CRENÇA OPINIÃO RACIOCÍNIO · Prof. Welington Fernandes de Lima O Apriorismo Segunda tentativa de...

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Platão CRENÇA OPINIÃO RACIOCÍNIO INTUIÇÃO INTELECTUAL Prof. Welington Fernandes de Lima

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Platão

CRENÇA

OPINIÃO

RACIOCÍNIO

INTUIÇÃO INTELECTUAL

Prof. Welington Fernandes de Lima

Principais filósofos da teoria do conhecimento:

René Descartes John Locke Immanuel Kant

Prof. Welington Fernandes de Lima

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O Apriorismo

Segunda tentativa de mediação entre o racionalismo e o empirismo.

O conhecimento apresenta elementos a priori, independentes da

experiência.

O fator a priori recebe o seu conteúdo do pensamento, da razão.

“Os conceitos sem as intuições são vazios, as intuições sem s

conhecimentos são cegas.” (HESSEN, 1925, pg78)

Pensamento espontâneo e ativo.

Kant – a matéria do conhecimento procede da experiência e a forma

procede do pensamento.

Intelectualismo – empirismo

Apriorismo – racionalismo

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O Dogmatismo

Dogmatismo – doutrina fixada

Onde não existe ainda o problema do conhecimento.

O dogmatismo crê que os objetos do conhecimento nos são

dados absolutamente e não meramente por obra da função

intermediária do conhecimento.

Teórico

Ético

Religioso

Dogm

atism

o Conhecimento teórico

Conhecimento de valores (moral)

Conhecimento de valores (religioso)

“O dogmatismo é o proceder dogmático da razão pura, sem a

crítica do seu próprio poder.” (HESSEN, 1925, pg 39)

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O Cepticismo

Cepticismo – enganar, examinar.

Como o sujeito não pode apreender o objeto, não devemos

formular qualquer juízo.

“O cepticismo não vê o objeto. A sua atenção fixa-se tão

exclusivamente no sujeito, na função do conhecimento, que

ignora completamente a significação do objeto.” (HESSEN,

1925, pg 40)

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O Cepticismo

O cepticismo anula a si próprio. Afirma que o conhecimento é

impossível, mas com isto exprime um conhecimento.

O cepticismo apresenta-se como antípoda do dogmatismo.

Antigo

Acadêmico

Intermediário

Cepticis

mo

Não há conhecimento! (Pirrón)

Abstenção de todo juízo

Posterior

É impossível um saber rigoroso,

apenas probabilidades

Sustenta a probabilidade de

chegar a uma opinião provável

Segue modelo Pirrónico

A QUESTÃO DO INATISMO

Percebemos que o princípio do racionalismo é a

teoria do inatismo, ou seja, a crença de que, ao

nascermos, já trazemos conosco algumas ideias. Por

outro lado, o empirismo fundamenta-se na crença

de que nossa mente nasce vazia e somente no

contato com o mundo, por meio dos nossos

sentidos, é que iremos construir as ideias.

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FILOSOFIA MORAL: Estabelece uma reflexão acerca dos valores.:

* CERTO e ERRADO

* JUSTO e INJUSTO

* MORAL e IMORAL

Quem define o VALOR MORAL

dos nossos ATOS?

NATURAL

SENSO COMUM

IGREJA

FAMÍLIA

VALOR

= SENTIMENTO

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Natural: O termo natural ou

por natureza designa que algo é

determinado, e que não se altera

por fruto do hábito

Senso Comum: É um

saber que nasce da experiência

cotidiana, da vida que os homens

levam em sociedade. A opinião da

coletividade

Religião: os preceitos éticos e

morais não são determinados pela

religiosidade, mas ela influência da

construção dos valores sociais

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Ética: Ética vem do grego ethos, que tem o mesmo significado de "costume".

A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a

respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão

pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de homem

que se toma como ponto de partida.

JUÍZO de FATO: “Está

chovendo”. Juízos de fato são aqueles

que dizem o que as coisas são, como

são e por que são.

