CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf ·...

81
1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Rafael Motta TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA AGÊNCIA BANCÁRIA Organização, sistemas e métodos ITAJAÍ - SC, 2011

Transcript of CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf ·...

Page 1: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

1

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Rafael Motta

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

CULTURA DA SEGURANÇA

DA INFORMAÇÃO EM UMA

AGÊNCIA BANCÁRIA

Organização, sistemas e métodos

ITAJAÍ - SC, 2011

Page 2: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

2

RAFAEL MOTTA

TRABALHO DE CONLUSÃO

DE ESTÁGIO

CULTURA DA SEGURANÇA

DA INFORMAÇÃO EM UMA

AGÊNCIA BANCÁRIA

ITAJAÍ - SC, 2011

Page 3: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

3

Agradeço primeiramente a Deus.

A meu orientador André Moraes dos Santos,

por toda a paciência, esforço e empenho

que foram fundamentalmente necessários

para que este trabalho fosse concluído.

E em especial aos meus pais,

Mauro Ronildo da Silveira Motta e

Isabel Cristina Motta, pois sempre

acreditaram e incentivaram a mim em

todos os momentos, sendo eles para

mim dois grandes exemplos de

vida e dedicação.

São meus pais e Deus a base

de muitas de minhas conquistas.

Page 4: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

4

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Rafael Motta

b) Área de estágio

Organização, Sistemas e Métodos

c) Supervisor de campo

Ivo Hoepers

d) Orientador de estágio

André Moraes dos Santos, MSc.

e) Professor responsável pelo estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSc.

Page 5: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

5

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Banco Bradesco S/A, Agência 0330-1

b) Endereço

Rua Hercílio Luz, 355, Centro, Itajaí – Santa Catarina

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Bancário (financeiro)

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Ivo Hoepers – Gerente Administrativo

f) Carimbo e visto da empresa

Page 6: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

6

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 26 de Setembro de 2011

A empresa Banco Bradesco S. A., pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o trabalho

de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo

acadêmico Rafael Motta.

_____________________________________

Ivo Hoepers

Page 7: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

7

RESUMO

O presente trabalho apresenta os resultados da pesquisa diagnóstico realizada em uma agência bancária do Banco Bradesco S. A. na cidade de Itajaí - SC, foram abordados assuntos relativos à cultura da segurança da informação, assim fundamentou-se com teorias relacionadas à cultura e suas variáveis, também foi feito um estudo profundo sobre as teorias relacionadas a Sistema de Informação, Tecnologia da Informação e Segurança da Informação. Teve como objetivo diagnosticar as características da cultura da segurança da informação dos funcionários, assim como identificar as variáveis da cultura e possíveis falhas referentes à segurança da informação. O método realizado na pesquisa foi quantitativo aplicado através de um questionário cujos respondentes foram todos os colaboradores da agência. Através da análise descritiva foram obtidos os resultados da pesquisa. O estudo demonstrou que variáveis culturais influenciam diretamente a segurança da informação assim gerando falhas nos processos realizados no banco. Sendo assim foi sugerido à empresa que sejam mantidos e reforçados investimentos na cultura dos colaboradores, visando incentivá-los a adotarem atitudes seguras para que sejam evitadas falhas de qualquer natureza que possam gerar prejuízos financeiros e à imagem da organização. PALAVRAS-CHAVE: Cultura, Sistema de Informação, Tecnologia da Informação, Segurança da Informação.

Page 8: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

8

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – Quadro de funcionários ...................................................................... 19

QUADRO 2 – Variáveis culturais ............................................................................... 25

QUADRO 3 – Perfil dos colaboradores ..................................................................... 46

QUADRO 4 – Média dos colaboradores por tempo de serviço ................................. 47

QUADRO 5 – Questões sobre comportamento......................................................... 48

QUADRO 6 – Médias e desvio padrão - Comportamento ......................................... 49

QUADRO 7 – Questões sobre certeza de detecção ................................................. 52

QUADRO 8 – Médias e desvio padrão – Certeza de detecção ................................. 52

QUADRO 9 – Questões sobre severidade de punição ............................................. 54

QUADRO 10 – Médias e desvio padrão – Severidade de punição ........................... 55

QUADRO 11 – Questões sobre crenças normativas ................................................ 57

QUADRO 12 – Média e desvio padrão – Crenças normativas .................................. 57

QUADRO 13 – Questões sobre comportamento dos pares ...................................... 60

QUADRO 14 – Média e desvio padrão – comportamento dos pares ........................ 60

QUADRO 15 – Questões sobre conhecimento ......................................................... 62

QUADRO 16 – Média e desvio padrão – Questões sobre conhecimento ................. 63

QUADRO 17 – Média e desvio das questões de 22 a 30 ......................................... 66

QUADRO 18 - Questões atitude ............................................................................... 67

QUADRO 19 – média e desvio padrão – Questões atitude ...................................... 67

QUADRO 20 – Média e desvio padrão das questões de atitude quanto pessoal,

colegas e superiores ................................................................................................. 70

Page 9: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

9

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Modelo de Schein. ................................................................................ 26

FIGURA 2 – Ciclo de vida da informação .................................................................. 35

FIGURA 3 – Fases da informação ............................................................................ 36

FIGURA 4 – Organograma agência Itajaí Banco Bradesco ...................................... 45

FIGURA 5 – Histograma das questões Q1 – Q5 ....................................................... 49

FIGURA 6 - Histograma das questões Q6 – Q9 ........................................................ 53

FIGURA 7 - Histograma das questões Q10 – Q12 .................................................... 55

FIGURA 8 - Histograma das questões Q13 – Q18 .................................................... 58

FIGURA 9 - Histograma das questões Q19 – Q21 .................................................... 61

FIGURA 10 - Histograma das questões Q22 – Q30 .................................................. 64

FIGURA 11- Histograma das questões Q31 – Q36 ................................................... 68

Page 10: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

10

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Comparação desta pesquisa com artigo Beck e Santos. ........................ 9

Page 11: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

11

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13

1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa ......................................................... 14

1.2 Objetivos Geral ............................................................................................. 16

1.3 Objetivos Específicos ....................................................................................16

1.4 Aspectos Metodológicos ............................................................................. 17

1.4.1 Caracterização do Trabalho de Estágio ...................................................... 18

1.4.2 Contexto e Participantes da Pesquisa ......................................................... 19

1.4.3 Técnicas, procedimentos e Instrumentos de Coleta de Dados ................... 20

1.4.4 Tratamento e Análise dos Dados ................................................................ 21

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 22

2.1 Administração nas Organizações ............................................................... 22

2.2 Identidade Organizacional e Cultura nas Organizações ........................... 22

2.2.1 Como a cultura é formada ........................................................................ 25

2.2.2 A importância da cultura para a organização .............................................. 28

2.2.3 Cultura e tecnologia da informação ............................................................. 29

2.3 Sistemas de informação ................................................................................. 30

2.3.1Informação: Tecnologia e Segurança ........................................................... 32

2.3.2 Tecnologia da informação ........................................................................... 32

2.3.3 Segurança da informação............................................................................ 34

2.3.4 Ciclo de vida da informação ........................................................................ 34

2.3.5 Controle interno em sistemas de informação... ........................................... 37

2.3.6 Aplicações dos sistemas de informação nos negócios .................................39

2.3.7 Cultura da segurança da informação ............................................................40

3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ....................................... 42

3.1 Caracterização da Empresa ......................................................................... 42

3.1.1 Missão, Visão e Valores .............................................................................. 42

3.1.2 Banco Bradesco S. A. Agência 0330-1 - Itajaí - SC .................................... 44

Page 12: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

12

3.2 Resultados da Pesquisa .............................................................................. 45

3.2.1Perfil dos colaboradores ............................................................................... 46

3.2.2 Cultura da segurança da informação .......................................................... 47

3.2.3 Comportamento ........................................................................................... 48

3.2.4 Certeza de detecção ................................................................................... 51

3.2.5 Severidade de punição ................................................................................ 54

3.2.6 Crenças normativas .................................................................................... 56

3.2.7 Confiança nos pares ................................................................................... 60

3.2.8 Conhecimento ............................................................................................. 62

3.2.9 Atitude ......................................................................................................... 67

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 72

4.1 Implicações teóricas .................................................................................... 72

4.2 Implicações práticas .................................................................................... 73

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 74

APÊNDICES ........................................................................................................ 77

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ................................................................ 74

Page 13: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

13

1. INTRODUÇÃO

A cada dia, percebemos que o mercado está mais competitivo. Tal mercado

exige agilidade, flexibilidade e inovação, fazendo com que a informação,

disponibilizada na forma, tempo e custo apropriados, seja uma grande aliada nas

tomadas de decisões das organizações. Neste sentido, a Tecnologia da Informação

(TI) tem sido altamente utilizada para auxiliar as organizações a alcançarem

vantagem competitiva.

A importância da TI se traduz nos crescentes investimentos realizados pelas

organizações. Somente em 2010, os gastos mundiais em tecnologia da informação

somaram US$ 3,6 trilhões, com uma expectativa de crescimento de 5,1% para

2011(GARTNER, 2011).

Um dos setores da economia que mais investem em TI é o financeiro. O setor

financeiro responde por mais de 10% dos investimentos mundiais em TI, devendo

gastar em 2011, US$ 366,8 bilhões (CELENT, 2011). Isto pode ser explicado pelo

uso que os bancos e principais instituições financeiras fazem da TI em suas

operações de negócios e prestação de serviços aos clientes.

Por causa do uso intensivo da TI em suas operações, o setor bancário

também realiza constantes investimentos para garantir a segurança das informações

em seus negócios. A segurança dos dados, além de ser um requisito operacional

básico, também é um elemento estratégico para a prestação dos serviços aos

clientes.

No Brasil, segundo a FEBRABAN (2009), em 2008 os bancos investiram um

total de R$ 7 bilhões de reais em serviços e sistemas de segurança para melhor

desenvolverem suas atividades, e também, para maior proteção e conforto dos

funcionários, clientes e usuários dos serviços bancários. As perdas financeiras

decorrentes de problemas com a segurança da informação tem sido uma das

maiores preocupações com segurança das organizações (BECK; SANTOS, 2010).

Assim como outras instituições do setor financeiro, o Banco Bradesco S. A.

investe continuamente em TI e Segurança da Informação. O banco dá ênfase à

importância das práticas de segurança da informação em todos os seus segmentos

Page 14: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

14

e para todos seus colaboradores. Tal orientação é estendida de maneira adequada

aos usuários e aos clientes da organização acima citada.

Consoante com a preocupação do Bradesco com a segurança da informação,

este trabalho tem como objetivo analisar os aspectos culturais relacionados à

Segurança da informação em uma unidade de negócios do Banco, localizada na

cidade de Itajaí – SC.

1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa

Problema de pesquisa de acordo com Vergara (2005, p.21) “é uma questão

não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa.” Tratando-se

de cultura da segurança, procuramos demonstrar de que forma isso ocorre na

organização, se os colaboradores estão engajados com as políticas de segurança

do banco ou se tem conhecimento sobre as mesmas e se a praticam corretamente.

Sendo assim, o acadêmico formulou a seguinte pergunta: Quais as

características da cultura da segurança da informação dos funcionários da agência

Itajaí do Banco Bradesco S. A.?

O tema se torna importante para a empresa porque um funcionário bem

preparado e engajado na cultura da segurança da informação contribui na

segurança geral da organização. Do mesmo modo, torna-se importante para o

acadêmico, pois contribuiu para seu conhecimento e formação em realizar um

projeto de pesquisa de estágio. Por fim a UNIVALI também se beneficiou, pois tem

em seu acervo mais um projeto de estágio para se tornar de referência a futuros

acadêmicos que passaram pela universidade.

O seguinte trabalho tornou-se viável, pois o acadêmico teve acesso a todas

as informações necessárias para elaboração do mesmo, de acordo com o

cronograma final do projeto tendo um tempo hábil para realização da pesquisa.

Este projeto é original para a empresa pelo fato de não ter sido realizado

nenhum estudo referente à segurança da informação em Itajaí.

A TI está tão presente nas organizações atuais e em desenvolvimento em

tantas outras que não pensavam da mesma forma que a cada dia é preciso rever os

Page 15: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

15

processos por mais diversos que sejam com a intenção de estarem constantemente

atualizadas e corretamente alinhadas nesse sentido.

Como citado anteriormente, não é mais possível imaginar qualquer

organização que seja, sem um sistema que garanta a segurança de seus negócios,

em outras palavras, se a empresa quer uma maior fatia do mercado e/ou até mesmo

se possível sua totalidade, e crescer de tal forma para poder sustentar-se no atual

cenário econômico, precisa ter a mentalidade de que a segurança da informação é

fundamental.

Para a sobrevivência do Banco Bradesco S. A. em um mercado tão acirrado,

é necessário que ele esteja sempre pensando em evolução, cabendo a ele

reformular suas estratégias e tecnologias de forma constante e atenta ao mercado

financeiro nacional e internacional bem como as suas tendências. Um bom exemplo

de evolução e inovação seria a utilização da chamada biometria, onde os clientes

têm gravada a palma de sua mão para terem acesso às inúmeras facilidades

oferecidas pela organização em seguros terminais eletrônicos.

Para o acadêmico, o presente trabalho foi de grande e fundamental

importância, pois o Banco Bradesco S/A conta com mais de 3000 agências no País

e mais de 95 000 colaboradores, e são muitas as pessoas que precisam utilizar seus

produtos e serviços.

Tendo em vista o grande volume de negociações que são realizadas em

todas as agências Bradesco, podemos perceber o quanto a organização está se

esforçando para manter em segurança os dados do seu bem mais valioso: o cliente.

A universidade pode utilizar o exemplo da organização estudada no presente

trabalho adotando práticas semelhantes, e percebendo em que setores as atitudes

poderiam ser testadas ou até mesmo desenvolvidas para que qualquer atitude

tomada nesse campo possa impactar de forma direta e positiva na imagem da

universidade ou de qualquer organização.

Por exemplo, o ato de deixar um papel em cima de uma mesa qualquer, sem

o devido cuidado deixa um acadêmico com suas informações totalmente expostas, o

ato de não travar os terminais de atendimento ao público durante a ausência do

colaborador, por mais breve que seja, pode também expor informações que só

competem à universidade.

