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INSTITUTO DE EDUCACIÓN SUPERIOR “SAN FERNANDO REY” CUADERNILLO PARA INGRESANTES 2018 Correo: [email protected]

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INSTITUTO DE EDUCACIÓN SUPERIOR “SAN FERNANDO REY”

CUADERNILLO

PARA INGRESANTES

2018

Correo: [email protected]  

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Apresentação 

 

Bem-vindos ao curso de Português do IES “San Fernando Rey”! 

 

Nos próximos dias compartilharemos um espaço de encontro com a língua                     

portuguesa, no qual a reflexão, a discussão e a produção escrita serão os                         

eixos norteadores em cada aula.  

 

Para isso, trabalharemos com textos escritos e vídeos a partir dos quais                       

refletiremos sobre o que é ser professor de uma língua estrangeira; além,                       

analisaremos alguns estereótipos e representações que circulam na nossa                 

sociedade sobre a língua portuguesa e, finalmente, entraremos no mundo da                     

lusofonia.  

 

É fundamental compreender que nestes dias de leituras e discussões                   

falaremos em e sobre a língua portuguesa e, nesse sentido, os aspectos                       

linguísticos/gramaticais não serão o alvo das aulas, muito pelo contrário,                   

serão um ponto a mais entre outros para serem ensinados e estudados.   

 

❏ E vocês? O que vocês esperam destes encontros?   

❏ Qual é sua relação com a língua portuguesa?   

Sugerimos preencher o quadro seguinte para tornar visível seus conhecimentos sobre o português:

Muito Bastante Pouco Nada

Estudei português numa instituição...

Viajei para o Brasil...

Sei ler em português...

Posso compreender um áudio...

Sei escrever ...

Posso falar...

O tempo que tenho para estudar é...

Eu quero ser professor...

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TEXTO 1 - Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qB6GAEXdv4w

Atividades:

1) O que vocês pensam sobre o vídeo que assistimos? 2) Vocês acham que essa pessoa conseguiu seu objetivo? Ele se comunicou? 3) Qualquer um pode falar português? 4) O personagem do vídeo poderia ensinar português? Por quê? 5) O que é necessário saber para dar aulas de línguas estrangeiras (português)?

TEXTO 2 - Fonte http://www.clarin.com/br/Cuidado-com-portunhol_0_1036096757.html

Leia o texto e resolva as seguintes questões:

1) Você sabe o que são os falsos cognatos? 2) Vocês conhecem alguns exemplos? 3) Portunhol ou não portunhol na aula de PLE? Por quê? 4) A partir dos falsos amigos apresentados no texto escreva um e-mail em português

para um amigo explicando com suas palavras o por quê do português e do espanhol serem tão parecidos e advertindo sobre o uso do portunhol. Use pelo menos 5 palavras da lista enunciada.

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ARMADILHAS DO IDIOMA

Cuidado com o portunhol  

Fortes semelhanças entre o português e o espanhol geram muitas vezes palavras definidas como sendo do "portunhol". Veja aqui a lista que estamos preparando.

Por Marcia Carmo Aguinaldo: No Brasil, é um nome próprio masculino. Na Argentina, sinônimo do 13º salário. Fica divertido para um brasileiro quando aqui trabalhadores erguem faixas dizendo: "Queremos aguinado" ou "Nosso aguinaldo está atrasado" ou ainda "Queremos aguinaldo completo". Bañero: salva-vidas. Na praia, se precisar, grite então 'banhero' e para ir ao banheiro, pergunte por 'baño' (leia-se banho). Exemplo: 'Donde está el baño?' ('Onde fica o banheiro?'). E salva-vidas? é o nosso 'pneu' (aquela excesso em torno da cintura). Borracho: em espanhol é alguém que bebeu demais. E em português também é ébrio. Mas para nós brasileiros é mais comum, hoje, o uso de "bebado" ou "bebum". Soube de argentinos que riram quando leram a nossa 'borracharia' no Brasil. Imaginaram ser lugar de encontro de 'borrachos'. Em tempo: para eles, a nossa 'borracharia' é 'taller' (leia-se tajer) ou ainda 'taller mecánico' (leia-se tajer mecânico). Borrachera: bebedeira, borracheira. Mas como no caso do "borracho", que está no dicionário Aurélio, como nos alertou uma leitora da Colômbia, é muito mais comum usarmos bebedeira quando alguém bebe demais no Brasil. No popular, "encheu a cara". Corpiño: (leia-se 'corpinho') Não é como falamos no Brasil uma pessoa esbelta. Mas 'sutiã'. Um amigo brasileiro disse em Buenos Aires para uma garçonete bonitona. "Você tem trinta anos, mas com 'corpinho' de vinte". E ela, argentina, pensou que ele se referia ao tamanho de seu busto e não ao seu corpo perfeito. Cubiertas: se você pedir uma "cubierta" porque está sentindo frio, ninguém vai entender nada. Cubierta é pneu de automóvel. Cubiertos: não é uma coberta ou cobertor. São talheres. E a nossa coberta? Para eles, é 'frazada'. Embarazada: grávida Exquisito: essa palavra nos confunde porque trata-se de um "falso amigo" - mesma palavra e significado totalmente diferente nos dois idiomas. Em português, "esquisito" é sinônimo de algo estranho, excêntrico. Em espanhol, o adjetivo é empregado para definir uma pessoa ou

