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FOCUS ESCOLA DE FOTOGRAFIA CURSO DE FOTOGRAFIA Daniela Collet Franceschi Fotojornalismo e a Fotografia Corporativa SÃO PAULO SP AGOSTO DE 2016

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FOCUS ESCOLA DE FOTOGRAFIA

CURSO DE FOTOGRAFIA

Daniela Collet Franceschi

Fotojornalismo e a Fotografia Corporativa

SÃO PAULO – SP

AGOSTO DE 2016

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FOCUS ESCOLA DE FOTOGRAFIA

CURSO DE FOTOGRAFIA

Daniela Collet Franceschi

Fotojornalismo e a Fotografia Corporativa

Trabalho de Conclusão de Curso,

apresentado à Focus Escola de Fotografia,

para a obtenção de certificado do Curso de

Fotografia, sob a orientação do Professor:

Enio Leite.

SÃO PAULO – SP

AGOSTO DE 2016

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Dedicatória

Аоs amigos, colegas e ao meu marido,

pelo incentivo е pelo apoio. Agradeço ао

mundo pоr mudar аs coisas e dar sempre

a chance de mudar o caminho da nossa

trajetória.

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Agradecimentos

Agradeço aos professores da escola Focus pelos ensinamentos e esclarecimento de

dúvidas.

Meu marido, minha família e amigos pelo incentivo.

Agradeço a Cassia, minha colega de curso, e aos modelos Luana e Paulo pela

paciência e dedicação.

Ao pessoal da Verum Eventos que me motivou a prosseguir com a fotografia.

Aos meus amigos virtuais das redes sociais pelos elogios e curtidas.

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Resumo

O presente trabalho visa mostrar como funciona a rotina dos fotojornalistas, materiais

e equipamentos utilizados, as principais técnicas e os fotógrafos de referências. Além

disso, o trabalho do fotografo corporativo que por muitas vezes faz o papel de

fotojornalista, junto com assessorias de imprensa.

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Sumário

Introdução ................................................................................................ pág. 07

1. História do fotojornalismo ..................................................................... pág. 09

2. Principais nomes do fotojornalismo ....................................................... pág 13

2.1. Jacob August Riis ...................................................................... pág 13

2.2. Robert Capa ............................................................................. pág. 16

2.3. Steve McCurry .......................................................................... pág. 18

2.4. Henri Cartier-Bresson ................................................................ pág.21

2.5. Robert Doisneau ....................................................................... pág. 24

2.6. Pete Souza ............................................................................... pág. 26

2.7. John Stanmeyer ........................................................................ pág. 29

2.8. Juca Martins ............................................................................. pág. 31

2.9. Sebastião Salgado .................................................................... pág. 34

2.10. Evandro Teixeira ..................................................................... pág. 38

3. Fotografia corporativa e o mercado de trabalho ................................... pág. 40

4. Equipamentos utilizados ...................................................................... pág. 42

5. Fotos de minha autoria......................................................................... pág. 43

6. Referências .......................................................................................... pág. 46

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Introdução

Sempre gostei e artes e suas diversas variações. Meu desejo inicial sempre foi cursar

faculdade de artes plásticas, mas na hora da escolha optei por fazer publicidade e

propaganda. Isso foi em 1998 e a fotografia ainda era analógica. Logo no primeiro ano

do curso iniciei meu contato com fotografia profissional. Era sensacional tirar as fotos

e depois ir para o laboratório e passar aquela imagem para o papel. Foi um ano de

muito aprendizado nas diversas formas de fotografia.

Terminei a faculdade e a fotografia analógica foi ficando para trás. Nessa época eu já

tinha máquina digital compacta e sempre tirava fotos de amigos, viagens etc. e criei

um site para eles poderem ver, já que naquela época não existia redes sociais e nem

fotoblogs e a internet ainda era rede discada.

Sai da faculdade e fui trabalhar em eventos e sempre observava os fotógrafos. Nessa

época eu participava de todos os eventos grande em São Paulo, inclusive a

Photoimage Brasil. A fotografia digital estava tomando conta e com isso novas formas

de álbuns e diagramações começaram a aparecer. Me apaixonei pela diagramação

de álbuns e fazia alguns trabalhos em casa, quando não estava nos eventos.