Outro caso em que uma informação poderia não estar recebendo o

tratamento necessário seria, por exemplo, alguns nomes em um papel de alunos

Page 16: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

16

que estão em débito com a universidade com seus respectivos valores. Alguém

poderia pegar este papel e tornar pública a situação destas pessoas causando

constrangimento a ambas as partes. Isso poderia acarretar tomadas de medidas

legais cabíveis a tal situação pelo simples fato de alguém cometer um descuido por

menor que seja gerando um grande ônus à universidade.

1.2 Objetivo Geral

Nesta seção, o acadêmico apresenta o objetivo geral, que de acordo com

Roesch (1999) define o propósito do trabalho. Para esta pesquisa, o objetivo geral

foi definido como: avaliar a cultura da segurança da informação dos colaboradores

de uma agência bancária.

1.3 Objetivos Específicos

Nesta seção estão apresentados os objetivos específicos, que segundo

Roesch (1999), descrever somente o objetivo geral não é suficiente. E em função do

objetivo geral, Roesch (1999) recomenda que sejam definidos os objetivos

específicos, ou seja, ações que serão realizadas para se atingir o objeto geral.

Sendo assim, o objetivo geral foi alcançado de acordo com as etapas abaixo,

que por sua vez viabilizarão o trabalho.

Neste caso, os objetivos específicos deste trabalho são:

Identificar o perfil dos colaboradores da Agência 0330-1 Itajaí Centro -

SC, do Banco Bradesco S. A..

Identificar, na literatura, as principais variáveis que constituem a cultura

da segurança da informação.

Page 17: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

17

Identificar características da cultura da segurança da informação dos

funcionários da Agência 0330-1 Itajaí Centro - SC, do Banco Bradesco

S. A..

Identificar as possíveis falhas relacionadas à segurança da informação.

1.4 Aspectos metodológicos

A principal classificação de uma pesquisa científica é quanto a sua natureza

qualitativa ou quantitativa. Esta classificação está relacionada ao posicionamento do

pesquisador com relação à forma de estruturação, coleta e análise de dados.

Para desenvolver esta pesquisa, o acadêmico precisou fazer uso de um

método, que em pesquisa significa a escolha de procedimentos sistemáticos para a

descrição e explicação de fenômenos, neste caso, organizacionais. Bem sabemos

que existem problemas que podem ser investigados por meio de metodologias

quantitativas e há outros que exigem diferentes abordagens e enfoques, cabendo

assim o uso de uma metodologia adequada (RICHARDSON, 1999).

Richardson (1999) mostra que a abordagem quantitativa, como o próprio

nome indica, é caracterizada pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades

de coleta de informações quanto no tratamento destas, por meio de técnicas

estatísticas, sejam estas técnicas simples como percentual, média e desvio-padrão

ou por técnicas mais complexas como coeficiente de correlação, análise de

regressão etc.

O método quantitativo é amplamente utilizado na condução de pesquisas por

representar a intenção de garantir uma maior precisão dos resultados obtidos,

evitando distorções de análise e interpretações resultando em uma margem de

segurança quanto às inferências (RICHARDSON, 1999).

Tal método é aplicado com frequência em estudos descritivos que visam

descobrir e classificar relações entre as variáveis e a relação de causalidade entre

fenômenos. Assim, a escolha do método quantitativo para este trabalho.

Page 18: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

18

1.4.1 Caracterização do trabalho de estágio

O nível da pesquisa é exploratório e descritivo, de acordo com Gil (2007),

pesquisa exploratória em sua primeira etapa busca investigar de uma forma ampla,

que se enquadra no projeto proposto pelo acadêmico. Posteriormente o nível da

pesquisa passa a ser descritiva que segundo Gil (2007) busca levantar opiniões e

atitudes dos questionados.

Esta pesquisa possui abordagem quantitativa com aporte qualitativo, pois irá

mensurar dados levantados por métodos de coleta pertinentes como entrevistas,

questionários, testes entre outros, enfim, tudo o que possa ser quantificável,

encontrando a realidade da organização com um contato mais próximo com os

pesquisados.

Foi realizada uma pesquisa diagnóstico, onde foi proposto levantar e definir

problemas e oportunidades, explorando o ambiente para que posteriormente sejam

apresentadas soluções para os problemas levantados. O método quantitativo foi

utilizado para análises estatísticas para fazer comparações e o método qualitativo foi

utilizado para análises das respostas abertas e o método quantitativo nas respostas

fechadas dos questionários a serem aplicados.

Para realizar a pesquisa o acadêmico aplicou questionários a todos os

funcionários da Agência 0330-1 do Banco Bradesco S. A., sendo esta sua

população, pois obviamente, é um grupo de pessoas que interessa ser entrevistado

com o propósito voltado à pesquisa (Richardson, 1999).

Para tal, precisa-se compreender algo sobre universo ou população, que é o

conjunto de elementos que possuem suas determinadas características – neste

caso, os colaboradores da organização a ser pesquisada - e tendo em vista os mais

de 95 000 colaboradores da organização, torna-se praticamente impossível obter

informações de cada um, por isso faz-se necessário realizar o estudo utilizando-se

de amostras (RICHADSON, 1999).

A pesquisa exploratória expõe as características de determinada população

ou de determinado fenômeno, podendo estabelecer relações entra variáveis e definir

sua natureza. Não possui o compromisso de explicar os fenômenos que descreve

embora sirva de base para tal explicação (VERGARA, 2005).

Page 19: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

19

Vergara (2005) ainda informa mais sobre a investigação exploratória, não

devendo ser confundida com leitura exploratória, pois é realizada em área na qual

há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Possui uma natureza de

sondagem não comportando hipóteses que poderão surgir durante ou ao final da

pesquisa.

Conforme a afirmação do parágrafo anterior, o presente trabalho possui

natureza exploratória descritiva, pois irá levantar dados sobre os colaboradores da

organização estudada, uma vez em que fará uma abordagem do tema de uma forma

mais explícita e abrangente e que levantamentos de atitudes dentro das

organizações é um exemplo de pesquisa descritiva considerando as variáveis, e se

o que foi implantado pode continuar ou ser extinto.

Esta pesquisa encaixa-se também na tipologia “Avaliação de Resultados”,

pois sua proposta é julgar a efetividade de uma proposta, política, programa ou

plano atribuindo valores ao que foi avaliado. (ROESCH, 1999).

1.4.2 Contexto e participantes da pesquisa

Para realizar a pesquisa o acadêmico aplicou um questionário a todos os

funcionários da Agência Itajaí do Banco Bradesco S. A., sendo essa sua população,

que para Roesch (1999) é um grupo de pessoas que interessa entrevistar com o

propósito voltado a pesquisa.

Atualmente conta com 39 pessoas, conforme o quadro de funcionários

(Quadro: 1). Também foram utilizados documentos da empresa que descrevam

normas e procedimentos de segurança.

Cargos Quantidade de Colaboradores

Gerente Geral 1 Gerente de Expansão 1 Gerente Administrativo 1 Gerente de Pessoa Jurídica 4 Gerente de Pessoa Física 2 Assistente de Pessoa Jurídica 3 Assistente de Pessoa Física 2 Chefe de Serviço 3 (continua)

Page 20: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

20

Cargos Quantidade de Colaboradores

Supervisor Administrativo 2 Tesoureiro 1 Caixa 17 Escriturário 2

Total 39

Quadro 01: Quadro de Funcionários. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

1.4.3 Técnicas, procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Nesta seção, o acadêmico conseguiu dados de fontes primárias e os coletou

junto aos funcionários da organização pela primeira vez, isso faz com que os dados

sejam inalterados por serem coletados direto da fonte: os funcionários, que

colaboraram para que sejam obtidos dados para o melhor entendimento do seu

comportamento influenciados por diversos fatores relacionados à cultura

organizacional e segurança da informação.

Conforme citado anteriormente, a pesquisa que será realizada terá caráter

quantitativo, pois “normalmente os dados coletados são submetidos à análise

estatística.” (ROESCH, 1999, p. 149).

Conforme Roesch (1999) a coleta de dados primários consiste em

observação e entrevista. A observação pode ser direta podendo ser trabalhada em

formulários. A abordagem do trabalho é de cunho quantitativo devido ao seu

principal instrumento de coleta: questionário, que por sua vez, será aplicado com

cada um dos colaboradores da organização anteriormente citada.

As respostas obtidas na entrevista foram analisadas, uma vez que a análise

consiste em separar as informações e examiná-las para assim responder as

questões da pesquisa.

Foi elaborado um questionário que para Roesch (1999) é um instrumento

mais utilizado em pesquisa quantitativa, onde se busca levantar a opinião política de

(continuação)

Page 21: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

21

uma determinada população, este questionário possui perguntas onde foi

estabelecida uma escala de 1 (um) a 7 (sete), sendo 1 o grau máximo de

discordância e 7 o grau máximo de concordância.

As perguntas de 1 a 5 foram relacionadas ao comportamento, as de 6 a 9,

sobre certeza de detecção, as de 10 a 12 sobre severidade de punição, as de 13

a 18, de crenças normativas, as de 19 a 21 sobre confiança nos pares, as de 22

a 30, sobre conhecimento e finalmente as de 31 a 36, sobre atitude.

1.4.4 Tratamento e análise dos dados

As respostas obtidas com a aplicação do questionário foram analisadas, uma

vez que a análise consiste em separar as informações e examiná-las para assim

atender ao propósito da pesquisa (SORIANO, 2004).

Para tal, foram utilizadas e analisadas estatísticas descritivas, análises,

médias e frequências.

Page 22: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

22

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo foram abordados os principais fundamentos teóricos e a

revisão da literatura utilizada para a elaboração deste trabalho.

Inicialmente, o tema tratado foi o de Cultura Organizacional, seguido por

Sistemas de Informação, Tecnologia da Informação e Segurança da Informação.

2.1 Administração nas organizações

O entendimento do que é uma organização depende do ponto de vista sob o

qual ela é analisada. Diferentes lentes teóricas podem ser propostas para definir e

discutir o conceito de organizações, como, por exemplo, metáforas ou escolas de

pensamento (MORGAN,1996).

Nesta pesquisa, duas abordagens principais foram utilizadas para estudar o

ambiente organizacional: identidade organizacional e cultura organizacional. Na

visão sistêmica, as organizações são vistas como sistemas vivos, como se fossem

organismos que existem em num ambiente onde dependem de satisfazer suas

necessidades. Na questão cultual envolve o padrão de desenvolvimento da

organização refletido nos sistemas de conhecimento, como ideologia, valores, leis,

crenças e práticas do quotidiano. (MORGAN,1996).

2.2 Identidade Organizacional e Cultura Organizacional

Em sentido antropológico a cultura é aquilo que diferencia e fornece a

identidade a um grupo social, é o modo como interagem os membros do grupo entre

si e com os de fora, e a forma como estão acostumados a realizar o que fazem. Uma

Page 23: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

23

cultura estabelece uma identidade, uma marca reconhecível pelos de dentro e pelos

de fora da organização com um modo próprio de realizar as coisas (FLEURY, 1997).

A identidade organizacional é composta pelo conjunto de representações que

seus integrantes formulam sobre o significado da organização da qual pertencem,

seja pelos aspectos distintos, centrais e/ou duradouros da organização. Existe

também uma complementaridade entre a identidade e a cultura, pois a segunda

influencia amplamente a primeira (MACHADO, 2005).

Conforme Machado (2005) os aspectos centrais estão ligados ao sistema de

crenças, valores e normas da empresa, os aspectos distintos estão exclusivamente

ligados à organização, referência para garantir identificação organizacional e definir

as fronteiras da empresa. O último elemento, o duradouro, é o que garante a

continuidade da empresa e sua constante transformação.

Em outras palavras, a identidade de uma organização é a imagem cognitiva

assimilada pelos seus integrantes, prevalecendo um consenso coletivo em torno

dessa imagem (MACHADO, 2005).

Uma vez que a cultura determina a estratégia, os objetivos e o modo de

operação de uma organização, torna-se importante conhecê-la e avaliá-la para

entender o seu papel na vida de uma organização (SHEIN, 2009).

Uma das definições mais conhecidas e importantes de cultura organizacional

é a desenvolvida por Schein (2009) nos dizendo que esta é um conjunto de

pressupostos básicos que um grupo criou, descobriu ou até mesmo inventou ao

aprender as diversas formas para lidar com problemas de adaptação externa e

integração interna, funcionando suficientemente bem para serem considerados

válidos e transmitidos a novos membros da empresa como a forma correta de

pensar, perceber, agir e sentir em relação a estes mesmos problemas.

Para compreendermos melhor tal definição Shein (2009) ainda nos apresente

três diferentes níveis de cultura que serão esclarecidos mais adiante: o nível dos

artefatos visíveis, o nível dos valores e o nível dos pressupostos básicos. Este último

auxilia a compreensão da cultura de uma organização implicando a discussão

destes mesmos pressupostos.

Conforme Schein (2009) a cultura organizacional pode ser compreendida pela

junção de crenças, valores e hábitos das pessoas que estão inseridas na

organização. A cultura refere-se ao sistema de significados compartilhados por todos

os colaboradores e distingue uma organização das demais, ou seja, constitui o modo

Page 24: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

24

institucionalizado de pensar e proceder de uma empresa. Os traços culturais

coletivos tem a propriedade de distinguirem os membros de grupos, categorias ou

outros diferentes agrupamentos sociais (ALCAPANDI; CRUBELLATE, 2003).

A essência da cultura organizacional se manifesta pela forma como a

empresa conduz seus negócios, trata seus clientes e seus funcionários. A cultura

organizacional é a mentalidade predominante na empresa norteando o seu

comportamento, práticas de trabalho e gestão das pessoas. Entretanto, a cultura

organizacional também é afetada pela cultura individual dos membros da

organização e é um fenômeno dinâmico sendo constantemente criada e moldada

pelas interações entre os indivíduos (SCHEIN, 2009).

A formação de uma cultura organizacional é um processo que envolve muitas

variáveis como valores, crenças e mitos num processo longo de adaptação e

integração de indivíduos na organização. No processo de adaptação e interação de

uma cultura surgem muitas barreiras como a resistência à mudança promovida por

indivíduos, uma vez que estes estão acomodados dentro da organização. Em outras

palavras, podem não querer sair de sua zona de conforto e não querer adequar suas

práticas às novas propostas (MOTTA, 2006).

