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    INTRODUO

    A Medicina Tradicional Chinesa visa, atravs de suas tcnicas e

    procedimentos, estimular pontos que tenham a propriedade de restabelecer o

    equilbrio energtico de um individuo.

    pratica que pode ser associada a outras modalidades teraputicas com

    intuito de melhorar a condio imunolgica de um paciente e assim apressar a sua

    recuperao quando num perodo de ps-operatrio, por exemplo. Propicia a

    melhora da condio fsica e emocional do paciente, favorece a reduo de

    medicamentos.

    Dentre as tcnicas da Medicina Tradicional Chinesa temos a Auriculoterapia,que atravs da estimulao do ponto reflexo no pavilho auricular atinge o ponto que

    se relaciona com diversas partes do corpo, promovendo o desbloqueio energtico e

    restabelecimento da mesma, proporcionando a preveno ou cura de muitas

    doenas.

    Sabendo que a muitas doenas tem origem emocional, e tambm por ainda

    encontramos pessoas que tem receio do tratamento com uso de agulhas, achando

    ser doloroso, este trabalho tem a proposta de observar possveis benefcios dautilizao dos Cristais Radinicos na tcnica de Auriculoterapia, trabalhando o

    emocional de uma paciente em tratamento quimioterpico, aps mastectomia radical

    de mama esquerda.

    Mais uma tcnica chega para agregar-se a Medicina Tradicional Chinesa, em

    benefcio do ser humano. Sabendo-se das repostas favorveis que a mesma tem

    apresentado, faz-se necessrio colaborar com estudos em diversas patologias,

    contribuindo assim com a humanizao social, a preveno de doenas e atmesmo a cura.

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    1. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

    A Medicina Tradicional Chinesa o conjunto de conhecimentos e prticas

    teraputicas que surgiu h aproximadamente 4.500 anos e tem por objetivo evitar,

    curar ou atenuar doenas atravs da aplicao, inicialmente, de agulhas e moxas.

    Com o avano da tecnologia foram introduzidas vrias outras tcnicas (Wen, 2006).

    De acordo com Yamamura (2001), na concepo da Medicina Tradicional

    Chinesa, o Universo e o ser humano esto submetidos s mesmas influencias,

    sendo partes integrantes do Universo como um todo. O corpo humano reproduz os

    mesmos fenmenos naturais.

    Atravs da MTC possvel compreender os fatores que desencadeiam odesequilbrio energtico de um indivduo, caracterizando determinadas doenas.

    Essa compreenso vem de uma ampla avaliao, que relaciona lngua, pulso,

    alimentao, transpirao, odores, colorao, entre outros (Wen, 2006).

    Segundo Wen (2006), dentre as tcnicas da Medicina Tradicional Chinesa, a

    acupuntura prtica popular, de materiais simples e de fcil transporte, de inmeras

    possibilidades, sendo til em qualquer doena, possibilitando a reduo da

    medicao atravs do reequilbrio do organismo. um mtodo seguro quando oterapeuta se utiliza da assepsia correta. possvel obter bons resultados quando

    associada a medicamentos ou somente com acupuntura. Alm disso, auxilia no

    diagnstico atravs da estimulao de determinados pontos.

    1.1. Teoria Yin-Yang

    A estrutura bsica do ser humano a mesma do universo, segundo

    observaes na China antiga. Sendo assim, classificaram-se em dois plos opostostodos os fenmenos da natureza. Os de caractersticas de fora, calor, claridade,

    superfcie, grandeza, dureza, peso etc. pertencem ao Yang. E os de caractersticas

    opostas a estas, pertencem ao Yin (Wen, 2006).

    Segundo Maciocia (1996) Yin e Yang a fora motriz da mudana e

    desenvolvimento dos fenmenos do universo, que se alternam nos movimentos

    cclicos de altos e baixos, onde o dia se transforma em noite, vero em inverno,

    crescimento em deteriorao e vice-versa.

    De acordo com Wen (2006), a caracterizao Yin-Yang pode modificar-se

    dependendo da situao. O Yang pode tornar-se Yin e o Yin, Yang. Um depende da

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    presena do outro, e para que se possa classificar como Yin ou Yang, necessrio

    que se observe um em relao ao outro.

    No organismo humano, os tecidos e os rgos podem ser tanto Yin como

    Yang, de acordo com localizao e funo. Os rgos que apresentam

    hiperfuncionalidade, por exemplo, so classificados como Yang. J os

    hipofuncionais so os Yin (Wen, 2006).