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um prato, por exemplo. Delicioso e gostoso à mesa. E pessoa com grana ou influente, como indica o título do livro do escritor argentino Adolfo Bioy Casares - "Diccionario del argentino exquisito". Fuego: em português é 'fogo'. Mas essa é só uma das palavras que ajudam a fortalecer a inevitável existência do portunhol. É ampla a lista para as palavras nas quais temos apenas que trocar 'o' por 'ue'. Outro exemplo, a nossa 'roda' para eles é 'rueda'. Gran barata: Não é uma barata (cucaracha) grande. Mas uma baita liquidação (liquidación) em alguma loja. Groso: (leia-se grosso). Para nós, brasileiros trata-se de uma pessoa sem classe, um bruto. Para os argentinos, o adjetivo é sinônimo de alguém "poderoso" ou "genial". Assim, uma mulher "grosa" é poderosa. Mala: em português é o que usamos para levar roupas e outros objetos em uma viagem. A palavra é também associada a uma pessoa chata, insuportável. Na Argentina, mala é uma pessoa má. 'Una mala persona'. E o que para nós brasileiros é 'um mala', para eles é alguém 'pesado' (chato). Para eles, argentinos, quando alguém é chato demais é, então, 'muy pesado' - sinônimo do nosso 'muito mala'. Pan dulce: é como os argentinos (e outros do idioma espanhol) chamam o que para nós é o panetone. Pelado: para nós, brasileiros, é uma pessoa sem roupa - pelado, pelada. Para nossos vizinhos, é sinônimo de 'careca'. E para eles quando alguém tira a roupa toda está 'desnudo' ou 'desnuda'. No Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras, 'pelada' é também um jogo de futebol entre amigos. 'Vamos jogar uma pelada'. Picada: para os brasileiros, a palavra é logo associada a 'picada de mosquito'. Para os argentinos, ela pode ser uma 'picada' de automóveis - quer dizer, para nós brasileiros, 'um pega'. Para nossos vizinhos, 'picada' é também sinônimo de pedir uma entrada de queijos e outros frios para acompanhar um vinho ou uma cerveja em um bar ou restaurantes. Poderia ser quase o nosso, 'vamos beliscar' alguma coisa. Presunto: palavra comum para nós brasileiros, na hora de preparar o sanduíche, presunto é "jamón" (leia-se ramón) em espanhol. Causa surpresa quando vemos nos jornais ou na tela da TV quando escrevem aqui na Argentina: "Presunto violador" preso pela polícia. Quer dizer, suposto violador. Para nós brasileiros, uma pessoa também pode "virar presunto" (cadáver). Mas a frase é pouco elegante. Propina: gorjeta. E o que para nós brasileiros é propina, para eles é "coima". Saco: casaco. Para um brasileiro costuma ser, no mínimo, estranho ouvir quando eles perguntam se "ese saco es suyo" (leia-se: esse saco é sujo?). Quer dizer, se o casaco é

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seu. É comum que pensem outra coisa, mais maldosa. Mas é só mais uma das armadilhas do portunhol. Sorbete: (leia-se sorvete). Significa canudo. E nosso sorvete é "helado". Suciedad: aos nossos ouvidos brasileiros a palavra pode ser confundida com "sociedade". Mas em espanhol sociedade é também sociedade. E "suciedad" significa algo muito menos nobre: sujeira. Tarado: em português, a palavra é empregada para definir um homem louco por sexo e, neste sentido, perigoso e sem escrúpulos. Em espanhol, um tarado é simplesmente um bobo, imbecil ou idiota. Taza: xícara. Vaga: no Brasil, é uma vaga na garagem, no estacionamento (playa) ou para matricular o filho na escola. Mas para os argentinos, é uma pessoa preguiçosa. Vaso: copo E por quê o português e o espanhol são tão parecidos? Entrevista: Camila do Valle, do Rio de Janeiro, com doutorado em lusofonia, estudiosa do portunhol, ex-presidente da Fundação Centro de Estudos Brasileiros, em Buenos Aires: “Até o século XIII era um só idioma (na Península Ibérica). Mas o maior fantasma de Portugal sempre foi a Espanha, que era o reino de Castela. Portugal tinha muito medo de ter que submeter a sua coroa à coroa de Castela. Para se diferenciar da Espanha, Portugal começou a fortalecer toda a sua história, que foi escrita do jeito que as pessoas falavam dentro daquela fronteira de Portugal. Foram contratados cronistas dos reis para escrever um idioma como aquele povo falava. Eles começaram a produzir uma diferenciação da língua entre o português e o que era falado na Espanha. A língua foi chamada de galego português”. Vem daí o portunhol? “Claro. A língua é o uso e há muita chance de o portunhol de fato começar a se desenvolver, porque existe este histórico que vem do século treze e de idiomas que têm raízes próximas. Se formos mais atrás ainda, vamos parar no latim. Sendo que o português veio do latim vulgar, vulgo, vulgar, no sentido do povo. Era o povo que falava esse latim errado gramaticalmente e que se tornou o português. No século treze, por exemplo, ‘fror’ era a forma correta de falar ‘flor’. Mas como as pessoas não sabiam falar “fror” e falavam “flor” erradamente o que se estabeleceu, depois, foi “flor”. O idioma é vivo, democrático. E o portunhol algo a ser levado a sério”.

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Atividades: Depois de ler o texto responda:

1) Você conhece o gênero ao qual ele pertence? 2) Onde foi publicado? 3) Quais são as características principais?

TEXTO 3 -DEVER DE CASA - Fonte: Anexo 8 do trabalho de MIYAKI, Nina Atuko Mabuchi. Humor e ironia no material didático para o ensino de português -língua estrangeira. Cadernos do Centro de Línguas, n°1, p. 65-67.1997.

Eu não falo português

Daniel Samper Pizano A diferencia de la mayoría de las personas –que entienden idiomas pero no los hablan- a mí me sucede con el portugués que lo hablo pero no lo entiendo. Es decir aprendí la música pero me falta la letra. Y como saben que adoro a Brasil aunque nos haya secuestrado a Amparito Grisales, mis amigos me aconsejaban que tomara unas clases para aprenderlo como Deus manda. Yo pensé que era una pendejada pues español y portugués se parecen tanto que no precisaba tomar clases. Sin embargo, para salir de dudas, resolví preguntárselo a Norma Ramos, una buena amiga brasileña con la que me encontré cierto día en que ambos almorzábamos en una churrasquería rodízio.

-Norma: dime la verdad. Siendo el portugués un dialecto derivado del español, tu crees que necesito tomar clases de portugués?- le pregunté con el mejor portugués de que fui capaz. -Al fondo a la derecha- me contestó Norma, y siguió comiendo. Fue una experiencia terrible. Allí mismo decidí que no solo iba a tomar clases de portugués, sino que Norma tendría que ser mi profesora. Ella-que es puro corazón y mechas rubias aceptó con resignación misericordiosa. Y como yo le insistiera que me hablase en portugués todo el tiempo, me dijo que desde el lunes nos sentaríamos a estudiar dentro de su escritorio. Me pareció bastante estrecho el lugar pero llegué ese lunes decidido a todo. Yo creía que el portugués era el idioma más fácil del mundo. Pero la primera lección que saqué es que resulta peligrosísimo justamente por lo que uno cree que se trata de español deshuesado. Escritório no quiere decir escritorio, sino oficina: en cambio, oficina quiere decir taller: y talher significa cubiertos de mesa. No me atrevía a preguntar a Norma como se dice escritorio (nuestro tradicional escritorio de cajones y bode, en el caso de gerentes de medio pelo; pero ella que es tan inteligente, lo adivinó en mis ojos aterrados. “Escritorio se dice escrivaninha”, observó Norma. “¿Escriba niña?”, comenté desconcertado. “Así les decimos a las secretarias”. Norma sonrió con benevolencia. Le pedí que decretáramos un rato de descanso. “Un rato en portugués es un ratón”, respondió inflexible. “Fijate lo que me pasa por hablar como un loro”, traté de disculparme.

