CURITIBA, DEZEMBRO DE 2013 - ANO IX - 101ª EDIÇÃO … · que por dentro de tudo: e também ....

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CURITIBA, DEZEMBRO DE 2013 - ANO IX - 101ª EDIÇÃO - CIRCULAÇÃO DIRIGIDA Opiniões FILIADO A A intransigência patronal levou os trabalhadores a greve em Curitiba. Quem garante aumento ao trabalhador é o Sindicato. Patrões só pensam neles. Qualificação profissional rende melhor salário ao trabalhador. Está na convenção. Veja na Página 2 Greve mostra toda a intransigência patronal Bastaram alguns dias de mobilização da nossa categoria em frente a hotéis, restaurantes e motéis de Curitiba para que a classe patronal ficasse em polvo- rosa e recorresse à Justiça para impedir novas e ruidosas pre- senças em frente aos seus esta- belecimentos. Calou o protesto das ruas, mas não o desejo dos profissionais por reconhecimen- to em salários e qualificação. As ofertas continuaram sendo ridículas e a valorização do trabalhdor terá que ser conse- guida às duras penas, na Justiça. Prevaleceu a intransigência e a insensibilidade de um setor que perde dia a dia a sua qualidade com o abandono da profissão por quem presta hoje excelen- tes serviços. Páginas 4 e 6. A mordaça foi a resposta dos patrões aos trabalhadores. Proibi-los de se manifestar foi a solução para as pedidas salariais. Patrões ainda não aprenderam que bom profissional precisa ser bem remunerado! Curso do IPPA na Estância do Lago Um grupo de profissionais do Spa Estância do Lago con- cluiu um curso de Assistente de Cozinha, oferecido “in com- pany” pelo Instituto Profissio- nalizante Paraná Aliança -IPPA. É mais uma oportunidade de qualificação que o Sindehotéis proporciona aos seus associados e empresas interessadas. Os resultados foram satisfatórios, segundo avaliação do Spa. Veja matéria completa na página 3. Fique mais atualizado com os nossos novos sites O associado Sindehotéis tem agora endereços virtuais para se atualizar. Acesse e fi- que por dentro de tudo: www.sindehoteis.org.br e também www.institutoippa.org.br. Durante a greve, tradição foi almoçar marmitex defronte ao maior do mundo!

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CURITIBA, DEZEMBRO DE 2013 - ANO IX - 101ª EDIÇÃO - CIRCULAÇÃO DIRIGIDA

Opiniões

FILIADO A

A intransigência patronal levou os trabalhadores a greve em Curitiba.

Quem garante aumento ao trabalhador é o Sindicato. Patrões só pensam neles.

Qualificação profissional rende melhorsalário ao trabalhador. Está na convenção.

Veja na Página 2

Greve mostra toda a intransigência patronalBastaram alguns dias de

mobilização da nossa categoria em frente a hotéis, restaurantes e motéis de Curitiba para que a classe patronal fi casse em polvo-rosa e recorresse à Justiça para impedir novas e ruidosas pre-senças em frente aos seus esta-belecimentos. Calou o protesto das ruas, mas não o desejo dos profi ssionais por reconhecimen-to em salários e qualificação.As ofertas continuaram sendo ridículas e a valorização do trabalhdor terá que ser conse-guida às duras penas, na Justiça. Prevaleceu a intransigência e a insensibilidade de um setor que perde dia a dia a sua qualidade com o abandono da profi ssão por quem presta hoje excelen-tes serviços. Páginas 4 e 6.A mordaça foi a resposta dos patrões aos trabalhadores. Proibi-los de se manifestar foi a solução para as pedidas salariais.

Patrões ainda não aprenderam que bom profi ssional precisa ser bem remunerado!