Tal trabalho tomou uma grande proporção e eu estava começando a investir em

equipamento, mas, foi quando em 2008 adiei a ideia da fotografia pois fui contratada

para fazer parte do departamento de marketing de um pavilhão de eventos em São

Paulo. Era responsável por toda criação de anúncios, comunicação visual, site e todo

o marketing de 3 feiras agropecuárias. Logo no primeiro evento já levei minha câmera

não profissional e tirei algumas fotos. O pessoal gostou e me tornei também

responsável por todas as fotos. Era necessário contratar fotografo para os eventos,

devido ao tamanho do local e eu tinha que cuidar de outros setores também. Com isso

fui tendo contato com fotografia profissional de eventos corporativos e aprendendo

como funcionava tudo.

Durante o curso identifiquei que o que mais parecia com o que eu fazia era

fotojornalismo apesar de gostar muito de fotografia publicitária devido ao meu curso

superior.

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Dessa forma, esse trabalho de conclusão de curso aborda o tema fotojornalismo e a

fotografia corporativa. Para isso será contato um pouco da história do fotojornalismo

mostrando os principais fotógrafos da área discutindo algumas questões sobre o

mercado de trabalho e a fotografia corporativa.

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1. História do fotojornalismo

Apesar de hoje considerarmos a fotografia como um elemento fundamental da

imprensa, isso nem sempre aconteceu. Quando a fotografia surgiu, no final da década

de 1830, os jornais já existiam em bom número, tanto na Europa como nas Américas.

Entretanto, por razões tecnológicas, foram necessários mais de 30 anos para ser

possível o aproveitamento de fotografias na imprensa. A introdução da fotografia na

imprensa a partir de 1880, com o emprego de uma nova técnica de impressão, é um

momento importante para a forma de se ver o mundo. Se até então, o cidadão comum

apenas podia visualizar fenômenos que ocorriam perto dele, com a utilização de

imagens fotográficas pela imprensa, o mundo tornou-se próximo, pequeno aos olhos

da massa

Mesmo com toda as dificuldades tecnológicas, até a metade do século XIX, a

fotografia já havia chegado às partes mais distantes do mundo conhecido. O gosto

pelo exótico e a curiosidade pelo diferente impulsionaram os fotógrafos viajantes a se

aventurarem pela África e Oriente em busca de imagens que documentassem

‘cientificamente’ essas regiões

As exigências do público, aliada às necessidades dos profissionais levam a

avanços tecnológicos que permitirão consideráveis ganhos para o conteúdo das

fotografias. A diminuição dos tempos de exposição por exemplo, e a melhoria das

objetivas fotográficas, vai permitir a captura do movimento, o congelamento da ação,

o que é vital no fotojornalismo. Além disso as possibilidades surgidas com os novos

processos, capazes de permitir a cópia, a reprodução das imagens, vai fazer com que

se abandone a ideia de imagem única, alterando-se as rotinas e convenções

profissionais.

Em meados da década de 1860 surgiram os primeiros processos de

reprodução fotomecânica que permitiam a impressão de imagens fotográficas a partir

de uma matriz produzida fotograficamente. Entretanto ainda eram processos

rudimentares e caros para permitirem um uso mais intenso de fotografias pela

imprensa. A fotografia só se torna comum na imprensa a partir de 1882, com o

desenvolvimento de um processo de impressão chamado autotipia pelo alemão Georg

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Meisenbach (1814 – 1912). O processo de autotipia, conhecido também no Brasil,

como meio-tom (halftone).

O primeiro jornal a publicar uma fotografia utilizando o novo método de

impressão foi, o jornal sueco Nordisk Boktrycheri-Tidning, em julho de 1871. Já os

pesquisadores norte-americanos dizem que Frederic Ives (1856 - 1937) a criação e o

desenvolvimento do processo de impressão por autotipia a partir de 1880, mesmo ano

em que o jornal The New York Daily Graphic teria publicado a primeira fotografia

impressa no novo processo.

Um dos trabalhos fundadores do fotodocumentarismo e, por consequência,

também do fotojornalismo e de toda uma escola de profissionais empenhados em

intervir com a fotografia sobre a realidade que os cerca foi o de Jacob Riis , que em

1880 fotografou as péssimas condições de vida dos imigrantes em Nova York. Riis

para fotografar à noite utilizou uma das novidades tecnológicas de sua época, os

flashes de magnésio. Embora suas imagens tenham sido publicadas como gravuras

pois a tecnologia de impressão da época não permita os tons de cinza de uma

fotografia preto e branco, elas foram capazes de causar um forte impacto sobre a

opinião pública.