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“Un louro en portugués es un rubio” dijo ella. “ Y rubio seguramente se dirá papagayo”, comenté yo tratando de hacer un chiste. Glacial, Norma aclaró. -Ruivo es pelirrojo: y papagayo es loro. -perdóname, Norma, pero es que yo hablo mucha basura. -Vassoura no. Lixo. Vassoura quiere decir escoba. -Y escoba significa...? -Escova significa cepillo. -Era suficiente para el primer día. A la siguiente lección regresé dispuesto a cometer menor cantidad posible de errores. Le rogué a Norma que me regalara un tinto, a fin de empezar con la cabeza despejada. Me lo trajo de café brasileño, a pesar de lo cual quise ser amable y lo encontraba exquisito- insistí yo, sin saber que ya había cometido el primer error del día. “Esquisito quiere decir en portugués, desagradable, extraño”, suspiró Norma. Confundido, le eché la culpa a la olla. “La panela, en portugués es la olla”, dijo Norma. “Y olla no quiere decir nada?” pregunté yo. “Olha quiere decir mira” contestó ella. “Supongo que tendrán alguna palabra para panela”me atreví a decir. “Panela se dice rapadura”, sentenció Norma. No quise preguntar cómo llamaban a la raspadura. Simplemente le dije que salía un segundo al baño y solo volví una semana más tarde. Norma estaba allí, en su escritorio (en su panela? en su lixo?), esperándome con infinita paciencia. Siempre en portugués, le pedí perdón y le dije que me tenía tan abrumado el portugués, que ya no me acordaba de mi apellido. “De su sobrenome, dirá” comentó ella: “apelido quiere decir apodo”. Intenté sonreír: “Trataré de no ser tan torpe”. No exagere: torpe es infame; inábil sí es torpe”. Con este nuevo desliz se me subió la temperatura. Quise tomar un vaso de agua (“vaso es florero-corrigió ella-; copo es vaso y floco es copo”) y me justifiqué diciendo que el viaje hasta su escritorio había sido largo, porque venía de una finca. “Comprido, no largo; fazenda, no finca”, dijo Norma. “Largo quiere decir ancho, así como salsa significa perejil y molho significa salsa”. Me di por vencido. Acepté que el portugués era un idioma difícil y entonces sí se le iluminaron los ojos a Norma. La cuestión era de orgullo. De ahí en adelante no me regañó sino que me mostró todas las diferencias que existen entre palabras homófonas de los idiomas. Caro se dice costoso, porque custoso quiere decir difícil; morado se dice roxo, porque rojo se dice vermelho, escenario se dice palco, porque palco se dice camarote; cadeira no es cadera sino asiento; bilhete no es billete sino nota, pero en cambio nota só quiere decir billete; maluco es loco y caprichosa es limpia; distinto es distinguido y presunto es jamón. “Pero- remató Norma- sobre todo, nunca vas a decir buseta en el Brasil, porque buseta en realidad es cuca y cuca quiere decir cabeza, de manera que esta última, aunque no la puedes decir en Cuba, sí puedes mencionarla en el Brasil”. Era demasiado. Pedí permiso para no volver nunca a clases de portugués, el idioma más difícil del mundo. Norma me preguntó por qué. -La verdad, Norminha, estoy “mamao”... -Mamao, no- corrigió Norma antes que yo huyera para siempre: esgotado. Mamão quiere decir papaya. Pero no vas a decirlo nunca en Cuba. Atividades:

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Depois de ler o texto responda 1. Você conhece o gênero ao qual ele pertence? 2. O que o autor acha sobre a língua portuguesa? Por quê? 3. Selecione 5 palavras do texto lido e escreva um glossário semelhante ao do texto

número 2.

TEXTO 4 - Rajagopalan (2003) Por uma lingüística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. Parábola Editorial, SP (p. 69)

As línguas são a própria expressão das identidades de quem delas se apropria. Logo quem transita entre diversos idiomas está redefinindo sua própria identidade. Dito de outra forma, quem aprende uma língua nova está se redefinindo como uma nova pessoa. (Rajagopalan, 2003: 69)

Atividades: Trabalhe com seu colega mais próximo, releiam a citação e discutam sobre as ideias apresentadas pelo Linguista índio Kanavillil Rajagopalan. Levem em consideração o conceito implícito de língua e de identidade colocados, para após serem debatidos com a turma toda.

TEXTO 5 - DEVER DE CASA

Atividade:

Leia com muita atenção o texto a seguir e escolha, pelo menos, dois conceitos apresentados pela professora Volpi para serem discutidos na próxima aula com a turma toda.

Vilson J. Leffa (Organizador) ASSOCIAÇÃO DE LINGÜÍSTICA APLICADA DO BRASIL O Professor de Línguas Estrangeiras Construindo a profissão 2ª Edição 8

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EDUCAT Editora da universidade Católica de Pelotas Pelotas − 2008

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A formação de professores de língua estrangeira frente aos novos enfoques de sua função docente

Marina Tazón Volpi Pontifícia Universidade Católica − RS (...) ser professor hoje em dia é ser um mediador no encontro entre o indivíduo e a massa de informação real, conjetural e mitológica que continuamente o ameaça e parece ultrapassá-lo, um encontro no qual a seleção e o uso dos conhecimentos é muito mais importante de que sua absorção. (GLOBE e PORTER,1980, p. 56) A educação é, em nossa opinião, o alicerce sobre o qual se constrói a sociedade do futuro. Suchodolschi (1979, p. 458) manifesta seu posicionamento quanto à necessidade de um profundo questionamento do processo educativo quando afirma que “a preparação do homem moderno para as tarefas exigidas por nossa civilização requer a reorganização profunda da instrução e da educação”. É nesse sentido que os avanços da investigação na área psicopedagógica têm mostrado a necessidade ingente de modificações na formação de docentes, modificações essas determinadas não somente a partir de uma profunda reflexão nesse campo do conhecimento mas também nas circunstâncias sóciopolíticas. A sociedade está passando por rápidas e drásticas mudanças em todos os âmbitos, e essas transformações têm redundado em um amplo questionamento quanto ao processo educativo como um todo, mas principalmente no que diz respeito à função docente. O professor não mais pode ser encarado apenas como um mero monopolizador do saber e transmissor de conhecimentos, senão como aquele que deve desempenhar um papel decisivo na preparação das pessoas para a vida. Globe e Porter (1980) aludem à mudança de perspectiva na função docente decorrente das próprias alterações impostas pela nova realidade cultural e social. No enfoque tradicional, afirmam os autores, a comunidade determinava as áreas de conhecimento que deviam ser ministradas, selecionando as pessoas que possuíssem esse tipo de saber e encarregando-as de transferi-lo repetida e sistematicamente, institucionalizando, dessa maneira, a função docente e limitando-a à transmissão de um conhecimento supostamente finito e imutável, pressupondo que o objetivo da educação e da aprendizagem é meramente acumular um elenco de conhecimentos provenientes da simples memorização. No âmbito do ensino de língua estrangeira, a função do professor se limitava à mera aplicação de um método ou à utilização de materiais didáticos previamente elaborados, e, como mero instrutor, transmitir os seus conhecimentos a partir de decisões tomadas sem sua participação direta e com o respaldo de teorias lingüísticas na maioria das vezes por ele desconhecidas. O professor era considerado, assim, o único responsável pelo processo de ensino e o aluno um agente passivo. Numa nova visão da função docente, o professor há de ser um indivíduo consciente de que ele não é o detentor do monopólio do saber, de que o conhecimento, por ser multifacetado, representa um permanente desafio às suas crenças e convicções: de que o ser humano está em constante processo de aprendizagem,e, conseqüentemente, a sua responsabilidade não se limita à transmissão de informações, mas deve atender a funções sociais mais abrangentes. Como destacam Globe e Porter (1980, p. 57), o professor "mais que uma fonte ou um provedor, é alguém que guia em direção às fontes, um organizador das oportunidades de aprendizagem e um instrutor nas técnicas de investigação e reflexão”.Nessa drástica mudança na definição do papel do