Curso do IPPA na Estância do LagoUm grupo de profi ssionais

do Spa Estância do Lago con-cluiu um curso de Assistente de Cozinha, oferecido “in com-pany” pelo Instituto Profi ssio-nalizante Paraná Aliança -IPPA. É mais uma oportunidade de qualifi cação que o Sindehotéis proporciona aos seus associados e empresas interessadas. Os resultados foram satisfatórios, segundo avaliação do Spa. Veja matéria completa na página 3.

Fique mais atualizado com os nossos novos sites O associado Sindehotéis tem agora endereços virtuais para se atualizar. Acesse e fi-

que por dentro de tudo: www.sindehoteis.org.br e também www.institutoippa.org.br.

Durante a greve, tradição foi almoçar marmitex defronte ao maior do mundo!

Patrões intransigentes

Rua Voluntários da Pátria, 233 – 14º andar.Curitiba PR

Fone (41) 3072-4451 – Fax (41) 3072-4452Circulação dirigida aos trabalhadores do comércio hoteleiro, meios de hospedagem e gastronomia

de Curitiba e RMC.E-mail: [email protected]

Site: www.sindehoteis.org.br Impressão: Hellograff

Filiado a FETHEPAR – CONTRATUH – NCSTJornalista responsável: Osni Gomes

(MTE 015) - Sindijor PR (673)Diagramação: Osni GomesTiragem: 6 mil exemplares

expediente

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Luís Alberto dos Santos

DIRETORIA DO SINDEHOTÉIS * Diretor Presidente: Luís Alberto dos Santos; Diretor Vice-Presidente: Moacyr Roberto Tesch Auersvald; Diretor-Tesoureiro: José Ademir Petri; Diretor-Secretário: Raphael Estevam da Silva Auerswald; Diretor de Assuntos Jurídicos: Claudeir Aparecido Albunio; Diretor de Aposentados, Pensionistas e Seguridade Social: Cláudio Tomasini; Diretor da Juventude da Mulher do Idoso de Gênero e Igualdade Racial: Margarida Maria Pereira; Conselho Fiscal Efetivo: Gilmar Ruppel Veiga, Jurema dos Santos, Angenor da Silva; Conselho Fiscal Suplente: Sidnei do Prado, Elon Pires Soares, Avelino Ferreira da Silva; Suplente de Diretoria: Terezinha Gonçalves Xoteslem, Dinalberto Cunha, Oswaldo de Souza, Sirlei Cerino da Luz Ribeiro, Nerci Francisco Trindade e Carlos César Freitas Ferreira.

Wilson Pereira

Muitos trabalhadores são levados, pelos patrões, a entender que os aumen-tos salariais que acontecem anualmente são fruto da generosidade deles, donos de hotéis, restaurantes e similares. Mas é importante que todos saibam que este benefício só chega ao holerite de cada trabalhador depois de intensas e difíceis negociações, num processo extrema-mente desgastante. Assim, ao contrário do que os patrões dizem, o benefício é uma conquista do Sindicato.

A propaganda maldosa da classe pa-tronal em desfazer o valor dos Sindica-tos ocasiona uma série de desconfianças no trabalhador, que precisa se conscien-tizar da importância da sua representa-ção classista.

Ao contrário do que o patrão diz, é importantíssimo que o trabalhador se filie e fortaleça o seu sindicato. Com um Sindicato forte a classe terá muitas con-quistas, tanto salariais, como em benefí-cios previstos em lei, mas que precisam ser firmados nas convenções trabalhis-tas.

O papel do Sindicato é gigantesco

Aumento é do Sindicato

Qualificação profissional

também na pressão junto ao Senado Federal e a Câmara dos Deputados, composta em grande maioria por em-presários que lutam por seus interesses patronais na hora de elaborar leis. Com isso estão sempre procurando retirar di-reitos do trabalhador e, só mesmo com muita pressão sindical é que não agem tão nocivamente.

Não podemos esquecer também que os Sindicatos mantêm estruturas de atendimento aos seus associados mais baratos que o mercado formal. Tudo isso graças a contribuição de parte dos trabalhadores, já que nem todos são sin-dicalizados.