    1.2. Teoria dos cinco elementos

    Os cinco elementos bsicos que constituem a natureza so: Madeira, Fogo,

    Terra, Metal e gua. Atravs da compreenso e estudo da interao dessas

    energias possvel interpretar os fenmenos que ocorrem no corpo humano.Constatou-se ento a correlao entre a fisiopatologia dos rgos e tecidos e alguns

    fenmenos da natureza (Wen, 2006).

    Para Yamamura (2001), cada elemento possui movimentos caracterizados

    fenmenos naturais:

    gua: possui caractersticas de retrao, profundidade, frio, declnio, queda,

    eliminao. Ponto de partida e chegada da transmutao dos movimentos;

    Madeira: representa aspecto de crescimento, movimento de florescimento,sntese;

    Fogo: fenmenos naturais que se caracterizam por ascenso,

    desenvolvimento, expanso, atividade;

    Terra: transformaes e mudanas;

    Metal: purificao, seleo, anlise e limpeza.

    De acordo com Wen, (2006), todos os fenmenos dos tecidos e rgos, da

    fisiologia e da patologia do corpo humano podem ser interpretados atravs desseselementos. Ocupa portanto, lugar importante na Medicina Tradicional Chinesa.

    Segundo Maciocia (1996), os cinco elementos so cinco processos bsicos

    da natureza, as qualidades e as fases de um ciclo ou a capacidade inerente de

    modificao de um fenmeno.

    1.3. Ciclo de gerao e controle

    No ciclo que gerao, temos o processo de produo, crescimento epromoo. Sendo assim, cada elemento gerado d existncia a outro elemento.

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    Madeira gera Fogo, pois combustvel para esse elemento; ao queimar madeira,

    Fogo gera Terra; Terra sob efeito de grandes presses gera Metal; entre metais e

    rochas brotam gua, por isso Metal gera gua; gua gera Madeira, pois d vida aos

    vegetais (Wen, 2006).

    Outra relao entre os cinco elementos o de controle, segundo Wen (2006),

    onde ocorre a inibio de um elemento para outro. A Madeira cresce absorvendo os

    nutrientes da Terra; esta absorve a gua; a gua inibe o Fogo; este, por sua vez,

    derrete Metal; que por fim, corta Madeira.

    De qualquer forma, para gerar ou inibir um elemento, necessrio que o

    elemento inibidor ou gerador esteja numa boa condio energtica, caso contrrio,

    ocorrer a contra-dominncia (Wen, 2006).

    1.4. Substancias Fundamentais

    Para a Medicina Tradicional Chinesa, a funo do corpo e da mente o

    resultado da interao de determinadas substancias vitais. Substancias estas muito

    rarefeitas e outras totalmente imateriais. So elas: Qi, Xue (sangue), Jing (essncia),

    Jin Ye (fluidos corpreos) e o Shen (mente) (Maciocia, 1996).

    O conceito Qi na Medicina Chinesa, de acordo com Maciocia (1996), aenergia que se manifesta simultaneamente sobre os nveis fsico e espiritual. Tem

    seu fluxo em estados variveis de agregao. Quando se condensa, o Qi se

    transforma e se acumula em forma fsica.

    Xue se origina da transformao do Qi dos alimentos. O Rim tambm

    contribui para sua formao, pois armazena a essncia que produz a Medula e esta

    auxilia na gerao do sangue. O Qi proporciona vida ao sangue. Sem ele, o sangue

    seria inerte (Maciocia, 1996).Jing a substancia conhecida como essncia do individuo. Tem sua origem

    na concepo e tambm, aps o nascimento, na extrao refinada dos alimentos.

    Estas duas essncias derivam a essncia que estocada no Rim, que determina o

    crescimento, reproduo, desenvolvimento, maturao sexual, concepo e

    gravidez (Maciocia, 1996).

    Jin Ye constituem os fludos corpreos. Jin so puros, claros e aquosos. Tem

    funo de umedecer e nutrir parcialmente a pele. So eliminados no suor e

    manifestam-se como lgrima, saliva e muco.Tambm faz com que o sangue fique

    menos espesso, prevenindo a estase. J o Ye so mais turvos, pesados e

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    densos.Tem como funes umedecer articulaes, espinha, crebro e medula

    ssea. Tambm lubrificam os rgos dos sentidos (Maciocia, 1996).

