (1) e acidente de trabalho (1) e os

níveis foram, transtibial, transfemoral e desarticulação de joelho. O tempo até

protetização foi menos de um ano (5), após um ano (1).

Tabela 3: Dados de identificação, etiologia, nível e tempo pré-protetização do

G3.

Grupo Paciente Gênero Idade Etiologia Nível Tempo amput-avaliação

G3 1 F 34 Acidente Motociclistico

Transtibial 22 meses e 14 dias

G3 2 M 45 Acidente Motociclistico

Desarticulação Joelho

10 meses e 22 dias

G3 3 M 20 Acidente Automobilistico

Transfemoral 4 meses e 4 dias

G3 4 M 47 Atropelamento Transfemoral 4 meses e 1 dia

G3 5 M 25 Acidente Motociclistico

Transfemoral 2 meses e 9 dias

G3 6 M 28 Acidente Motociclistico

Desarticulação Quadril

21 meses e 27 dias

G3 7 M 46 Acidente de Trabalho

Desarticulação Quadril

247 meses e 2 dias

G3= Grupo 3; F= Feminino; M= Masculino; amput-avaliação = período da amputação até a presente avaliação.

Page 21: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

21

Na tabela 3, referente ao G3, 85,7% dos participantes são do sexo

masculino e 14,3% do sexo feminino, a idade média dos integrantes é de 35

anos, as etiologias encontradas foram acidente motociclistico (4), acidente

automobilístico (1), acidente de trabalho (1) e atropelamento (1), e os níveis

encontrados foram transtibial, desarticulação de joelho, transfemoral e

desarticulação de quadril. O tempo até protetização foi menos de um ano (4),

após um ano (3).

A tabela 4 apresenta a média de idade dos voluntários e porcentagem

da ocorrência de dor, membro fantasma, presença de contração isométrica ou

deformidades do coto.

Tabela 4: Idade média e dados pessoais do coto de amputação. Grupos Idade Média Dor M Fantasma Contr.

Isom.Deformidade

G1 33,28 57,10% 57,10% 85,71% 14,28% G2 31,16 20,58% 50,00% 50,00% 16,66% G3 35 14,29% 57,14% 71,42% 14,29% M = membro; Contr. = contração; Isom. = isométrica

Foi constatado que a média de idade entre os grupos analisados é de

(33) trinta e três anos, sendo o grupo G1 com média de 33,28 anos, G2 com

média de 31,16 anos e G3 com média de 35 anos. A ocorrência de dor no coto

do G1 foi superior aos outros grupos, 57,10%; no G2 20,58% afirmaram ter dor

e no G3 14,29% afirmaram ter dor. As causas de dor relatadas foram; dor ao

deambular ou por esforço; dor quando está sem prótese ou o coto

desenfaixado. No quesito membro fantasma, mais da metade dos integrantes

da pesquisa afirmaram ter a sensação que ainda tem o membro que foi

amputado, sendo que a porcentagem de afirmação dos grupos foram G1

57,10%, G2 50% e G3 57,10%. Os relatos foram: “Tenho a sensação que ainda

tenho o membro”;” tenho a sensação que levo umas pontadas no membro que

foi amputado”. A porcentagem de integrantes com boa contração isométrica em

cada grupo foi, G1 85,71%, G2 50,0% e G3 71,42%. Poucos indivíduos

apresentaram deformidades no coto, sendo G1 com 14,28%, G2 com 16,66%

Page 22: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

22

e G3 com 14,29%. As deformidades encontradas foram: Flexão de joelho;

flexão de quadril; abdução de quadril.

A tabela 5 apresenta a situação do membro contra lateral, avaliando

força e ADM adequadas para deambulação; se faz uso de órtese ou se

apresenta falha em qualquer outra região do corpo.

Tabela 5: Força e ADM, uso de órteses e amputação em qualquer região do corpo. Força e ADM Uso de órtese Amputação G1 Adequada Não Ausente G2 Adequada Não Ausente G3 Adequada Não Ausente

ADM=Amplitude de Movimento

O membro contra lateral de todos os integrantes da pesquisa tinha força

e ADM adequadas para deambulação; ninguém fazia uso de qualquer tipo de

órtese e nem apresentava amputação de qualquer outra parte do corpo.

