Culinária Mediterrânea Original

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    FACULDADE CAMBURY

    CULINRIA MEDITERRNEA

    TRS PAISES ORIGINAIS

    ARTENISIA DOURADOCAMILA KAREN

    MARIA B. DE AVILA

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    Curso Tecnolgico de Gastronomia3 Perodo 2006Goinia Gois

    CULINRIA EUROPIA

    Prof.: EDLSON BHLMANN

    Maro de 2006

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    NDICE

    1 INTRODUO 1

    2 PRINCIPAIS CULTURAS MEDITERRNEAS 32.1 A Helade 3

    2.1.1 Dados Estatsticos 32.1.2 Locais Tursticos 52.1.3 Populao e Costumes 62.1.4 A Igreja Ortodoxa 8

    2.2 Os mouros do Marrocos 102.2.1 Dados Estatsticos 102.2.2 Locais Tursticos 122.2.3 Casablanca 132.2.4 A Vida no Marrocos 162.2.5 Religio Mulumana 18

    2.3 Os rabes Egpcios 202.3.1 Dados Estatsticos 202.3.2 Locais Tursticos 21

    2.3.3 Populao e Costumes 242.3.4 Os "muled", religio e festa no Egito 262.3.5 O Ramad a grande festa do islamismo 28

    3 CULINRIA GREGA 293.1 Apresentao 293.2 A Oliva 303.3 Salgados 32

    3.4 Sobremesas 374 CULINRIA MARROQUINA 40

    4.1 Apresentao 404.2 Salgados 434.3 Sobremesas 46

    5 CULINRIA DO EGITO 48

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    5.1 Apresentao 485.2 Salgados 505.3 Sobremesas 53

    6 CONCLUSO 567 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 58ANEXO: O AZEITE DE OLIVA 59

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    1 INTRODUO

    Cerca de 15 pases, abrangendo 3 continentes, circundam o Mar Mediterrneo, para no mencionar a quantidade de ilhas espalhadas pelas suasguas. A regio ao norte inclui o sul da Espanha e Frana, Itlia, Grcia e Turquia;a leste est a Sria, o Lbano e Israel; e ao longo das praias do sul esto oMarrocos, Arglia, Tunsia e Egito. Caracterizar os alimentos e a cozinha destespases em um nico tpico pode parecer ambicioso, e cada um deles certamente orgulhoso de sua individualidade, mas os pases possuem muitospontos comuns e fcil ver uma caracterstica do Mediterrneo, rica tradio dealimentos finos, que conhecida em todo o mundo, tanto por razes de sade

    como por sua grande variedade de pratos deliciosos.A dieta do Mediterrneo mudou um pouco atravs dos sculos, mas ainda

    bastante favorvel ao cotidiano dos dias atuais. Sempre tem sido naturalmentesaudvel: os alimentos so feitos com o azeite de oliva no lugar da manteiga e ascarnes e produtos de laticnio so de secundria importncia, substitudos pelosabundantes suprimentos de peixes, frutos do mar e de frutas e vegetais frescos,que crescem muito bem no clima quente e ensolarado da regio.A dieta bsica do Mediterrneo na antiguidade consistiu de azeitonas, trigo, figos euvas. A histria turbulenta do Mediterrneo e o movimento constante de seu povolevaram a um intercmbio de costumes, inclusive hbitos de alimentao.Somando a isto, temos o trfego de navios, o que resultou na introduo dealimentos de outros pases.

    Hoje a dieta do Mediterrneo reconhecida como sendo uma das maissaudveis do mundo. Peixe e frutos do mar sempre tiveram um papel importantena dieta do Mediterrneo, e todos aqueles que j visitaram um mercado de peixe

    do Mediterrneo concordam que a variedade encontrada nestas guas surpreendente. Aos aborrecimentos que a poluio e a pesca no controladapodem estar prejudicando esta ddiva, os frutos do mar so ainda largamenteconsumidos. Mullet cinza e vermelho so muito populares, assim como so o

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    rodovalho, a pescada, o sea bream, o peixe-espada, atum, sardinhas, robalo efrutos do mar, tais como vieiras, caranguejos, mexilhes, camares e lagostas.

    O mtodo mais comum de cozimento o grelhado, mas sopas eensopados tambm so populares. Cada pas tem sua prpria especialidade.Polvos e lulas, que so amaciados quando batidos nas pedras, so geralmenteservidos fritos, grelhados ou cozidos em molho. Anchovas frescas soencontradas em toda a regio, mas so geralmente vendidas em conserva noazeite. So ingredientes essenciais em muitas receitas italianas e em pratos do sulda Frana, como a salada nioise, anchovada e tapnade.

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    2 PRINCIPAIS CULTURAS MEDITERRNEAS

    2.1 A Helade

    2.1.1 Dados EstatsticosBANDEIRA:

    DADOS PRINCIPAIS:Nome oficial: Repblica Helnica (Hellenike Demokrata).Nacionalidade - grega.Data nacional - 25 de maro (Independncia).Capital - Atenas.Cidades principais: Atenas (748.110), Salnica (377.951), Pireu (169.622),Patras (155.180), Hraclion (117.167) (1995).Idioma: grego (oficial).Religio: cristianismo 98,1% (ortodoxos gregos 97,6%, catlicos 0,4%,protestantes 0,1%), islamismo 1,5%, outras 0,4% (1982).

    GEOGRAFIA:Localizao: sudeste da Europa.Hora local: +5h.rea: 131.957 km2.Clima: mediterrneo.rea de floresta: 65 mil km2 (1995).

    POPULAO:Total: 10,6 milhes (2000), sendo gregos 98%, outros 2% (1996).Densidade: 80,33 hab./km2.Populao urbana: 60% (1998).populao rural: 40% (1998).Crescimento demogrfico: 0,3% ao ano (1995-2000).Fecundidade: 1,28 filho por mulher (1995-2000).Expectativa de vida M/F: 76/81 anos (1995-2000).Mortalidade infantil: 8 por mil nascimentos (1995-2000).Analfabetismo: 2,8% (2000).IDH (0-1):0,875 (1998).

    POLTICA:Forma de governo: Repblica parlamentarista.Diviso administrativa: 10 regies subdivididas em divises administrativas.

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    Legislativo: unicameral - Parlamento, com 300 membros eleitos por voto diretopara mandato de 4 anos.Constituio em vigor: 1975.

    ECONOMIA: Moeda: dracma. PIB: US$ 120,7 bilhes (1998).PIB agropecuria: 11% (1998).PIB indstria: 18% (1998).PIB servios: 71% (1995).Crescimento do PIB: 1,7% ao ano (1990-1998).Renda per capita: US$ 11.740 (1998).Fora de trabalho: 5 milhes (1998).Agricultura: frutas, legumes e verduras, cereais, beterraba, tabaco.Pecuria: caprinos, sunos, ovinos, aves.Pesca: 214,2 mil t (1997).Minerao: bauxita, minrio de ferro, linhito, pedra-pome.Indstria: alimentcia, metalrgica, txtil, vesturio, qumica.Exportaes: US$ 10,3 bilhes (1998).Importaes: US$ 25,8 bilhes (1998).Principais parceiros comerciais: Itlia, Alemanha, Frana, Holanda (PasesBaixos), Reino Unido.

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    DEFESA:Efetivo total: 168,5 mil (1998).Gastos: US$ 5,7 bilhes (1998).

    RELAES EXTERIORES:

    Organizaes: Banco Mundial, FMI, OCDE, OMC, ONU, Otan, EU.2.1.2 Locais TursticosA Grcia tem numerosos lugares formosos para visitar tanto por seu

    passado histrico como por suas maravilhosas paisagens. Desde a capital dopas, Atenas, continuando pelo Peloponso, Grcia Central e Regio deTesalia, a Macednia e a Tracia e para finalizar num rpido percurso pelas Ilhasgregas do Dodecaneso, as Ilhas do Nordeste do Mar Egeu, as Ilhas Jnicas, as

    Ilhas do Golfo Saraonico, as Ilhas Espradas e as Ilhas Cclades.tica a parte da Grcia onde se encontra Atenas, a capital do Estado

    grego, e tambm o porto de Pireo. Limita ao norte com Stere e ao sul com ogolfo Saraonico.

    Atenas Peloponsio Aquea-Elis-Messinia Grcia Central Tesalia-Epiro Macedonia, Tracia, Provincias: Imazia, Piezia, Kozani-Grevena y Kastroria As Ilhas Gregas

    http://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio1.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio2.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio3.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio4.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio5.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio6.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio6.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio7.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio1.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio2.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio3.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio4.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio5.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio6.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio6.htmhttp://www.rumbo.com.br/guide/br/europa/grecia/sitio7.htm
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    2.1.3 Populao e Costumes

    Os habitantes da Grcia tm o tpico carter mediterrneo embora comcaractersticas prprias. So alegres, amantes da diverso, sorridentes, abertos,comunicativos e acolhedores. O estrangeiro se sentir como em seu prprio pas ereceber toda ajuda que possa necessitar.

    Os gregos so faladores, num tom mais alto que o habitual, e lhesencanta conversar com gente de outra cultura, pois so muito curiosos e gostamde conhecer outras formas de vida, outras crenas e outros modos decomportamento. No criticam as diferenas, mas at as englobaram como parteda sua e tentaram obter o melhor delas.

    O imaginrio grego surpreendente. De fato, existem numerosas lendase contos que passam oralmente de gerao em gerao. Talvez esta criatividade

    proceda da Mitologia, to extensa, que relata a vida e encarnaes dos deusesgregos e sua descendncia assim como suas conflituosas relaes com oshumanos.

    A vida grega tem lugar em sua maior parte na rua. Os cafs, praas,passeios e jardins esto repletos de gente. Nos povoados tpico ver s mulheres

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    conversando nas portas das casas aproveitando o frescor da tarde enquanto queos maridos fazem o mesmo nas tabernas. Outra atividade tipicamente grega, queresulta chocante para os visitantes, o passar as contas de komboli entre osdedos. Os komboli so uma espcie de rosrio realizado em diferentes materiais,principalmente de madeira e mbar.

    Talvez, devido ao calor, as atividades ldicas costumam realizar-se nofinal da tarde e avanam at o anoitecer. O descanso respeitado por todos edurante as primeiras horas da tarde as ruas costumam estar desertas. O Tabil um dos jogos preferidos para as horas de estada na taberna.

    Em relao s ilhas, s a dcima parte delas est habitada, e algumaspor monges e cabras. Cada ilha conserva uma certa individualidade em sua

    arquitetura, em seus trajes tpicos, e em seus dialetos. Apesar disso freqenteque existam contatos entre os grupos de ilhas, estabelecendo-se um ricointercmbio cultural.

    Os gregos tm uma parte melanclica em seu carter. De vez em quandose observa certa tristeza em seus olhos e uma abstrao momentnea que passarapidamente. Tambm so muito orgulhosos e embora tentam dissimular melhor no considerar esta faceta.

    A famlia o ncleo essencial e costuma existir uma estreita relao entrepais, avs, tios, primos, sobrinhos e demais parentela. Os ancies so veneradose costumam viver com os filhos at sua morte, enquanto que as crianas somuito queridas e gozam de uma ampla liberdade. Como pas mediterrneo que ,o machismo ainda habitual embora se tenha avanado muito neste aspecto,sobre tudo, nas novas geraes e nas zonas urbanas. Nas zonas rurais ainda seencontram os antigos comportamentos, entre os que destacam o fato de que amulher sempre esposa e filha de um homem. Ainda se mantm o dote que a

    noiva oferece ao matrimonio. A educao obrigatria para todos e, de fato, naGrcia existe um ndice muito baixo de analfabetismo e um nmero muito alto delivrarias. Os gregos so gente culta e gostam muito de ampliar seusconhecimentos.