A popularização da fotografia vai permitir, em pouco tempo, o aparecimento de

uma nova estética fotográfica, onde a boa fotografia, senso comum, deveria ser lisa ,

limpa e com os objetos centralizados. Essa estética afetou até mesmo as produções

do domínio do fotojornalismo. Mas, por outro lado, a disseminação da fotografia

amadora vai permitir a possibilidade da experimentação, da criação e ainda garantir

que os acontecimentos mais marcantes das histórias individuais e familiares ganhem

uma memória.

Embora já comum nas revistas ilustradas e semanários, a fotografia só se

tornará efetiva nos jornais diários em 1904 quando o Daily Mirror, na Inglaterra,

começa a ilustrar suas páginas apenas com fotografias com uma série de publicações

que vão utilizar a fotografia não mais apenas como uma ilustração, mas como

elemento informativo.

No período entre guerras que vários avanços tecnológicos permitem que o

fotojornalismo se desenvolva. A Alemanha, onde a produção cinematográfica foi

intensa durante a República de Weimar, foi berço de vários modelos que marcariam

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a história das pequenas câmeras. Além disso a Alemanha, desde o século XVI

possuía uma tradicional indústria óptica com a construção de lunetas, telescópios e

microscópios, por vezes fornecendo lentes para toda a Europa.

A máquina que efetivamente revolucionou a fotografia e o fotojornalismo foi a

Leica. A história da Leica começa ainda em 1914, pouco antes do início da Primeira

Guerra. Oskar Barnack, funcionário da empresa Leitz, em Wetzlar, dedicava-se, em

suas folgas, à construção de uma câmera de cinema, que ele veio a completar em

1912. Depois de alguns testes, em 1924, as primeiras unidades começam a chegar

ao mercado. Era uma câmera revolucionária em diversos aspectos. Equipada com um

visor direto (visor óptico), vinha ainda com um telêmetro, um obturador Compur

(obturador de íris) de seis velocidades e uma objetiva com abertura máxima de f. 3,5.

No início da década de 1930, a Leica surgiu com mais uma novidade, um modelo com

objetivas intercambiáveis. Essas câmeras além da qualidade da imagem

proporcionada pela alta qualidade de suas objetivas, permitiam que o enquadramento,

a composição, o foco e a regulagem da exposição 48, fossem realizados com a

câmera diante dos olhos do fotógrafo. Os equipamentos utilizados até então, não

permitiam ao fotógrafo ter a liberdade de movimento necessária para realizar seus

trabalhos. Os meios de que dispunham para realizar o trabalho só permitiam a

produção de fotos posadas e estáticas, muitas vezes à luz do dia ou em ambientes

externos. A lente da câmera fotográfica passa a ser uma extensão do olho do

fotógrafo. A fotografia, para ser reconhecida como imagem de valor, depende não

mais da nitidez obtida, mas exclusivamente da habilidade e sensibilidade do fotógrafo.

O desenvolvimento do moderno fotojornalismo na Alemanha não pode ser visto

apenas como resultado das inovações tecnológicas desenvolvidas naquele país no

período entre guerras, mas como o resultado de uma conjunção de fatores:

- Desenvolvimento de câmeras dotadas de objetivas de alta qualidade e precisão,

novos flashes fotográficos e filmes mais sensíveis;

- A emergência de uma geração de repórteres fotográficos bem formados e com nível

social elevado;

- A atitude de experimentação e de colaboração intensa entre fotógrafos, editores e

proprietários de revistas, promovendo o aparecimento e difusão de fotografias

instantâneas, não posadas;

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- Inspiração no interesse humano: cresce a idéia de que ao público não interessa

apenas as atividades e os acontecimentos em que estão envolvidas figuras públicas

mas também os temas que representam a vida cotidiana;

- Ambiente cultural e suporte econômico.

Esses fatores permitiram ao fotojornalismo crescer, desenvolver-se e

ultrapassar o caráter meramente ilustrativo, passando a assumir lugar de destaque

enquanto informação.

Nesse ambiente favorável vários fotógrafos apareceram, mas um se destacou

a ponto de ser considerado o ‘pai’ do moderno fotojornalismo: Erich Solomon (1886 -

1944 ). Solomon ficou famoso quando, em 1928, conseguiu publicar fotografias feitas

durante o julgamento de um jovem estudante acusado de matar dois de seus colegas

após uma festa. Não se permitiam fotografias nos tribunais.

