Curso 7201 Aula 06 v1 Unlocked
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Aula 06
Noes de Administrao p/ TCU - TcnicoProfessor: Carlos Xavier
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Noes de Administrao para Tcnico do TCU (TFCE/TCU)
Teoria e Exerccios.
Prof. Carlos Xavier - Aula 06
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AULA 06: Gesto do desempenho e Reconhecimento.
SUMRIO PGINA
1. Palavras iniciais. 2 2. Gesto do desempenho. 3 2.1. Avaliao de desempenho. 8 2.2. Mtodos de avaliao de desempenho. 16 2.2.1. Escalas grficas. 17 2.2.2. Listas de verificao (checklists). 20 2.2.3. Escolha forada. 21 2.2.4. Mtodo das frases descritivas 23 2.2.4. Pesquisa de campo. 23 2.2.5. Mtodo dos incidentes crticos. 24 2.2.6. Avaliao Participativa por Objetivos (APPO). 25 2.2.7. Avaliao 360 graus. 29 2.2.8. Mtodo comparativo / comparaes foradas. 31 2.2.9. Padres de trabalho. 32 2.2.10. Observao direta. 32 2.2.11. Avaliao por escrito. 33 2.2.12. Escalas de mensurao ancoradas em desempenho 34 2.2.13. Balanced Scorecard (BSC). 34 2.3. Erros no processo de avaliao do desempenho. 44 3. Reconhecimento. 47 4. Questes comentadas. 49 5. Lista de questes. 90 6. Gabarito. 109 7. Bibliografia principal. 110
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1. Palavras iniciais.
Oi pessoal!
Mais uma aula adiantada para o seu estudo!
Hoje vamos estudar a gesto do desempenho - busca da
compreenso do desempenho do indivduo para possibilitar retroao de
informao e melhoria do desempenho futuro. A aula cheia de tcnicas de
avaliao de desempenho, j que esse o conhecimento geralmente cobrado
em provas sobre o assunto de hoje.
Alm disso, a banca falou tambm em "reconhecimento". No h
nenhuma teoria especfica sobre o assunto, mas apenas uma compreenso
ampla e aberta de diversos tpicos de administrao - praticamente
impossveis de serem compilados e resumidos. Farei algumas breves
considerao a esse respeito durante a aula.
Um abrao e bons estudos!
Prof. Carlos Xavier
www.facebook.com/professorcarlosxavier
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2. Gesto do desempenho.
Voc estudaria mais para um concurso com salrio bom ou com
salrio ruim? A resposta clara, e mostra que a recompensa influencia o
desempenho em um trabalho. Agora eu pergunto: voc estudaria mais para
um concurso cuja prova pudesse aprovar um nmero ilimitado de pessoas do
que um concurso com um nmero limitado de vagas? Perceba que o prprio
sistema de avaliao - que em uma situao permite aprovao de mais
pessoas do que no outro - termina influenciando o seu desempenho.
- Mas o que desempenho?
Desempenho pode ser entendido de diferentes maneiras. Em
concursos, comum que se considere que desempenho uma funo de:
1. Motivao.
2. Capacidade.
3. Contexto de trabalho.
Assim, no basta motivao do funcionrio para que haja um bom
desempenho. preciso tambm que se possua capacidade de execuo
(conhecimentos sobre a tarefa e como realiz-la) e que o contexto de trabalho
seja favorvel, com incentivos e ferramentas para que as tarefas possam ser
realizadas.
Visto de outra forma, o desempenho possui duas dimenses:
1. Esforos.
2. Resultados.
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Se, por um lado, o tamanho dos esforos empreendidos indica uma
importante faceta do desempenho, os resultados obtidos tambm so
fundamentais.
Robbins (2010, p.545), por sua vez, nota que pesquisadores veem a
existncia de trs tipos de comportamento que compem o desempenho do
profissional:
1. Desempenho de tarefa. o desempenho dos deveres e
responsabilidades que contribuem parar a produo de um bem
ou servio, ou para tarefas administrativas. Isso inclui a maior
parte das atribuies na descrio de um trabalho convencional.
2. Cidadania. So as aes que contribuem para o ambiente
psicolgico da organizao, tais como ajudas os outros mesmo
quando isso no exigido, apoiar os objetivos organizacionais,
tratar os colegas com respeito, oferecer sugestes construtivas
e dizer coisas elogiosas a respeito do local de trabalho.
3. Contraprodutividade. So as aes que prejudicam
ativamente a organizao. Tais comportamentos incluem
roubar, danificar as instalaes da empresa, comportar-se
agressivamente com os colegas e faltar sem necessidade.
Agora que sabemos o que o desempenho, podemos comear a falar
em gesto e avaliao do desempenho.
A gesto do desempenho uma perspectiva ampla adotada pelas
organizaes, que buscam gerir o valor que as pessoas efetivamente geram
por meio de suas competncias e de sua aplicao ao trabalho, considerando
os efeitos positivos da motivao.
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O seu principal objetivo maximizar o resultado do trabalho dos
colaboradores da organizao, gerando impactos reais para a realizao dos
objetivos organizacionais.
Alguns elementos importantes esto relacionados gesto de
desempenho:
1. A avaliao de desempenho: trata-se do instrumento
utilizado para que o desempenho dos indivduos, reas e da
prpria organizao possam ser mensurados.
2. Feedback: trata-se do retorno de informaes sobre o prprio
desempenho para aquele profissional, rea ou organizao que
foi avaliado. Com o feedback, possvel, por exemplo, que se
saiba se o caminho que est sendo realizado o correto e se ele
levar aos resultados esperados. O feedback gerenciados pelo
prprio profissional tendem a gerar um desempenho melhor do
que feedbacks que precisam ser gerenciados por terceiros.
3. Reconhecimento: o reconhecimento pelo trabalho realizado
uma importante ferramenta para que o desempenho seja
melhorado. Quando outras pessoas se apropriam do trabalho de
um funcionrio, a falta de reconhecimento pode levar
desmotivao e a uma consequente perda do desempenho.
4. Diversidade: trata-se de um elemento que favorece a
criatividade no trabalho em equipe, por isso pode favorecer o
desempenho quando a necessidade de criar anlises e solues for preponderante para o sucesso.
5. Agilidade e flexibilidade: a agilidade e flexibilidade
profissionais favorecem o desempenho das equipes, uma vez
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que permitem uma insero mais fcil e menos conflituosa do
indivduo no grupo.
Isto posto, importante perceber que a avaliao de desempenho
ocupa papel central na gesto do desempenho, j que ela possibilita a
identificao do desempenho dos funcionrios em uma organizao. Seus
grandes objetivos so a correta aplicao do funcionrio ao trabalho, a
obteno de feedback sobre o desempenho e o desenvolvimento do
funcionrio e de suas competncias atravs de programas de Treinamento e
Desenvolvimento.
Alm disso, a avaliao de desempenho, num mbito da gesto do
desempenho humano nas organizaes, pode ser utilizada nos diversos
processos de gesto de pessoas da organizao (lembre-se: Gesto de
pessoas um DRAMMA). Vejamos onde entra a avaliao do desempenho
em cada um dos processos de gesto de pessoas:
1. Desenvolvimento de pessoas: com base na avaliao do
desempenho so identificados os pontos fortes e fracos da
pessoa, suas potencialidades a serem desenvolvidas e suas
fraquezas a serem superadas. S assim possvel desenvolver
as pessoas para o futuro!
2. Recompensar pessoas: com base na avaliao de desempenho
as organizaes podem decidir sobre como adequar as
recompensas salariais ao desempenho de cada um;
3. Agregao de novas pessoas: a avaliao de desempenho serve
como base para levantamento das necessidades da organizao
em termos de competncias que so requeridas nos
funcionrios a serem recrutados e selecionados. Alm disso, ela
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possibilita que os resultados dos processos de recrutamento e
seleo sejam validados: funcionrios com avaliaes que
apontam bom desempenho mostram a existncia de processos
de agregar pessoas com resultados positivos;
4. Monitorar pessoas: a avaliao serve como base para que os
gestores possam acompanhar o desempenho do individuo,
possibilitando a necessria interao para discusso sobre os
assuntos do trabalho;
5. Manter pessoas: a avaliao de desempenho possibilita, como
consequncia de suas vrias aplicaes, a manuteno do
capital humano na organizao.
6. Aplicao de pessoas ao trabalho: com base na avaliao de
desempenho e seus resultados, possvel verificar se as
pessoas da organizao se encontram em cargos adequados s
suas competncias ou se elas poderiam ser aplicadas com maior
eficcia em outros cargos da organizao.
