CURSO DE BACHARELADO EM ARQUIETURA E URBANISMO JAMILLE DE...

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CURSO DE BACHARELADO EM ARQUIETURA E URBANISMO

JAMILLE DE SOUZA ALEXANDRE

CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO PARA MULHERES

Campos dos Goytacazes/RJ

2014

JAMILLE DE SOUZA ALEXANDRE

CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO PARA MULHERES

Monografia apresentada ao Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense

Campus Campos – Centro como requisito parcial

para a conclusão do Curso Bacharelado em

Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Profª. Silvana Castro.

Campos dos Goytacazes/RJ

2014

À meus pais, Roldão e Vilma, que me

apoiaram incondicionalmente e não mediram

esforços para que eu realizasse esse sonho. À

minha irmã, Jéssica, que fez toda a diferença

para que o meu crescimento não fosse apenas

acadêmico, mas de sabedoria para a vida.

AGRADECIMENTOS

Certamente estes parágrafos não irão atender a todas as pessoas que fizeram parte

dessa importante fase da minha vida. Portanto, desde já peço desculpas àquelas que não estão

presentes entre essas palavras, mas elas podem estar certas que fazem parte do meu

pensamento e de minha gratidão.

Agradeço a Deus por ter me dado a vida, e me devolvido a vida para que eu pudesse

concluir em êxito esta etapa. À Ele que é sem dúvida o maior mestre que se pode conhecer.

À minha família, pelo amor, incentivo, paciência, compreensão e apoio incondicional

durante todo o tempo, nunca deixando me sentir só, o que me deu força para chegar até aqui.

À minha amiga Yasmin Guedes, por todo o carinho, conhecimentos à mim

transmitidos, que foram sem dúvida fundamentais para minha formação, e noites passadas em

claro à meu lado para me ajudar.

À minha orientadora Silvana Castro, pela orientação e pela confiança. E à minha

banca, Viviane e Margarida por sua voluntariedade.

Agradeço a todos os professores por me proporcionar o conhecimento não apenas

racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação

profissional, por terem me feito aprender.

À turma A4, que me acolheu num momento difícil e proporcionou a descoberta de

grandes amigos.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito

obrigada.

Portanto eu digo: Não se preocupem com sua

própria vida, quanto ao que comer ou beber,

nem com o seu próprio corpo, quanto ao que

vestir. Não é a vida mais importante que a

comida e o corpo mais importante que a roupa?

Quem de vocês por mais que se preocupe,

pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?

Bíblia Sagrada – Livro de Mateus 6:25-27

RESUMO

O conteúdo deste trabalho consiste na elaboração de um anteprojeto arquitetônico

desenvolvido para um Hospital Oncológico para Mulheres, na cidade de Macaé, localizado

entre os bairros dos Cavaleiros e Vivendas da Lagoa, às margens da Rodovia Amaral Peixoto

e da Praia do Pecado, próximo à divisa com a cidade de Rio das Ostras. Sua localização foi

proposta a partir da facilidade de acesso ao local e estrutura viária que ele apresenta. Foi

identificada através de levantamento junto à Secretaria Municipal de Saúde – Centro de

Referência Oncológica, a necessidade deste projeto para o munícipio que é carente na área de

saúde, o que tem gerado o encaminhamento para os municípios vizinhos e para a capital do

estado dos pacientes com diagnóstico de câncer. A plasticidade do edifício e suas funções

estão intimamente ligadas, explorando ao máximo as potencialidades do seu entorno para

humanização dos ambientes e consequente melhoria da qualidade de vida dos pacientes e

demais usuários de suas instalações. O projeto tem como base a horizontalidade, decorrida das

limitações de altura impostas pelo poder público e das vantagens que apresenta em relação ao

fluxo. Foram feitas entrevistas, visitas técnicas a unidades de tratamento oncológico e

pesquisas na literatura e na legislação específicas para este tipo de construção, além da

legislação municipal.

Palavras-chave: Hospital oncológico; Humanização; Câncer.

ABSTRACT

The content of this work is the development of an architectural blueprint developed for

Oncology Hospital for Women in the city of Macae, located between the neighborhoods of

the Knights and Lagoon Villas, near the Highway Amaral Peixoto and Pecado Beach, near the

border with the city of Rio das Ostras. Its location was proposed from the ease of access to the

site and road structure that it presents. Was identified through a survey by the City Health -

Oncology Referral Center, the need for this project to the municipality that is lacking in the

health area, which has generated the referral to the neighboring municipalities and the state

capital of patients diagnosed with cancer. The plasticity of the building and its functions are

inextricably linked, exploiting the full potential of your surroundings for humanization of

environments and thereby improving the quality of life of patients and other users of its

facilities. The project is based on horizontality, held the height limitations imposed by the

government and the advantages they offer to the flow. Interviews were conducted, visits to

cancer treatment units and research in literature and specific legislation for this type of

construction, and municipal legislation.

Keywords: Hospital Oncology; Humanization; Cancer.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. Cidade de Macaé na década de 40 – Antes da Petrobrás ..................................15

FIGURA 2. Cidade de Macaé atual .........................................................................................15

FIGURA 3. Divisão Populacional por Sexo – Macaé (2010) ..................................................16

FIGURA 4. Mulher com Câncer ..............................................................................................16

FIGURA 5. Corredor Hospitalar Humanizado ........................................................................19

FIGURA 6. Tratamento Humanizado ......................................................................................19

FIGURA 7. Os Hospitais da Antiga Grécia e do Mundo Medieval .......................................20

FIGURA 8. Localização do terreno .........................................................................................22

FIGURA 9. Vista Superior do Terreno do projeto ...................................................................23

FIGURA 10. Vista Superior do Terreno do Projeto ................................................................23

FIGURA 11. Vista Superior do Terreno do Projeto ................................................................23

FIGURA 12. Vista Superior do Terreno do Projeto ................................................................23

FIGURA 13. Vista do Acesso ao Terreno ...............................................................................23

FIGURA 14. Vista do Terminal Urbano da Lagoa ..................................................................23

FIGURA 15. Localização de Macaé no mapa do Rio de Janeiro ..........................................24

FIGURA 16. Mapa das Zonas e Setores ..................................................................................25

FIGURA 17. Mapa dos Setores Viários Estruturais ................................................................25

FIGURA 18. Implantação do Projeto ......................................................................................26

FIGURA 19. Acessos e Circulações ........................................................................................27

FIGURA 20. Implantação do Hospital Infantil em Zurique ....................................................28

FIGURA 21. Pátio Central .......................................................................................................29

FIGURA 22. Fachada do Hospital ...........................................................................................29

FIGURA 23. Vista externa do MAC .......................................................................................30

FIGURA 24. Vista interna do MAC ........................................................................................30

FIGURA 25.Vista externa do Shopping Metropolitano Barra ................................................31

FIGURA 26. Vista do Jardim Vertical do Shopping Metropolitano Barra ............................31

FIGURA 27. Vista do Jardim Vertical do Hospital Oncológico para mulheres ..................................31

FIGURA 28. Planta de cobertura do Centro de Visitantes Jardim Botânico do Brooklin .......32

FIGURA 29. Vista externa da Cidade Administrativa Tancredo Neves - BH ........................33

FIGURA 30. Vista interna do Hospital Sarah Kubitscheck Rio de Janeiro ..........................34

FIGURA 31. Circulação Interna do Hospital Sarah Kubitscheck Rio de Janeiro ..................34

FIGURA 32. Volumetria Geral do Projeto ..............................................................................35

FIGURA 33. Planta Geral do 1º Pavimento .............................................................................38

FIGURA 34. Planta Geral do 2º Pavimento .............................................................................39

FIGURA 35. Setorização e Acessos do 1º Pavimento .............................................................40

FIGURA 36. Setorização e Acessos do 2º Pavimento .............................................................41

FIGURA 37. Planta baixa do Auditório e setor Pós-tratamento ............................................42

FIGURA 38. Planta baixa do setor de tratamento – Quimioterapia e Radioterapia ...............43

FIGURA 39. Braquiterapia de mama (cateteres) .....................................................................44

FIGURA 40. Acelerador Linear ...............................................................................................44

FIGURA 41. Planta baixa do setor de Nutrição e Dietética ....................................................45

FIGURA 42. Planta baixa do setor de emergência ..................................................................46

FIGURA 43. Planta baixa do setor de Exames e Diagnósticos ...............................................47

FIGURA 44. Planta baixa do Necrotério .................................................................................48

FIGURA 45. Planta baixa do setor de Ambulatório ................................................................49

FIGURA 46. Planta baixa do setor de apoio técnico e logístico ............................................50

FIGURA 47. Planta baixa do setor de apoio técnico e logístico ............................................50