Robert Capa em 1947, após tornar-se famoso pelas fotografias realizadas para

as revistas Post e Life, durante a Guerra Civil Espanhola e Segunda Guerra Mundial,

funda a agência Magnum, em Paris, junto com Cartier-Bresson, George Rodger,

David Seymour, e Bill Vandivert. Ela funcionava como uma cooperativa de fotógrafos,

dava mais poder de negociação aos participantes junto a grandes clientes, como

grandes jornais e revistas da época. Além disso, eles pegavam trabalhos e dividiam

entre si, se ajudando e colaborando para que suas fotos fossem valorizadas em

conjunto: ao invés de um fotógrafo pegar um trabalho, a Agência pegava o trabalho,

e os melhores fotógrafos para cada missão eram escolhidos, gerando assim as

melhores fotos sobre cada assunto em cada lugar do mundo.

A criação da Magnum foi uma revolução. Numa época onde a fotografia era a

responsável por fazer todo mundo ver o que acontecia fora da sua cidade, através de

matérias foto jornalísticas, ter um grupo de fotógrafos conhecidos negociando o valor

das suas fotos e, mais do que isso, gerenciando quem faria as fotos, e como elas

seriam feitas, sacudiu o mercado, e acabou gerando o nascimento de outras agências

do tipo.

Com o passar do tempo a Magnum foi juntando mais e mais profissionais,

como, Ansel Adams, Eve Arnold, Elliot Erwitt, Josef Koudelka, Dorothea Lange, e mais

uma centena de nomes que chegam até hoje com Sebastião Salgado, Steve McCurry,

Martin Parr,, Alex Webb e dezenas de outras feras.

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2. Principais nomes do fotojornalismo

2.1. Jacob August Riis

Jacob August Riis nasceu em Ribe (Dinamarca) em 3 de maio de 1849. Aos 16

anos tentou ser carpinteiro e se apaixonou poe Elisabeth, pela filha do dono do local

onde trabalhava. Seu pai desaprovou e mandou para Copenhague. Fez alguns bicos

de carpinteiro e se mudou para os Estados Unidos em 1870. Fez bicos de carpinteiro

e teve uma vida miserável em Nova Iorque. Tentou a vida como jornalista sem

sucesso na Filadélfia. Voltou para Nova Iorque e começou uma carreira de jornalista

cobrindo um almoço na Astor House. Escrevia sobre ricos e pobres, os bens

estabelecidos e os recém-chegados. Chegou a comprar um jornal e depois vende-lo

e buscou Elisabeth na Dinamarca.

Apesar do sucesso de seus textos, Riis Sentia limitado em sua expressão.

Tentou desenho, mas não tinha habilidade para tal. A fotografia em 1880 ainda

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eralenta e pouco prática para o jornalismo. Porém, em 1887 ele ficou sabendo de uma

mistura de pó de magnésio, clorato de potássio e sulfito de antimônio, o flash.

Ele desenvolveu seu flash com a ajuda do Dr. John Nagle. E juntos eles usaram

anova tecnologia para fotografar os cortiços nova-iorquinos.

Sua primeira reportagem fotográfica saiu no The Sun em 12 de fevereiro de

1888. As doze gravuras baseadas nas fotografias eram “retratos dos crimes e misérias

de Gotham de dia e de noite” e seriam “a base para uma palestra intitulada ‘The Other

Half: How it lives and dies in New York‘, a ser dada em igrejas e escolas dominicais,

etc”. Dois anos mais tarde, em 1890, The Other Half se tornaria um livro, ilustrado com

dezessete reproduções fotográficas pelo método halftone (um dos primeiros livros a

utilizar este método).

Riis e seus colaboradores foram os pioneiros da fotografia a flash na América.

Os primeiros flashes eram disparados com um dispositivo que parecia uma pistola.

Riis trocou a pistola por uma frigideira.

Ao longo de três anos, Riis passou a maior parte de suas noites fotografando o

submundo de Nova York e seus cortiços, vielas escuras, fábricas improvisadas e

cervejarias. Ele documentou as durezas das vidas dos mais pobres e dos imigrantes

recém-chegados.

Riis era um proponente da distribuição de renda, seja por meio de programas

sociais, seja por filantropia dos mais ricos. Por mais progressista que fosse, Jacob

Riis ainda era um homem típico do século XIX quando faleceu numa fazenda do

interior do Massachussetts em 26 de maio de 1914, aos 65 anos.

