Crônica

15
CRÔNICA Professora: Márcia Oliveira da Silva

Transcript of Crônica

  • 1. Professora: Mrcia Oliveira da Silva

2. Uma crnica uma narrao, segundo aordem temporal. O termo atribudo, porexemplo, aos noticirios dos jornais,comentrios literrios ou cientficos,que preenchem periodicamente as pginasde um jornal. 3. Crnica um gnero literrio produzidoessencialmenteparaser veiculadona imprensa, seja naspginas deuma revista, seja nas pginas de umjornal. Quer dizer, ela feita com umafinalidade utilitria e pr-determinada:agradar aos leitores dentro de um espaosempre igual e com a mesma localizao,criando-se assim, no transcurso dos diasou das semanas, uma familiaridade entreo escritor e aqueles que o lem. 4. A crnica , primordialmente, um textoescrito para ser publicado no jornal. Assimo fato de ser publicada no jornal j lhedetermina vida curta, pois crnica dehoje seguem-se muitas outras nas prximasedies. 5. H semelhanas entre acrnica eo texto exclusivamente informativo. Assimcomo o reprter, o cronista se inspira nosacontecimentos dirios, que constituem abase da crnica. Entretanto, h elementosque distinguem um texto do outro. Apscercar-se desses acontecimentos dirios, ocronista d-lhes um toqueprprio,incluindo em seu texto elementos comofico e fantasia, elementos que o textoessencialmente informativo no contm. Combase nisso, pode-se dizer que a crnicasitua-seentre oJornalismo ea Literatura, e o cronista pode serconsiderado o poeta dos acontecimentos dodia-a-dia. 6. A crnica, na maioria dos casos, um textocurto e narrado em primeira pessoa, ouseja, o prprio escritor est "dialogando"com o leitor. Isso faz com que a crnicaapresente uma viso totalmente pessoal deum determinado assunto: a viso docronista. Ao desenvolver seu estilo e aoselecionar as palavras que utiliza em seutexto, o cronista est transmitindo aoleitor a sua viso de mundo. Ele est, naverdade, expondo a sua forma pessoal decompreender os acontecimentos que o cercam. 7. Geralmente, as crnicasapresentamlinguagemsimples, espontnea,situada entre a linguagem oral e a literria.Isso contribui tambm para que o leitor seidentifique com o cronista, que acaba setornando o porta-voz daquele que l.Em resumo, podemos determinar cinco pontos:Narrao histrica pela ordem do tempo em quese deram os fatos.Seoouartigoespecial sobreliteratura, assuntos cientficos, esporte etc.,em jornal ou outro peridico.Pequeno conto baseado em algo do cotidiano.Normalmente possui uma crtica indireta.Muitas vezes a crnica vem escrita emtom humorstico. 8. Crnica Descritiva Crnica NarrativaOcorre quando umaTem por eixo umacrnicaexplora a histria,o que acaracterizao de seresaproxima do conto.animados e inanimadosPode ser narrado tantoem um espao, viva na 1 quanto na 3como umapintura, pessoa dosingular.precisacomoTexto lrico (potico,uma fotografia ou din mesmo em prosa).mica comoComprometidocomum filme publicado.fatoscotidianos ("banais", comuns). 9. Crnica Dissertativa Crnica Narrativo-Descritiva Opinio explcita,com argumentos mais quando uma crnica"sentimentalistas" do explora aque "racionais" (em caracterizao devez de "segundo seres,descrevendo-o IBGE a mortalidadeos. E, ao mesmo tempoinfantil aumenta no mostrafatosBrasil", seria "vejocotidianos ("banais",mais uma vez essescomuns) no qual podepequenos seres noser narrado em 1 oualimentarem sequer ona 3pessoadocorpo"). Expostosingular.tanto na 1 pessoa dosingular quanto nado plural 10. Crnica Humorstica Crnica PoticaApresenta uma visoApresenta versos poticosirnica ou cmica dosem forma de crnica.fatos apresentados. Crnica Jornalstica Crnica Lrica Apresentao de aspectosLinguagem potica eparticulares de noticias oumetafrica. Expressa o fatos. Pode ser policial,estado do esprito, as esportiva, etc.emoes do cronistadiante de um fato de umapessoa ou fenmeno.No Crnica Histricageral as emoes doescritor.Baseada em fatos reais, ou fatos histricos. 