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RESÍDUOS GERADOS EM UMA CLÍNICA DE ESTÉTICA

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Curso: Química

Alunos: Francisco, Wilson, Octavio e Rodrigo

Trabalho de segurança Ambiental

Resíduos em uma clínica de estética

Introdução

Atualmente o mercado de beleza vem evoluindo significativamente. A busca do ser humano pela aparência e beleza do corpo está entre os fatores mais importantes desse grande crescimento.O campo de trabalho dos profissionais da beleza é diversificado e também vem aumentando consideravelmente nos últimos tempos. Os brasileiros buscam produtos e serviços na incansável busca pelo corpo escultural e rosto perfeito. Assim, a busca pela melhor qualidade de vida e elevação da auto-estima, contribui para a expansão desse mercado, que tem respondido com avanços consideráveis em relação à tecnologia de produtoscosméticos, de equipamentos de última geração.Pode-se observar que, com o aumento da demanda no setor, aumenta também a preocupação dos profissionais com a satisfação do cliente, incluindo cuidados de higiene, proteção ao meio ambiente e preocupação com riscos inerentes às atividades, tanto dos profissionais quanto dos clientes, sendo que a Biossegurança é a principal área relacionada com a proteção da saúde humana, animal, e do meio ambiente. “A Biossegurança pode ser entendida, hoje, como uma ocupação, agregada a qualquer atividade onde o risco à saúde humana esteja presente” . “As práticas de Biossegurança baseiam-se na necessidade de proteção ao operador, seus auxiliares e à comunidade local contra riscos que possam prejudicar a saúde, assim como proteger o local de trabalho, os instrumentos de manipulação e meio ambiente”. A comissão de Biossegurança da fundação Oswaldo Cruz (2003) traz um conceito amplo e completo para a Biossegurança, considerando-a como um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisas, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do ambiente ou a qualidade dos trabalhosdesenvolvidos. As atividades desenvolvidas em um estabelecimento de beleza podem gerar riscos que, dependendo da sua natureza, podem ser classificados como riscos químicos, biológicos, físicos, ergonômicos e de acidentes.Diversas são as medidas de Biossegurança que devem ser tomadas visando minimizar, prevenir ou eliminar os riscos envolvidos, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), higienização das mãos do profissional a cada atendimento, uso de materiaislimpos, desinfetados e estéreis (quando necessário), manutenção de um ambiente limpo e organizado e também a adoção de um plano de gerenciamentos de resíduos gerados no estabelecimento .De acordo com a Agencia Nacional De Vigilância Sanitária (ANVISA,2006), o gerenciamento de resíduos constitui um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas e normativas legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos mesmos um encaminhamento seguro, deforma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a prevenção da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos resíduos. Todo gerador deve elaborar um plano degerenciamento de resíduos baseado nas características dos resíduos gerados. O Plano de Gerenciamento de Resíduos, é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento edestinação final, bem como a proteção à Saúde Pública.“A existência de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos é fundamental para disciplinar a gestão integrada, contribuindo para a mudança dos padrões de produção e consumo no país, melhoria da qualidade ambiental e das condições de vida da população,assim como para a implementação mais eficaz da Política Nacional do Meio Ambiente. A gestão integrada de resíduos deve priorizar a não geração, a minimização da geração e o reaproveitamento dos resíduos, a fim de evitar os efeitos negativos sobre o meio ambiente e a Saúde Pública. A prevenção da geração de resíduos deve ser considerada tanto no âmbito das empresas como também no âmbito de projetos e processos produtivos,