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    Outra peculiaridade grega o profundo respeito pelo religioso assimcomo pelos fenmenos sobrenaturais. A mistura do culto ortodoxo comcelebraes pags procedentes da antiguidade seguida at hoje. As lendas,feitios, ritos e supersties tm um fiel reflexo ainda nas zonas rurais e seplasmam nas festas populares. Os bailes folclricos so coloridos e animados eao ritmo do bouzoki se interpretam o kalamantians, um baile em crculo em cujocentro est o bailarino principal com um leno, o tsifteteli, dana do ventre aoestilo grego, o chasspiko, bailado por duplas masculinas e o zeimbkiko no queum danarino se move com passos que imitam aos dos felinos. Tendooportunidade no se deve deixar de assistir a qualquer uma destas celebraes.As danas, a msica, o vinho, a comida e sobre tudo a companhia dos gregos

    fantstica.

    2.1.4 A Igreja OrtodoxaIgreja que resulta do cisma ocorrido no catolicismo, em 1054, quando o

    Imprio Bizantino rejeitou a supremacia de Roma, patriarcado do Ocidente. Atento, duas grandes tradies convivem no interior do cristianismo: a latina, noImprio Romano do Ocidente, com sede em Roma, e a bizantina, no ImprioRomano do Oriente, com sede em Constantinopla (antiga Bizncio e atualIstambul, Turquia). Divergncias teolgicas e polticas causam a ruptura entre asduas Igrejas, que se excomungam mutuamente, condenao s revogada em1965 pelo papa Paulo VI e pelo patriarca Athengoras I.

    A Igreja Ortodoxa ou Igreja Cismtica Grega menos rgida nasformulaes dogmticas e na hierarquia e tambm valoriza a liturgia. Ocristianismo ortodoxo (reta opinio , em grego) tem originalmente quatro sedes(patriarcados): Jerusalm, Alexandria, Antiquia e Constantinopla. Mais tarde so

    incorporados os patriarcados de Moscou, de Bucareste e da Bulgria, alm dasigrejas autnomas nacionais da Grcia, da Srvia, da Gergia, de Chipre e daAmrica do Norte. Todas as Igrejas Ortodoxas tm diferenas polticas ereligiosas. Possuem, no total, cerca de 174 milhes de fiis em todo o mundo.

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    Liturgia do cristianismo ortodoxo Os rituais so cantados seminstrumentos musicais. So proibidas imagens esculpidas de santos, exceto ocrucifixo e os cones sagrados. Os sacramentos so os mesmos da Igreja Catlicae reconhecidos reciprocamente.

    Os ortodoxos no admitem o purgatrio nem a superioridade e ainfalibilidade do papa. Tambm rejeitam a doutrina catlica da ImaculadaConceio, porque, segundo eles, esse dogma no faz parte da narrativa bblica e contrrio doutrina tradicional do pecado original. A assuno da Virgem Maria,porm, aceita, com base na afirmao formal dos livros litrgicos.

    Os graus de ordem na Igreja Ortodoxa so trs: dicono, padre e bispo.Os padres e diconos recebem ttulos honorficos (arquimandrita, ecnomo,

    arquidicono), que no conferem primazia espiritual ou administrativa. Os bisposso escolhidos exclusivamente entre os monges. Os padres podem casar-se(antes da ordenao), mas no os monges.

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    2.2 Os mouros do Marrocos

    2.2.1 Dados EstatsticosBANDEIRA:

    DADOS PRINCIPAIS:Nome oficial: Reino de Marrocos(Al-Mamlaka al-Maghribiya).

    Nacionalidade: Marroquina.Data nacional: 18 de novembro (Independncia).Capital: Rabat.Cidades principais: Casablanca (2.940.623), Rabat (1.385.872), Fs (774.754)(1994).Idioma: rabe (oficial), berbere, francs, espanhol.Religio: islamismo 98,7% (maioria sunita), cristianismo 1,1%, outras 0,2% (1993).

    GEOGRAFIA:Localizao: noroeste da frica.Hora local: + 3h.rea: 710.850 km2.Clima: mediterrneo (litoral), rido subtropical (centro), de montanha (L).rea de floresta: 38 mil km2 (1995).

    POPULAO:Total: 28,4 milhes (2000), sendo rabes marroquinos 70%, berberes 30% (1996).

    Densidade: 39,95 hab./km2.Populao urbana: 55% (1998).Crescimento demogrfico: 1,8% ao ano (1995-2000).Fecundidade: 3,1 filhos por mulher (1995-2000).Expectativa de vida M/F: 65/68,5 anos (1995-2000).Mortalidade infantil: 51 por mil nascimentos (1995-2000).Analfabetismo: 51,1% (2000).IDH (0-1): 0,589 (1998).

    POLTICA:Forma de governo: Monarquia parlamentarista.Diviso administrativa: 7 regies subdivididas em provncias e 2 prefeituras(Casablanca e Rabat).

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    Principais partidos: coalizo Bloco Democrtico (Unio Socialista das ForasPopulares - USFP; Istiqlal; e outros), coalizo Entente Nacional (UnioConstitucional - UC; Movimento Popular - MP; entre outros), Unio Nacional dosIndependentes (RNI), Movimento Democrtico e Social (MDS).Legislativo: bicameral - Cmara dos Conselheiros, com 270 membros escolhidos

    por colgios eleitorais e por associaes profissionais e de comrcio; Cmara dosRepresentantes, com 325 membros eleitos por voto direto. Com mandatos de 9 e5 anos, respectivamente.Constituio em vigor: 1992.

    ECONOMIA:Moeda: dirr marroquino.PIB: US$ 35,5 bilhes (1998).PIB agropecuria: 17% (1998).PIB indstria: 32% (1998).PIB servios: 51% (1998).Crescimento do PIB: 2,2% ao ano (1990-1998).Renda per capita: US$ 1.240 (1998).Fora de trabalho: 11 milhes (1998).Agricultura: trigo, cevada, beterraba, frutas ctricas, tomate, batata.Pecuria: bovinos, ovinos, caprinos, aves.Pesca: 785,8 mil t (1997).Minerao: fosforito, cido fosfrico, carvo. Indstria: fertilizantes, refino depetrleo, alimentcia, txtil.Exportaes: US$ 7,2 bilhes (1998).

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    Importaes: US$ 10,3 bilhes (1998).Parceiros comerciais: Frana, Espanha, EUA, Alemanha, Arbia Saudita, Japo,ndia, Itlia.

    DEFESA:

    Efetivo total: 196,3 mil (1998).Gastos: US$ 1,6 bilho (1998).

    RELAES EXTERIORES:Organizaes: Banco Mundial, FMI, OMC, ONU.

    2.2.2 Locais TursticosMarrocos, um reino ensolarado no noroeste da frica, surpreende aos

    que imaginam apenas paisagens desrticas pela sua diversidade de elementosnaturais com lagos e cachoeiras assim como desertos e montanhas.

    Quem diria que da aridez do pas desrtico surgem cachoeiras de 60metros de altura ou florestas com cedros centenrios? No esquecendo 1.100quilmetros de litoral dividido entre as guas claras do oceano Atlntico e do Mar Mediterrneo e da neve que pontua os cumes da Cordilheira Atlas no inverno. comum associarmos ao deserto do Saara, uma vez que metade de seu territrio

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    ocupada pelo deserto sendo que o prprio nome do pas surgiu dele - Marrocos -"A Terra do Sol Poente".

    Do calor do deserto, alm de tudo, derivam histrias e personagens queajudaram a criar no pas a aura de um lugar mgico e reino dos sultes rabesconquistadores. Existem tambm belos lugares cuja imaginao dos osisprovenientes de filmes so absolutamente verdicas.

    As principais cidades marroquinas (as cidades histricas, imperiais, quefundamentaram a colonizao rabe islmica, a partir do sculo 7 e se tornaramcentros polticos de sua poca) so quatro: Fez, Marrakech, Rabat e Mekns.

    Em todas encontram-se traos que caracterizam a tradicional arquiteturaurbana marroquina: uma medina (centro comercial e residencial), uma mesquita

    central, o palcio real, o mellah (bairro judeu) e os suqs (mercados), tudo cerradopor uma muralha que servia para fortificar a cidade.

    2.2.3 CasablancaA cidade habita o imaginrio universal depois que ganhou fama com o

    filme homnimo de l942, quando serviu de cenrio ao trrido romance de HunpheyBogart e Ingrid Bergman durante a Segunda Guerra Mundial. Ao menos nestecaso, cinema fantasia, pois nenhuma cena do filme foi gravada ali.Na verdade, Casablanca uma cidade porturia e industrial cujo nome temsentido literal: a primeira casa construda depois do terremoto que destruiu aantiga cidade berbere de Anfa em 1755, era branca para servir como ponto dereferncia aos viajantes que cruzavam o pas e aos navios que se aproximavamda costa.Os rabes traduziram a expresso para Dar El Beida, mas osmercadores espanhis vindos um sculo depois oficializaram o nome atual emantiveram a caracterstica bsica da arquitetura da cidade: as casas, como

    Rabat, so todas brancas.Todas as cidades, curiosamente so definidas por uma cor bsica de

    suas construes: Marrakech a cidade vermelha, Mekns, a verde;Fez amarela. Rabat, a cidade branca do litoral atlntico, a nica das cidades imperiaisque conserva sua importncia poltica: a capital do pas.

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    Apesar da pobreza superficial, aparncia comum nas ruas de qualquer pas rabe, o Marrocos um pas potencialmente rico. Suas terras ocultam 75%das reservas mundiais de fosfato, da tanta briga por apenas uma faixa de areia...O Marrocos o maior exportador do mundo do valioso produto, mas possui aindauma frtil agricultura em campos irrigados por todo o interior do pas, alm dasestveis indstrias do turismo e da pesca.

    Se o cinema brindou Casablanca, a literatura parece ter premiado Tnger,cidade do litoral do Mediterrneo. Em busca de uma vida com muito estilo epoucos dlares, recheada de diverso, drogas, sexo e inspirao, escritores comoWilliam Burroughs, Paul Bowles, Allen Ginsberg e Truman Capote, entre outros,rumaram para l na dcada de 50. Paul Bowles foi quem mais se

    apaixonou pelo pas ( dele o clebre livro "O Cu que nos protege", tambmadaptado para o cinema).

    Por obra das maluquices de seus visitantes ilustres, Tnger, s portas doestreito de Gibraltar, sobrevive da fama de ser uma cidade aventureira, embora jno o seja bem assim. Literatura parte, Tnger a cidade ideal para um banhonas guas do Estreito de Gibraltar, onde Marrocos quase toca a Espanha. So 16quilmetros de praias que ficam cheias no vero marroquino onde diversoseuropeus esto em frias.

    A estratgica posio do Marrocos, litoral que separa dois mares, vizinhoda Europa, fez com que o pas fosse alvo de diversas invases durante suahistria. Para se proteger, os antigos eram engenhosos e construam suas cidadesatrs de muralhas de pedra ou de barro, as Kasbahs.

    Mekns, a cidade imperial tem uma kasbah tripla cercando sua reaoriginal, num total de 25 Kms de muro de 15 metros de altura. Nove portasgrandiosas, chamadas em rabe de babs, cada qual com quatro grandes torres,

    do acesso velha cidade. A mais bela dessas portas, Bab El Mansour, foiconcluida em 1732 e um exemplo de megalomania de um dos maisempreendedores sultes marroquinos, Moulay Ismail, que reinou entre 1672 e1727. Quase insano, Ismail, imps a destruio de palcios em Fez e Marrakechpara que nenhuma outra cidade fosse mais bela que Mekns,escolhida por ele

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    para sua capital. Mandou construir um imenso reservatrio de gua, Aguedal,apenas para regar os jardins reais e, dizem, proporcionar lazer as suas 500esposas. Por sua obra, Ismail ainda cultuado como rei eterno na cidade.Mulheres muulmanas com os rostos cobertos por vestes coloridas, passam o diarezando no belo mausolu onde esto suas cinzas.

