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Crise Econômica 2008

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Crise Econômica 2008

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Fundamentos e desdobramentos da crise econômica mundial

Desequilíbrio na Economia EUA

Fundamentos da Crise em 15 etapas:

1) A partir de 2001, o mercado imobiliário dos Estados Unidos passou por uma fase de

expansão acelerada.

2) Com a ajuda do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), que passou a reduzir

a taxa de juros, a demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores.

3) Ao mesmo tempo, com os juros baixos, cresceu o número de pessoas que hipotecavam

seus imóveis, a fim de usar o dinheiro da hipoteca para pagar dívidas ou consumir.

4) Em meio à febre de comprar imóveis ou hipotecá-los, as companhias hipotecárias

passaram a atender clientes do segmento subprime (de baixa renda, às vezes com histórico

de inadimplência). Contudo, como o risco de inadimplência desse setor é maior, os juros

cobrados também eram maiores.

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5) Diante da promessa de retornos altos aos empréstimos, os bancos compravam esses títulos subprime das

companhias hipotecárias e liberavam novas quantias de dinheiro, antes de o primeiro empréstimo ser pago.

6) Ao mesmo tempo, esses títulos lastreados em hipotecas eram vendidos a outros investidores, que, por sua

vez, também emitiam seus próprios títulos, igualmente lastreados nos subprime, passando-os, a seguir, para

frente.

7) Todos se esqueceram, no entanto, de que se o primeiro tomador do empréstimo não consegue pagar sua

dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento, de tal maneira que todo o mercado passa a ter

medo de continuar emprestando dinheiro ou comprando novos títulos subprime.

8) A partir de 2006, os juros, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram os compradores de imóveis. Como a oferta começou a superar a demanda, o valor dos imóveis passou a cair.

9) Com a subida dos juros, as dívidas ficaram mais caras (e também as prestações das hipotecas), o que aumentou a inadimplência, fazendo com que a oferta de crédito também diminuísse.

10) Sem oferta de crédito, a economia dos EUA se desaqueceu, pois, se há menos dinheiro disponível, compra-se menos, o lucro das empresas diminui e empregos não são gerados.

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11) Preocupado com os pagamentos de créditos subprime nos EUA, o banco BNP Paribas congelou cerca de 2 bilhões de euros de alguns fundos.

12) O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o ciclo de empréstimos sobre empréstimos havia sido congelado. Começaram a surgir os pedidos de concordata.

13) A crise passou a afetar todo o sistema bancário, afinal, as instituições financeiras apostavam nos títulos subprime. Várias instituições se viram à beira da falência. E se descobriu que, com a globalização, o sistema financeiro internacional estava contaminado e sofreria graves consequências.

14) Instalou-se, assim, uma crise de confiança e os bancos pararam de emprestar, congelando a economia, reduzindo o lucro das empresas e provocando desemprego.

15) Muitos países entraram em recessão, e seus respectivos governos têm, desde então, tomado diferentes medidas para aquecer a economia e, ao mesmo tempo, garantir que o sistema financeiro volte a emprestar.

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Desdobramentos da Crise nos EUA

Diminuição das exportações; Importações mais caras;

Juros elevados; Crédito parado; Recessão Econômica; Desemprego

Crise do Neoliberalismo? Um Desdobramento da crise é o abalo da crença dogmática na autoregulação dos mercados ou seja, de que os mercados se corrigem por si próprios, o que se revelou ser falso, quando houve intervenção das autoridades nos mercados financeiros.

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- EUROPA: Impactos da crise americana sobre a zona do Euro

Principais afetados: PIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha)

- Crise Grega:

Dificuldades de sanear as finanças

evasão fiscal + endividamento externo

desconfiança do mercado = elevado risco país

Medidas de austeridade (aumento de imposto + contenção de gastos públicos) = recessão

Greves e manifestações públicas

Queda dos premiês: Berlusconi e Papandreau

Expõe a vulnerabilidade do EURO

Fundo de Resgate/Aumento da liquidez bancária

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A Crise Grega

Elevados gastos públicos/endividamento

A dívida pública grega é de 350 bilhões de euros, o equivalente a 165% do PIB. É a maior relação déficit/PIB entre os países europeus, sendo que o limite de endividamento estabelecido na zona do euro é de 60%.