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baseada na análise do ciclo de vida dos produtos e na produção limpa para buscar o desenvolvimento sustentável” Desenvolvimento Sustentável, segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (2003), é aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de que as gerações futuras satisfaçam as suas próprias necessidades. É importante despertar o desenvolvimento da consciência ambiental nos profissionais da área da beleza, pois é de responsabilidade de todo o gerador o correto gerenciamento de seus resíduos, não só a fim de eliminar os riscos que eles representam tanto para profissionais como para clientes, mas também visando a proteçãoambiental. “O controle dos resíduos e do descarte final de produtos e insumos é responsabilidade direta do estabelecimento. Cabe a ele providenciar o treinamento dos participantes, planejar e distribuir as tarefas comuns de coleta de resíduos, controlar a limpeza e a desinfecção de equipamentos e ambientes”. A destinação correta dos resíduos é uma das ferramentas primordiais para externar uma boa imagem do estabelecimento perante seu público e à comunidade. Atualmente, a questão do gerenciamento de resíduos está bem definida e regulamentada na área da saúde como hospitais, clínicas odontológicas, laboratórios clínicos, farmácias e outros, através de portarias e resoluções, como a RDC 306 (2004) da ANVISA e Resolução 358 da CONAMA (2005). Entretanto, ainda não existe uma regulamentação sobregerenciamento de resíduos especificamente para a área da beleza. Evidenciando a importância que representam as questões relacionadas à Biossegurança em estabelecimentos de beleza, como satisfação dos clientes, higiene e meio ambiente, este trabalho tem como objetivo padronizar e implantar um Plano de Gerenciamento de Resíduos no CVT cosméticos.

Metodologia

O plano de gerenciamento de resíduos, baseado na RDC 306 (ANVISA, 2004), foi adaptado à realidade cotidiana do estabelecimento citado, incluindo diversos passos, dentre eles: classificação dos resíduos de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas; delineamento do tipo e quantidade de resíduos gerados por setor doestabelecimento; análise das etapas necessárias ao manejo dos resíduos (segregação,acondicionamento, identificação, transporte, armazenamento temporário, coleta e destino final), inclusive a confecção das etiquetas de identificação e contratação de empresas qualificadas para a coleta dos resíduos especiais; planejamento da melhor localização daslixeiras nos diferentes setores e adaptação de local de armazenamento temporário dos resíduos; treinamento inicial e capacitação continuada dos profissionais do estabelecimento; análise da viabilidade e custos necessários à implantação do plano.

CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

GRUPO A- RESÍDUOS BIOLÓGICOSEnglobam os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suascaracterísticas de maior virulência ou concentração, podem apresentar riscos de infecção .A presença de microrganismos como bactérias, vírus e fungos, por exemplo, associada a procedimentos inadequados realizados nos estabelecimentos de beleza, deixam expostos clientes e funcionários a esse tipo de risco , algumas gazes utilizadas,sangue/algodãoGRUPO B- RESÍDUOS QUÍMICOSContêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meioambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade etoxicidade (ANVISA, 2006). Exemplos: alguns produtos químicos usados na clinica de estética, plásticos com resíduos, o não descarte em esgoto. Germiquil, glutaraldeido, cera depilatória , etanol 70% entre outrosGRUPO C- RESÍDUOS RADIOATIVOSQuaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeosprovenientes de laboratório de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. GRUPO D- RESÍDUOS COMUNSTodos os resíduos que não se enquadram nos tipos biológicos e químicos, por suasemelhança aos resíduos doméstico, não oferecem risco adicional a Saúde Pública. Podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Incluem os resíduos orgânicos (grupo D1, de acordo com classificação interna do estabelecimento); e os recicláveis, como papéis, metais, vidros e plásticos (grupo D2, de acordo com a classificação interna do estabelecimento).exemplos na clinica de estética: luvas descartáveis , plásticos sem resíduos,máscaras, toucas , tolha descartável de papel, etc.

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GRUPO E- RESÍDUOS PERFURO-CORTANTESSão os objetos e instrumentos contendo cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar. Para os resíduos cortantes ou perfurantes, o acondicionamento deve ser em recipiente rígido, estanque, resistente à punctura, ruptura e vazamento, impermeável, com tampa, contendo a simbologia de risco biológico. Os materiais perfuro-cortantes devem ser acondicionados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso. É proibido reencapar ou proceder à retirada manual das agulhas descartáveis. Os recipientes devem ser descartados quando o preenchimento atingir dois terços de sua capacidade, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.