    Um pequeno desvio de rota na regio de Mekns pode levar a outro lugar sagrado do Marrocos, o pacato vilarejo de Moulay Idriss, tambm morada de umimportante lder: Moulay Idriss el Akbar, que chegou regio em 789 como oprimeiro mensageiro da f islmica no interior do pas. Hoje visto quase comoum santo, ele liderou a primeira dinastia rabe marroquina.

    H apenas um quilmetro da vila erguida por Idriss, sinais de um passado

    que ele comeou a enterrar: as runas da cidade de Volubilis, o principaltestemunho da poca do Domnio romano no Marrocos. Entre os arcos e colunas,a herana mais significativa da cidade so as runas das fbricas de azeite, provado apogeu comercial que existiu ali.

    Foi Idriss tambm que deu incio construo da mais antiga das cidadesimperiais marroquinas: Fez. Capital intelectual do pas considerada patrimniohistrico da humanidade pela Unesco. A cidade se divide em dois lados totalmentedistintos: Fez Bali, ou a "cidade velha", e Fez Jedid, a "cidade nova".

    Fez Jedid sem muitos atrativos, marcada pela presena do suntuosopalcio Dar El Makhzen. Fez Bali, por sua vez, concentra a maior e mais compexamedina do mundo rabe, um enorme labirinto de vielas apertadas e tortuosas.

    Uma aventura irresistvel: entrar na medina sem a companhia de ummorador da cidade pode implicar em um mergulho num labirinto, sem tempodefinido, num fluxo de comerciantes histricos busca de fregueses, genteapressada e burricos com lombo cheio de mercadorias. Sozinho, pode-se passar

    um dia inteiro dentro da medina em busca de uma sada.Somente um lugar em todo Marrocos supera o ritmo frentico de Fez:

    Djemaa El Fna, um mercado montado numa praa circular no centro deMarrakech, um centro com toda a magia de Marrocos. O movimento comea cedocom o sol j ardendo sob a cidade: encantadores de serpente, mgicos,

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    malabaristas, acrobatas, mulumanos sentados em tapetes lendo o Alcoro,dentistas que exibem milhares de dentes extrados como prova de suacompetncia.Tudo acontece ao mesmo tempo, e o tempo ali nada mais do que asoma dos segundos que definem novos sentidos.

    No extremo noroeste da frica, Marrocos faz fronteira com SaaraOcidental e Arglia e banhado pelas guas do Oceano Atlntico e Mar Mediterrneo.

    As temperaturas oscilam muito. No litoral mediterrneo podem chegar a10 graus no inverno entre janeiro e fevereiro quando as chuvas so constantes.Porm em julho so registradas temperaturas de 45 graus no interior de Marrocos.No deserto chegam a 50 graus.

    A religio oficial do Marrocos o Islamismo e quase toda a populao Muulmana e o Rei a suprema autoridade muulmana do pas, porm ocristianismo est presente e conta com cerca de 100.000 adeptos (1%), que sogeralmente descendentes de franceses dos tempos coloniais. H ainda um grupode cerca de 8.000 judeus (0.2%) que vivem, principalmente, em Marrakech eCasablanca.

    2.2.4 A Vida no MarrocosA famlia o centro da vida social no pas. Normalmente vivem na casa

    os pais os filhos solteiros e os casados, com suas mulheres e filhos. Nas cidades,entretanto, devido ao tamanho das casas, os moradores so em nmero menor.Na sociedade rabe tradicional, os mundos masculino e feminino socompletamente separados; os homens dominam a famlia e a vida pblica,enquanto as mulheres ficam restritas casa e aos trabalhos domsticos.Atualmente, muitas mulheres marroquinas j trabalham fora. As mulheres de

    origem berbere sempre tiveram mais liberdade do que as de origem rabe; elastrabalham nos mercados e participam de eventos pblicos sociais. As mulheresno podem entrar nas mesquitas, a no ser que tenham uma permisso especiale, mesmo assim, ficam na galeria das mulheres, completamente separadas doshomens.

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    Os marroquinos passam suas horas de lazer conversando e socializandocom a famlia e amigos. Os homens vo para os cafs onde fumam, tomam cafou ch de menta e batem papo. J a maioria das mulheres faz vida social dentrode casa ou nos banhos turcos pblicos ( hammam ), onde o vapor conseguidoatravs da queima de madeira. H locais separados para homens e mulheres.

    Uma casa tradicional marroquina tem sempre um ptio central,pavimentado com mosaicos em cores brilhantes, com uma fonte no centro. Oscmodos principais abrem diretamente para este ptio. As casas so geralmentemobiliadas com muitos sofs encostados nas paredes, cobertos com ricos tecidosmarroquinos. O cho coberto com espessos tapetes, sobre os quais ficammesas redondas baixas para servir as refeies.

    Por todo lado h almofadas e a refeio deve ser feita com todo conforto,pois no pas, a hora da refeio um verdadeiro evento social. A mesageralmente no fica preparada, pois os pratos so trazidos pouco a pouco. Antesda refeio, uma empregada ou um membro mais jovem da famlia traz uma baciade metal, com uma plataforma no meio, onde fica um pedao de sabo(geralmente obras de arte, feitas por artesos locais) e gua em volta. As mosso lavadas e uma toalha oferecida para sec-las. Alm do ritual de lavar asmos, o que se repete ao final da refeio, h ainda o costume de beber ch dementa antes e depois das refeies.

    Os marroquinos comem com os dedos da mo direita (o polegar e os trsprimeiros dedos), pegando a comida de um prato comunitrio. Antes dasrefeies, agradecem a Deus falando "Bismillah " e no final, falam " Al Hamdu Lillah", que quer dizer "Graas a Deus ".As refeies em dias de festa so muitoelaboradas e custam, s vezes, uma semana de trabalhos para sua preparao.Constam, geralmente, de cinco pratos: a bstilla , uma torta de massa fininha

    recheada com uma mistura de frango, amndoas, cebola e salsinha, coberta comcanela e acar cristalizado. Em seguida vem o meshwee (carneiro assado inteirona brasa), seguido pela tajine , (carne, peixe ou frango cozidos com frutas comoameixas secas, limes ou marmelos em conserva, ou ainda com vegetais comoalcachofra) que servido com khubz , um po esponjoso redondo. Chega ento a

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    hora do couscous (um grande prato de semolina granulada cozida com carne decarneiro ou frango e vegetais num molho apimentado) e finalmente chega asobremesa: melo, bolos e doces, seguidos pelo tradicional ch de menta.

    Um convidado deve comer de todos os pratos oferecidos. O visitante nodeve cumprimentar primeiro os donos da casa e sim apertar a mo de quem est sua direita e assim sucessivamente. Este o costume local.

    A roupa tradicional marroquina o djellaba ( jallaba em rabe, quesignifica atraente) que uma veste longa, larga e de mangas compridas. Muitasmulheres ainda seguem a tradio Islmica e cobrem o rosto com um vu. Oshomens geralmente cobrem a cabea com um tarbouch (tambm chamado fezpelos ocidentais) nas ocasies formais. Os homens de descendncia Berbere

    usam sandlias de couro de cabra, turbantes brancos e carregam elaboradasadagas entalhadas. Em casa e nos encontros sociais, as mulheres usam longasvestes chamadas kaftans . Apesar de a maioria do povo marroquino usar asroupas tradicionais, cada vez mais o estilo europeu vem se tornando popular.

    2.2.5 Religio MulumanaO governo marroquino no interfere nos atos pblicos feitos pelos cristos

    ou pelas minorias de judeus do pas. Entretanto, enquanto os cristos podempraticar livremente sua religio, outras atividades como o proselitismo ou oencorajamento pela converso ao cristianismo - ambas consideradas legalmenteincompatveis com o Islamismo - so proibidas.

    ilegal a converso de um muulmano ao cristianismo. No passado,cidados americanos foram detidos ou presos e expulsos do pas por discutir outentar engajar muulmanos em debates sobre o cristianismo.

    A circunciso (khitan ) uma importante celebrao no Marrocos. Quando

    os meninos so circuncidados, geralmente aos sete anos, so vestidos como reise desfilam em um cavalo. H uma festa, com muita msica e muita comida e osamigos trazem presentes para celebrar o momento.

    O Ramadan (nono ms do calendrio Muulmano) um ms especial. um tempo de reflexo, de devoo a Deus e de autocontrole. Para muitos, um

    http://www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Marrocos#%23http://www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Marrocos#%23
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    modo de autopurificao espiritual. Os muulmanos jejuam durante todo o ms. O jejum comea quando o dia amanhece e termina no pr do sol. Durante as horasdo dia, no podem comer, beber ou fumar. Normalmente h uma refeio rpida(suhoor ) no alvorecer e outra (iftar ) no final do dia. Os marroquinos so proibidospor lei de desrespeitar publicamente o jejum e alguns so presos por este motivo.Quando o ms de jejum termina, h uma celebrao, o Id-al-Fitr (banquete daquebra do jejum), que duram trs dias, onde presentes so trocados e amigos efamlias se renem para orar e para fazer grandes refeies.

    No passado, todos os casamentos eram arranjados e, atualmente, apesar de ser menos comum, esta tradio ainda observada em algumas famlias. Anoiva recebe um dote de sua famlia e o noivo e sua famlia do grande soma em

    dinheiro famlia da noiva. Este dinheiro ser gasto com a montagem da casa. Ascerimnias de casamento geralmente ocorrem no vero e so eventos alegres ecoloridos. Normalmente a noiva mantm seu nome de famlia.

    Quando um casal se divorcia, todos os presentes recebidos nocasamento ficam para a mulher, mas os filhos normalmente ficam com o pai.

    Tradicionalmente, os meninos eram educados nas madressahs , centrosde aprendizagem Islmicos, dentro das mesquitas. Estas escolas ainda socomuns no pas. Os alunos se dedicam a decorar o Alcoro e aos estudosreligiosos. A educao era obrigatria para crianas entre 7 e 13 anos em 1962.Entretanto, a falta de professores e de escolas, ao longo dos anos, vem limitandoo acesso educao para as crianas das reas rurais. Alm do mais, nem todasas crianas marroquinas podem ir para a escola, pois em algumas famlias elastm que trabalhar para ajudar seus pais. Se apenas algumas das crianas dafamlia podem freqentar a escola, a prioridade dada aos meninos. O idiomainicial das escolas o rabe nos dois primeiros anos e depois os alunos aprendem

    todas as matrias tanto em rabe como em francs.

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    2.3 Os rabes Egpcios

    2.3.1 Dados Estatsticos

    BANDEIRA

    DADOS PRINCIPAIS:Nome oficial: Repblica rabe do Egito (al-Jumhuriya Misr al-'Arabiya).Nacionalidade: egpcia.Data nacional: 23 de julho (Aniversrio da Revoluo).Capital: Cairo.Cidades principais: Cairo (aglomerado urbano: 9.900.000 em 1996; cidade:6.849.000 em 1994); El Gza (4.784.099), Alexandria (3.339.076) (1996).Idioma: rabe (oficial).Religio: islamismo 90% (sunitas), cristianismo 10% (1990).