    1.5. Teoria dos meridianos

    At hoje se desconhece a criao da Teoria dos Meridianos, mas acredita-se

    que a acupuntura e as artes marciais tenham contribudo para sua formao. Fora

    constatado que numa doena os sintomas podem se manifestar em lugares

    diferentes, seguindo uma via de inter-relacionamento (Wen, 2006).

    A Teoria dos Meridianos fruto da experincia e da observao de muitos

    desde os primrdios, que atravs de estimulaes de certos pontos de acupuntura

    constataram as sensaes de calor e parestesias, que seguem direespredeterminadas (Wen, 2006).

    O sistema de canais colaterais composto por vrios conjuntos de

    meridianos. So 12 meridianos principais, em pares. Cada meridiano principal est

    relacionado com a funo um rgo ou vscera (zang/fu) e recebe o nome ao qual

    est ligado. Esto divididos em 3 canais yin da mo e 3 canais yin do p, de

    conduo energtica ascendente; 3 canais Yang da mo e 3 canais yang do p, de

    conduo energtica descendente. H tambm os dois meridianos centrais,impares, chamados de Vaso Governador e Vaso Concepo (Wen, 2006).

    1.6. Zang Fu

    O termo zang-fu na medicina chinesa tradicional refere-se s principais

    entidades anatmicas dos rgos internos. Ele tambm a generalizao das

    funes fisiolgicas do corpo humano (Maike, 2002).

    O corao, fgado, bao, pulmo, rim e o pericrdio agrupados so

    conhecidos como os seis rgos zang. Suas principais funes fisiolgicas so a

    produo e o armazenamento de substncias essenciais, inclusive a essncia vital,

    qi (energia vital), sangue e fluidos corporais. O intestino delgado, a vescula biliar, o

    estmago, o intestino grosso, a bexiga e o sanjiao agrupados so conhecidos como

    os seis rgos fu. Suas principais funes so as de receber e digerir o alimento,

    absorver substncias nutrientes e transmitir e excretar os excessos (Maike, 2002).

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    2. AURICULOTERAPIA CHINESA

    Trata-se de uma tcnica da Medicina Tradicional Chinesa que tem por

    objetivo estimulao no ponto reflexo do pavilho auricular, como um

    microssistema, correspondente ao corpo (Wen, 2006).

    Visa harmonizar a funo dos Zang/Fu quando estimulados os pontos

    distribudos atravs da orelha (Yamamura, 2001).

    Quando h algum problema patolgico de um rgo ou parte do corpo,

    segundo Wen (2006), o pavilho auricular apresentar em seu ponto reflexo uma

    alterao de sensibilidade ou de eletrocondutibilidade.

    Segundo Yamamura (2001), tcnica que tem seu valor reconhecido comomtodo diagnstico e teraputico, porm no deve ser utilizado como teraputica

    isolada, mas como mtodo auxiliar aos tratamentos sistmicos, como forma de

    potencializar seus efeitos.

    uma tcnica de aplicao ampla e manipulao simples, com a vantagem

    de apresentar poucos efeitos colaterais (Wen, 2006).

    Consiste em estimular os pontos, perfurando com agulha ou utilizando-se de

    outros mtodos (Yamamura, 1993)A nutrio energtica desse microssistema pode penetrar nela diretamente

    por meio dos pontos de acupuntura do Canal Unitrio Shao Yang Sanjiao (Triplo

    Aquecedor), Dan (Vescula Biliar) e Gan (Fgado). A orelha representa a abertura

    sensorial do Shen (Rim) e dependente da energia desse rgo (Yamamura, 2001).

    De acordo com Yamamura (1993), a imagem de um feto, quando colocado de

    cabea para baixo, semelhante distribuio dos pontos auriculares

    correspondentes as diferentes partes do corpo. Sendo assim, os pontoscorrespondentes a cabea e rosto esto localizados nos lbulos; os que

    correspondem aos membros superiores encontram-se na cavidade escafidea; os

    pontos que correspondem ao tronco e aos membros inferiores esto distribudos na

    antihlice e nas regies mais superiores e inferiores da raiz da antihlice. Quanto

    aos rgos internos, esto concentrados na concha cimba e concha cava.

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    3. CNCER DE MAMA

    O cncer de mama um dos maiores problemas de sade para a populao

    feminina e a causa principal da morte por cncer entre as mulheres. Sua incidncia

    aumenta tanto em pases desenvolvidos como nos do terceiro mundo (Pinotti e

    Aguiar, 1992).