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docente, o processo de ensino e aprendizagem constitui-se em um compartilhar de responsabilidades, onde tanto o professor como o aluno interferem de forma integrada e solidária, e, como destaca Martín Peris (1993, p. 178) “o ensino é o subsidiário da aprendizagem:o aluno aprende e é responsabilidade do professor facilitar ou possibilitar sua aprendizagem”. A mudança na função do docente faz com que este se depare com uma série de novas incumbências a ela inerentes. A primeira delas é a diagnose, que conforme Globe e Porter (1980,p. 64) "implica um cálculo acertado das necessidades do indivíduo”, cálculo esse oriundo das decisões tomadas a partir da análise do tipo de conhecimentos, habilidades e aspectos culturais das sociedades e das circunstâncias específicas onde o processo educacional há de desempenhar-se. Tratando- se de um professor de língua estrangeira, como ressalta Martín Peris (1993), é necessário detectar, além dos aspectos anteriormente citados, as necessidades de aprendizagem e as necessidades comunicativas dos alunos. A diagnose há de redundar no estabelecimento de ideais e metas a serem alcançadas, mediante a constatação das reais condições da sociedade. Essa nova postura implica um diálogo com os co-participantes no processo – os alunos − manifestando-se, assim, uma nova função do docente: a de negociador de objetivos e procedimentos. Essa incumbência desemboca na função do professor como facilitador da aprendizagem do aluno, como bem se especifica no Plan Curricular del Insitiuto Cervantes (p.100), onde se destaca que “o intercâmbio de opiniões com os alunos sobre os objetivos, os conteúdos e os procedimentos pedagógicos é uma parte essencial do trabalho do professor e uma forma de fomentar nos alunos uma maior autonomia na aprendizagem”. Ao mesmo tempo, constata-se sua função de transmitir informações, assessorar e atender aos alunos sempre que a situação assim o exija. A identificação das necessidades conduz à elaboração de respostas para bem atendê-las. A função docente, nesse particular,centra-se na organização, planificação e coordenação das atividades a serem desenvolvidas na sala de aula, preparando e selecionando os materiais e procedimentos para cada situação concreta. A organização implica um processo de investigação. O professor deverá procurar agir a partir de um estudo da variada gama de procedimentos pedagógicos e selecionar aqueles que possam vir a ser os mais adequados ao seu grupo de alunos. Essa investigação há de ter como base uma ação reflexiva que, a partir da análise do que ocorre em sua sala de aula, possa promover a correção dos possíveis “erros de percurso”, num constante e profícuo diálogo com seu entorno. Finalmente, destaca-se a função do professor como avaliador.A avaliação, quando adequadamente realizada, constitui a prova evidente de que tanto a diagnose como a resposta foram acertadas, devendo ter uma relação sólida com os objetivos estabelecidos e mostrar a evidência do aproveitamento do estudante face a esses objetivos. Neste particular, o docente tem que dominar técnicas especializadas, além de possuir uma aguda habilidade psicológica não só para realizar a avaliação dos estudantes mas também −e principalmente− para melhor orientá-los na prática da auto-avaliação sincera, que, conforme afirmam Globe e Porter (1980, p. 66) “deve introduzir-se no processo educativo o antes possível para que a responsabilidade de avaliar os resultados possa ser transferida progressiva e eficazmente do professor para os alunos”. Ao mesmo tempo, contudo, a auto-avaliação deve fazer parte do cotidiano do professor, no sentido de, honesta e realisticamente, refletir sobre sua ação pedagógica e, se necessário,buscar os rumos mais adequados para melhorar seu próprio desempenho docente. A nova função do docente remete, da mesma forma, a uma relação mais próxima tanto com seus colegas como com profissionais que atuam em outras áreas do conhecimento, uma aproximação inter e transdisciplinar cordial, respeitosa e responsável que o ajudará a melhor levar a cabo a sua tarefa. Se encararmos as instituições escolares, o ambiente físico,intelectual e afetivo que deve promover o crescimento global da pessoa, o currículo deverá ser considerado como algo que vai além das experiências vivenciadas nesse ambiente, numa busca de adaptação à realidade que o rodeia. Assim, a importância da elaboração e do desenvolvimento do currículo na nova função docente é inquestionável, já que o currículo não mais pode ser considerado simplesmente como a organização e distribuição lógica das matérias em unidades a serem desenvolvidas num determinado espaço de tempo e numa ordem psicológica arbitrariamente considerada adequada.