FIGURA 48. Planta baixa do setor Administrativo .................................................................51

FIGURA 49. Planta baixa do setor de Internação ...................................................................51

FIGURA 50. O sol incide diretamente sobre o revestimento e não sobre o cerramento..........54

FIGURA 51. Aquece o ar alojado na câmara, diminui a sua densidade que por convecção

sobe, sendo o seu lugar ocupado por ar fresco .........................................................54

FIGURA 52. Este fenômeno denominado “efeito chaminé” evita o acumulo de calor na facha,

Com a sua consequente poupança de energia .................................................54

FIGURA 53. Atuação da fachada ventilada no inverno ........................................................55

FIGURA 54. Comportamento do ar dentro e fora d construção ............................................55

FIGURA 55. Estanqueidade da fachada ventilada .................................................................55

FIGURA 56. Ancoragem do revestimento ..............................................................................56

FIGURA 57. Sistema de instalação do revestimento ...............................................................56

FIGURA 58. Planta baixa da Unidade de Tratamento Intensivo ..........................................57

FIGURA 59. Planta baixa do Centro Cirúrgico .......................................................................58

FIGURA 60. Planta baixa da Central de Material Esterilizado .............................................59

FIGURA 61. Jardins Suspensos da Babilônia .........................................................................60

FIGURA 62. Cobertura verde do edifício ................................................................................62

FIGURA 63. Grama Esmeralda ...............................................................................................62

FIGURA 64. Fachada Principal e Jardim ................................................................................63

FIGURA 65. Detalhe do Jardim ..............................................................................................63

FIGURA 66. Perspectiva da rampa da cobertura .....................................................................64

FIGURA 67. Vista do espelho d’água .....................................................................................64

FIGURA 68. Perspectiva à partir do heliponto ........................................................................65

FIGURA 69. Fachada posterior do Hospital .........................................................................65

FIGURA 70 Perspectiva da circulação externa do Hospital ....................................................66

FIGURA 71. Vista do Jardim vertical .....................................................................................66

FIGURA 72. Acesso principal..............................................................................67

FIGURA 73. Nascer do sol .................................................................................67

FIGURA 73. Cafeteria e Lanchonete ...............................................................................68

FIGURA 73. Sala de espera do Centro Cirúrgico .............................................................68

FIGURA 74. Circulação do setor de internação ...............................................................69

FIGURA 75. Circulação do setor de internação ...............................................................69

FIGURA 76. Hall de entrada do setor de internação ...............................................................70

FIGURA 77. Espaço da Beleza .........................................................................................70

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................15

1 INSTALAÇÕES HOSPITALARES...................................................................................18

1.1 Definição de Arquitetura .................................................................................................18

1.2 Arquitetura no Processo de Humanização Hospitalar .................................................18

1.3 Proposta do Projeto .........................................................................................................20

1.4 Breve Histórico .................................................................................................................20

2 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO ......................................................................................22

2.1 Características da Área ...................................................................................................24

2.1.1 Município de Macaé ........................................................................................................24

2.1.2 Parâmetros Urbanísticos .................................................................................................24

2.2 Implantação do projeto ...................................................................................................26

3 REFERÊNCIAS PROJETUAIS ........................................................................................28

3.1 Referência Tipológica ......................................................................................................28

3.1.1 Hospital Infantil em Zurique ...........................................................................................28

3.1.2 Museu de Arte Contemporânea – MAC de Niterói ......................................................30

3.2 Referência Plástica ...........................................................................................................31

3.2.1 Shopping Metropolitano Barra ........................................................................................31

3.3 Referência Tecnológica.....................................................................................................32

3.3.1 Centro de Visitantes do Jardim Botânico do Brooklin ...................................................32

3.3.2 Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – Belo Horizonte .........................33

3.4 Referência Funcional ,......................................................................................................34

3.4.1 Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação – Rio de Janeiro ...........................................34

4 HOSPITAL ONCOLÓGICO PARA MULHERES .........................................................35

4.1 Programas e áreas ............................................................................................................35

4.2 Setorização e acessos ........................................................................................................40

4.3 Auditório e setor Pós-tratamento ...................................................................................42

4.4 Setor de tratamento – Quimioterapia e Radioterapia ..................................................43

4.5 Nutrição e Dietética ..........................................................................................................45

4.6 Emergência .......................................................................................................................46

4.7 Exames e Diagnósticos .....................................................................................................47

4.8 Necrotério .........................................................................................................................48

4.9 Ambulatório ......................................................................................................................49

4.10 Apoio Técnico e Logístico ..............................................................................................50

4.11 Administração ................................................................................................................51

4.12 Internação .......................................................................................................................52

4.12.1 Funcionamento e vantagens da fachada ventilada ....................................................53

4.12.1.1 No verão .....................................................................................................................53

4.12.1.2 No inverno ..................................................................................................................54

4.12.1.3 Estanqueidade ............................................................................................................55

4.12.1.4 Estética .......................................................................................................................55

4.12.1.5 Segurança ...................................................................................................................56

4.12.1.6 Instalação ...................................................................................................................56

4.13 Unidade de Tratamento Intensivo ................................................................................57

4.14 Centro Cirúrgico ............................................................................................................58

4.15 Central de Material Esterilizado ..................................................................................59

4.16 A cobertura do Edifício .................................................................................................60

CONSIDEAÇÕES FINAIS ..................................................................................................63

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................64

INTRODUÇÃO

O problema do câncer no Brasil e no mundo ganha relevância pelo perfil

epidemiológico que essa doença vem apresentando. Segundo a União Internacional para o

controle do Câncer – UICC (2008), “a cada ano mais de 12,7 milhões de pessoas no mundo

são diagnosticadas com câncer e 7,6 milhões de pessoas morrem vítimas dessa doença”.

Esta problemática exigiu o desenvolvimento de estudos e técnicas direcionados à

prevenção e tratamento desta doença. As unidades hospitalares tradicionais podem ser

adaptadas para este fim, mas dificilmente dispõem de estrutura física para acolher os

ambientes específicos deste novo ramo da medicina.

O município de Macaé, a partir do ano de 1974, com a descoberta do petróleo na Bacia

de Campos (EXPLOREBRASIL, 2014), começou a sofrer profundas mudanças, recebendo

grande quantidade de pessoas de várias partes do país e do mundo, a fim de atender a

crescente demanda da cidade por mão de obra especializada. Porém, a cidade não se

desenvolveu no mesmo ritmo, deixando diversas áreas defasadas em relação ao cenário atual,

entre elas a saúde, carentes de investimento e desenvolvimento tecnológico.

Figura 1 – Cidade de Macaé na década de 40 Figura 2 - Cidade de Macaé atual

Antes da instalação da Petrobras

Fonte: Macaeconomia Blogspot Fonte: Transporte Macaé Blogspot

Levantamento realizado junto à Secretaria Municipal de Saúde – Centro de Referência

Oncológica, aponta que “no ano de 2013, um mil e quinhentos casos de câncer foram

diagnosticados na cidade e encaminhados para tratamento em cidades vizinhas e na capital do

estado” (TERRA, 2014). Também neste ano, 2013, foi inaugurado na cidade o Centro de

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Referência Oncológica com quinze leitos para aplicação de quimioterápicos como parte do

tratamento em futuros pacientes da cidade. Esse é o primeiro passo no intuito de dotar o

município, no futuro, de um hospital para tratamento do câncer, que é o objeto deste trabalho.

Dados do IBGE colhidos no Censo Demográfico 2010 mostraram que se divide de

maneira quase igualitária a população masculina e feminina da cidade (Figura 3).

Figura 3 - Divisão populacional por sexo - Macaé/2010 Figura 4 – Mulher com Câncer

Fonte: IBGE (2010) Fonte: Logística Hospitalar e Saúde Blogspot

Este trabalho direcionou o atendimento a mulheres com o objetivo de oferecer espaços

diferenciados dedicados aos tratamentos psicológicos e atividades complementares aos

tratamentos médicos, que potencializam positivamente os resultados destes. Além disso, o

papel da mulher na sociedade atual e na família tem mudado bastante e ela muitas vezes

desempenha sozinha funções que antes dividia com um companheiro, como a educação dos

filhos e o suprimento financeiro da casa. Afastá-la do convívio familiar e de sua rotina

diminui ainda mais a sua chance de recuperação.

Foi elaborado o anteprojeto de um Centro de Tratamento Oncológico para mulheres

com humanização dos espaços e tratamentos, a fim de oferecer bem estar e conforto durante o

período de frequência neste local. Trata-se de um hospital público, buscando atender toda a

população da cidade e região, sem distinção de qualquer espécie.