ETAPAS ENVOLVIDAS NO MANEJO DOS RESÍDUOS

SEGREGAÇÃO Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. Para que a segregação dos resíduos seja eficiente é necessário uma classificação preestabelecida dos resíduos a serem separados. Os principais objetivos da segregação são: minimizar a contaminação de resíduos considerados comuns; permitir a adoção de procedimentos específicos para o manejo de cada grupo de resíduos, reduzir os riscos para a saúde e meio ambiente, reciclar ou reaproveitar parte dos resíduos comuns. A segregação é o ponto crucial com relação à periculosidade dos resíduos gerados na área da beleza. Exige procedimentos especiais, devendo ser padronizados em cada estabelecimento; sendo que os profissionais devem ser treinados para a sua realização correta.ACONDICIONAMENTOConsiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Os sacos de acondicionamento devem ser alocados em lixeiras fechadas, com acionamento através de pedal, evitando o contato manual (ANVISA, 2006).IDENTIFICAÇÃOConsiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações para o correto manejo dos resíduos (ANVISA, 2006). A identificação, que é específica para cada grupo de resíduos, deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, utilizando-se frases e símbolos deidentificação.TRANSPORTE INTERNO Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de apresentação para a coleta . A condição mais importante é que o resíduo esteja acondicionado de forma adequada,assegurando o seu confinamento. O transporte deve ser feito de forma a evitar ruptura do acondicionamento e a disseminação do resíduo.ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO (INTERNO E EXTERNO) Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores até o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. O armazenamento temporário externo consiste no acondicionamento dos resíduos em abrigo, em recipientes coletores adequados, em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os veículos coletores, no aguardo da realização da etapa de coleta externa (ANVISA, 2006). TRANSPORTE EXTERNOA coleta e transporte externo consistem da remoção dos resíduos até a unidade de tratamento ou destinação final, utilizando-se que garantam a preservação da integridade física dos profissionais envolvidos, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana (TEXEIRA; VALLE, 1996).DESTINO FINAL É a prática de dispor os resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-los, de acordo com critérios técnicos construtivos e operacionais adequados, em consonância com as exigências dos órgãos ambientais competentes. A ultima etapa do gerenciamento dos resíduos é a destinação final, entendendo-se como a etapa que a partir do qual o resíduo não sofrerá nenhum tipo de manuseio. Relativamente a problemática da destinação final dos resíduos ocupam um lugar de destaque, pois são considerados críticos tanto na segurança dos estabelecimentos quanto para a Saúde Pública da própria comunidade

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IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NO CVT COSMÉTICOS

SETOR RESÍDUOS GERADOS

Sala de Estética Facial Luvas(A), lençol descartável(D2)(A), algodão(A), gaze(A),agulhas(E), embalagens de produtos(D2), mascaras e toucas(

Sala de Estética Corporal Luvas(A), lençol descartável(D2)(A), embalagens de produtos(D2)

Banheiros Papéis toalha (D1)EM GERAL Produtos químicos(B), Plástico com resíduos (B), plástico

sem resíduos(D), Gazes (A),Cera depilatória(B),glutaraldeído(B), não descarte em esgoto(B),etanol 70 % (B), luvas descartáveis(D), máscaras e toucas(D), germiquil(B), toalha descartável de papel(D)

LegendaA – RESÍDUOS BIOLÓGICOSB – RESÍDUOS QUÍMICOSD1 – RESÍDUOS COMUNSD2- RESÍDUOS RECICLÁVEISE – RESÍDUOS PÉRFURO-CORTANTES

SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOSGERADOS:RESÍDUOS BIOLÓGICOS (GRUPO A)Os resíduos deste grupo devem ser segregados no momento e local de geração nos devidos setores, e imediatamente acondicionados em sacos brancos leitosos identificados com símbolo e frase de risco biológico. O saco deve ser resistente e possuir o tamanho adequado de acordo com a quantidade gerada, devendo estar alocado em lixeiras com pedal, fechadas e sem acionamento manual, também devidamente identificada. Os rótulos de identificação dos resíduos do grupo A no CVT.RESÍDUOS QUÍMICOS (GRUPO B)Estes resíduos devem ser segregados no momento e local de geração nos devidos setores, e imediatamente acondicionados em saco plástico de cor laranja leitosa, com identificação de resíduos e riscos químicos, ou acondicionados em recipiente rígido e estanque, compatível com as características físico-químicas do resíduo ou produto a ser descartado, identificado de forma visível com o nome do conteúdo e suas principais características.Os rótulos de identificação dos resíduos do grupo B no CVT