A tabela 6 apresenta o percentual das etiologias das amputações de

todos os participantes deste estudo, em cada um dos grupos.

Tabela 6: Etiologias das amputações encontradas no estudo. Grupo

Acidente Automobilistico

Acidente Motociclistico

Vasculopatia Diabética

Acidente de trabalho

Atropelamento

G1 0% 71,42% 28,58% 0% 0% G2 16,67% 66,66% 0% 16,67% 0% G3 14,28% 57,16% 0% 14,28% 14,28

Nos três grupos, a etiologia mais frequente foi acidente motociclistico,

sendo no G1 a maior percentagem (71,42%), seguida do G2 (66,66%) e a

menos no G3 (57,16%). Com a segunda maior freqüência estão os acidentes

automobilísticos e de trabalho, com maior incidência no G2 (16,67%).

Vasculopatia diabética foi a terceira mais freqüente com o G1 com

porcentagem de (28,58%), e atropelamento foi o menos frequente, com

ocorrência apenas no G3, de (14,28%). Em relação aos grupos, no G1, a causa

mais frequente das amputações foi a de acidente motociclistico, seguida de

vasculopatia diabética. No G2 foi, em ordem da maior para a menor freqüência,

Page 23: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

23

acidente motociclistico, e empatados acidente automobilístico e acidente de

trabalho. E no G3 foi acidente motociclistico, e também empatados acidente

automobilístico, acidente de trabalho e atropelamento.

A tabela 7 apresenta a freqüência dos níveis de amputação em cada grupo.

Tabela 7: Níveis de amputação encontrados no estudo. Grupos Transtibial Transfemoral Desarticulação

de JoelhoDesarticulação de Quadril

G1 57,14% 28,58% 14,28% 0% G2 50% 33,4% 16,6% 0% G3 14,28% 42,87% 14,28% 28,57%

Considerando todos os grupos o nível mais freqüente de amputação foi

o transtibial, com G1 chegando a 57,14% dos casos, o segundo maior índice foi

do transfemoral com o G3 chegando há 42,87%, em terceiro lugar ficou a

desarticulação de joelho com o G2 chegando há 16,6 % e em quarto lugar ficou

a desarticulação de quadril sendo que o G3 teve 28,57% dos casos. Em

relação aos grupos, no G1 o nível de amputação mais frequente foi o transtibial

(57,14%), seguido por transfemoral (28,58%) e desarticulação de joelho

(14,28%). No G2 o mais frequente foi transtibial (50%), transfemoral (33,4%) e

desarticulação de joelho (14,28%). E no G3 foi transfemoral (42,87%),

desarticulação de quadril (28,57%) e empatados transtibial e desarticulação de

joelho (14,28%).

A tabela 8 apresenta dados referentes à qualidade do coxim do membro

amputado (se firme, escasso, volumoso por edema ou por mioplastia

inadequada), em cada grupo.

Tabela 8: Tipos de coxim encontrados no estudo. Grupos Firme Escasso Volumoso

(Edema) Volumoso (mioplastia inadequada)

G1 42,85% 14,27% 0% 42,85% G2 66,6% 16,7% 0% 16,7% G3 42,85% 42,85% 14,28% 0%

Page 24: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

24

No G1 42,45% dos voluntários apresentaram coxins firmes, 14,27%

escassos e 42,85% de coxins volumosos por miodese inadequada. No G2

66,6% apresentou coxins firmes; 16,7% escassos e 16,7% coxins volumosos

por mioplastia inadequada. No G3 foram encontrados 42,85% de coxins firmes,

42,85% escassos e 14,28% volumosos por edema.

O gráfico 1 apresenta a média de cada domínio do Whoqol-Bref para

todos os participantes do estudo.

Gráfico 1: Médias de cada domínio do Whoqol-Bref de todos participantes.

Constata-se que o domínio mais bem pontuado, ou seja, o que os

participantes consideraram mais adequado, foi o social com 83%, seguido do

psíquico com 80%, físico com 72%; e o que obteve pontuação mais baixa, foi o

ambiental com 61%.