No estado do Rio de Janeiro, se concentram atualmente na capital, a cidade do Rio de

Janeiro, e no extremo noroeste fluminense, na cidade de Itaperuna, os centros especializados

no tratamento do câncer, o que obriga os pacientes das demais regiões do estado a se

deslocarem por grandes distancias em busca de tratamento. O Centro de Tratamento

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Oncológico proposto conta com estrutura para atender não somente à população da cidade de

Macaé, mas também das cidades e regiões vizinhas.

Para elaboração deste trabalho foram realizadas visitas técnicas a unidades de

tratamento oncológico, entrevista com Ana Terra, a responsável pelos tratamentos de câncer

na cidade de Macaé e profissionais da área de saúde, pesquisa na literatura e legislação

específica desta área, além da legislação municipal.

1 INSTALAÇÕES HOSPITALARES

1.1 Definição De Arquitetura

Buscar uma única definição para o que seja a Arquitetura e o que ela significa na

atualidade é muito difícil, pois em um mundo complexo e sujeito a mudanças tão aceleradas, a

dinâmica da vida torna indispensável um constante reexame do pensamento teórico e prático.

Mas existiram grandes pensadores da área que a definiram de maneira ampla e muito

consciente atingindo um notável consenso sobre esta definição. Conforme sugeriu o arquiteto

e urbanista Lúcio Costa (1902-1998), já em 1940.

Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com

o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada

finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental

de ordenar o expressar-se ela se revela igualmente arte plástica, porquanto

nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto desde a

germinação do projeto até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada

caso específico, certa margem final de opção entre os limites – máximo e

mínimo – determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica,

condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo

programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele

tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois

valores extremos, a forma plástica apropriada e cada pormenor em função da

unidade da obra idealizada.

Ainda sobre Arquitetura, o arquiteto e urbanista Jorge Machado Moreira (1904-1992)

expõe:

Para mim, fazer arquitetura é idealizar a obra visando a resolver, com

intenção plástica, o problema proposto, de acordo com a época, os materiais

e as possibilidades técnicas, analisando e considerando os fatores externos

que nela influem, respeitando imposições e hábitos do meio, detalhando e

articulando os elementos componentes e buscando sempre a verdade, quanto

à finalidade e função, tanto na forma como no uso dos materiais.

Tais definições apresentaram a relação equilibrada entre o conhecimento racional e

conhecimento sensível na busca pelo espaço com equilíbrio harmonioso.

1.2 A Arquitetura no Processo de Humanização Hospitalar

Nos últimos tempos, a Arquitetura Hospitalar tem adquirido um novo foco. Os

projetos mais recentes concebem espaços que, além de funcionais, também contribuem para a

recuperação dos pacientes. Na prática, ambientes clínicos e assépticos vêm ganhando um ar

mais acolhedor, com materiais de acabamento, mobiliários e cores que fogem, na medida do

20

possível, do tradicional padrão hospitalar (Figura 5 e 6). Entender os aspectos que de alguma

maneira envolvem a questão da humanização, parece bastante pertinente para um olhar

contemporâneo sobre a saúde pública e a arquitetura hospitalar.

Em agosto de 2003, foi realizado, na cidade de São Paulo, o 1º Seminário de

Arquitetura Hospitalar, onde arquitetos brasileiros de reconhecida competência na área

puderam expor suas ideias e trocar experiências no intuito de aprimorarem ainda mais este

tipo de construção no Brasil. Neste evento, o palestrante arquiteto Carlos Eduardo de Pompeu

afirma que “o hospital tem de ser bom e parecer bom para dar a sensação de confiança” e

ressalta ainda o estudo norte-americano que constatou que o psiquismo é fator determinante

para a rápida recuperação do paciente. “Nosso psiquismo pode ser motivado e deprimido e

isso é regulado em grande parte pelas nossas emoções.”

O termo humanização é de difícil definição, mas, tomando como base os conceitos

apresentados até aqui sobre Arquitetura e Humanização, começamos a entender que qualquer

espaço exerce influencia sobre o ser humano, e os ambientes hospitalares estabelecem uma

forte e significativa ligação com os usuários já que são projetados para receberem pessoas

geralmente em estágio de recuperação e devem proporcionar ao indivíduo sensação de bem-

estar e tranquilidade, que consequentemente lhe darão a sensação de segurança e

confiabilidade, influenciando de maneira direta sua condição de melhora.

É importante ressaltar que a humanização influencia diretamente também os

funcionários, que desfrutam de ambientes mais acolhedores e confortáveis para

desempenharem suas funções com o máximo de dedicação e qualidade.

Figura 5 - Corredor Hospitalar Humanizado Figura 6 – Tratamento Humanizado

Fonte: Ana Julia Ribeiro wordpress Fonte: AIBNews

21

1.3 Proposta do Projeto

Busca-se, neste trabalho, desenvolver o anteprojeto de Arquitetura de um Hospital

Oncológico para Mulheres no município de Macaé abrangendo o atendimento a todas as

regiões circunvizinhas, a fim de oferecer aos moradores destas áreas maior comodidade e

facilidade no tratamento. Este hospital seria uma referência pela qualidade dos tratamentos e

dos ambientes que foram desenvolvidos a fim de torná-lo um hospital humanizado.

1.4 Breve Histórico

Nas suas origens, os hospitais eram locais aonde as pessoas com doenças graves iam

para morrer com um mínimo de dignidade. Por muito tempo, e ainda hoje, a sociedade

encarou o edifício hospitalar como sendo um local de doença, morte, angústia, entre outros

sentimentos. Entretanto, segundo Góes (2004) “A palavra hospital vem do latim hospitalis,

adjetivo que significa ‘ser hospitaleiro, acolhedor, que hospeda’ derivado de hospes, que quer

dizer hóspede, estrangeiro, viajante.” Durante a Idade Média, a função do hospital era

basicamente esta: hospedar doentes, viajantes e pobres. Essas instituições funcionavam, nesse

período, basicamente como asilo com o objetivo apenas de isolamento de pessoas doentes ou

pobres do convívio com o restante da sociedade. Com isso, evitavam riscos sociais e

epidemiológicos. A concepção atual de ‘medicina’ como a conhecemos, não existia com a

função de cura e tratamento, tratava-se apena de um abrigo.

Figura 7 - Os hospitais da Antiga Grécia e do Mundo Medieval

Fonte: Iba Mendes Pesquisa

22

Somente através da nova visão sobre o homem e a natureza a partir do século XVIII,

com o Iluminismo e a Revolução Industrial, o hospital foi encarado como local de tratamento

e recuperação de doentes. Por volta de 1770, quando a doença passou a ser reconhecida como

fato patológico, o hospital se torna um instrumento de cura.

O hospital como instrumento terapêutico é uma invenção relativamente

nova, que data do final do século XVIII. A consciência de que o hospital

pode e deve ser um instrumento destinado a curar aparece claramente em

torno de 1780 e é assinalado por uma nova prática: a visita e a observação

sistemática e comparada dos hospitais. (FOUCAULT, 1989)

Após a percepção deste equipamento como componente integrante do processo da

cura, as instalações hospitalares passaram por progressiva especialização dos seus espaços. A

prática projetual da Arquitetura Hospitalar dedicou-se a questões relativas à distribuição

espacial de seu programa e de seus fluxos. Segundo SILVA (2001), essa preocupação inicia-

se com o simples combate à superlotação de leitos, estes não eram individuais.

Já no final do século XIX podemos observar o primeiro modelo “hospitalar” de

construção que ocupava uma significativa área, através da difusão do modelo pavilhonar, o

qual buscava facilitar a circulação e renovação do ar, culminando no século XX com a

especialização dos componentes de seu programa e diferenciação de seus fluxos. (SILVA,

2001). O edifício hospitalar passa então a ser organizado segundo a especialização de áreas

internas, baseada em atividades de cuidados aos pacientes e seus diversos apoios (SILVA,

2001).

A partir de meados do século XX, organizaram-se diversos movimentos que buscaram

reformas sanitárias em diversos países sob a influencia do crescente interesse da sociologia e

da antropologia pela saúde e pela doença, que faziam duras críticas às abordagens

estritamente biológicas desses conceitos, permitindo que o foco da discussão sobre os espaços

hospitalares fosse renovado.

Atualmente, constrói-se um consenso de que é preciso renovar os espaços hospitalares

e, nesse contexto, sua humanização aparece como solução para o impasse provocado pelas

críticas à exclusão social promovida através da medicina hospitalar.