A literatura fornece um amplo conjunto de variáveis capazes de auxiliar a

compreensão cultural de uma organização como costumes, crenças, hábitos,

valores, mitos dentre muitos outros e principalmente a forma de cada um agir

(SHINAYSHIK, 1995; WOOD JR; CALDAS; 1998; SCHIEN 2009).

Fleury (2000) complementa que cultura pode ser vista como um conjunto de

concepções, normas e valores, que são tomados como certo, para criá-los e mantê-

los deve-se registrar e comunicar aos membros da organização esses aspectos

culturais, o problema é que os indivíduos das organizações apresentam diversos

traços culturais diferentes e nem sempre se adaptam ao ambiente no qual estão

inseridos.

Buscando uma cultura voltada para a segurança da informação, Fleury (1996)

argumenta que a formação de uma cultura organizacional é um processo que

envolve muitas variáveis como valores, crenças e mitos num processo longo de

adaptação e integração de indivíduos na organização. No processo de adaptação e

interação de uma cultura surgem muitas barreiras, neste caso é a resistência a

mudança promovida por indivíduos, uma vez que estes estão acomodados dentro da

organização.

Page 25: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

25

Pode-se verificar que um grande conjunto de variáveis foi citado para definir a

dimensão cultural. O quadro abaixo mostra o conceito das variáveis culturais

apresentadas nesta seção. Conceitos baseados no Dicionário Aurélio (2008) para

melhor entender o sentido de cada variável.

Variável Definição

Costumes Resulta da pratica de preservar ideias e ações Crenças Opinião adotada com fé e convicção Hábitos Comportamento que um indivíduo aprende e repete

frequentemente Valores Princípios ou qualidades considerados pelas pessoas Atitudes Modo de proceder, comportamento Mitos Coisa que não existe na realidade Práticas Cometer, realizar algo Conhecimento Ideia, noção de alguma coisa Identidade Conjunto de características próprias e exclusivas de uma

pessoa Objetos Tudo o que se oferece à vista, que afeta os sentidos, motivo

de uma ação Formas de agir Fazer qualquer coisa, atuar, modo de comporta-se Normas Princípio que serve de regra, de lei

Concepção Compreender, conhecimento, ideia ou opinião Quadro 02: Variáveis Culturais. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.

2.2.1 Como a cultura é formada

O desenvolvimento deste trabalho permitiu ver que a formação da cultura

organizacional está diretamente ligada com os aspectos de liderança, pois quando

alguém – geralmente o fundador - introduz a cultura no plano da empresa e a

interliga com suas atividades, percebe-se de modo claro coma a cultura vai sendo

criada, moldada e aos poucos se estabilizando, ditando as normas para os

colaboradores e regendo o seu proceder (SCHEIN, 2009).

Para analisar a cultura de um grupo ou organização, é possível seguir a

definição de níveis culturais proposta por Schein (2009), na qual o termo nível

significa o grau pelo qual o fenômeno cultural é visível ao observador por meio dos

diferentes artefatos, crenças e suposições do grupo. De acordo com Fleury,

Page 26: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

26

Shinyashiki e Stevanato (1997), o conceito de cultura organizacional e o modelo de

níveis culturais de Edgar Schein são amplamente aceitos e referenciados pelas

pesquisas sobre o tema.

Conforme Schein (2009), tais níveis variam de manifestações abertas muito

tangíveis às suposições básicas, inconscientes e profundamente inseridas

recebendo a definição pelo autor como essência da cultura.

A figura abaixo proposta por Schein (2009, p.24) mostra os níveis de análise

cultural, e utilizaremos o mesmo autor para nos ajudar a esclarecer os três diferentes

níveis culturais propostos em seu modelo:

ARTEFATOS

Estruturas e processos visíveis (difíceis

de decifrar);

CRENÇAS E VALORES EXPOSTOS

Estratégias, metas, filosofias

(justificativas expostas);

SUPOSIÇÕES BÁSICAS

Crenças, percepções, pensamentos e sentimentos inconscientes, assumidos

como verdadeiros (fonte última de valores e ação).

Figura 01: Modelo de Schein. Fonte: SCHEIN, Edgar H., Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas, 2009.

No nível onde os artefatos são descritos, segundo Schein (2009) estão todos

os fenômenos que alguém consegue ver, ouvir e sentir quando encontra um novo

grupo com uma cultura não familiar. Neste item estão compreendidos produtos

visíveis como a arquitetura de seu ambiente físico, a linguagem, tecnologia etc.

O artefato do dos níveis culturais mais profundos é, segundo Schein (2009) o

“clima”, como o comportamento visível dos membros do grupo, e neste nível de

cultura, o ponto que merece maior destaque é sem dúvida a facilidade de

observação e a grande dificuldade de ser decifrada, ou seja, os observadores e/ou

Page 27: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

27

pesquisadores até conseguem descrever o que veem, mas não podem reconstruir a

partir disto seu significado em determinado grupo.

Schein (2009) ainda nos mostra que, é muito perigoso inferir profundas

suposições apenas a partir de artefatos devido às interpretações de alguém,

inevitavelmente serem projeções de seus sentimentos e reações, e na vida de um

grupo, qualquer faceta produz artefatos, e observadores diferentes podem classificar

diferentes tipos de artefatos, porém com descrições não comparáveis.

Dessa forma compreende-se que, se o observador permanece um longo

tempo no grupo, os significados dos artefatos relacionados tornam-se mais claros,

caso contrário, os artefatos listados podem parecer ter significados simplificados

demais. A compreensão deste nível cultural nos leva a observarmos agora o

próximo nível: o das crenças e valores.

Ao analisarmos o nível das crenças e valores expostos, conforme Schein

(2009) percebe-se de modo evidente que diante de uma situação ou problema a

primeira solução proposta reflete algumas suposições próprias do indivíduo acerca

do que é certo ou errado, se dará certo ou não.

Os indivíduos que prevalecem, por sugerir algo que deu certo, podem por

causa disto, exercer influência sobre o grupo, sendo ao final, identificados como

líderes ou fundadores e tudo o que este propõe será compreendido como sua

vontade. O autor citado acima, ainda nos exemplifica uma situação: a de uma

gerente que ao ver suas vendas caírem, resolve deliberadamente investir em

propaganda por possuir uma crença de que isto fará vender mais.

O que podemos compreender a respeito do exemplo acima, é que caso dê

certo, haverá um valor percebido de que propaganda faz bem aos negócios que

gradualmente se transforma: inicialmente no valor ou na crença compartilhada e

após em uma suposição compartilhada (SCHEIN 2009).

Nem todas as crenças e valores resistem a tal transformação. Apenas as

crenças e valores que podem ser testados de forma empírica que funcionam de

modo confiável solucionando os problemas e conflitos da organização se

transformarão em suposições.

Já nas suposições básicas, quando a solução de um problema funciona

com certa frequência, passamos a aceitá-la como verdadeira.

As suposições básicas formam um conjunto de modos que se supõem

corretos de fazer as coisas, são as ideias que os membros da organização

Page 28: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

28

assumem como sendo corretas ou aceitáveis “o que era uma hipótese, apoiada

apenas por uma intuição ou um valor, gradualmente, passa a ser tratado como

realidade. Acreditamos que a natureza realmente funcione dessa maneira” (Schein,

p. 28).

Por exemplo, suposições básicas muito comuns, na maior parte das

organizações são identificadas pelas frases: “o chefe tem sempre razão” e a

tradicional “isto sempre foi feito dessa forma e sempre deu certo”. Formam

esquemas, de modo geral inconscientes, de pensamentos orientados á ação que

são aceitos pela maioria dos membros; é a parte mais oculta e fechada da cultura

organizacional.

Schein (2009) ainda vai mais longe quando nos diz que a cultura como, um

conjunto de suposições básicas, define a que devemos prestar atenção, o que as

coisas significam, como reagir emocionalmente ao que ocorre e que ações adotar

em vários tipos de situações porque às vezes suposições inconscientes podem levar

à situações ridiculamente trágicas para a organização.

2.2.2 A importância da cultura para a organização

A cultura organizacional assumiu-se como um conceito essencial para a

compreensão das estruturas organizacionais. Ela permite relacionar e aplicar

valores, crenças e os hábitos daqueles que compõem o quadro funcional da

organização. Isso fica mais claro quando percebemos que “o desenvolvimento e a

consolidação da cultura corporativa de alto desempenho permitem que uma

empresa alcance, ao longo do tempo, incomparável vantagem competitiva”

(JOHANN, 2006, p. 55).

Uma vez compreendidos, todos estes fatores podem auxiliar na melhoria do

proceder de cada um, pois a cultura organizacional compreende um conjunto de

forças importantes que influenciam o comportamento organizacional. Compreende,

além das normas formais, também um conjunto de regras não escritas, um padrão

de crenças e expectativas compartilhadas pelos colaboradores.

A cultura de uma organização precisa ser muito bem compreendida pelos

colaboradores, isto ocorre dia-a-dia, à medida que o tempo vai passando e o

Page 29: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

29

funcionário conhece mais sobre o lugar em que está trabalhando, isto é um

resultado direto de um nível de estabilização estrutural do grupo, pois quando

dizemos que algo é “cultural” podemos dizer também que é algo estável na

organização (SCHEIN, 2009).

Muitos são os erros cometidos por descuidos pequenos, podendo gerar

prejuízos enormes para a empresa, porém, se forem executados gestos simples

como deixar computadores bloqueados durante a ausência do colaborador em seu

setor, papéis guardados em gavetas chaveadas, conversas em que não se deve

falar mais que o necessário fora da empresa e principalmente perto de clientes

dentre outras práticas, como no caso de um banco, por exemplo, não deixar um

extrato de conta sobre uma mesa sem o mínimo de cuidado.

Há de se considerar os impactos positivos que são produzidos na medida em

que se percebe que a cultura é manejável, otimizando os resultados organizacionais.

Tal manipulação da cultura favorece uma produção de comportamentos funcionais,

direcionados aos resultados esperados pela alta administração da organização.

É necessário guiar nossas atividades e atitudes para os rumos do sucesso

acompanhadas de atos conscientes e que façam a diferença, pois estarão

carregadas de bons propósitos e com objetivos bem definidos, a começar a

incorporação de hábitos reeducados, um novo modo de agir e pensar.

2.2.3 Cultura e tecnologia da informação

O Brasil, cada vez mais exposto ao mercado internacional, precisa se

preocupar com a implementação de medidas capazes de sustentar seu crescimento.

Tal crescimento está ligado de forma direta a TI ao que diz respeito à modernização

de recursos administrativos, fazendo com que as empresas repensem o seu

posicionamento no mercado para que obtenham vantagens competitivas em relação

a sua concorrência visando sua perpetuação no mercado com o fim de dominar a

maior parte dele ou sua totalidade, tornando-se líder e/ou referência.

Para isso é preciso que haja uma preocupação em modernizar as

organizações implantando novas tecnologias face aos novos obstáculos que surgem

a todo instante e, segundo Fleury e Silva (2000), é possível afirmar que o processo

Page 30: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

30

de implementação de TI, bem como seus resultados, está relacionado

fundamentalmente com a cultura organizacional do grupo em que ele ocorre.

As novas tecnologias introduzidas nas organizações podem causar um

processo de ajustamento mútuo, onde a organização precisa se ajustar às

inovações, bem como as mesmas podem sofrer aceitação ou rejeição pelos

indivíduos (WOOD JR, CALDAS, 2001; SANTOS; MAÇADA, 2010).

Novas tecnologias podem ser encontradas nos mais diversos ambientes e

diversos autores já verificaram que as organizações e as tecnologias vão se

ajustando, atingindo maior rapidez e eficiência, interatividade e qualidade dos

serviços (FLEURY e SILVA, 2000).

As organizações possuem um objetivo em comum: alcançarem maiores

índices de competitividade. Para que isso aconteça, como nos mostram Fleury e

Silva (2000), as empresas fazem uso de uma extensa e complexa gama de

tecnologias. Precisa-se ressaltar, segundo conforme Fleury e Silva (2000) que a

adoção de novas tecnologias não é algo fácil de implantar. Tal atitude implica em

novos hábitos e pontos de vista e também a revisão dos papéis de cada um, isso faz

com que seja redimensionada a importância de cada colaborador envolvido na

mudança. Resistências podem e vão surgir quando as pessoas estão sujeitas a

serem retiradas de sua zona de conforto.

Até que aconteça este ajuste entre TI e as organizações, os colaboradores

podem oferecer resistência em diferentes graus, porém, aos poucos podem ir se

acostumando e percebendo que as mudanças podem gerar resultados positivos, por

isso Schein (2001) expõe que a cultura organizacional torna-se importante para as

empresas uma vez compreendidas as crenças, valores e atitudes dos indivíduos

podendo buscar modelos e instrumentos que melhorem o desempenho da

organização, tornando-as mais eficientes e produtivas.

2.3 Sistemas de informação

Nesta pesquisa, entende-se que um sistema de informação pode ser qualquer

“combinação organizada de pessoas, hardware, software, redes de comunicação,

Page 31: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

31

recursos de dados, políticas e procedimentos que armazenam, restauram,

transformam e disseminam informações para toda a organização” (O´BRIEN; 2006,

p. 4). Dentro deste conceito, desde um sistema de arquivo tradicional, com pastas

de papéis, até um avançado sistema de documentos digitais podem ser

considerados sistemas de informações. Um fator principal que diferencia as

aplicações de sistemas de informações é a tecnologia da informação utilizada para

implementá-los.

Os sistemas de informação hoje em dia estão muito evoluídos, baseados em

computadores, porém o termo “sistemas de informação” se aplica desde os

primórdios da civilização. Exemplos como sinais de fumaça sendo feitos em

fogueiras para comunicar sua posição para pessoas distantes, anotações em papel

ou rochas com finalidade de armazenar dados para futuras consultas, são sistemas

de informação que vem sendo usados há tempos.

O acesso à informação e a capacidade de, a partir desta, extrair e aplicar

conhecimentos são vitais para o aumento da capacidade de empresa e o

desenvolvimento das atividades comerciais num mercado sem fronteiras. As

vantagens competitivas são agora obtidas por meio da utilização de redes de

comunicação e sistemas de informação que interligam empresas, clientes e

fornecedores.

