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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JOÃO RICARDO BADOTTI SARAIVA ESTUDO PARA IMPLANTAR UM SISTEMA DE PCP NA CONSTRUÇÃO CIVIL BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

JOÃO RICARDO BADOTTI SARAIVA

ESTUDO PARA IMPLANTAR UM SISTEMA DE PCP NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ESTUDO PARA IMPLANTAR UM SISTEMA DE PCP NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Monografia apresentada como requisito

parcial para a obtenção do título de

bacharel em Administração – Ênfase em

Gestão Empreendedora, na Universidade

do Vale do Itajaí Centro de Educação de

Balneário Camboriú.

Orientador – MSc. Roberto Hering

Balneário Camboriú

2009

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Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do titulo de Bacharel em

Administração e aprovada pelo curso de Administração - Ênfase em Gestão Empreendedora da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de concentração: Produção.

Balneário Camboriú 01 de Dezembro de 2009

Prof. MSC. Roberto Hering

Orientador

Prof. Msc.

Avaliador (a)

Prof. Msc.

Avaliador (a)

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário: João Ricardo Badotti Saraiva Área de Estágio: Produção Professor responsável pelos os estágios: MSc. Lorena Schröder Supervisor da empresa: Osmundo Moisa Saraiva Professor orientador: MSc. Roberto Hering

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: O M S Construções ltda. Endereço: Rua 1536 n 60 sala 1201 Setor de Desenvolvimento do Estágio: setor de produção. Duração do Estágio: 240 horas. Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Osmundo Moisa Saraiva. Carimbo e CNPJ da Empresa: 03. 779.200/0001-82.

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriu, de de 2009.

A Empresa , pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí — UNIVALI, a divulgar os

dados do relatório de conclusão de estágio executado durante o estágio curricular

obrigatório, pelo acadêmico

Responsável pela Empresa

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RESUMO

Nas empresas de hoje existe a necessidade de controle de sua produção.

Nesta pesquisa delimitou-se a concepção de um projeto de controle de

produção para a empresa OMS Construções Ltda, que teve como objetivo

principal propor a diretoria da empresa, a implantação de um PCP – Projeto de

Controle de Produção, para o controle das suas atividades e de produção. Para

levantamento de dados foram usados os seguintes instrumentos: a observação

direta, fazendo-se anotações sobre o processo de produção no interior do

canteiro de obras da construtora. E fazendo-se uso de documentos da

empresa. As observações foram analisadas qualitativamente. Os resultados

foram satisfatórios, o acadêmico através de suas observações diretas e através

de documentos cedidos pela a empresa obteve informações valiosas para a

implementação do seu projeto. A conclusão a que se chegou foi à importância

de um projeto de controle de produção dentro da empresa.

PALAVRAS-CHAVE: produção, controle, projeto.

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Abstract

Production control is a must in today´s corporate business world. This study

focuses on the conception of a production control Project for OMS Construções

Ltda, whose main objective was to present to the company´s board the

implantation of a PCP – Production Control Project. The data gathering process

involved the following instruments: direct observation, notes about the

production process inside the company´s construction site as well as analysis of

the company´s documents. The observations were examined from a qualitative

point of view. The results were satisfactory. Through his direct observations as

well as through documents made available by the company, the student

reached valiable information to his project implementation. The conclusion

reached highlights the importance of a production control project within the

company.

KEY WORDS: production, control, project.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9

1.1 TEMA DE ESTÁGIO ......................................................................................................... 9

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................................... 10

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ........................................................................................... 10

1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 10

1.3.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 10

1.4 JUSTIFICATIVA DO PROBLEMA ................................................................................ 10

1.5 CONTEXTUALIZAÇÃO DO AMBIENTE DE ESTÁGIO ............................................ 11

1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................ 11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 12

2.1 ADMINISTRAÇÃO GERAL ........................................................................................... 12

2.1.1 Recursos Humanos .......................................................................................................... 13

2.1.2 Marketing ........................................................................................................................ 13

2.1.3 Finanças........................................................................................................................... 15

2.1.4 Compras .......................................................................................................................... 16

2.2 ADMINSTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ............................................................................. 17

2.3 JUST IN TIME .................................................................................................................. 18

2.3.1 Características do Just In Time ....................................................................................... 19

2.3.2 Objetivos do Just In Time ............................................................................................... 19

2.4 KANBAN .......................................................................................................................... 20

2.5 CONTROLE DE QUALIDADE ....................................................................................... 21

2.6 FLUXOGRAMA ............................................................................................................... 22

2.7 PROJETO .......................................................................................................................... 22

2.7.1 Escopo do Projeto ........................................................................................................... 23

2.7.2 Gerente do Projeto........................................................................................................... 23

2.7.3 Planejamento de Projeto .................................................................................................. 24

2.7.4 Níveis de planejamento ................................................................................................... 25

2.7.5 Limitações à Tarefa de Planejamento ............................................................................. 25

2.8 PROJETO DE PRODUÇÃO ............................................................................................. 26

2.8.1 Opções de projeto ............................................................................................................ 26

2.8.2 Ciclo de vida do Projeto .................................................................................................. 27

2.8.3 Elementos de um Projeto ................................................................................................ 28

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2.9 PROPOSIÇÃO DE PROJETO .......................................................................................... 29

2.9.1 Tipos de Projeto .............................................................................................................. 30

2.9.2 Gerenciamento de Projetos ............................................................................................. 30

2.9.3 Métodos de Gerenciamento............................................................................................. 32

2.9.4 Foco de Gerenciamento do Projeto ................................................................................. 33

2.9.5 Características do Projeto ................................................................................................ 33

2.9.5.1GRÁFICO DE GANTT NO MS PROJECT ............................................................ 34

2.9.6 Duração de Tarefas ......................................................................................................... 34

2.9.6.1ORGANIZAÇÃO DAS FASES DAS TAREFAS .................................................... 34

2.9.6.2HIERARQUIA DE TAREFAS ................................................................................... 35

2.9.6.3VÍNCULO DE TAREFAS .......................................................................................... 35

2.9.6.4PONTOS PRINCIPAIS DAS TAREFAS ................................................................ 36

2.10 RECURSOS DA TAREFA ............................................................................................... 37

2.10.1 Definição .................................................................................................................. 37

2.10.2 Configurações de Recursos ...................................................................................... 37

2.10.3 Configuração de Recursos de Pessoas ..................................................................... 38

2.10.4 Configuração re Recursos de Equipamentos ........................................................... 38

2.10.5 Configuração de Recursos de Custos ....................................................................... 39

2.10.6 Planilha do Recurso ................................................................................................. 39

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ..................................................................................... 40

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................................... 40

3.2 SUJEITO DO ESTUDO .................................................................................................... 40

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA .................................................................................... 41

3.4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 41

3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ........................................................................................ 42

4 RELATÓRIO ..................................................................................................................... 48

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 49

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS .................................................................................... 50

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho relata experiências vivenciadas no estágio supervisionado

componente curricular obrigatório para a conclusão do curso de administração

(habilitação gestão empreendedora), oferecido pela Universidade do Vale do Itajaí-

UNIVALI. Teve início com a elaboração de um projeto apresentado no decorrer do

curso, cuja problemática foi evidenciada pelo atraso na execução dos serviços na

construtora que trouxeram evidências que me possibilitou justificar a escolha do

tema. Através de observações mais detalhadas dentro do canteiro de obras da

construtora foram levantadas algumas possibilidades de melhor aproveitamento do

tempo, dos recursos materiais e de recursos financeiros e humanos. O que motivou

o autor pelo tema: estudo para implantar um sistema de PCP (projeto de controle de

produção) na construção civil. Estes três detalhes acima mencionados são

fundamentais para a construção civil, pois na construção de um edifício de

apartamentos tem-se uma data de inicio e uma de termino estipuladas a serem

cumpridas. Após estas datas alem dos prejuízos por causa do termino fora do prazo

que se geram multas por parte de órgãos municipais, ha também a questão de

atrasos na entrega dos apartamentos aos compradores, atrasos também nas vendas

das demais unidades restantes.

1.1 TEMA DE ESTÁGIO

Estudo para implantar um sistema de PCP (projeto de controle de produção)

na construção civil.

Na construção civil se faz necessário a implantação de um projeto de

controle de produção, para o controle de desperdício de materiais, a implantação

deste projeto é importante para a construtora, pois evita o desperdício de materiais

através de controle na execução de sua obra. Contribuindo para a diminuição na

produção de entulhos (restos de materiais de obras), com a diminuição de gastos

com energia elétrica, contribui com o aumento da qualidade dos produtos da

construtora. E sendo assim gera um aumento na riqueza da região com o

aquecimento nas vendas no mercado local.

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1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Durante o período de estágio foi observado atrasos na programação da

construtora, e para isso usamos a seguinte questão: Como controlar um projeto de

execução na construção civil?