23

2 LOCALIZAÇÃO DO PROJETO

A escolha da área para este projeto foi feita a partir do partido proposto por ele, que

busca se beneficiar ao máximo da paisagem em seu entorno. Outra característica do terreno

que atraiu a implantação do projeto foi a estrutura viária que ele já apresenta, com pistas

duplas nos dois sentidos e com um ponto de retorno quase em frente ao que será a entrada

principal, facilitando o acesso a ela, além da proximidade a um terminal urbano de ônibus. O

terreno está situado a 6,4 quilômetros da fronteira entre a cidade de Macaé e Rio das Ostras,

facilitando o acesso de toda a região dos lagos a ele.

Figura 8 - Localização do terreno

Fonte: Google Earth

O projeto utilizou uma fração de 65.154,70m² de uma área total de 159.243,30m².

Área para implantação

do projeto

24

Figura 11 - Vista Superior do Terreno do Projeto

Figura 13 – Vista do Acesso ao Terreno

Figura 12 - Vista Superior do Terreno do Projeto

Figura 14 – Vista do Terminal Urbano da Lagoa

Fonte: Google Earth

Figura 9 – Vista Superior do Terreno do Projeto Figura 10 - Vista Superior do Terreno do Projeto

Fonte: Google Earth

Fonte: Google Earth

Fonte: Google Earth

Fonte: Google Earth

Fonte: Google Earth

Área para implantação

do projeto

Terminal urbano

da Lagoa

Área para implantação

do projeto

25

2 1 Características Da Área

2.1.1 Município de Macaé

O município de Macaé, para onde foi proposto o projeto, possui atualmente 229.624

moradores de acordo com a estimativa do censo demográfico IBGE 2010, distribuídos num

território de 1.229,80km² (IBGE, 2010). Está localizado a cerca de 180 quilômetros a nordeste

da capital do estado, Rio de Janeiro, a qual se liga através de duas rodovias, a RJ-106 e a RJ-

168.

Figura 15 - Localização de Macaé no mapa do Rio de Janeiro

Fonte: Site Viagem de Férias

2.1.2 Parâmetros Urbanísticos

O terreno escolhido encontra-se na ZEIA-2 - Zona Especial de Interesse Ambiental 1 -

que se define pela lei complementar nº141/2010 do Código de Urbanismo do Município de

Macaé como: “Áreas de propriedade pública ou privada, sobre as quais se impõem restrições

ao uso e à ocupação do solo, visando à proteção de corpos d’água, vegetação ou qualquer

outro bem de valor ambiental definido em legislação específica”. Não apresentando, portanto,

nenhum impedimento legal para construção sobre esta área.

26

Figura 16 - Mapa das zonas e setores

Fonte: Código de Urbanismo do Município de Macaé - Anexo I Zoneamento

Figura 17 - Mapa dos setores viários estruturais

Fonte: Código de Urbanismo do Município de Macaé - Anexo I Zoneamento

27

O terreno pertence também ao SVS 2 - Setor Viário de Serviços 2 - área destinada à

instalação de comércio e serviços complementares ao uso residencial, localizados

prioritariamente ao longo de vias coletoras ou ao acesso às zonas residenciais.

Por este pertencimento, classifica-se com os parâmetros da zona ZEIS 5 – Zona

Especial de Interesse Social 5 - que obriga os lotes a terem área mínima igual a 125,00m²

(cento e vinte e cinco metros quadrados), Coeficiente de Aproveitamento máximo 2,0, Taxa

de Ocupação de 65% (sessenta e cinco por cento) e Altura Máxima da Edificação igual a 18m

(dezoito metros).

2.2 Implantação do Projeto

Figura 18 - Implantação do projeto

Fonte: Acervo próprio (2014)

Estacionamento para

visitantes

Heliponto

Estacionamento para

funcionários

Jardim central

E.T.E

Cisterna de

água pluvial

(reuso)

Cisterna de

água potável

28

O projeto foi implantado na fração correspondente a 40,91%, que equivale a

65.154,70m² do terreno, do qual foi separado, que apresentava inicialmente área igual a

159.243.30m² formando então dois terrenos independentes.

A construção apresenta área total igual a 11.428,00m² (onze mil quatrocentos e vinte e

oito metros quadrados) distribuídos em dois pavimentos, o primeiro com área de 8.754,00m²

(oito mil setecentos e cinquenta e quatro metros quadrados) e o segundo com 2.674,00m²

(dois mil seiscentos e setenta e quatro metros quadrados).

A Taxa de Ocupação é igual a 13.43% e o Coeficiente de Aproveitamento 0.18,

atendendo assim à legislação municipal no quesito de parâmetros urbanísticos. É

recomendável para este tipo de construção, a ocupação de no máximo 50% da área do terreno

já previstas ampliações futuras. E esta orientação também foi atendida.

2.2.1 Acessos

Figura 19 - Acessos e circulações

Legenda:

Acesso de Serviço;

Acesso Principal;

Estacionamento para

Visitantes;

Heliponto;

Acesso a praia.

Fonte: Acervo próprio (2014)

3 REFERENCIAIS PROJETUAIS

Para a elaboração de trabalhos acadêmicos é indispensável a busca por referenciais e

estudos publicados anteriormente. Durante a elaboração deste, foram feitas pesquisas em

referenciais importantes para o desenvolvimento do projeto.

Os referenciais podem ser classificados em quatro grupos de acordo com suas

características. São eles: Tipológico, Plástico, Funcional e Tecnológico.

3.1 Referência Tipológica

Essa referência define a linguagem arquitetônica que será utilizada. A volumetria

poderá ser horizontalizada, verticalizada, com átrio ou outra característica construtiva que

defina o partido arquitetônico e justifique satisfatoriamente a escolha.

3.1.1 Hospital infantil em Zurique – Suíça, do escritório de arquitetura Herzog & de Meuron.

Figura 20 - Implantação do Hospital infantil em Zurique

Fonte: Rocha, 2012

30

O Hospital infantil em Zurique (Figura 20, 21 e 22) apresenta tipologia de pátio expandido. O

projeto do hospital tem três andares organizados em uma série de pátios. Estes espaços possuem

abertura para o exterior, permitindo a incidência de luz do dia proporcionando conforto ambiental aos

usuários, além de oferecerem contato com a natureza e “fuga” do ambiente hospitalar, características

de proporcionam humanização do ambiente.

Neste trabalho, o Centro de Tratamento Oncológico para Mulheres, recebeu a abertura de

pátios em toda a planta, garantindo iluminação e ventilação natural a todos os ambientes onde é

permitido.

Figura 21 - Pátio central

Fonte: Rocha, 2012

Figura 22 - Fachada do hospital

Fonte: Rocha, 2012

31

Figura 23 - Vista externa do MAC

Figura 24 - Vista interna do MAC

3.1.2 Museu De Arte Contemporânea – MAC de Niterói, arquiteto Oscar Niemeyer.

No projeto deste museu o arquiteto explorou sua localização e proximidade com a

água (Figura 23). O local foi escolhido por apresentar essas características e potencialidades.

Foi empregado em toda a fachada um grande painel de vidro que proporciona a vista da Bahia

de Guanabara de qualquer ponto dentro do museu (Figura 24). Foi criado ainda um espelho

d’água sobre o museu que lhe proporciona leveza visual.

No desenvolvimento do projeto do Centro de Referência Oncológica para Mulheres

foi utilizado o conceito de fachada ventilada, com abertura em alguns pontos e máxima

exploração da paisagem do entorno de quase todos os ambientes do hospital. Foi utilizado

também um espelho d’água que além da leveza visual que proporciona ao projeto, beneficia o

ambiente com o aumento da umidade do ar.

Fonte: Alexandre e Daniel blogspot

Fonte: Mercado Com blogspot

32

3.2 Referência Plástica

Como referenciais plásticos, buscam-se as características que influenciaram na

plasticidade do projeto, de maneira estética ou volumétrica. A aplicação de materiais e

texturas que serão utilizadas no projeto. Uso de formas e volumes que ofereçam benefícios ao

projeto.

3.2.1 Shopping Metropolitano Barra.

O jardim vertical deste empreendimento tem 1.600m² e mais de 100.000 mudas

plantadas em 16 metros de altura, o que equivale a um prédio de cinco andares e colocou-o no

Guiness, o Livro dos Recordes, como a segunda maior parede verde do mundo (Figura 25 e

26). O Shopping também usou paredes totalmente envidraçadas a fim de explorar a paisagem

do entorno.

No projeto em foco, uma das paredes externas, a da sala de radiologia, que fica na

circulação principal do hospital, receberá um jardim com as mesmas características do jardim

do Shopping Metropolitano, numa área de 104,80m². O vidro foi elemento presente em

grande parte do projeto arquitetônico com o objetivo de integrar o interior e o exterior do

edifício.