Sistemas e tecnologias da informação são componentes vitais para empresas

e organizações de sucesso. O’brien (2006) afirma que a tecnologia de informação

auxilia nos negócios da empresa apoiando na tomada de decisão e aprimorando a

produtividade e eficácia de seus processos administrativos.

Ao que diz respeito às organizações, a informação é um fator decisivo na

gestão por ser um recurso importante e indispensável. Quanto mais viável e

oportuna for essa informação, mais coesa será a empresa e maior será o seu

potencial de resposta às solicitações da concorrência.

Alcançar este objetivo depende, em grande parte, do reconhecimento da

importância da informação e do aproveitamento das oportunidades oferecidas pela

tecnologia para orientarem os problemas enraizados da informação.

A revolução da Informação exige, assim, mudanças profundas no modo como

vemos a sociedade na organização e sua estrutura, o que se traduz num grande

desafio: aproveitar as oportunidades, dominando os riscos inerentes ou submeter-se

aos riscos com todas as incertezas que acarretam.

Page 32: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

32

Na chamada Sociedade de Informação, esta possui um efeito multiplicador e

torna dinâmicos todos os setores da economia, constituindo, por sua vez, a força

motora do desenvolvimento político, econômico, social, cultural e tecnológico.

2.3.1 Informação: Tecnologia e Segurança

Nesta seção, estão alguns pontos a respeito de tecnologia e segurança da

informação: dois temas de vital importância para qualquer organização.

Tecnologia e segurança são dois aspectos distintos, mas intimamente ligados

ao que diz respeito a qualquer organização, pois esta deve ser capaz de absorver

toda a informação necessária para si a fim de gerar vantagem competitiva e

perpetuar-se no mercado tão acirrado como o atual.

Isso se torna possível quando a empresa preocupa-se em detectar ameaças e

oportunidades estratégicas convergindo os dois temas citados acima (EARL, 2004),

e observando o comportamento das pessoas diante de medidas e contramedidas de

segurança que no final das contas, fazem toda a diferença.

2.3.2 Tecnologia da Informação

O conceito adotado nesta pesquisa para descrever a tecnologia da

informação segue a ideia de O´Brien (2006), e refere-se aos vários tipos de

hardware, software, redes de computadores e componentes de gerenciamento de

dados necessários para um sistema de informações.

A tecnologia da informação pode ser definida como um conjunto de todas as

atividades e soluções providas por recursos de computação. Atualmente a TI tem

feito parte do dia-a-dia das organizações e da sociedade, sejam elas por motivos de

trabalho, educação ou entretenimento. É praticamente impossível perceber o mundo

atual sem a presença da TI.

Page 33: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

33

Nas organizações a tecnologia da informação tem como papel ajudar a atingir

seus objetivos e apoia suas aplicações de rotina, assim se torna uma importante

ferramenta para obter-se vantagem competitiva. Isso se mostra verdadeiro quando

percebemos, em um ambiente competitivo, a rapidez e a competência das empresas

em inovar dominando a tecnologia do modo mais seguro, confiável e rentável

possível (ALBERTIN, 2004).

As tecnologias da informação são componentes vitais para empresas e

organizações de sucesso. O`brien (2006) afirma que a tecnologia de informação

auxilia nos negócios da empresa apoiando na tomada de decisão e aprimorando a

produtividade e eficácia de seus processos administrativos.

O lugar que a tecnologia da informação ocupa atualmente é de fundamental

importância, pois a informação se faz necessária em todos os níveis

organizacionais, passando pelo operacional, pelo estratégico e pelo tático que,

aliada a uma boa comunicação, promove uma grande sintonia entre estas partes

impactando diretamente em na melhoria do desempenho organizacional (IBM,

2008).

Os constantes investimentos em TI e a busca incansável por informação de

qualidade fazem com que as organizações saiam da região mediana, onde todos os

concorrentes fazem a mesma coisa que você, e passam a ser pioneiras em muitas

situações, não apenas melhorando o que já existe, mas principalmente inovando

(GARTNER, 2011; TURBAN, et all, 2010).

A velocidade da informação foi aumentando conforme a velocidade da

evolução da TI e vice-versa, fazendo com que as empresas recebem um maior

volume de informações a cada segundo. Se a informação também aumenta, o

tempo para tomar decisões também, desse modo, o tempo fica cada vez mais curto

e as decisões precisam ser tomadas de forma mais rápida, sempre visando a

perpetuação da organização e sua atuação no mercado em qualquer segmento.

O ambiente externo às organizações provoca inúmeras mudanças e impõem

desafios a serem superados de forma categórica e sempre que possível, com total

maestria, perpetuando a atuação da empresa no mercado.

Page 34: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

34

2.3.3 Segurança da Informação

A TI deve estar intimamente ligada a todos os setores da organização e

devidamente utilizada por todos os seus colaboradores. As organizações devem

orientar seus colaboradores para que utilizem a TI sempre da forma mais adequada

possível, fazendo com que todos os envolvidos criem uma cultura que ainda muitos

deixam a desejar: a cultura de proteger adequadamente toda e qualquer informação,

desde a sua coleta e até mesmo no ato de seu descarte.

No setor bancário, a segurança da informação deve receber cada vez mais

atenção e constantes investimentos. Uma vez coletados os dados de um cliente -

seja pessoa física ou jurídica ou até mesmo apenas um usuário dos serviços

bancários - tais dados devem ser tratados com absoluto sigilo, da forma mais

profissional existente, com a adoção de práticas eficientes.

Indubitavelmente, todas as pessoas que param um pouco para pensar nos

dias atuais, classificam tais dias em que vivemos como uma nova era, seja pela

velocidade que a informação atinge, seja pela forma como ela chega até as

empresas, seja como ela é originada, transformada, interpretada e utilizada. Isto se

torna mais claro quando Earl (2004, p. 28) nos diz que hoje há um fascínio pela

competição sobre ativos invisíveis, e que as pessoas e as organizações enxergam a

relação entre o conhecimento e o capital intelectual como um recurso crítico por

apoiar a inovação e a renovação.

2.3.4 Ciclo de vida da informação

A informação de acordo com Rezende (2003) pode ser conceituada como

todo dado trabalhado, útil ou tratado que possua um valor significativo agregado que

representa algo lógico para quem usa a informação. Assim Sêmola (2002) expõe

que a informação apresenta varias fases desde sua origem, formando um ciclo de

vida da informação que se apresentado a seguir.

De acordo com o modelo a ser apresentado por Sêmola (2002) temos o

manuseio que é o momento que a informação é criada e manipulada, a seguir

Page 35: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

35

temos o armazenamento que se trata do momento em que a informação é

armazenada, seja em um banco de dados ou feita anotações, posteriormente temos

o transporte que é o momento que a informação é encaminhada para outras

pessoas ou para outros fins e finalizando o ciclo de vida da informação temos o

descarte que é quando a informação é descartada, não possuindo mais nenhum

valor significativo agregado.

Figura 02: Ciclo de vida da informação. Fonte: Adaptado Sêmola (2002).

Como foi observada, a informação possui um ciclo de vida, e devemos dar

atenção àquelas que nos são úteis. Uma decisão pode ser tomada após muitas

reuniões ou até mesmo em minutos, gerando consequências ótimas para a

organização, desde que a empresa não decida confiar na sorte, mas sim com bons

gestores e um bom sistema de informação capaz de dar todo o suporte além do

necessário para a empresa e para todos os seus colaboradores.

INFORMAÇÃO

Transporte

Armazenamento Descarte

Autenticidade

Legalidade

Manuseio

Page 36: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

36

Nem todas as informações precisam ser armazenadas pela organização, mas

aquelas que forem ser utilizadas devem ser manuseadas com cuidado e atenção, e

caso for, após ter proporcionado tudo o quanto poderia, ser descartada.

O ato de descartar uma informação demanda tanto cuidado quanto o ato de

absorvê-la e de armazená-la, pois se alguém ameaçar a organização observando

uma ou mais de suas vulnerabilidades causará grande impacto na organização, e

quase sempre impactos negativos. Portanto, ações que privilegiam e prezam pela

segurança da informação em qualquer âmbito são de fundamental importância para

todas as partes envolvidas (JOHANN, 2006).

Com o mesmo propósito Beal (2005) apresenta outro modelo de ciclo de vida

da informação, um pouco mais complexo, porém com o mesmo objetivo. O autor

expõe as seguintes etapas do ciclo de vida da informação. Identificação das

necessidades fazendo com que a informação se torne mais útil para seus usuários;

obtenção ocorre quando a informação é criada, recebida ou capturada; tratamento

acontece um processo de formatação, estruturação ou classificação para que a

informação possa passar adiante; distribuição quando a informação é repassada

para os usuários; uso após receber a informação o usuário faz uso da informação;

armazenamento conseqüentemente após o uso ocorre o armazenamento desta

informação que posteriormente ocorre a ultima etapa do ciclo de vida da informação;

descarte que é quando a informação se torna obsoleta e perde sua utilidade.

O autor deixa bem claro a importância da integridade, disponibilidade e

confidencialidade em todas as etapas do ciclo de vida da informação, a seguir

modelo de Beal (2005).

Figura 03: Fases da informação. Fonte: Adaptado Beal (2005).

ORGANIZAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO

DAS NECESSIDADES

OBTENÇÃO

TRATAMENTO

USO

DISTRIBUIÇÃO

DESCARTE

ARMAZENAMENTO

Page 37: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

37

2.3.5 Controle interno em sistemas de informação

Imoniana (2005) apresenta e conceitua controle interno em sistemas de

informação como planos organizacionais e coordenação de um conjunto de métodos

e medidas adotados por uma empresa, com finalidade de preservando seu ativo,

garantindo exatidão e veracidade de registros, promovendo efetividade dos sistemas

de informação assim como estabelecer adesão as políticas de segurança da

organização. Os principais objetivos do controle interno em sistemas são:

salvaguardar o ativo de uma organização, manter a integridade, correção e

confiabilidade de registros contábeis, promover a eficiência operacional e o

cumprimento dos procedimentos e políticas de segurança.

Abaixo vemos os princípios de controle internos de acordo com

Imoniana (2005):

Supervisão: A gerência deve manter um controle que capacite uma

supervisão efetiva dos procedimentos e tomada de decisões dentro do ambiente de

tecnologia de informação.

Registro e comunicação: Estabelecer critérios para criação, processamento

e disseminação de informação de dados, através de autorização e registro de

responsabilidade.

Segregação das funções: As responsabilidades e ocupações devem ser

compatíveis com o cargo de cada individuo, de maneira a minimizar as

possibilidades de perpetuação de fraudes e ate suprimir erros ou irregularidades nas

operações.

Classificação de informação: Estabelecer um plano para classificação de

informação que melhor sirva as necessidades da organização, em conformidade

com os princípios de sigilo.

Tempestividade: Delinear procedimentos, monitorar os registros corretos das

transações, processando e comunicando os resultados as pessoas necessárias em

tempo hábil.

Auditoriabilidade: Os procedimentos operacionais devem permitir a

verificação periódica no processo de processamento de dados e geração de

relatórios, de acordo com as políticas.

Page 38: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

38

Atualmente as organizações fazem investimentos planejados em segurança

da informação, aderindo a controles de segurança e privacidade visando preservar a

empresa e seus clientes. Imoniana (2005) expõe o aumento crescente da

necessidade de segurança nas empresas, onde as organizações buscam

conscientizar os usuários ao uso do controle para restringir o acesso às

informações, medida quem vem sendo aceito com naturalidade nas empresas.

Os controles de segurança de sistema apresentam as seguintes

propriedades: Sigilo, fornecer privacidade das informações; Integridade, fornecer

informação completa, correta e valida; Disponibilidade, tornar dados disponíveis a

pessoas autorizadas.

Um administrador precisa compreender o papel dos diversos tipos de

sistemas de informação existentes nas empresas atualmente, pelo simples fato de

apoiarem as tomadas de decisões e das mais diversas atividades relacionadas à

organização, tanto em qualquer um de seus níveis e funções.

A atuação de uma empresa está também atrelada ao pensamento dos que

são a sua razão de ser: os clientes. Isso faz com que as ações e as decisões, em

conformidade com um excelente planejamento estratégico, sejam elaboradas com o

propósito de mudar e manter as mudanças feitas na cultura das empresas, que

antes não se preocupavam com sistemas de informação e de segurança, sendo este

um dos focos das organizações para que possam galgar lugares mais altos em um

mercado tão acirrado como o que conhecemos (ALBERTIN, 2004).

Albertin (2004) ainda nos diz mais quando afirma que, obviamente nenhuma

organização deixará de querer crescer, de atuar na maior parte do mercado e

dominar, se possível sua totalidade. É preciso que cada empresa busque a

convergência de objetivos entre os seus negócios e os aspectos que determinam se

o que faz e oferece é seguro ou não, desde que com a melhor relação custo

benefício.

O que é mais levado em conta atualmente é o aumento da influência que a TI

está exercendo ao longo de seu desenvolvimento em relação ao processo decisório.

Isso faz com que as organizações saiam da “idade da pedra” e realinhem seus

esforços adequando-os para toda e qualquer nova situação.

Vale lembrar de que a TI não é e nem possui um manual de como a

organização irá proceder, mas ela armazenará e processará dados que farão com

que decisões importantíssimas como o futuro e a sobrevivência da empresa sejam

Page 39: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

39

tomadas, cada vez em menos tempo, pois as informações chegam aos montes e em

grande volume a cada dia, ou seja, se chegam mais informações, menos tempo

temos para tomarmos uma decisão, e esta deve ser muito bem planejada.

Não faz muito tempo, era comum investir em TI com a meta de estar

atualizado, mas se quisermos informações melhores é necessário um dispêndio

financeiro maior, e isso, no atual cenário deve ser muito bem planejado, avaliado e

executado. (ALBERTIN, 2004, p. 75).

O moderno perfil das atuais organizações que utilizam a informação para

alavancarem seus negócios avança a cada dia, e como nos mostra Saviani (1998, p.

15) é de vital importância que as pessoas não se acomodem, e consequentemente,

acomodarem a organização ficando ambas na “agradável” zona de conforto.

A todo instante somos de alguma forma atingidos por infinitas informações, e

nossas vidas são regidas por elas juntamente com algumas normas. Isso nos faz

refletir de que o mau uso da informação bem como sua má interpretação e

obsolescência, falta de sigilo adequado e até mesmo vazamento, trazem consigo

uma série de prejuízos para a empresa. Todos nós temos conhecimento de que

devemos gerir todas as informações de modo profissional, ético e responsável.

