CUIDADO PALIATIVO - static.eventials.com · dos pacientes e familiares que convivem com doença...

64

Transcript of CUIDADO PALIATIVO - static.eventials.com · dos pacientes e familiares que convivem com doença...

CUIDADO PALIATIVO

Munir Murad Júnior Oncologista e Paliativista

HC-UFMG

O que você vai oferecer de diferente?

CONVERSA COM UM AMIGO

ANTÍTESE

Ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e familiares que convivem com doença ameaçadora da vida, promovendo o controle da dor, alívio de outros sintomas, suporte psíquico-espiritual e social que podem estar presentes desde o diagnóstico até o final da vida.

World Health Organization. Pall iative Care.

Disponível em: www.who.int/cancer/palliative/en

CONCEITO

END OF LIFE CARE STRATEGY DEPARTMENT OF HEALTH

“A falta de conhecimento

público e da discussão

aberta sobre a morte, o

morrer e as perdas

contribuem para a ausência

de serviços de cuidados

paliativos apropriados e

responsivos”

Morte como vitória da doença?

Ausência de doença = eternidade

Nível-célula

Telômeros/número programado de divisões

Nível-organismo

Homeostase/reserva orgânica funcional

Centenários

FINITUDE

INTRODUÇÃO

A DIMENSÃO DO PROBLEMA

60% das mortes no mundo estão relacionadas a um processo crônico.

(35 milhões/ano)

2/3 dessas mortes ocorrem em países de baixa ou média renda.

100 milhões de pessoas seriam alvo de cuidados paliativos.

A DIMENSÃO DO PROBLEMA

10 milhões de novos casos de câncer anualmente.

2/3 dos pacientes morrem um ano após o diagnóstico.

60% dos pacientes com câncer têm dor forte.

70% das mortes por câncer ocorrem em países de baixa e média renda.

A DIMENSÃO DO PROBLEMA

Mortalidade por HIV

Atualmente (2008)

2 milhões

Estimada para 2015

4 milhões

Estimada para 2030

6 milhões

A DIMENSÃO DO PROBLEMA

População de idosos

Atualmente

600 milhões

Estimada para 2015

1,2 bilhão

Estimada para 2050

2 bilhões

PAIN IS WHAT THE EXPERIENCING PERSON SAY IT IS, EXISTING WHENEVER (S)HE SAYS IT DOES

(HARPER & HOW 1983)

ELABORAÇÃO DE PROGNÓSTICO

ELABORAÇÃO DE PROGNÓSTICO

ELABORAÇÃO DE PROGNÓSTICO

Alívio impecável da dor e de outros sintomas.

Assistência que promova independência do paciente pelo maior tempo possível.

Promoção de qualidade de vida e alterar positivamente o curso da doença.

Integração de aspectos psicológicos e espirituais na assistência.

AFIRMAR A VIDA E ENTENDER A MORTE COMO UM PROCESSO NATURAL.

CABE À EQUIPE DE CUIDADOS PALIATIVOS

Controle de sintomas Dor Náusea/vômitos Dispneia Hiporexia Fadiga/adinamia Depressão Constipação Edema Insônia Diarreia

ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE

10 países usam 57% de toda morfina

produzida no mundo

MODELOS DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS PARA TRATAMENTO

DE PACIENTES COM CÂNCER

Alocação tradicional de recursos

Alocação atual de recursos em países em desenvolvimento

Alocação proposta de recursos em países em desenvolvimento

Tratamento antineoplásico

No momento do diagnóstico

Alívio da dor neoplásica e cuidado paliativo

Morte

Tratamento antineoplásico Alívio da dor neoplásica e cuidado paliativo

Tratamento antineoplásico Alívio da dor neoplásica e cuidado paliativo

Fallon & O’Neill, 1998

INTRODUÇÃO

9 milhões de novos casos câncer/ano

Maioria dos pacientes com doença incurável ao diagnóstico

Dor 30-40% ao diagnóstico

80-90% nos casos terminais

EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS

Descartes' L'Homme, 1664

AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL

Física

Funcional

Educação > compreensão

Psicológica

38% de não adesão

Pensamentos idiossincráticos

Terapia cognitiva comportamental

Social

Suporte social diretamente associado a

controle álgico

Espiritual

Questões existenciais

Sentido da vida

FATORES QUE DIMINUEM A TOLERÂNCIA À DOR

Desconforto

Fatiga

Insônia

Ansiedade

Medo

Depressão

Abandono

Introversão

Tédio

FATORES QUE AUMENTAM A TOLERÂNCIA À DOR

Sono

Inclusão social

Tratamento de outros sintomas

Empatia

Suporte/entendimento

Estímulo à expressão de emoções

QUEM DEVE AVALIAR A DOR?

o Médico

o Enfermeiro

o Psicólogo

o Assistente social

o Fisioterapeuta

o Todas as anteriores

QUEM DEVE AVALIAR A DOR?

o Médico

o Enfermeiro

o Psicólogo

o Assistente social

o Fisioterapeuta

o Todas as anteriores

Nenhuma das anteriores

PAIN IS WHAT THE EXPERIENCING PERSON SAY IT IS, EXISTING WHENEVER (S)HE SAYS IT DOES

( H A R P E R & H O W 1 9 8 3 )

SEGURANÇA E EFETIVIDADE

OPIOIDES - DOIS PROBLEMAS

1- USO INADEQUADO:

DESCONHECIMENTO

MEDO DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

OUTROS EFEITOS LIMITANTES

2- RESPOSTAS PARCIAIS:

RARO

NÃO USAR

AGONISTAS PARCIAIS

PROPOXIFENO

MEPERIDINA

PLACEBO

PREFERIR

AGONISTAS PUROS CODEÍNA OXICODONA MORFINA FENTANIL

MEIA-VIDA CURTA MORFINA HIDROMORFONA FENTANIL

ADMINISTRAÇÃO

SEMPRE “AROUND THE CLOCK”

NUNCA “SE NECESSÁRIO”

“MINIMIZAR” DOSES DE RESGATE

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

ORAL É SEMPRE A MELHOR ESCOLHA

SUBLINGUAL

TRANSDÉRMICA

ENDOVENOSA

HISTÓRIA NATURAL

EXEMPLO

EXEMPLO

EXEMPLO

EXEMPLO

The current model of medical care in the United States is

unable to meet the needs of many patients with advanced

illness. Consequently, both the quality and costs of health

care, particularly for people with advanced illness are central

issues in the debate over health care reform.

EXEMPLO

RANKIN SCALE

HÁ BENEFÍCIO?

OS DESFECHOS

SURPRESA

RESULTADOS

RESULTADOS (6MESES)

Physical and psychosocial symptoms.

Establishing goals of care.

Assisting with decision making regarding treatment.

Coordinating care on the basis of the individual needs of the patient.

A CONSULTA

COMUNICAÇÃO

“Break bad news”/“Truth disclosure”

COMUNICAÇÃO

“Eu bem suportei

todas as realidades

repugnantes, mas

aceito mal as

possibilidades, não

admito esta

existência sob

ameaça de feriado”

GEORGES CANGUILHEM FREUD

“Uma carapaça de

insensibilidade me

envolve lentamente.

Constato isso sem me

queixar. É também

uma saída natural,

um modo de me

tornar inorgânico”

GEORGES CANGUILHEM FREUD

Entre a revolta excitada pela ideia de dar feriado à vida e a aceitação resignada do retorno ao inorgânico, a doença fez seu trabalho.

Trabalho, de acordo com a etimologia, é tormento e tortura.

Tortura é sofrimento infligido para obter revelação.

As doenças são instrumentos da vida por meio dos quais o ser vivo se vê obrigado a se reconhecer mortal.

GEORGES CANGUILHEM

OBRIGADO

Munir Murad Júnior

Hospital das Clínicas da UFMG

[email protected]