Fica então o alerta: filie-se ao seu Sindicato, participe da sua entidade, esteja pronto nas manifestações e ne-cessidades da classe porque o Sindicato pode não fazer nada sozinho, mas será extremamente útil, forte e atuante com a participação de todos.

ANO IX - 101ª EDIÇÃO - DEzEMBRO 2013

palavra do PRESIDENTE

palavra da FETHEPAR

Visando uma melhor preparação dos nossos associados e da categoria laboral em geral, o Sindehotéis promove regularmente através do IPPA (Instituto Profissionali-zante Paraná Aliança), cursos de Higiene e Manipulação de Alimentos, Garde Manger (Saladeira), Assistente de Cozinha, Garçom, Barman, Vinhos, Maître, Governança, Ca-mareira, Recepcionista, Gestão de Pessoas em Hospedagem e Gastronomia, Inglês, Espanhol, Informática e Excel Avançado. Esses cursos já beneficiaram muitos tra-balhadores.

Evidente que essas pessoas que não medem esforços e, além de sua jornada normal de trabalho ainda se dispõem a fazer um curso para se qualificar, merecem um reconhecimento, uma contrapartida de seus empregadores. Afinal eles, emprega-dores, serão diretamente beneficiados com a qualidade de seu empregado e de seu estabelecimento.

Desse modo, o Sindicato conseguiu inserir na sua Convenção Coletiva de Tra-balho, uma cláusula que prevê o pagamento de 2% sobre o salário para quem faz esses cursos.

Diz a Convenção Coletiva: Cláusula Primeira: Reajuste Salarial. Parágrafo

palavra do JURÍDICOEdson Massaro Postalli

segundo: Adicional por qualificação: O empregado que apresentar certificado de conclusão de curso realizado pelo sindicato dos empregados através do IPPA (Instituto Profissionalizante Paraná Aliança) ou pelo sindicato patronal, assegura-se o adicional de 2% (dois por cento) não cumulativos sobre o seu salário base, desde que o certifi-cado seja referendado pelos dois sindicatos.

Parágrafo terceiro: Para ter direito ao adicional, o empregado deverá comprovar a entrega do certificado de conclusão do curso mediante recibo, ou qualquer outro meio que a comprove. Embora a Lei diga que para funções iguais o salário também deve ser igual, a efetiva realização do curso, onde o empregado adquire um diferencial dos demais empregados e a previsão na Convenção Coletiva de Trabalho é a ga-rantia da legalidade nesse diferencial de remuneração.

Portanto, havendo previsão conven-cional de um ganho real em razão dessa qualificação, e tantos outros benefícios que podem vir, procurem o IPPA e bom curso.

O Sindehotéis viveu um momento de greve nas últimas semanas. O movimento foi provocado pela intransigência e insensatez da classe patronal. Uma análise simples da situação dos trabalhadores em hotéis, restaurantes e similares de Curitiba e Região é clara para mostrar que os patrões querem muito lucro, mas não valorizam os trabalhadores que são os principais responsáveis pelo sucesso de seus em-preendimentos.

Só para se ter uma ideia, levantamento do jornal Gazeta do Povo, na rede hoteleira de Curitiba, mostra que as tarifas podem triplicar em relação ao que é cobrado hoje. A pesquisa avaliou a menor diária para duas pessoas, em quarto standard, em outubro de 2013 e junho de 2014. Em nove hotéis pesquisados em Curitiba, as altas vão de 56% a 208%.

Diz o jornal, com todas as letras que: “Entre os campeões dos aumentos estão hotéis independentes, como o Nikko Hotel, na Barão do Rio Branco, no Centro de Curitiba, que oferece uma suíte por R$ 606 (hoje, o mesmo quarto não custa mais de R$ 248), e redes grandes, como Bourbon e Slaviero. As tarifas em Curitiba estarão mais caras que as cobrados por hotéis de luxo em Foz do Iguaçu, principal destino turístico do Paraná”.