Sem esquecer é claro de que, como nos mostra Polloni (2000, p. 31) em que

um sistema de informação precisa alcançar o quanto antes seus objetivos de

armazenamento e fornecimento de informações para a empresa em formato,

tamanho, tempo e custos apropriados.

2.3.6 Aplicações dos Sistemas de informação nos negócios

Os sistemas de informação têm como finalidade dar suporte aos negócios da

organização, O`brien (2006) coloca as razões fundamentais para a aplicação dos

sistemas de informação no meio empresarial. São eles suporte de seus processos e

operações, suporte na tomada de decisão, e suporte nas estratégias de vantagem

competitiva da organização.

Suporte aos processos e operações nos negócios, como exemplo registrar

compras de mercadorias, controlar estoques, entrada e saída de material,

Page 40: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

40

pagamento de funcionários, registros de carga horária entre uma infinidade

processos e operações.

Suporte a tomada de decisão, com acesso a tantas informações que podem

ser verificadas para ter um melhor conhecimento de como anda os negócios, os

gerentes e profissionais da área contam com o auxilio dos sistemas de informação

para tirar proveito na sua tomada de decisão obtendo vantagem.

Suporte a vantagem competitiva, a implantação de sistemas de informação

pode ajudar estrategicamente inovando tecnologias da informação com finalidade de

automatizar organizações com finalidade de obter melhores resultados otimizando

seus processos buscando atrair nossos clientes, obtendo uma vantagem competitiva

sobre seus concorrentes.

2.3.7 Cultura da segurança da informação

Beck e Santos (2010), informam de que o uso intensivo da tecnologia da

informação tem exposto as organizações a um ambiente complexo e desafiador para

a segurança da informação.

A informação é um ativo muito valioso para uma organização. Para assegurar

este grande diferencial competitivo deve-se elaborar e garantir critérios que protejam

estas informações contra fraudes, roubos ou vazamentos. A elaboração de tais

proteções nas empresas são responsabilidades e habilidades dos gestores e

analistas de segurança da informação (JOHANN, 2006).

As atividades de segurança da informação englobam o projeto,

implementação, controle e monitoração de métodos e processos que visam

assegurar a segurança da informação de uma organização.

Buscando uma cultura voltada para a segurança da informação, Fleury (1996)

argumenta que a formação de uma cultura organizacional é um processo que

envolve muitas variáveis como valores, crenças e mitos num processo longo de

adaptação e integração de indivíduos na organização.

No processo de adaptação e interação de uma cultura surgem muitas

barreiras, neste caso é a resistência em relação à mudança promovida por

Page 41: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

41

indivíduos, uma vez que estes podem estar acomodados dentro da organização

Fleury (1996).

A política de segurança da informação deve ser divulgada e de fácil acesso

pelos colaboradores. Workshops e treinamentos são boas maneiras de divulgá-la e

orientar os usuários de como a área de segurança da informação está trabalhando

para proteger os ativos de informação da empresa e quais são as responsabilidades

dos colaboradores. (SORIANO, 2004).

A segurança da informação é um conjunto de estratégias e ações que visam

garantir a integridade da informação bem como sua confidencialidade, por isso a

cultura e o gerenciamento da segurança da informação é, obviamente, algo muito

importante nas organizações, isso porque grande parte dos esforços de gestão

estão voltados para as questões tecnológicas e processuais (Beck e Santos 2010).

Os mesmos autores nos ressaltam como é importante analisar como a cultura

da segurança da informação afeta o comportamento dos funcionários em

conformidade à proteção informacional, e conforme Imoniana (2005) a cultura da

segurança da informação em uma empresa está diretamente envolvida com as

áreas de negócio, principalmente com a área de tecnologia, uma vez que esta pode

sustentar a maioria dos processos de negócio da empresa.

Page 42: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

42

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

O presente capítulo apresenta o resultado da pesquisa realizada, com o objetivo

de responder os questionamentos elaborados, com destaque inicial para a

caracterização da empresa Banco Bradesco S. A, agência 0330-1 Itajaí – SC.

3.1 Caracterização da empresa

A empresa foi caracterizada a partir de dados obtidos na intranet corporativa.

Com base nos dados coletados o Banco Bradesco S. A. é uma das maiores

organizações de serviços financeiros do Brasil e reconhecidos no mundo, com sede

em Cidade de Deus, Osasco, no Estado de São Paulo – Brasil. Emprega atualmente

cerca de 95 000 colaboradores e conta com mais de 3 000 agências.

3.1.1 Missão, visão e valores

Para atender e prestar serviços com excelência o Banco Bradesco S. A. segue

um serie de condutas e valores para atingir seus objetivos. Nesse intuito a

organização definiu sua Missão, Visão e Valores.

Missão: Fornecer soluções, produtos e serviços financeiros e de seguros com

agilidade e competência, principalmente por meio da inclusão bancária e da

promoção da mobilidade social, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a

construção de relacionamentos duradouros para a criação de valor aos acionistas e

a toda a sociedade.

Page 43: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

43

Visão: Ser reconhecida como a melhor e mais eficiente instituição financeira

do País e pela atuação em prol da inclusão bancária e do desenvolvimento

sustentável.

Valores: melhoria contínua, inovação constante, pioneirismo em tecnologia,

conduta ética, prezar pelo bem-estar e capacitação dos colaboradores, promover o

desenvolvimento social, respeitar o meio ambiente.

O Banco Bradesco ainda apresenta 3 pilares de excelência, sustentando suas

ações e práticas:

Finanças Sustentáveis: O setor financeiro tem um papel fundamental para o

desenvolvimento sustentável, razão pela qual buscamos incluir em nossos

processos de concepção e gestão de produtos e serviços o conceito de finanças

sustentáveis, priorizando temas como inclusão bancária, microfinanças, linhas de

crédito socioambientais, investimentos socialmente responsáveis, seguros populares

e a gestão de riscos socioambientais atrelados às atividades bancárias. Contamos

com um Comitê Executivo e uma Comissão Departamental de Produtos e Serviços,

para avaliar a oportunidade e a viabilidade financeira e operacional dos produtos,

bem como os potenciais impactos sociais e ambientais.

Gestão Responsável: (citados neste item apenas a “TI Verde” devido a

abrangência de tal pilar) - A Organização incorpora diretrizes e práticas de

sustentabilidade para a gestão dos recursos tecnológicos. Incluímos requisitos de

ecoeficiência na aquisição de equipamentos, nos investimentos em tecnologia e no

descarte de materiais. O Centro de Tecnologia da Informação (CTI), por exemplo,

está entre os mais eficientes do mundo.

Desde 2008, possuímos um processo para a reutilização ou a reciclagem de

equipamentos eletrônicos substituídos. Parte deles é reaproveitada nos Centros de

Inclusão Digital (CIDs) da Fundação Bradesco. O restante é encaminhado para a

reciclagem, por meio de uma empresa especializada que transforma o lixo eletrônico

em matéria-prima para indústrias de tintas, cerâmicas e vidros. Entre 2008 e 2010,

Page 44: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

44

aproximadamente 683 toneladas foram recicladas. Só em 2010, foram mais de 237

toneladas.

Investimentos Socioambientais: Diretrizes para investimentos.

O Banco Bradesco procura contribuir para a preservação do meio ambiente e

a inclusão social nas comunidades onde atua por meio de investimentos em

instituições, de projetos próprios e de entidades parceiras com foco educacional,

ambiental, cultural e esportivo. A Organização iniciou, em 2008, um processo de

reestruturação do conceito de investimentos socioambientais com o apoio do

Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social Privado (Idis).

Para tanto, em 2010 foram criadas duas normas que oficializam o

posicionamento da Organização diante do tema: a Norma Corporativa de

Investimentos Socioambientais e a Norma Corporativa de Patrocínios e

participações em eventos. Foi iniciado um trabalho de identificação dos indicadores

que serão usados para acompanhar os resultados dos maiores investimentos

socioambientais do Banco. Em 2011, serão desenvolvidos uma cartilha e um manual

de orientação sobre o assunto, a serem distribuídos para todos os funcionários.

3.1.2 Banco Bradesco S. A. agência Itajaí – SC

Em Itajaí, o banco Bradesco está localizado na Rua Hercílio Luz, número 355,

Centro, possuindo atualmente 39 colaboradores e cerca de 20 mil clientes. A seguir

será apresentado o organograma da agência de Itajaí para melhor percepção de

como a hierarquia procede.

Page 45: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

45

Figura 04: Organograma agência Itajaí Banco Bradesco. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

3.2 Resultados da Pesquisa

A pesquisa foi realizada durante os meses de agosto e setembro de 2011, em

uma agência bancária na cidade de Itajaí. Foram questionados 39 colaboradores –

todo o quadro funcional - abrangendo todos os setores da unidade de Itajaí,

conforme pode ser observado abaixo no quadro de número 4. Para cada

colaborador questionado foi utilizado somente o nome de seu cargo único em

substituição ao nome do colaborador, com a finalidade de preservar a identidade dos

respondentes.

super

Gerente Geral

(01)

Gerente de

Expansão

(01)

Gerente

Administrativo

(01)

Gerentes

Pessoa Jurídica

(04)

Gerentes

Pessoa Física

(02)

Assistentes

Pessoa Jurídica

(03)

Chefes de Serviço

(03)

Assistentes

Pessoa Física

(02)

Caixas

(17)

Escriturários

(02)

Supervisores

Administrativos

(01)

Page 46: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

46

Funcionário Função Nível Hierárquico G Tempo (anos)

1 Gerente Geral Estratégico M 29 2 Gerente de Expansão Estratégico F 19 3 Gerente Administrativo Tático M 26 4 Gerente Pessoa Jurídica 1 Tático F 6 5 Gerente Pessoa Jurídica 2 Tático F 5 6 Gerente Pessoa Jurídica 3 Tático F 5 7 Gerente Pessoa Jurídica 4 Tático F 6 8 Gerente Pessoa Física 1 Tático F 4 9 Gerente Pessoa Física 2 Tático F 9 10 Assistente Pessoa Jurídica 1 Operacional M 2 11 Assistente Pessoa Jurídica 2 Operacional F 1 12 Assistente Pessoa Jurídica 3 Tático M 4 13 Assistente Pessoa Física 1 Operacional M 3 14 Assistente Pessoa Física 2 Operacional F 3 15 Chefe de Serviço 1 Tático F 35 16 Chefe de Serviço 2 Tático F 4 17 Chefe de Serviço 3 Tático M 30 18 Supervisor Administrativo 1 Tático M 21 19 Supervisor Administrativo 2 Tático F 4 20 Supervisor Administrativo 3 Tático M 9 21 Caixa 1 Operacional M 1 22 Caixa 2 Operacional M 1 23 Caixa 3 Operacional M 1 24 Caixa 4 Operacional M 1 25 Caixa 5 Operacional F 1 26 Caixa 6 Operacional F 2 27 Caixa 7 Operacional F 7 28 Caixa 8 Operacional M 22 29 Caixa 9 Operacional F 3 30 Caixa 10 Operacional F 23 31 Caixa 11 Operacional M 1 32 Caixa 12 Operacional F 2 33 Caixa 13 Operacional F 23 34 Caixa 14 Operacional M 2 35 Caixa 15 Operacional F 2 36 Caixa 16 Operacional F 3 37 Caixa 17 Operacional M 3 38 Escriturário 1 Operacional F 1 39 Escriturário 2 Operacional M 1

Quadro 03: Perfil dos Colaboradores. Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.

3.2.1 Perfil dos colaboradores

Os questionados possuem obviamente diferentes tempos de atuação na

empresa, de um até trinta e cinco anos e é visível que, apesar de não ser regra, a

maioria dos colaboradores que estão há mais tempo na empresa, ocupam cargos de

níveis mais elevados.

Page 47: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

47

De forma acentuada, os colaboradores pertencentes ao nível operacional são

a maioria, totalizando 23 colaboradores com tempo de atuação na organização

variando de 1 a 23 anos, desempenhando as funções de Caixa e Escriturários.

São 14 os colaboradores pertencentes ao nível tático cujo tempo de atuação

varia entre 4 a 35 anos, exercendo os cargos de Gerente de Pessoa Jurídica,

Gerente de Pessoa Física, Gerente Administrativo, Chefe de serviço e Supervisor

Administrativo.

Por fim, os colaboradores de nível estratégico são 2, o gerente geral e o

gerente de expansão, com 29 e 19 anos de tempo de serviço respectivamente.

A tabela abaixo pode ser mais clara nos informando a média dos

colaboradores em relação ao tempo de serviço na organização pesquisada:

Nível Hierárquico Quantidade Colaboradores

Média / Tempo

Estratégico 2 22,5 anos Tático 14 13,2 anos Operacional 23 4,8 anos

Quadro 04 Média dos colaboradores por tempo de serviço. Fonte: Elaborada pelo acadêmico.

3.2.2 Cultura da segurança da informação

A pesquisa identificou a percepção destes funcionários com relação à cultura

da segurança da informação na empresa. o questionário aplicado com cada um dos

colaboradores

Também foram identificadas as principais variáveis culturais que afetam a

segurança da informação, de acordo com os questionários pode-se perceber que

variáveis como costumes, hábitos e atitudes foram as mais citadas e que influenciam

diretamente na segurança da informação, uma vez que essas variáveis podem ser

modificadas com o tempo, mas seria preciso de um estudo profundo no assunto.

A seguir, serão apresentadas as percepções dos respondentes a cada uma

das questões do roteiro de pesquisa, pois como já citado, foi aplicado um

questionário aos colaboradores com perguntas estabelecidas com uma escala de 1

Page 48: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

48

(um) a 7 (sete), sendo 1 o grau máximo de discordância e 7 o grau máximo de

concordância.

As perguntas de 1 a 5 foram relacionadas ao comportamento, as de 6 a 9,

sobre certeza de detecção, as de 10 a 12 sobre severidade de punição, as de 13

a 18, de crenças normativas, as de 19 a 21 sobre comportamento dos pares, as

de 22 a 30, sobre conhecimento e finalmente as de 31 a 36, sobre atitude.