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.3.1 Objetivo Geral

O objetivo da pesquisa é propor a empresa à implantação de um PCP

(projeto de controle de produção) para acompanhar, fiscalizar e controlar os serviços

de mão-de-obra, o uso correto da matéria prima, Para um melhor aproveitamento na

execução da produção de seus produtos.

1.3.2 Objetivos Específicos

a) Levantar as fases de execução;

b) Determinar o tempo para a execução do projeto;

c) Verificar os recursos necessários para a execução do

projeto;

d) Fazer o uso correto do PCP.

1.4 JUSTIFICATIVA DO PROBLEMA

O projeto ora apresentado consiste numa breve discrição que será

desenvolvida no estágio supervisionado, componente curricular obrigatório para a

conclusão do curso de administração. (ênfase em gestão empreendedora), oferecido

pela Universidade do Vale do Itajaí- UNIVALI.

O acadêmico irá propor a diretoria da construtora na qual esta

concluindo o período de estágio, a implantação de um projeto de controle de

produção (PCP). Pois através de observações mais detalhadas percebeu atrasos na

produção da construtora, conseqüentemente o prazo estabelecido será ultrapassado

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e sendo assim prejudicara vendas futuras. Por isso é importante a implantação de

um PCP para melhor controle de produção.

1.5 CONTEXTUALIZAÇÃO DO AMBIENTE DE ESTÁGIO

A empresa OMS CONSTRUÇÕES LTDA. Denominada micro empresa, foi

fundada por seus sócios Sr. Osmundo Moisa Saraiva e Sra. Ivone Badotti Saraiva.

No ano de 1999, na cidade de Balneário Camboriú, inicialmente passaram a

construir casas geminadas e sobrados. No ano de 2002 construiu o seu primeiro de

outros nove edifícios. Seu escritório localiza-se na Rua 1536 numero 60, sala

comercial 1201 no 12º andar do Centro Empresarial Ônix. Com um escritório de

aproximadamente de 98 metros quadrados. E também tem sociedade com a

corretora SCI (sociedade catarinense de investimentos) a qual é responsável pela a

venda de seus imóveis. Seus produtos são edifícios comerciais e residenciais. O seu

quadro de funcionários conta com vinte e três pessoas, sendo que vinte no canteiro

de obras e três na parte administrativa.

1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O trabalho está dividido em introdução relata o que o autor percebeu a

necessidade da implantação de um PCP na construtora o que levou ele a escolha do

tema. No tema é o titulo do trabalho, a importância dele para a sociedade. Nos

problemas um pequeno texto e o titulo do trabalho em forma de um problema. No

objetivo geral consta a proposta a ser apresentada da implantação de um PCP na

firma. No específico está descrita a atividade para chegar ao objetivo geral. Na

justificativa esta descrita à intenção do autor de propor a construtora de implantar um

PCP. E na contextualização um breve histórico da firma.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ADMINISTRAÇÃO GERAL

Conforme Razzolini (2005) Administração é um misto de ciência, técnica e

arte. Usualmente pode ser sintetizada em algumas funções, quais sejam: prever,

planejar, agir, dirigir e controlar.

Etimologicamente, a palavra tem sua origem no latim (ad, tendência, direção

para; e minister, subordinação ou obediência, aquele que serve ou ministra)

significando subordinação e serviço; poder-se-ia dizer ―para servir‖, ou um serviço

que se presta a outro. Portanto a administração é uma atividade de natureza

complexa que envolve a conjugação dos esforços das pessoas, dentro das

organizações, para que se atinjam os objetivos estabelecidos para a organização, ao

mesmo tempo em que se satisfazem as necessidades humanas.

De acordo com Chiavenato (1999) a administração, tal como a encontramos

hoje, é o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa de numerosos

precursores, filósofos, físicos, economistas, estadistas, e empresários que, no

decorrer dos tempos, foram cada qual no seu campo de atividades, desenvolvendo e

divulgando suas obras e teorias.

Somente a partir do século XX a Administração passou fases de

desenvolvimento de notável pujança e inovação. No final do século XIX a sociedade

era diferente: as organizações eram poucas e pequenas, predominavam as

pequenas oficinas, os artesões independentes, as pequenas escolas, os

profissionais autônomos (os médicos, os advogados que trabalhavam por conta

própria), o lavrador, o armazém da esquina etc.

Conforme Bernardi (2003) os modelos atuais de administração tendem a ser

mais voltados ao resgate do homem integral, da iniciativa, da criatividade e da

flexibilidade organizacional. Alem disso dadas as necessidades empresariais atuais,

o abandono gradativo das organizações verticais e piramidais rígidas é notório;

formas matriciais, horizontais e agrupamento por atividades e projetos que estão

surgindo e cada vez mais aplicadas com bons resultados.

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2.1.1 Recursos Humanos

Segundo Bernardi (2003) mais do que qualquer outro recurso da empresa,

as pessoas são um patrimônio essencial,pois tudo iniciam, desenvolvem e

concluem, portanto são responsáveis pelo desempenho da empresa. O

desempenho, o interesse, a participação e a produtividade desse recurso é fator de

vital importância para que a empresa possa ser bem- sucedida, com a qualidade do

atendimento, de seus produtos, dos prazos de entrega, de custos competitivos e, por

conseqüência, da rentabilidade dos negócios. A chave para um processo sadio e

eficiente de motivação, produtividade e qualidade começa com a escolha correta e

coerente dos funcionários, no treinamento que se propicia, na motivação, na fiel e

justa avaliação de desempenho, na transparência das relações, na valorização

profissional e pessoal, nas perspectivas, no ambiente bom de trabalho, nas

condições de trabalho.

Conforme Davis (2001) os administradores atuais enfrentam rápidas

mudanças e, freqüentemente, ambientes imprevisíveis. Reestruturação corporativa

em larga escala, dispensas temporárias e fusões de aquisições indicam que os

atuais gerentes devem identificar novas maneiras de produzir mais com menos

trabalhadores, e reduzir as camadas organizacionais enxutas e de médio porte¨tem

tido como resultado um subproduto inesperado: um acentuado declínio de

percepção em relação a lealdade entre os empregados e a organização.

Chase (2006) relata que o segmento dos recursos humanos (RH) contém o

conjunto completo de capabilidades necessárias para administrar, programar,

efetuar pagamentos e empregar as pessoas que movimenta a empresa. Contem a

folha de pagamentos, a administração dos benefícios, a administração dos dados

dos candidatos, o planejamento da mão-de-obra, planejamento de horários e turnos,

a administração do tempo e a contabilidade das despesas.

2.1.2 Marketing

Segundo Rocha (2005) a definição de marketing baseia-se nos seguintes

conceitos centrais: Necessidades desejos e demandas; produtos (bens, serviços e

idéias); valor; custo e satisfação; troca e transações; relacionamentos e redes;

mercados; e empresas e consumidores potenciais.

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Conforme Rocha (2005) marketing não é apenas muito mais amplo do que

a venda. Envolve a orientação de toda a empresa para a satisfação do consumidor

em um ambiente competitivo. Em outras palavras, a estratégia de marketing requer

muita atenção com consumidores e concorrentes. Vale assinalar que, em mercados

cada vez mais competitivos e dinâmicos, as empresas ou organizações com mais

possibilidades de vencer são aquelas sensíveis a expectativas, desejos e

necessidades. E ainda, que se engrenaram para melhor satisfazer seus clientes do

que seus competidores.

Segundo Kotabe (2005) marketing é, essencialmente, uma atividade

corporativa que envolve o planejamento e a execução da concepção, determinação

de preço, promoção distribuição de idéias, produtos e serviços em uma troca que

não apenas satisfaz ás necessidades atuais dos consumidores, mas também,

antecipa e cria suas necessidades futuras com determinado lucro.

Conforme Minadeo (2005) marketing pode se compreendido como uma

orientação da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da

organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado

visado, e adaptar-se para promover as satisfações desejadas de forma mais eficaz

que os seus concorrentes. Assim, o papel de marketing é conquistar e manter

clientes Critérios Centrais do Marketing.

Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos

obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de

valor com outro. KOTLER (2005).

―Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, custo, planejamento, e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de empresas e indivíduos‖.ROCHA (1987).

Necessidades,

Desejos e demandas Produtos

(Bens, Serviços

e idéias)

Valor, Custo e

Satisfação

Troca e Transações

Relacionamento e

Redes Mercado

Empresas e

consumidores

potenciais

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Conforme Razzolini (2005) marketing institucional é uma área criada co a

finalidade de transmitir à sociedade uma imagem positiva da organização. Esta

imagem positiva facilita a aceitação da empresa ou entidade pela sociedade, e

negociações com o governo, podendo pode influenciar no bom desempenho das

vendas, entre outros fatores positivos. As organizações que possuem agilidade e

visão, para captarem tendências de mercado também podem se beneficiar deste

setor, no momento das negociações.