Como se v, a gesto de desempenho consiste no uso da avaliao de
desempenho para que o desempenho dos colaboradores da organizao seja
alado ao mximo possvel, possibilitando retorno para a prpria organizao e
para o funcionrio. Ela mais do que o simples uso do instrumento da
avaliao de desempenho, requerendo que a mentalidade da organizao
como um todo passe a ser voltada para o desempenho! assim que se
consegue realizar a gesto do desempenho e resultados na organizao!
Com isso, imprescindvel que estudemos o principal foco
terico do tema: A avaliao de desempenho!
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2.1. Avaliao de desempenho.
A avaliao de desempenho busca medir o desempenho que as
pessoas tm no exerccio de suas atribuies na organizao em relao aos
padres estabelecidos, metas e resultados esperados, competncias e seu
potencial de desenvolvimento.
Ela julga o desempenho das pessoas buscando relacion-lo com os
objetivos da prpria organizao. Deste modo, importante que a avaliao
considere qual a contribuio que o trabalho de cada funcionrio d
organizao como um todo.
Antigamente, a avaliao de desempenho era um processo mecnico
cuja execuo estava centralizada em reas da organizao que eram tidas
como especialistas na rea. Hoje em dia, ao contrrio, ela vista de forma
dinmica, abrangendo a pessoa que est sendo avaliada, o seu gerente e os
relacionamentos que ela mantm na organizao.
Apesar disso, a avaliao de desempenho pode variar bastante de
uma organizao para outra. Algumas delas podem, por exemplo, enfocar o
desempenho do individuo no cargo enquanto outras enfatizam a avaliao das
competncias de um individuo em relao s competncias necessrias para o
sucesso organizacional.
Robbins (2010) afirma que os principais elementos medidos em uma
avaliao de desempenho so os resultados individuais da tarefa, os
comportamentos e os traos individuais - sendo este ltimo o menos
importante.
De qualquer forma, deve-se ter em conta que o desempenho das
pessoas na organizao no ser sempre padronizado. A mesma pessoa no
ter sempre o mesmo desempenho ao longo do tempo. Alm disso, pessoas
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diferentes podem ter desempenhos similares independentemente do momento
da avaliao.
Na verdade, o desempenho humano nas organizaes depende de
vrios fatores, incluindo o prprio trabalhador, o momento no tempo, as
tarefas desempenhadas, o tipo de liderana, os fatores motivacionais e
ambientais, suas atitudes, etc. Em outras palavras, possvel dizer que o
desempenho humano nas organizaes contingencial!
J vimos que a avaliao de desempenho pode servir em todo o
processo de gesto de pessoas (DRAMMA). Em aspectos mais prximos ao dia-
a-dia organizacional, a avaliao de desempenho costuma ser realizada por
possibilitar diferentes usos, dentre eles:
1. Atribuir recompensas s pessoas, como promoes, prmios,
aumentos salariais, bnus, etc. Subsidiariamente, sabe-se que
as organizaes utilizam a avaliao como fundamento at
mesmo para demitir os funcionrios, apesar de no ser esse o
seu objetivo.
2. Oferecer feedback s pessoas sobre o seu desempenho no
trabalho para que elas saibam se esto indo no caminho certo
ou se precisam corrigir os rumos do seu desempenho.
3. Levantar o potencial de desenvolvimento das pessoas na
organizao;
4. Possibilitar ao colaborador o seu desenvolvimento com base nas
lacunas percebidas ao se comparar requisitos do cargo ou
competncias requeridas com desempenho no cargo e
competncias apresentadas pelo funcionrio;
5. Melhorar a percepo que o avaliado tem quanto ao que os
outros pensam sobre o seu desempenho no trabalho.
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6. Facilitar o relacionamento entre as pessoas no trabalho, que
passam a saber o que os outros pensam a respeito do seu
desempenho no trabalho;
7. Tornar possvel o funcionamento efetivo de programas de
aconselhamento e orientao aos funcionrios da organizao.
A avaliao do desempenho do funcionrio ir buscar avaliar sua
postura frente ao trabalho. Esta postura consiste no conjunto de caractersticas
cognitivas e atitudinais que fazem com que uma pessoa seja vista e avaliada
de uma maneira. Havero pessoas que sero vistas como calmas, tranquilas,
estressadas, dinmicas, comunicativas, introvertidas, etc. Tudo depender de
sua postura!
Tendo isso em mente, importante que se entenda o processo de
avaliao de desempenho na organizao.
Ele comea com o estabelecimento do objetivo da avaliao do
desempenho, que podem ser vrios, como j vimos.
Em seguida, necessrio que se estabeleam os objetivos a serem
atingidos pelos funcionrios. Eles devem ser eficazmente transmitidos para os
colaboradores que sero avaliados, estabelecendo as expectativas em relao
ao que dever ser avaliado. Neste momento, importante que os futuros
avaliador e avaliado concordem sobre a fixao das metas a serem atingidas,
para que isto sirva como uma espcie de contrato psicolgico entre as partes.
Em um terceiro momento, o trabalho desempenhado ser
examinado para, em seguida, ser avaliado em relao aos aspectos definidos
no incio do processo.
Com base nessa avaliao de desempenho, a liderana dever
oferecer feedback ao funcionrio sobre a sua avaliao, discutindo os
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resultados alcanados e as deficincias, o que pode servir de insumo para um
processo de treinamento e desenvolvimento do funcionrio. O resultado final
da avaliao tambm dever ser aceito tanto por avaliador quanto pelo
avaliado, considerando os objetivos fixados e o processo de avaliao que foi
conduzido. Com isso, possvel que novas metas sejam fixadas para que o
processo de avaliao venha a se desenrolar em um novo ciclo.
Apesar de ser algo muito positivo para as organizaes, a avaliao
de desempenho tambm pode gerar alguns problemas. Quando as pessoas
sentem que a avaliao serve apenas como subsdio para punio ou
premiao por um desempenho passado, elas no se convencem da
necessidade da avaliao de desempenho, e podem reagir negativamente. Por
isso, o foco da avaliao de desempenho deve ser o futuro, no perdendo de
YLVWDRROKRQRUHWURYLVRUWtSLFRGHTXHPUHDOPHQWHHVWiSUHRFXSDGRFRPDestrada frente. Assim, tanto a organizao quanto o colaborador podem se
beneficiar do processo de avaliao de desempenho.
Outro ponto fraco da avaliao de desempenho pode acontecer
quando a organizao no internaliza o sentido da avaliao, enfocando
apenas o preenchimento dos relatrios, e no o contedo e os porqus da
avaliao.
Alm desses problemas, avaliaes incuas, processos avaliativos
injustos, e comentrios negativos no aceitos pelos avaliados podem resultar
em situaes negativas para a organizao e para o clima organizacional, alm
de poder, at mesmo, gerar impactos inesperados no desempenho dos
funcionrios.
Na avaliao de desempenho existem diferentes campos de
influncia:
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x Variveis volitivas: relacionadas vontade (querer) e ao conhecimento (saber) do avaliador para realizar a avaliao de
desempenho.
x Varivel teleolgica: os esforos so necessrios para o cumprimento dos objetivos e metas do indivduo e da
organizao. o cerne da avaliao de desempenho.
x Varivel cognitiva: trata-se do nvel de conhecimento necessrio para a realizao do trabalho.
x Varivel tecnolgica: o conjunto de ferramentas disponveis para que o trabalho do indivduo possa gerar os resultados
mximos desejados.
x Varivel compensatria: a recompensa que existir para o indivduo como consequncia de uma avaliao de desempenho
positivo no trabalho.
Uma grande questo que gera muitas dvidas a seguinte: quem
deve realizar a avaliao de desempenho? Em cada organizao isso acontece
de forma diferente, mas vale a pena entender as diversas possibilidades de
quem pode assumir a posio de avaliador do desempenho:
x O rgo de RH: nesse caso, o prprio rgo de recursos humanos quem realiza a avaliao de desempenho de forma
centralizada. Trata-se de uma perspectiva ainda muito utilizada
nas organizaes, mas que deve ser, cada vez mais,
abandonada. Isso porque, quando conduzida de forma
centralizada pelo rgo de RH, a avaliao de desempenho se
torna muito distante da realidade do trabalho, alm de se tornar
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uma ferramenta burocrtica monopolizada por uma rea
exclusiva da organizao, o que no desejvel.
x Uma comisso de avaliao de desempenho: trata-se de uma possibilidade que consiste no estabelecimento de uma comisso
centralizada na organizao, com o objetivo de avaliar o
desempenho de todos os seus funcionrios. Essa comisso pode
ser integrada tambm por membros especficos para cada caso,
como o gerente de linha de um setor - quando um funcionrio
desse setor estiver sendo avaliado. uma prtica bastante
centralizadora e ainda muito distante da realidade do trabalho
do colaborador, por isso bastante criticada. Alm disso, ela
traz tona a ideia da IRUPDomRGHXPWULEXQDOSDUD MXOJDURfuncionrio, o que tende a fazer com que os funcionrios criem
animosidades para com a comisso e com o prprio processo de
avaliao de desempenho, correndo o risco de no perceb-lo
como justo quando no forem bem avaliados;
x A avaliao pelo prprio funcionrio: trata-se de autoavaliao de desempenho. O ideal seria que as organizaes estabelecem
que o prprio individuo deveria avaliar o seu desempenho, pois
isso facilitaria a aceitao dos resultados da avaliao. Para
isso, seria necessrio que fossem estabelecidos previamente
padres de desempenho a serem utilizados como referencia.