Enquanto isso os patrões acenaram, no Ministério do Trabalho com um insignificante piso salarial, para valer até outubro de 2014, de R$ 860, contra uma pedida do Sindehotéis de R$ 930. O salário mínimo regional, praticado no Paraná já é de R$ 914 e terá aumento em maio. Com muito custo, a intransigência patronal propôs no Ministério Público do Trabalho um segundo acréscimo de mais R$ 18, discordando do movimento grevista, alegando que “hotéis, restau-rantes e similares estavam funcionando com quase 100% do quadro”.

Por fim, registramos que se nada for decidido até a primeira quinzena de dezembro, fica autorizado às partes a recorrerem a Justiça para que esta resolva o que é melhor para a classe.

Quero então agradecer a todos que aderiram à greve e vamos aguardar este prazo para ver o que nos reserva a Justiça.

ANO IX - 101ª EDIÇÃO - DEzEMBRO 2013

Ippa incrementa os pratos na Estância do LagoNutricionista e Gerente de RH da Estância do Lago requisitaram cursosdo IPPA e fazem avaliação positiva do treinamento das funcionárias.

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Luciana, Neury, Joceli, Elisabete, Zenith, Eliane, Shirley foram treinadas no curso de Assistente de Cozinha, oferecido pelo IPPA, no Spa Estância do Lago.

Nutricionista Thais de Brito escolheu o IPPA.

A avaliação das participantes

Instrutora do IPPA vai ao próprio local de trabalho e ministra o curso.

Sete profissionais do Spa Es-tância do Lago, foram treinadas pelo Instituto Profissionalizante Paraná Aliança – IPPA, do Sin-dehotéis, através do curso de Assistente de Cozinha, habili-tando-as com maior qualidade para as finalidades da empresa: tratamento da integridade, físi-ca, psíquica e espiritual de seus clientes.

A chef Lena Gomes foi re-quisitada pela nutricionista Thais de Brito, para o curso “in company”, depois de avaliar vá-rios outros oferecidos no ramo para estimular as profissionais de cozinha a criar e implantar pratos, motivando inovações de paladares e decoração gas-tronômica.

“Aqui não temos uma grande produção, mas tudo deve ser feito com o máximo de carinho e na forma adequada de apresen-tação”, destacou ela, preocupada em fazer com que “o cliente saia satisfeito”. Para Thais é

“importante que as pessoas comam com os olhos e depois degustem e isso foi muito bem desenvolvido no treinamento oferecido pelo IPPA”.

OutrosA experiência com os cursos

do IPPA foi vivida também pela gerente de Recursos Humanos,

Giselle Iansen Baptista Cordei-ro, que deu nota 10 para o curso de Camareira: “bem prático e a parte teórica foi de fácil aprendizado”, disse ela compa-rando que “nossas funcionárias chegaram a fazer cursos em outros locais, mas nenhum foi tão abrangente”.

Luciana Santos Miquelin considerou o curso “muito bom, aprendemos coisas maravilho-sas”. Para Shirley de Fátima F. Baptista, “este curso vai acres-centar muito em minha profis-são”. Já Joceli Aparecida Silla Czeusniak, deu nota máxima ao curso e classificou os métodos adotados como “excelentes”. Neury Cristo Cerlesso elogiou tanto a teoria como a prática e disse: “não tenho nenhuma crí-tica a fazer”. Elisabete S. Brito estava entusiasmada e já queria se matricular em outros cursos, como de Garden Manger (sa-

ladeira), assim que for ofertado. Zenith Aparecida Cotoski disse que vai aproveitar as dicas não apenas na profissão, mas tam-bém na sua vida particular. E Eliane Favoreto avaliou o curso como muito positivo: “consegui captar as melhores informações e práticas”. A nutricionista Thais de Brito resolveu também acom-panhar todas as aulas da ins-trutora Lena e considerou tudo muito positivo. “Conseguimos transformar receitas até então desconhecidas em aptas para o nosso tipo de público, que além de exigente é típico”.