2.1.3 Finanças

Conforme Keeling (2002) quando forem proposto o escopo e os objetivos do

projeto, é possível considerar quais recursos serão necessários, onde e como estes

serão melhor obtidos e quanto custarão. Este é o prelúdio para um plano mais

abrangente de recursos. A primeira estimativa normalmente é feita durante o estudo

de viabilidade. Ela levara em consideração a maioria das prováveis decisões sobre

maneiras, meios, métodos de operação, disponibilidade e fonte de abastecimento,

as vantagens relativas de maquinários dispendiosas em relação ao conteúdo da

mão-de-obra assim por diante.

Segundo Young (2008) o controle de gastos é importante em todas as

organizações, ainda que muitas não meçam nem monitorem os custos de seus

projetos comerciais. A elevada proporção desses custos muitas vezes esta

associada aos recursos usados, e esses são considerados como parte dos custos

operacionais do negócio. Controlar seu projeto não tem que ver simplesmente com

controlar os esforços e os resultados do trabalho, mas envolver a medição dos

custos.

De acordo com Bernardi (2003). De posse da quantificação global, dos

investimentos e do cronograma dos desembolsos, o que inclui genericamente todos

os custos, até que as primeiras vendas sejam recebidas, define-se a forma de

financiamento. Isso pode ser feito mediante capitais próprios na totalidade, ou em

partes com recursos de terceiros de curto ou de longo prazo como disponíveis.

Conforme Dinsmore (2004) pode-se expressar projetos em termos

financeiros somando-se os custos de equipamentos, materiais, mão-de-obra,

assistência técnica, bens imóveis e financiamentos. Até o tempo pode ser

apresentado em termos monetários. O gerenciamento de projetos é responsável

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pelo controle dos custos globais para manter os projetos dentro do orçamento

aprovado.

As equipes de projetos enfrentam tanto desafios financeiros quanto

econômicos, a medida que trilham o estreito caminho entre os fundos orçados e as

despesas realizadas.

2.1.4 Compras

Segundo Nigel (1999) os gerentes de compras fazem uma ligação vital entre

a empresa e seus fornecedores. Para realizar isto de maneira eficaz, precisam

compreender em detalhes tanto as necessidades de todos os processos da empresa

que estão servindo, como as capacitações dos fornecedores (algumas vezes

milhares deles) que potencialmente podem fornecer produtos e serviços para a

organização.

O setor de compras precisa manter uma base de dados extensa sobre

fornecedores potenciais e ser capaz de sugerir alternativas de materiais e serviços

de que necessita.

Conforme Bernardi (2003) a função primordial de compras está relacionada

à manutenção da continuidade de suprimentos necessários as atividades

operacionais da empresa. Tem como fatores críticos minimizar os custos, manter

padrões de qualidade e evitar o desperdício, observando os aspectos essenciais de

integridade e controle nas funções e nas etapas do processo de compras.

Segundo Ritzman (2004) o setor de compras gerencia o processo de

aquisição, o qual inclui decidir que fornecedores usar, negociar contratos e decidir

entre comprar localmente ou não. Normalmente a área de compras é responsável

por relacionar-se com os fornecedores para assegurar o fluxo desejado de materiais

e serviços a curto e a longos prazos. A área de compras também pode ser

responsável pelos níveis matérias-primas e pelos estoques de manutenção e

reparos.

Conforme Chase (2006) o gerenciamento da cadeia de suprimentos é um

tópico em evidência no mundo dos negócios de hoje. A idéia consiste em aplicar

uma abordagem completa de sistemas para administrar todo o fluxo de informações,

materiais e serviços dos fornecedores de matérias-primas de fábricas e armazéns ao

consumidor final.

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2.2 ADMINSTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

Segundo Davis (2001) no final dos anos 50 e inicio dos anos 60, os

acadêmicos começaram a lidar especificamente com a produção da administração

da produção em oposição a engenharia industrial e pesquisa de operações. Autores

como Edward Bowman e Robert Fetter (analysis for producion and operation

management, 1975) e Elwood Buffa (moredn produion management, 1961)

observaram a comunidade dos problemas enfrentados por todos os sistemas de

produção e enfatizaram a importância de se ver as operações de produção como um

sistema. Eles também enfatizaram a aplicação útil da teoria da fila de espera da

simulação e da programação linear, que atualmente são tópicos padrões na área. A

administração da produção pode ser definida como o gerenciamento dos recursos

diretos que são necessários para a obtenção dos produtos e serviços de uma

organização. O mercado consumidor- os clientes dos bens e serviços da empresa,

da forma à estratégia corporativa da companhia. Essa estratégia esta baseada na

missão corporativa da companhia e, basicamente, reflete como a empresa planeja

usar todos os seus recursos e suas funções (marketing, finanças e produção) para

obter uma vantagem competitiva.

Conforme Moreira (1999) A administração da produção diz respeito àquelas

atividades orientadas para a produção de um bem físico ou à prestação de um

serviço. Neste sentido, a palavra ¨produção¨ liga-se mais de perto as atividades

industrias.

―A administração da produção é o projeto à operação e a melhoria dos sistemas que criam e distribuem o principais produtos e serviços de uma empresa. Assim como o marketing e as finanças, a AP é uma área funcional da empresa com responsabilidades claras de administração de linha.‖ CHASE (2006).

Segundo Nigel (1999) a administração da produção trata pela maneira pela

qual as organizações produzem bens e serviços. E Tudo o que você veste, come,

senta em cima, lê ou usa na prática de esportes chega a você graças aos gerentes

de produção. Todos os livros que você toma emprestado na biblioteca, os

tratamentos recebidos no hospital os serviços esperados das lojas e as aulas nas

universidades foram produzidos.

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2.3 JUST IN TIME

Slack (1997) o jit é uma filosofia que esta fundamentada em fazer bem as

coisas simples, em fazê-las cada vez melhor e eliminar todos os desperdícios em

cada passo do processo. O líder do desenvolvimento do jit no Japão foi a Toyota. A

estratégia da dela no Japão tem sido aproximar progressivamente a manufatura de

seus clientes e fornecedores. O Just in time é uma abordagem disciplinada, que visa

aprimorar a produtividade global e eliminar os desperdícios. Ele possibilita a

produção quantidade necessário de componentes, na qualidade correta, nos

momentos e locais corretos, utilizando o mínimo de instalações, equipamentos,

materiais e recursos humanos.

Segundo Razzolini (2005), Just in Time é a operacionalização da filosofia

japonesa da produção que significa atender ao cliente interno ou externo no exato

momento de sua necessidade, com as quantidades necessárias para a

operação/produção. Nas indústrias, a tendência é que sistemas de comercio

eletrônico sejam conectados a softwares de ERP, para tornar possível a fabricação

JIT em função de pedidos oriundos da internet. É conhecida como a teoria do

estoque zero, porem na maioria das organizações levando-se em consideração ate

mesmo fatores culturais, o¨estoque zero¨ torna-se um risco muito grande e

desnecessário, o que permite uma certa adaptação por parte das organizações, ao

optarem por uma metodologia de estoques mínimos.

―O JIT é dependente do balanço entre a flexibilidade do usuário. Ele é

alcançado através da aplicação de elementos que requerem um

envolvimento total dos funcionários e em trabalho de equipe. Uma filosofia-

chave do JIT é a simplificação‖. SPRINGER (1987).

Segundo Razzolini (2005), Just in Time é a operacionalização da filosofia

japonesa da produção que significa atender ao cliente interno ou externo no exato

momento de sua necessidade, com as quantidades necessárias para a

operação/produção. Nas indústrias, a tendência é que sistemas de comercio

eletrônico sejam conectados a softwares de ERP, para tornar possível a fabricação

JIT em função de pedidos oriundos da internet. É conhecida como a teoria do

―estoque zero‖, porem na maioria das organizações levando-se em consideração ate

mesmo fatores culturais, o ―estoque zero‖ torna-se um risco muito grande e

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desnecessário, o que permite uma certa adaptação por parte das organizações, ao

optarem por uma metodologia de estoques mínimos.

―A principal meta do JIT é o atingimento do estoque zero, confinado não apenas dentro de uma só empresa, mas através de toda cadeia de suprimentos. Mesmo para atingir sucesso parcial, é necessário pensar longe, alem da finalidade do controle de estoque por si só, contemplando virtualmente todos os aspectos do controle gerencial.‖ HUTCHINS (1993, pag.20)

2.3.1 Características do Just In Time

Segundo Razzolini (2005) quem implantou a filosofia JIT foi Taichi Ohno,

durante sua gestão na montadora japonesa Toyota. Por outro lado quem a tornou

conhecida e desenvolveu importantes ferramentas que tornaram a filosofia

operacional foi Shigueo Shingo, o qual modelou as principais características do

JUST IN TIME que são:

Estoques reduzidos (em todos os sentidos)

Tempo de ciclo reduzido (Proporciona um prazo de entrega menor)

Layout celular

Mão de obra multifuncional ou polivalente

Busca do ―defeito zero‖

Produção puxada (fabrica apenas aquilo que é pedido)

TRF- troca rápida de ferramentas

Programas 5s

Qualidade

Kanban

Compras em aberto

2.3.2 Objetivos do Just In Time

Conforme Razzolini (2005) os principais objetivos do jit são:

Reduzir os estoques

Reduzir custos

Reduzir os tempos de espera

Inventário tendendo a zero

Tempo de set up mínimo

Lotes unitários

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Reações rápidas

Flexibilidade

Eliminar sete desperdícios ou sete perdas, que são: desperdício de

superprodução; de espera; de movimentação e transporte; em função

do processamento; de movimento improdutivos; de produtos

defeituosos.