    GEOGRAFIA:Localizao: nordeste da frica.Hora local: + 5h.rea: 1.001.449 km2.Clima: rido subtropical.

    POPULAO:Total: 68,5 milhes (2000), sendo rabes egpcios 98%, rabes bedunos 1%,nbios 1% (1996).Densidade: 68,4 hab./km2.Populao urbana: 45% (1998).Crescimento demogrfico: 1,9% ao ano (1995-2000).Fecundidade: 3,4 filhos por mulher (1995-2000).Expectativa de vida M/F: 65/68 anos (1995-2000).Mortalidade infantil: 51 por mil nascimentos (1995-2000).Analfabetismo: 44,7% (2000).IDH (0-1):0,623 (1998).

    POLTICA:Forma de governo: Repblica presidencialista.Diviso administrativa: 27 governadorias.Principais partidos: Nacional Democrtico, Nacional Progressista Unionista,Novo Wafd.Legislativo: unicameral - Assemblia do Povo, com 454 membros (10 apontados

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    pelo presidente e 444 eleitos por voto direto para mandato de 5 anos).Constituio em vigor: 1971.

    ECONOMIA:Moeda: libra egpcia.PIB: US$ 82,7 bilhes (1998).PIB agropecuria: 17% (1998).PIB indstria: 32% (1998).PIB servios: 51% (1998).Crescimento do PIB: 4,2% ao ano (1990-1998).Renda per capita: US$ 1.290 (1998).Fora de trabalho: 23 milhes (1998).Agricultura: algodo em pluma, arroz, trigo, cana-de-acar, milho, tomate.Pecuria: bfalos, ovinos, caprinos, aves.Pesca: 418,7 mil t (1997).Minerao: petrleo, gs natural, mangans, sal de fosfato, minrio de ferro,urnio, carvo.Indstria: alimentcia, refino de petrleo, txtil.Exportaes: US$ 3,1 bilhes (1998).Importaes: US$ 16,2 bilhes (1998).Parceiros comerciais: EUA, Alemanha, Frana, Holanda (Pases Baixos), Itlia.

    DEFESA:Efetivo total: 443 mil (2001).Gastos: US$ 2,8 bilhes (2000).

    2.3.2 Locais Tursticos

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    Localizado no nordeste da frica, o Egito um grande deserto cortado pelo verdedo Rio Nilo, cujas guas esto ligadas rotina da populao. As pirmides deQuops, Qufren e Miquerinos so patrimnios da humanidade. Cairo a capitaldo pas, uma cidade com mil anos de cultura rabe. Hoje o pas tem costumesocidentalizados, as mulheres trabalham fora e a maior parte no usa vu paracobrir o rosto. L chove trs dias por ano, o calor intenso e quase toda a readisponvel est coberta de areia.

    Bero de uma das civilizaes mais antigas do mundo, o Egito representapapel estratgico para a paz mundial no cenrio contemporneo do Oriente Mdio.O Egito ocupa um territrio de forma retangular, situado no nordeste do continenteafricano, com uma rea de 1.002.000 km2, dos quais apenas 35.500 km2 so

    habitados.Limita-se ao norte com o mar Mediterrneo, a oeste com a Lbia, ao sul

    com o Sudo, a leste com Israel, o golfo de Acaba e o mar Vermelho. O mar Mediterrneo banha as costas setentrionais, onde se abre o delta do Nilo; o mar Vermelho costeia o litoral oriental. O canal de Suez liga ambos os mares e separaa frica da sia.

    O

    territrio egpcio situado ao norte de uma vasta regio rida do continente africanopossui caractersticas de clima desrtico, com chuvas escassas e considerveis

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    diferenas de temperatura entre o dia e a noite. O vento seco do deserto, okhamsin, sopra entre maro e junho, provocando tempestades de poeira e areia.Esse vento se origina de correntes tropicais procedentes do sul e determinadopelas influncias do sistema de baixas presses do Sudo.

    O clima tem duas estaes bem demarcadas. O inverno vai de novembroa maro, e o vero de maio a setembro, separados por curtos perodos detransio. Os invernos so moderadamente frios. Em Alexandria, os limitesmximo e mnimo de temperaturas mdias so de 11 e 18 C, e em Assu, de 10e 23 C. A partir da costa mediterrnea at o sul, o clima mais seco. As chuvasocorrem principalmente nos meses de inverno. Em Alexandria, a mdiapluviomtrica anual de 178mm. Ao sul do delta as precipitaes so mais

    escassas, e quase nulas no litoral do mar Vermelho.Apesar da herana das antigas civilizaes que ocuparam seu territrio, o

    Egito faz parte do mundo cultural rabe-islmico. O estado promove a cultura por meio do Instituto do Egito, fundado em 1859, sobre a base de um instituto criadopor Napoleo, e da Academia de Lngua rabe, fundada em 1932. Outrasinstituies, tambm sob administrao do Ministrio da Cultura, se dedicam aofomento das artes, letras e cincias. Diversos museus conservam o rico patrimniocultural legado pela antiga civilizao.

    A tradio rabe, com influncias ocidentais e peculiaridades autctones,determinaram as manifestaes artsticas do Egito moderno. O campo da msica,na segunda metade do sculo XX, recebeu incentivos governamentais com vistasa um retorno a suas razes tradicionais. O estilo ocidental adaptado personalidade egpcia marcou as composies de Yusuf Greiss e Abu Bakr Jariat.O retorno ao folclore se manifestou tambm nas demais artes, com destaque paraa dana, a pintura e as atividades artesanais. Os temas melodramticos e a

    mensagem nacionalista marcaram a produo cinematogrfica egpcia. Aps anacionalizao do cinema egpcio, em 1963, prevaleceu um estilo realistaorientado para os problemas sociais da vida no campo e do trabalhador urbano.

    Passeios : As pirmides de Quops, Qufren e Miquerinos.

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    A Esfinge. Um cruzeiro pelo Rio Nilo. Utilize a felluca, tradicional veleiro egpcio. Uma visita ao Mar Vermelho, que possue mais de mil espcies de

    peixes e 450 tipos de corais. Os recifes do Estreito de Tirana. Parque Nacional Marinho de Ras Muhammad, onde se pode mergulhar. Os templos de Luxor e Karnak, para saber sobre o passado dos faras Um passeio de camelo pelo deserto. O Vale dos Reis, com tmulos de 64 faras A represa de Assu Deir el-Bahri, monumento que abriga os restos da rainha Hatshepsut

    A capital Cairo. O museu do Cairo.Estar nas pirmides, sentir a grandiosidade da Esfinge, contemplar tudo

    aquilo ao vivo, caminhar sob o sol escaldante do deserto uma meditao, umprofundo auto-conhecimento, que vale por anos de anlise.

    2.3.3 Populao e CostumesOs descendentes dos faras possuem como qualidade nata uma grande

    dignidade que, talvez, proceda dos tempos de esplendor do antigo Egito e que tempermanecido inaltervel como rasgo caracterstico, ao longo dos sculos. Adignidade mistura-se com outro aspecto fundamental, a humildade que apareceprovavelmente, pelo sentido trgico que os egpcios tm da vida, pois que tudodepende da vontade divina. Por ele, em todas partes e em qualquer momentopode se escutar expresses de tipo religioso como " a vontade de Deus", "seDeus quizer" e inclusive a tpica saudao "salam aleikun" tem esse sentido pois o

    que deseja que "a paz esteja contigo".O povo do Egito profundamentereligioso e espiritual. O Islam muito importante para eles e imprescindvelrespeitar seus costumes para poder chegar a conhec-los. aconselhvel sevestir com calas ou saias longas e camisas ou camisetas com mangas,sobretudo ao visitar os lugares santos e as mesquitas (precisa-se tirar os sapatos

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    ao entrar).Esta profunda religiosidade se percebe tambm claramente na famlia.Os ncleos familiares esto muito unidos e podem estar encabeados peloshomens, pais, maridos, irmos e filhos. As mulheres so tambm importantes nasociedade ainda que devido s leis islmicas, permanecem em sua maioria nasombra. As mais ancis ordenam o grupo de mulheres de uma casa e so as quedecidem, apesar de que as mulheres dos primognitos tambm tm bastantepoder.

    Nos ltimos tempos estas rgidas leis foram abrindo-se, sobretudo, nasgrandes cidades e so cada vez mais as jovens que estudam e trabalhamparticipando ativamente em todos os campos da sociedade. Porm, existemcertos aspectos que no foram mudados, por exemplo, esto proibidas

    terminantemente as relaes pr-matrimoniais, pois as mulheres devem chegar virgens ao matrimnio. Talvez por este motivo alguns egpcios consideram que asestrangeiras so muito mais acessveis pelo que convm evitar provocaesdesnecessrias vestindo mini-saias e camisetas muito justas.

    O matrimnio um acontecimento social importante e os casamentos secelebram com todo o luxo e pompa possvel. Rene-se toda a famlia e os amigos,se fecham ruas para que nelas tenham lugar o banquete, o baile, as danaspopulares, os espetculos acrobticos, etc. costume que os noivos passem emcarro pelas ruas do bairro em meio das felicitaes de todo o mundo. Tendooportunidade no deixe de assistir a uma celebrao matrimonial. As crianas somuito queridas no Egito. So criadas e amadas com generosidade pr suas mesque podem ter um vnculo muito mais estreito com eles que com seus maridos.

    As famlias tm numerosos filhos devido a que os filhos so consideradosuma bno divina e a que o ndice de mortalidade infantil muito alto. Comrespeito aos bebs so capazes de andar se lhes deixa uma grande liberdade,

    confiando plenamente na vontade divina.Existe uma grande solidariedade entre as distintas comunidades,

    ajudando-se entre elas e defendendo-se contra as agresses externas. Osegpcios gozam de um excelente sentido de humor, lhes encanta contar piadas de

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    qualquer tipo e fazer brincadeiras. Lembre-se que para alguns egpcios asfotografias podem trazer m sorte.

    2.3.4 Os "muled", tradio e festa no EgitoQuando o trrido vero egpcio chega a seu final, milhares de fiis,

    muulmanos e cristos, saem s ruas para participar dos "muled", ou"nascimentos", uma tradicional celebrao que mistura religio e festa. A origemdos "muled" no Egito remonta ao sculo 12, quando a dinastia fatmida, quegovernava o pas, imps esta tradio xiita que ainda se mantm apesar deatualmente a maioria dos muulmanos egpcios ser sunita. Os xiitas exteriorizamde forma dramtica sua f, algo rejeitado pelos muulmanos fundamentalistas,que consideram essas prticas contrrias ao Isl sunita.

    Mas, atualmente, no so apenas os muulmanos que celebram os"muled"; cristos no Egito tambm participam das celebraes. Na prtica, duasdestas celebraes coincidem na semana: a de Saida Zeinab, muulmana, e a deSo Jorge, crist.

    Milhares de muulmanos se reunem no bairro de Saida Zeinab, no centroda capital egpcia, para comemorar o nascimento da neta de Maom, fundador doIsl, que d nome festa. A mesquita de Saida Zeinab, onde se acredita querepousam os restos da neta do profeta, enfeitada para servir de abrigo festaque faz parte da celebrao religiosa.

    meia-noite comea o "dikr", um baile acompanhado por msica,repetio de cantos religiosos e rezas durante o qual alguns dos fiis, dandovoltas sobre si mesmos, entram em transe na busca de Deus diante do olhar atnito de centenas de curiosos. Na prtica, a maioria dos presentes s quer bisbilhotar e desfrutar das luzes, marionetes, tiro ao alvo, e barracas de comidaque enchem a rua de cores e cheiros at altas horas da madrugada.