    Pode ser diagnosticado, segundo Pinotti e Aguiar (1992), atravs do auto-

    exame da mama, que sugerido como soluo prtica para a deteco precoce,

    alm de ser simples, barato, no invasivo e inofensivo.

    Infelizmente, a demora na busca de assistncia mdica frequentemente

    maior quando h sintomas de cncer do que quando h o de qualquer outra doena,devido ao medo e errnea falta de esperana (Pinotti e Aguiar, 1992).

    O cncer conseqncia de alteraes moleculares que conferem clula

    modificaes em seu comportamento e resultam em alteraes na fisiologia celular

    que, em ltima instncia, so responsveis pela biologia do cncer (Lopes at al,

    2008).

    De acordo com Lopes at al (2008) o processo de desenvolvimento neoplsico

    pode ser dividido em trs etapas: iniciao, promoo e progresso tumoral. Durante

    a iniciao, ocorrem modificaes no gentipo da clula que a levam

    imortalizao. Na promoo, essa clula gera um clone com vantagens proliferativas

    que promovero a progresso tumoral.

    De maneira geral, so necessrias mltiplas alteraes genticas para dar

    origem ao cncer. Tumorignese um processo de mltiplos eventos e cada evento

    reflete uma progressiva transformao da clula normal para a clula maligna,passando por uma srie de estados pr-malignos. Como a clula tem um

    mecanismo de reparo e controle bastante efetivos, essa clula pode percorrer trs

    caminhos distintos: a) corrigir o erro por meio do reparo do DNA; b) evoluir para a

    apoptose ou morte celular programada; ou c) permitir que a alterao se perpetue,

    sendo transmitida para as clulas-filhas. Esse ltimo caminho d origem a uma

    populao de clulas que contm uma alterao no DNA e, portanto, pode ter os

    mecanismos de controle da diviso e da proliferao celular descontrolados. So

    clulas capazes de se dividir e proliferar de maneira irrestrita (Lopes at al, 2008)

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    Embora no seja possvel prever com certeza a evoluo de qualquer cncer

    de mama especfico, existem diversos fatores prognsticos esto estreitamente

    associados a evoluo. Os mais importantes desses fatores (tamanho do tumor,

    doena localmente avanada, metstases para linfonodos e metstases distantes)

    so utilizados para o estadiamento clnico. Geralmente, os cnceres so massas

    palpveis de 2 a 3 cm quando diagnosticados pela primeira vez, e cerca de um tero

    j sofre metstase para linfonodos axilares e outros linfonodos (Robbins at al, 2001).

    Segundo Robbins at al (2001), embora a etiologia permanea desconhecida,

    algumas influencias so importantes a se observar, como fatores genticos,

    desequilbrios hormonais e influencias ambientais.

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    4. CRISTAIS RADINICOS

    So pequenas esferas cristais, usadas em auriculoterapia, onde fora gravado

    o mesmo programa mental utilizado em sesses de Acupuntura via Radinica

    (Breves, 2010).

    Segundo Breves (2010), os Cristais Radinicos se influenciam com o

    quantum de energia do terapeuta. Se o terapeuta estiver com sua energia muito

    baixa, devido alguma doena ou problemas emocionais, ao manipular os Cristais

    Radinicos ele pode alterar a energia do material, at mesmo neutraliz-lo.

    Trata-se de um material extremamente eficiente no tratamento de processos

    lgicos e desequilbrios psquicos, segundo Breves (2010), apresentando respostaspositivas no cuidado de traumas, ansiedades, medos, preocupaes, desde que se

    permita. So eficazes em desequilbrios psquicos.

    A utilizao deste material em tcnica de auriculoterapia, simples e de efeitos

    rpidos, como Terapia do Bem, visa o equilbrio do paciente harmonizando-o

    consigo mesmo, com sua famlia, com a sociedade e com seu destino (Breves,

    2010).

    Segundo Huang Di Nei Jing, citado por Breves (2010), aquele que conhece aenergia coloca a agulha com a mo direita e dirige a energia com a mo esquerda.

    Quem no conhece a energia usa somente a mo direita. A atuao do Cristal

    Radinico depende tambm da inteno induzida ao mesmo, no momento da

    aplicao.

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    MATERIAIS E MTODOS

    Esta pesquisa apresenta um relato de caso, com o objetivo de analisar os

    benefcios da utilizao de Cristais Radinicos, trabalhando o psiquismo de uma

    paciente em tratamento quimioterpico aps cirurgia devido cncer de mama.