2.4 KANBAN

Conforme Slack (1997) o controle Kanban é um método de operacionalizar o

sistema de planejamento e controle puxado. Kanban é a palavra japonesa para

cartão ou sinal. Ele é algumas vezes chamado de Correia invisível, que controla a

transferência de material de um estágio a outro da operação. Em sua forma mais

simples, é um cartão utilizado por estágio cliente, para avisar o seu estágio

fornecedor que mais material deve ser enviado. Os kanbans podem também

tomarem outras formas. Em algumas empresas japonesas, eles são constituídos de

marcadores plásticos, ou ainda de bolas de ping-pong coloridas, com diferentes

cores representando diferentes componentes.

Segundo, Razzolini (2005) Kanban é a metodologia de produção puxada,

que consiste em ―puxar‖ a produção através da utilização de cartões, com a

finalidade de proporcionar a redução de estoques, otimização de fluxo de produção,

redução de perdas,aumento da flexibilidade no sistema e maior agilidade de

reposição dos estoques.

Segundo Russomano (2000) Kanban é o sistema de movimentação de

ordens de fabricação e materiais do sistema JIT de produção, executando através do

uso de cartões pré-impressos. Nele a fabricação de uma nova quantidade é ditada

pelo consumo das peças realizadas pelo setor seguinte. O aspecto mais significativo

do sistema Kanban é que ele é inteiramente visual e automático. Todas as peças

são arrumadas em recipientes de tamanhos padronizados

Conforme Ritzman (2004) Kanban é um sistema de controle desenvolvido

pela empresa japonesa Toyota que significa cartão ―ou‖ registro visível japonês,

refere-se aos cartões usados no controle do fluxo de produção em uma fabrica.No

sistema kanban mais básico, um cartão é fixado em cada caixa de itens produzidos

a caixa contem uma determinada porcentagem das necessidades diárias de um

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item.Quando o usuário das peças esvazia uma caixa, o cartão é removido dela é

colocada em um painel a caixa vazia é levada para a área de armazenagem. O

cartão sinaliza a necessidade de produzir outra caixa da peça. Após a caixa ter sido

reabastecida o cartão é colocado nela, então retorna para uma área de

armazenagem.

Davis (2001) os Kanbans de produção são apenas um dos muitos

dispositivos para sinalizar a necessidade de mais peças. Um sinal de arraste inicia

tipicamente com o plano mestre de produção mestra especificando a programação

de montagem final. Ao referir-se à programação da montagem final, os

programadores e supervisores de materiais podem ver os dias durante o mês em

que cada peça será necessária.

2.5 CONTROLE DE QUALIDADE

Segundo Ritzman (2004) atingir qualidade em todas as áreas de uma

empresa é uma tarefa difícil. Para tornar as coisas mais difíceis ainda consumidores

mudam suas percepções de qualidade. Em geral o sucesso de uma empresa

depende da precisão de suas percepções a respeito da expectativa do cliente e sua

habilidade para eliminar defasagem entre as expectativas e as habilidades

operacionais. Boa qualidade resulta em maiores lucros. Produtos de alta qualidade

podem ter um preço maior do que os concorrentes de menor qualidade e

proporciona um maior retorno em dinheiro. A má qualidade destrói a habilidade da

empresa de competir no mercado e aumenta os custos para produzir o seu produto.

Por exemplo, ao melhorar a conformidade às especificações uma empresa pode

aumentar sua participação de mercado e diminuir os custos de seus produtos, o que

por sua vez, aumenta os lucros.

―O controle da qualidade pode ser definida como gestão de toda a organização para que esta se sobressaia em todas as dimensões de todos os produtos que são importantes para o cliente.‖ CHASE(2006).

Segundo Moreira (1999) controle de qualidade é um processo usado para

manter certo fenômeno dentro de padrões pré-estabelecidos. Os produtos

resultantes de um processo industrial possuem requisitos de qualidade, que serão

cumpridos se certas características (ou Varáveis) básicas estiverem de acordo com

o que foi planejado. Desta forma, o controle de qualidade industrial pode ser

entendido como um processo que nos permita medir o nível atual de qualidade de

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um produto compará-lo com um padrão desejado e agir para corrigir os desvios. O

controle de qualidade dito estatístico se ele usa a estatística para a análise das

medidas de qualidade efetuadas.

Segundo Slack (1999) o controle da qualidade influencia diretamente na

lucratividade da empresa. As receitas podem ser incrementadas por melhores

vendas e por preços mais altos no mercado. Ao mesmo tempo, os custos podem ser

reduzidos pela melhor eficiência, produtividade e uso do capital. Como qualidade é

tão importante para o desempenho de qualquer organização, uma tarefa chave da

função de operações deve ser garantir que ela proporcione bens e serviços de

qualidade para seus consumidores internos e externos.

2.6 FLUXOGRAMA

Segundo Razzolini (2005) fluxograma é a representação gráfica da

seqüência e rotina de um trabalho de forma analítica, ou de um processo, em que se

caracterizam as operações, transportes, inspeções, conexões ou interrupções,

situando os executores e suas respectivas participações, assim como o canal do

fluxo de informações, é relevante para o levantamento, simplificação e

racionalizações de um trabalho, funcionando como instrumento imprescindível nas

atividades de organização. A analise planificada através de fluxograma pode auxiliar

na criação de processos, melhoramento dos processos já existentes, eliminação de

tarefas comuns, evitarem desperdícios, diminuição de tempo para ganhar agilidade.

Conforme SLACK (1997) Os diagramas de entrada-saída dão uma visão

gera útil do contexto do processo de oportunidades de melhoramentos. Uma técnica

mais detalhada é o fluxograma. O fluxograma dá uma compreensão mais detalha

dada das partes do processo onde algum tipo de fluxo ocorre. O fluxograma destaca

as áreas problemas onde não existe nenhum procedimento para lidar com um

conjunto particular de circunstancias.

Fluxograma É um documento que especifica a maneira pela qual as várias

peças componentes se agrupam entre si no sentido de construir o produto

acabado.RUSSOMANO (1999).

2.7 PROJETO

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2.7.1 Escopo do Projeto

Keelling (2002) define escopo como ―A soma dos produtos e serviços a

serem fornecidos como um projeto‖. Isso implica uma decisão clara sobre resultados

essenciais, ou seja, a medida na qual o projeto atenderá ―necessidades e desejos‖ e

que receptíveis ou produtos desejáveis, mas não essenciais, poderão ser incluídos

ou omitidos, resultando em objetivos principais claros, critérios de sucesso, custo da

qualidade e duração.

―O escopo refere-se à definição das fronteiras entre determinadas tarefas, atividades, contratos, atribuições, responsabilidades e missões. Ele define onde termina um trabalho e começa outro0‖. DINSMORE (2004, PAG.6).

Conforme Young (2008) A declaração do escopo do trabalho é uma

descrição narrativa dos objetivos do projeto em mais detalhes, dando mais

informações sobre cada resultado e beneficio identificado. O mais importante no

documento é que ele deve identificar os limites extremos do projeto, declarando com

certeza o que não será feito.

Segundo Ritzman (2004) o escopo proporciona uma definição sucinta dos

objetivos do projeto e capta a essência dos resultados desejados do projeto sob a

forma dos principais parâmetros, que são resultados concretos do processo do

projeto. Esses parâmetros tornam-se o foco da atenção da gerencia de topo durante

a vida do projeto.

2.7.2 Gerente do Projeto

Conforme Ritzman (2004) gerentes de projetos devem ser bons

motivadores, professores e comunicadores. Eles precisam ser capazes de organizar

um conjunto de atividades distintas e trabalhar com pessoas de várias

especialidades. Essas qualidades são importantes, porque os gerentes de projetos

possuem a responsabilidade de supervisionar para que seus projetos sejam bem

sucedidos. Esse gerente é responsável pelo estabelecimento das metas do projeto e

por proporcionar os meios para atingi-las.

De acordo com Keelling (2002) os projetos não dispõem de tempo ilimitado,

logo o gerente não pode ser desenvolvido no cargo o gerente é:

1. O centro em torno do qual gira toda a atividade;

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2. O elo entre os stakeholders internos e externos e a organização;

3. Regulador do progresso, velocidade, qualidade e custo;

4. Líder e motivador do pessoal do projeto;

5. Comunicador e negociador em todas as coisas relacionadas ao projeto;

6. Controlador de finanças e outros recursos.

Segundo Keelling (2002) conduzir um projeto exige capacitação em todas as

disciplinas da administração, mas a natureza de curto prazo desta espécie de

trabalho exige aplicação especial, disciplina e técnica. A concentração de esforços

pede um tipo bastante especifico de gerente e de foco da atividade gerencial. Os

objetivos e o foco da maioria das operações de longo prazo e continuas estão

atrelados a fatores que favoreçam a sobrevivência, crescimento, retorno a longo

prazo sobre o investimento.