Giselle Cordeiro, gerente de RH no Spa.

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Jornais revelam a ganância na Copa do MundoAlgumas publicações mostram que os patrões querem faturar muito com a Copa, mas eles não pretendem repassar lucros aos funcionários.

ANO IX - 101ª EDIÇÃO - DEzEMBRO 2013

Levantamento do jornalista Gabriel Azevedo, da Gazeta do Povo, revela que hotéis de Curi-tiba vão cobrar duas vezes mais que a tarifa habitual durante o mundial. Mancheteou o jornal em 24 de outubro passado que “Para evento, diárias de hotel estão até 208% mais caras.”

ReportagemGabriel Azevedo escreveu:

“A oito meses do Mundial da Fifa, as diárias para o período já estão definidas e vão pesar no bolso dos hóspedes. Levan-tamento da Gazeta do Povo na rede hoteleira de Curitiba mostra que as tarifas podem triplicar em relação ao que é cobrado hoje. A pesquisa ava-liou a menor diária para duas pessoas, em quarto standard, em outubro de 2013 e junho de 2014. Nos nove hotéis pesquisa-dos em Curitiba, as altas vão de 56% a 208%.

Entre os campeões dos au-mentos estão hotéis indepen-dentes, como o Nikko Hotel, na Barão do Rio Branco, no Centro de Curitiba, que oferece uma suíte por R$ 606 (hoje, o mesmo quarto não custa mais de R$ 248), e redes grandes, como Bourbon e Slaviero.

As tarifas em Curitiba esta-rão mais caras que as cobrados por hotéis de luxo em Foz do Iguaçu, principal destino turís-tico do Paraná. Mesmo durante a Copa, quando a cidade no Oeste do estado espera receber

um número maciço de turistas, o tarifário não dá sinais de que vai disparar. A mesma pesquisa foi realizada na rede hoteleira em Foz. No Hotel das Cataratas, um dos mais tradicionais da cidade, a tarifa estará 2% mais barata, inclusive.

AumentosA escalada de preços não

é novidade. O Instituto Brasi-leiro de Turismo (Embratur) tem realizado várias pesquisas sobre as tarifas hoteleiras no

país. Em agosto, encontrou uma diferença de até 583% entre as diárias praticadas naquele mês no Rio de Janeiro e aquelas previstas para o período da Copa do Mundo.

O estudo se baseou nos valores apresentados pelo pró-prio site da Fifa nas 12 cida-des que vão sediar o evento, comparando-os com as tarifas cobradas pelos mesmos hotéis em seus sites de reserva ou sites de reservas de viagens on-line,

para estadia entre julho e agosto deste ano.

Neste estudo, a tarifa média para Copa de 2014 em Curitiba foi de US$ 253 (R$ 560). O valor está bem acima do que foi cobrado em Berlim durante o mundial de 2006: US$ 186. “Esses aumentos abusivos vão dificultar a vinda de estrangeiros depois da Copa”, prevê Flávio Dino, presidente da Embratur. “Nossa preocupação não é o evento. Durante a Copa, os ho-téis estarão lotados. O problema é depois”, afirma.

Para atenuar os avanços no valor das tarifas, o governo federal enviou um comunicado oficial para a Fifa e para repre-sentantes do setor hoteleiro de todo o Brasil, solicitando a renegociação dos preços das diárias de hotéis estabelecidos para a Copa do Mundo 2014. No comunicado, a Embratur diz que “o que se nota é a projeção de um estratosférico crescimento das tarifas hoteleiras”.

Gazeta do Povo - 24/10/2013

A expectativa também é boa na rede hoteleria de Curitiba. O segmento espera uma lotação de 80% em dezembro, superior aos 69% registrados no mesmo período do ano passado. A es-timativa é do Seha (Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Curitiba, região e Litoral).

