Cultura e Razão Prática

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  • 7/27/2019 Cultura e Razo Prtica

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    Cultura e RazoPrticaMarshall Sahlins

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    Prefcio

    Sahlins estabelece um dilogo com a teoria social eeconmica, tendo como referencial a contribuio daAntropologia, sobretudo no debate cultural.

    -Critica antropolgica da ideia de que as culturas

    humanas so formuladas a partir da atividade prtica e(...) do interesse utilitrio (pag7)

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    3- A antropologia e osdois Marxismos

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    Problemas do materialismo histrico Para o autor, a concepo materialista da histria

    certamente no um reducionismo funcional, uma vezque no concebe a sociedade como uma modalidade de

    processo biolgicos (darwinismo social). Esse ponto devista encontrado no marxismo, mas no em Marx. ParaMarx, " o indivduo o ser social": o homem s homemenquanto membro da sociedade, da mesma forma que o

    to louvado "indivduo" poupador, atravs do qual asociedade ocidental se representa a si mesma.

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    O homem faz a si mesmo e sua conscincia atravs desua atividade prtica no mundo. A posio de Marx sobrecultura e natureza - sua apreciao da cultura humanacomo uma interveno na natureza fsica - vem deencontro a uma corrente antropolgica posterior.144, 3A infra-estrutura responde maior sabedoria das coisas-em-si-mesmas, e a antropologia de Marx vem aps a

    produo, mas no est dentro dela.146

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    Momentos Culturais e Naturais na TeoriaMaterialista

    Dentro do pensamento de Marx, a simples realizao danatureza objetiva na cultura humana, sempre foi umaimpossibilidade.Porm, Marx insistia no fato de que a natureza externa socialmente relativa, dependendo do estgio alcanado e

    dos objetivos da sociedade.147

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    Na colocao de Marx, a ordem simblica eliminada da produo para reaparecer como "fantasmas" formados noscrebros dos homens, "sublimados do seu processo materialde vida".153-156-157

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    A Genealogia do Pensamento Conceitual

    Um dos pontos importante que o autor nos coloca queMarx, ao mostrar a identidade original entre a fala e a

    "linguagem da vida real", nos apresenta sua ideia sobreessa conexo essencial: que a palavra sempre cognataaos termos da ao, pois os dois tm uma raiz e umsentido comuns quanto utilidade material.159

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    Materialismo histrico e Utilitarismo

    Marx jamais abandonou sua compreenso do homemcomo um "ser essencial", obrigado a evidenciar-se a simesmo atravs da apropriao do mundo sensorial. Eleno abandona o conceito de "necessidades", nem por

    conseguinte o conceito de produo como aointencional no sentido de sua satisfao. Ao contrrio, omaterialismo histrico que vem depois depende damesma determinao naturalista do trabalho como

    processo de satisfao de necessidades, assim como ovalor de uso deve ser distinguido do valor de troca devidoa sua correspondncia direta com os desejos humanos.

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    Tanto consumo quanto produo no so criados por determinaes objetivas, mas pelo simblico: o que uneobjetividade e subjetividade atravs da cultura.

    Para Marx, o primeiro ato histrico uma experinciacomo produo dos prprios meios de subsistncia.

    Para Sahlins, no est em jogo a prioridade mas aqualidade nica de experincias humanas ricas em

    significados.

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    La Pense Bourgeoisea sociedade ocidentalenquanto cultura

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    Nenhuma sociedade pode deixar de lado a manuteno biolgica da sua populao, destaca que a cultura atua naescolha e classificao das formas possveis desobrevivncia.

    A produo uma inteno cultural. O capitalismo como ordem cultural se realiza no plano

    dos bens materiais: a produo e o consumo nacomestibilidade e no vesturio na sociedade norte-americana.

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    a efetividade material somente existe na medida e naforma projetada por uma ordem cultural (pag.184)

    A diferena entre o sistema capitalista e outros sistemas

    econmicos, reside no fato de que, na sociedade burguesa, a economia a esfera privilegiada demanifestaes simblica.

    O padro econmico uma linguagem, to figurada

    quanto outras na sociedade.

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    Concluso

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    A utilidade e os aspectos materiais no so separados dos processos sociais e da ordem cultural.

    As noes de utilidade, valor e funo, so semprerelativas a um esquema cultural. Do mesmo modo, noh outra lgica no sentido de uma ordem significativa, ano ser aquela imposta pela cultura sobre o processocultural. (pag 232).