2.7.3 Planejamento de Projeto

Segundo CHIAVENATO (1999), a empresa não trabalha na base da

improvisação. Quase tudo nelas é planejado antecipadamente. O planejamento

figura como a primeira função administrativa, por ser exatamente aquela que serve

de base para as demais funções. O planejamento é a função administrativa que

determinam antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e se

deve fazer para alcançá-los. Trata-se, pois, de um modelo teórico para a ação futura.

Começa com a determinação dos objetivos e detalha os panos necessários para

atingi-los da melhor maneira o possível. Planejar é definir os objetivos e escolher

antecipadamente o melhor curso para alcançá-los. O planejamento define onde se

pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que seqüência.

O planejamento é um processo que começa com os objetivos e define os

planos para alcançá-los. O estabelecimento dos objetivos a serem alcançados é o

ponto de partida do planejamento. A fixação dos objetivos é a primeira coisa a ser

feita. Saber onde pretende chegar para se saber exatamente como chegar lá.

CHIAVENATO (1999, pag.139).

Segundo, RUSSUMANO (2000), Planejamento é uma função de apoio de

coordenação das várias atividades de acordo com os planos de produção, de modo

que os programas preestabelecidos possam ser atendidos nos prazos e

quantidades. Tal definição tem o mérito de enfocar algumas das peculiaridades do

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PCP. Em primeiro lugar o identifica como uma função de apoio de coordenação.

Portanto sua é uma atividade-fim e também uma atividade-meio. É um meio, um

apoio para a produção e compras cumprirem suas finalidades de acordo com

vendas. É um apoio de coordenação e não um apoio especializado.

―Planejamento é o processo que visa estabelecer, com antecedência, as ações a serem executadas com o intuito de alcançar um objetivo definido. Em gerência de projetos, o planejamento visa estabelecer não só as ações, mas também os recursos, os métodos necessários para alcançar os objetivos.‖ NOCÊRA (2007, pag.44).

2.7.4 Níveis de planejamento

Segundo Slack (1999) os níveis de planejamento são os seguintes:

Nível estratégico- onde será definida a estratégia geral do projeto, do

inicio ao fim, envolvendo todas as áreas abrangidas. Geralmente

teremos, alem de especificações outros documentos de projeto, um

cronograma geral;

Nível tático- onde será desenvolvido o detalhamento dos documentos

gerados no nível estratégico, geralmente com divisões por área ou

especialidades, para alimentação do nível operacional;

Nível operacional-onde serão desenvolvidos detalhamentos de cada

área ou especialidade, em nível de individualização de ações ou

recursos necessários.

2.7.5 Limitações à Tarefa de Planejamento

Conforme Slack (1999) as limitações genericamente são as seguintes:

Limitações de custos- os produtos e serviços devem ser produzidos

dentro de custos determinados.

Limitações de capacidade- os produtos e serviços devem ser

produzidos dentro de limite de capacidade projetados para a operação.

Limitações de tempo- os e serviços devem ser produzidos dentro de

um intervalo de tempo, no qual eles ainda têm valor para o consumidor.

Limitações de qualidade- os produtos e serviços devem ter

conformidade aos dados limites de tolerância projetados para o

produto.

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2.8 PROJETO DE PRODUÇÃO

Segundo Favero (1999), ET al. Projeto não tem só um significado, ele é

relacionado com vários planos, especificações datas e desenhos de engenharia.

Este conjunto é denominado de projeto de engenharia. Ele ainda define como um

conjunto de atividades interdisciplinares que é a execução de atividades

especializadas em várias áreas do conhecimento humano exige o emprego de

pessoas capacitadas ara a realização de tal projeto, atividades interdependentes

não são executadas apenas em série, mas também paralelamente, atividades finitas

isso quer dizer que um projeto tem o seu começo e seu fim. Esse projeto tem como

objetivos de seguir o tempo estabelecido por um cronograma e limitar-se ao

orçamento preestabelecido.

Conforme Gurgel (2001) o projeto do produto deve ser um documento básico

para gerar informações que orquestram todo trabalho da empresa. Falhas desse

sistema de informações tem como resultado a difusão da ineficiência e do

desperdício. Boa parte das perdas industriais deve ser atribuída a uma

administração deficiente do produto, principalmente devido a falhas na difusão de

informações.

Projeto é o esforço temporário realizado para criar um produto ou serviço

único, diferente, de alguma maneira, de todos os outros produtos e serviços, com

início e fim definidos, que utiliza recursos, é dirigido por pessoas e obedece a

parâmetros de custo, tempo e qualidade. (Neto 2004, Pag.1).

Segundo RALPH (2002), projeto é uma máquina de mudança. Ele é

concebido quando se percebe a necessidade de progresso, quando há um período

de discussão, especulação, uma rodada de avaliações dos prós e contras e idéias,

sem muita ação decisiva até que o conceito assuma uma forma identificável.

2.8.1 Opções de projeto

Segundo Fávero (1999). Avaliação em um projeto significa avaliar o valor ou

a importância de cada opção do projeto, de forma que possa ser escolhida uma. Isto

inclui avaliar cada opção em relação ao projeto. Embora os critérios usados em um

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exercício específico de projeto dependam da natureza e das circunstâncias do

exercício.

A viabilidade da opção de projeto - podemos fazê-la?

A aceitabilidade da opção do projeto - queremos fazê-la?

A vulnerabilidade de cada opção de projeto- queremos correr o risco?

Fig. Categorias gerais de critérios de avaliação de opções de projeto.

Segundo SLACK (1999) a viabilidade de uma opção de projeto indica o grau

de dificuldade em adotá-la e deveria avaliar o investimento em tempo, esforço e

dinheiro que seria necessário. A aceitabilidade de uma opção de projeto avalia quão

bem essa opção leva o projeto em direção a seus objetivos. É o retorno ou beneficio

que o projeto obtém com a escolha da opção. A vulnerabilidade de uma opção de

projeto é o grau em que as coisas poderiam sair errado se essa opção fosse

escolhida. É o risco que os projetistas correm ao escolher uma opção.

2.8.2 Ciclo de vida do Projeto

Segundo Keelling (2002) todo projeto passa por uma série de fases desde a

sua concepção até o seu ponto de conclusão. Cada fase tem suas próprias

necessidades e características. À medida que o projeto passa por essas fases, o

montante cumulativo de recursos e tempo despendidos aumentará e o prazo e

recursos restantes diminuirão. Esta série de fases é conhecida como ciclo de vida do

projeto.

Viabilidade

Quão difícil é?

Aceitabilidade

Quanto vale a pena?

Vulnerabilidade

Que pode dar errado?

Quais investimentos

Financeiros e gerenciais

serão necessários?

Qual retorno em melhoria

de desempenho e

financeiro Dara?

Quais riscos corremos se

as coisas saírem errado?

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A compreensão do ciclo de vida é importante para o sucesso na gestão de

projetos, porque acontecimentos significativos ocorrem em progressão lógica e cada

fase deve ser devidamente planejada e administra.

Conforme Neto (2004) o ciclo de vida de um projeto consiste no conjunto de

diversas fases do mesmo. Cada fase é caracterizada pelas seguintes atividades:

A fase de iniciação (concepção) inclui identificação de necessidades,

estabelecimento da viabilidade, procura das alternativas, desenvolvimento

de orçamentos e cronogramas iniciais, nomeação da equipe e preparação

da proposta.

A fase de planejamento envolve a realização de estudos e analises, a

programação de recursos humanos, materiais e financeiros, o

detalhamento do projeto e a preparação do plano do projeto, para se obter

a aprovação para a fase de execução.

A fase de execução inclui o cumprimento das atividades programadas.

Inclui também a monitoração e o controle das atividades programadas e

as modificações dos planos naquilo que for necessário.

A fase de encerramento inclui a conclusão das atividades do projeto,

treinamento do pessoal operacional, o comissionamento e a re-alocação

dos membros da equipe do projeto.

Conforme Young (2008) considerando que os projetos têm tais

características específicas, todas limitadas pelo tempo, naturalmente eles passam

por um ciclo de vida, exatamente como um produto. A diferença no caso é que o

ciclo de vida é dinâmico e sujeito a reiteração a qualquer momento durante o projeto.

A parte inicial de qualquer projeto é marcada pela decisão de prosseguir. Todos os

projetos que receberam aprovação inicial para seguir em frente passam por um ciclo

de vida semelhante, o qual compreende quatro fases básicas: Seleção, definição,

planejamento, execução e encerramento.