Nesse caso especifico ainda mais importante que o individuo
concorde com os padres, para que realize uma autoavaliao
justa. Apesar de no parecer, existem organizaes onde o
prprio funcionrio avalia o seu desempenho. uma forma que
a organizao tem de fazer com que as pessoas estejam
constantemente cientes dos objetivos que devem atingir e do
desempenho que efetivamente esto realizando. A avaliao de
desempenho, neste caso, agiria como um mecanismo
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autoadministrado de feedback, o que tende a melhorar a
motivao e o desempenho do funcionrio.
x Avaliao pelo gerente: na maioria das organizaes o gerente quem realiza a avaliao de desempenho. como se diz: a
gesto das pessoas responsabilidade de linha e funo de
assessoria (staff). Assim, a responsabilidade pelo desempenho
dos funcionrios do gerente, mas ele deve (idealmente) ser
assessorado pelo departamento de recursos humanos (ou
similar) na conduo da avaliao de desempenho. Desta forma,
a avaliao se torna um mecanismo interessante para que o
gestor possa gerenciar o desempenho dos seus funcionrios,
pois ele se torna responsvel pela fixao das metas,
acompanhamento do trabalho e avaliao do desempenho.
x A avaliao pelo funcionrio + gerente: trata-se de uma abordagem ainda mais interessante. Ela congrega a participao
do gerente com a autogesto do desempenho pelo funcionrio,
o que serve para o aumento do seu desempenho e da sua
motivao. A avaliao de desempenho realizada dessa forma
possibilita que o funcionrio se autoavalie, mas ele recebe uma
orientao prxima do gerente, que acompanha essa auto
avaliao e d feedback para o funcionrio sobre o desempenho
realmente percebido.
x A avaliao pela equipe de trabalho: uma modalidade de avaliao na qual a equipe de trabalho define previamente as
metas a serem atingidas para cada um e, posteriormente,
realiza a avaliao do desempenho efetivamente realizado.
x A avaliao para cima: uma modalidade de avaliao diferente, que parte do princpio de que a equipe subordinada
quem deve avaliar o seu lder. Quando esse tipo de avaliao
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posto em prtica, h a tendncia de que o estilo de liderana se
torne menos autocrtica e mais democrtica, melhorando a
fluidez da comunicao e o entrosamento da equipe.
x A avaliao 360 graus: a avaliao na qual todas as pessoas ao redor do individuo o avaliam. Na verdade, constitui uma
tcnica de avaliao por si s (veremos mais detalhes ainda
nessa aula). Ela traz um grande efeito positivo: congrega as
opinies de todas as pessoas que esto no entorno do individuo
em um mecanismo de avaliao que possibilita que a percepo
de cada grupo seja avaliada de forma distinta. Assim,
subordinados, superiores, equipe, parceiros comerciais e at o
prprio individuo participam da avaliao, gerando informaes
mais completas do que qualquer um dos avaliadores poderia
levantar individualmente. Apesar disso, esse modelo traz uma
grande desvantagem: o avaliado deve estar com a mente
aberta para receber o contedo da avaliao, dado que ele ter
que lidar com a opinio de vrios grupos diferentes sobre o seu
trabalho, opinio esta que poder ser conflituosa e diferente
para cada grupo de avaliadores.
Agora que j tivemos uma viso geral sobre avaliao de
desempenho, vamos estudar os mtodos que podem ser aplicados nesse
processo.
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2.2. Mtodos de Avaliao de desempenho
Os mtodos de avaliao do desempenho mais tradicionais e aplicados
ao longo da histria das organizaes so os seguintes:
1. Escalas grficas;
2. Listas de verificao;
3. Escolha forada;
4. Pesquisa de campo;
5. Mtodo dos incidentes crticos.
6. Mtodo das frases descritivas;
Alm deles, existem tambm os mtodos mais modernos e tambm
muito utilizados por organizaes contemporneas. Dentre eles deve-se
destacar:
7. Avaliao Participativa por objetivos.
8. Avaliao 360
Existem ainda outros mtodos de avaliao, menos considerados em
concursos e pelos grandes autores de livros-texto. Apesar disso, de vez em
quando aparece alguma cobrana desses em concursos. Os seguintes devem
ser destacados:
9. Mtodo comparativo / comparaes foradas;
10. Padres de trabalho;
11. Observao direta;
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12. Avaliao por escrito / relatrios escritos;
13. Escalas de mensurao ancoradas em
comportamentos;
14. Balanced Scorecard.
Deve-se destacar que, na prtica, esses mtodos no so excludentes
um do outro, mas sim complementares.
- Vamos estud-los um a um nas prximas pginas!
2.2.1. Escalas grficas.
As escalas grficas so elaboradas como uma tabela de dupla entrada
onde os fatores de avaliao ocupam as linhas e os graus de medio do
desempenho ocupam as colunas. Neste contexto, os fatores representam os
critrios de avaliao que a organizao levar em conta e os graus de
mHGLomRLQGLFDPDVQRWDVTXHSRGHUmRVHUDWULEXtGDVDRIXQFLRQiULRDYDOLDGRem cada critrio.
A escolha dos fatores a serem utilizados um passo muito importante
neste modelo de avaliao. Perceba que o conhecimento dos fatores de
avaliao a serem utilizados nas escalas grficas j uma forte sinalizao
para os funcionrios sobre o que a organizao espera deles, pois representam
aquilo que valorizado pela organizao. Se, por exemplo, uma organizao
HVFROKHDSRQWXDOLGDGHFRPRXPFULWpULRGHDYDOiao a ser utilizado, ela est demonstrando para todos os seus funcionrios, independentemente do cargo
ocupado, que este um aspecto do comportamento que bastante desejado.
Deve-se destacar ainda que os fatores de avaliao so previamente
definidos com uma descrio sumria, para que fique claro para o avaliador o
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que est sendo avaliado em cada fator. Alm disso, eles so previamente
graduados, para que o avaliador seja obrigado a dar uma das notas
previamente padronizadas.
Aps a escolha dos fatores, a organizao deve realizar a graduao
dos graus de avaliao (notas) que podero ser atribudos aos seus
funcionrios. Geralmente so utilizados de trs a cinco graus (ex.: excelente,
bom, regular, ruim, pssimo).
Percebe-se que as possibilidades de avaliao ficam limitadas pelo
instrumento construdo, tanto em termos dos fatores a serem avaliados quanto
em relao s notas que se pode atribuir.
1HVWH VHQWLGR &KLDYHQDWR GHVWDFD TXH HVWH PRGHOR ptambm muito criticado, quando reduz os resultados da avaliao a expresses
numricas atravs de tratamentos estatsticos ou matemticos para
proporcionar valores objetivos para a avaliao das pessoas. o caso em que
os graus recebem valores numricos, como timo = 5, bom=4, regular =3,
sofrvel=2, H IUDFR 3RU RXWUR ODGR $UD~MR H *DUFLD DUJXPHQWDPque esta tcnica envolve tanto uma avaliao qualitativa quanto quantitativa.
Assim, a avaliao numrica seria algo natural, e no um ponto negativo.
Um ponto negativo, sem dvidas, o fato de que, por ser numrica, a
avaliao por meio da escala grfica facilita e muito que o examinador incorra
em erros na hora de dar as notas. Haver examinadores, por exemplo, que
atribuiro notas mais altas a todos os seus funcionrios enquanto outros tero
uma tendncia de atribuir notas baixas. Deste modo, para corrigir estas
distores, faz-se necessrio o uso de procedimentos matemticos e
estatsticos, o que torna o processamento desta avaliao mais trabalhoso.
- Carlos, e o que eu levo para o concurso?
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- Resposta: Nunca sabemos o que a banca vai pedir, mas na dvida,
lembre-se que h autores que dizem que a atribuio de nmeros aos fatores
algo ruim, enquanto outros dizem que algo normal!
Apresento, a seguir, um exemplo de formulrio de avaliao de
desempenho pelo mtodo das escalas grficas:
Nome do funcionrio: Data:
Fator Bom (3) Regular (2) Ruim (1)
Assiduidade
- Sempre est
presente.
. s vezes falta
/ Falta com
frequncia
Responsabilidade
- Sempre cumpre
responsabilidades.