11. Amor um livro / Sexo esporteAmor para sempre / SexoSexo escolha / Amor sortetambm Sexo do bom / Amor doAmor pensamento / Teoremabem...Amor novela / Sexo cinema Amor sem sexo/ amizade Sexo imaginao / FantasiaSexo sem amor / vontade...Amor prosa / Sexo poesia... Amor um / Sexo dois O amor nos torna / PatticosSexo antes / Amor depois...Sexo uma selva /Deepilticos... Sexo vem dos outros / E vai emboraAmor cristo / Sexo pagoAmor vem de ns / E demora...Amor latifndio/ Sexo invasoAmor cristo / Sexo pagoAmor divino / Sexo animalAmor latifndio/ Sexo Amor bossa nova/ Sexo invasocarnaval Amor divino / Sexo animalOh! Oh! Uh!Amor bossa nova / Sexo carnaval Oh! Oh! Oh! Amor isso / Sexo aquilo E coisa e tal! / E tal e coisa! Uh! Uh! Uh! Ai o amor! / Hum! O sexo! 12. Amor propriedade. Sexo posse. Amor a lei; sexo invaso.O amor uma construo do desejo. Sexo no depende denosso desejo; nosso desejo que tomado por ele. Ningum semasturba por amor. Ningum sofre com teso. Amor e sexo, socomo a palavra farmakon em grego: remdio ou veneno - dependeda quantidade ingerida. O sexo vem antes. O amor vem depois. No amor, perdemos acabea, deliberadamente. No sexo, a cabea nos perde. O amorprecisa do pensamento. No sexo, o pensamento atrapalha.O amor sonha com uma grande redeno. O sexo sonha comproibies; no h fantasias permitidas. O amor o desejo deatingir a plenitude. Sexo a vontade de se satisfazer com afinitude. O amor vive da impossibilidade - nunca totalmentesatisfatrio. O sexo pode ser, dependendo da posio adotada. Oamor pode atrapalhar o sexo. J o contrrio no acontece. Existeamor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos. 13. O amor mais narcisista, mesmo entrega, na doao. Sexo maisdemocrtico, mesmo vivendo do egosmo. Amor um texto. Sexo umesporte. Amor no exige a presena do outro. O sexo, mesmo solitrio,precisa de uma mozinha. Certos amores nem precisam de parceiro;florescem at na maior solido e na saudade. Sexo, no - mais realista.Nesse sentido, amor uma busca de iluso. Sexo uma bruta vontadede verdade. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora. O amor vem dens. O sexo vem dos outros. O sexo uma selva de epilpticos (N.Rodrigues). O amor inventou a alma, a moral. O sexo inventou a moraltambm, mas do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.O amor tem algo de ridculo, de pattico, principalmente nas grandespaixes. O sexo mais quieto, como um caubi - quando acaba avalentia, ele vem e come. Eles dizem: Faa amor, no faa a guerra.Sexo quer guerra. O dio mata o amor, mas o dio pode acender o sexo.Amor egosta; sexo altrusta. O amor quer superar a morte. No sexo,a morte est ali, nas bocas. O amor fala muito. O sexo grita, geme,ruge, mas no se explica. 14. O sexo sempre existiu - das cavernas do paraso at as saunasrelax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetasprovenais do sculo XII e, depois, relanado pelo cinema americanoda moral crist.Amor literatura. Sexo cinema. Amor prosa; sexo poesia.Amor mulher; sexo homem - o casamento perfeito do travesticonsigo mesmo. O amor domado protege a produo; sexo selvagem uma ameaa ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a nicamaneira de control-lo program-lo, como faz a indstria dasacanagem. O mercado programa nossas fantasias.No h saunas relax para o amor, onde o sujeito entre e seapaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um amorzinho parainiciar. O amor virou um estmulo para o sexo. 15. O problema do amor que dura muito, j o sexo dura pouco. Amorbusca uma certa grandeza. O sexo mais embaixo. O perigo do sexo que voc pode se apaixonar. O perigo do amor virar amizade. Comcamisinha, h sexo seguro, mas no h camisinha para o amor. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor a lei.Sexo a transgresso. Amor o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho doscasados. Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade,da surpresa. O grande amor s se sente na perda. O grande sexosente-se na tomada de poder. Amor de direita. Sexo, de esquerda -ou no, dependendo do momento poltico. Atualmente, sexo dedireita. Nos anos 60, era o contrrio. Sexo era revolucionrio e oamor era careta.