72

8083

61

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

FISICO PSIQUICO SOCIAL AMBIENTAL

%

DOMINIOS

Page 25: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

25

O gráfico 2 apresenta as médias de cada domínio do Whoqol-Bref aplicado ao G1.

Gráfico 2 : Médias de cada domínio do Whoqol-Bref aplicado ao G1.

Constata-se que o domínio mais bem pontuado, ou seja, o que os

participantes consideraram mais adequado, foi o psíquico com 82%, seguido

do social com 78%, físico com 73%; e o que obteve pontuação mais baixa, foi o

ambiental com 63%.

O gráfico 3 apresenta as médias de cada domínio do Whoqol-Bref

aplicado ao G2.

Gráfico 3: Médias de cada domínio do Whoqol-Bref aplicado ao G2.

7382

78

63

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

G1 Fisico G1 Psiquico G1 Social G1 Ambiental

%

Dominios

7481 78

60

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

G2 Fisico G2 Psiquico G2 Social G2 Ambiental

%

Dominios

Page 26: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

26

Constata-se que o domínio mais bem pontuado, ou seja, o que os

participantes consideraram mais adequado, foi o psíquico com 81%, seguido

do social com 78%, físico com 74%; e o que obteve pontuação mais baixa, foi o

ambiental com 60%.

O gráfico 4 apresenta as médias de cada domínio do Whoqol-Bref

aplicado ao G3

Gráfico 4: Médias de cada domínio do Whoqol-Bref aplicado ao G3.

Constata-se que o domínio mais bem pontuado, ou seja, o que os

participantes consideraram mais adequado, foi o social com 86%, seguido do

psíquico com 77%, físico com 68%; e o que obteve pontuação mais baixa, foi o

ambiental com 60%.

6877

86

60

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

G3 Fisico G3 Psiquico G3 Social G3 Ambiental

%

Dominios

Page 27: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

27

5.DISCUSÃO

Neste estudo, foi constatada a prevalência do sexo masculino (95%),

media de idade de 33 anos e etiologia da amputação mais freqüente por

acidente motociclístico, principalmente no G1 (71,42%), mas também no G2

(66,66%) e G3 (57,16%).

Segundo Santos et al (2008), esse predomínio do envolvimento do

gênero masculino em acidentes de trânsito é atribuído a uma maior exposição

em comparação com o gênero feminino, devido a alta freqüência de condução

de carro, maior número de habilitação e início da condução com menor idade.

Em relação à faixa etária, diversas pesquisas nacionais afirmam que cerca de

70% das vítimas de acidente de trânsito têm idades entre 10 e 39 anos, por

conseguinte, pertencentes ao grupo de adolescentes e adultos jovens.

As amputações traumáticas acometem principalmente adolescentes e

adultos jovens, os quais estão mais expostos a acidentes por meio de

transportes e acidentes de trabalho (Carvalho 1999).

Na presente pesquisa, foi detectada maior prevalência de dor no coto

em pessoas do G1 (protetizados e inseridos em programa de reabilitação), este

grupo por estar inserido em programa de reabilitação teve maior exposição a

atividades com as próteses. A dor no coto é uma dor que se origina da parte

residual do coto, diferente da dor fantasma, a qual é sentida na parte ausente

do corpo. Geralmente, ela é aguda, do tipo pontada ou pressão que, embora

seja difusa, é localizada na extremidade do coto. A causa mais comum da dor

do coto é originária da prótese, a qual implica em um ajuste inadequado da

mesma (Magee 2005).

A dor quando em situação de deambulação pode ter ocorrido devido a

alta frequência de indivíduos do G1 que estavam com cartucho provisório, o

que implica em um possível ajuste inadequado devido a maturação do coto.

A ocorrência de membro e dor fantasma foi evidenciada em media em

54,4% dos voluntários, com os seguintes relatos: “sensação que tenho o

membro” “sensação de pontadas no membro amputado”.