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Crise Financeira dos EUA de 2008

Crise de Crédito ligada perda de liquidez do sistema bancário tendo sua origem na construção civil (bolha da economia americana)

Crise Europeia

Crise de Crédito liga a perda de liquidez do sistema bancário e o enfraquecimento do EURO tendo como origem o descompasso das contas públicas dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia, e Espanha)!

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Alguns Desdobramentos França

Impacto da crise econômica: plano econômico que prevê corte de 30 bilhões de euros em impostos

Governo François Hollande: Impopularidade, escândalos pessoais

Escócia/Reino Unido (líder escocês primeiro ministro Alex Salmond)

Crise econômica movimenta movimentos separatistas (Catalunha, etc..)

Setembro de 2014 referendo para a independência do reino unido, o primeiro ministro inglês pede a população que vote contra. População rejeitou o separatismo (55,3%)!

Espanha

Separatismo Catalão

Movimento Indignados

Elevado Desemprego e medidas de austeridade

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EUA

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Economia dos EUA cresce 2,4% em 2015

• Em dólares, PIB do país alcançou US$ 17,9 trilhões. No quarto trimestre, crescimento da economia perdeu fôlego.

O resultado veio abaixo da última estimativa do FMI, de 2,6%.

O crescimento no ano passado foi puxado pelo pela maior expansão nos gastos dos consumidores em uma década, com uma alta de 3,1% (só perde para o crescimento de 3,5% em 2005). Houve aceleração também nos gastos residenciais fixos (8,7%) e nos gastos dos governos estaduais e locais (1,4%).

Na contramão, ajudaram a conter a alta do Produto Interno Bruto (PIB) a desaceleração das exportações (1,1%, abaixo da taxa de 3,4% do ano anterior) e a aceleração das importações (alta de 5%), além de uma pequena queda nos gastos do governo federal (-0,3%).

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Sete anos após congelar os juros perto de zero, o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) iniciou um temido e esperado ciclo que pode causar abalos nos mercados globais, e elevou a taxa – no piso histórico desde 2008 – para entre 0,25% e 0,5%.

o efeito positivo da elevação dos juros nos EUA é a confirmação de que a maior economia do mundo se recuperou e a política monetária do país pode normalizar

• Juros negativos existem quando o retorno para investir é menor que o dinheiro aplicado. Com juros perto de zero e alguma inflação, o ganho real é negativo. Isso acontece em economias consideradas extremamente seguras como os EUA (livres de calotes), quando o investidor prefere “perder dinheiro” em troca dessa segurança.

• a volatilidade dos mercados mundiais é possivelmente o efeito mais imediato da decisão do Fed.

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Por que os juros dos EUA estavam próximos a zero?

A taxa básica de juros dos EUA (equivalente à Selic brasileira) vinha sendo mantida no piso histórico desde o final de 2008. Naquele ano, a economia dos EUA passava pela crise mais grave desde 1929, por conta do estouro da bolha imobiliária.

A estratégia do Fed, então, foi incentivar a economia colocando mais dinheiro no mercado. Isso aconteceu diretamente e por meio da redução da taxa de juros para entre 0 e 0,25%.

Esses juros são pagos como recompensa – os chamados yields – a investidores que aplicam seu dinheiro em títulos do Tesouro norte-americano (a dívida do governo). Se os juros são muito baixos, não há incentivo para deixar o dinheiro "parado" nesse tipo de aplicação, o que estimula o consumo e o investimento em produção

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Por que o Fed decidiu subir os juros?

Há alguns meses, o BC dos EUA vem comunicando que a economia norte-americana deu sinais de recuperação, o que justificaria uma elevação das taxas. O crescimento da economia dos EUA foi revisado para um ritmo anual de 1,5% no terceiro trimestre.

O resultado ficou abaixo do trimestre anterior, quando chegou a 3,9%, mas a demanda doméstica sólida continuou a alimentar a expectativa de que o Fed pudesse elevar a taxa em dezembro. Ao longo do ano, também ajudaram o aumento das exportações, dos gastos dos governos locais e estaduais, dos investimentos residenciais e a desaceleração das importações. Os gastos dos consumidores também cresceram e o mercado de trabalho fortaleceu-se.

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Como a decisão do Fed pode afetar a economia global?

O mercado acredita que boa parte do dinheiro investido no mundo pode migrar para os EUA, fazendo com que destinos considerados menos seguros (com maior risco de calote) fiquem mais vulneráveis.

Os EUA estão entre as economias consideradas mais seguras do mundo para investir. Por esse motivo, uma taxa maior que zero, mesmo que baixa, torna esse mercado altamente atrativo. Isso pode "roubar" recursos de países como o Brasil – que recentemente perdeu o selo de bom pagador pela Standard and Poor’s (S&P) – também motivando a valorização do dólar frente a moedas como o real.

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Economistas do Banco Mundial (Bird) acreditam que uma mudança na política econômica pelo Fed pode estimular uma "tempestade" nas economias emergentes, particularmente as mais vulneráveis.

A mudança aconteceria em momento de menor crescimento do comércio mundial, somado à queda dos preços das matérias-primas, que tem castigado vários emergentes, diz o Bird. "Dado que o ajuste foi amplamente antecipado e será feito de forma gradual em um contexto de uma economia americana robusta, espera-se que tenha um impacto benigno nos fluxos de capitais em direção aos países emergentes", argumentou o Bird.

Entretanto, no pior dos casos, prevê, "uma volatilidade dos mercados financeiros durante o ciclo de ajuste pode ser combinada com fragilidades domésticas, em uma tormenta perfeita que pode levar a uma brusca redução nos fluxos de capitais a países mais vulneráveis".

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Europa

• o resultado de 2015 do PIB da Espanha. A economia do país cresceu cresceu 3,2% em 2015, depois de avançar 1,4% em 2014, o que confirma a consolidação da recuperação econômica do país após uma profunda crise, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

• Já a economia da França no ano de 2015 cresceu 1,1%, em linha com a estimativa do governo e o ritmo mais rápido desde 2011, segundo a Reuters. Enquanto isso, a economia da Alemanha cresceu 1,7% em 2015, uma leve melhora ante o ano anterior e a taxa mais forte em quatro anos, de acordo com estimativa preliminar da Agência Federal de Estatísticas.

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A economia da Grã-Bretanha encerrou 2015 com fraqueza depois que o ritmo anual de crescimento atingiu o patamar mais fraco em quase três anos. O PIB do quarto trimestre cresceu 0,5%, informou a Agência Nacional de Estatísticas. Em 2015 como um todo, a economia britânica cresceu 2,2%, contra 2,9% em 2014

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Inflação na Eurozona continua muito baixa

Os preços no consumidor desceram 0,2% em fevereiro, no conjunto da Zona Euro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, confirmando as previsões para uma descida generalizada dos preços.

A inflação na eurozona continua muito fraca, paira mesmo o fantasma da deflação, o que vai contra os objetivos do Banco Central Europeu, que recentemente baixou a taxa diretora para zero por cento.

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Refugiados vão fazer crescer a economia europeia

FMI fez contas ao impacto da chegada massiva de refugiados. Os efeitos são reduzidos, mas globalmente o PIB europeu vai aumentar, sobretudo nos países onde mais estrangeiros procuram asilo.

Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os "Desafios Económicos da Vaga de Refugiados na Europa" afirma que esta até pode ser boa para a Economia. Os técnicos responsáveis pelo trabalho foram ver exemplos do que aconteceu no passado com outras situações de grandes fluxos migratórios e fizeram contas.

Nos anos mais próximos, a vaga de migrantes levará a um "ligeiro aumento do crescimento do PIB, em resultado das despesas do Estado para apoiar os refugiados, bem como da maior oferta de mão-de-obra no mercado de trabalho".

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O FMI admite, no entanto, que o crescimento da riqueza produzida nos países europeus devido aos refugiados é "modesto", rondando os 0,05% em 2015, 0,09% em 2016 e 0,13% em 2017. O ganho será maior nos países que mais abriram as fronteiras: +0,5% do PIB em 2017 na Áustria; +0,4% na Suécia e +0,3% na Alemanha.

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Noticiário Europa

União Europeia aceita afrouxar neste ano sua política de austeridade

Crise de refugiados na Alemanha, despesa militar na França e redução de impostos na Espanha reconfiguram a política fiscal

A Alemanha e os países nórdicos elevarão seu gasto público em 2016 com a chegada de milhares derefugiados. A França aumentará o orçamento em defesa e segurança após os atentados de Paris, e Itália e Espanha acabam de aprovar reduções de impostos. Bruxelas prevê “acomodar” sua política fiscal para permitir esse conjunto de medidas, que em conjunto constituirão o primeiro miniestímulopara a zona do euro desde o início da crise de dívida, em 2010, segundo fontes da União Europeia. Esse tímido incentivo pode ser suficiente para compensar riscos como a instabilidade política e, sobretudo, os problemas da China e dos emergentes.

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União Europeia tenta evitar a saída do Reino Unido em reuniões com David Cameron

O presidente do Conselho admite que “ainda há muito por fazer” para se chegar a um acordo

Os dirigentes da União Europeia (UE) conseguiram realizar apenas “alguns avanços” nas negociações com o Reino Unido para se chegar a um acordo que permita evitar a retirada britânica do bloco econômico. Ainda restam inúmeras e intensas horas de reuniões bilaterais, nesta sexta-feira, para procurar estabelecer um compromisso satisfatório para todos. As intensas conversações entre o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os dirigentes dos outros 27 membros da UE se prolongaram madrugada adentro. O encontro registrou as divergências que ainda persistem quanto às exigências de Londres para conseguir a aprovação dos britânicos no referendo sobre a saída (movimento que tem sido chamado de Brexit) que Cameron deve convocar para junho.

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Grécia continua a ponto de deixar o euro apesar do novo resgate

As receitas do programa europeu complicam o crescimento do país

A negociação do terceiro resgate financeiro para a Grécia abriu a caixa de pandora dos tabus europeus. Os Governos dos países do euro negociam agora o maior resgate financeiro de sua história. E será o terceiro para a Grécia,depois do fracasso dos dois planos anteriores. Mas as bases de negociação mudaram. Se até agora tudo parecia voltado a preservar a integridade da união monetária, agora o abandono temporário do euro se transformou em arma de negociação.

“O abandono da moeda única é possível. No futuro, a irreversibilidade da associação ao euro em tempos de crise será posta em questão”, advertiram os economistas da Goldman Sachs em um informe

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“A ideia de Grexit [saída da Grécia da zona do euro] ganhou legitimidade como forma de remediar o fato de que a dívida da Grécia disparou e a evidência de que necessita de um perdão, um tipo de reestruturação que não é permitida sob o Tratado de Maastricht”, explicou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), o lobby dos maiores bancos privados do mundo, em sua nota semanal aos associados.

O novo programa negociado por Atenas com os demais sócios também não ajuda. “O ajuste fiscal é pronunciado demais se levarmos em conta que a Grécia ainda está presa a uma forte recessão econômica. Esta política possivelmente terá um efeito de contração, e tornará ainda mais difícil alcançar os objetivos fiscais acordados com os credores”

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O Brexit

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• O que é 'Brexit'? 'Brexit' é a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Designa a saída do Reino Unido da União Europeia.

• O termo parece remontar à discussão sobre uma possível saída da Grécia do euro, em 2012 - à época, estava em voga a palavra Grexit.

• No contexto britânico, Brexit pegou e se converteu na palavra mais usada para tratar da discussão.

• A alternativa Bremain (trocadilho com a palavra remain, permanecer) nunca gozou da mesma popularidade.

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• Qual é a pergunta do referendo?

• Os eleitores responderam à seguinte pergunta na cédula eleitoral: "Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?"

• As duas únicas respostas possíveis eram "permanecer" e "sair".

• Inicialmente, o governo britânico queria uma formulação diferente, perguntando aos eleitores se queriam continuar na União Europeia. Mas as autoridades eleitorais consideraram que dessa forma a pergunta poderia induzir respostas pró-UE.

• Tecnicamente, o plebiscito não é vinculante.

• o primeiro-ministro, David Cameron, ficou sobre intensa pressão para implementar a vontade da maioria por isso anunciou a renuncia.

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• Em tese, os parlamentares também poderiam bloquear a saída do bloco, mas analistas consideram que contrariar os eleitores seria um suicídio político para muitos conservadores - que atualmente controlam o Legislativo.

• Por que realizar o plebiscito? Cameron prometeu realizar o plebiscito se vencesse as eleições parlamentares de 2015.

• Foi uma resposta à pressão crescente, inclusive dentro do seu próprio partido, para que o projeto europeu fosse levado a voto popular. Muitos dos chamados eurocéticos argumentam que a UE cresceu demasiadamente nas últimas décadas, exercendo cada vez mais controle sobre a vida cotidiana dos britânicos.

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• As pressões aumentaram com o crescimento eleitoral do partido nacionalista Ukip, que defende a saída da UE.

• Mas as origens da oposição à União Europeia remontam a tensões históricas entre o Reino Unido, que segundo historiadores nunca abraçou uma identidade europeia como Alemanha ou França, e seus vizinhos no continente.

• Entre as novas e velhas tensões, estão, entre outras, a defesa da soberania nacional, o orgulho pela identidade britânica, desconfiança com a burocracia de Bruxelas, o controle de fronteiras e questões de segurança interna e defesa.

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• Qual é a situação do Reino Unido na União Europeia? A União Europeia é uma união econômica e política de 28 países. Suas origens remontam à Comunidade Econômica Europeia (CEE), criada em 1957 por seis países que assinaram o Tratado de Roma.

• O Reino Unido aderiu à CEE em 1973 e, dois anos depois, após renegociar suas condições, realizou um referendo sobre a sua permanência.

• A integração foi aprovada por 67% dos eleitores. Numa época em que o Reino Unido sofria com o declínio industrial, inflação e distúrbios decorrentes de greves trabalhistas, o então premiê Harold Wilson conseguiu vender o projeto europeu como benéfico para a economia do país.

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• Mas quando a área de Schengen, estabelecendo uma fronteira comum, foi criada, em 1985, o Reino Unido optou por manter-se à margem.

• E apesar de integrar desde 1993 o mercado único e a livre circulação de bens e pessoas, o Reino Unido optou por não adotar o euro, mantendo sua própria moeda, a libra esterlina.

• Há anos, o país mantém com a UE uma relação complexa, permeada por temas como centralização versus controle nacional.

• O tema econômico também sempre foi central nessa relação. Um dos argumentos pela separação, aliás, é o de que a economia britânica de hoje é muito mais criativa e dinâmica que a dos anos 1970 e que estas duas características são prejudicadas pela burocracia de Bruxelas.

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• No início deste ano, o premiê David Cameron renegociou "condições especiais" para o Reino Unido dentro da união.

• Entre outros privilégios, o país recebeu garantias de que não será discriminado por não integrar a zona do euro, obteve proteções para a City londrina - o mercado financeiro mais importante da Europa - frente a regulações financeiras do bloco, e ganhou o direito de limitar os benefícios que imigrantes europeus podem pedir no país.

• David Cameron sustenta que as novas condições permitirão ao Reino Unido ficar na União Europeia dentro dos seus próprios termos. Mas os críticos afirmam que as condições ficaram aquém das expectativas, e que só a saída total da União Europeia permitirá aos britânicos ditar suas próprias regras.

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• http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2016/brexit/

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• Quem defende a permanência na UE? David Cameron concordou com a realização do plebiscito, mas sua posição é favorável à permanência do país no bloco comum. Por outro lado, ele permitiu que integrantes do seu gabinete adotassem sua própria posição política - cinco se declararam a favor da saída.

• Os partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês (SNP), e o galês Plaid Dymru também se dizem a favor da permanência na UE.

• Entre os líderes estrangeiros, o presidente Barack Obama atraiu acusações de ingerência ao defender a permanência do Reino Unido na UE. França e Alemanha, assim como organizações multilaterais - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - também preferem que os britânicos permaneçam no bloco.

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• Quem defende a saída da UE? Os defensores mais vocais da saída são os membros do partido nacionalista Ukip, em especial seu líder, Nigel Farage. Nas últimas eleições, o Ukip obteve 13% dos votos, embora sua representação no Parlamento seja ínfima devido ao sistema eleitoral britânico.

• Cerca de metade dos parlamentares conservadores também se posicionaram contra a UE, contrariando a vontade de David Cameron.

• Alguns parlamentares trabalhistas também apoiam a saída, ecoando críticas de algumas vozes da esquerda descontentes com as políticas de austeridade e liberalismo econômico promovidas pelo bloco.

• O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, também já expressou a opinião de que o Reino Unido estará melhor fora da UE, e lamentou os efeitos da imigração na Europa.

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• Que consequências teria a Brexit para o Reino Unido? O mercado único, sem impostos nem tarifas comerciais, é o grande pilar da economia europeia. No coração dele, está o movimento de bens, pessoas e capitais.

• Embora seja possível integrar o mercado único e não a União Europeia, como é o caso da Noruega, isto dependeria de acordos a serem assinados se for confirmada a saída do bloco.

• Os partidários da campanha pela saída dizem que tal entendimento poderia ser firmado até 2020. Eles alegam que a economia britânica é forte e dela dependem muitos países da UE, incluindo a França, que exporta boa parte de sua produção agrícola para o outro lado do Canal da Mancha.

• Por outro lado, muitos creem que outros países da UE seriam praticamente obrigados a "punir" o Reino Unido para evitar que outros países da união sigam exemplo semelhante.

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• Há ainda grandes divergências sobre os efeitos econômicos da separação. Uma análise do Tesouro britânico afirma que os prejuízos seriam "permanentes" e levariam a uma redução do PIB de 6% até 2030.

• O ministro da Economia, George Osborne, disse que a saída deixaria um rombo nas contas públicas de 30 bilhões de libras (quase R$ 150 bilhões), que teria de ser coberto com aumentos de impostos, cortes na saúde, educação e defesa, e anos de políticas de austeridade.

• As projeções foram duramente criticadas por parlamentares do próprio partido Conservador, que acusaram o ministro de fazer uma campanha do medo com ameaças vazias.

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• Que consequências teria a Brexit para a União Europeia?

• Embora seja consenso que o mais afetado pela separação seria o próprio Reino Unido, também deve haver consequências em outras partes da Europa.

• A consultoria britânica Global Counsel disse que a UE se tornaria um parceiro comercial menos atraente em nível mundial e perderia poder globalmente.

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• Porém, a consultoria observou que estes fatores poderiam ser compensados com maior coesão dos países restantes, já que o Reino Unido é um dos membros do bloco que mais se opõem ao aprofundamento da integração.

• Não se sabe quanto uma saída britânica acenderia movimentos populistas e nacionalistas que já existem nos países do bloco.

• Além do quê, o processo de implementação da saída estaria repleto de incertezas, o que em geral prejudica as economias nacionais. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento da Europa (OCDE) espera uma queda do Produto Interno Bruto regional se a saída do Reino Unido for aprovada.

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Noticiário Europa

União Europeia aceita afrouxar neste ano sua política de austeridade

Crise de refugiados na Alemanha, despesa militar na França e redução de impostos na Espanha reconfiguram a política fiscal

A Alemanha e os países nórdicos elevarão seu gasto público em 2016 com a chegada de milhares derefugiados. A França aumentará o orçamento em defesa e segurança após os atentados de Paris, e Itália e Espanha acabam de aprovar reduções de impostos. Bruxelas prevê “acomodar” sua política fiscal para permitir esse conjunto de medidas, que em conjunto constituirão o primeiro miniestímulopara a zona do euro desde o início da crise de dívida, em 2010, segundo fontes da União Europeia. Esse tímido incentivo pode ser suficiente para compensar riscos como a instabilidade política e, sobretudo, os problemas da China e dos emergentes.

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União Europeia tenta evitar a saída do Reino Unido em reuniões com David Cameron

O presidente do Conselho admite que “ainda há muito por fazer” para se chegar a um acordo

Os dirigentes da União Europeia (UE) conseguiram realizar apenas “alguns avanços” nas negociações com o Reino Unido para se chegar a um acordo que permita evitar a retirada britânica do bloco econômico. Ainda restam inúmeras e intensas horas de reuniões bilaterais, nesta sexta-feira, para procurar estabelecer um compromisso satisfatório para todos. As intensas conversações entre o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os dirigentes dos outros 27 membros da UE se prolongaram madrugada adentro. O encontro registrou as divergências que ainda persistem quanto às exigências de Londres para conseguir a aprovação dos britânicos no referendo sobre a saída (movimento que tem sido chamado de Brexit) que Cameron deve convocar para junho.

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Grécia continua a ponto de deixar o euro apesar do novo resgate

As receitas do programa europeu complicam o crescimento do país

A negociação do terceiro resgate financeiro para a Grécia abriu a caixa de pandora dos tabus europeus. Os Governos dos países do euro negociam agora o maior resgate financeiro de sua história. E será o terceiro para a Grécia,depois do fracasso dos dois planos anteriores. Mas as bases de negociação mudaram. Se até agora tudo parecia voltado a preservar a integridade da união monetária, agora o abandono temporário do euro se transformou em arma de negociação.

“O abandono da moeda única é possível. No futuro, a irreversibilidade da associação ao euro em tempos de crise será posta em questão”, advertiram os economistas da Goldman Sachs em um informe

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“A ideia de Grexit [saída da Grécia da zona do euro] ganhou legitimidade como forma de remediar o fato de que a dívida da Grécia disparou e a evidência de que necessita de um perdão, um tipo de reestruturação que não é permitida sob o Tratado de Maastricht”, explicou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), o lobby dos maiores bancos privados do mundo, em sua nota semanal aos associados.

O novo programa negociado por Atenas com os demais sócios também não ajuda. “O ajuste fiscal é pronunciado demais se levarmos em conta que a Grécia ainda está presa a uma forte recessão econômica. Esta política possivelmente terá um efeito de contração, e tornará ainda mais difícil alcançar os objetivos fiscais acordados com os credores”

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Merkel diz que Brexit é um 'golpe contra a Europa’

A vitória da "Brexit" – a saída do Reino Unido do bloco europeu – é um "golpe contra a Europa, um golpe contra o processo de unificação europeia", afirmou nesta sexta-feira (24) a chanceler alemã, Angela Merkel.

• Ela convidou o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para uma reunião em Berlim na segunda-feira (27).

• "Tomamos nota com pesar da decisão da maioria da população britânica", declarou Merkel.

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China

Na China, o PIB teve crescimento de 6,9% em 2015, o mais baixo desde 1990, segundo os dados oficiais do Escritório Nacional de Estatísticas em Pequim. A segunda maior economia do mundo, acostumada com crescimentos acima dos dois dígitos nas últimas décadas, cresceu 6,8% no quarto trimestre de 2015 no comparativo com o mesmo período de 2014.

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os mercados ao redor do planeta estavam agitados pela contínua desaceleração da segunda maior economia mundial, que em 2014 registrou crescimento de 7,3%.

No quarto trimestre de 2015, o PIB chinês progrediu 6,8%, o que representa um leve retrocesso na comparação com o trimestre anterior (6,9%) e o pior resultado desde a explosão da crise financeira em 2008.