Figura 25 - Vista externa do Shopping Metropolitano Barra

Fonte: Site Sky Acraper City

Figura 26 - Vista do Jardim Vertical do Figura 27 – Vista do Jardim Vertical do

Shopping Metropolitano Barra Hospital Oncológico para mulhere

Fonte: Jornal Extra Online Fonte: Acervo próprio (2014)

33

3.3 Referência Tecnológica

Construções que apresentem os benefícios do uso de tecnologias construtivas que

serão empregadas no projeto e sugiram soluções para problemas possivelmente encontrados,

foram pesquisadas como referenciais tecnológicos ao presente projeto,

3.3.1 Centro de Visitantes do Jardim Botânico do Brooklyn

Este projeto recebeu premiação do NYC Design Commission com o Prêmio de

Excelência em Projeto em 2008 pela integração da forma, função e práticas sustentáveis. O

grande destaque do paisagismo é a cobertura viva do edifício (Figura 27) e além desta prática

o edifício oferece também gestão de águas pluviais, uma rede coletora de águas pluviais está

presente no extenso telhado verde, em canal de águas pluviais, em biovaletas e bacias de

infiltração vegetalizadas. Formado por comunidades de plantas nativas, coleções botânicas

são organizadas, de tipologias de paisagens de terras altas até as de várzea.

Seguindo esta tendência, toda a cobertura do Centro de Tratamento Oncológico para

Mulheres receberá cobertura vegetal. Para esta função, foi escolhido o Capim-Chorão

(Eragrostis curvula) por apresentar de porte pequeno e dispensar irrigação intensiva, o que

facilita a manutenção do jardim.

Figura 28 – Planta de Cobertura Centro de Visitantes do Jardim Botânico do Brooklyn

Fonte: Arch Dayli Brasil (2013)

34

3.3.2 Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – Belo Horizonte

O centro institucional mineiro supera os 265.000m² de área construída, implantados

em lote com dimensão superior a 800.000m², onde tudo transpira grandiosidade. Os três

principais prédios adotaram a tecnologia da fachada ventilada (Figura 28), que apesar de

apresentar custos bem superiores aos sistemas convencionais, oferece grandes vantagens no

que diz respeito à redução do consumo de energia em climatização (MELENDEZ, 2014).

No projeto arquitetônico do Centro de Referência Oncológica para Mulheres, o setor

de internação, que fica no segundo pavimento e avança em balanço sobre o espelho d’água, é

totalmente envolvido por fachadas ventiladas. A escolha por esse tipo de tecnologia foi feita a

partir das vantagens em relação à climatização dos ambientes graças a camada de ar que

circula entre as paredes e as placas de vidro. Essa foi a solução encontrada para favorecer as

fachadas voltadas para oeste e recebem o sol da tarde, muito quente.

Figura 29 - Vista externa da Cidade Administrativa Tancredo Neves-BH

Fonte: Arcoweb

35

Figura 30 - Vista interna do Hospital

Sarah Kubitschek Rio de Janeiro

Figura 31 - Circulação interna do hospital

Sarah Kubitschek Rio de Janeiro

3.4 Referencia Funcional

Está diretamente ligado ao programa de necessidades. Busca-se, como referencial

funcional, arquitetura tenha a mesma função da que será elaborada pelo projeto e atenda

satisfatoriamente as necessidades deste.

3.4.1 Rede Sarah De Hospitais De Reabilitação – Rio de Janeiro, de Alex Duque, arquiteto

Lelé A Rede Sarah de Hospitais.

O Hospital, que é um centro de reabilitação, inaugurado na cidade do Rio de Janeiro

em 2009 é voltado ao tratamento de doenças neurológicas. Implantado numa área de

80.000m² na Barra da Tijuca, apresenta área construída de 52.000 m², deixando uma grande

área para futuras ampliações, característica que agrega valor a construção. Sua setorização foi

muito bem resolvida favorecendo o fluxo sem interrupções ou cruzamentos prejudiciais ao

bom funcionamento. Mas a maior conquista técnica desse projeto refere-se à qualidade do

sistema de ventilação e iluminação natural, proporcionados pelo desenho da cobertura e

abertura de vãos nestas, além o espelho d’água que o circunda o que melhora

significativamente a qualidade do ar (Figuras 29 e 30).

Sobre a circulação principal do hospital foi criado um grande jardim, que associado a

iluminação e ventilação naturais oferecem conforto ambiental aos pacientes e profissionais,

favorecendo o sucesso do tratamento.

Todas essas inovações implantadas nos hospitais da Rede Sarah lhe conferem o título

de hospital humanizado, pois usa soluções arquitetônicas para oferecer qualidade de vida aos

pacientes e visitantes. O Hospital Oncológico para Mulheres, objeto deste trabalho, incluiu no

projeto durante sua elaboração, a busca por esse conceito.

Fonte: Débora Bonetto wordpress Fonte: Site Archdayli

35

4 O HOSPITAL ONCOLÓGICO PARA MULHERES

Figura 32 - Volumetria Geral do Projeto

4.1 Programa e áreas

O Hospital Oncológico para Mulheres conta com:

Tabela 1 – Quadro de áreas

Setores Áreas

Pav

imen

to

Administração 352,62m²

Ambulatório 674,63m²

Apoio Técnico 932,29m²

Auditório 273,29m²

Emergência 498,30m²

Exames e Diagnósticos 164,06m²

Necrotério 255,70m²

Nutrição e Dietética 957,05m²

Pós Tratamento 1.482,79m²

Tratamento 154,79m²

Pav

imen

to Internação 1.056,69m²

Centro Cirúrgico 186,31m²

Central de Material Esterilizado 975,16m²

Unidade de Tratamento Intensivo 210,70m²

Área Total Construída 11.428.03m²

Fonte: Acervo próprio (2014)

Fonte - Acervo próprio (2014)

37

Tabela 2 - Quadro de esquadrias

Quantidade Referência Dimensões Descrição

1 J1 7,98x1.10/100 Basculante

15 J2 1,73x.040/1,70 Basculante

1 J3 1,20x0.40x1,70 Basculante

1 J4 1,65x0,80/1,30 Basculante

4 J5 6,10x1,10/1,00 Basculante

6 J6 3,60x0,40/1,70 Basculante

1 J7 2,42x1,10/100 Basculante

1 J8 1,20X1,20/1,00 Vidro fixo

1 J9 10.47x1.10/1.00 Basculante

3 J11 4,85x1,10/1,00 Basculante

1 J12 3,85x1,20/1,00 Basculante

1 J13 1,30x0,40/1,70 Basculante

1 J14 1,40x0,80/1,30 Basculante

4 J15 1,50x0,40/1,70 Basculante

15 J16 2,35x1,10/1,00 Basculante

6 J18 5,48x1,10/1,00 Basculante

1 J20 2,40x1,10/1,00 Basculante

1 J21 1,20x0,80/1,30 Basculante

1 J22 2,00x0,80/1,30 Basculante

1 J23 10,90x1,10/1,00 Basculante

1 J24 19,85x2,70 Vidro fixo

1 J25 2,98x1,10/1,00 Correr 4 folhas

1 J26 2,45x1,10/1,00 Correr 4 folhas

1 J27 14,55x1,10/1,00 Basculante

1 J28 7,35x1,20/0.90 Basculante

1 J29 11,25x1,10/1,00 Basculante

1 J30 1,17x1,10/1,00 Basculante

4 J31 2,98x1,10/1,00 Basculante

5 J32 2,35x1,10/1,00 Basculante

1 J33 1,73x0,80/1,30 Basculante

1 J34 1,35x1,10/1,00 Vidro fixo

6 J35 2,00x1,10/1,00 Correr 4 folhas

1 J36 2,98x1,20/1,00 Vidro fixo

38

3 J37 4,85x1,10/1,00 Basculante

1 J38 9,85x1,10/1,00 Basculante

4 J39 4,23x0,40/1,70 Basculante

1 J40 9,85x2,70 Vidro fixo

2 J41 2,35x0,80/1,30 Basculante

2 J42 1,10x1,10/1,00 Basculante

1 J43 4,85x0,40/1,70 Basculante

1 J44 7,35x2m70 Vidro fixo

2 J45 4,23x1,10/1,00 Basculante

34 J46 3,60x1,20/1,00 Basculante

1 J47 2,50x1,10/1,00 Basculante

1 J48 2,98x0,80x1,30 Basculante

1 J49 9,23x0,40/1,70 Basculante

1 J50 6,73x0,40/1,70 Basculante

4 J51 1,10x0,40/1,70 Basculante

1 J52 3,60x0,80/1,30 Basculante

1 J53 0,80x0,80/1,30 Basculante

1 J54 3,60x2,70 Vidro fixo

1 J55 5,45x2,70 Vidro fixo

1 J56 1,50x0,80/1,30 Basculante

1 J57 11,10x2,70 Vidro fixo

1 J58 2,98x2,70 Vidro fixo

1 J59 22,98x2,70 Basculante

1 J60 12,35x1,10/1,00 Basculante

1 J61 3,62x2,70 Vidro fixo

1 J62 4,85x2,70 Vidro fixo

Tabela 1 Fonte: Acervo próprio (2014)

40

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 35 – Setorização e acessos do 1º Pavimento

4.2 Setorização e acessos

Os setores serão distribuídos da seguinte maneira:

Legenda:

Pós-tratamento;

Auditório;

Tratamento;

Nutrição e Dietética;

Emergência;

Exames e Diagnóstico;

Necrotério;

Ambulatório;

Apoio Técnico e Logístico;

Administração;

Elevador para visitantes; Elevador para pacientes.