Segundo Magee (2005), a dor fantasma é descrita como uma sensação

dolorosa sentida na parte ausente do corpo, sendo que 80% dos amputados

Page 28: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

28

sentem dor fantasma algumas vezes durante o processo de cicatrização. A dor

fantasma é relativamente comum, mas ela é imprevisível em termos de fatores

predisponentes, gravidade, freqüência, duração ou característica, agravamento

por estímulos internos ou externos, ou o tipo de dor sentida. Muitos amputados

descrevem a dor como sendo do tipo facada, queimação, pontada, picada,

latejante, câimbra, compressão, “como se alguém estivesse tentando arrancar

minha perna” ou algum tipo de fenômeno elétrico.

No presente estudo poucos indivíduos apresentaram deformidades no

coto de amputação, sendo a porcentagem de indivíduos que apresentaram

deformidade no G1 foi (14,28%), G2 (16,66%) e G3 (14,29%). As deformidades

encontradas foram flexão de joelho em um amputado transtibial, flexão e de

quadril em um desarticulado de joelho e abdução de quadril em um

transfemoral, estes dados podem ser explicados pelo fato que o individuo do

G1 que estava com deformidade foi inserido em um programa de reabilitação

após a ocorrência de deformidade e os outros dois indivíduos não estavam

inseridos em um programa de reabilitação.

O coto é denominado membro residual, sendo considerado um novo

membro responsável pelo controle da prótese durante o ortostatismo e

deambulação. É comum ocorrer algumas complicações após amputação, como

deformidade em flexão, irregularidades ósseas, excesso de partes moles,

cicatrização inadequada, neuromas dolorosos, complicações cutâneas ou

comprometimento vascular, o que pode levar a incapacidade e redução nos

níveis de qualidade de vida. (Pastre, et. al 2006).

Neste estudo, os participantes do G1 apresentaram a maior freqüência

de indivíduos com boa contração isométrica do coto (85,71%), provavelmente

por estarem frequentando programa de reabilitação alem de serem

protetizados, o que também representa melhor evolução.

Segundo Carvalho (1999), a orientação de exercícios de contração

isométrica dos músculos dorsiflexores, extensores de joelho, extensores de

quadril e adutores deve ser dada, respectivamente, aos pacientes amputados

parciais de pé, transtibiais e transfemorais.

Os membros contra-laterais de todos os integrantes da presente

pesquisa apresentavam força e ADM adequadas para deambulação e nenhum

fazia uso de ortese ou apresentava outra amputação.

Page 29: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

29

Segundo Magge 2005, a força, a resistência e a amplitude de movimento

ADM do membro oposto saudável devem ser avaliadas uma vez que um maior

estresse será imposto sobre o mesmo, especialmente no amputado de membro

inferior.

Os níveis de amputação são um fator importante, pois dependendo do

nível pode-se ajudar ou atrapalhar na funcionalidade da prótese, assim

interferindo na qualidade de vida. Nesta pesquisa foram encontrados os níveis:

transtibial, desarticulação de joelho, transfemoral e desarticulação de quadril.

Houve uma prevalência do nível transtibial no G1 (57,14%) e no G2 (50%). O

segundo maior índice de amputação foi o transfemoral no G3 (42,47%). O nível

transtibial foi o mais frequente no G1 e G2 pelo fato que a etiologia mais

frequente ser o acidente motociclistico e a média de idade que é de 33 anos.

Segundo Pastre et al. (2006) a maior frequência de amputação

transtibial ocorre em adultos jovens que tem uma maior exposição ao trânsito.

Segundo Carvalho (1999), a amputação transtibial é uma amputação

realizada entre a desarticulação tibiotársica e a de joelho, já a amputação

transfemoral refere-se a toda amputação realizada entre a desarticulação de

joelho e a de quadril.

O nível pode interferir na qualidade de vida, por exemplo, em uma

amputação transtibial foi feita em uma região muito distal da tíbia, pois com

isso o coxim certamente ficará escasso por ser uma região com muito pouco

tecido muscular e o aporte sanguíneo pode ser ineficiente o que pode levar a

ulcerações. O espaço entre o coto e o solo é diminuído dificultando uma boa

protetização.