. Costuma cumprir
responsabilidades
/ Descumpre
responsabilidades
com frequncia.
Qualidade do
trabalho
- Trabalho de
excelente
qualidade.
. O trabalho
costuma ser bom.
/ Apresenta trabalho
de baixa
qualidade.
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2.2.2. Listas de verificao (checklists).
Este mtodo pode ser considerado uma simplificao do mtodo das
escalas grficas. Consiste em considerar uma relao de fatores de
desempenho na avaliao de cada funcionrio. Com base nesta relao, o
gestor dever assinalar uma avaliao quantitativa para cada fator avaliado.
A lista de verificao funciona como uma lista de compras, mostrando
ao avaliador cada um dos critrios que ele deve utilizar para avaliar o
desempenho do funcionrio.
A seguir, apresento um exemplo de formulrio para uso nesta tcnica:
Nome do funcionrio: Data:
Nota atribuda
(1 pssimo/5 timo)
Fator a ser avaliado
1 2 3 4 5
Assiduidade
Pontualidade
Qualidade do trabalho
Capacidade de liderana
Iniciativa pessoal
Criatividade
Relacionamento com colegas
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2.2.3. Escolha forada.
Este mtodo busca avaliar o desempenho do funcionrio com base em
um conjunto de frases organizadas em blocos. A ideia geral que, em cada
bloco, o avaliador escolha a frase que melhor representa o comportamento do
funcionrio, deixando de lado as demais.
Esta tcnica surgiu com o objetivo de acabar com a superficialidade e
a subjetividade do mtodo da escala grfica, assim como do erro de
generalizao, tpico daquele mtodo. Deste modo, este mtodo mais
objetivo e eficaz do que o da escala grfica.
O essencial desta metodologia que as frases presentes em cada
bloco devero caracterizar possveis desempenhos do funcionrio, para que se
escolha aquela que mais apropriada. A escolha de uma (ou mais) frases
GHL[DUiDOJXPDVRXWUDVVHPVHUHVFROKLGDVGDtRQRPHHVFROKDIRUoDGDGDGRa este mtodo de avaliao de desempenho.
Trata-se, deste modo, de um mtodo no comparativo, pois no h
uma comparao direta entre um comportamento esperado e o
comportamento real, em gradaes. Neste sentido, Arajo e Garcia (2009)
argumentam que o papel do avaliador de considerar o resultado do
desempenho do indivduo na tarefa e no a sua personalidade. Eles destacam
ainda que o papel do gestor de pessoas deve ser o de no permitir um
entendimento incorreto da ferramenta, evitando que os seus resultados no
traduzam a realidade.
Cabe destacar alguns detalhes da ferramenta:
Quanto ao nmero de frases em cada bloco de avaliao, h quem
diga que podem ser duas, quatro, ou mais (Chiavenato, 2010; Carvalho, 2012)
ou quatro ou cinco (Boas e Andrade, 2009). Lembre que a nica restrio real
que precisa ser mais de uma frase em cada bloco!
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Alm disso, enquanto Carvalho (2012) aponta que apenas uma frase
dever ser escolhida, Chiavenato (2010) ressalta que podero ser escolhidas
at duas frases que representem o funcionrio, ou ainda a frase que mais
representa o desempenho e a que mais se distancia.
A seguir, apresento um exemplo simplificado de instrumento para
avaliao de desempenho por escolha forada. Perceba que a sua elaborao
complexa, envolvendo estudos sobre que frases devem estar em cada bloco.
Apesar disso, sua aplicao bastante simples, pois com um breve
treinamento o avaliador pode utilizar o instrumento sem maiores problemas.
Nome do Funcionrio: Data:
Identifique a frase que mais se relaciona com o funcionrio em cada
Bloco:
Bloco 1:
( ) muito produtivo
( ) muito socivel
( ) Tem dificuldade com nmeros
( ) proativo a maior parte do tempo.
Bloco 2:
( ) Conhece suas rotinas de trabalho
( ) Tem facilidade em lidar com colegas e clientes
( ) Possui facilidade para tomar decises
( ) No assume riscos
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2.2.4. Mtodo das frases descritivas.
O mtodo das frases descritivas apresenta ao avaliador uma relao
de frases que representam comportamentos previamente estipulados, tanto
positivos quanto negativos para o trabalho. Com base nestas frases, o
avaliador dever assinalar livremente s frases que identificam o
comportamento do funcionrio e aquelas que so opostas ao seu
comportamento.
Com base nisto, as respostas assinaladas com um SIM so
computadas (positiva e negativamente) para atribuio de um desempenho
total ao funcionrio.
Considera-se que os resultados obtidos por este mtodo so pouco
expressivos e imprecisos, no sendo de grande utilidade para a organizao.
2.2.5. Pesquisa de campo.
Este mtodo tradicional de avaliao de desempenho tido como um
dos mais completos, pois considera o princpio de responsabilidade de linha e
funo de Staff da gesto de pessoas, ou seja, a gesto de pessoas deve ser
conduzida (realizada) pelos gerentes dos departamentos e reas da
organizao com o apoio de uma rea especializada em gesto de pessoas.
Na pesquisa de campo acontece a aplicao desse princpio
avaliao de desempenho: os gestores (linha) avaliam o desempenho do
funcionrio em conjunto com um especialista em avaliao de desempenho
(staff). Esta avaliao se d a partir de entrevistas realizadas pelo especialista
em avaliao com os gerentes de linha, de modo a cobrir os tpicos previstos
em formulrio prprio.
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Arajo e Garcia (2009) destacam que essa forma de avaliao refora
a validade do processo de avaliao de desempenho, diminuindo a
tendenciosidade dos gestores e permitindo ainda que a administrao da
organizao conhea o grau de brandura ou severidade existentes nos
avaliadores (gestores) de cada unidade ou departamento.
Voc deve saber ainda que este mtodo se desenvolve em quatro
etapas:
1. Entrevista para anlise inicial;
2. Entrevista para anlise complementar;
3. Planejamento de medidas necessrias;
4. Acompanhamento dos resultados.
s memorizar!
2.2.6. Mtodo dos incidentes crticos.
Nesse mtodo, o avaliador deve identificar os incidentes crticos do
desempenho do funcionrio, que representam as caractersticas mais extremas
e memorveis que se relacionam com desempenhos altamente positivos
(representando o sucesso) ou altamente negativos (representando o fracasso).
Este tipo de avaliao no se preocupa com o desempenho tido como
normal, mas sim com o desempenho excepcionalmente bom ou ruim. Neste
sentido, Chiavenato (2010) afirma que esta avaliao aproxima-se da tcnica
de administrao por excees de Taylor.
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Percebe-se, deste modo, que trata-se de uma forma de enfocar os
pontos fortes e fracos do funcionrio, no se importando com alguns
aspectos de sua personalidade.
Um ponto importante a ser destacado aqui que, em geral, no
recomendado que se espere longos intervalos de tempo para registrar os
incidentes crticos. Boas e Andrade (2009) chegam a sugerir que o responsvel
pela avaliao pode optar por atualizar a ficha de incidentes crticos do
funcionrio ao final de cada jornada de trabalho, a cada dois dias ou
semanalmente.
Alm disso, deve ser destacado tambm que a organizao precisa
estar atenta para evitar injustias com base na aplicao deste mtodo, dado
que ele pode ser influenciado por tendncias gerais dos gestores de preferirem
determinados comportamentos, estilos pessoais, etc.
2.2.7. Avaliao Participativa Por Objetivos (APPO).
A avaliao participativa por objetivos (AAPO) uma tcnica mais
moderna de avaliao do desempenho, sendo mais aberta participao do
funcionrio no prprio processo de avaliao - do incio ao fim - o que
possibilita maior envolvimento e motivao dos funcionrios para atingir os
objetivos definidos. Note que ela tambm pode ser chamada de avaliao
participativa por resultados, j que o objetivo o resultado a ser alcanado!
Voc deve ter ateno. No se trata de administrao por objetivos,
mas avaliao. E ela participativa! Sobre isto, Chiavenato (2010) destaca:
E aqui ressurge a velha Administrao por
Objetivos (APO) agora com novas roupagens e sem
aqueles conhecidos traumas provocados pela antiga
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arbitrariedade, autocracia e contnuo estado de tenso
e aflio dos envolvidos que caracterizaram a sua
implantao na maioria das organizaes.
Apesar dessa ressalva feita por Chiavenato, voc deve ter em conta
que a APO, por si s, no era autocrtica e arbitrria. Na verdade, os seus
princpios buscavam um sistema democrtico e participativo na organizao. O
que aconteceu na prtica foi diferente: as ideias bsicas de fixar objetivos
foram deturpadas pelas organizaes, que passaram a conviver com um clima
negativo de cobranas excessivas e autocracia.