De acordo com o presidente da entidade, Marco Antônio Fatuch, as reservas já estão

acontecendo. “Os hotéis estão oferecendo preços compensa-dores para as diárias.

É como comprar passagem de avião, quanto maior a antece-dência, melhores condições são conseguidas”, orienta Fatuch.

Segundo ele, 60% das pes-soas que devem vir a Curitiba neste fim de ano são do interior do Paraná. “A maioria vem fazer compras de Natal”, aponta.

Jornal Metro - 11/11/2013

Rede hoteleira estima que lotação chegue a 80%

Embratur pede que taxas baixem

Entre os apelos do Embratur para baixar os preços das diárias para a Copa do Mundo de 2014, está um pedido para que a em-presa suíça Match, detentora dos direitos do Programa de Hospitalidade da Fifa, reduza suas taxas de intermediação, que estariam encarecendo algu-mas diárias em mais de 40%. A Match é a principal responsável pela acomodação da comunida-de Fifa (equipes, funcionários etc) e também oferece o serviço de reserva ao público, cobrando taxas de intermediação sobre o preço das diárias dos 848 hotéis com quem fechou reservas no país.

Em Curitiba e região, Litoral e Ponta Grossa, 13 mil leitos ou 68% do total foram “bloque-ados” para serem negociados pela Match.Grevista protesta na placa do Bourbon.

Sindehotéis e Sintramotos estão unidos

05ANO IX - 101ª EDIÇÃO - DEzEMBRO 2013

O governo arrumou uma “fonte de custeio” e o trabalhador precisa fi car alerta com perdas. A ética não está sendo respeitada.

palavra daNOVA CENTRAL

Denilson Pestana da Costa

Liberdade SindicalO senador Paulo Paim (PT/RS) adiou a

apreciação da Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dispõe sobre a Liberdade Sindical e a Proteção do Di-reito Sindical, prevista para o inicio deste mês.

Em razão da consideração às entidades sindicais, Paim suspendeu a votação da con-venção sem data prevista para apreciá-la e garantiu que essa questão só irá tramitar após um longo debate com todas as organi-zações sindicais dos trabalhadores.

Os sindicatos são livres para se constituí-rem desde que em cada base territorial de no mínimo um município, exista uma só entidade sindical representativa de uma categoria. Assim, em um município não pode existir mais de um sindicato representativo da categoria de turismo e hospitalidade, por exemplo. É a chamada unicidade sindical.

Pela Convenção 87, não há qualquer limitação na criação dos sindicatos que pode-riam existir tantos quantos os trabalhadores (sindicatos profi ssionais) ou empresários (ca-tegoria econômica) entendessem necessários. Permite que num mesmo município possa ter dois ou mais sindicatos representando a mesma categoria. É a chamada pluralidade sindical.

Nesse modelo, a intervenção do estado como ocorre em relação a obrigatoriedade da contribuição sindical em favor dos sindicatos também estaria extinta. Entretanto, as con-tribuições para manutenção dos sindicatos seriam fi xadas por assembleias.

Portanto, a Nova Central é contra a con-venção 87, pois entendemos que a estrutura sindical atual é vitoriosa e garante o direito dos trabalhadores.

CONVÊNIOS SINDEHOTÉISCLÍNICO GERAL - Dr. Edmilson Mário Fabbri - Fone: (41) 3072-4451

PEDIATRIA - Dra. Marina Cortes Del Grossi - Fone: (41) 3072-4451

GINECOLOGIA - Dra. Malu Dolinski - Fone: (41) 3014-5876

ODONTOPEDIATRIA - Dra. Ana Cristi na Farah Fone: (41) 3225-3661

PSICOLOGIA - Dr. Geraldo Magalhães Fones: (41) 3223-9101, (41) 9141-3141

PSICÓLOGA - Dra. Tati ana Posansky Fabbri - Fone: (41) 3262-6699

ACESSO SAÚDE – CURITIBA/COLOMBO/PINHAISFone: 0800-601-3500, (41) 3025-3500

CENTRO MÉDICO DR. BERNARDO - Fone: (41) 3232 0392

CENTRO MÉDICO SAÚDE PLENA - Rua Isaac Ferreira da Cruz, 3899 Cj 12 a 14 - Síti o Cercado

Clínico Geral, Emagrecimento, Geriatria, Dermatologia, Acupuntura, Psicopedagogia, Nutricionista, Fisioterapia

Ortopédica ou Respiratória, Fisioterapia Neurológica, Cardiologista, Eletrocardiograma, Pneumologista e Ortopedista.