Outro exemplo que podemos citar na própria amputação transtibial é o

inverso, quando é realizada uma amputação muito proximal, o que também não

possibilita uma boa protetização, pois no intuito de salvar o joelho o coto ficar

muito curto, diminuindo o apoio do cartucho da prótese que assim dificultando

sua fixação e diminuindo o braço de alavanca para movimentação e controle

sobre a prótese.

A situação do coxim é outro fator muito importante para uma boa

protetização. Na presente pesquisa o G2 foi o grupo com maior índice de

coxins firmes chegando a 66,6% dos indivíduos, dado positivo para uma boa

protetização. Coxins escassos ou volumosos podem prejudicar em uma boa

Page 30: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

30

protetização, o G3 obteve 42,85% de indivíduos com coxim escasso e o G1

obteve 45,85% de indivíduos com coxim volumoso por processo de mioplastia

inadequada.

Segundo Carvalho (1999), o coxim é o resultado de mioplastia, na qual

os músculos antagonistas serão fixados aos agonistas, e também a miodese,

em que a musculatura será reinserida em um ponto ósseo. Um coto escasso

seria quando os tecidos subcutâneos e musculares da região resultam em um

coxim não satisfatório, que não protegem corretamente a região óssea distal; já

um coxim volumoso por mioplastia incorreta é quando tecidos subcutâneos e

musculares estão em excesso no coto de amputação.

Os resultados do presente estudo, em relação à qualidade de vida,

considerando todos os participantes e também os grupos 1, 2 e 3

separadamente, evidenciaram que os domínios meio ambiente e saúde física

obtiveram os scores mais baixos; 61% e 72%, respectivamente. Isso pode ter

ocorrido, devido à relação direta da amputação com as limitações físicas e

conseqüentemente às dificuldades em lidar com o meio ambiente. O domínio

saúde física, engloba questões referentes à capacidade para o trabalho,

atividades da vida cotidiana e mobilidade, que foram os aspectos e com maior

comprometimento neste estudo.

Segundo Dornelas (2010), fatores negativos para o baixo retorno de

amputados ao trabalho, conhecidos pelos centros de reabilitação, são os

atrasos no encaminhamento e na inclusão do amputado em programas de

reabilitação e dificuldades socioeconômicas. Pacientes admitidos

precocemente para reabilitação tendem a retornar ao trabalho em menor

intervalo de tempo.

Segundo Diogo (2003) a visão da sociedade a respeito uma pessoa

portadora de deficiência muda drasticamente, quando esta apresenta um bom

nível de independência na realização de suas atividades de vida diária. O

individuo mostrando-se independente poderá apresentar potencial para exercer

seu papel social e produtivo diante da sociedade, deixando de representar um

peso social e financeiro. Dessa forma não é difícil imaginar as relações

psicológicas e de comportamento desses indivíduos, pois alem de ter que

aprender a aceitar sua nova condição de vida, tem que lidar com a aceitação

por parte da sociedade.

Page 31: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

31

Conseqüentemente, no domínio meio ambiente os participantes

declararam maior prejuízo nos aspectos financeiro, acesso aos serviços de

saúde e acesso a atividades de lazer.

“Art. 7° - As pessoas deficientes têm o direito ao tratamento médico,

psicológico e funcional, inclusive aparelhos protéticos e ortóticos, à reabilitação

física, à reabilitação social, à educação, ao treinamento e a reabilitação

profissionais, à assistência, ao aconselhamento, aos serviços de colocação e a

outros serviços que lhe possibilitarão desenvolver suas capacidades e

habilidades ao máximo e acelerarão o processo de sua integração ou

reintegração social.” (ONU, Declaração dos direitos das pessoas deficientes,

1975).

Cidadão é o individuo que possui obrigações e direitos perante a

sociedade da qual é parte integrante e dela participa. Possui como principais

direitos o acesso à moradia, à saúde, à educação, ao trabalho, ao lazer e a

circulação (BRASIL ACESSÍVEL).