    Paciente A.L.T.M., sexo feminino, 52 anos, diagnosticada com cncer de

    mama, foi submetida a procedimento de mastectomia radical da mama esquerda em

    25/03/2010.

    Foi proposto a paciente a aplicao dos Cristais Radinicos em

    Auriculoterapia Chinesa, com intuito de amenizar os sintomas do tratamento

    quimioterpico. Na primeira semana aps a quimioterapia foi realizada trs sesses(segunda, quarta e sexta feira), na segunda semana duas sesses (segunda e sexta

    feira) e nas outras semanas seguintes, at a prxima quimioterapia, uma sesso

    semanal (quarta feira). Sempre que possvel, seria realizado atendimento no mesmo

    dia da quimioterapia, antes da aplicao. Alguns dias foram alterados, devido

    ausncia da paciente.

    Os atendimentos foram iniciados a partir da segunda sesso de

    quimioterapia, na residncia da paciente, que tambm local de seu trabalho dirio.Paciente trabalha com venda e fabricao de telas e molduras. Mesmo em

    tratamento, continua com seu trabalho dirio.

    Paciente passou por trs sesses de quimioterapia, nos dias: 26/07/10,

    26/08/2010 e 23/09/2010, enquanto foi realizado o presente estudo de observao

    dos benefcios da tcnica apresentada.

    A aplicao da tcnica consiste em pedir para a paciente focar em seu

    pensamento um problema que mais a incomodava, solicitando para que a mesmagraduasse, numa escala de zero a dez, a intensidade do incomodo desse

    pensamento, onde zero corresponde a nenhum incomodo e dez corresponde a

    incomodo mximo. A aplicao dos Cristais ocorrer at que o incomodo do

    pensamento chegue ao grau zero da escala.

    26/07/2010 2 sesso de quimioterapia

    Data Evoluo

    26/07/10 ***Realizada aplicao antes da quimioterapia, no mesmo dia***

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    Sinais e Sintomas: Paciente no relatou nenhum sintoma, porm apresenta

    nervosismo por ter de passar pelo tratamento de quimioterapia.

    Aplicao da Terapia do Bem: Pede-se para a paciente focar numa situao

    ou pessoa que mais a incomodava, onde pontuou o incomodo em 10, na escalade 0-10. Enquanto estava sendo aplicados os cristais lgrimas caam, at referir

    calmaria, tranqilidade. Pensamento no a incomodava mais.

    Pontos: Shen, olho, BP, R, B, P, Ombro.

    28/07/10 Sinais e Sintomas: segundo a paciente, apresentava sono, cansao, nusea,

    dor no estomago, boca seca e desarranjo intestinal (3 evacuaes no perodo

    da manha).

    Aplicao da Terapia do Bem: paciente focou pensamento que a deixava

    triste, relatando incomodo grau 9. Realizada aplicao em at zerar o incomodo

    na escala. Ao trmino, dizia no conseguir focar a imagem, mas sim a soluo

    para o problema.

    Paciente relatou tambm ter diminudo a nusea e a dor no estomago.

    Pontos: Shen, olho, R, B, E, BP, F, ID, IG.

    30/07/10 Sinais e Sintomas: paciente relata boca seca, um pouco de enjo ao acordar.

    Aplicao da Terapia do Bem: Mantendo o mesmo pensamento, hoje pontuou

    no incio como grau 5 de incomodo. Aplicao realizada at zerar o grau de

    incomodo.

    Pontos: Shen, olho, R, B, F, E, BP.

    03/08/10 Sinais e sintomas: paciente relata enjo, refere estar sentindo cheiro de

    hospital, azia, um pouco de sono. Diz que as reaes so repentinas, mas esto

    mais amenas. Sede, mas tem enjo ao beber gua. Hoje a boca est menos

    seca.

    Aplicao da Terapia do Bem: focou pensamento outro problema, de

    incomodo grau 10. Aplicao de Cristais Radinicos at zerar incmodo.

    Pontos: Shen, olho, E, BP, F, R, B, boca, P.

    06/08/10 Sinais e Sintomas: paciente refere enjo, cansao, um pouco de boca seca e

    sede, fome a cada 3 horas.

    Aplicao da Terapia do Bem: Hoje aborrecida com problemas do dia a dia.

    No conseguiu focar problema algum, referia estar sem pacincia. Disse no

    querer focar pensamento.