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Ao encararmos as novas perspectivas da função docente,percebemos que, sem dúvida, a docência constitui um dos âmbitos mais complexos do trabalho humano. Para realizá-la exitosamente,é mister que o professor possua, além de uma visão lúcida e crítica da sociedade, determinadas aptidões que dêem suporte teórico-prático a sua tarefa. Scherbakov (1979, p. 327-30) destaca os seguintes componentes: _ profundo conhecimento não só da matéria que leciona como também da teoria do conhecimento e das ciências pedagógicas; _ aptidão de descobrir nexos e relações entre os diferentes conceitos; _ aptidão de vincular organicamente os conhecimentos que os alunos adquirem nas diferentes matérias em um sistema único de noções científicas; _ capacidade de valer-se dos diversos meios de comunicação de massa para desenvolver a atividade cognitiva do aluno, sua iniciativa social e sua independência. Como se pode observar, atualmente se requer do ensinante uma série de funções que não mais se restringem ao campo cognitivo (isto é, à quantidade e organização do conhecimento de conteúdo do ensino). Sánchez (1988) enfatiza a responsabilidade social do docente, que como trabalhador social por excelência (Mosquera, 1989, p. 10), deve direcionar seu fazer ao aluno e seu desenvolvimento como indivíduo e como membro da sociedade, preparando-o de forma contínua e abrangente para exercer seus direitos e deveres como cidadão. Da mesma forma, como mediador, deve dirigir e orientar a aprendizagem, estimulando,assim, o crescimento pessoal do educando e fazendo dele precioso instrumento de transformação e avanço social. As considerações sobre as novas perspectivas da função docente e das exigências cada vez maiores em relação aos professores levam-nos a alguns questionamentos quanto à sua formação. García Santa-Cecilia (1995, p. 123-24) destaca que esta “deve ir mais além da idéia de treinamento profissional”, que “não deve consistir somente em assistir a cursos, seminários ou jornadas nos quais se apresenta a informação sobre aspectos teóricos particulares ou experiências realizadas por outros, mas deverá responder a um enfoque profissional que considere a experimentação pedagógica, o trabalho em equipe e o intercâmbio de idéias com outros professores o fator decisivo para o êxito da tarefa docente”. A primeira questão que merece ser encarada a partir dessas considerações é: a quem compete a formação de professores de língua estrangeira? Em nossa opinião, essa é uma incumbência específica da Universidade, já que esta é a instituição capaz de realizar o que Llobera (1993, p.139) considera uma “formação bem articulada de professores de língua estrangeira”: concreta, prática, adequada às necessidades de atuação dos docentes e que permita a integração dos conhecimentos teóricos com a prática, possibilitando ao futuro professor a realização de seu trabalho com segurança e competência. No âmbito acadêmico, efetivamente, a questão tem sido muito discutida. Inúmeras investigações têm tentado traçar o perfil do ensinante eficaz, mas essas investigações, ao que parece, pouco têm sido levadas em conta na elaboração de currículos e/ou programas que tenham redundado na efetiva melhora da preparação de pessoas adequadamente aptas ao trabalho na sala de aula. Infelizmente, o que tem se observado é que currículos atomizados, excessivamente teóricos e distanciados da realidade não têm atendido às necessidades dos futuros professores, desencadeando, assim, uma série de frustrações e inseguranças naqueles que precisam enfrentar o enorme desafio de situações concretas em sala de aula. Parece-nos que, no intuito de superar essa situação, as instituições de ensino superior deveriam promover a realização de um fórum onde se discutisse a questão e se tentasse desvelar os caminhos a ser seguidos. Da questão anteriormente posta deriva uma segunda questão: que aspectos deveriam ser privilegiados nessa formação? O objetivo do presente trabalho não é, claro está, formular propostas para a reformulação dos currículos de Licenciatura. Portanto, nos limitaremos a externar algumas reflexões sobre o tema. Parece-nos que a formação do professor de língua estrangeira deveria abranger os seguintes âmbitos: Âmbito lingüístico, ou seja, o preparo específico nas diferentes áreas do conhecimento que venham a

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permitir ao futuro docente a obtenção de uma base teórica para desenvolver seu trabalho de com competência e seriedade. Neste particular, destacaríamos a necessidade de um sólido conhecimento da língua que vai ensinar e dos aspectos sócio-culturais que a configuram e determinam. Essa formação implicaria, da mesma forma, o estabelecido em dois eixos de conhecimento: o conhecimento do que é uma língua e das teorias sobre como se aprende uma língua. Âmbito pedagógico, enfocando a integração dos conhecimentos teóricos à prática docente, ou seja: levar o futuro docente a aplicar de forma coerente seus conceitos sobre o que é falar uma língua e o que é aprendê-la. Este âmbito abrangeria, por um lado, didática e metodologia, compreendendo os conhecimentos sobre as bases teóricas da didática de qualquer disciplina e a sua aplicação ao ensino da língua estrangeira bem como conhecimentos sobre a didática específica de língua estrangeira. Por outra parte, no que diz respeito à atuação, um estágio supervisionado que oportunizasse a observação e discussão da maneira como os princípios teóricos se concretizam em sala de aula bem como a avaliação tanto do processo como do resultado da ação docente. Ao mesmo tempo, uma atuação direta em sala de aula que lhe permitisse a plena realização das funções anteriormente especificadas bem como familiarização com o tipo de instituição onde vai desenvolver seu trabalho e com a realidade que há de enfrentar no seu dia a dia. Âmbito personalógico. Scherbakov (1979) dá ênfase especial ao enorme significado das qualidades personalógicas do professor, bem como à sua capacidade, moralidade, convicção, tato e rasgos de caráter, destacando, também, que na estrutura da tarefa docente é indispensável contar com aptidões e hábitos que correspondam à atividade construtiva, organizadora, comunicativa e investigativa para poder, de forma criativa e efetiva, ensinar,educar e ajudar os alunos a desenvolver suas potencialidades. Nesse sentido, parece-nos, uma formação do docente que se pretenda como integral e abrangente não deveria deixar de contemplar o aperfeiçoamento do futuro professor como pessoa, buscando, como salienta Martín Peris (1993, p.179), o desenvolvimento de sua sensibilidade intercultural, já que, mais que nenhum outro, o professor de língua estrangeira, como ponte entre diferentes culturas, há de caracterizar-se pelo “respeito às diferentes identidades, convicções e estilos de vida entre as quais desenvolve o seu trabalho”. MOSQUERA (1990), ao abordar a questão, enfatiza a necessidade de que a formação do docente vá além da ênfase na competência técnica, resgatando o compromisso com o humano, na busca da síntese do profissional com o ser humano que há nele, numa perspectiva de educação de valores, capaz de propiciar-lhe um posicionamento ético para assumir seu papel numa sociedade em constante mudança. Nessa linha de posicionamento, o referido autor (1992, p. 53) destaca: "a relevância da educação moral de um mundo que precisa ser melhor equacionado e conhecido onde não apenas impere o 'saber tecnológico' ou o 'saber científico', mas onde exista um respeito fundamental pela pessoa humana no seu encontro com os outros à procura de valores mais válidos e coerentes". Ao concluir o presente trabalho, gostaríamos de, mais uma vez, enfatizar a enorme necessidade de repensar a formação de professores de língua estrangeira e a responsabilidade que as instituições de ensino superior têm nesse processo. Julgamos que essa formação deve ir mais além das regras, fatos, procedimentos e teorias pré-estabelecidas pela investigação científica. Deve proporcionar ao futuro profissional as “ferramentas” que, segundo a concepção de Vygotsky (1987) lhe possibilitem não somente aplicar técnicas estandardizadas e consagradas, mas aprender a elaborar novas estratégias para seu fazer pedagógico, buscar novos rumos para sua compreensão da realidade, enfim, novas perspectivas para abordar, enfrentar e resolver os problemas com que se depara. Acreditamos que só dessa maneira se poderá preparar profissionais capazes de, ao mesmo tempo, agir e refletir sobre sua ação, construindo passo a passo seu próprio conhecimento profissional, o que certamente superará o conhecimento rotineiro e convencional meramente guiado pela limitada racionalidade tecnológica.