Os domínios mais bem pontuados considerando todos os participantes

foram o Social, seguido do Psíquico. Entretanto, nos grupos 1 e 2 o domínio

com maior pontuação foi o Psíquico e apenas no G3 o Social. Isso pode ser

explicado pelo fato dos grupos 1 e 2, que são grupos protetizados,

apresentarem maior probabilidade terem auto estima elevada, aceitação da

imagem corporal e aparência, diminuição dos sentimentos negativos. E no G3

melhores aspectos como relações pessoais (amigos, parentes,conhecidos,

colegas) e apoio social.

Acredita-se que a prótese torne possível a realização de qualquer

atividade, melhorando a auto estima e, portanto, minimizando os efeitos

negativos (físicos e psicológicos) resultantes da amputação (Chini, 2005).

Segundo Ramacciotti et. al., (2002), a aceitação da amputação sofrida e

um processo complexo tanto para o paciente quanto para a família, devendo,

sempre que possível, o suporte psicológico anteceder a fase de cirúrgica da

amputação, ocorrer durante a fase de preparo para a protetização e manter-se

na reabilitação até a reintegração social e laboral do paciente.

Page 32: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

32

6.CONCLUSÃO

Com a realização deste trabalho de pesquisa, foi possível concluir:

Considerando todos os participantes, o domínio de qualidade com

pontuação mais baixa foi o de saúde ambiental seguido do físico.

Considerando todos os participantes o domínio de qualidade de vida

com maior pontuação foi o social seguido do psíquico.

Houve predomínio do gênero masculino (95% ao total); idade média de

33 anos; etiologia da amputação de acidente motociclistico; nível de amputação

transtibial; tipo de coxim firme; tempo de pré protetização menor que 12 meses;

membro contra lateral com força e ADM adequadas para deambulação e

ninguém fazia uso de órtese ou era amputado de qualquer outra parte do

corpo.

O G1 (protetizados e inserido em programa de reabilitação) apresentou

maior score para o domínio psíquico seguido do social e mais baixo do domínio

ambiental seguido do físico; maior índice de dor no coto, de boa contração

isométrica, de etiologia por acidente motociclistico e de nível transtibial.

O G2 (protetizados não inseridos em programa de reabilitação)

apresentou maior score para o domínio psíquico seguido do social e mais baixo

do domínio ambiental seguido do físico; obteve o maior índice de coxins firmes.

O G3 (amputados não protetizados) apresentou maior score para o

domínio social seguido do psíquico e mais baixo do domínio ambiental seguido

do físico; Nível de amputação transfemoral e coxins escassos.

Page 33: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

33

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL ACESSÍVEL, Programa brasileiro de acessibilidade urbana. Pag. 39. www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/transporte-e-mobilidade/arquivos/Brasil CARVALHO, J. A. Amputações de Membros Inferiores. 2ª edição, São Paulo: Manole, 2003. CARVALHO, J. A. Amputações de Membros Inferiores. 1ª edição, São Paulo: Manole, 1999. CHINI G. C. O. BOEMER M. R. A Amputação na Percepção de quem a Vivencia: Um

Estudo sob a Ótica Fenomenológica, 2007.

CLAPIS MJ. Qualidade de Vida de mulheres com câncer de mama: uma

perspectiva de gênero [dissertação]. Ribeirão preto, Universidade de São

Paulo; 1996.

DIOGO MJD. Satisfação global com a vida e determinados domínios entre idosos

amputados de membro inferior. Revista Panamericana de Salud Publica. n.6, vol. 13.

Washington June 2003.

DORNELAS L.F. Uso da prótese e retorno ao trabalho em amputados por acidentes de

transporte. Acta Ortop Bras. [periódico na internet]. 2010; 18(4); 204-6. Disponivel em

URL: http://www.scielo.br/aob

FLECK MPA, LOUZADA S, XAVIER M, CHACHAMOVICH E, VIEIRA G, SANTOS L, et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliaçãoda qualidade de vida “WHOQOL-Bref”. Rev Saúde Pública 2000; 34:178-83. LIMA K. B. B., CHAMLIAN T. R., MASIERO D. Dor fantasma em amputados de membro inferior como fator preditivo de aquisição de marcha com prótese, 2006. MAGEE J. DAVID, Ph.D, B.P.T. Avaliação Musculoesquelética. 4° edição, São Paulo: Manole, 2005. PASTRE C.M., SALIONI J.F., OLIVEIRA B.A.F., MICHELETTO M, NETTO J.J. Fisioterapia e amputação transtibial, 2005 REMACCIOTTI, O; LUCCIA N. de; FREITAS, M. A. da S. Amputação de membros

inferiores. In: MAFFEI, F. H. A. et al. Doenças vasculares periféricas. 3° ed., Medsi,

2002, v.2, cap.74, p.943-65.