    Pontos: Shen, olho, coluna, E, BP, F, R, B. De repente, paciente refere ter

    chegado concluso dos problemas e consegue visualizar soluo para osmesmos, relatando estar mais calma.

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    11/08/10 Sinais e sintomas: paciente refere nenhum mal estar.

    Aplicao da Terapia do Bem: hoje pediu para no pensar em nada, em

    problema algum, relata que est a semana toda meio depre, que quer sumir

    dos filhos, mudar de vida. E insiste, pedindo para no pensar em nada durante aaplicao.

    Pontos: Shen, olho, Coluna, R, B, F, E, BP, TA. Ao trmino, paciente refere

    estar mais tranqila.

    18/08/10 Sinais e sintomas: paciente relata no sentir nada no momento.

    Aplicao da terapia do bem: paciente pediu para trabalhar o pensamento

    sobre o tratamento de quimioterapia, fato que no consegue aceitar. Lgrimas

    vem aos olhos. Ao instante que comeou a pensar na quimioterapia

    desencadeou dor no estomago e nusea. No consegue se visualizar-se

    pisando no hospital para realizar o tratamento. Incomodo do pensamento em

    grau 10, segundo a mesma.

    Pontos: Shen, olho, ansiedade, R, B, E, BP, F, C.

    Aps a aplicao dos Cristais, os sintomas passaram. J conseguia pensar no

    hospital sem incomodar-se.

    26/08/2010 3 sesso de quimioterapia

    26/08/10 ***Realizada aplicao antes da quimioterapia, no mesmo dia***

    Sinais e sintomas: Paciente agitada. Preocupada com o tratamento de hoje.

    Refere estar tensa, preocupada e ansiosa, pois segundo a mesma, tem medo

    de a veia estar fragilizada e no suportar a aplicao. Verificada a PA nesse

    instante: 140x100mmhg.

    Aplicao da terapia do bem: Pede-se para a paciente focar o pensamento no

    tratamento de quimioterapia, novamente. Incomodo em pensamento em grau 8.

    Realizada aplicao de Cristais Radinicos at zerar grau de incomodo emrelao ao tratamento. Verificar a PA ao termino da aplicao: 130x80mmhg.

    Pontos: Shen, olho, R, B, BP, ansiedade, ponto PA.

    30/08/10 Sinais e sintomas: referiu sentir muito mal no fim de semana, sem apetite,

    enjoada, boca seca e amarga e vmitos. Paciente relatou mesmos sintomas da

    segunda sesso de quimioterapia, porm em maior intensidade nesse fim de

    semana. Hoje, dor de estomago, boca amarga e seca, sem fome, nusea.

    Aplicao da Terapia do Bem: Quis pensar em problema que a incomodava,

    grau 7. No comentou sobre. Aps aplicao de auriculoterapia, dor deestomago passou e amargo da boca diminuiu.

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    Pontos: Shen, olho, F, R, B, E, BP, TA, boca, agressividade.

    01/09/10 Sinais e sintomas: segundo a paciente, enjo e tontura.

    Aplicao da Terapia do Bem: Relata falta de animo e pediu para no pensar

    em nada durante a aplicao.Pontos: Shen, olho, coluna, R, B, E, BP, F. Interrompeu o tratamento para

    atender cliente ao porto.

    Em seguida, forte discusso com o filho mais novo que reside e trabalha com a

    paciente.

    ***No foi possvel terminar a aplicao nesse dia***

    03/09/10 No foi possvel aplicao, pois a paciente no estava em sua residncia.

    08/09/10 Sinais e sintomas: Segundo a paciente, esta sesso de quimioterapia lhe

    deixou com mal estar por muito mais tempo. Hoje relata desarranjo intestinal.

    Aplicao da Terapia do bem: Ao pedir para paciente focar o pensamento em

    algo, a mesma se recusava, dizendo no querer pensar em nada nem ningum.

    Pontos: Shen, olho, Coluna, agressividade, ansiedade, R, B, F.

    Mal terminou a aplicao, saiu para atender cliente no porto.

    10/09/10 Sinais e sintomas: no relata sintoma algum.

    Terapia do Bem: Hoje paciente cantando o tempo todo, animada. Relata estar

    feliz. Na terapia, a mesma quis focar o pensamento na quimioterapia, no medo

    que sente ainda ao fazer o tratamento.

    Pontos: Shen, olho, R, B. Medo passou, sentiu tranqilidade, no conseguia

    focar mais o pensamento.