JUÍZO de VALOR: avalia as

coisas, pessoas, ações, experiências,

acontecimentos, sentimentos, estados

de espírito, intenções e decisões

como bons ou maus, desejáveis ou

indesejáveis. Os juízos éticos de valor

são também normativos, isto é,

enunciam normas que determinam o

dever ser de nossos sentimentos,

nossos atos, nossos comportamentos.

São juízos que enunciam obrigações

e avaliam intenções e ações segundo

o critério do correto e do incorreto.

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Período Medieval

-HOMEM: Naturalmente PECADOR (Imoral)

-Confissão

-Pagamento de Indulgências

-Conduta Ascética (Mortificação do Corpo)

- Virtudes teologais: fé, esperança, caridade;

- Virtudes cardeais: coragem, justiça, temperança, prudência;

- Pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho.

-Teocêntrismo: Ética Teológica

-Deus: Supremo BEM (MAL afastar-

se de Deus)

TEORIA DOS ANJOS CAÍDOS

TEORIA DO PECADO ORIGINAL

A arquitetura de uma época aponta não só para um determinado estilo

artístico, mas também pode indicar traços da vida moral e política de um grupo

humano. As torres das igrejas góticas, por exemplo (figura da questão anterior

– Catedral Gótica), mostram a verticalidade na relação entre Deus e o homem,

o céu e a terra, o superior e o inferior, característica básica da cultura

medieval.

A respeito da concepção de moralidade no período medieval, pode-se

afirmar que

I. a conduta humana deve se pautar pelas regras derivadas da natureza.

II. a imoralidade está relacionada com a desobediência às leis divinas

reveladas.

III. a razão humana ocupa o lugar central na vida ética.

IV. a ética se preocupa, principalmente, com a autonomia moral do indivíduo.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas II e IV.

e) apenas III e IV.

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Fonte: (UFSM)

I- Resulta da pratica do dever.

II- Esta radicado na vontade humana.

III- Decorre do conhecimento das virtudes.

IV- É transmitido por hereditariedade.

V- Independe das livres decisões humanas

individuais.

Estão Corretas

a) I e II apenas

b) II e III apenas

c) III e IV apenas

d) IV e V apenas

e) I, II, III, IV e V

O quadro de Leonardo Da Vinci, A Virgem dos Rochedos, foi sugerido como

revelador de um enigma no recente Best seller de Dan Brown, O Código da Vinci.

Esse livro sustenta a tese polêmica de que o bem entra no mundo e se transmite

como resultado da relação entre humano (a virgem Maria) e o divino (anjo). A

continuidade do bem estaria assegurada pelos descendentes do casal formado por

Jesus (divino) e Maria Madalena(humana), daí se originando uma linhagem,

estirpe ou família do bem. Tal construção narrativa, ao inverter o Mito dos Anjos

Caídos, que explica a origem do mal no mundo, traz a implicação ética de que o

bem

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Fonte: (UFSM)

Período Moderno

Contexto: Renascimento / Iluminismo

- Advento da RAZÃO

- Antropocêntrico

MOTIVO + ATO = CONSEQUÊNCIA

DEONTOLÓGICA CONSEQUENCIALISMO

UTILITARISTA – PRAGMATISMO – HEDONISMOKANT

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Pragmatismo: doutrina segundo a qual as ideias são

instrumentos de ação, que só valem se produzem efeitos

práticos.

Utilitarismo: Corrente filosófica surgida no século

XVIII, na Inglaterra, que afirma a utilidade como o valor

máximo no qual a elaboração de uma ética deve

fundamentar-se. O utilitarismo baseia-se na compreensão

empírica de que os homens regulam suas ações de acordo

com o prazer e a dor, perpetuamente tentando alcançar o

primeiro e escapar à segunda.

Hedonismo: É a tendência a buscar o prazer imediato,

individual, como única e possível forma de vida moral, evitando

tudo o que possa ser desagradável. O contrário do Hedonismo é a

Anedonia, que é a perda da capacidade de sentir prazer, próprio

dos estados gravemente depressivos. Hedonismo vem do grego

hedoné, que significa prazer. Doutrina que considera que o prazer

individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida

moral.