    Enquanto isso, milhares de cristos se aproximam do monastrio de SoJorge em Mit Damsis, no delta do rio Nilo, onde esperam "um milagre" do santo nodia em que se lembra a consagrao da igreja, no local onde se acredita querepousa uma parte de seus restos. As canes de venerao ao santo se

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    misturam com os gritos das centenas de vendedores ambulantes que oferecem,alm de smbolos religiosos, roupas, doces, comidas tpicas e peixes.

    "Nunca perco o 'muled' de Mit Damsis, o maior de todos, porque vendomuito bem. Alm disso, embora seja muulmana, aproveito a festa para receber abno do santo", explica Abir Muhamed diante das jias que expe aos curiosos.

    No ptio da igreja os fiis se misturam, espera para entrar no templo, eos cordeiros so sacrificados e oferecidos gratuitamente aos pobres comoagradecimento aos milagres do santo, explica o padre Butros, um dosresponsveis pelo templo.

    noite, e durante os dez dias de celebraes, os fiis se renem perto doNilo, onde entoam cantos religiosos e pedem que "o santo aparea no cu". Sejam

    cristos ou muulmanos, os milhares de egpcios continuam indo, a cada ano, aalgum dos vrios "muled" que enchem o calendrio em busca de diverso emisticismo, longe da dura realidade da qual fazem parte.

    2.3.5 O Ramad a grande festa do islamismoO ms de jejum muulmano, o Ramad em novembro no Egito. O mufti

    (clrigo religioso) oficial responsvel por emitir decretos religiosos no Egito,informa que o ms islmico do Ramad comea quando a lua nova no vista naprimeira noite do ms.

    O Ramad, que dura 28 ou 29 dias, comea no primeiro dia depois de ser avistada a lua nova. Durante o Ramad, o jejum uma exigncia religiosa paratodos os muulmanos que estiverem em condies fsicas para obedec-lo. O

    jejum, durante o qual os fiis no podem comer, beber, fumar ou ter relaessexuais entre o nascer e o pr-do-sol, um dos chamados "cinco pilares" doislamismo. Os negcios e o comrcio tendem a diminuir durante o dia nesse pas,

    mas as lojas e os restaurantes permanecem abertos at depois da meia-noite.O Egito conhecido pelas comemoraes extensas feitas durante o ms

    santo. Na concorrncia intensa entre emissoras rabes pelo pblico cativooferecido pelas famlias que se renem para quebrar o jejum, logo no incio danoite, os dramas e as novelas na TV costumam ter altos ndices de audincia.

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    3 CULINRIA GREGA

    3.1 ApresentaoA cozinha grega das mais

    saudveis, saborosas e perfumadas do mundo.Ela recheada de gros, azeite, legumes,vegetais, iogurtes e mel; comporta elementosdoces e salgados em todos os pratos e aindatem nas oleaginosas, como as nozes e

    gergelim, um ingrediente comum a muitasreceitas.

    Alho, ervas frescas, como o organo, alecrim, tomilho e louro, peixes,frutos do mar, pes, cereais e a carne de carneiro tambm so elementosfortemente presentes na cozinha da Grcia, um pas que fica no sudeste daEuropa e tem cerca de 11 milhes de habitantes.

    Os gregos tm o costume de oferecer os mezdes, que so pores deantepastos diversos servidos para acompanhar uma bebida antes das refeies.Eles so saboreados com po srio, l chamados de po grego.

    Se voc for Grcia, certamente ser servido com mezdes de pat deberinjela (melitzanosalta), coalhada com pepino e alho (tzatziki) ou de ovas depeixe (taramosalata); bolinhos de carne (keftedes); queijo grelhado e flambado(saganaki); frutos do mar (lulas, camares, polvo, mariscos); charutinhos de folhasde uva (dolmadakia), a salada grega chamada de horitiki (tomates, pepinos, finasfatias de cebola, azeitonas, pimento verde) e uma fatia de um forte queijo de

    ovelha, o queijo feta, temperado com organo, e as azeitonas gregas, que nuncafaltam numa mesa.

    "Dos pratos clssicos e mais tradicionais, se destacam o carneiro assadoao forno com batatas e o moussak gratinado de berinjelas e carne moda. Osdoces gregos so tambm muito apreciados e entre muitos podemos destacar o

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    kourabi, um amanteigado com recheio de amndoas, melomakrono, biscoitocom canela e mel, e os folhados baklav e kadafi, massas folhadas recheadascom nozes", diz o dono do restaurante grego Olympus, em So Paulo, YannisDelatolas.

    Os churrascos gregos (que tm verses bastante popular pelas ruas dasgrandes cidades brasileiras) existem e so um prato muito apreciado. Geralmenteso feitos com carnes sobrepostas e de diversos animais, como porco, frango ecarneiro.

    As frutas so muito importantes na mesa grega. Seja em forma natural ouseca, elas fazem parte de todas as refeies e compem muitos pratos tpicos.Em destaque esto as uvas, melancias, meles, pssegos e figos.

    Na categoria das bebidas, os gregos tambm adoram o caf rabe e tmo hbito de ler o futuro na borra (Cafeomancia), sempre acompanhado de umcopo de gua. A bebida gelada em estilo frapp tambm bastante consumida.

    As bebidas preferidas dos gregos so o ouzo, aguardente de uva comessncia de ans, vinhos tintos e brancos, cerveja e retsina, vinho branco comseiva de pinheiro.

    O almoo e o jantar so as refeies mais importantes para os gregos.Eles comeam com o mezdes at a sobremesa em ritual sem pressa e comdireito sesta. "Esse hbito faz com que a alimentao grega fique ainda maissaudvel", diz o professor de gastronomia do Senac-SP, Alessandro Nicola.

    Na sexta-feira, o consumo de qualquer tipo de carne proibido para osgregos e a populao ainda preserva essa cultura religiosa.

    3.2 A Oliva difcil apurar exatamente a data do

    aparecimento das Oliveiras, mas presume-seque tenha aparecido na sia Menor e sejacultivada por volta de 3.000 aC., nos pasesmediterrneos, onde boa parte da colheita deazeitonas destinada produo de azeite.

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    Nesse processo, as azeitonas so descaroadas e amassadas at tornarem-seuma polpa espessa. Uma prensa extrai o suco, que centrifugado para separar agua do leo. A maior parte dessa gordura, porm, monoinsaturada, com efeitobenfico sobre os nveis de colesterol do sangue e de fcil digesto.

    Azeitona o fruto de uma rvore da famlia das oleceas que congregammais de 30 espcies diferentes. A mais conhecida delas a Olea europea , ousimplesmente oliveira - uma rvore baixa, frondosa, com vrias ramas e detroncos retorcidos. A principal caracterstica da oliveira o seu perodo de vida,um dos maiores no reino vegetal. Na Espanha, elas alcanam, em mdia, 300anos a 400 anos. Algumas chegam at 700 anos. A mais velha delas encontra-seem Atenas, capital da Grcia, e tm mais de 1.200 anos. Diz a lenda que ela a

    rvore mais resistente. O que no bem verdade. A oliveira sensvel ao friomuito intenso. Tanto que o inverno rigoroso que aconteceu na Espanha em 1956causou a perda de imensos olivais e de quase toda a colheita de azeitonasdaquela poca.

    Pode-se observar no Mediterrneo algumas oliveiras silvestres, emboraisso seja raro, pois nessa regio ela constitui parte da agricultura e cobreimportantes reas de cultivo. Na Espanha, por exemplo, a maioria absoluta dos2,5 milhes de hectares de plantao de olivas so destinada produo deazeite, e que gira em torno de 550 mil toneladas. Desse total, 37% soexportados. Isso significa que poucas pessoas no mundo tm acesso to fina esaudvel iguaria. Seria necessrio produzir muito mais azeite para que a sade dapopulao do Mediterrneo pudesse ser copiada em todo o mundo.

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    3.3 - SalgadosMelitzanosaltaIngredientes1 berinjela1 colher (sopa) de azeite de oliva1 colher (sopa) de suco de limo siciliano100g de iogurte natural1 colher (ch) de alho picado e amassado1 pitada de cominho em psal e pimenta a gosto

    1 colher (sopa) de salsinha picadaModo de Preparo: Fure a berinjela com um garfo e queime a pele na chama direta. Corte a berinjelaao meio e raspe a polpa, esmague com um garfo. Misture os demais ingredientese acerte o tempero. Sirva acompanhado de po.

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    MoussakaIngredientes:Molho3 colheres de sopa de manteiga3 colheres de sopa de farinha de trigo2 e 1/2 xcaras de ch de leitesal e pimenta do reino a gosto

    noz-moscada a gostoPara gratinar farinha de rosca

    queijo parmeso raladoRecheio3 colheres de sopa de azeite400 g de carne de cordeiro moda3 cebolas mdias picadas3 dentes de alho picados1/4 de xcara de vinho branco seco1 folha de louro1 colher de caf de tomilho1 colher de caf de organo1 colher de caf de canela em p200 g de polpa de tomatesal e pimenta do reino a gosto1 kg de berinjelasal1/4 de xcara de ch de azeiteModo de Preparo:

    Corte as berinjelas no sentido do comprimento. Polvilhe com sal e deixedescansar por cerca de 30 minutos, para extrair o excesso de gua. Em umapanela, coloque a farinha e a manteiga. Leve ao fogo sem parar de mexer e,quando a manteiga estiver derretida, acrescente o leite aos poucos. Deixecozinhar por 15 minutos para o molho engrossar. Tempere com sal, pimenta e

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    noz-moscada. Retire do fogo. Em outra panela, prepare o recheio. Aquea 3colheres de azeite e refogue a carne at que fique bem sequinha. Junte o alho e acebola, refogue mais um pouco e acrescente o vinho branco. Deixe reduzir.Misture bem a folha de louro, o tomilho, o organo, a canela e a polpa de tomate.Baixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 30 minutos. Tempere com sal epimenta. Misture a salsinha e retire do fogo. Seque as berinjelas, aquea dexcara de azeite ou leo, frite as berinjelas e escorra em papel absorvente. Em umrefratrio, polvilhe farinha de rosca e arrume uma camada de berinjelas. Salpiquesal e parmeso e mais farinha de rosca. Espalhe um pouco do recheio, polvilhemais farinha de rosca e parmeso. Cubra tudo com o molho e salpique maisparmeso e farinha de rosca. Leve ao forno por cerca de 40 minutos ou at que a

    moussaka esteja bem gratinada.

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    Arn psit me patatesIngredientes:

    1,5 kg de pernil de cordeiro desossado1/2kg de batatas bolinha1 xcara (ch) de azeite de oliva2 xcaras (ch) de gua2 limes2 dentes de alho picadosal, pimenta-do-reino e organo a gostoModo de Preparo:

    Esfregue o alho picado e o limo na carne e tempere com sal e pimenta a gosto.Coloque a carne numa forma e deixe marinar por duas horas. Descasque e laveas batatas, tempere com sal e pimenta e coloque as batatas na forma junto com acarne. Coloque o forma no forno em temperatura mdia e deixe assar por aproximadamente 1 hora. Vire a carne quando tiver atingido uma cor dourada paraassar o outro lado igualmente.