    15/09/10 Sinais e sintomas: Segundo a paciente, sente sono, e o olfato a incomoda

    (sentindo cheiro de hospital).

    Terapia do Bem: Queixa dos filhos. Segundo a paciente, dois filhos se

    desentenderam um com o outro. Quis focar o pensamento no filho que causou a

    discusso. Incomodo grau 7.Pontos: Shen, Olho, agressividade, BP, R, B, garganta. Entre a aplicao de

    um ponto e outro, relatou medo e tristeza e ao mesmo tempo, d. Aplicao

    realizada at zerar incomodo dos sentimentos.

    22/09/10 Sinais e sintomas: Segundo a paciente, sentindo leve enjo e incomodo no

    estomago.

    Terapia do Bem: Quis pensar no tratamento de quimioterapia, que ainda a

    incomoda. Incomodo grau 5 (0-10).

    Pontos: Shen, olho, R, B, E, BP. No mais conseguir focar no tratamento dequimioterapia, pensamento no a incomodava mais.

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    *Na segunda semana, aplicao seria nos dias 06/09 e 10/09. Devido feriado,

    paciente pediu para alterar data do dia 06 para dia 08/09.

    23/09/2010 4 sesso de quimioterapia

    24/09/10 Sinais e sintomas:Segundo a paciente, est sentindo dor de barriga.

    Terapia do Bem: Pensamento em sua cicatriz do seio que foi retirado. No

    consegue se tocar no local. Incomodo 5 (0-10).

    Pontos: Shen, olho, R, B, E, BP, IG, ID. Passou o incomodo. Conseguia

    visualizar-se passando a mo em sua cicatriz. Conseguia tocar-se.

    27/09/10 Sinais e sintomas: Segundo a paciente, sente dores no corpo todo, de

    incomodo grau 6, na escala de 0 a 10. Dor no estomago.

    Terapia do Bem: Relata raiva da vida. Grau 10 (0-10).

    Pontos: Shen, olho, viso 1 e 2, R, B, E, BP, garganta. Ao trmino da aplicao,

    relata ter passado a raiva e as dores no corpo.

    29/09/10 Atendimento no pode ser realizado, pois a paciente no estava em casa.

    01/10/10 Sinais e sintomas: Paciente refere estar sentindo incomodo no estomago e

    intestino preso.

    Terapia do Bem: Focou pensamento nos filhos, nas brigas. Incomodo grau 7

    (0-10). Paciente refere sensao de perda.Pontos: Shen, olho, R, B, esfago, E, BP, IG, ID, C. Incomodo do pensamento

    zerou na escala.

    04/10/10 Sinais e sintomas: Paciente relata apenas boca seca.

    Terapia do Bem: Pensou nos filhos. Incomodo 7 (0-10).

    Pontos: Shen, olho, R, B, E, F. Pensamento j no incomoda mais. Se v

    mandando amor para os filhos. Secura da boca amenizou, segundo a paciente.

    08/10/10 Sinais e sintomas: Segundo a paciente, nenhum.

    Terapia do Bem: pensamento de raiva, tristeza. Incomodo 8 (0-10).Pontos: Shen, olho, F, VB, R, B, boca, E, BP.

    Aps aplicao destes pontos, incomodo em pensamento zerou na escala.

    Paciente pergunta mas rpido assim mesmo o efeito do cristal? normal

    isso?

    13/10/10 Sinais e sintomas: paciente refere boca seca, porm diz estar dormindo muito

    bem.

    Terapia do Bem: Pensamento nos filhos. Incomodo 5 (0-10).

    Pontos: Shem, olho, R, B, BP, boca. Zerou incomodo.

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    RESULTADOS

    A utilizao dos Cristais Radinicos em Auriculoterapia Chinesa, atravs da

    Terapia do Bem, possibilitou a observao de bons resultados, de forma rpida no

    s no emocional da paciente, mas nas reaes fsicas as quais ela apresentava no

    momento de cada aplicao.

    Pudemos verificar a melhora dos pensamentos atravs de relatos da prpria

    paciente e a conseqente reao fsica de seu organismo ao trmino de cada

    aplicao, possibilitando que a mesma pudesse dar continuidade s atividades de

    trabalho dirias, que no lhe eram restritas e dentro de suas condies.

    Observou-se a forma com que conseguiu fazer contatos com seus clientes erealizar as entregas dos pedidos aos mesmos, fato que, quando em crises devido s

    reaes do tratamento quimioterpico, a mesma no saa de casa e preferia no

    atender aos telefonemas que correspondiam contratao dos servios que sua

    empresa oferece.