Entendendo esta diferena, podemos passar para a compreenso das
seis etapas da APPO:
1. Formulao de objetivos em consenso: trata-se do primeiro
passo para a realizao da avaliao participativa por objetivos.
Os objetivos a serem atingidos pelo funcionrio no so
impostos de cima para baixo, mas sim negociados entre gerente
e funcionrio. Perceba como esta ideia traz em si conceitos
modernos de motivao, como os da Teoria de Fixao de
Objetivos e os da Autoeficcia.
2. Comprometimento do pessoal quanto ao alcance dos
objetivos ficados: quando disse que os objetivos devem ser
formulados em consenso, quer dizer consenso de verdade! Os
funcionrios e os gerentes tem que concordar de fato com o que
est sendo combinado. No cabe ao gerente coagir o funcionrio
para que este assine um papel concordando com os objetivos
se, na verdade, este no est comprometido com os mesmos. O
processo de negociao e aceite dos objetivos em consenso
busca fazer com que o funcionrio se comprometa no seu ntimo
em alcana-los. Assim, ele certamente se motivar mais para a
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busca dos resultados. Veja, mais uma vez, como a Teoria da
Fixao de Objetivos uma boa referncia. Alm dela a
Autoeficcia tambm se faz presente, pois o funcionrio s
concordar e entrar em consenso com um objetivo se acreditar
que possui a capacidade para atingi-lo, o que demonstra
autoeficcia, melhorando, por si s, o desempenho;
3. Negociao com o gestor para a alocao de recursos
necessrios para o alcance dos objetivos: uma vez
definidos os objetivos a serem atingidos com a aceitao e
comprometimento do funcionrio, dever haver uma negociao
entre o gestor e o funcionrio quanto aos recursos a serem
alocados para a realizao dos objetivos. Neste sentido, os
recursos representam os meios para atingir os fins fixados,
podendo ser de diversos tipos, como treinamentos, verba para
viagens, mquinas e equipamentos, etc.. Imagine uma situao
na qual seja fixado o objetivo de vender 100 avies de uma
nova linha, em um ano, para um vendedor da EMBRAER. Para
vender este tipo de produto, ele deve possuir conhecimento
tcnico e recursos para viajar em busca de compradores em
potencial. Se estes recursos no estiverem disponveis, o
objetivo no poder ser atingido! Por isso, papel do gestor
proporcionar o apoio e recursos necessrios para que os
objetivos possam ser alcanados;
4. Desempenho: a realizao do trabalho pelo funcionrio no
sentido de atingir os objetivos consensuais fixados. Para
Chiavenato (2010) o aspecto principal do sistema de APPO est
aqui. O funcionrio deve escolher livremente a estratgia
pessoal a ser utilizada para alcanar os objetivos, com
autonomia e liberdade para conduzir o trabalho da forma que
achar mais apropriada. O papel do gerente no o de impor e
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controlar o trabalho do funcionrio, mas sim o de oferecer
aconselhamento e orientao, sempre com foco nos objetivos a
serem atingidos.
5. Contnuo monitoramento e comparao dos resultados
com os objetivos fixados: nesta etapa que os resultados
vo sendo medidos conforme vo sendo obtidos, o que
possibilita o acompanhamento do esforo empreendido e dos
resultados alcanados. importante que a ferramenta de
medio apresente resultados reais e que, sempre que possvel,
o prprio avaliado acompanhe seu resultado. Neste caso, o
papel do gestor ajudar o funcionrio em sua autoavaliao,
isto , a comparao do desempenho real com o fixado
inicialmente. Note que fica cada vez mais clara a aproximao
desta metodologia com a Teoria da Fixao de Objetivos;
6. Retroao intensiva e contnua avaliao conjunta: trata-
se de um dos aspectos mais importantes do sistema APPO.
aqui que o funcionrio dever receber informaes sobre como
est caminhando para o atendimento dos objetivos fixados.
Alm disso, ele deve receber suporte de comunicao para
reduzir dissonncias entre o que ele percebe e a realidade. O
foco estar no aumento das consistncias informacionais. Com
base nas informaes repassadas e no monitoramento contnuo,
o funcionrio avaliar em conjunto com o seu gerente a relao
esforo realizado/desempenho obtido.
Note que esse processo descrito nas etapas acima um processo
interativo, ou seja, as etapas no se isolam completamente uma da outra,
acontecendo de forma inter-relacionada. Entenda o conceito geral de cada uma
sabendo que elas se misturam.
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Perceba ainda que o foco deste modelo de avaliao no est em
olhar o desempenho que o funcionrio teve no passado e avali-lo, mas sim
em conseguir que um desempenho futuro seja alcanado.
2.2.8. Avaliao 360 graus.
Esta moderna tcnica de avaliao de desempenho bastante
cobrada em concursos de todas as bancas! Tenha bastante ateno!
Os modelos que discutimos anteriormente so executados por uma
pessoa ou um grupo de pessoas (que representa o avaliador) e um funcionrio
(que representa o avaliado). Diferentemente deles, a avaliao 360 graus
(tambm chamada de avaliao em rede) busca dar maior abrangncia
dinmica de quem o responsvel pela avaliao de desempenho.
Neste sentido, sua principal caracterstica que todas as pessoas que
orbitam em torno do profissional avaliado podem participar da avaliao de
desempenho, incluindo seu superior, seus colegas de trabalho, os fornecedores
e cliente internos e externos com quem o profissional se relaciona, e at
mesmo o prprio avaliado (atravs de uma autoavaliao), alm de outras
pessoas com quem ele tenha contato no exerccio de suas atividades.
A vantagem central desta tcnica fazer com que os funcionrios
possam estar ajustados s demandas de todos os stakeholders interessados no
seu trabalho, seja interna ou externamente organizao.
Vamos ter uma ideia visual da tcnica:
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Uma das principais desvantagens da avaliao 360 graus o fato de
que o avaliado deve estar com a mente aberta para receber o contedo da
avaliao, dado que ele ter que lidar com a opinio de vrios grupos
diferentes sobre o seu trabalho, opinio esta que poder ser conflituosa e
diferente para cada grupo de avaliadores. Caso ele no consiga ter essa
maturidade emocional, poder interpretar as opinies como uma srie de
crticas pessoais, o que poder prejudicar o seu desempenho futuro e at o
clima organizacional.
Alm disso, algumas organizaes no treinam os funcionrios para
realizar crticas construtivas, o que pode criar um clima organizacional
negativo. Outro ponto negativo que, na prtica, muitas organizaes
permitem aos funcionrios escolher os colegas e subordinados que
respondero a avaliao, o que pode influenciar nos resultados.
Funcionrio
(autoavaliao)
Gerentes
Colegas
Subordinados
Fornecedores
Clientes
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Apesar dos pontos negativos, este tipo de avaliao muito bom e
bastante utilizado por organizaes mais modernas. Nele, ao final do processo
avaliativo, o funcionrio recebe feedback sobre o resultado da avaliao de
acorGR FRP RV GLIHUHQWHV JUXSRV GH DYDOLDGRUHV stakeholders) para que possa ter uma percepo consistente sobre o seu desempenho, diminuindo as
dissonncias e maximizando as consonncias.
Neste sentido, importante que um que o feedback seja passado para
o funcionrio avaliado com as devidas explicaes, como uma forma de
mostr-lo onde ele precisa se desenvolver, para que este no perceba a
avaliao como uma srie de crticas vindas de todos os lados.
Assim, o resultado da avaliao de desempenho 360 graus servir
tambm para que seja elaborado, em conjunto com o gerente e com o suporte
da rea especializada em gesto de pessoas, um plano de desenvolvimento
para o funcionrio.
2.2.9. Mtodo comparativo / comparaes foradas.
o mtodo de avaliao de desempenho que consiste em comparar
uma pessoa com outra, ou com o grupo no qual ela se insere. Uma forma de
aplicao a de comparao aos pares, onde o desempenho individual
comparado entre cada dois funcionrios.
Robbins (2010) afirma que os dois tipos de comparao mais comuns
so:
1. Distribuio forada: se compara o desempenho dos
funcionrios para distribu-los em grupos, como quando a
organizao deseja premiar os 20% melhores funcionrios.
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Nesse caso, o desempenho ser comparado para criar o grupo
dos 20% melhores e os 80% piores.
2. Ordenao simples: a comparao de funcionrios para que
se chegue a uma lista completa, do melhor para o pior.
E como se realizam essas comparaes? Na verdade, trata-se de um
cruzamento dos resultados das avaliaes de desempenho individuais. Com
isso, possvel o estabelecimento de padres desejveis e indesejveis de
comportamento dos indivduos no grupo, possibilitando que o seu desempenho
seja tambm comparado a esses padres. de simples aplicao, sendo til
quando no se dispe de um mtodo mais refinado.