Acesso Pós-tratamento

Acesso Auditório Acesso

Tratamento

e

Pavimento

Superior

Acesso de serviço à

Nutrição e Dietética

Carga e Descarga de materiais

para Nutrição e Dietética Acesso de funcionários

Exames e Diagnósticos

Embarque em

carro funerário

Acesso

Exames e Diagnósticos

Acesso

Ambulatório

Acesso Administração

Acesso

Apoio

Acesso

principal

funcionários

41

Fonte: Acervo próprio (2014)

Legenda:

Centro Cirúrgico;

Unidade de Tratamento Intensivo (U.T.I);

Internação;

Central de Material Esterilizado;

Elevador para visitantes; Elevador para pacientes.

Figura 36 – Setorização e acessos do 2º Pavimento

Acesso de pacientes ao

Centro Cirúrgico

Acesso de funcionários

ao Centro Cirúrgico

(vestiário barreira)

Acesso a Central de

Material esterilizado

(vestiário barreira)

Acesso de funcionários

a Internação

(vestiário barreira)

Acesso a Internação

Acesso de funcionários a

U.T.I (vestiário barreira)

Acesso a U.T.I

42

4.3 Auditório e setor Pós-tratamento

Figura 37 – Planta baixa do Auditório e setor Pós-tratamento

Fonte: Acervo pessoal (2014)

O Auditório (Figura 36) foi proposto com o objetivo de oferecer um espaço para

palestras, cursos, atividades de educação da população, campanhas de prevenção e etc. O

acesso a ele é totalmente independente do restante do hospital, pelo corredor externo. Dessa

forma, quem for ao auditório participar de qualquer atividade não precisará acessar o interior

do hospital, esse cuidado foi tomado a fim de diminuir os riscos de infecção hospitalar. O

auditório conta ainda com ambientes de apoio, são eles: recepção e espera, lavabos masculino

e feminino, sala de projeção e camarim com lavabo e acesso direto ao palco.

O setor chamado Pós-tratamento, oferece ambientes para fisioterapia e tratamento

estético, considerados fundamentais para o conceito de humanização do tratamento e da

recuperação. Cada um desses setores tem acesso individual e independente, pelo corredor

externo do hospital e contam com ambientes de apoio, como lavabos, copa para funcionários

e administração.

43

4.4 Setor de Tratamento – Quimioterapia e Radioterapia

Figura 38 – Planta baixa do setor de Tratamento – Quimioterapia e Radioterapia

Fonte: Acervo pessoal (2014)

O tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, radioterapia, quimioterapia

ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma

modalidade (INCA,2014).

O Hospital Oncológico para Mulheres, desenvolvido por este trabalho, oferece todos

os tipos de tratamento para esta doença.

Os setores de tratamento por Quimioterapia e Radioterapia (Figura 37) ficam

localizados no pavimento térreo do hospital com acesso pela circulação externa. Esse cuidado

diminuirá a exposição de pacientes que façam tratamento, mas não estejam internados,

minimizando os riscos de contrair qualquer tipo de infecção hospitalar.

A sala destinada à aplicação de quimioterápicos (quimioterapia), contará com nove

leitos, posto de enfermagem, lavabo, rouparia, sala de serviços, copa e lavabo para

funcionários. Além disso, ambientes para preparo de medicamentos, que são: farmácia, sala

44

de preparo de medicamentos, lavagem, enfermagem e capela. O setor com ainda com uma

sala de recepção e registro, lavabo feminino e masculino, sala para guarda de macas e cadeiras

de rodas, expurgo e depósito de material de limpeza,

A ala destinada a radioterapia oferece dois tipos de radioterapia, por braquiterapia

(figura 38), que “é uma forma de radioterapia a qual o material radioativo fica em contato

com a região a ser tratada, através de cateteres, agulhas e dispositivos especiais.” (RADIUM,

2014) e por aceleração linear (Figura 39) “que utiliza radiação ionizante, ou seja, utiliza feixes

de fótons (raios X) ou de elétrons, capazes de destruir ou impedir que células tumorais de

multipliquem.” (PENNA, 2014).

Figura 39 - Braquiterapia de mama (cateteres) Figura 40 – Acelerador Linear

Fonte: Radim (2014) Fonte: UFG (2014)

Este setor possui ainda os seguintes ambientes, recepção e registro, lavabos feminino e

masculino, sala para guarda de macas e cadeiras de rodas, sala de planejamento, área técnica,

sala físico nuclear, vestiário masculino e feminino, expurgo e sala de repouso com posto de

enfermagem, sala de serviços, rouparia, depósito de materiais de limpeza e lavabo, além de

copa e lavabo para funcionários.

45

4.5 Nutrição e Dietética

Figura 41 – Planta baixa do setor de Nutrição e Dietética

Fonte: Acervo próprio (2014)

O setor de nutrição e dietética (Figura 40) será responsável por prover toda a

alimentação disponível no hospital, seja para pacientes internados, paciente não internado,

visitantes ou funcionários. Todo o preparo será feito em cozinha industrial totalmente

equipada e preparada para cocção de dietas variadas. Dispõe ainda de um refeitório que

poderá ser utilizado pelo público em geral.

O acesso de funcionários à cozinha será feito através de vestiários barreira onde

poderão se paramentar antes do início do trabalho. A recepção de alimentos e materiais será

pela parte de trás do hospital, na circulação de serviço.

A cozinha se subdivide nos seguintes ambientes: recepção e inspeção de materiais,

dispensa, câmara frigorífica, açougue, cocção, café/sucos, massas/sobremesas, legumeria,

cereais/frutas, descartáveis, louças limpas, depósito de material de limpeza, higienização de

carros, higienização de louças e bandejas, lavagem de panelas e distribuição. Além da sala do

nutricionista com lavabo.

46

4.6 Emergência

Figura 42 - Planta baixa do setor de Emergência

Fonte: Acervo próprio (2014)

Emergência é todo caso em que há ameaça iminente à vida, sofrimento

intenso ou risco de lesão permanente, havendo necessidade de tratamento

médico imediato. Alguns exemplos de emergências são a parada

cardiorrespiratória, hemorragias volumosas e infartos que podem levar a

danos irreversíveis e até ao óbito. (UNMED, 2014)

O setor de emergência do hospital foi proposto para atendimento exclusivamente dos

pacientes que fazem tratamento no mesmo. Caso necessitem de atendimento imediato serão

atendidos inicialmente nesta unidade que estará preparada para realização de exames e caso

verifique-se a necessidade após o primeiro atendimento, a realização de cirurgias ou a

internação será feita também nesse hospital, evitando ao máximo o deslocamento dos

pacientes e o atendimento em outras unidades de saúde pois o prontuário do paciente já

conterá informações que auxiliaram ao atendimento.

A unidade terá um consultório de emergência e um quarto de observação coletiva com

posto de enfermagem. Os funcionários desse setor terão à sua disposição uma sala de estar

com copa para repouso durante o período que não houver atendimento.

Foi adaptado um posto policial no setor para garantir a segurança dos profissionais e

pacientes.

47

4.7 Exames e Diagnósticos

Figura 43 – Planta baixa do setor de Exames e Diagnóstico

Fonte: Acervo próprio (2014)

O setor de exames (Figura 42) oferecerá exames para diagnóstico e acompanhamento

clínico dos pacientes. Serão salas para coleta de sangue, raio-x, tomografia computadorizada,

ressonância magnética, mamografia, endoscopia e ultrassonografia, além de uma sala para

indução e recuperação anestésica.

Os funcionários desse setor passarão por vestiários barreira para paramentação antes

de começarem a trabalhar e contaram com um ambiente de estar médico para descanso nos

intervalos dos atendimentos ou quando couber.

Todas as salas foram dispostas num corredor em torno de um jardim central que

proporciona humanização ao ambiente através de iluminação e ventilação naturais.