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TEXTO 6 - Fonte http://noticias.r7.com/domingo-espetacular/videos/-professor-recebe-homenagem-especial-de-alunos-no-

ultimo-dia-de-aula-05032017

Atividades

1. O que podemos observar na imagem? 2. Onde foi publicada essa notícia? 3. Que características apresenta esse gênero discursivo (a notícia)? Como está

organizada? 4. Agora, vamos assistir ao vídeo? Vamos lá!

a. Mude o título da notícia e escreva uma pequena notícia do que aconteceu com o professor no seu último dia de aulas.

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b. Retire do vídeo as atividades principais do Professor Luiz ao longo da sua vida e escreva sua biografia. No seguinte site vai encontrar dicas para escrever uma biografia http://pt.wikihow.com/Escrever-uma-Biografia

Agora vamos falar sobre a língua portuguesa no mundo.

➔ Você sabe em que países se fala português? ➔ Onde estão esses países? ➔ Sabe quantas pessoas, aproximadamente, falam português no mundo? ➔ O que é a lusofonia? Que características apresenta?

TEXTO 7 - Fonte http://www.soportugues.com.br/secoes/portuguesMundo.php

Português no Mundo Atualmente, o português é língua oficial de oito países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste). Apesar da incorporação de vocábulos nativos e de modificações gramaticais e de pronúncia próprias de cada país, as línguas mantêm uma unidade com o português de Portugal. O português também é falado em comunidades, reflexão de povoamentos portugueses datados do século XVI, como é o caso de:

● Zanzibar (na Tanzânia, costa oriental da África)

● Macau (ex-possessão portuguesa encravada na China)

● Goa, Diu, Damão (na Índia)

● Málaca (na Malásia) A Língua Portuguesa se faz presente em todos os continentes, observe: América: O Brasil é o único país de língua portuguesa na América. Durante o período colonial, o português falado no Brasil foi influenciado pelas línguas indígenas, africanas e de imigrantes europeus. Isso explica as diferenças regionais na pronúncia e no vocabulário verificadas, por exemplo, no nordeste e no sul do país. Apesar disso, a língua conserva a uniformidade gramatical em todo o território.

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Europa: O português é a língua oficial de Portugal. Em 1986, o país passa a integrar a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a língua portuguesa é adotada como um dos idiomas oficiais da organização. Existem falantes concentrados na França, Alemanha, Bélgica, em Luxemburgo e na Suécia, sendo a França o país com mais falantes. Ásia: Entre os séculos XVI e XVIII, o português atuou como língua franca nos portos da Índia e sudeste da Ásia. Atualmente, a cidade de Goa, na Índia, é o único lugar do continente onde o português sobrevive na sua forma original. Entretanto, o idioma está sendo gradualmente substituído pelo inglês. Em Damão e Diu (Índia), Java (Indonésia), Macau (ex-território português), Sri Lanka e Málaca (Malásia) fala-se o crioulo, língua que conserva o vocabulário do português, mas adota formas gramaticais diferentes. Oceania: O português é idioma oficial no Timor Leste. No entanto, a língua dominante no país é o tétum. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende o indonésio bahasa, apenas uma minoria compreende o português. África: O português é a língua oficial de cinco países, sendo usado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. A língua convive com diversos dialetos crioulos. Em Angola, 60% dos moradores falam o português como língua materna. Cerca de 40% da população fala dialetos crioulos como o bacongo, o quimbundo, o ovibundo e o chacue. Em Cabo Verde, quase todos os habitantes falam o português e um dialeto crioulo, que mescla o português arcaico a línguas africanas. Há duas variedades desse dialeto, a de Barlavento e a de Sotavento. Em Guiné-Bissau, 90% da população fala o dialeto crioulo ou dialetos africanos, enquanto apenas 10% utiliza o português. Em Moçambique, somente 0,18% da população considera o português como língua oficial, embora seja falado por mais de 2 milhões de moçambicanos. A maioria dos habitantes usa línguas locais, principalmente as do grupo banto. Nas ilhas de São Tomé e Príncipe, apenas 2,5% dos habitantes falam a língua portuguesa. A maioria utiliza dialetos locais, como o forro e o moncó.

TEXTO 8 - Fonte http://www.conexaolusofona.org/que-e-essa-historia-de-lusofonia/

O que é essa história de Lusofonia?

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Mas afinal o que é essa história de Lusofonia? É o facto de falarmos português, é? Todo aquele que fala português é lusófono, é isso? – Pode ser. É o ponto de partida. Mas acho que a lusofonia é antes de tudo, um processo histórico e vivo, que começou aquando das expedições marítimas portuguesas, e desde então, não tem parado de evoluir. Não contentes de levarem os seus negócios, os portugueses levaram por Oceanos fora, aquilo que define um povo: a sua língua, os seus costumes, a sua cultura. – Per’aí… Então tás-me a dizer que a tal Lusofonia que tem vindo a ser promovida não passa da continuação do colonialismo português? Da imposição e permanência da cultura destes aos povos que colonizaram?? – Não! Eu disse que foi um ponto de partida. É inegável que, se hoje se fala português em terras tão longínquas como o Brasil, Macau, Angola, Moçambique, etc, é porque houve esse processo de Descobrimentos, comércio, colonização. Tudo isso marcou perduravelmente os destinos de todos os povos envolvidos, quer sejam os portugueses, quer sejam os autóctones que eles encontraram em cada porto. Mas hoje, a Lusofonia é mais uma mistura, uma miscelânea de tudo o que constitui a(s) cultura(s) desses povos. Todos eles enriqueceram a Lusofonia com palavras, sons, sabores, cores, visões, modos de pensar e de viver. A Lusofonia é uma obra em constante evolução; é pôr à mesma mesa pastel de bacalhau e cachupa*, regado com maruvo* ou vinho verde, ao ritmo de um semba ou duma marrabenta*; é estabelecer um acordo ortográfico pra melhor o desacordar; é viajar até Goa com o Camões, andar descalço no Moçambique Sonâmbulo de Mia Couto, rever o Makulusu na prosa do Luandino Vieira, ver a areia vermelha que se levanta a cada correria pelos musseques de Luanda; é combater com a determinação de Amílcar Cabral; é curtir a nonchalante morabeza cabo-verdiana ao som dum batuque* animado; é atravessar o Atlântico e reencontrar em Salvador da Bahia a ginga africana, os sabores do mufete* agrementado de especiarias da Amazônia, os mil palacetes de fachadas coloridas e igrejas rococó que ornam a paisagem de Lisboa, menina e moça em constante reinvenção… – Fala sério? Lusofonia é ISSO TUDO? – Não, meu amigo, a Lusofonia não é só isso! A Lusofonia és tu, que ao quereres saber, alargas a definição, incluindo as tuas sensações, memórias, experiências, emoções… E cada pessoa que se interessar, falar, se interrogar sobre os limites e fronteiras da Lusofonia, estará apenas a ampliá-la, a provar quão infinita ela é. Se a Língua Portuguesa é uma Pátria como escreveu Fernando Pessoa, a nossa Pátria comum, a Lusofonia é a sua História. E por definição, a História está em curso, continua a ser escrita hoje, aqui, agora.