2.8.3 Elementos de um Projeto

Segundo Dinsmore (2004) os elementos de um projeto são:

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Um objetivo. Um resultado final, uma saída ou um produto definível, que é

tipicamente definido em termos de custo, qualidade e prazos do resultado das

atividades do projeto.

Complexidade. Muitas tarefas diferentes são necessárias para atingir os

objetivos de um projeto. O relacionamento entre todas as tarefas pode ser

complexo, especialmente quando o numero das tarefas no projeto é grande.

Unicidade. Um projeto é usualmente único, não um empreendimento

repetitivo. Mesmo projetos repetidos, como a construção de outra fábrica

química, com a mesma especificação, terá diferenças distintivas em termos

de recursos usados e do ambiente real o qual o projeto acontece.

Incerteza. Todos os projetos são planejados antes de serem executados e,

portanto carregam um elemento de risco. Um projeto pioneiro de pesquisa

básica carrega o risco de recursos caros, de alta tecnologia, serem

comprometidos com saídas que podem não valer a pena.

Natureza temporária. Os projetos têm um inicio e um fim definido assim, uma

concentração temporária de recursos é necessária para levar avante o

empreendimento. Uma vez que sãs contribuições para os objetivos do projeto

tenham sido completadas, os recursos são usualmente realocados.

Ciclo de vida. Os recursos necessários para um projeto mudam durante o

curso de seu ciclo de vida. O padrão típico dos recursos necessários para um

projeto segue uma curva previsível. Da perspectiva do planejamento e

controle, é, portanto, necessário dividir o ciclo de vida de um projeto em fases

de projeto.

2.9 PROPOSIÇÃO DE PROJETO

Segundo Moraz (2009) o MS Project é um aplicativo usado para criação,

personalização, edição, controle e representação de projetos em quaisquer áreas de

atuação. É possível usar o MS Project nas mais variadas aplicações, incluindo até

mesmo projetos com metas pessoais, seja um trabalho escolar, seja o planejamento

de qualquer outra atividade com requisitos de ordenação de tempo, gasto e

organização geral.

De acordo com Nocêra (2007) o MS- Project 2007 fornece eficientes

ferramentas de gerenciamento de projeto com a combinação certa de usabilidade,

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eficiência e flexibilidade, possibilitando o gerenciamento de projetos com mais

eficiência e eficácia. É possível manter-se informado e controlar o trabalho, as

agendas e finanças do projeto; manter as equipes do projeto alinhadas e ser mais

produtiva através da integração com programas conhecidos do sistema Microsoft,

opções avançadas de geração de relatórios, bem como planejamento guiado,

assistentes e modelos.

Conforme Chatfield (2008) o MS Project 2007 trabalha com pessoas e

equipamentos necessários para completar as tarefas em um projeto. O Microsoft

Office Projecto2007 enfoca dois aspectos de recursos: disponibilidade e custos. A

disponibilidade determina quando os recursos específicos poderão trabalhar em

tarefas e a quantidade de trabalhos poderá executar, e os custos se referem á

quantidade de dinheiro que será necessária para pagar esses recursos.

2.9.1 Tipos de Projeto

Conforme Moraz (2009) são três os tipos de projetos:

Standard: traz um conjunto de ferramentas para o gerenciamento de projetos

incluindo descrições de tarefas, agendamento e organização de finanças.

Apresenta a possibilidade de informações dinâmicas de acordo com o

progresso de desenvolvimento do projeto, contando com assistentes.

Profissional: Possui as mesmas características da versão standard. Alem da

possibilidade de utilização como solução de gerenciamento de projetos a

apenas um usuário, permite a integração de times de trabalho por meio da

Web apartir do componente Office Project Server 2007.

Web Access: o cliente Web Para Office Project Server 2007 providencia aos

usuários uma interface simples baseada na web para acesso de uma

determinada gama de funções no Project 2007.

2.9.2 Gerenciamento de Projetos

Page-Jones (1990) define gerenciamento de projetos como sendo a repetida

execução de cinco principais atividades:

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Planejar- é estabelecer sub-objetivos claros e detalhados que serão

alcançados entre a situação atual e o objetivo final, juntamente com uma

definição do trabalho necessário para alcançar esses sub-objetivos.

Organizar- é fazer o levantamento dos recursos necessários para por em

prática o trabalho especifico no planejamento numa estrutura eficaz.

Integrar- é manter a unidade e a livre operação da estrutura de recursos

principalmente os elementos humanos, durante a rel execução do planejado.

Medir- é obter uma continua realimentação sobre o andamento do que foi

planejado.

Revisar- é modificar o plano, a organização e, possivelmente, os objetivos

para acomodaras discrepâncias revelados pela medição.

Segundo Young (2008) o gerenciamento de projetos é essencialmente o

sistema de controle que você usa para alcançar os resultados ou conseqüências

corretas. Como acontece com os programas, as fases e os ciclos de ação dinâmica

compreendem o processo dinâmico que você vai empregar assim o gerenciamento

de projeto pode agora ser definido como:

Um processo dinâmico que utiliza os recursos adequados de uma maneira

controlada e estruturada para alcançar alguns objetivos claramente definidos

identificados como necessidades estratégicas.

O gerenciamento de projetos é claramente realizado dentro de um ambiente

de restrições estabelecidas, seja por um programa, seja como um projeto

independente com um escopo definido.

Conforme Nigel (1997) Todos os projetos são inclinados a ter diferentes

problemas e falham por diferentes razões. Há alguns pontos em comum nos

sucessos e nas falhas, todavia, que nos permitem identificar alguns pontos gerais,

que parecem minimizar as chances de falhas no projeto em atingir seus objetivos.

Chatfield (2008) o gerenciamento de projetos é a arte e ciência amplamente

praticadas. Essencialmente, o gerenciamento de projetos é uma caixa de

ferramentas e habilidades que ajuda a prever e controlar os resultados dos esforços

empreendidos pela empresa. A Microsoft Office Project 2007 deve ser uma das

ferramentas no gerenciamento de projetos.

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Conforme Moraz (2009) o gerenciamento adequado pode tornar as tarefas

relacionadas mais eficientes dentro do possível. Portanto, definiremos um projeto

como passos necessários e tipicamente executados por uma ou mais pessoas.

Page-Jones (1990) define gerenciamento como sendo a repetida execução

de cinco principais atividades: Planejar, organizar, integrar, medir e revisar- até que

sejam alcançados os objetivos do projeto.

2.9.3 Métodos de Gerenciamento

Segundo Moraz (2009) são os seguintes métodos de gerenciamento:

Método tradicional: no método tradicional, podemos distinguir cinco

componentes de um projeto (quatro estágios mais o controle) no seu

desenvolvimento:

Iniciação;

Planejamento;

Execução;

Controle;

Fechamento.

Estrutura analítica de projetos (EAP): conhecida também pela abreviação

WBS (Work Breakdown Structure), tem como objetivo identificar os itens reais

a serem executados no projeto, servindo como base para a maior parte do

planejamento. É destinada a toda a equipe de execução do projeto, sendo um

método de gerenciamento bem comum usado.

PERT/COM: respectivamente acrônimos para Program Evolution and Review

Technique (técnica de avaliação e revisão de programas) e Critical Path

Method (método de caminho critico).

PERT e CPM utilizam principalmente os conceitos de redes (grafos) para

planejar e visualizar a coordenação das atividades do projeto. Um exemplo

corriqueiro de aplicação do PERT/CPM é o planejamento de construções

civis.

PMBOK: acrônimo para Project Management Body of Know Ledge ou

conhecimento de corpo de gerenciamento de projeto é um conjunto de

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práticas em gerências de projetos confeccionado pelo Project Management

Institute-PMI (instituto de gerenciamento de projetos).

2.9.4 Foco de Gerenciamento do Projeto

Segundo Chatefield (2008) cada projeto tem um objetivo principal: a razão

pela qual o projeto foi iniciado. A isso dá-se o nome de resultado do projeto.Esse

resultado normalmente é um produto, como um, um serviço, comercial de TV, ou

evento, como uma sessão de treinamento de um software. A definição das tarefas

certas para criar um resultado correto é uma habilidade essencial para um gerente

de projeto. As listas de tarefas que se criam no Project devem descrever todo o

trabalho necessário, para concluir o projeto com êxito. No desenvolvimento das listas

de tarefas, talvez seja útil distinguir o escopo do produto do escopo do projeto. O

escopo do produto descreve a qualidade, recursos e funções do projeto. O escopo

do projeto descreve o trabalho necessário para executar um produto ou serviço.

2.9.5 Características do Projeto

Conforme Moras (2009) as características de um projeto são:

Um projeto possui um objetivo especifico e mensurável: sabemos quando um

projeto esta terminado quando obtemos um resultado sólido satisfatório;

Projetos possuem um quadro de tempo especifico: o sucesso de um projeto é

geralmente medido, em determinados segmento, pela quantidade de tempo

gasto para a obtenção do objetivo;

Projetos consomem recursos: recursos não se referem apenas a pessoas.