3.2.3 Comportamento

Este tópico sobre conhecimento buscou a realidade da agência no que diz

respeito ao comportamento dos colaboradores quanto a itens muito importantes,

como por exemplo, a vedada prática de emprestar a senha pessoal de serviço, o

fato de trancar ou não gavetas e bloquear terminais de trabalho durante a ausência

dos colaboradores e se estes preferem anotar uma senha ao invés de memorizá-la

por completo.

Outros pontos pesquisados neste tópico foram o fato de o cliente ser alguém

conhecido e os colaboradores repassarem informações sigilosas por telefone e se,

caso conhecerem bem as normas, seria possível quebrá-las sem maiores

complicações posteriores.

Questões de 1 a 5:

1. No dia-a-dia, percebo que é preferível emprestar a senha para outro colega realizar uma operação para um cliente do que deixar o cliente insatisfeito.

2. No dia-a-dia, percebo que não há necessidade de travar gavetas e terminais quando a ausência é por um período curto de tempo.

3. No dia-a-dia, percebo que é preferível anotar uma nova senha até memorizá-la por completo do que esquecer a mesma.

4. No dia-a-dia, percebo que quando o cliente é alguém conhecido, informar dados da conta por telefone é algo que pode ser realizado.

5. No meu ambiente de trabalho, percebo que quando temos experiência na função, podemos ser mais flexíveis com as normas de segurança.

Quadro 05 – Questões Sobre Comportamento. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Page 49: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

49

Discordo

Totalmente

Concordo Totalmente

Quest

1 2 3 4 5 6 7 Média Desvio Padrão

Q1

11

13

8

7

-

-

-

2,28

1,0748

Q2

12

15

6

4

1

1

-

2,23

1,2239

Q3

26

8

1

-

-

-

4

1,87

1,8235

Q4

8 1 3 7 11 3 5 3,97 2,0709

Q5

7 3 1 6 8 6 6 4,05 2,2589

Total 2,88

Quadro 06 – Médias e Desvio Padrão - Comportamento. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

De acordo com as questões e com suas respostas, auxiliados pelo software

SPSS, gerando histogramas, podemos verificar melhor como os colaboradores

responderam cada uma das questões:

(continua)

Page 50: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

50

Figura 05: Histogramas das questões Q1 – Q5. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Q1: Podemos perceber, em relação à primeira questão, os colaboradores não

foram unânimes em responder que não “emprestam” sua senha de serviço, com

uma média de 2,26 e desvio padrão de 1,087, e em grau de concordância, sendo 1

(um) Discordo Totalmente e 7 (sete) Concordo Totalmente, vemos que os graus que

mais salientam-se são o 1 e o 2, ou seja, a grande parte não concorda em partilhar

sua senha de serviço, porém há colaboradores que preferem fazer uso de tal prática

sem maiores restrições.

Q2: Na questão 2, os colaboradores foram questionados quanto sua

preferência e/ou necessidade de trancar gavetas e travar terminais de trabalho

durante sua ausência seja por qualquer período. Tal questão apresentou uma média

de 2,18 e um desvio padrão de 1,197 e, de acordo com histograma pertinente a esta

questão percebemos que a situação é parecida com a questão anterior, ou seja, a

maioria dos colaboradores dá muita importância para o ato de trancar suas gavetas

e/ou travar seus terminais de trabalho que contém inúmeras informações sigilosas

para o desempenho de seu trabalho, porém há algumas pessoas não julgam

necessários tais cuidados.

Q3: Esta questão refere-se à atitude de, assim que uma nova senha for

gerada, os colaboradores preferiam anotá-la ao invés de memorizá-la

completamente, de acordo com as respostas, tal questão nos apresenta uma média

de 1,89 e um desvio padrão de 1,909.

(continuação)

Page 51: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

51

Aliando tais médias ao histograma da questão em referência veremos que a

grande maioria prefere não anotar a nova senha, ou seja, 26 dos 39 colaboradores

pesquisados possuem tal comportamento.

Q4: Nesta questão, os colaboradores foram questionados quanto à sua

postura de liberar informações sigilosas por telefona caso o cliente seja alguém

conhecido e obtivemos as mais variadas respostas em grau de concordância.

Com uma média de 3,97, um desvio padrão de 2,0709 aliados ao histograma

da questão em referência, percebemos que quase não há colaboradores que nunca

realizam tal prática bem como quase não há colaboradores que só procedam desta

forma, de certa forma boa parte dos colaboradores, vez ou outra, passam

informações de modo não correto, porém para a pessoa a quem a informação diz

respeito.

Q5: O objetivo desta questão era perceber o quanto os colaboradores, por

terem maior conhecimento das normas corporativas de segurança da informação,

poderiam quebrá-las, exercendo seu trabalho de forma mais flexível sem que tal

atitude lhes trouxessem maiores problemas.

A média desta questão foi 3,97 e seu desvio padrão foi de 2,211.

Analisando seu histograma, percebemos que muitos dos colaboradores

concordam com tal afirmação.

Resumindo, a média das questões de 1 a 5 foi de 2,88. Assim podemos

perceber que, em grau de concordância de 1 a 7, sendo 1 o grau mínimo e 7 o grau

máximo, os pesquisados estão praticamente de acordo que tais práticas não são

corretas e frequentemente usuais, porém há exceções.

3.2.4 Certeza de detecção

Este tópico buscou analisar se os colaboradores estão cientes que o banco

está monitorando suas atividades, principalmente ações não legítimas.

Page 52: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

52

A vigilância é importante para garantir que as ações e atividades estejam

sendo corretamente executadas – bem como o objetivo de analisar se os

colaboradores acreditam que, de acordo com suas práticas, o Banco saberá de

alguma forma se uma norma for transgredida e se provavelmente serão pegos por

isso. Tal tópico busca também o grau de certeza dos colaboradores em saber se o

Banco os monitora constantemente e se de modo imediato seriam descobertos

caso descumpram alguma norma.

Questões de 6 a 9:

6. Se alguma norma de segurança da informação for violada, o banco saberá. 7. Se eu violar uma norma de segurança da informação eu provavelmente serei pego. 8. O banco monitora constantemente todas as atividades dos funcionários. 9. Qualquer atitude que viole a segurança da informação será imediatamente descoberta.

Quadro 07 – Questões Sobre Certeza de Detecção. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Discordo

Totalmente

Concordo Totalmente

Quest

1 2 3 4 5 6 7 Média Desvio Padrão

Q6

- - - 7 16 8 8 5,44 1,0207

Q7

- - 1 6 16 6 10 5,46 1,1203

Q8

- - - 2 4 17 16 6,21 0,8329

Q9

- - - 3 20 8 8 5,54 0,9132

Total 5,66

Quadro 08 – Médias e Desvio Padrão - Certeza de Detecção. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

De acordo com as questões e com suas respostas, auxiliados pelo software

SPSS, gerando histogramas, podemos verificar melhor como os colaboradores

responderam cada uma das questões:

Page 53: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

53

Figura 06: Histogramas das questões Q6 – Q9. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Q6: A questão 6 busca saber se os colaboradores acreditam que se alguma

norma corporativa de segurança da informação for violada o Banco saberá.

Apresentou uma média de 5,47 e um desvio padrão de 1,04.

Analisando seu histograma veremos que há certa uniformidade entre os

respondentes em acreditar que o Banco pode não “pegar” os transgressores de

normas.

Q7: Em tal questão o que foi pesquisado era se, caso o colaborador

transgredisse alguma norma corporativa de segurança da informação,

provavelmente seria pego.

Page 54: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

54

Tal questão nos mostra uma média de 5,50 e um desvio padrão de 1,12.

O histograma desta questão nos mostra que grande parte dos colaboradores

acredita que seria pega caso houvesse alguma transgressão de sua parte.

Q8: O que questionado neste item era se os colaboradores acreditam ser

monitorados de forma constante pela organização.

A média dessa questão foi de 6,18 e seu desvio padrão foi de 0,833. Seu histograma

mostra que quase todos os colaboradores acreditam em tal afirmação.

Q9: Os colaboradores foram questionados neste item se, caso qualquer

atitude que viole alguma norma seria imediatamente descoberta pela organização. A

média desta questão foi de 5,55 com um desvio padrão de 0,91. Seu histograma

mostra que, de modo geral possuem a certeza de que podem ser detectados.

A média das questões deste grupo foi de 5,66. Isto nos mostra que de acordo

com o grau de concordância a maioria dos colaboradores concorda que tais práticas

podem levá-los a serem detectados, caso haja alguma transgressão de uma ou mais

normas corporativas de segurança da informação.

3.2.5 Severidade de punição

Este tópico buscou saber se os colaboradores estão cientes que estão

sujeitos a punições caso cometam alguma falha na segurança da informação, busco

saber também se os colaboradores tem conhecimento sobre essas punições bem

como seu grau de severidade.

Questões de 10 a 12:

10. O Banco penaliza os empregados que transgridem as normas de segurança da informação. 11. O banco demite os empregados que repetidamente não obedecem as regras de segurança da informação. 12. Se algum funcionário for pego violando uma norma de segurança da informação ele será severamente penalizado.

Quadro 09 – Questões Sobre Severidade de Punição. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Page 55: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

55

Discordo

Totalmente

Concordo Totalmente

Quest

1 2 3 4 5 6 7 Média Desvio Padrão

Q10

- 3 - 4 16 8 8 5,28 1,3367

Q11

- - - 3 3 9 24 6,38 0,9351

Q12

- 2 2 3 14 9 9 5,36 1,3473

Total 5,68

Quadro 10 – Médias e Desvio Padrão - Severidade de Punição. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

De acordo com as questões e com suas respostas, auxiliados pelo software

SPSS, gerando histogramas, podemos verificar melhor como os colaboradores

responderam cada uma das questões:

Figura 07 : Histogramas das questões Q10 – Q12. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Page 56: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

56

Q10: Esta questão o que se buscou foi se os colaboradores acreditem que os

transgressores de normas são punidos pela organização. Sua média foi de 5,29 e

seu desvio padrão foi de 1,388.

O histograma pertinente a esta questão revela que a grande maioria concorda

que haveria uma punição por parte do banco.

Q11: Nesta questão os colaboradores foram questionados se acreditam que o

Banco demite colaboradores que repetidamente transgridem normas corporativas de

segurança da informação. A média desta questão foi de 6,45 cocm um desvio

padrão de 0,853. O histograma desta questão revela que grade 24 dos 39

colaboradores acredita em tal afirmação com grau máximo de concordância.

Q12: Tal questão busca verificar o grau de concordância dos respondentes se

caso algum funcionário for pego transgredindo alguma norma será penalizado. A

média de tal questão foi de 5,39 com um desvio padrão de 1,379. Seu histograma

nos mostra que são poucos os que não acreditam ou pouco acreditam em punições.

Resumindo, as questões de 10 a 12 apresentaram uma média de 5,68 em

relação ao grau de concordância pertinente às questões, mostrando que boa parte

dos colaboradores acreditam na severidade de punição da organização estudada.

3.2.6 Crenças normativas

Este tópico buscou ter conhecimento sobre a cultura dos colaboradores dos

mais diferentes níveis hierárquicos referente à segurança de informação no que diz

respeito ao que os colaboradores percebem naqueles que os rodeiam e/ou chefiam,

sejam eles gerentes, inspetores, diretores etc..

Page 57: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

57

Questões de 13 a 18:

13. O banco acredita que seguir as políticas de segurança da informação é essencial para o sucesso dos negócios. 14. Os diretores do banco acreditam que seguir as políticas de segurança da informação é essencial para o sucesso dos negócios. 15. Os meus gerentes acreditam que seguir as políticas de segurança da informação é essencial para o sucesso dos negócios. 16. Os inspetores acreditam que seguir as políticas de segurança da informação é essencial para o sucesso dos negócios. 17. Os funcionários acreditam que seguir as políticas de segurança da informação é essencial para o sucesso dos negócios. 18. Os usuários acreditam que seguir as políticas de segurança da informação é essencial para o sucesso dos negócios.

Quadro 11 – Questões Sobre crenças Normativas. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Discordo

Totalmente

Concordo Totalmente

Quest

1 2 3 4 5 6 7 Média Desvio Padrão

Q13

- - - - - 2 37 6,95 0,2235

Q14

- - - - - 8 31 6,79 0,4091

Q15

- - - - - 10 29 6,74 0,4424

Q16

- - - - - 2 37 6,95 0,2235

Q17

- - - - 10 5 24 6,36 0,8732

Q18

- - - 3 5 10 21 6,26 0,9657

Total 6,68

Quadro 12 – Média e Desvio Padrão - Crenças Normativas. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

De acordo com as questões e com suas respostas, auxiliados pelo software

SPSS, gerando histogramas, podemos verificar melhor como os colaboradores

responderam cada uma das questões:

Page 58: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

58

Figura 08: Histogramas das questões Q13 – Q18. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Q13: Os colaboradores foram questionados se o banco em que trabalham

acredita que a segurança da informação é ponto chave para os negócios. Sua média

foi de 6,59 com um desvio padrão de 0,236. Seu histograma nos mostra que 37 dos

39 colaboradores acreditam em tal afirmação.

Q14: Nesta questão os colaboradores foram questionados se acreditam que

os diretores do banco possuem a crença de que a segurança da informação é vital

Page 59: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

59

para os negócios. Teve uma média de 6,82 e um desvio padrão de 0,382. O

histograma revela que 31 colaboradores acreditam em tal afirmação em grau

máximo de concordância.

Q15: Os colaboradores foram aqui questionados se acreditam que seus

gerentes creem que a segurança da informação é essencial para os negócios. Tal

questão teve uma média de 6,76 e um desvio padrão de 0,426. Seu histograma

mostra que apenas 29 colaboradores acreditam em tal afirmação em grau máximo

de concordância.

Q16: Nesta questão o que se buscou foi o quanto os colaboradores acreditam

que os inspetores acreditam que a segurança da informação é fundamental para os

negócios. Sua média foi de 6,97, seu desvio padrão foi de 0,169. Em grau máximo

de concordância, 37 colaboradores acreditam nesta afirmação.

Q17: Os colaboradores foram aqui questionados para ver em que grau

acreditam que a segurança da informação é essencial para os negócios. Sua média

foi de 6,36 com um desvio padrão de 0,8732. Seu histograma mostra que 24 dos 39

colaboradores concordam em grau máximo com tal afirmação.

Q18: Nesta questão, o objetivo era descobrir se os usuários acreditam que a

segurança da informação é importante para os negócios. Sua média foi de 6,26 com

um desvio padrão de 0,9657.