    Aps o inicio da quimioterapia, a paciente relatava sentir-se mal s de pensar

    que precisaria retornar periodicamente ao hospital para dar continuidade ao

    tratamento. Ao focar o pensamento no tratamento quimioterpico nas aplicaes deCristais Radinicos, em algumas sesses, a paciente disse j no sentir mais o

    medo de ir ao hospital para a realizao do tratamento. J conseguia pensar na

    quimioterapia sem que o seu estado emocional se alterasse, aceitando assim sua

    atual condio, entendendo a necessidade do tratamento.

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    CONCLUSO

    A utilizao dos Cristais Radinicos, sem dvida, trouxe resultados positivos

    quando aplicados a paciente que ainda se encontra em tratamento quimioterpico,

    gerando benefcios no sentido de amenizar ou at mesmo sanar suas dores pelo

    corpo e demais sintomas diversos que a mesma apresentava a cada dia, como

    nuseas, vmitos, diarria, dores de estomago, boca seca e/ou amarga, sono,

    cansao.

    material de grande importncia para complementar as tcnicas da Medicina

    Tradicional Chinesa, visto que tem gerado muitos benefcios aos que j tiveram a

    oportunidade de receber tal tratamento.Faz-se necessrio continuar estudando seus efeitos, numa escala maior de

    pacientes observados e em diferentes patologias e compar-los, contribuindo assim

    para agregar esta tcnica a diversas outras que visem benefcios ao paciente, j que

    existem ainda pessoas que no se adaptam ao tratamento convencional com

    agulhas.

    tcnica simples, de efeitos rpidos, de fcil aplicao, e no gera o receio

    da dor ao paciente, sendo uma possibilidade a mais de tratamento para quem serecusa a usar agulhas.

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    BIBLIOGRAFIA

    Referncias Bibliogrficas

    WEN, TOM SINTAN. Acupuntura Clssica Chinesa. So Paulo: Cultrix, 2006, 226p.

    BREVES, RAUL. A Terapia do Bem Cristais Radinicos. 2010, 125p.

    MACIOCIA, GIOVANI. Os fundamentos da Medicina Chinesa. So Paulo: Roca,

    1996, 658p.

    PINOTTI, JOS ARISTODERNO; AGUIAR, LUIZ FERNANDO. Cncer de Mama.

    Srie: Avanos em Oncologia, Volume II. So Paulo: cone, 1992, 190p.

    YAMAMURA, YSAO. Acupuntura Tradicional: A arte de Inserir. 2 Ed. So Paulo:

    Roca, 2001, 919p.

    YAMAMURA, YSAO. Tratado de Medicina Chinesa. So Paulo: Roca, 1993, 691p.

    MAIKE, SONIA REGINA DE LIMA. Fundamentos Essenciais da Acupuntura

    Chinesa. So Paulo: Ed. cone, 2002. 425p.

    LOPES, ADEMAR; IYEYASU, HIDROFUMI; CASTRO, ROSA MARIA R. P. S.

    Oncologia para Graduao. 2 Ed. So Paulo-SP: Tecmedd, 2008, 768p.

    ROBBINS, STANLEY L.; COTRAN, RAMZI S.; KUMAR, VINAY; COLLINS,

    TUCKER. Fundamentos de Patologia Estrutural e Funcional. 6 Ed. Rio de Janeiro:

    Guanabara Koogan, 2001, 766p.

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    Referncias em Meio Eletrnico

    http://www.medichina.com.br/cristais.html

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    ANEXO

    Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

    Ttulo da pesquisa: Atuao dos Cristais Radinicos em paciente oncolgica, aps

    mastectomia de mama, em fase de quimioterapia.

    Orientador: Raul BrevesPesquisadores: Dbora Freire de Carvalho e Pauline Coradini.

    Eu, ___________________________, recebi orientao e descrio oral a respeito

    da pesquisa e da possibilidade de divulgao dos resultados do estudo. Estou ciente

    que seu objetivo observar a atuao e possveis benefcios dos Cristais

    Radinicos em pacientes em fase de tratamento quimioterpico. Estou ciente aindaque nenhuma compensao ser oferecida por essa participao, ficando-me

    assegurado o sigilo da identidade e direito de conhecer os resultados obtidos na

    pesquisa.

    Data: ___/___/2010.-

    Assinatura do participante: ______________________