A entrega de exames será feita através de uma janela para o corredor externo do

hospital, evitando o acesso ao interior do hospital e consequentemente evitando os riscos de

infecção hospitalar.

48

4.8 Necrotério

Figura 44 - Planta baixa do Necrotério

Fonte: Acervo pessoal (2014)

O hospital terá uma capela mortuária (Figura 43) para realização de velórios quando

houverem óbitos de pacientes. Esta capela terá uma sala para preparo de cadáveres e lavabos

para os visitantes, além de um jardim de contemplação.

49

4.9 Ambulatório

Figura 45 - Planta baixa do setor de Ambulatório

Fonte: Acervo próprio

O setor de Ambulatório (Figura 44) atenderá pacientes do hospital para

acompanhamento ou encaminhados de outras unidades de saúde para confirmação do

diagnóstico. Serão quatro salas especializadas em ginecologia, com lavabos individuais e

centrais de material esterilizado simplificadas, buscando atender ao público feminino, que

será o alvo deste hospital. Um consultório de clínica geral também foi colocado para atender

as pacientes durante o período de tratamento nos demais ramos da medicina. Além de uma

sala para atendimento do serviço social. O espaço terá uma sala de espera com balcão para

recepção, registro e encaminhamento e um jardim de contemplação externo.

Um posto de enfermagem foi colocado nesse setor a fim de atender pacientes que

necessitem de aplicação de medicamentos, imunização ou curativo.

50

4.10 Apoio Técnico e Logístico

Figura 46 - Planta baixa do setor de Apoio Figura 47 - Planta baixa do setor de Apoio

Técnico e Logístico Técnico e Logístico

F

Fonte: Acervo próprio (2014)

Fonte: Acervo próprio (2014)

Os apoios técnico e logístico necessários ao bom funcionamento do hospital contarão

com duas alas, numa (Figura 45) ficará o almoxarifado de material de escritório, almoxarifado

de material hospitalar, dispensário de medicamentos, que serão entregues ao público através

de uma janela para o corredor externo do hospital e nesse setor se localiza o principal acesso

de funcionários ao hospital, com vestiários feminino e masculino e ponto eletrônico.

Outra ala (Figura 46), localizada logo na chegada do hospital pelo acesso de serviço

terá uma subestação e um gerador de energia, oficinas de pintura, serralheria, elétrica e

mecânica, locais para armazenamento temporário do lixo de maneira separada entre biológico,

químico, radioativo, perfurante, resíduo comum e reciclável. Haverá também uma central de

gerenciamento de roupas, com lavanderia, reparo de costura e rouparia que só poderá ser

acessada através de vestiários barreira.

51

4.11 Administração

Figura 48 - Planta baixa do setor Administrativo

Figura 2 Fonte: Acervo próprio (2014)

O setor administrativo (Figura 47), responsável pelo hospital, está localizado logo no

início da construção, na parte mais próxima aos acessos. Seu acesso é totalmente

independente do restante do hospital, desta forma, quem for à administração não precisará

acessar o interior do hospital.

Serão quatro salas de diretores, departamentos financeiro e pessoal, sala de reuniões,

lavabos para público e funcionários, estar para funcionários e sala de recepção e espera, além

do arquivo e CPD.

52

4.12 Internação

Figura 49 - Planta baixa do setor de Internação

Q

Fonte: Acervo próprio (2014)

53

O setor de internação (Figura 48) fica localizado no pavimento superior do hospital, no

volume principal do projeto que fica na parte em balanço, apenas com um apoio sobre o

espelho d’água. São 24 (vinte e quatro) quartos individuais com banheiro acessível, sendo 4

(quatro) destes, quartos de isolamento, com antecâmara e expurgo próprios. Três postos de

enfermagem atendem a estes quartos e estão distribuídos pelo corredor entre eles, contam com

ambientes de apoio que são: expurgo, rouparia e depósito de material de limpeza, além de

copa e lavabo para funcionários. O acesso de funcionários do setor é feito através de

vestiários barreira, feminino e masculino, e o acesso de visitantes é feito pelo acesso principal

após identificação e orientação no posto de informações localizado na entrada do setor.

No corredor principal deste ambiente foram criados dois jardins que proporcionam

iluminação e ventilação natural ao ambiente. Os jardins são responsáveis também pela

humanização da área, pois oferecem aconchego e “fuga” do ambiente hospitalar. Entre estes

jardins e no final do corredor, de frente para o jardim principal do projeto foram criadas salas

de estar para uso dos acompanhantes de pacientes e visitantes.

Pensando numa maneira de minimizar o calor dentro da construção, proporcionar

diminuição do consumo de energia e conforto térmico, foi proposto o uso do sistema de

fachada ventilada.

A fachada ventilada é um sistema de construção que permite a fixação de um

revestimento (não estanque) independente à folha dos cerramentos. A

separação do revestimento em relação ao cerramento permite o alojamento

de uma camada isolante e admite a livre circulação de ar pela sua câmara,

com as vantagens que isto representa em termos de poupança de energia.

As placas de revestimento são colocadas com uma junta perimétrica (em

função do material), que evita qualquer tipo de patologia derivada da própria

dilatação do material, garantindo que o material preserve o seu bom especto

(sem aparecimento de fendas ou fissuras derivadas a tensões restringidas).

Por outro lado o revestimento oferece proteção contra a incidência direta do

sol sobre as restantes camadas (isolamento e cerramento) amortecendo as

mudanças bruscas de temperatura, e prolongando desta forma a sua vida útil.

(MASSA, n2014)

4.12.1 Funcionamento e vantagens da fachada ventilada

4.12.1.1 No verão

“Proteção contra a incidência direta do sol sobre o cerramento.” (MASSA, 2014)

54

Figura 50 - O sol incide diretamente sobre o Figura 51 – Aquece o ar alojado na

revestimento e não sobre o cerramento câmara, diminui a sua densidade que

por convecção sobe, sendo o seu lugar

ocupado por ar fresco

Fonte: Massa (2014) Fonte: Massa (2014)

Figura 52 - Este fenômeno denominado "efeito chaminé" evita o acumulo de calor na fachada, com a

sua consequente poupança de energia.

Fonte: Massa (2014)

4.12.1.2 No inverno

Contribui para a estabilidade térmica do sistema.

No inverno entram em jogo outros fatores, dado que a radiação solar na

maioria dos casos não é suficiente para conseguir o movimento de ar. Neste

caso a fachada atua como um acumulador de calor e ajudado pela camada de

isolamento térmico do sistema, evitando o escape de calor a partir do interior

(com a respectiva poupança de energia). (MASSA,2014)

55

Figura 53 – Atuação da fachada ventilada Figura 54 – Comportamento do ar

no inverno. dentro e fora da construção.

Fonte: Massa (2014) Fonte: Massa (2014)

4.12.1.3 Estanqueidade

“O revestimento trabalha em forma de tabique pluvial, permitindo apenas a passagem

de, no máximo, 5% da água da chuva através das juntas e por efeito do vento.” (MASSA,

2014)

Figura 55 - Estanqueidade da fachada ventilada

Fonte: Massa (2014)

4.12.1.4 Estética

“Contrariamente à fachada de argamassa, pelo fato de se tratar de uma colocação por

camadas e de existir uma câmara-de-ar entre as mesmas, os problemas de umidade e

eflorescência desaparecem totalmente.” (MASSA, 2014)

56

4.12.1.5 Segurança

“Pelo fato de se tratar de uma colocação a seco (mecânica), ou mista (mecânica e

química) e de serem necessárias ancoragens para se poder montar a fachada, garante a

colocação segura do revestimento.” (MASSA, 2014)

Figura 56 - Ancoragem do revestimento

Fonte: Massa (2014)

4.12.1.6 Instalação

“Facilidade de colocação na obra quando os elementos são instalados “a seco”,

mediante ancoragem mecânica previamente calculada para resistirem à carga de vento e à

carga gravítica (o próprio peso da placa), conseguindo-se rendimentos até 60m² x par por dia”

(MASSA, 2014)

Figura 57 - Sistema de instalação do revestimento

Fonte: Massa (2014)

57

4.13 Unidade de Tratamento Intensivo – UTI

Figura 58 - Planta baixa da Unidade de Tratamento Intensivo’

Fonte: Acervo próprio (2014)

A Unidade de Tratamento Intensivo (Figura57) terá capacidade para cinco leitos,

sendo um deles leito de isolamento, com banheiro, antecâmara e expurgo próprios. O setor

conta ainda com um posto de enfermagem e todos os ambientes de apoio, como expurgo,

rouparia, depósito de material de limpeza, sala de serviço e lavabo para funcionários. A

equipe de trabalho deste setor conta com uma sala de conforto clínico com copa e vestiários

barreira, onde se paramentam para iniciar os trabalhos.