O histograma desta questão mostra que a maioria dos colaboradores (24)

acreditam que sim em grau máximo de concordância.

As questões de 13 a 18 apresentaram a média de 6,68, a maior deste

trabalho em relação ao grau de concordância.

Isso nos mostra que os colaboradores, quase em sua totalidade, realmente

acreditam que o banco e seus diretores, os gerentes e inspetores e os funcionários e

os usuários acreditam que as normas e políticas corporativas de segurança da

informação são importantes para os negócios da organização.

Page 60: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

60

3.2.7 Confiança nos pares

Neste tópico buscou-se a verificação de quanto os colaboradores usam e/ou

confiam em fontes de informação informal, e o quanto dão importância àquelas

informações consideradas confiáveis, procedentes de relatórios, notas ou outro meio

disponibilizado pela organização.

Questões de 19 a 21:

19. Confio mais em fontes de informação informal (por exemplo, colegas), do que confio em fontes formais (por exemplo, notas, relatórios). 20. Eu uso fontes de informação informal (por exemplo, colegas) extensivamente, embora fontes formais (por exemplo, notas, relatórios) existem e possuem credibilidade. 21. Uso fontes de informação informal (por exemplo, colegas) para verificar e melhorar a qualidade das fontes de informação formal (por exemplo, notas, relatórios).

Quadro 13 – Questões Sobre Comportamento dos Pares. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Discordo

Totalmente

Concordo Totalmente

Quest

1 2 3 4 5 6 7 Média Desvio Padrão

Q19

13 16 5 2 - 2 1 2,23 1,4593

Q20

15 15 4 2 - 2 1 2,15 1,4786

Q21

13 13 6 3 - 2 2 2,44 1,6669

Total 2,27

Quadro 14 – Média e Desvio Padrão - Comportamento dos Pares. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

De acordo com as questões e com suas respostas, auxiliados pelo software

SPSS, gerando histogramas, podemos verificar melhor como os colaboradores

responderam cada uma das questões:

Page 61: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

61

Figura 09: Histogramas das questões Q19 – Q21. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Q19: Nesta questão, o objetivo era saber se os colaboradores confiavam mais

em fontes de informação informal do que fontes de informação formais. A média

desta questão foi de 2,23 com um desvio padrão de 1,4593.

O histograma desta questão revela que grande parte das pessoas não

procura confiar em nada que é informal, mas ainda assim há pessoas que usam os

colegas de trabalho como fontes confiáveis de informação.

Q20: Nesta questão o foco era saber se os colaboradores fazem uso

extensivo de fontes de informação informal mesmo que existam fontes de

informação formais e com credibilidade. Sua média foi de 2,15 e seu desvio padrão

foi de 1,4786. Seu histograma mostra que grande parte dos colaboradores procura

não utilizar fontes informais de informação, preferindo as fontes com maior

credibilidade.

Page 62: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

62

Q21: Esta questão busca verificar se o colaborador utiliza fontes de

informação informal como forma de melhorar suas fontes de informação. Sua média

foi de 2,44 com um desvio padrão de 1,6669. Seu histograma mostra uma maior

parcela de colaboradores que prefere não proceder de tal forma.

A média destas questões foi de 2,27, ou seja, foram muitos os colaboradores

que afirmaram não buscar, utilizar e confiar em fontes informais de informação.

3.2.8 Conhecimento

Neste tópico o objetivo era buscar dos colaboradores respostas acerca de seu

grau de conhecimento sobre as normas e políticas de segurança de informação bem

como se buscam constantes atualizações sobre o tema, valendo as mesmas

perguntas para seus colegas e superiores.

Questões de 22 a 30:

22. O banco, constantemente informa aos funcionários sobre as políticas e normas da segurança da informação.

23. O banco, constantemente treina seus funcionários para agirem de acordo com as políticas e normas da segurança da informação.

24. O banco, constantemente mantém seus funcionários atualizados sobre as políticas e normas da segurança da informação.

25. Eu tenho total conhecimento sobre as políticas e normas de segurança da informação

26. Eu estou sempre atualizado sobre as últimas políticas e normas de segurança da informação

27. Meus superiores têm total conhecimento sobre as políticas e normas de segurança da informação 28. Meus superiores estão sempre atualizados sobre as últimas políticas e normas de segurança da informação.

29. Meus colegas têm total conhecimento sobre as políticas e normas de segurança da informação

30. Meus colegas estão sempre atualizados sobre as últimas políticas e normas de segurança da informação.

Quadro 15 – Questões Sobre Conhecimento. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Page 63: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

63

Discordo

Totalmente

Concordo Totalmente

Quest

1 2 3 4 5 6 7 Média Desvio Padrão

Q22

- - - - 1 18 20 6,49 0,5559

Q23

- - - 2 8 17 12 6,00 0,8584

Q24

- - - 1 4 18 16 6,26 0,7511

Q25

- - - 2 17 11 9 5,69 0,8931

Q26

- - - 1 13 14 11 5,90 0,8521

Q27

- - - - 5 23 11 6,15 0,6299

Q28

- - - - 7 19 13 6,15 0,7085

Q29

- - - 1 16 15 7 5,72 0,793

Q 30

- - - 1 10 21 7 5,87 0,732

Total 6,03

Quadro 16 – Média e Desvio Padrão-– Questões Sobre Conhecimento. Fonte: Elaborado pelo acadêmico

De acordo com as questões e com suas respostas, auxiliados pelo software

SPSS, gerando histogramas, podemos verificar melhor como os colaboradores

responderam cada uma das questões:

(continua)

Page 64: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

64

Figura 10: Histogramas das questões Q22 – Q30. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

(continuação)

Page 65: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

65

Q22: Esta questão possui como objetivo saber se o Banco informa de modo

constante seus colaboradores sobre suas políticas e normas corporativas de

segurança da informação. Sua média foi de 6,49 e seu desvio padrão foi de 0,5559.

Seu histograma nos mostra que é grande o grau de concordância dos colaboradores

em relação a esta prática da organização.

Q23: Nesta questão, os colaboradores foram questionados se o banco treina

seus funcionários para que procedam conforme suas políticas e normas de

segurança corporativa. Sua média foi de 6,00 e seu desvio padrão foi de 0,5854.

Seu histograma revela que o grau de concordância para tal afirmação é grande.

Q 24: Esta questão aqui é se o banco mantém de forma constante, seus

funcionários atualizados sobre sãs políticas e normas de segurança da informação.

Sua média foi de 6,26 e seu desvio padrão foi de 0,7511. Seu histograma mostra

que a maioria concorda com tal afirmação.

Q 25: Nesta questão, os colaboradores foram questionados sobre o grau de

conhecimento que possuem sobre as políticas e normas corporativas de segurança

da informação. Sua média foi de 5,69 e seu desvio padrão foi de 0,8931. Seu

histograma revela também que grande parte dos colaboradores não se julga

conhecedor ao extremo das normas e políticas de segurança da informação da

organização.

Q26: Esta questão buscou saber em que grau os colaboradores estão

atualizados em relação às políticas e normas corporativas de segurança da

informação. Sua média foi de 5,90 e seu desvio padrão foi de 0,8521. O histograma

desta questão mostra que há uma uniformidade entre os colaboradores que dizem

estar atualizados, mas não de modo total.

Q27: Esta questão buscou saber se os colaboradores acreditam que seus

superiores possuem total conhecimento das normas e políticas de segurança da

informação. Sua média foi de 6,15 com um desvio padrão de 0,6299. Seu

histograma mostra que 23 dos 39 colaboradores aceitam o penúltimo grau de

concordância.

Page 66: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

66

Q28: Nesta questão o que se buscou foi saber se os colaboradores acreditam

que seus superiores estão sempre atualizados sobre as políticas e normas de

segurança da informação. Sua média foi de 6,16 com um desvio padrão de 0,7085.

Seu histograma mostra que os colaboradores acreditam que seus superiores estão

atualizados, mas não totalmente.

Q29: Esta questão possui o objetivo de saber em que grau os colaboradores

acreditam que seus colegas tenham total conhecimento sobre as políticas e normas

corporativas de segurança da informação. Sua média foi de 5,72 com um desvio

padrão de 0,793. Seu histograma mostra que os colaboradores acreditam que seus

colegas tenham conhecimento das políticas e normas, mas não totalmente.

Q30: Esta questão buscou saber em que grau os colaboradores acreditam

que seus colegas estão se atualizando em relação às políticas e normas de

segurança da informação. Sua média foi de 5,87 e seu desvio padrão foi de 0,732. O

histograma desta questão mostra algo como a questão anterior onde seus colegas

não demonstram ter total conhecimento das normas e políticas de segurança da

informação.

Este grupo de questões apresentou uma média de 6,03, nos revelando que a

maioria dos colaboradores está com sua percepção próxima do grau máximo de

concordância.

Questões Médias Desvio Padrão

Informação Banco Q22 – Q29 6,25 0,68 Conhecimento Pessoas

Q25 – Q26 5,80 0,84

Conhecimento Superiores

Q27 – Q28 6,15 0,63

Conhecimento Pares Q20 – Q30 5,80 0,73

Quadro 17: Média e desvio das questões de 22 a 30. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Page 67: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

67

3.2.9 Atitude

Neste tópico o que se buscou foi definir a postura dos colaboradores quanto

ao seu modo de seguir as normas e políticas de segurança da informação e em que

grau acreditam que seus colegas e/ou superiores fazem o mesmo.

Questões de 31 a 36:

31. Eu percebo que sempre sigo as normas e políticas de segurança da informação. 32. Eu acredito que nunca violei nenhuma norma ou política de segurança da informação. 33. Eu percebo que meus superiores sempre seguem as normas e políticas de segurança da informação. 34. Eu acredito que meus superiores nunca violaram nenhuma norma ou política de segurança da informação. 35. Eu percebo que os outros funcionários sempre seguem as normas e políticas de segurança da informação. 36. Eu acredito que os outros funcionários nunca violaram nenhuma norma ou política de segurança da informação.

Quadro 18 – Questões Atitude. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Discordo

Totalmente

Concordo Totalmente

Quest

1 2 3 4 5 6 7 Média Desvio Padrão

Q31

- - - - 5 26 8 6,08 0,5797

Q32

- - - 2 19 7 11 5,69 0,9502

Q33

- - - 1 8 22 8 5,95 0,7236

Q34

1 - 1 8 13 6 10 5,31 1,3602

Q35

- - - - 13 19 7 5,85 0,7085

Q36

1 - - 3 14 12 9 5,59 1,1858

Total 5,74

Quadro 19 – Média e Desvio Padrão - Questões Atitude. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Page 68: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

68

De acordo com as questões e com suas respostas, auxiliados pelo software

SPSS, gerando histogramas, podemos verificar melhor como os colaboradores

responderam cada uma das questões:

Figura 11: Histogramas das questões Q31 – Q36. Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Page 69: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

69

Q31: Nesta questão o objetivo era perceber o grau em que os colaboradores

seguem as políticas e normas corporativas de segurança da informação. Sua média

foi de 6,08 e seu desvio padrão foi de 0,5797. Seu histograma mostra que, de modo

geral, os colaboradores seguem as normas e políticas de segurança da informação.

Q32: esta questão busca identificar se os colaboradores nunca violaram as

regras e/ou normas de segurança da informação. Sua média foi de 5,69 e seu

desvio padrão foi de 0,9502. Seu histograma mostra um equilíbrio entre as respostas

de maior concordância, ou seja do número 4 ao 7.

Q33: Nesta questão, os colaboradores foram questionados em relação à sua

percepção quanto aos seus superiores e se estes sempre seguem as normas e/ou

políticas de segurança da informação. Sua média foi de 5,95 e seu desvio padrão foi

de 0,7236. Seu histograma uma situação mediana, ou seja, o grau de concordância

dos colaboradores em relação a esta questão está a partir do número 4.

Q34: Esta questão buscou saber o quanto os colaboradores acreditam que

seus superiores nunca violaram nenhuma regre de política e/ou segurança da

informação. Sua média foi de 5,31 e seu desvio padrão foi de 1,3602. Seu

histograma mostra muitas opiniões diferentes em grau de concordância.

Q35: Esta questão buscou saber o quanto que os colaboradores percebem

que os outros funcionários seguem as normas e/ou políticas de segurança da

informação. Sua média foi de 5,85 e seu desvio padrão foi de 0,7085.

Q36: Tal questão tinha por objetivo saber em que grau os colaboradores

percebem que os outros funcionários nunca violaram nenhuma regra e/ou política de

segurança da informação. Sua média foi de 5,59 e seu desvio padrão foi de 1,1858.

Resumindo, as questões deste grupo obtiveram a média de 5,74. Uma

concordância menos expressiva do que a do grupo anterior, porém muitos

colaboradores acreditam perceber uma boa atuação de seus superiores e colegas

em relação às normas e políticas corporativas de segurança da informação.

Page 70: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

70

Atitude Média Desvio Padrão

Atitude Pessoal 5,88 0,7 Atitude Colegas 5,71 0,86 Atitude Superiores 5,62 0,96

Quadro 20: Média e desvio padrão das questões de atitude quanto pessoal, colegas e superiores.

Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

Com artigo desenvolvido por Beck e Santos (2010) é possível realizar

algumas comparações com o artigo destes autores e o presente trabalho verificando

a tabela abaixo:

DIMENSÃO ESTA PESQUISA BECK E SANTOS

Comportamento 2,88(reversa) = 5,12 n/d Certeza Detecção 5,66 5,43 Severidade Punição 5,68 5,1 Crenças Normativas 6,68 6,16 Confiança nos Pares 2,77 (reversa) = 5,73 n/d Conhecimento 6,03 n/d Atitude 5,74 6,10

Tabela 01: Comparação desta pesquisa com artigo Beck e Santos (2010). Fonte: Elaborado pelo acadêmico.

A comparação é apenas uma forma de discutir os resultados, pois as

organizações são diferentes. Apesar das diferenças nas organizações, Beck e

Santos (2010) afirmam que a segurança da informação auxilia na alavancagem das

competências empresariais.

Um ponto comum entre as organizações comparadas na tabela acima é que,

de todas as ameaças que uma organização pode ter, o comportamento humano

parece ser o mais difícil de gerenciar (Beck e Santos, 2010).