RESÍDUOS COMUNS (GRUPO D)Os resíduos Comuns Domiciliares (grupo D1) devem ser segregados no momento e local de geração nos devidos setores, e imediatamente acondicionados em sacos pretos;enquanto os resíduos Comuns Recicláveis (grupo D2) devem ser acondicionados em sacos de cor azul. O saco deverá ser resistente e possuir o tamanho adequado de acordo com a geraçãodeste tipo de resíduo, devendo estar alocado em lixeiras com pedal, fechadas e sem acionamento manual, também devidamente identificada. Os rótulos de identificação dos resíduos do grupo D no CVT

RESÍDUOS PÉRFURO-CORTANTES (GRUPO E)Os resíduos perfuro-cortantes devem ser segregados no momento e local de geração nos devidos setores, e imediatamente acondicionados em recipientes rígidos, estanques, vedados, impermeáveis e identificados com símbolo internacional de risco biológico acrescidos da inscrição de perfuro-cortante.O recipiente coletor utilizado no CVT está de acordo com as normas da NBR 13853, contendo alça dupla para transporte, trava de segurança e revestimento interno que evita perfurações e vazamentos. Os rótulos de identificação dos resíduos do grupo E foram confeccionados, sendo que serãoanexados ao coletor.

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TRANSPORTE INTERNO E ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIOO recolhimento dos resíduos de todos os grupos deve ser realizado após o expediente por uma pessoa treinada para esta função. A funcionária designada deve recolher os resíduos devidamente acondicionados em sacos específicos para cada grupo, amarrando-os de forma a vedá-los completamente. Imediatamente após a retirada dos sacos das lixeiras, novos sacos deverão ser colocados nas mesmas. A funcionária será responsável, ainda, pelo transporte até a sala de armazenamento temporário, separando-os em lixeiras grandes e resistentes, quetambém serão identificadas com os rótulos de cada grupo de resíduos. A funcionária deve fazer uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para sua segurança, tais como: luvas descartáveis, máscara facial, touca e avental. Os resíduos coletados permanecerão no local de armazenamento temporário,aguardando o transporte externo. TRANSPORTE EXTERNONão há uma empresa específica para realizar o trabalho de coleta por isso foi necessário implantar um PGRSS PLANEJAMENTO LOGÍSTICO Para a implantação do plano de gerenciamento de resíduos na clinica de estética do CVT, analisou-se a melhor localização das lixeiras, nos locais onde os resíduos serão gerados para a facilidade dos profissionais e clientes do estabelecimento. Na sala de recepção foi colocada a lixeira do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis),já na sala dos cabeleireiros e manicures as lixeiras implantadas são dos grupos A (resíduos biológicos), D2 (resíduos comuns recicláveis) e também a embalagem de segregação do Grupo E (resíduos perfuro-cortantes).Seguindo a etapa de implantação, na sala de tintura foi instalada a lixeira do grupo B (resíduos Químicos) e do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis). Na sala de lavatórios foi instalada lixeiras do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis) e do grupo A (resíduos biológicos). E ainda no refeitório foram colocadas lixeiras dos grupos D2 (resíduos Comuns Recicláveis) e D1 (resíduos comuns domiciliares).No piso superior, onde estão localizadas as salas de banho e depilação, foi instalada lixeira do grupo A (resíduos biológicos) grupo D2 (resíduos comuns recicláveis) e ainda embalagem de segregação do grupo E (resíduos perfuro-cortantes).Na sala de estética facial além das lixeiras do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis) grupo A (resíduos biológicos) também está presente o coletor do grupo E (resíduos perfuro-cortantes) Na sala de estética Corporal as lixeiras colocadas são a do grupo D2 (resíduos comuns recicláveis) grupo A (resíduos biológicos).Finalizando o procedimento de implantação dos recipientes de acondicionamento dos resíduos gerados, nos banheiros foram instaladas lixeiras do grupo D1 (Resíduos comuns domiciliares). TREINAMENTO DE PESSOAL Para que o sucesso do plano de gerenciamento de resíduos seja alcançado, é imprescindível promover o treinamento inicial e continuado dos funcionários do estabelecimento, incluindo um programa de sensibilização em todos os níveis hierárquicos. A capacitação aumenta a eficiência do projeto.O treinamento inicial teve informações sobre os tipos de resíduos gerados, bem como sua classificação e correto manejo, desde a segregação até a coleta, enfatizando a importância de o colaborador realizar corretamente todas as etapas do plano. Para isso, depende da organização do CVT cosméticos apresentarem palestra sobre os temas envolvidos no plano. A formação continuada dos funcionários será de responsabilidade do gerente administrativo, que será incumbida de capacitar novos funcionários para o ideal manejo dos resíduos gerados, ainda, realizar vistorias periódicas. Após os treinamentos, os colaboradores deverão conhecer todas as etapas do sistema de gerenciamento de resíduos do CVT COSMÉTICOS, inclusive os símbolos gráficos, padrões de cores adotados, horários e percurso de coleta dos resíduos, localização dos locais armazenamentos desses resíduos, adotando as práticas adquiridas no cotidiano de suas atividades.