2.2.10. Padres de trabalho.
Este mtodo uma variao do mtodo comparativo, uma vez que
atravs dele a organizao estabelece metas de trabalho e administrao para
que as pessoas da organizao possam seguir, sendo destinadas melhora da
produtividade. (Oberg, 1997, apud Arajo e Garcia, 2009)
2.2.11. Observao direta.
A observao direta a simples observao do desempenho pelo
avaliador. Devo reforar que esta tcnica (assim como as outras) no exclui o
uso das demais. Apesar de parecer ultrapassada, ela ainda bastante
utilizada.
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Arajo e Garcia (2009), aplicando esta tcnica avaliao da
participao dos alunos em uma sala de aula por um professor, destacam que
p ERP UHVVDOWDU TXH a observao direta pode ser desastrosa, porque, nesse caso, o avaliador pode dar a interpretao que desejar a determinado
comportamento, atitude ou algum gesto mesmo ou at um olhar do alunado
HPREVHUYDomR
2.2.12. Avaliao por escrito / relatrios escritos.
A avaliao por relatrios escritos de forma indefinida, consistindo
apenas em uma avaliao escrita sem restries de critrios a serem
avaliados. Na verdade, so simples relatrios escritos que descrevem os
pontos fortes e fracos do desempenho do funcionrio, relatando ainda seu
desempenho histrico e os pontos de melhoria a serem observados no futuro.
Assemelha-se aos incidentes crticos na medida em que o enfoque
dado a uma avaliao dos pontos positivos e negativos do funcionrio, mas
muito mais ampla por considerar que o avaliador pode escrever livremente
sobre o desempenho e suas consequncias, podendo, por exemplo, apresentar
as potencialidades de desenvolvimento do avaliado, se julgar interessante.
Uma importante desvantagem que, por no haver critrios pr-
estabelecidos, fica difcil a comparao entre diferentes classificaes
atribudas pelos avaliadores, o que no impossibilita o uso desta tcnica.
Este mtodo de simples aplicao, mas bastante influenciado pela
capacidade escrita e pelo raciocnio e vis do avaliador, que pode gerar bons
ou pssimos relatrios de avaliao. Apresenta dificuldade ainda para
comparar o desempenho de diferentes pessoas, dada a subjetividade utilizada.
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2.2.13. Escalas de mensurao ancoradas em desempenho
uma combinao das tcnicas de incidentes crticos e da escala
grfica. Neste caso, so identificados elementos crticos para um desempenho
elevado e para um desempenho baixo no trabalho. Estes so transformados
em critrios para avaliao do indivduo no trabalho com base em
comportamentos reais e no em traos gerais idealizados.
2.2.14. Balanced Scorecard (BSC).
Voc deve estar estranhando o Balanced Scorecard, ferramenta tpica
da disciplina de estratgia empresarial, sendo apresentado aqui como
ferramenta de avaliao de desempenho.
Trata-se de uma possibilidade bastante atual, segundo Arajo e
Garcia (2009), pois esta ferramenta desdobra a estratgia da empresa em
indicadores para cada funcionrio, alinhando o desempenho a ser realizado
com a estratgia da organizao como um todo.
Por isso, resolvi trazer uma discusso mais completa sobre esse tema
em nossa aula, para voc no ser pego(a) de surpresa na hora da prova!
O Balanced Scorecard (BSC) uma importante ferramenta para a
gesto estratgica. Ele consiste em desdobrar os objetivos de uma empresa
em indicadores de desempenho para o monitoramento estratgico, ligando o
planejamento estratgico gesto do dia a dia organizacional.
Esta ferramenta parte do princpio de que as medidas financeiras
tradicionais no captam a totalidade do esforo organizacional em busca de
objetivos futuros. Para os autores desta ferramenta (Kaplan e Norton),
questes financeiras e no financeiras podem servir como medidas de
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desempenho. At mesmo os sistemas de mensurao organizacionais podem
exercer forte influencia sobre os gestores e os empregados!
De outro modo, podemos definir Balanced Scorecard como um
sistema de integrao da gesto estratgica de curto, mdio e longo prazo,
traduzindo viso de futuro, misso e estratgia organizacional em indicadores
e metas atribuveis a cada indivduo, de forma integrada.
O BSC d a devida importncia aos indicadores financeiros
tradicionais, como o retorno sobre o investimento, o lucro por ao e a
margem de contribuio, mas tambm considera outras perspectivas
estratgicas para a organizao, num total de quatro:
1. Perspectiva financeira
Esta perspectiva, que tambm pode ser chamada de
perspectiva do acionista, considera que os indicadores
financeiros so medidas objetivas para acompanhar como as
aes estratgicas (desdobradas dos objetivos de longo prazo)
contribuem para o resultado da organizao.
Busca relacionar os objetivos de longo prazo com metas e
indicadores de curto e mdio prazo, a serem monitorados
estrategicamente em busca do sucesso da organizao.
Geralmente nesta perspectiva que se encontram os principais
objetivos organizacionais de uma empresa - de retorno ao
acionista.
Organizaes pblicas e sem fins lucrativos raramente tm
objetivos centrais na perspectiva financeira, que geralmente
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representa, para estas organizaes, uma restrio e no o
foco.
2. Perspectiva do cliente
Esta perspectiva traduz em indicadores como o cliente percebe
a organizao e o seu impacto estratgico, geralmente ligado
misso da organizao.
possvel enquadrar os interesses dos clientes em quatro
categorias: prazo, qualidade, desempenho e servios.
As organizaes pblicas e sem fins lucrativos geralmente tm
foco em seus pblicos-alvo, que se encontram,
tradicionalmente, nesta perspectiva.
3. Perspectiva dos processos internos
Deve refletir os processos organizacionais que exercem maior
impacto sobre a satisfao do cliente e os resultados da
organizao.
4. Perspectiva da aprendizagem e crescimento (ou
inovao).
Esta perspectiva se relaciona com os indicadores de melhorias
contnuas na organizao em termos de capacitao do pessoal
e dos sistemas, de motivao, de competncias, etc.
aqui que se encontram os principais ativos intangveis da
organizao.
Apesar de estas quatro perspectivas representarem o padro para
aplicao do BSC, elas podem ser adaptadas para cada realidade.
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A ttulo de exemplo podemos imaginar organizaes no setor pblico
substituindo a perspectiva financeira por uma perspectiva de custos, ou de
recursos necessrios. Esta perspectiva, em organizaes do setor pblico e
sem fins lucrativos, raramente ser tida como o objetivo fundamental, mas sim
como uma restrio para que os objetivos principais sejam atingidos.
A perspectiva do cliente, no setor pblico, poderia ser substituda por
perspectiva do cidado, do pblico interessado, dos participantes, etc..
Geralmente nesta perspectiva que est o foco principal deste tipo de
organizao, que dever incluir a perspectiva dos pblicos interessados e dos
participantes. uma viso moderna, alinhada com o modelo de administrao
pblica gerencial.
Como vimos, para efeito de adaptao do modelo, o nome das
perspectivas pode mudar, mas o importante que a ideia central de cada uma
delas seja mantida. Em concursos geralmente se pede o nome das
perspectivas tradicionais, mas nunca se sabe... por isso eu prefiro deixar vocs
prevenidos(as)!
Vamos visualizar as quatro perspectivas tradicionais:
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Por conta dessas diversas perspectivas, o BSC capacita a organizao
para que ela possa acompanhar os resultados financeiros, ao mesmo tempo
em que monitora o progresso do desenvolvimento dos diversos tipos de ativos
intangveis necessrios para um bom desempenho. O BSC considera tudo,
tanto o tangvel quanto o intangvel!
Como vimos, a proposta do BSC centrada sobre os principais
processos gerenciais da organizao relacionados elaborao e
implementao da estratgia, como planejamento dos recursos, oramentos e
relatrios.
Observem que, para esta ferramenta, a viso, a estratgia e a
alocao dos recursos vm de cima para baixo na organizao.
J a implementao, a inovao, o feedback e a aprendizagem
fluem de baixo para cima!
Aprendizagem e crescimento
Clientes
Financeira
Balanced Scorecard
Processos Internos
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- OK, E para que serve o BSC?
As principais funes do BSC so:
1. Esclarecer e atualizar a estratgia;
2. Divulgar a estratgia de toda a empresa (comunicar!);
3. Alinhar as metas das unidades e dos indivduos com a
estratgia;
4. Conectar os objetivos estratgicos s metas de longo prazo e
aos oramentos anuais;
5. Identificar e alinhar as iniciativas estratgicas;
6. Conduzir avaliaes do desempenho peridicas para conhecer
melhor a estratgia.
Para que a organizao consiga utilizar o BSC com eficcia e atingir
suas funes, alguns princpios devem ser observados:
1. Princpio 1: Traduzir a estratgia em termos
operacionais.