As empresas investem muito dinheiro em tecnologias e sistemas para a

proteção de seus ativos, mas um funcionário mal intencionado ou até mesmo mal

treinado pode tornar tais medidas ineficientes (Beck e Santos, 2010).

Em relação aos resultados da pesquisa desenvolvida por Beck e Santos e os

resultados desta pesquisa, foram traçados alguns pontos em comum, destacando os

seguintes:

Page 71: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

71

Comportamento: Percepção do indivíduo com relação a sua habilidade em

realizar uma determinada tarefa. Quanto melhor for a avaliação pessoal de

um indivíduo de como é seu desempenho em realizar determinada tarefa,

melhor será sua propensão em realizá-la.

Certeza de detecção: Percepção do indivíduo de que está sendo

observado/monitorado. A existência de um monitoramento de ações com a

possibilidade de penalização a quem desrespeita normas e procedimentos

internos faz com que o colaborador tenha mais cuidado no seu proceder.

Confiança nos pares: Percepção do indivíduo com relação ao

comportamento e as ações de seus pares.

Crenças normativas: Percepção do indivíduo sobre a opinião de seus pares

sobre o seu comportamento.

Severidade de punição: À medida que a punição aumenta o indivíduo se

sente menos inclinado a praticar um ato transgressivo em relação às normas

corporativas de segurança da informação.

Page 72: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

72

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após analisar os dados da pesquisa, algumas considerações sobre a

implicação teórica e prática dos resultados obtidos são apresentados neste capítulo.

A pesquisa permitiu perceber que os colaboradores, em sua maioria,

acreditam trabalhar do modo que julgam ser correto e o quão importante que sua

índole seja positiva, fazendo com que suas atitudes sejam seguras naturalmente.

Pressões exageradas e punições sem motivos geram desconforto e

desconfiança por parte dos funcionários, por isso é muito importante adequar às

normas corporativas de segurança da informação aos propósitos, visão, valores e

cultura existentes na organização, criando um ciclo transparente da informação e

uma reação em cadeia benéfica a todos agentes organizacionais.

A informação deve sempre ter o tratamento que merece: absolutamente

cuidado total.

4.1 Implicações Teóricas

Estudos referentes à segurança da informação apresentam conteúdos muito

técnicos e a pesquisa demonstrou que os aspectos culturais também são muito

importantes e influentes, devendo ser melhor estudados pois as variáveis culturais

dos indivíduos e da organização interferem diretamente nas ações tomadas por

estes.

A pesquisa apresentou limites, não como o total anonimato dos pesquisados

que pode prejudicar as respostas, pois os mesmos temem sofrer punições por expor

assuntos referentes à segurança da informação. Outro limite da pesquisa foi quanto

à população questionada, não generalizada, estudos com outros métodos e maior

população, devem ser realizados.

Page 73: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

73

4.2 Implicações Práticas

Investimentos na cultura da segurança da informação tornam-se cada vez

mais necessários e constantes.

Setores operacionais percebem a segurança da informação como algo mais

distante da realidade com relação às outras áreas, sugere-se uma proximidade

maior do setor ao assunto, uma vez que a área operacional está exposta a grandes

riscos.

Com base nos resultados obtidos pode-se sugerir para a empresa, um maior

investimento na questão cultural dos colaboradores e da organização,

acompanhamento das normas e políticas para verificar se as mesmas estão sendo

cumpridas, assim como incentivar e reeducar os colaboradores a fazer as coisas do

modo mais seguro possível visando de modo principal proteger-se, não causando

prejuízos (financeiros ou não) para qualquer uma das partes – a organização e os

clientes.

Page 74: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

74

REFERÊNCIAS AURÉLIO, Dicionário. 2010 Disponível em HTTP <://www.dicionariodoaurelio.com/> acesso em 01 Abr 2010

ALBERTIN, Alberto Luiz. Tecnologia da informação. 1. ed. São Paulo; Editora Atlas, 2004. ALCADIPANI, Rafael; CRUBELLATE, João Marcelo. Cultura organizacional: generalizações improváveis e conceituações imprecisas. ERA, v.43, n.2, Maio, 2002. BEAL, Adriana. A segurança da informação: princípios e melhores práticas para a proteção de ativos de informação nas organizações. São Paulo: Atlas , 2005.

BECK, Fabricio; SANTOS, André Moraes. Avaliando a cultura da segurança da informação: o caso de uma organização industrial. 2010. ANPAD, Rio de Janeiro.

CELENT. IT Spending in Financial Services: A Global Perspective. CELENT, 27 jan. 2011. Disponível em http://www.celent.com/124_3446.htm, acesso em 04 abr. 2011. EARL, Michael J. Todo negócio diz respeito a informações. In: Marchandt, T. Davenpont, T. H. Dominando a gestão da informação, POA: Bookman 2004. FEBRABAN, Federação Brasileira de Bancos. 2009. Disponível em <http://www.febraban.org.br/Noticias1.asp?id_texto=662&id_pagina=59&palavra=> acesso em 01 Mar 2010. FLEURY, Maria Tereza Leme; SHINYASHIKI, Gilberto; STEVANATO, Luiz Arnaldo. Entre a antropologia e a psicanálise: dilemas metodológicos dos estudos sobre a cultura organizacional. Revista de Administração, São Paulo, v.32, n.1, p.23-37, janeiro-março 1997. FLEURY, Maria Tereza Leme; SILVA, Sandro Márcio da. Aspectos culturais do uso de tecnologias de informação em pesquisa acadêmica. Revista de administração, São Paulo, v.35, n.2, p.19-29, abril/junho 2000. GARTNER. Gartner Says Media Tablets Help Drive Worldwide IT Spending Up 5.6 Percent in 2011. Gartner research consulting, 30 mar. 2011. Disponível em http://www.gartner.com/it/page.jsp?id=1610914, acesso em 04 abr. 2011. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2007.

IBM. A empresa do futuro. 2008. Disponível em <HTTP://ibm.com/enterpriseofthefuture>, acesso em 18 abr. 2011. IMONIANA, Joshua Onome. Auditoria de sistemas de informação. São Paulo: Atlas, 2005.

Page 75: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

75

JOHANN, Sílvio Luiz. Gestão da cultura corporativa. 1. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. MACHADO, Hilka Vier. Identidade organizacional: um estudo de caso no contexto da cultura brasileira. RAE-eletrônica, v.4, n.1, Art 12, jan./jul. 2005, disponível em http://www.rae.combr/eletronica/index.cfm?FuseAction=Artigo&ID=2029&Secao=FOR.GEST.B&Volume=4&Numero+1&Ano=2005. MORGAN, Gareth. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.

MOTTA, Fernando C. P. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Editora Thomson, 2006. O`BRIEN, James A; MARAKASS, George M. Administração de sistemas de infromação: uma introdução. São Paulo: MCGRAW-HILL, 2006. PEREIRA, Júlio Cesar Rodrigues. Análise de dados qualitativos: estratégias metodológicas para as ciências da saúde, humanas e sociais. 2. ed. São Paulo; EDUSP – Editora da universidade de São Paulo, 1999. POLLONI, Enrico G. F. Sistemas de informação. 1. ed. São Paulo: Editora Futura, 2000. REZENDE, Denis Alcides. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. 3. ed . São Paulo: Atlas, 2003.

RICHARDSON, Roberto Jarry e colaboradores. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999. ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999. SAVIANI, José R. O analista de negócios e da informação. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998. SÊMOLA, Marcos. Gestão da segurança da informação: uma visão executiva. São Paulo: Campus Elsevier, 2002.

SCHEIN, Edgar H., Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas, 2009. SORIANO, Humberto Lima. Análise de estruturas: Método das forcas e método do deslocamento. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2004.

TURBAN, Efrain; LEIDNER, D.; MCLENA, E.;WHETERBE, J. Tecnologia da informação para a gestão: transformando os negócios na economia digital. Porto Alegre: Bookman, 2010. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005.

Page 76: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

76

VERGARA, Silva. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3ed. São Paulo: Atlas, 1998. WOOD JR., Thomaz; CALDAS, Miguel P. Antropofagia organizacional. Revista de administração de empresas. São Paulo, v.38, n.4, p.6-17, out./dez. 1998.

Page 77: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

77

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS COLABORADORES

Instruções

Considere sua atividade profissional. Após ler cada questão, indique o quanto você concorda ou

discorda da AFIRMAÇÃO. Assinale um valor entre 1 e 7, sendo 1 o grau máximo de discordância e 7 o

grau máximo de concordância.

Dados de identificação:

Trabalho na empresa há: _________ ano(s).

Cargo: (O)Operacional (T)Tático (E)Estratégico

Discordo

Totalmente

Concordo

Totalmente

COMPORTAMENTO

1. No dia-a-dia, percebo que é preferível emprestar a senha para outro

colega realizar uma operação para um cliente do que deixar o cliente

insatisfeito.

1 2 3 4 5 6 7

2. No dia-a-dia, percebo que não há necessidade de travar gavetas e

terminais quando a ausência é por um período curto de tempo. 1 2 3 4 5 6 7

3. No dia-a-dia, percebo que é preferível anotar uma nova senha até

memorizá-la por completo do que esquecer a mesma. 1 2 3 4 5 6 7

4. No dia-a-dia, percebo que quando o cliente é alguém conhecido,

informar dados da conta por telefone é algo que pode ser realizado. 1 2 3 4 5 6 7

5 .No meu ambiente de trabalho, percebo que quando temos experiência

na função, podemos ser mais flexíveis com as normas de segurança. 1 2 3 4 5 6 7

CERTEZA DE DETECÇÃO

6. Se alguma norma de segurança da informação for violada, o banco

saberá. 1 2 3 4 5 6 7

7. Se eu violar uma norma de segurança da informação eu provavelmente

serei pego. 1 2 3 4 5 6 7

8. O banco monitora constantemente todas as atividades dos funcionários. 1 2 3 4 5 6 7

9. Qualquer atitude que viole a segurança da informação será

imediatamente descoberta. 1 2 3 4 5 6 7

Page 78: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

78

SEVERIDADE DE PUNIÇÃO

10. O Banco penaliza os empregados que transgridem as normas de

segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

11. O banco demite os empregados que repetidamente não obedecem as

regras de segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

12. Se algum funcionário for pego violando uma norma de segurança da

informação ele será severamente penalizado. 1 2 3 4 5 6 7

CRENÇAS NORMATIVAS

13. O banco acredita que seguir as políticas de segurança da informação é

essencial para o sucesso dos negócios. 1 2 3 4 5 6 7

14. Os diretores do banco acreditam que seguir as políticas de segurança

da informação é essencial para o sucesso dos negócios. 1 2 3 4 5 6 7

15. Os meus gerentes acreditam que seguir as políticas de segurança da

informação é essencial para o sucesso dos negócios. 1 2 3 4 5 6 7

16. Os inspetores acreditam que seguir as políticas de segurança da

informação é essencial para o sucesso dos negócios. 1 2 3 4 5 6 7

17. Os funcionários acreditam que seguir as políticas de segurança da

informação é essencial para o sucesso dos negócios. 1 2 3 4 5 6 7

18. Os usuários acreditam que seguir as políticas de segurança da

informação é essencial para o sucesso dos negócios. 1 2 3 4 5 6 7

CONFIANÇA NOS PARES

19. Confio mais em fontes de informação informal (por exemplo, colegas),

do que confio em fontes formais (por exemplo, notas, relatórios). 1 2 3 4 5 6 7

20. Eu uso fontes de informação informal (por exemplo, colegas)

extensivamente, embora fontes formais (por exemplo, notas, relatórios)

existem e possuem credibilidade.

1 2 3 4 5 6 7

21. Uso fontes de informação informal (por exemplo, colegas) para

verificar e melhorar a qualidade das fontes de informação formal (por

exemplo, notas, relatórios).

1 2 3 4 5 6 7

CONHECIMENTO

22. O banco, constantemente informa aos funcionários sobre as políticas e

normas da segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

23. O banco, constantemente treina seus funcionários para agirem de

acordo com as políticas e normas da segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

24. O banco, constantemente mantém seus funcionários atualizados sobre 1 2 3 4 5 6 7

Page 79: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

79

as políticas e normas da segurança da informação.

25. Eu tenho total conhecimento sobre as políticas e normas de segurança

da informação 1 2 3 4 5 6 7

26. Eu estou sempre atualizado sobre as últimas políticas e normas de

segurança da informação 1 2 3 4 5 6 7

27. Meus superiores têm total conhecimento sobre as políticas e normas

de segurança da informação 1 2 3 4 5 6 7

28. Meus superiores estão sempre atualizados sobre as últimas políticas e

normas de segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

29. Meus colegas têm total conhecimento sobre as políticas e normas de

segurança da informação 1 2 3 4 5 6 7

30. Meus colegas estão sempre atualizados sobre as últimas políticas e

normas de segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

ATITUDE

31. Eu percebo que sempre sigo as normas e políticas de segurança da

informação. 1 2 3 4 5 6 7

32. Eu acredito que nunca violei nenhuma norma ou política de segurança

da informação. 1 2 3 4 5 6 7

33. Eu percebo que meus superiores sempre seguem as normas e políticas

de segurança da informação 1 2 3 4 5 6 7

34. Eu acredito que meus superiores nunca violaram nenhuma norma ou

política de segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

35. Eu percebo que os outros funcionários sempre seguem as normas e

políticas de segurança da informação 1 2 3 4 5 6 7

36. Eu acredito que os outros funcionários nunca violaram nenhuma norma

ou política de segurança da informação. 1 2 3 4 5 6 7

Page 80: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

80

Declaração

A Organização cedente de estágio Banco Bradesco S. A. declara, para devido fins,

que o estagiário Rafael Motta, aluno do curso de Administração do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, de 01/04/2011 a 25/10/2011, cumpriu a carga horária prevista para o

período de 240 horas, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de

Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 26 de Setembro de 2011

_______________________________

Ivo Hoepers

Page 81: CULTURA DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO EM UMA …siaibib01.univali.br/pdf/Rafael Motta.pdf · 2013-07-26 · mim dois grandes exemplos de ... Nome e cargo do orientador de campo ...

81

FOLHA ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

_______________________________________________

Rafael Motta

Estagiário

_______________________________________________

Ivo Hoepers

Supervisor de campo

_______________________________________________

André Moraes dos Santos

Supervisor de estágio

_______________________________________________

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos estágios em Administração