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    Psria spetsitikaIngredientes:6 colheres (sopa) de azeite de oliva1 cebola picada fininho1/2 colher (sopa) de alho cortado em fatiasfinas1/2 taa de vinho branco seco200g de tomate maduro, sem pele e semsemente1 colher (ch) de acar mascavo

    1 pitada de cominho1 pitada de canela em p300g de fil de robalo1 colher (sopa) de suco de limo sicilianosal a gosto1 pitada de pimenta branca moda3 colheres (sopa) de farinha de rosca grossa1/2 colher de sopa de organo fresco picado3 colheres (sopa) de salsinha picadaModo de Preparo:Retire a pele do peixe, tempere com sal e pimenta, regue com o suco de limo e

    reserve. Murche a cebola no azeite, acrescente o alho e refogue. Acrescente ovinho e ferva at quase secar. Acrescente o tomate e refogue at dourar. Junte oacar mascavo, o cominho e a canela, misture bem. Em um refratrio coloque omolho e o peixe sobre o molho. Sobre o peixe coloque a farinha de rosca, o

    organo fresco picado e a salsinha, regue tudo com azeite. Asse em forno mdiopor aproximadamente 10 minutos (o suficiente para o peixe assar). Sirva quente,acompanhado de po.

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    3.4 SobremesasKurabieIngredientes:400 gramas de manteiga copo de acar de confeiteiro02 gemasCravo em p a gosto clice de conhaqueAmndoas picadas a gosto

    Farinha de trigo (o quanto basta)

    Baunilha em p a gostoCobertura:1 xcara de acar de confeiteiro1/2 colher, de ch, de baunilha1/4 colher, de ch, de salalgumas gotas de corante alimentcio1 ou 2 colheres, de sopa, de leiteModo de Preparo:Colocar na batedeira a manteiga e bater at ficar bem clara. Acrescentar o acar de confeiteiro e bater mais. Colocar as gemas e voltar a bater a mistura.Tirar da batedeira e acrescentar o cravo em p, o conhaque e as amndoaspicadas. Despejar aos poucos a farinha at que forme uma massa no muitodensa. Fazer bolinhas com a massa e apertar o meio com o polegar para dar forma aos biscoitos.Levar ao forno para assar e tirar os biscoitos quando estiverem assados, porm

    antes de dourar.Misture os ingredientes da cobertura. Voc pode dividir a cobertura em 2 ou 3partes e colorir com o corante cada parte em uma cor. Bata bem, at obter umacobertura consistente e homognea. Decore os biscoitos com desenhos gregos

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    (como na foto). Se preferir, usar apenas uma mistura de acar de confeiteiro ebaunilha em p e peneirar por cima dos biscoitos.

    Bolo de Iogurte e Damascos Ingredientes:3 ovos3 colheres de sopa de manteiga1 1/2 xcara de ch de acar 1 pote de iogurte natural2 xcaras de ch de farinha de trigo1 xcara de ch de damascos picados

    (previamente lavados e fervidos)1 colher de sopa de fermento em p1 pote de gelia de damascosModo de Preparo: Bata as claras em neve e reserve. Bata as gemas com a manteiga e o acar.Adicione sem parar de bater o iogurte e a farinha peneirada. Fora da batedeira,adicione os damascos, o fermento em p e as claras em neve. Despeje em frmarefratria untada e leve ao forno pr-aquecido, numa forma untada, at cozer.Desenforme depois de frio. Cubra o bolo com gelia de damasco.

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    Halvas PolitikosIngredientes:200 gramas de acar 200 gramas de semolina400 ml de leite fresco200 gramas de manteiga100 gramas de nozes trituradascanela em p ou calda de frutasModo de Preparo:

    Em uma panela, derreta a manteiga; adicione o semolina e as nozes e torrea semolina em fogo brando, mexendo constantemente.Aquea o leite com o acar e adicione isto semolina. Tampe a panelae deixecozinhar por aproximadamente 40 minutos, mexendo de tempo em tempo. Retirea mistura do fogo e cubra com um pano de pratos.Mantenha-a coberta at que esfrie e antes de servir fure-a levemente com umgarfo. Polvilhe a superfcie com a canela ou decore-a com a calda de frutas.

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    4 CULINRIA MARROQUINA

    4.1 ApresentaoO principal ingrediente da culinriamarroquina o couscous . Carnes e peixesso normalmente grelhados ou cozidos por muitas horas em uma panela de barro comuma tampa cnica chamada tajine (omesmo nome da comida). Damascos

    secos, tmaras, figos, passas, pinhas,amndoas e pistaches so utilizados em

    muitos pratos. Uma mistura de suco de limo e sal acrescenta um gosto especial apratos de frango e peru. Especiarias, tais como cominho, coentro, pimenta,aafro, canela e gengibre tambm acrescentam um sabor especial. Assobremesas so temperadas, quase sempre, com canela e amndoas. O Briouat ,(espcie de pastel recheado com amndoas, fritos e depois mergulhados no mel)e o kaboughzal (massa em formato de croissant recheada com creme deamndoas e perfumada com flor de laranjeira, que tradicionalmente servido nasfestas de casamento) so algumas das sobremesas tpicas marroquinas. Todas asfamlias nas reas rurais fazem seu prprio po de farinha de semolina e, antes demand-lo para o forno comunitrio, marcam-no com seu prprio selo especial paraque no sejam confundidos na padaria. A gastronomia marroquina deliciosa, a preparao de seus deliciosos pratosconta com numerosos ingredientes como especiarias, legumes, frutos frescos e

    secos, carnes saborosas e peixes e mariscos frescos para fazer do comer umautentico prazer; a tudo isso h que acrescentar as sobremesas que desmanchamna boca apenas de experiment-las.Os pratos tpicos marroquinas so a harira , contundente e nutritiva sopa comcarne, lentilhas e gro de bico e os tajines , guisados que recebem seu nome do

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    recipiente de barro onde cozinham-se carnes, legumes e peixes fogo lentodurante horas com azeite de oliva e especiarias; um tajine de luxo para os dias defesta o de ameixa, com carne de cordeiro, amndoas, gergelim e, claro,ameixas, cujo sabor mistura de salgado e doce resulta delicioso. No menosdeliciosos so o frango ao limo , uma pastilha , pastel de carne de pombinhoespecial coberta de folhado e pingado de acar e canela, kebabs , as conhecidasbrochetas que podem-se tomar em restaurantes ou nos populares barracos dasruas, troos de carne de rins, fgado de cordeiro ou boi parrilha e as saborosaskeftas , muito similares a nossas almndegas mais preparadas com carnes muitotemperadas.O prato tpico da cozinha marroquina o maravilhoso couscous, tradicional

    almoo familiar da sexta-feira que os visitantes podem comer todos os dias;existem muitas variedades dependendo da regio. toda uma experincia com-lo com a mo, sempre a direita, como fazem os prprios marroquinos. Deliciosoresulta tambm o mechoui , um cordeiro inteiro assado devagar at ficar no pontoe o ponto exato aquele em que a carne se desmancha ao coloc-la na boca.Para combater o calor, tambm hora do almoo, recomendvel a saladamarroquina, origem do gaspacho andaluz, que costuma apresentar-se cortada empedacinhos e fortemente temperada. Os iogurtes naturais doces, cobertos depssego, nectarinas ou morangos naturais, so tambm outro prato refrescante.Os peixes e mariscos so muito frescos, sardinhas, camares, mexilhes,calamares, ostras e outras muitas delcias dignas de serem degustadas.Para a sobremesa, a fruta fresca, dtiles, laranjas, tangerinas, mas, ameixas eoutras variedades tropicais resultam excelentes, mas alm disso, a maior partedos doces feita com amndoas e mel, como o bstila, com folhado e leite deamndoas, os deliciosos pasteis de mel, os chifres de gazela, pasteis em forma de

    meia lua recheados de pasta de amndoas, os feqqas com amndoas e uvaspassas, os ghoriba com gergelim ou amndoas, os beghrir, espcie de crpes deninho de abelha servidos com manteiga fundida e mel ou os shebbakia, pasteisfritos em azeite e cobertos de mel. Todo um prazer.

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    Como bebidas podem-se tomar a cerveja do pas ou seus vinhos, em especial ostintos que resultam muito bons embora tambm muito fortes; tambm so de boaqualidade os brancos, cidos e os rosados como o Oustalet. gua deve ser engarrafada e se tiver sede os sucos de fruta fresca so maravilhosos. Apscomer ou para qualquer momento nada melhor que um delicioso ch de menta,todo um prazer, um smbolo de hospitalidade oferecido ao visitantehabitualmente, como tambm oferece-se o leite acompanhado de dteis.A cozinha marroquina, considerada como a melhor do mundo rabe, universalmente reconhecida e apreciada e pode-se degustar tanto emrestaurantes de luxo como nos postos das ruas ou nos pequenos cafs,restaurantes de qualquer cidade.

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    4.2 SalgadosCouscous marroquinoIngredientes:1 xcara (ch) de couscous marroquino1 xcara (ch) de gua1 colher (sopa) de manteiga3 colheres (ch) de alcaparrasamndoa em lminas, a gosto

    sal, a gostoModo de Preparo:Coloque o couscous num recipiente e reserve. Acrescente a gua num recipientee leve ao fogo alto para ferver. Salgue a gua a gosto e despeje sobre o couscousreservado.Tampe o recipiente e espere at que o couscous absorva toda a gua. Acrescentea manteiga, as alcaparras e mexa bem.

    Salada Marroquina de Cenoura e LaranjaIngredientes:500g de cenoura ralada1 pitada de sal1 colher (sopa) de acar 1 colher (sopa) de gua de flor de laranjeirasuco de 1 limo

    2 laranjas1 fio de azeite (opcional)Modo de Preparo:

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    Tempere a cenoura ralada com o sal, o acar, o suco de limo, a gua de flor delaranjeira e o azeite. Misture e prove. Se preferir, acrescente mais acar a gosto.Disponha em tigelinhas e decore com fatias de laranja descascadas. Sirva gelado.

    Legumes Grelhados com Molho de Tahine(Na foto, berinjela e cebola)Ingredientes:legumes variadosazeitesal

    Modo de Preparo:Escolha os legumes que preferir, depreferncia bem frescos, lave-os bem ecorte em fatias de + ou - 0,5 cm.Abobrinha, berinjela e cenoura ficam melhores cortados longitudinalmente (,palavra grande!). J, cebola, jil e chuchu ficam melhores em rodelas. O pimentotem que ser cortado em tiras largas (3 cm). No necessrio descascar, comexceo da cebola e do chuchu.Pincele azeite nas fatias dos legumes. Leve ao fogo uma frigideira ou grelha anti-aderente e deixe ficar bem quente. Grelhe os legumes dos dois lados (uma fatiaao lado da outra), em fogo alto, at que fiquem cozidos e ligeiramente tostados.Polvilhe com um pouco de sal.Molho de tahine2 colheres (sopa) de tahinesuco de 1 limo

    1 colher (ch) de azeite1 pitada de pimenta sria1 colher (ch) de gua filtrada1 pitada de sal

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    Misture tudo. Se ficar muito grosso, ponha mais uma colherinha (ch) de gua.Regue sobre os vegetais grelhados.

    Briouates com carne picadaIngredientes:500 g de carne da vitela picada100 g de toucinho de carneiro1 colher de caf de sal

    1 colher de caf de cominho1 colher de caf de pimenta vermelha2 copos de salsa picada e coentro1 cebola fina picada100 g de manteiga4 ovos batidos1 colher de caf de canela1 quilograma de massa de pastel

    leo para frituraacar e canela em pau para a caldaModo de Preparo:Misture a carne de vitela e o toucinho de carneiro picados com a salsa, coentro,pimenta vermelha, cominho, cebola e sal.Cozinhe na manteiga. Mexa com uma colher separando a gordura lquida ereserve. Reduza at que o lquido esteja evaporado completamente. Adicione a

    canela mistura em fogo brando, incorpore progressivamente os ovos (separeuma poro para colar os briouates), misture e retire do fogo.A dobradura dos briouates:Corte as folhas da massa de pastel em duas partes, pegue metade de uma folhaem seu comprimento, dobre as laterais para o meio para ter uma beirada

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    retangular. Ponha uma colher da sopa da mistura em um lado e dobre por acimaoutra vez, ou enrole dando forma de um tringulo, retngulo ou um cilindro,cuidando para selar bem com um pouco dos ovos batidos.Para servir os briouates, frite-os em um leo bem quente, remova-os com umaescumadeira quando tiverem uma cor dourada, e deixe secar em papel toalha.Podem ser servidos quentes e com uma calda de acar e canela.