A estratgia deve se desdobrar em metas e estas devem se
decompor em indicadores especficos para que a empresa possa
ser administrada estrategicamente. Este princpio traduz a
integrao entra a estratgia e os nveis ttico e operacional da
organizao.
2. Princpio 2: Alinhar a organizao estratgia.
Toda a organizao deve estar alinhada estratgia. At
mesmo a estrutura organizacional deve ser estruturada em
funo da estratgia a ser adotada.
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3. Princpio 3: Transformar a estratgia em uma atividade
do dia a dia de todos.
A estratgia da organizao precisa ser comunicada com
eficcia para todos os membros da organizao, de modo que
cada um a compreenda e possa contribuir para que a estratgia
seja concretizada. Assim como nos princpios anteriores, trata-
se de uma integrao da organizao estratgia.
4. Princpio 4: Estratgia um processo contnuo.
Todos os membros da organizao devem entender que a
estratgia um processo contnuo, e no estanque. As
estratgias so definidas, implementadas, monitoradas,
corrigidas, melhoradas... E todos tem seu papel para que a
estratgia funcione!
O acompanhamento deve ser contnuo e o estabelecimento de
reunies de monitoramento, encontros e momentos para
verificao do andamento da estratgia facilita a ligao entre a
estratgia e o dia-a-dia organizacional.
5. Princpio 5: Mobilizar as mudanas atravs da liderana
executiva.
Como o ambiente est em constante mudana e a estratgia,
enquanto processo contnuo, est sempre buscando se adaptar,
fundamental a mobilizao da liderana executiva para
equilibrar a tenso entre a mudana necessria para que a
estratgia seja cumprida e a estabilidade necessria para o dia-
a-dia organizacional.
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Tendo estes princpios em mente, e com base nos objetivos
estratgicos definidos, possvel a utilizao do BSC. Neste sentido, dois
documentos devem ser elaborados:
1. O Mapa Estratgico;
2. O Painel de Desempenho / Painel Estratgico.
Vamos estudar melhor cada um deles?!
O Mapa Estratgico
O mapa estratgico busca estabelecer uma relao de causa e efeito
que conecta os resultados desejados com os seus vetores ou impulsionadores -
que podem levar ao resultado pretendido. Estas relaes buscam tornar claros
os vnculos mais significativos das relaes estabelecidas entre os objetos
centrais localizados em cada perspectiva do BSC. As relaes de causa e efeito
podem ser claramente identificadas pelas setas do mapa.
Para ilustrar, localizei um mapa estratgico parcial levantado em uma
pesquisa sobre uma grande empresa feita por Igarashi et al. (2007) :
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Veja como a leitura deve ser feita de baixo para cima, indicando com
clareza a relao de causa-efeito. Percebam ainda que o efeito final que se
busca o lucro, dentro da perspectiva financeira!
O Painel de Desempenho / Painel Estratgico
Enquanto o mapa estratgico mostra a relao de causa e efeito
entre diferentes objetos do mapa, o painel estratgico, enquanto quadro de
bordo da estratgia, busca traduzir em metas, indicadores e aes os objetivos
estratgicos e sua localizao no mapa estratgico. Este documento de
grande importncia para deixar claro a toda a organizao o papel de cada um
na implementao da estratgia com o uso do BSC.
A mesma pesquisa mencionada anteriormente (IGARASHI et al.,
2007) apresenta um destes painis (parcial) como consequncia da elaborao
do mapa estratgico:
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Note que este painel considerou apenas alguns dos vetores
abordados pelo mapa estratgico e seus objetivos relacionados, buscando
traduzi-los em metas, indicadores e aes a serem tomadas.
Este mapa est incompleto, pois foi elaborado com base em
informaes de uma empresa real, que no quis divulgar toda a sua estratgia.
Em um mapa real, espera-se que haja desdobramentos em metas,
indicadores e aes para cada um dos objetivos estratgicos e vetores
identificados no mapa estratgico.
- Alm de entender sobre avaliao de desempenho e conhecer
as tcnicas, voc de deve ter em mente ainda os erros que podem
acontecer nesse processo. Vamos estudar os erros tpicos mais
provveis de serem cobrados no concurso!
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2.3. Erros no processo de avaliao do desempenho.
Durante a realizao da avaliao de desempenho diversos erros
podem ocorrer, afinal de contas, errar humano! Na verdade, os erros
ocorrem principalmente por conta da falta de habilidade e treinamento dos
avaliadores! Assim, fundamental que a organizao treine os avaliadores
para que o processo de avaliao de desempenho seja bem conduzido!
Os principais erros que podem acontecer e que voc deve ter em
mente para o seu concurso so:
Efeito Halo
a tendncia que uma pessoa pode ter de generalizar
avaliaes positivas com base em poucos fatores
observados. H autores que dizem que ele efeito de
generalizao (em geral!), desconsiderando o Efeito
Horn (que falarei a seguir). Tenha ateno!
Efeito Horn
o oposto do efeito Halo. a tendncia que uma pessoa
pode ter de generalizar avaliaes negativas com base
em poucos fatores observados.
Erro de tendncia
central
a tendncia que a pessoa pode ter a no atribuir notas
nem muito altas nem muito baixas para um candidato,
WHQGHQGRVHPSUHDXPDDYDOLDomRPpGLD, no meio da escala adotada.
Recncia
o erro que decorre do fato de que as pessoas se
lembram mais dos fatos recentes. Se o examinador s
anotar as percepes sobre os candidatos aps vrias
entrevistas, mais provvel que incorra nesse erro. A
soluo realizar anotaes frequentes.
Lenincia Este erro decorre da dificuldade do examinador de
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observar diferenas entre os candidatos, tendendo a
realizar uma avaliao positiva.
Severidade
o reverso da moeda da lenincia. Aqui o avaliador no
consegue ver diferenas entre os candidatos, tendendo
a caracteriz-los negativamente.
Contraste
quando o avaliador erra por se tomar como referncia
GHFRPSDUDomR$FRPSDUDomRpIHLWDDRDYHVVRo que eu tenho e o candidato no WHP
Similaridade
o parecido com o contraste. O examinador continua se
tendo por referencia, mas busca caractersticas similares
a si prprio no candidato.
Tendenciosidade
Trata-se do erro que decorre da avaliao com base em
preconceitos ou tendncias pessoais do avaliador. Ex.:
Se um candidato chega entrevista sem fazer a barba
pode ser tido como preguioso, mesmo que seja um
bom profissional.
Erro de cansao O avaliador, quando cansado pela rotina, pode comear
a errar na avaliao.
Unilateralidade
Neste erro, o avaliador valoriza aspectos que ele,
unilateralmente, julga importantes, mesmo que eles no
o sejam para a organizao ou para o trabalho realizado
pelo avaliado.
Fora do hbito
o julgamento do avaliado com base em avaliaes
anteriores que foram feitas. Por fora do hbito, as
avaliaes atuais terminam sendo baseadas no passado.
No compreenso Se o avaliador no conhecer claramente os fatores de
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dos fatores
avaliados / falta
de tcnica
avaliao, poder avali-los de forma incorreta com
base apenas em seu bom senso, gerando distores no
processo por no discernir informaes importantes das
irrelevantes.
Vamos ao prximo tpico de hoje!
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3. Reconhecimento
Como falei inicialmente para vocs, no existe nenhuma teoria
especfica sobre reconhecimento para voc conhecer ou decorar. O que a
banca pode cobrar sobre este assunto um conhecimento amplo (misturado
com bom senso) sobre como o reconhecimento pode influenciar os
funcionrios.
No me lembro de ter visto nenhum Edital de prova anterior
cobrando este "assunto"...
Tenha em mente que, numa viso tradicional (clssica) da
administrao, o ser humano era apenas considerado como fora bruta
disponibilizada para a organizao (um verdadeiro "homem-boi) que buscava
uma remunerao financeira e, em troca, oferecia trabalho braal.
Essa viso j superada h muito tempo. Hoje considera-se que o
ser humano busca satisfao pessoal com o trabalho, se envolvendo e
buscando desafios interessantes para o seu desenvolvimento. De forma geral,
podemos entender que so trs os tipos de recompensas que o ser humano
busca na organizao:
x Recompensas materiais: salrio para manuteno de sua vida.
x Recompensas sociais e simblicas: reconhecimento pblico do trabalho realizado perante seus pares, j que a recompensa
social pode ser, em alguns momentos, mais importantes do que
as recompensas materiais.
Tenha em mente ainda que algumas teorias de motivao associam o
recebimento de recompensas maior motivao do funcionrio. Isso
aconteceria porque os funcionrios buscariam a obteno dessas recompensas
(inclusive do reconhecimento...) na busca de sua satisfao. Como a
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organizao pode oferec-las, o funcionrio ficaria motivado para trabalhar
desde que as receba em troca.