CONSIDERAÇÕES FINAISO gerenciamento de resíduos na área da beleza é ainda uma questão pouco difundida. O subsídio teórico para a implementação de um plano de gerenciamento de resíduos em um estabelecimento de beleza foi encontrado na área da saúde, sendo realizadas as adaptações necessárias, devido à escassez de regulamentações e material bibliográfico específico. Porém, é de extrema necessidade que estudos sejam realizados na área da beleza sobre o manejo de resíduos, uma vez que os procedimentos de Cosmetologia e Estética geram resíduos perigosos à saúde e segurança tanto de profissionais quanto de clientes, como os resíduos químicos (tinturas e alisantes capilares), biológicos (ceras usadas, material descartável contaminado com sangue e secreções) e perfuro-cortantes (agulhas e navalhas). É

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indiscutível a importância da separação e correto manejo destes resíduos visando prevenir e evitar riscos de contaminação. Por outro lado, estabelecimentos de beleza também geram resíduos passíveis de reciclagem, como copos descartáveis, material de escritório, papéis, embalagens de produtos não tóxicos e muitos outros. A separação deste lixo do lixo contaminado química e biologicamente é o primeiro passo para o correto manejo, mas não é o único. A correta identificação, o acondicionamento em recipientes apropriados, bem como a coleta seletiva e especial por pessoal especializado são etapas imprescindíveis para a implementação do programa. Outros itens essenciais foram a conscientização dos profissionais da área da beleza para a questão do gerenciamento de resíduos e o treinamento inicial e continuado. A questão financeira, que geralmente é apontada como um empecilho por alguns estabelecimentos para a não realização de uma política séria de manejo dos resíduos, não constituiu um entrave para a implantação do plano, pois este estudo mostrou a viabilidade econômica de implementação do plano, um pouco mais dispendiosa no início, mas plenamente acessível mensalmente para estabelecimentos de pequeno a médios portes. Além dos fatores citados acima, observou-se que outro ponto importante para o sucesso do plano de gerenciamento de resíduos no CVT, será o apoio do setor administrativo e a aceitação e colaboração por parte dos funcionários. Deste modo, o plano de gerenciamento de resíduos obterá uma excelente repercussão entre funcionários, clientes e fornecedores deste estabelecimento, além da comunidade em geral, por se tratar deuma medida na qual todos saem ganhando, além de assegurar a saúde e segurança dosfreqüentadores, contribuindo para uma boa imagem do estabelecimento perante seu público.