Marcação de consulta - Fones: (41) 3287-5534 ou (41) 3287-0754

HOSPITAL MENINO DEUS - Fone (41) 3302-2600, (41) 3264-6412

CENTRO DIAGNÓSTICO BOM JESUS - Fone: 3016-9060CLIFAME – ÁREA DE SAÚDE - Fone: (41) 3223-1262

Associados com mais de 6 meses de fi liação recebem auxílio material escolar para fi lhos até 18 anos

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CLÍNICA ODONTO TERCEIRO MILÊNIO - Fone 0800-6432-7575 (41) 3321-7150

DOENÇA DA PELE, CABELOS, UNHAS, COSMIATRIA E ESTÉTICADra. Emmanuelle Bertoldi - Fone: (41) 3244-8888, (41) 3342-2363

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ABRIL ECOGRAFIA - Fone: (41) 3323-1556, (41) 3233-2754

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ÓTICA BARÃO - Fone (41) 3233-2626

AUTOESCOLA CRISTO REI - Fone (41) 3324-7141

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Vereador Cacá Pereira (PSDC) acompa-nhado pelo Diretor do Sintramotos Clovis

Lima esteve em reunião com o Diretor Presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meio de Hospeda-gem e Gastronomia de Curitiba e Região - Sindehotéis, Luís Alberto dos Santos , colocou-se à disposição do Sindicato e dos trabalhadores da categoria.

Dentre as demandas tratadas destacam--se a aproximação entre entidades através de convênios e parcerias intersindicais e a possibilidade de realizações de cursos de capacitação e profissionalizante cujo propósito é levar melhores condições aos trabalhadores e seus representados.Luís Alberto recebe o vereador Cacá Pereira (PSDC).

O advogado Otávio Brito Lopes tratou de um dos temas mais importantes para a classe trabalhadora, durante o Congres-so Estadual da Nova Central Sindical de Trabalhadores, em Foz do Iguaçu. Ele falou sobre as formas de recuperação das perdas do FGTS, lembrando que “uma TR zero não corrige uma infl ação de 5% a 6% e isso reduz o salário do trabalhador nesta mesma proporção”. E foi mais duro quando lembrou que “com uma TR zero, o governo perdeu toda a vergonha” e disse mais, que é preciso o governo fi xar um programa de moradia popular, sem o dinheiro do tra-balhador, referindo-se ao projeto “Minha Casa, Minha Vida”. Asseverou que o capital é do trabalhador. No entanto lembrou que a Caixa Econômica ganha muito dinheiro com

Governo usa o FGTS e prejudica trabalhador

o FGTS, favorecida pela decisão do governo em defi nir quem administra esse recurso. Mais adiante criticou mais, advertindo que todo e qualquer programa habitacional tem que ser defi nido por recursos dos impostos e não com o do FGTS, que é dinheiro da conta do trabalhador brasileiro.

Para Otávio Brito Lopes, o FGTS é um pecúlio que funciona como uma salvaguarda para investimentos quando o trabalhador é demitido, em caso de doenças ou quando vai investir na sua moradia. Quando fi nancia um programa de governo, deixa a sua fi nalidade de lado, cravando: “o governo arrumou uma fonte de custeio. Ou seja: ele faz a besteira e nós pagamos. Ele passou dos limites, pois ninguém pode se locupletar com perdas alheias. A ética não está sendo respeitada”.