    4.3 SobremesasEsneinye - Manjar com trigoPores: 15 poresIngredientes:2 xcaras de ch de trigo integral (300 grs)

    2,5 xcaras de acar (375 grs)50 grs de uvas passas pretas e brancas50 grs de amndoas50 grs de pistaches50 grs de nozes50 grs de damascosErva doce / kmmelModo de Preparo:Deixar o trigo de molho em 1,5 lts de gua por duas horas ou at amaciar.Cozinhar o trigo na mesma gua, acrescentar um "bouquet garni" com erva doce ekmmel. Aps o cozimento, escorrer a gua e reserv-la.Acrescentar ao trigo cozido, acar e, se preciso, adicionar parte da guareservada, para corrigir sua consistncia. Deixar esfriar. Cobrir com uvas passas,amndoas, pistaches, nozes e damascos.

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    Doce de figos secosIngredientes:1 kg de figos secos1 limo kg de nozes

    kg de gergelim kg de Snoubar 5 gr de misk2 colheres de sopa de MA'ZAHR ( gua de flor de laranja) kg de acar lt de guaModo de Preparo:Lavar os figos secos e cort-los em pedaos.Dissolver o acar em gua e levar ao fogo at a fervura.Retirar a espuma formada, adicionar o suco do limo e os figos em pedaos.Deixar cozinhar at o ponto de consistncia de doce em caldas.Ao retirar do fogo, misturar com o gergelim torrado, as nozes, o snoubar, o misk egua de flor de laranjeiras.Acompanha-se com sorvete de "Misk" ou sorvete de creme.

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    5 CULINRIA DO EGITO

    5.1 ApresentaoA comida egpcia uma deliciosa

    combinao de sabores, graas aos distintos

    ingredientes que procedem da gastronomiamediterrnea, africana e rabe. Doisalimentos so bsicos nos hbitos doscomensais egpcios, as aish , pedaos de poconsumido muitas vezes e cuja massa seprepara com distintas farinhas (a que maisfama tm a "aish baladi", preparada com

    farinha mais grossa e escura) e as fuul , feijo gordos de cor marrom que seenfeitam com limo (as chamadas ful , feijo branco, se cozinham a fogo lentodurante horas num caldeiro de cobre). As fuul se servem como acompanhamentopara todo tipo de prato: verduras, saladas, frios, e em almndegas que recebem onome de felafel ou bem temperadas, com yogurt, queijo, alhos e ovos. Tambm setomam em sanduches enfeitados com tahini e vegetais em vinagre e ademais,podem ser a base do Ta'Miya que se come com os dedos.

    Os egpcios comem tanto carne como peixe. As carnes podem ser de boi,

    cordeiro ou aves como o peru, o pato, o frango e o pombo. Os peixes, tanto degua salgada como doce, so frescos e esto bem preparados.

    Como pratos tpicos da gastronomia egpcia destacam o Mashi , arroz comcarne que se acompanha com folhas de parreira, tomates, beringelas oupimentes verdes, os mezze , toda uma gama de entrantes frios de procedncia

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    oriental que se servem em numerosas tigelas de pequeno tamanho. Trata-se deverdadeiras delicias, entre as que se encontram o tabbouleh , salada de salsa esmola de trigo de sabor cido, a kobeiba , carne, peixe e nozes, a babaghannoush , pur de beringelas com alho, as kibbeh , almndegas de carne decordeiro frita e smola de trigo,basterma , carne defumada, sambousek , tortas deverdura, hummus bi tahina , gro-de-bico em pur com pasta de ssamo, waraannab , folhas de parreira recheadas de distintos ingredientes e o betingan , rodelasde beringela temperadas.

    Outros pratos tpicos so o Koshari , capas superpostas de macarres,arroz e lentilhas com salsa de tomate, o Fattah tambm leva capas mas estas sode po seco encharcado em caldo, arroz e carne enfeitado com alho e vinagre e

    coberto com yogurt, nozes e passas; a Moulouhiya , sopa de espinafre, o Hanan ,pombos recheados de gros de trigo verde ou arroz, o shish kebab , brocheta decarne de cordeiro e a Kufta , rolos de carne picada de cordeiro brasa. Todosestes pratos se servem acompanhados de pilau , arroz com verduras.

    Quanto a sobremesas, igualmente que a maioria dos pases rabes, sodeliciosos. O preferido pelos egpcios o Om Ali , mistura de po ou pasta comleite, nueces, coco e passas que se toma quente. Se destinguem, ademais, o aishes serail , pedaos de po com mel amolecida com xarope de acar, a baklava ,massa recheada de nozes aromatizada com gua mel ou com uma infuso de flrode limo e a kumafa , tallarines assados com acar, mel e nozes. No deixe deprova-los.

    As comidas so acompanhadas normalmente com gua, que deve ser mineral e muito importante que a abram diante de voc, embora tambm podese tomar cerveja como a local "Stella". Tambm se encontram cervejas deimportao. Como curiosidade lembre-se que a cerveja foi inventada no Antigo

    Egito. Entre os vinhos destacam o tinto Chateu Giniclis, uma boa variedade debrancos e o rosado Rubi D'Egyte. No so de excelente qualidade maisaceitveis. As bebidas tpicas egpcias so o karkade , que procede da flor dohibisco e pode-se tomar quente ou frio, o shai , ch negro de forte sabor e avariedade conhecida como shai nana servido com folhas de hortel, o ahwa , caf

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    turco, os sucos de manga, goiaba, tomate, cana de acar, rom e limo, entreoutros, o tamarhindi , infuso feita com a polpa seca do tamarindo, o irssous , guade regaliz, o erfa , bebida de canela que se serve quente e coberta de nozes e ona na , de menta. Entre as bebidas alcolicas destacam o ersoos , licor de fortesabor e odor, o zahib , uma espcie de aguardente e o yasoon , com sabor a anis.

    5.2 SalgadosWara Annab (Charutos de Folha de Uva)Ingredientes: 1/2 kg de folhas de parreira tenras1/2 kg de msculo cozido e cortado em fatias

    2 ou 3 tomates cortados em rodelassuco de 1 limo grandepimenta sriasalRecheio :1/2 kg de alcatra modo1 xcara (ch) de arroz1 colher (sobremesa) de manteiga2 ou 3 colheres (sopa) de caldo de msculopimenta sriasalModo de Preparo:Se as folhas de parreira forem muito grandes, corte-as ao meio, ao longo danervura principal. Conserve as folhas pequenas inteiras. Corte os cabinhos, laveas folhas e escalde. Para o recheio, misture a carne, o arroz e a manteiga,

    temperando com sal e pimenta sria. Acrescente o caldo de msculo aos poucos emisture tudo muito bem. Ento estenda as folhas com a parte lustrosa para baixo.Espalhe o recheio, dobre as beiradas e enrole dando duas voltas. Em seguida,cubra o fundo de uma panela com algumas folhas abertas. Cubra-as com asrodelas de tomate, com as fatias de msculo e, por fim, com os charutos

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    colocados em camadas. Entre uma camada e outra, salpique sal e pimenta sria.Despeje o caldo do msculo, junte a manteiga e tampe para cozinhar durante umahora e meia. Adicione, ento, o suco de limo; Faa cozinhar por mais uma hora.

    Falafel - Bolinhos com gro de bicoIngredientes:Para os bolinhos:3 xcaras de gro de bico12 pes rabes

    l de leite3 Dentes de Alho mao de hortel1 colher (caf) de pimenta rabesalleo para frituraAcompanhamento:Molho de Gergelim e Salada com tomates, pepinos e rabanetes.Modo de Preparo:Deixar de vspera de molho em gua o gro de bico.Deixar o po rabe de molho em leite por 5 minutos.Escorrer o gro de bico, juntar o po rabe, alho, a salsinha e a hortel. Passar tudo no moedor de carne. Juntar o sal e a pimenta. Amassar tudo com as mos efazer pequenos bolinhos.Fritar os bolinhos em leo quente.

    Modo de servir:Montar em uma travessa a salada com os ingredientes picados.Espalhar por cima da salada os bolinhos de Falafel fritos.Jogar o molho de gergelim por cima dos bolinhos de FalafelMolho de gergelim:

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    Juntar 100 g de pasta de gergelim, 1 dente de alho socado, sumo de limo, sal e xcara de gua. Misturar tudo at ficar uma pasta rala.

    Kebabs com Tomates RecheadosIngredientes:2 colheres (sopa) de azeite de oliva250 g de carne moda magra1/2 cebola mdia em cubos pequenos

    1 colher (sopa) de raspas de limo1 colher (ch) de cominho em p1 xcara (ch) de salsinha picada10 cebolas pequenas cortadas ao meio20 tomates-cereja cortados ao meioModo de Preparo:Em uma tigela, coloque a metade do azeite, a carne, a cebola, as raspas de limo,o cominho, a salsinha e o sal. Misture at ficar homogneo. Faa 5 rolinhos com amistura em forma de salsicha um pouco grossa e coloque em um espetinho parachurrasco. Apie os espetinhos sobre as bordas de uma assadeira e leve ao fornopor 25 minutos, ou at dourar. Em uma frigideira, aquea o restante do azeite,

    junte a cebola, os tomates, o organo e acerte o sal. Refogue at os tomatesmurcharem. Sirva com os kebabs.

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    5.3 SobremesasAtaif com Doce de Figo - Crepe recheado com doce de figoIngredientes:Ataif (30 unidades):1/2 litro de leite

    2 xc de farinha de trigo1 1/2 colher (de sopa) de fermento biolgicoDoce de figo seco:1/2 kg de figo seco230g de acar 500ml de gua1 colher (de ch) de erva doce1 colher (de sopa) de suco de limo1 colher (de sopa) de gua de flor de laranjeira75g de nozes75g de amndoasModo de Preparo:Ataif (30 unidades):Misture o fermento, o leite e a farinha de trigo e bata no liquidificador.Coloque uma chapa de ferro sobre a boca do gs e deixe aquecer bem.

    Encha uma xcara de caf com a massa batida e espalhe sobre a forma de umdisco, na chapa quente. Retire da chapa com uma esptula, quando a parte debaixo estiver assada.Doce de figo seco:

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    Corte os figos secos em pequenos pedaos. Em uma panela, dissolva o acar nagua e deixe levantar fervura. Adicione os figos, o suco de limo e a gua de flor de laranjeira. Deixe em fogo baixo at o ponto de calda grossa. Aps esfriar,acrescente as nozes e as amndoas.Montagem:Forme pequenos cones com o ataif e recheie-os com o doce de figo.Nota: servir 3 unidades por pessoaBeklawa - Doce de massa folhadaIngredientes:600 gr de massa folhada400 gr de nozes picadas bem fino

    200 gr de acar para o recheio60 gr de gua de flores de laranjeira300 gr de acar para a caldaCaldo de limo150 gr de manteiga derretidaModo de Preparo:Estender a massa folhada em uma mesa e cobri-la com manteiga.Espalhar o recheio ( nozes, acar, gua de flor de laranjeira ).Cobrir com outra camada de massa folhada.Arrumar em uma assadeira untada com manteiga.Cortar os pedaos tipo tringulos.Regar com a manteiga derretida e levar ao forno at ficar crocante.Deixar esfriar e servir com a calda (Atr)Reparo da CaldaColocar na panela 300 gr. de acar, 150 gr. de gua (1 copo de gua = 250gr. ),

    levar ao fogo baixo at o "ponto de fio". Juntar o caldo do limo e aps esfriar juntar a gua de flor de laranjeira.