Os visitantes do setor são recebidos na sala de entrevistas pelo diretor da UTI antes de

acessarem a unidade através de uma antecâmara para higienização e paramentação.

A parede da unidade que está voltada para o jardim central do hospital foi projetada

com o sistema de fachada ventilada se beneficiando de todas as vantagens desse sistema e

possibilitando a visão de todo o jardim, através da parede toda envidraçada.

58

4.14 Centro Cirúrgico

Figura 59 - Planta baixa do Centro Cirúrgico

Fonte: Acervo próprio (2014)

O Centro Cirúrgico do Hospital Oncológico para Mulheres (Figura 58) foi projetado

para atender as pacientes que fazem tratamento na unidade, com duas salas médias para

cirurgia e uma sala grande para cirurgia. Foram criadas ainda duas salas, uma para indução e

outra para recuperação anestésica, que podem ser vistas do posto de enfermagem da unidade.

Os funcionários acessam o centro cirúrgico através de vestiários barreira enquanto os

pacientes farão a transposição de macas por uma janela projetada com esta finalidade.

O centro cirúrgico terá acesso direto à Central de Material Esterilizado através de duas

janelas, para entrega de material contaminado após o uso em cirurgia e retirada de material

esterilizado.

59

4.15 Central de Material Esterilizado

Figura 60 - Planta baixa da Central de Material Esterilizado

Figura 3 Fonte: Acervo próprio (2014)

A Central de Material Esterilizado (Figura 59) recebe materiais contaminados do

centro cirúrgico ou do restante do hospital, esteriliza-o e o devolve para uso. É dividido em

três salas, a primeira, de limpeza e desinfecção, recebe o material e inicia o processo, na

segunda sala é feita a esterilização e preparo do material que finalmente é entregue ao

depósito de materiais esterilizados de onde é feita distribuição hospitalar.

O acesso a estas salas é feito através de vestiários barreira. Um vestiário barreira sujo,

para as duas primeiras salas do setor e um vestiário limpo que antecede o depósito.

60

4.16 A cobertura verde do edifício

Apesar de o tema estar em voga, a prática de cobrir os telhados com jardins data da

época da Babilônia, quando o rei Nabucodonosor, segundo historiadores do passado, com o

intuito de agradas sua esposa, criou um jardim cheio de terraços, para recriar o terreno verde e

montanhoso de sua terra natal (figura 60). (ANGELFIRE, 2014)

Figura 61 - Jardins Suspensos da Babilônia

Fonte: Biblioteca virtual Templo de Apolo

Os jardins suspensos também foram defendidos, segundos Alcântara (2014) por Le

Corbusier e Pierre Jeanneret. “Numa pesquisa publicada em 1926, na revista francesa L’Esprit

Nouveau, na qual listaram os cincos pontos fundamentais da Arquitetura Moderna”. Um

desses pontos era o Terraço Jardim, que transfere o solo ocupado pelo edifício para cima na

forma de um jardim, podendo, assim recuperá-lo.

61

Atualmente, telhado verde, terraço jardim, cobertura vegetal, ecotelhado, telhado

ecológico, são muitos os nomes dados a esse tipo de cobertura, que estão sendo usadas como

uma solução extremamente benéfica aos grandes centros urbanos que enfrentam os problemas

das ilhas de calor, poluição ambiental e enchentes causadas pelo ineficiente escoamento das

águas pluviais.

O site Sustentaqui (2014) divulgou uma lista com as 10 vantagens de um telhado

verde, são elas:

1. Diminui a poluição e melhora a qualidade do ar das cidades. A vegetação

absorve substancias tóxicas e libera oxigênio na atmosfera.

2. Ajuda a combater os efeitos d Ilhas de Calor nas grandes cidades.

3. Melhora o isolamento térmico da edificação. Protege contra as altas

temperaturas no verão e ajuda a manter a temperatura interna no inverno.

4. Melhora o isolamento acústico da edificação. A vegetação absorve e isola

ruídos.

5. Maior retenção da água das chuvas. A vegetação auxilia na drenagem da água

da chuva, reduzindo assim a necessidade de escoamento de água e de sistemas

de esgoto e ainda filtra a poluição dessas águas.

6. Diminui a possibilidade de enchentes. Como retém melhor a agua da chuva, o

excesso não vai para as ruas.

7. Ajuda na diminuição da temperatura no micro e no macro ambientes externos.

8. Reduz o consumo de energia, e melhora a eficiência energética devido a

redução da temperatura no ambiente interno, diminuindo a necessidade de

refrigeração.

9. Aumento da biodiversidade, atraindo pássaros, borboletas entre outros.

10. Embeleza a edificação e a cidade.

Todo o fechamento superior do Hospital Oncológico para Mulheres será feita por

cobertura vegetal (figura 61), aproveitando todas as vantagens desse sistema e inserindo ao

62

projeto soluções sustentáveis de arquitetura, visto que esse tipo de cobertura diminui o uso de

energia e capta água da chuva para reaproveitamento.

Figura 62 - Cobertura verde do edifício

Fonte: Acervo próprio (2014)

A cobertura será inclinada desde o solo, com inclinação de 0,0833% para torna-la

acessível a cadeirantes, e toda a cobertura do edifício poderá ser usada para atividades de

contemplação ou para qualquer evento ao ar livre proposto para lá.

A forração escolhida para o telhado foi a Grama Esmeralda (Zoysia japonica) pelo

visual atapetado que apresenta com baixa necessidade de poda, ou seja, facilidade de

manutenção e por ser uma espécie que ajuda a conter o avanço de ervas daninhas (figura 62).

Figura 63 - Grama Esmeralda -

Fonte: Site Arquitetura Sustentável

63

PERSPECTIVAS

Perspectivas do projeto proposto, apresentando algumas áreas externas e internas do

mesmo. Entre elas estão: Fachada principal, Jardim, Rampa da cobertura, Espelho d’água,

Heliponto, Fachada Posterior, Circulação externa, Jardim vertical, Cafeteria e Lanchonete,

Sala de espera do Centro Cirúrgico, Circulação do setor de internação, Hall de entrada do

setor de internação e Espaço da Beleza (Figuras de 64 a 77).

Figura 64 – Fachada Principal e Jardim

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 65 – Detalhe do Jardim

Fonte: Acervo próprio (2014)

64

Figura 66 – Perspectiva da rampa da cobertura

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 67 – Vista do espelho d’água4

Fonte: Acervo próprio (2014)

65

Figura 68 – Perspectiva à partir do heliponto

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 69 – Fachada posterior do Hospital5

Fonte: Acervo próprio (2014)

66

Figura 70 – Perspectiva da circulação externa do Hospital6

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 71 – Vista do jardim vertical

Fonte: Acervo próprio (2014)

67

Figura 72 – Acesso Principal

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 73 – Nascer do sol

Fonte: Acervo próprio (2014)

68

Figura 72 – Cafeteria e Lanchonete7

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 73 – Sala de espera do Centro Cirúrgico8

Fonte: Acervo próprio (2014)

69

Figura 74 – Circulação do setor de internação9

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 75 – Circulação do setor de Internação

Fonte: Acervo próprio (2014)

70

Figura 76 – Hall de entrada setor de Internação

Fonte: Acervo próprio (2014)

Figura 77 – Espaço da Beleza

Fonte: Acervo próprio (2014)

71

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha do tema para este trabalho surgiu da experiência pessoal vivida durante o

período do curso e a observância através dela, da necessidade de humanização dos ambientes

hospitalares.

Foi desenvolvido o projeto de arquitetura de um Centro de Tratamento Oncológico

para Mulheres que teve, desde o início, a humanização como principal partido. O terreno foi

cuidadosamente escolhido por sua localização e potencialidade paisagística. Nele foi

elaborado o projeto, que atendeu ao programa de necessidades proposto e a toda a legislação

específica para este tipo de construção.

Recursos arquitetônicos, como a cobertura verde da construção e as fachadas

ventiladas, foram empregados com a finalidade de oferecer melhoria da qualidade de vida dos

usuários, sejam médicos, pacientes ou visitantes, e assim garantir o aumento dos índices de

cura.

O atendimento à população em geral foi incluído no projeto através dos espaços

destinados ao desenvolvimento de campanhas de conscientização e prevenção, considerando a

sua importância como forma de minimizar a incidência da doença.

Nesse contexto, acredita-se que o presente trabalho pode trazer uma grande

contribuição na busca de reverter o quadro atual no que se refere ao tratamento do câncer na

cidade de Macaé, estado do Rio de Janeiro.

72

REFERÊNCIAS

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