Page 34: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

34

RESENDE M. C., CUNHA C. P. B, SILVA A.P., SOUZA S.J. Rede de relações e satisfação com a vida em pessoas com amputação de membros, 2007 RYBARCZYK, B.D.; SZYMANSKI, L. e NICHOLAS,J.J. (2000) Limb amputations, Handbook of rehabilitation psychology. American Psychological Association., 2000.

SANTOS, A.M.R; MOURA, M.E.B; NUNES, B.M.V.T; LEAL, C.F.S; TELES, J.B.M. Perfil das vítimas de trauma por acidente de moto atendidas em um serviço público de emergência, 2008.

SOUZA, A.I.C.A. A experiência vivida da pessoa com a amputação atravéz do corpo – influencia da pratica de actividade física, 2009 The WHOQOL Group. The development of the World Health Organization quality of

life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W, editors. Quality of

life assessment: international perspectives. Heidelberg: Springer- Verlag; 1994. p. 41-

60.

Page 35: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

35

ANEXOS Anexo I

ROTEIRO DE ANAMNESE E AVALIAÇÃO

_________________, ____ de ____________ de 2010.

I) IDENTIFICAÇÃO

Nome: __________________________________________Sexo: M ( ) F ( )

Endereço:

______________________________________________________________

Data de nascimento: / /

II) DADOS DA AMPUTAÇÃO

Etiologia da amputação: _________________________________

Data da amputação: / /

Nível de amputação: ____________________________________

Data de protetização: / /

III) CONDIÇÕES ATUAIS

Em que situação encontra-se atualmente:

( ) Amputado não protetizado.

( ) Amputado protetizado, mas não inserido em programa de

reabilitação.

( ) Amputado protetizado e inserido em programa de reabilitação.

Qual a situação do coxim:

Coxim Firme ( )

Coxim Escasso ( )

Coxim Volumoso (por edema) ( )

Coxim Volumoso (por mioplastia/miodese inadequada) ( )

Tem força de contração isométrica? Sim ( ) Não ( )

Tem alguma deformidade? Sim ( ) Não ( )

Page 36: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

36

Caso positivo, qual é a deformidade? R.

________________________________________

Sente dor no coto? Sim ( ) Não ( )

Caso positivo, por que e em qual situação? R.

___________________________________

Sente o membro ou dor fantasma? Sim ( ) Não ( )

Caso positivo, qual a

sensação:_______________________________________________

Qual a situação do membro contra lateral?

Força e ADM adequadas para deambulação: Sim ( ) Não ( )

Faz uso de órtese: Sim ( ) Não ( )

Amputado: Sim ( ) Não ( )

Page 37: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

37

Anexo II

WHOQOL - ABREVIADO

Versão em Português

PROGRAMA DE SAÚDE MENTAL

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

GENEBRA

Coordenação do GRUPO WHOQOL no Brasil

Dr. Marcelo Pio de Almeida Fleck

Professor Adjunto

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Porto Alegre – RS - Brasil

Instruções

Este questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde

e outras áreas de sua vida. Por favor, responda a todas as questões . Se você não tem certeza

sobre que resposta dar em uma questão, por favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece

mais apropriada. Esta, muitas vezes, poderá ser sua primeira escolha.

Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós

estamos perguntando o que você acha de sua vida, tomando como referência as duas últimas

semanas

. Por exemplo, pensando nas últimas duas semanas, uma questão poderia ser:

nada Muito

pouco médio muito completamente

Você recebe dos outros o apoio de

que necessita? 1 2 3 4 5

Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o apoio

de que necessita nestas últimas duas semanas. Portanto, você deve circular o número 4 se você

recebeu "muito" apoio como abaixo.