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Immanuel KantTeórico Alemão de fundamental importância – Sec. XVIII

“Se somos racionais e livres, por que valores,

fins e leis morais não são espontâneos em nós,

mas precisam assumir a forma do dever?”

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Immanuel Kant

Responde Kant: porque não somos seres morais apenas. Também somos

seres naturais, submetidos à causalidade necessária da Natureza. Nosso corpo e

nossa psique são feitos de apetites, impulsos, desejos e paixões. Nossos

sentimentos, nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza

em nós, exercendo domínio sobre nós, submetendo-se à causalidade natural

inexorável.

Conceitos Fundamentais:

- DEVER: afirma Kant, o dever não se apresenta através de um

conjunto de conteúdos fixos, que definiriam a essência de cada virtude e

diriam que atos deveriam ser praticados e evitados em cada circunstância

de nossas vidas. O dever não é um catálogo de virtudes nem uma lista de

“faça isto” e “não faça aquilo”. O dever é uma forma que deve valer para

toda e qualquer ação moral.

Por isso, o dever é um imperativo categórico. Ordena

incondicionalmente. Não é uma motivação psicológica, mas a lei moral interior.

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Imperativo Categórico: Age em

conformidade apenas com a máxima que

possas querer que se torne uma lei

universal .

Ética

Deontológica

Age como se a máxima de tua ação devesse servir de

lei universal para todos os seres racionais. A máxima

afirma a universalidade da conduta ética, isto é, aquilo

que todo e qualquer ser humano racional deve fazer

como se fosse uma lei inquestionável, válida para

todos e em todo tempo e lugar. A ação por DEVER é

uma lei moral para o agente.

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A ética normativa de Kant propõe, como fundamento ultimo, o imperativo

categórico que afirma, numa das suas formulações: “ procede apenas

segundo aquela máxima, em virtude da qual podes querer ao mesmo tempo

que ela se torne em lei universal”

O imperativo pretende garantir:

I- a moralidade do agir

II- a autonomia do agir

III- a heteronomia do agir

Esta(ao) correta(s) a(s) alternativa(s)

a) apenas I

b) apenas II

c) apenas III

d) apenas I e II

e) apenas I e III

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Uma ação praticada por dever deve ter o seu valor moral, não no propósito que

com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende portanto

da realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do querer segundo o

qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada.

Fonte: (Kant. Fundamentação da metafísica dos costumes. Coleção Os Pensadores.)

De acordo com essa passagem, pode-se concluir que o valor da ação moral em

Kant é determinado

A)pelos objetos que orientam a faculdade de desejar.

B)por sua subordinação ao princípio do querer em geral.

C)pela validade objetiva dos objetos.

D)por sua subordinação à vontade subjetivamente determinada.

E)por sua conformidade ao dever.

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Período Contemporâneo

-Ética Existencial

-Bioética: CIÊNCIA x ÉTICA

A Ética é instrumento REGULADOR

do avanço científico.

Necessidade é o termo empregado

para referir-se ao todo da realidade, existente

em si e por si, que age sem nós e nos insere

em sua rede de causas e efeitos, condições e

consequências.

Determinismo é o termo empregado, a

partir do século XIX, para referir-se à realidade

conhecida e controlada pela ciência e, no caso

da ética, particularmente ao ser humano como

objeto das ciências naturais (química e biologia)

e das ciências humanas (sociologia e

psicologia), portanto, como completamente

determinado pelas leis e causas que

condicionam seus pensamentos, sentimentos e

ações, tornando a liberdade ilusória.

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Ética da Razão Comunicativa se baseia em três regras básicas:

Regra da Inclusão"Todo e qualquer sujeito capaz de agir e falar pode participar de discursos."

Regra da Participação"Todo e qualquer participante de um discurso pode problematizar qualquer

afirmação, introduzir novas afirmações, exprimir suas necessidades, desejos e convicções."