H teorias que colocam que a prpria busca das recompensas que
motiva os funcionrios, enquanto outras colocam que o importante que essas
recompensas tenham valor para o funcionrio e possam ser ligadas ao esforo
realizado e ao reconhecimento da organizao sobre o desempenho alcanado,
atravs da oferta de recompensas.
Vamos agora para as questes comentadas de nossa aula!
Um Abrao e boa continuao com os estudos!
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4. Questes Comentadas.
1. (CESPE/MJ/Administrador/2013) Em geral, os mtodos
de avaliao mensuram, alm do comportamento e da
produtividade, aspectos ambientais e motivacionais,
visando, portanto, o aprimoramento do desempenho dos
funcionrios.
Comentrio:
Os mtodos de avaliao de desempenho no mensuram aspectos
ambientais, e sim o desempenho humano. Lembrando que o desempenho so
os esforos realizados e resultados alcanados como resultado dos seguintes
fatores: motivao, capacidades e contexto favorvel.
GABARITO: Errado.
2. (CESPE/MJ/Administrador/2013) A gesto por
competncias e a gesto do desempenho so compostas
de processos similares de trabalho que visam a
articulao entre desempenho organizacional e o
desempenho individual.
Comentrio:
Tanto gesto por competncias quanto gesto do desempenho
buscam que os indivduos contribuam para o desempenho da organizao. o
que est dito na questo, s que em outras palavras.
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GABARITO: Certo.
3. (CESPE/Especialista em Gesto de telecomunicaes -
psicologia/2013) Entre as estratgias de gerenciamento
de desempenho empregadas no setor pblico incluem-se
as remuneraes variveis, institudas com base nos
princpios da expectncia e da valncia motivacional
Comentrio:
Esta questo mistura avaliao do desempenho com motivao das
pessoas.
Remuneraes variveis realmente so implementadas no setor
pblico como forma de gerir o desempenho. Apesar disso, isso no
implementado com base na teoria da expectncia. Trata-se de simples
recompensa pelo desempenho favorvel, muito mais facilmente associvel com
a teoria do reforo de Skinner.
GABARITO: Errado.
4. (CESPE/MI/Assistente Tcnico Administrativo/2013)
Embora a motivao enseje empenho no trabalho, o
desempenho individual tambm depende da presena de
habilidades relevantes para o trabalho e de fatores
contextuais, tais como o apoio da organizao.
Comentrio:
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O desempenho pode ser tido como o resultado do conjunto de
motivao, capacidades e contexto organizacional favorvel, como est dito
pela questo!
GABARITO: Certo.
5. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) O planejamento
estratgico e o sistema de gesto do desempenho
organizacional fornecem insumos relevantes ao processo
de avaliao de necessidades de treinamento.
Comentrio:
A avaliao das necessidades de treinamento deve levar em conta as
competncias que a organizao deseja construir, as necessidades do cargo e
da organizao, assim como aspectos como motivao e estratgia
organizacional.
Assim, certa a resposta!
GABARITO: Certo.
6. (CESPE/EBC/Analista/2011) As avaliaes de
desempenho, instrumentos valiosos para a alta
administrao de uma organizao, servem como base de
alocao de recompensas, auxiliam a tomada de deciso,
permitem a identificao de necessidades de treinamento
e desenvolvimento e ainda fornecem feedback aos
funcionrios.
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Comentrio:
Est correto! A avaliao de desempenho permite muito mais do que
simplesmente o pagamento de remunerao varivel ou a promoo do melhor
candidato. Elas possibilitam ainda diversas outras coisas, como as
mencionadas pela questo.
GABARITO: Certo.
7. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Os sistemas de avaliao
de desempenho devem enfatizar os mtodos que avaliam
traos, que so mais precisos do que os mtodos que
avaliam comportamentos e mais teis no feedback aos
funcionrios avaliados.
Comentrio:
O foco da avaliao do desempenho humano deve ser sobre o
comportamento das pessoas e sobre os resultados obtidos atravs desses
comportamentos, no sobre os traos pessoais de cada um.
GABARITO: Errado.
8. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Os critrios que definem o
que o bom e o mau desempenho devem ser
estabelecidos na segunda etapa do processo de
avaliao, aps a aplicao do diagnstico de
desempenho pelos supervisores.
Comentrio:
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O que a questo est dizendo que primeiro o desempenho medido
e depois so estabelecidos os critrios para dizer o que um desempenho bom
e um desempenho ruim.
Est errado! exatamente o contrrio!
GABARITO: Errado.
9. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) A avaliao de
desempenho pode ser usada como critrio de validao
dos processos de seleo de pessoal.
Comentrio:
De fato, a avaliao de desempenho pode ser utilizada para que se
verifique se os processos de recrutamento e seleo de pessoas esto
funcionando bem: o funcionrio bem avaliado indica que ele foi bem recrutado
e selecionado!
GABARITO: Certo.
10. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Uma organizao que
deseje elaborar instrumento de avaliao e desempenho
de fcil montagem e de fcil utilizao deve evitar a
utilizao do mtodo de incidentes crticos.
Comentrio:
O mtodo dos incidentes crticos um mtodo que consiste em
identificar os picos de desempenho positivos e negativos do funcionrio, sendo
de fcil estabelecimento e implementao.
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o contrrio do que est dito na questo, que est errada!
GABARITO: Errado.
11. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Considere que, em
determinada organizao, se utilize um instrumento de
avaliao em que sejam atribudas notas de regular a
excelente para diversos aspectos, tais como assiduidade
e capacidade de trabalho. Nessa situao, o instrumento
de avaliao pode ter sido elaborado com base no mtodo
de avaliao do tipo escala grfica.
Comentrio:
Est totalmente de acordo com o mtodo das escalas grficas, que
permite a atribuio de notas j previstas critrios pr-estabelecidos.
GABARITO: Certo.
12. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Caso um avaliador
atribua a mesma nota para diversos aspectos do
comportamento do avaliado, demonstrando influenciar-se
pelo aspecto que lhe chama mais ateno no desempenho
do avaliado, ele praticar o vcio de avaliao
denominado erro de tendncia central.
Comentrio:
A questo estaria correta se tivesse falado em efeito de Halo, pois
este que est descrito.
GABARITO: Errado.
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13. (CESPE/TJ-ES/Analista/2011) Se uma organizao
pretender adotar mtodo de avaliao de desempenho
que afaste a subjetividade do avaliador do processo de
avaliao, ela deve adotar o mtodo de avaliao
denominado escolha forada.
Comentrio:
Em outras palavras, a questo quer que voc diga se o mtodo da
escolha forada afasta a subjetividade do avaliador. Trata-se de uma de suas
caractersticas, uma vez que ele bastante objetivo ao obrigar o avaliador a
escolher entre uma ou mais das alternativas disponveis.
GABARITO: Certo.
14. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) O processo de
avaliao de desempenho livre de interferncias
subjetivas e consiste em uma abordagem racional do ser
humano.
Comentrio:
Por mais que se busque, o processo de avaliao de desempenho
sempre ter alguma influncia subjetiva, j que trata-se de seres humanos
avaliando seres humanos.
GABARITO: Errado.
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15. (CESPE/PREVIC/Analista/2011) A avaliao de
desempenho e a gesto por competncias so processos
dissociados.
Comentrio:
A gesto por competncias e a avaliao de desempenho so
processos relacionados: a avaliao de desempenho serve de base para que se
possa estabelecer as competncias atuais da organizao para posterior
desenvolvimento.
GABARITO: Errado.
16. (CESPE/Correios/Analista/2011) Para se garantir a
fidedignidade da avaliao, necessrio que a
administrao de desempenho no trabalho especifique
critrios qualitativos e quantitativos de mensurao do
desempenho.
Comentrio:
O estabelecimento de critrios qualitativos e quantitativos
fundamental para que a avaliao de desempenho funcione bem. preciso
saber os resultados que devem ser alcanados, mas tambm os
comportamentos tidos como corretos.
A banca forou um pRXFRDEDUUDDRGL]HUTXHpQHFHVViULRPDVppossvel que exista algum livro muito especfico que diga exatamente isso, com
essas palavras.
Como so centenas de autores sobre o tema s no Brasil, impossvel
dizer qual foi.
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GABARITO: Certo.
17. (CESPE/Correios/Analista/2011) Na avaliao de
desempenho, os erros esto associados geralmente
falta de habilidades e de treinamento dos avaliadores chefes, gerentes, diretores etc. nas organizaes.
Comentrio:
Isso mesmo! Errar humano, e em geral esses erros esto
associados falta de treinamento e de habilidades especficas por parte dos
avaliadores.
GABARITO: Certo.