TEXTO 9 - Fonte Damatta, R. Torre de Babel. Editora: Rocco. Rio de Janeiro. 1996

O que as anedotas contam das sociedades

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Roberto Damatta

Um amigo Americano me conta uma anedota que define nacionalidades e demanda uma explicação. De fato, as anedotas que falam de sociedades e culturas, as chamadas “piadas étnicas”, são quase sempre um teste para o nacional que, entre o divertido e mortificado, as escuta. No caso, como verá o leitor, trata-se de uma anedota verdadeiramente antropológica, pois mexe com quase todo mundo. Como as anedotas se caracterizam por serem narrativas curtas, pois visam somente ao riso, elas fazem comentários sutis sobre o nosso comportamento. Foi, pois, com esses pensamentos que ouvi a seguinte piada: “vários náufragos estão à deriva. Um diz para o outro: ´quer apostar que faço todo mundo pular no mar? ´ Seu companheiro obviamente dúvida. Uma aposta de alguns milhões o obriga a por a prova à ideia. O apostador diz a um inglês: ´A tradição exige que você se atire´, e o inglês pula no mar. No caso do francês, o apelo é para a moda. Paro o alemão, fala-se em ordens do chefe, com resultados semelhantes. Sobram um americano e um brasileiro. ´Se você mergulhar há um seguro de 2 milhões de dólares´ diz o apostador para o americano, que pula imediatamente. Em seguida, olha para o brasileiro e diz muito sério: ´Sabe, há uma lei que proíbe que se deixe o barco´. Mal termina a frase e o nosso patrício já se encontra no meio do mar…” A lógica da anedota Se há lógica no mercado, deve haver lógica em tudo. A piada mostra a face mais contraditória dos personagens-países nela incluídos. No caso do brasileiro, ele revela nosso lado rebelde e contraditório – lado aliás, que compartilhamos com os países ibéricos. Dos espanhóis, fala-se que bastam dois para que se tenha um bate-boca. Sobretudo na área da política, quando, se um é a favor, o outro será fatalmente contra. O Brasil não ficará atrás e a anedota revela o nosso arroubo antilegal, que, paradoxal e dialeticamente, corresponde ao nosso delirante legalismo, pois temos mais leis do que a capacidade de cumpri-las. Ainda outro dia, um amigo jurista me dizia que tempos tantas leis que não há brasileiro inocente de crime contra o estado. Assim, somos o patrício na piada, prontos a saltar do barco para contrariar uma norma, somos também os primeiros a imaginar que a sociedade pode ser corrigida por meio legal. Hoje, o maior esforço do governo é liberar o país das algemas de regras que não conduzem ao progresso e que roubam as nossas energias mais criativas.

Convenhamos que não é fácil redefinir esse legalismo que tem sido tomado como a face moderna do país, embora as leis –conforme todos sabemos– não sejam aplicadas para os membros da elite. Tudo indica, portanto, que a visão contraditória de nós mesmos é recorrente. Entre uma imagem e outra, preferimos deixar de acreditar que valemos a pena, a esse sentimento é o principal responsável por um notável vazio em relação ao Brasil no exterior. Anedotas e realidade

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Propus ao meu amigo mudar o final da anedota, afirmando que um brasileiro poderia igualmente atirar-se ao mar se isso fizesse um amigo feliz, pois, como sabemos, resistimos a tudo, menos ao pedido de um amigo. Assim, se contrariamos leis formais que emanam do Estado, sempre levamos a sério as normas que governam as relações de parentesco e amizade. Com isso, fazemos tudo pelos amigos, arriscando nossa reputação, nosso dinheiro, nossas carreiras profissionais. Um estudo da história iria revelar o papel determinante das amizades em certos processos políticos. Entre nós, as amizades rivalizam com as ideias. E no caso do americano? Se no caso brasileiro podemos substituir rebeldia por amizade, como seria no caso do americano? Lembro que o americano joga-se no mar por dinheiro. Creio que ele também consideraria jogar-se no mar pelos princípios cívicos –liberdade e igualdade, mais do que fraternidade– que inspiram sua vida pública. Difícil imaginar um americano sacrificando-se e arriscando-se por seus amigos. Fácil, contudo, como provam a tragédia de Oklahoma City e a Guerra Civil, imaginar esse povo lutando entre si por ideais políticos abstratos.

Atividades: 1) Na sua opinião, as “piadas étnicas” contam realmente como são as sociedades?

Justifique sua resposta. 2) Quais são as características de cada povo na piada do texto? Você concorda com

elas? Acrescentaria outras? 3) Você se lembra de alguma piada étnica para contar? 4) Você conhece alguma anedota que caracterize bem o “seu povo”? Conte uma. Concorda com ela? 5) Segundo o texto: “Resistimos a tudo, menos ao pedido de um amigo”. E no seu

povo, a que não resistiria? 6) Com este texto trabalhamos um aspecto fundamental visto na aula número 1: o

estereotipo. Como o definimos e que características apresentam os estereotipos?

TEXTO 10 - Fonte http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12045

Língua - Vidas em Português - Dimensões da Língua Portuguesa Documentário. Brasil, Portugal, 2004, 105 min., COR. Direção: Victor Lopes.

"Língua - Vidas em Português" é um documentário de 105 minutos co-produzido por Brasil e

Portugal e filmado em seis países (Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão).

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Dirigido por Victor Lopes, o longa-metragem é um mergulho nas muitas histórias da língua

portuguesa e na sua permanência entre culturas variadas do planeta. Em "Língua", a

lusofonia é, sobretudo, fala, surpreendida do cotidiano de personagens ilustres e anônimos

de quatro continentes. Em cada um deles, o português amalgamou deuses, melodias,

climas, ritmos; misturou-se aos alimentos e às paisagens; foi reinventado centenas de

vezes e alimentado sucessivas vezes por colonizadores, imigrantes e descendentes. O

filme é um documentário permanentemente em trânsito. Ao entrar e sair da vida dos

personagens, o filme desvia-se das suas rotas cotidianas para encontrar cerimônias, casais,

locais de trabalho, esquinas e paisagens, traçando retratos reveladores da cultura de cada

um dos países visitados.