A palestra foi baseada na necessidade dos sindicatos fi carem alertas e os trabalhadores também para um movimento de ações para resgatar as perdas dos últimos anos no ren-dimento do Fundo de Garantia.

Wilson Pereira e Otávio Brito Lopes, na Nova Central.

06ANO IX - 101ª EDIÇÃO - DEzEMBRO 2013

Aumento só de R$ 18, ofende trabalhadorO máximo que os patrões propuseram nas mesas de negociações foi um ridículo aumento de R$ 18, considerado ofensivo pela categoria.

Registro da greve. Acima banquete dos poderosos e abaixo marmitex do trabalhador.

Duas assembleias realizadas pelo Sindehotéis com excelente participação dos trabalhadores da área de hotéis, restaurantes e similares, serviram para de-cretar uma greve pela falta de respeito dos patrões aos traba-lhadores.

O Sindehotéis esgotou to-das as conversações em quatro mesas redondas, inclusive uma com o Ministério do Trabalho. Lá, intransigentes, os patrões não arredaram o pé de uma pro-posta absurda de passar nosso minguado piso de R$ 798 para R$ 860, o que não chega nem do valor do salário mínimo que é praticado no Paraná.

Nossa pedida foi de um piso de R$ 930, já que o piso regio-nal é de 914 e sobe novamente em maio e mais algumas outras conquistas que precisam ser registradas na nossa convenção. Queremos vale refeição de R$ 20 por dia, cesta básica de R$ 200, vale transporte gratuito, seguro de vida de R$ 45 mil, anuênio de 2% e assiduidade de 20%. Para os salários acima do piso, um reajuste mínimo de 10%.

Não houve acordo e o máxi-mo que nos ofereceram depois de quatro dias de paralisação fo-ram mais R$ 18, o que é ridículo. Usando de sua influência, os

assim, lamentamos e apelamos para o bom senso, mais uma vez. É impossível continuar vivendo um sistema de escravidão.

Várias agressões foram re-gistradas contra os trabalhado-res durante a greve. Começou pelo cliente do Bourbon que arremessou um copo de vidro atingindo a cabeça de um mani-festante, que por pouco não foi fatal. Depois no Slaviero Slim e no Hotel Del Rey, onde um segu-rança atingiu uma manifestante. E por fim no Motel Emoções.

Pelas redes sociais dirigen-tes e prepostos ironizavam a greve. Um deles chegou a dizer que iria usar a greve para tirar férias: “eu também quero ga-nhar mais e trabalhar menos”, escreveu. E de pronto recebeu a resposta: “se ganhar R$ 880 é ganhar mais, está lançado o de-safio: viaje com esta “fortuna na carteira”, pegue um bom hotel e frequente bons restaurantes e veja que férias maravilhosas terá!”.

Esta é a postura de sem-pre! Os patrões não levam os trabalhadores à sério, zombam de suas reivindicações e sus-tentam um salário miserável que só tem estimulado cada vez mais o abandono da profissão, trocando-se trabalhadores de alto nível por aprendizes.

patrões conseguiram na Justiça um Interdito Proibitório, que nos impediu que fizéssemos bu-zinaço ou apitaço na frente dos hotéis, restaurantes e similares.

Realizamos então uma gi-gantesca “Passeata da Mordaça” e registramos no Ministério

Público do Trabalho que uma das partes poderá recorrer ao Tribunal do Trabalho para que ele decida o que é mais justo para a categoria. Isso significa ir a dissídio coletivo. Não é o que o trabalhador pretende.

Se os patrões entendem

Mesmo sob as ameaças Simpatia dos turistas

Mesmo sob as ameaças patronais de dispensar quem aderisse ao movimento gre-vista, trabalhadores deram um tempo nas tarefas para empunhar nossa bandeira.

Ao contrário dos patrões, os turistas foram simpáticos à greve e até aderiram ao nosso barulho. Sabem que a gorjeta cobrada nem sempre chega ao trabalhador.