Claramente incluem dinheiro, maquinaria, materiais e quaisquer outros

elementos relacionados. Como estes recursos devem ser usados, é outro

fator-chave para a determinação do sucesso ou falha do projeto;

Qualquer projeto é constituído de passos individuais e/ou independentes

chamados tarefas. Se uma tarefa consome mais recursos que o planejado,

custo total do projeto;

Projetos podem levar semanas, meses ou anos e são essencialmente

dinâmicos. Podem mudar de formas as quais é impossível uma previsão

exata. Conseqüentemente, o responsável pelo gerenciamento do projeto

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deverá se encontrar alerta às tendências de modificações do projeto. Estas

reflexões demandam a documentação e comunicação adequadas entre os

participantes como elementos primordiais para a conclusão satisfatória dos os

objetivos relacionados ao projeto.

2.9.5.1Gráfico de Gantt no MS Project

Segundo Moraz (2009) o gráfico de Gantt permite a visualização das

informações por meio de uma projeção hibrida de informações em uma planilha e

em elementos gráficos simultaneamente. Geralmente, as informações dispostas nas

planilhas referem-se a datas de início e de término além de nomes de tarefas

especificas, enquanto a parte gráfica.

2.9.6 Duração de Tarefas

Conforme Chatfield (2008) a duração da tarefa é a quantidade de tempo

prevista para concluir a tarefa. O Project pode trabalhar com durações de tarefas

que variam de minutos a meses. Um projeto poderá ter um calendário de projeto

com um período útil definido. O Project usa valores-padrão de minutos e horas para

as durações: um minuto é igual a 60 segundos e uma hora é igual a 60 minutos. No

entanto podem-se definir durações não-padrão para dias, semanas e meses do

projeto.

2.9.6.1Organização das Fases das Tarefas

Chatfield (2008) é muito prático organizar em fases grupos de tarefas

relacionadas que representam uma parte importante do trabalho do projeto. Ao rever

um plano de projeto, a observação das fases das tarefas ajuda a pensar em termos

de itens de trabalhos principais e itens de trabalhos detalhados. Uma tarefa de

resumo se comporta de maneira diferente das outras tarefas. Não se pode editar

diretamente sua duração data de inicio ou outros valores calculados, porque suas

informações são derivadas ou resultam das tarefas de detalhes, denominadas

subtarefas elas aparecem recuadas abaixo das tarefas de resumo. O Project calcula

a duração de uma tarefa de resumo como a extensão de tempo que vai desde a

primeira data de inicio até a última data de termino de suas subtarefas.

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Conforme Moraz (2009) entre vários parâmetros definíveis na organização de

tarefas no MS Project, está a possibilidade de agrupar tarefas especificas em fases

de trabalho por meio de uma estrutura simplificada de tópicos. Uma estrutura

simples de tópicos de agrupamento de tarefas em fases especifica pode parecer

uma prática desnecessária e sem efeito prático. Esta noção, entretanto, logo é

desfeita se considerarmos um projeto extenso com grande quantidade de itens

adicionados à folha de projetos.

2.9.6.2Hierarquia de Tarefas

Segundo Moraz (2009) a hierarquia se dá na seguinte forma:

Preparação:

Aquisição das peças de conexão;

Contratação de funcionários;

Organização do espaço de trabalho.

Descarte:

Venda de hardware obsoleto;

Venda de peças obsoletas.

Execução:

Desmonte e remoção do hardware da sala1;

Montagem do hardware das salas 1e2;

Estabelecer pontos de conexão;

Nomear pontos de conexão;

Posicionar pontos de conexão na sala 1.

2.9.6.3Vínculo de Tarefas

Conforme Chatfield (2008) os projetos requerem que as tarefas sejam

executadas em uma ordem especifica. Por exemplo, a tarefa de filmar uma cena

deve ser concluída antes a filmada que a tarefa de edição da cena possa ocorrer.

Essas duas tarefas têm uma relação término-a-início (também denominada vínculo

ou dependência), que tem dois aspectos:

A segunda tarefa precisa ocorrer após a primeira; isto é uma seqüência.

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A segunda tarefa só poderá ocorrer se a primeira estiver concluída; isso é

uma dependência

No Project, a primeira tarefa é chamada predecessora, pois ela precede as

tarefas que dependem dela. A segunda tarefa é denominada sucessora porque

sucede as tarefas das quais ela dependente. Qualquer tarefa pode ser predecessora

de uma ou mais tarefas sucessoras. Da mesma forma, qualquer tarefa pode ser uma

sucessora de uma ou mais tarefas predecessoras:

Termino-a-inicio (ti) a data de término da tarefa predecessora determina a

data de inicio da tarefa sucessora.

Inicio-a-inicio (ii) a data de inicio da tarefa predecessora determina a data de

inicio da tarefa sucessora.

Termino-a-termino (tt) a data de termino da tarefa predecessora determina a

data de término da tarefa sucessora.

Inicio-a-termino (it) a data de inicio da tarefa predecessora determina a data

de término da tarefa sucessora.

2.9.6.4Pontos Principais das Tarefas

Conforme Chatfield (2008) os pontos principais das tarefas são:

Entre os aspectos essenciais das tarefas em um plano de projeto estão

sua duração e ordem de ocorrência.

Os vínculos entre tarefas, ou relações, fazem com que o inicio ou o

término de uma tarefa afete o inicio ou o término de outra. Uma relação

entre tarefas comum é uma relação término-a-inicio na qual a conclusão

de uma tarefa controla o inicio de outra.

No Project, as fases de uma agenda são representadas como tarefas de

resumo.

Pod-se documentar os detalhes adicionais usando as anotações de

tarefas e criar hiperlinks para a internet.

A caixa de diálogo informações sobre o projeto (meu projeto) é uma

excelente maneira de observar os valores-chave de um plano de projeto,

como a data de inicio agendada e a duração.

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2.10 RECURSOS DA TAREFA

2.10.1 Definição

Conforme Moraz (2009) os recursos tratados no MS Project não se referem

aos recursos do programa e sim aos elementos necessários para a viabilização do

projeto.No programa, os recursos estão relacionados às pessoas responsáveis pelo

desempenho das tarefas, mas também podem e geralmente incluem materiais e

quaisquer outros elementos pertinentes e não apenas a recursos humanos.

O gerenciamento dos recursos humanos em um projeto compõe um fator de

controle que devera ser administrado minuciosamente, devido ao simples fato de

serem os elementos de maior dinâmica quanto a mudanças. Em termos práticos, as

pessoas envolvidas em um projeto são responsáveis pelo seu andamento,

evidentemente relacionadas a ocorrências diversas como atrasos e outros

quaisquer. O controle de um projeto esta diretamente ligada à boa administração

dos recursos humanos.

2.10.2 Configurações de Recursos

Segundo Moraz (2009) Um recurso poderá ser direcionado a determinada

tarefa agendada ou a um período de trabalho especifico para a sua execução.

Também é possível estabelecer os custos da utilização de recursos tanto para

tarefas como para subtarefas.

Os recursos estão diretamente ligados a consistência do projeto e por estas

razões necessitam de detalhamento apropriado. A razão é simples. Se um recurso

por qualquer motivo não mais se torna disponível, o comprometimento da agenda do

projeto será iminente a menos que outro recurso semelhante ou características

excedam o recurso original seja alocado. Em diferentes projetos usando os mesmos

recursos, aqueles que se apresentam ―superalocados‖ para determinados

segmentos poderão ser utilizados nos projetos com faltas de recursos e o modo de

visualização permite a ―relocação‖ de forma concisa. Conforme Chatfield (2008)

incluem pessoas e equipamentos necessários para completar as tarefas em um

projeto. O Microsoft Project 2007 enfoca dois aspectos dos recursos: disponibilidade

e custos. A disponibilidade determina quando os recursos específicos poderão

trabalhar em tarefas e a quantidade de trabalhos que poderão executar, e os custos

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se referem à quantidade de dinheiro que será necessária para pagar esses

recursos. Alem disso, o Project dá suporte a dois outros tipos de recursos especiais:

material e custo.

O gerenciamento eficaz de recursos é uma das vantagens mais poderosas

de usar o Project em vez de ferramentas de planejamento focadas em tarefas em

tarefas, como organizadores baseados em papeis. Não é necessário configurar os

recursos e atribuí-los às tarefas no Project; entretanto, sem essas informações seja-

se talvez menos eficiente ao gerenciar o seu agendamento. As configurações das

informações de recursos no Project exigem um pouco de esforço, mas o tempo será

aproveitado se seu projeto estiver sendo orientado principalmente pelas de tempo ou

custos.

2.10.3 Configuração de Recursos de Pessoas

Conforme Chatfield (2008) o Project trabalha com três tipos de recursos:

recursos de trabalho, material e de custo. Os recursos de trabalho são pessoas e

equipamentos que executam o trabalho do projeto.Os recursos de equipamentos

não precisam ser portáteis; um local fixo ou uma peça de maquinário também pode

ser considerado um equipamento.