Page 38: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

38

nada Muito

pouco médio muito completamente

Você recebe dos outros o apoio de

que necessita? 1 2 3 4 5

Você deve circular o número 1 se você não recebeu "nada" de apoio.

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a

melhor resposta.

muito

ruim ruim nem ruim

nem boa boa muito

boa

1 Como você avaliaria sua qualidade

de vida? 1 2 3 4 5

muito

insatis-

feito

Insatis-

feito nem satisfeito nem

insatisfeito

satisfeit

o Muito

satisfeito

2 Quão satisfeito(a) você está com

a sua saúde? 1 2 3 4 5

As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas

semanas.

nada muito

pouco mais ou

menos Bastan-

te Extrema-

mente

3 Em que medida você acha que sua

dor (física) impede você de fazer o que

você precisa

1 2 3 4 5

4 O quanto você precisa de algum

tratamento médico para levar sua

vida diária?

1 2 3 4 5

Page 39: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

39

5 O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5

6 Em que medida você acha que a

sua vida tem sentido? 1 2 3 4 5

7 O quanto você consegue se

concentrar? 1 2 3 4 5

8 Quão seguro(a) você se sente em

sua vida diária? 1 2 3 4 5

9 Quão saudável é o seu ambiente

físico (clima, barulho, poluição,

atrativos)?

1 2 3 4 5

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de

fazer certas coisas nestas últimas duas semanas.

nada muito

pouco médio muito completament

e

10 Você tem energia suficiente para

seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5

11 Você é capaz de aceitar sua

aparência física? 1 2 3 4 5

12 Você tem dinheiro suficiente para

satisfazer suas necessidades? 1 2 3 4 5

13 Quão disponíveis para você estão

as informações que precisa no seu

dia-a-dia?

1 2 3 4 5

14 Em que medida você tem

oportunidades de atividade de

lazer?

1 2 3 4

Page 40: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

40

As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de

vários aspectos de sua vida nas últimas duas semanas.

muito

ruim ruim nem ruim

nem bom bom muito

bom

15 Quão bem você é capaz de se

locomover? 1 2 3 4 5

muito

insatis-

feito

Insatisfei-

to nem satisfeito nem

insatisfeito

Satisfei-

to muito

satisfeito

16 Quão satisfeito(a) você está

com o seu sono?

1 2 3 4 5

17 Quão satisfeito(a) você está

com sua capacidade de desempenhar as

atividades do seu dia-a-dia?

1 2 3 4 5

18 Quão satisfeito(a) você está

com sua capacidade para o trabalho?

1 2 3 4 5

19 Quão satisfeito(a) você está

consigo mesmo?

1 2 3 4 5

20 Quão satisfeito(a) você está

com suas relações pessoais (amigos,

parentes, conhecidos, colegas)?

1 2 3 4 5

21 Quão satisfeito(a) você está

com sua vida sexual? 1 2 3 4 5

21 Quão satisfeito(a) você está 1 2 3 4 5

Page 41: Cópia de Trabalho completo com nunero de pag.lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2231.pdf · está relacionado a terror, derrota e mutilação, trazendo, de forma implícita,

41

com o apoio que você recebe de

seus amigos?

23 Quão satisfeito(a) você está

com as condições do local onde mora?

1 2 3 4 5

24 Quão satisfeito(a) você está

com o seu acesso aos serviços de saúde?

1 2 3 4 5

25 Quão satisfeito(a) você está

com o seu meio de transporte?

1 2 3 4 5

As questões seguintes referem-se a com que freqüência você sentiu ou experimentou certas

coisas nas

últimas duas semanas.

nunca algumas

vezes freqüentemen

te muito freqüente-

mente

sempre

26 Com que freqüência você tem

sentimentos negativos tais

como mau humor, desespero, ansiedade, depressão?

1 2 3 4 5

Alguém lhe ajudou a preencher este questionário?..................................................................

Quanto tempo você levou para preencher este questionário?..................................................

Você tem algum comentário sobre o questionário?

OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO