Crise hipertensiva

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CRISE HIPERTENSIVA R2 Enf. Gabriela Freire Programa de Especialização Multiprofissional em Atenção Clínica Cardiovascular Especializada - Modalidade Residência Maio, 2015.

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CRISE HIPERTENSIVA

R2 Enf. Gabriela Freire

Programa de Especialização Multiprofissional em Atenção Clínica

Cardiovascular Especializada - Modalidade Residência

Maio, 2015.

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OBJETIVOS

• Abordar o conceito e classificações da crise hipertensiva;

• Compreender as principais formas de manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento da crise hipertensiva;

• Conhecer as principais complicações da crise hipertensiva relacionados ao sistema cardiovascular;

• Abordar o manejo e cuidados de enfermagem frente à situação de crise hipertensiva;

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INTRODUÇÃO

• A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição de alta prevalência e, por isso, um problema de saúde pública

• Órgãos-alvo:

Hipertrofia Ventricular Esquerda

Acidente Vascular Encefálico

Insuficiência renal

Fonte: Sousa e Passarelli Júnior, 2014

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INTRODUÇÃO

•Definição:

“Crise hipertensiva (CH) é uma situação caracterizada pela elevação rápida e inapropriada, intensa e sintomática da pressão arterial, com (emergência) ou sem (urgência) risco de deterioração rápida dos órgãos-alvo da hipertensão arterial sistêmica (HAS).”

Fonte: YUGAR-TOLEDO, CONSENSO-MARTIN, VILELA-MARTIN, 2014.

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INTRODUÇÃO

•Hipertensão Arterial Sistêmica no Brasil:

- prevalência de 24,4%;- 44,5% sem tratamento;

•Crise Hipertensiva:

- 27% das emergências clínicas;

- redução de mortalidade de 7% a 1% após uso de anti-hipertensivos;

Fonte: Sousa e Passarelli Júnior, 2014

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INTRODUÇÃO

Pseudocrise Hipertensiva

Hipertensão Maligna

“Caracterizada por elevação acentuada da PA, causada por dor, desconforto ou ansiedade, sem sinais de deterioração de órgão-alvo...”

“Hipertensão grave, persistente, de difícil controle medicamentoso, que conduz à lesão arterial caracterizada por retinopatia, papiloedema, e insuficiência renal progressiva.”

Fonte: WOODS, FROELICHER, MOTZER, 2005.

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FISIOPATOLOGIA

efeitos vasoprotetores substância vasoconstritoras

cascata de coagulação

Isquemia de órgãos-alvo

Vasoconstrição e reinício do

ciclo

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3 4

5

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Fonte: Google imagens

Fonte: YUGAR-TOLEDO, CONSENSO-MARTIN, VILELA-MARTIN, 2014.

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CRISE HIPERTENSIVA

Emergências Hipertensivas

Urgências Hipertensivas

• PA.• Lesão aguda de

órgão-alvo.• Risco iminente de

morte.

• PA.• Lesão aguda de

órgão-alvo.• Risco iminente de

morte.

Fonte: YUGAR-TOLEDO, CONSENSO-MARTIN, VILELA-MARTIN, 2014.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Fonte: YUGAR-TOLEDO, CONSENSO-MARTIN, VILELA-MARTIN, 2014.

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AVALIAÇÃO CLÍNICA

Urgências e Emergências Hipertensivas

Anamnese:- PA;- Controle;- Medicaçõe

s;

Exame Clínico:- Gravidade da

HAS;- Acometimento

de órgãos-alvo;

Exames complementares:- ECG;- Raio X;- Prova de

função renal;- Hemograma;

PA: 180/120mmHg

Fonte: SMELTZER, BARE, 2012.

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URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

•Conduta:

ATENÇÃO com redução pressórica

imediata!

ADESÃOEDUCAÇÃO EM

SAÚDE

Fonte: SMELTZER, BARE, 2012.

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EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

•Conduta:

PA média entre 20 a 25% na 1º hora

PAD entre 100 e 110 mmHg na 2º a 6º hora*

Se: PAM = 150mmHg1º hora: reduzir 30 a 35 mmHg.

Fonte: SILVA, FERRAZ, COUTINHO, PEDROSA, BARROS, 2012.

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EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

•Conduta:

Redução cautelosa da PA!!

Alteração hemodinâmica e risco de isquemia

“A redução da PA deve ser rápida e gradual, com rigoroso acompanhamento, buscando reduzir a PAM em 25% ou PAD de 100mmHg.”

- Nitroglicerina = TRIDIL- Nitroprussiato de sódio = NIPRIDE

Fonte: SILVA, FERRAZ, COUTINHO, PEDROSA, BARROS, 2012.

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Complicações

Fonte: YUGAR-TOLEDO, CONSENSO-MARTIN, VILELA-MARTIN, 2014.

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O PAPEL DA ENFERMAGEM

- Observar débito urinário;- Atentar para Hipotensão;- Avaliação do estado

neurológico;

PAD menor que 110mmHg ou em PAS em torno de 100mmHg para aneurisma ou dissecção de

AortaFonte: SMELTZER, BARE, 2012.

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O PAPEL DA ENFERMAGEM

Fonte: SILVA et al, 2014.

•Classificação de Risco (Protocolo de Manchester):

- Sintomas de isquemia de órgãos-alvo + PA > 220 x 130 mmHg;

- PAS entre 190 a 220 mmHg e/ou PAD entre 120 a 130 mmHg com qualquer sintoma;

- PAS entre 190-220 ou PAD entre 120-130mmHg sem sintomas;

- PAS < 190 e PAD < 120 e assintomático ;

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Cuidados com Administração de Medicamentos

•Nitroglicerina:- SG5% 240mL + nitroglicerina 50mcg/10mL

(1amp) ou 25mcg/5mL (2 amp);- Dose inicial: 05 a 20mcg/min, aumentando

5mcg/min a cada 3 a 5 min;

Cuidados

• BIC em AVC ou AVP;• Equipos de PVC;• Pode antagonizar a heparina;• Se via oral = 10 a 12hrs sem

medicação;• Sildenafil;Fonte: SILVA, FERRAZ, COUTINHO, PEDROSA, BARROS,

2012.

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Cuidados com Administração de Medicamentos

•Nitroprussiato de Sódio:- SG5% 248mL + Nitroprussiato 50mg/2mL ;

- 0,5 a 10 mcg/kg/min;

Cuidados

• Preferencialmente SG5%;• Necessita de proteção à luz;• AVP ou AVC por BIC;• Controle rigoroso da PA, se

possível com monitorização invasiva;

Fonte: SILVA, FERRAZ, COUTINHO, PEDROSA, BARROS, 2012.

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REFERÊNCIAS

- YUGAR-TOLEDO, J.C; CONSENSO-MARTIN, L.N; VILELA-MARTIN, J.F. Aspectos fisiopatológicos e clínicos das emergências hipertensivas. Rev. Bras. Hipertens. Vol 21(3): 140-147, 2014.

- SOUSA, M.G; PASSARELLI JÚNIOR, O. Emergências hipertensivas: epidemiologia, definição e classificação. Rev. Bras. Hipertens. Vol 21(3): 134-139, 2014.

- SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012;

- SILVA, M.C.A; FERRAZ, S; COUTINHO, R.Q; PEDROSA, L; BARROS, F. Pauta de conduta do Unicordis: fundamentos para a boa prática médica em cardiologia. 1º Edição, p. 201-208, Recife, 2012;

- WOODS, S.L; FROELICHER, E.S.S; MOTZER, S.U. Enfermagem em cardiologia. 4º edição, Recife, 2005;

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OBRIGADA!