Todos os projetos requerem alguns recursos de pessoas e alguns projetos

requerem apenas recursos de pessoas. O Project pode ajuda-loa tomar decisões

mais inteligentes sobre o gerenciamento de recursos de trabalhos e monitoramento

de custos financeiros.

2.10.4 Configuração re Recursos de Equipamentos

Segundo Chatfield (2008) no Project, se configura recursos de pessoas e

equipamentos exatamente da mesma maneira, porque pessoas e equipamento são,

ambos, exemplos de recursos de trabalho. Entretanto, deve-se estar ciente das

diferenças importantes do modo como pode agendar estes dois tipos de recursos de

trabalho. A maioria de recursos de pessoas tem um dia útil de até 12 horas, mas os

recursos de equipamentos podem trabalhar continuamente. Alem disso os recursos

tendem a ser mais especializados.

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2.10.5 Configuração de Recursos de Custos

Segundo Chatfield (2008) usa-se no Project também o recurso de custos.

Utiliza-se um recurso de custos para representar um custo financeiro associado a

uma tarefa em um projeto. A finalidade de um recurso de custos é associar um tipo

especifico de custos a uma ou mais tarefas. Os tipos comuns de recursos podem

incluir categorias de despesas que você deseja controlar em um projeto para fins de

contabilidade, como viagens, hospedagem, ou treinamento.

Conforme Page-Jones (1990) cada parte do projeto, cada problema a ser

selecionado, rende seus próprios benefícios, acarreta custos próprios e exige

também recursos próprios. É necessário estes custos, benefícios e recursos

individualmente com maiores detalhes.

2.10.6 Planilha do Recurso

Conforme Moraz (2009) é um modo de visualização em formato de uma

planilha simples, porem altamente funcional. Pode descrever de forma ordenada as

denominações dos recursos, tipos, unidades, abreviações brevemente atribuídas

para fácil identificação quantidade de unidades, custo e quaisquer outras

informações. O uso de modo de planilha é bastante similar ao Microsoft Excel.

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3 METODOLOGIA CIENTÍFICA

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia aplicada neste estudo se embasa em uma pesquisa de

abordagem qualitativa. Nesta abordagem o ambiente natural é visto como fonte

direta de dados, e o pesquisador é o principal instrumento.

O pesquisador deve levar em conta todos os aspectos relevantes na situação

estudada. A autora André (1986) afirma que ―a prática não se reduz à estrita

aplicação de conhecimentos teóricos, mas é uma atividade que envolve

necessariamente julgamento e se apóia muito na experiência, e não só em

conhecimento científico‖.

A pesquisa qualitativa faz com que o pesquisador descubra as ações e

relações entre as estruturas sociais. A questão problema que direciona a pesquisa,

explora o contexto social, ou seja, o meio em que este inserido o sujeito e através

dela o pesquisador observa, investiga, retira informações e dá continuidade à

pesquisa, ampliando como sujeito o que mais esta enfatizada no processo,

dinamizando o pesquisador e o objeto da pesquisa.

A pesquisa em geral é feita a partir de um problema, posteriormente, reunisse

o pensamento e a ação de uma pessoa ou grupo na elaboração do conhecimento, e

assim compondo proposta para uma provável solução ao problema.

É necessário entender o conceito de pesquisa como atividade que requer

habilidade e conhecimentos específicos. Na atividade humana e social a pesquisa

traz a carga de valores, preferências, interesses, e princípios que acabam por

orientar o pesquisador.

De acordo com Bogdan e Bilen (1982, citados por Ludke, 1986), a pesquisa

qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contato direto com a

situação estudada, enfatiza o processo e retrata a perspectiva dos participantes.

3.2 SUJEITO DO ESTUDO

A organização na qual é realizado estudo é uma construtora localizada na

cidade de Balneário Camboriú. O seu quadro de funcionários é composto por

20(vinte funcionários), o qual dividisse em oficial, meio-oficial e servente. Sendo que

se subdividem em: um mestre de obras, quatro oficiais, dois meio-oficiais, e treze

serventes.

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A organização é composta de pessoas oriundas dos Estados do Paraná, Rio

Grande do Sul e também de cidades do interior de Santa Catarina. Este estudo de

caso foi realizado durante o período de estágio em que o acadêmico realizou nesta

organização. Para com isso levantar maior parte de dados para a realização de seu

projeto de controle de produção.

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Foi através de observações realizadas que foi embasada a pesquisa de

estudo de caso. Através de organogramas cedidos pela construtora é que foi

possível realizar um planejamento de projeto de controle de produção (PCP). E

através dele é que se obterá o controle total das atividades realizadas pela a

organização.

Segundo Gil (1994) a pesquisa documental consiste na exploração das fontes

documentais, que são em grande numero. Existem, de um lado, os documentos de

primeira mão, que não receberam qualquer tratamento analítico, tais como:

documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes,

fotografias, gravações, etc. De outro lado, existem os documentos de segunda mão,

que de alguma forma já foram analisadas, tais como: relatórios de pesquisas,

relatórios de empresas, tabelas estatísticas, etc.

De acordo com Mattar (2008) nas empresas ou organizações, o pesquisador

poderá encontrar dados importantes para sua pesquisa em catálogos, folhetos,

brochuras, jornais empresariais e mesmo páginas comerciais na internet, assim

como periódicos e publicações que vinculem publicidades de produtos,feiras e

exposições. Deve-se notar que a literatura comercial é bastante híbrida e voltada

para públicos bastante heterogêneos, como clientes, fornecedores, funcionários,

etc.

―A pesquisa documental corresponde a toda informação de forma oral,

escrita ou visualizada. Ela consiste na coleta, classificação, seleção difusa,

e utilização de toda espécie de informações, compreendendo também as

técnicas e os métodos que facilitam a sua busca e a sua localização.‖

FACHIN (2005, pag.136)

3.4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO

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Empregou-se o gráfico de gantt do programa Microsoft Office Project 2007, e

através de estatísticas descritivas é que Foram feitas as analises presentes em todo

o processo.

3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

O fator limitante encontrado foi poucos dados existentes no organograma da

construção de um edifício localizado no bairro Aririba. E a demora na continuação da

construção do mesmo devido ao mau tempo. O que impossibilitou a coleta de

maiores dados de informações.

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4 RELATÓRIO

O início real da construção pela construtora OMS Construções do edifício

Jaspe localizado entre as ruas Gaturamo Nº 100 esquina com a Avenida Gaivotas,

no bairro Aririba, deu-se no dia 01/01/2009 e com a previsão de término para o dia

17/12/2010. Dentro desse período tem-se 511 dias (quinhentos e onze) agendados

dos quais 114 dias (cento e quatorze) já trabalhados, restando 397 dias (trezentos e

noventa e sete) com uma porcentagem de 22% concluída. Dividindo-se este período

em 28.535,15 horas das quais 4.493,23 já trabalhadas, restando ainda 24.041,92.

Com uma porcentagem de 16% já concluída. Tem-se um no projeto um total de 80

(oitenta) tarefas as quais subdividisse em 56 (cinqüenta e seis) ainda não iniciadas,

as quais se denominam tarefas críticas, 17 (dezessete) concluídas e 07 (sete) em

andamento. Com um total de 32 (trinta e dois) status de recursos se dividindo em 24

recursos de trabalho, 08 (oito) recursos de trabalho supelocados. Todos esses

dados foram coletados através do projeto de controle de produção implantado dentro

do canteiro de obras do edifício citado acima pelo o acadêmico durante a duração de

seu estágio na construtora.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pretendeu-se com esse trabalho demonstrar a importância de se controlar

as execuções de tarefas na empresa na qual o acadêmico está estagiando.

Com isso concluiu-se da necessidade de se utilizar um PCP (projeto de

controle de produção) o qual organizaria todos os setores de produção da empresa.

Cabendo assim ao diretor e gerente de produção a implantação e a execução deste

projeto.

A organização de cada setor e de seus componentes é fundamental para um

bom desenvolvimento de cada parte do projeto; no que melhorará o aproveitamento

de tempo que é contado também como fator econômico e controle de setores como:

recursos humanos, financeiro, distribuição de materiais de construção e pessoal de

mão-de-obra. Com isso foi sugerido à diretoria da empresa a implantação de um

programa de controle de produção da Microsoft, Office Project 2007. Este trabalho

poderá vir a contribuir para a administração, pois o seu tema é sobre um projeto de

planejamento que poderá ser usado em vários setores profissionais. Pois todo

comércio e prestadoras de serviços têm que ter um planejamento. Mesmo para abrir

uma empresa tem que se planejar detalhadamente. Pode-se ampliar futuramente

conforme as exigências do mercado da construção civil forem surgindo novos

métodos de planejamentos irão aparecer como este que é o tema do trabalho supriu

as necessidades atuais.

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