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    M'Hallabye - Manjar rabePores: 6 poresIngredientes:1 Litro de leite

    2 Colheres de sopa de amido de milho1 Colher de sopa de gua de Flor de Laranja3 Colheres de ch de Acar Kg. de DamascosModo de Preparo:Coloque os Damascos de molho em 1 litro de gua e separe.Ferva o leite, acrescente o amido de milho, a gua de flor de laranja e o acar.Mexa com uma colher de pau at levantar fervura e engrossar. parte, doure o acar e acrescente os damascos com a gua. Deixe ferver atengrossar.Sirva o M'Hallabye em uma taa com a cobertura de damasco.

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    6 CONCLUSO

    Algumas consideraes sobre este trabalho devem ser feitas parafinalizar seu contedo e permitir que novas especulaes sobre as caractersticas

    da bacia Mediterrnea e os paises que a compe possam ser elaboradas por futuras turmas de Gastronomia.

    Notamos que a indicao de apenas trs pases na avaliao dos povos eda gastronomia mediterrnea no permite de forma abrangente o conhecimentode to vasta manifestao de cultura, tanto do mundo rabe e do outrora ImprioBizantino, como tambm dos povos do sul da Europa como os gauleses, romanose celtas.

    Do ponto de vista dos povos da frica, verificamos que a Arglia, um pasvizinho ao Marrocos, possui uma riqueza cultural e artstica to vasta quanto este,mas suas razes religiosas e principalmente a influncia da colonizao francesa poca da revoluo industrial proporcionaram-lhe uma exclusividade noaproveitamento turstico. Apesar de sua orientao islmica sua inclinaotambm para as tradies sunitas, o que lhe reserva comportamentos menosortodoxos como no Marrocos e no Egito.

    Outros dois paises poderiam ser avaliados, como o Lbano e a Turquia

    por representarem as origens dos povos que dominaram todo o lado oriental doMar Mediterrneo desde os primrdios dos cartagineses at o cisma que dividiu omundo em Imprio Romano e Imprio Bizantino do Oriente. Para ns brasileiros,foi pelas mos dos mascates turcos desde o sculo XVII e depois pelos imigrantes

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    7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS E PORTAIS

    Histria da Alimentao - Jean-Louis Flandrin e assimo Montanari

    Claudia Cozinha Volta ao Mundowww.azeite.com.br/

    www.bellydance.com.br/viagem_inesquecivel.htm

    www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Egito#paises

    www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Marrocos#paises

    www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Grcia

    www.folhadeuva.com.br/culinaria.htm

    www.portalbrasil.net/

    www.rumbo.com.br/guide/br/africa/egito/gastro.htm

    www.stelamar.com.br/azeitona.htm

    basilico.uol.com.br/cozinhar/cozinhar_td.shtml

    culinaria.terra.com.br/internacional/index.html

    revistaturismo.cidadeinternet.com.br/Dicasdeviagem/marrocos.htm

    http://www.azeite.com.br/http://www.bellydance.com.br/viagem_inesquecivel.htmhttp://www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Egito#paiseshttp://www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Marrocos#paiseshttp://www.portalbrasil.net/http://www.stelamar.com.br/azeitona.htmhttp://www.azeite.com.br/http://www.bellydance.com.br/viagem_inesquecivel.htmhttp://www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Egito#paiseshttp://www.edukbr.com.br/mochila/mirante_bau.asp?Pais=Marrocos#paiseshttp://www.portalbrasil.net/http://www.stelamar.com.br/azeitona.htm
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    ANEXO I O AZEITE DE OLIVA

    Entre os sculos VII e III a.C. o leo de oliva comeou a ser investigado pelos filsofos, mdicos e historiadores da poca

    pelas suas propriedades benficas ao ser humano. Sabe-seainda que, h mais de 6 mil anos, o leo era usado pelos povosda mesopotmia como um protetor do frio, quando estes untavamseus corpos com ele.A longevidade relacionada utilizao do leo de oliva no existepor acaso. A cincia sempre teve um especial interesse por esteleo justamente pela sua marcante presena na histria. Duranteanos de estudos e investigaes, ela acabou comprovando osseus efeitos (principalmente nos estudos realizados na dcada de50) na preveno do cncer de fgado e em outras doenas,como, por exemplo, as cardacas.

    Hoje, no mundo inteiro, a produo de leo de oliva alcana 2 milhes detoneladas. Isto representa 4% da produo mundial de leos vegetais, e 2,5% daproduo mundial de leos comestveis e gorduras. Seus maiores produtores so:Espanha, Itlia, Grcia, Tunsia e Turquia.

    Existem diversos tipos de leos de oliva espalhados pelo mundo. Cada qual,conforme a regio de origem, possui uma personalidade identificada pelo seuaroma e sabor. Somente dentro da Itlia, inmeras so as regies produtoras. Istodemonstra a diversidade e a presena marcante do leo de oliva no mundo todo.

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    O cultivo de oliveiras para a extrao do azeite, data da Sria Antiga sendoexplorado pelos povos egpcios e armnios. Na Grcia Antiga, a oliveira tinhagrande importncia, e, em algumas passagens mitolgicas, menciona-se a oliveirae sua criao. Um bom exemplo a histria que conta como o nome da cidade deAtenas foi escolhido. Os deuses Atenea e Posidon discutiram para saber quemteria a honra de dar seu nome cidade. Decidiram que quem realizasse o feitomais til aos humanos teria essa honra. Ento, Posidon golpeou sobre umarocha e fez surgir um animal til para a guerra: o cavalo. Atenea, impressionadacom o feito de Posedon, bateu com a ponta de sua lana na terra e fez crescer uma oliveira. A prpria Atenea ensinou aos futuros habitantes da cidade o cultivodas oliveiras e a extrao do azeite. Passou ento a ser adorada como a deusa da

    agricultura e emprestou seu nome nova cidade.Essa histria mostra a importncia do azeite de oliva para os gregos antigos que oescolheram como um sinal de paz e consideravam sagrados os ramos da oliveira,que eram tranados como coroas e usados pelos vencedores dos jogos olmpicos.No se sabe como o cultivo das oliveiras chegou a parte ocidental doMediterrneo, se pelas mos dos colonos gregos ou, ainda anteriormente, pelosfencios, mas sabe-se que os romanos estenderam seu cultivo a todo seu imprio,da frica Pennsula Ibrica. Ao longo de toda a sua histria o azeite de oliva foiligado, no somente alimentao, como medicina e religio. Est relacionadocom a paz, a abundncia e o bem estar.ProduoO mtodo tradicional de produo de azeite de oliva esmagar as azeitonas entreduas prensas de pedra com movimentos opostos, at que o fruto fique reduzido auma pasta. Esta pasta espalhada sobre finas peneiras, que so colocadas umassobre as outras e pressionadas com pesos. H outros mtodos mais modernos,

    mas os azeites "prensados a frio" so feitos desta forma.O calor permite que se extraia maior quantidade de leo, mas de pior qualidade. Oazeite graduado numa escala que determina seu nvel de acidez. Tambm soconsiderados outros fatores como a cor, o sabor e o aroma, mas a qualidade estestreitamente ligada a percentagem de acidez. O azeite extra-virgem tem apenas

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    1 grau de acidez o mais fino. O azeite virgem deve ter no mximo 3 trs grausde acidez.Efeitos TeraputicosQuando ingerido, o azeite de oliva estimula o metabolismo, promove a digesto elubrifica as mucosas. Ele tambm pode ser usado externamente para tratamentode pele seca.

    AJUDA PARA O APARELHO DIGESTIVOTome uma colher de sopa de azeite, com o estmago vazio, para estimular adigesto e aliviar a indigesto, flatulncia e azia.

    APLICAESPara baixar os nveis de colesterol os cidos graxos monoinsaturados no azeiteajudam a baixar os nveis de colesterol LDL (o mau colesterol) sem afetar osnveis de HDL (o bom colesterol) ou de triglicrides. Para reduzir seu colesterol,pelo menos 15% de suas calorias dirias devem provir de cidos graxosmonoinsaturados. Sempre que puder, use na cozinha azeite de oliva no lugar damanteiga ou de outros leos vegetais.- Para tratar o ouvido: Se deseja desobstruir um ouvido entupido, pingue nelealgumas gotas de azeite morno. Deite-se por cinco minutos com a cabea sobre oouvido que no di e depois vire-se para deixar o azeite escorrer para fora. (Nocoloque nenhum lquido no ouvido se voc suspeitar de tmpano perfurado!) Paradores de ouvido, embeba um chumao de algodo em azeite e acrescente cincogotas de leo de lavanda. Deixe o algodo, sem apertar, no ouvido externo, at ador diminuir.- Para prevenir a queda de cabelo: Massageie o couro cabeludo com azeite toda

    noite, por oito dias. Deixe o azeite agir durante o sono e retire-o, lavando a cabeapela manh. Para hidratar a pele Aplique diariamente em pontos secos ou estrias.- Para prevenir o cncer: O azeite de oliva pode prevenir o aparecimento dealguns tipos de cncer de pele. Um estudo realizado pela Kobe University, noJapo, revelou que a aplicao de altas doses do produto depois do banho de sol

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    reduz os riscos de aparecimento de tumores. O azeite de oliva rico emantioxidantes que neutralizam os efeitos provocados pela radiao ultravioleta. Aodiminuir a produo de radicais livres do corpo, os antioxidantes evitam odesenvolvimento de cnceres no organismo.Os pesquisadores utilizaram ratos de laboratrio para provar a eficcia do mtodo.Os ratos eram expostos a sesses de bronzeamento artificial trs vezes por semana. Metade deles recebia um banho com azeite de oliva cinco minutosdepois de cada sesso. Ao final de 18 semanas, os que no eram banhadostinham uma srie de tumores em desenvolvimento. Os outros demoraram maisseis semanas para apresentar algum sinal de cncer.A alimentao rica de azeite de oliva e legumes cozidos pode reduzir o risco de

    desenvolver a doena, de acordo com a Dra. Athena Linos e colaboradores, daEscola de Medicina da Universidade de Atenas. Seus estudos foram publicadosdo American Journal of Clinical Nutrition.Na artrite reumatide, o sistema imune reage contra os prprios tecidos do corpo,causando edema e dor articular, e eventualmente at mesmo a destruio daarticulao. As causas ainda so desconhecidas, mas estudo anteriores sugeremque fatores alimentares desempenham papel importante na doena.A equipe de pesquisadores comparam as dietas de 145 pacientes com artritereumatide com as dietas de 188 pessoas que no tinham a doena. Todosparticipantes do estudo viviam no sul da Grcia, onde a dieta mdia consiste maisem legumas crus ou cozidos, peixe, azeite de oliva e menos carne vermelha, doque a maioria das dietas em pases ocidentalizados.Linos e seus colegas descobriram que as pessoas que mais consumiam azeite deoliva tinham muito menos chances de desenvolver artrite reumatide do que aspessoas que menos consumiam. Os participantes cujas refeies consistiam em

    sua maior parte de legumes cozidos apresentaram chances 75% menores dedesenvolver a artrite reumatide do que aqueles que disseram comer proporesmenores de legumes, determinou a equipe. Pessoas com a taxa mais baixa deingesto de legumes cozidos comiam menos de uma refeio com legumes por

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    dia em mdia, enquanto as pessoas com as maiores tax