Regra da Comunicação Livre de Violência e Coação"Nenhum interlocutor pode ser impedido, por forças internas ou externas ao

discurso, de fazer uso pleno de seus direitos, assegurados nas duas regras anteriores."

Razão Comunicativa = Razão Reflexiva

Ética Comunicativa

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DESCARTES: reconhece o corpo humano como a mais perfeita das

máquinas; trabalha por impulsos naturais, - o que é hoje chamado reflexos

condicionados -, mas os efeitos destes instintos automáticos e desejos podem ser

controlados ou modificados pela mente, pelo poder da vontade racional. A higiene

do corpo é importante, mas há igualmente a necessidade de uma higiene mental, a

qual é baseada no conhecimento verdadeiro dos fatores psicológicos que

condicionam o comportamento. A mente necessita do treinamento do "bom senso"

e a aquisição de sabedoria, o que por sua vez depende do conhecimento das

verdades da metafísica a qual, a metafísica, por seu turno, inclui o conhecimento

de Deus. Descartes assim conclui que a atividade moral está baseada no

conhecimento verdadeiro dos valores, ou seja, em ideias claras e distintas

garantidas por Deus, do valor relativo das coisas.

Pensadores e a Ética

HOBBES: A vontade obedece à razão, segundo o racionalismo clássico. Porém, para

Hobbes, A ÉTICA é apenas apetite. Um determinismo mecanicista regeria não só os

movimentos do universo como também a atividade psicológica do homem. O livre arbítrio

não passaria de ilusão: seria apenas uma expressão destinada a ocultar a ignorância das

verdadeiras causas das decisões humanas. Porém, qualquer que seja seu fundamento, a

contenção interna implica uma ética. No nível das relações morais, é preciso que cada um -

segundo Hobbes - "não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a si"; é preciso

evitar a in gratidão, os insultos, o orgulho, enfim, tudo o que prejudique a concórdia .

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O princípio Apolíneo (do deus Apolo), simboliza a serenidade, claridade,

medida, racionalidade. Corresponde à imagem tradicional da Grécia Clássica e que

aparece frequentemente associada às figuras de Sócrates e Platão.

O Dionisíaco (do deus Dioniso), simboliza as forças impulsivas, o excesso

transbordante, o erotismo, a orgia, a afirmação da vida e dos seus impulsos

(força, vontade).

Numa das suas primeiras obras, Origem da

Tragédia (1871), Nietzsche distingue na cultura

Grega dois princípios fundamentais, e que irão

servir de matriz para analisar a cultura

Europeia: o Apolíneo e Dionisíaco.

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F. Nietzsche (1844-1900)

Super-homem: Nietzsche, como dissemos, opõem-se a todas as ideias igualitaristas,

humanitaristas e democráticas. De acordo com o seu pensamento as mesmas aprisionam o

Homem, não o libertam. O seu modelo de Homem está nos príncipes do Renascimento: valente,

hábil, sem moral (acima do Bem e do Mal), apenas se guiando pela sua vontade de poder, a sua

energia vital. O super-homem é aquele que aceita a vida como ela é: incerta, conflituosa e sem

ilusões. Ele aceita as forças cósmicas incertas e contraditórias que os outros negam e temem

Moral de Senhores e Moral de EscravosA libertação do homem exige um combate sem tréguas contra a moral dos escravos. Em primeiro

lugar critica a moral socrática, que subordina tudo à razão. A seguir condena a religião e a moral cristã que

enaltece os fracos, apela à compaixão e à resignação dos homens, promete recompensas num mundo no além

que não existe, estimulando a inveja pelos poderosos. Condena igualmente a moral do dever de Kant, e a ética

utilitarista.Nesta crítica Nietzsche realiza uma minuciosa análise linguística, histórica e psicológica dos

conceitos e das práticas que suportam estas concepções morais.

A moral dos senhores, a do Super-homem, valoriza a força, a irrupção dos impulsos vitais, a

vontade de poder. Nietzsche chega inclusive a valorizar a guerra, pois durante esta criam-se especiais

oportunidades para a manifestação de virtudes nobres, como a valentia ou a generosidade dos guerreiros.

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