Neste trecho, na ilha Inhaca, em Moçambique, Mia Couto, escritor moçambicano, fala sobre

a Língua Portuguesa. Seus comentários viabilizam uma reflexão sobre as

dimensões/diversidade dessa língua; como os processos históricos repercutiram sobre a

língua; e de que forma traduz as diversas culturas.

Idioma: Português de Portugal

Palavras-chave: Processos históricos. Mia Couto. Moçambique. Diversidade linguística.

Língua portuguesa.

Duração: 03min21s

Atividades

1. Pesquise sobre a vida de Mia Couto e alguma informação sobre Moçambique para compartilhar na sala de aula.

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Apêndice gramatical O ARTIGO Classe variável de palavra ou vocábulo que define ou indefine um substantivo. Podem ser: Definidos: o/a, os/as Indefinidos: um/uma, uns/umas Seguindo as flexões do substantivo, flexionam-se em:

● Gênero: para evidenciar a natureza masculina ou feminina do substantivo que determina.

● Número: para acompanhar a condição de singular ou plural do substantivo. Quer dizer: O artigo mantém perfeita concordância com o substantivo que acompanha. O artigo definido –o, a, os, as– individualiza, determina o substantivo de modo particular e preciso. Designa um ser já conhecido do leitor ou ouvinte. O artigo definido também é empregado para indicar a espécie inteira; isto é, usa-se o singular com referência à pluralidade dos seres: O artigo indefinido –um, uma, uns, umas– determina o substantivo de modo impreciso, indicando que se trata de simples representante de uma dada espécie. Designa um ser ao qual não se fez menção anterior. Por questão de estilo, evita-se a utilização freqüente de um, uma. O abuso do artigo indefinido torna a frase pesada e deselegante. Observe nos períodos abaixo como certos artigos são desnecessários: A menina ganhou (uns) lindos brinquedos. O funcionário está respondendo a (um) processo por malversação de dinheiro. Ter (uma) boa saúde é fundamental. Nome de cidade NÃO aceita artigo. Nome de país é COM artigo. MAS, CUIDADO… Portugal (país) NÃO aceita artigo; e Rio de Janeiro (cidade) o aceita. Então, eu falo: Sou de Portugal, mas moro no Rio de Janeiro.

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Usa-se o artigo com nomes próprios geográficos, nomes de países e de alguns Estados brasileiros (o Paraná, o Rio de Janeiro, a Bahia, o Rio Grande do Sul, o Espírito Santo, etc.), mas:

● Visitarei (o Recife) nos próximos dias. Nomes de cidades geralmente prescindem de artigo. Há exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto. Quanto a Recife, é facultativo o uso. Não se usa artigo antes de pronomes pessoais e de tratamento. AS PRINCIPAIS PREPOSIÇÕES DO PORTUGUÊS SÃO:

A Viajei a Paris

Afora Todos desistiram, afora os mais insistentes.

Após Paulo retirou-se após a reunião.

Ante Ficou de pé ante a porta.

Até Correu até alcançá-lo.

Com Café com leite

Como Receberam o troféu como prêmio.

Conforme Ocorreu conforme o esperado.

Consoante O rito se deu consoante os costumes.

Contra Lutaram um contra o outro.

De Copo de leite.

Desde Não o vejo desde o ano passado.

Durante Ele saiu durante o discurso.

Em Siga em frente.

Entre Estava entre a cruz e a espada.

Exceto Todos votaram a favor, exceto os radicais.

Fora Tudo corre bem, fora alguns detalhes.

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Mediante Pudemos participar mediante recurso.

Menos Todos compareceram, menos ele.

Para (pra) Comida para gatos.

Per * Ele passou pelos percalços ileso.

Perante Apresentou-se perante o juiz.

Por Passamos por ele no caminho.

Salvante Resolvi todas as questões, salvante a última.

Salvo Chegaremos logo, salvo algum imprevisto.

Segundo Estamos no caminho certo, segundo o mapa.

Sem Café sem açúcar.

Sob Trabalho sob pressão.

Sobre Pedra sobre pedra.

Tirante Conheço essas pessoas, tirante uns poucos.

Trás ** O ataque ocorreu por trás das defesas.

Visto Ele terá alta, visto o resultado do exame.

*A preposição “per” só surge nas contrações pelo, pela, pelos, pelas e na expressão de per si. **A preposição “trás” só ocorre em locuções prepositivas como por trás de, atrás de ou detrás. As preposições EM, DE, POR e A se contraem com os artigos definidos e indefinidos formando CONTRAÇÕES de preposição com artigo ou COMBINAÇÕES de preposição com artigo. Veja o quadro a seguir:

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*Combinações utilizadas em Portugal. P R O N O M E S Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o nome, indicando-o como pessoa do discurso, quer dizer, como sujeito. Quando o pronome substituir um substantivo, será denominado pronome substantivo; quando acompanhar um substantivo, será denominado pronome adjetivo. Por exemplo, na frase “Aqueles garotos estudam bastante; eles serão aprovados com louvor” Aqueles é um pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos, e eles é um pronome substantivo, pois substitui o mesmo substantivo. Os pronomes, segundo a função que vêm exercer dentro do discurso, classificam-se em:

● Pessoal: reto; oblíquo; ● De tratamento; ● Possessivo ● Demonstrativo ● Indefinido ● Interrogativo ● Relativo.

OS PRONOMES PESSOAIS

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Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a pessoa que fala, a pessoa com quem se fala, e a pessoa de quem se fala. RETOS OU OBLÍQUOS? Os Pronomes Pessoais de caso Reto são aqueles que desempenham a função sintática de “sujeito” da oração. Do outro lado, os Pronomes Pessoais de caso Oblíquo são aqueles que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida). Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição. Pronomes oblíquos átonos: Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. Pronomes oblíquos tônicos: Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas. Quadro de relação entre os pronomes pessoais:

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Sites sugeridos para visitar

● Dicionários on line: http://michaelis.uol.com.br https://www.priberam.pt/DLPO/ https://www.dicio.com.br http://www.aulete.com.br

● Material didático sobre a língua portuguesa http://www.soportugues.com.br https://oportuguesdobrasil.wordpress.com https://www.cplp.org/Default.aspx?ID=4547 https://oportuguesdobrasil.files.wordpress.com/2013/05/portuguc3aas-para-estrangeiros-iniciante-versc3a3o-2015.pdf

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