As autoridades chinesas, que projetavam um avanço "por volta de 7%", atribuem a desaceleração de uma economia que há pouco tempo ostentava crescimentos de dois dígitos à "nova normalidade" de um crescimento menor, porém mais estável, baseado no consumo interno, inovação e serviços, em detrimento das indústrias pesadas, dos investimentos estimulados pelo endividamento e as exportações.

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Mesmo debilitado, o gigante asiático continua sendo um dos principais motores do crescimento planetário, o personagem mais importante do comércio internacional e um colossal consumidor de matérias-primas. A afirmação é comprovada pela queda nas bolsas ao redor do mundo no início de janeiro, após os sobressaltos registrados nos mercados chineses.

Ao longo de 2015, os indicadores permaneceram no vermelho: contração da atividade manufatureira, enfraquecimento do setor imobiliário e queda do comércio exterior, todos pilares tradicionais do crescimento chinês.

A desaceleração teve um impacto severo nos países emergentes como o Brasil, que se transformaram nos últimos anos em grandes fornecedores de matérias-primas para a China

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Esse é projeto que os dados parecem ratificar, pois o setor de serviços representou 50,5% do PIB em 2015, superando pela primeira vez mais da metade do total, segundo a agência oficial Xinhua.

Os investimentos em bens de capital, que refletem sobretudo os gastos nas infraestruturas, aumentaram 10% em 2015, menos do que a previsão do mercado (10,2%) e em forte desaceleração.

O Partido Comunista da China deve reduzir as previsões para este ano, conforme analistas, que recordam que o presidente Xi Jinping já afirmou que uma expansão do PIB de 6,5% deveria ser suficiente para responder às necessidades do país.

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Lagarde defende que abertura da economia chinesa é essencial.

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu que a abertura da economia chinesa, entre outras reformas estruturais, é essencial para que a China alcance um crescimento mais sustentável.

No Fórum de Desenvolvimento da China, que reúne empresários e líderes locais em Pequim, Lagarde destacou que o país asiático deve encontrar mais sustentabilidade e avançar nas “reformas necessárias”, segundo um comunicado publicado na página do FMI.

Lagarde sugere três “políticas imperativas”, como a abertura da economia chinesa, a redução das diferenças entre pobres e ricos e entre zonas urbanas e rurais e investimento em Investigação e Desenvolvimento.

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Por que a China está crescendo Menos?

Com o forte avanço do PIB chinês nos últimos anos, a China tentou mudar o perfil de sua economia de um modelo predominantemente exportador para uma economia voltada ao consumo interno.

O Banco Central da China se comprometeu a apoiar o crescimento ‘sustentável’ do país e passou a limitar investimentos do exterior. As exportações, que apoiavam a economia chinesa, passaram a cair e o governo precisou desvalorizar o iuan.

Para o FMI, a desaceleração da China e a forte queda de seu mercado acionário não é o anúncio de uma crise, mas um ajuste "necessário".

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Com o crescimento menor que o esperado na China, a demanda por commodities (petróleo, minério de ferro, soja, açúcar) no mundo cai e isso afeta todos os países, especialmente o Brasil, que tem o país asiático como principal destino de suas mercadorias.

Os grandes afetados neste panorama são os países emergentes que se alinharam à China, principalmente depois da crise de 2008”. "A expectativa é sobre como a China irá se inserir nesse novo cenário de crescimento mais modesto e como os países que se tornaram dependentes da China vão se comportar a partir disso.

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O que tem acontecido com a Bolsa de Valores Chinesa? As ações chinesas vêm perdendo valor pois os dados da economia

chinesa não têm sido muito positivos ultimamente, e isso vem gerando temor entre os investidores sobre a "saúde" do país. O PIB do primeiro trimestre, por exemplo, apesar de ter crescido 7%, mostrou o pior ritmo em seis anos.

Na China, diferentemente dos mercados europeus ou dos Estados Unidos, 80% dos investidores são cidadãos, pessoas físicas. Muitos deles são inexperientes e seguem rumores ao tomar decisões. Assim, o mercado é mais vulnerável a reviravoltas repentinas, como num rebanho.