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Meninos de ascendência árabe dormem num beco. c. 1890 (J. Riis)

Bandit's Roost - 1988

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2.2. Robert Capa

Endrei Ernő Friedmann, ou Robert Capa como ficou conhecido, nasceu em

Budapeste em 1913 e é indiscutivelmente um dos maiores e mais conhecidos

fotógrafos de guerra.

Durante os seus estudos secundários sente-se atraído pelos meios culturais

marxistas. Foi fichado pela polícia e teve que se exilar em 1930. Vai para Berlim onde

se inscreveu na Faculdade de Ciências Políticas e aproximou-se do meio jornalístico.

Encontrou trabalho na "Dephot" (Deutscher Photodienst), a maior agência de

jornalismo da Alemanha naquela época.

Começou sua carreira de fotógrafo como assistente e estudou sozinho técnicas

fotográficas. Em 1933, para fugir da perseguição nazista, modificou seu nome; foi

nesse momento que Andrei adotou o nome que entraria para a História: Robert Capa.

Na mesma época que assim começou a se intitular, iniciou seu trabalho

independente como fotógrafo. A partir de então, passou a cobrir grandes guerras

como a Guerra Civil espanhola, chamando a atenção do mundo através de seu clique

único. Em junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D. Depois

da segunda guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger,

funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947).

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Em 25 de Maio de 1954 ele estava na cidade Thai-Binh, fotografando a Guerra

da Indochina, quando sua carreira e sua vida tiveram um final trágico: Robert Capa

pisou em uma mina terrestre, o que dilacerou as suas pernas por completo, o

matando. Ainda assim, quando seu corpo enfim foi encontrado, ele seguia guardando

nas mãos sua câmera, companheira de toda a sua trajetória.

“Morte de um Miliciano’ ou “O Soldado Caído”

Desembarque na Normandia – Dia D

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2.3. Steve McCurry

Nascido em um subúrbio da Filadélfia, Pensilvânia, McCurry estudou produção

de filmes na Universidade Estadual da Pensilvânia antes de trabalhar em um jornal

local. Depois de vários anos como freelancer, McCurry fez sua primeira viagem para

a Índia, a primeira de muitas. Com pouco mais que uma mala de roupas e outra de

filmes, ele percorreu o subcontinente e explorou o país com sua câmera. É

responsável pelo registro da famosa imagem da Menina Afegã, cujo rosto foi capa da

revista e reconhecido por todo o mundo.

Depois de vários meses de viagem, ele chegou à fronteira com o Paquistão.

Lá, um grupo de refugiados afegãos o ajudou a passar clandestinamente pela fronteira

quando a invasão russa começava a fechar o país para todos os jornalistas ocidentais.

Com roupas tradicionais, uma barba cheia e feições desgastadas pelas condições

após diversas semanas com os mujahidins, McCurry revelou para o mundo as

primeiras imagens do conflito no Afeganistão, o que trouxe um rosto humano para o

problema.

Desde então, McCurry tem criado imagens estonteantes dos seis continentes

e de diversos países. Seu trabalho aborda conflitos, culturas em extinção, tradições

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antigas e cultura contemporânea. Ainda assim, ele mantém o elemento humano que

tornou sua célebre foto "The Afghan Girl" uma imagem tão forte.

McCurry foi recompensado com algumas das premiações de maior prestígio da

indústria, incluindo o Robert Capa Gold Medal, National Press Photographers Award

e uma marca sem precedentes de quatro primeiros lugares no World Press Photo

Contest.

O motivo pelo qual McCurry se tornou conhecido e admirado é a habilidade

de, através de um único retrato, captar todo o contexto de um povo, uma cultura. Seus

retratos mostram muito mais do que um rosto. A luz é sempre impecável, suave.

Menina Afegã

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Maimana, Afeganistão, 2003

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2.4. Henri Cartier-Bresson

Nascido em 1908, na França, Cartier-Bresson desenvolveu cedo a

aproximação com a arte. Logo aos cinco anos foi apresentado à pintura por um tio e

aos 19, em 1927, estudou com o pintor cubista e escultor francês André Lheu.

Inclusive, foi nesta época que ele entrou em contato com as obras de grandes artistas

como os renascentistas Jan van Eyck, Paolo Uccello, Masaccio e os escritores como

Dostoevsky, Schopenhauer, Rimbaud, Nietzsche e Proust. Foi uma época de intenso

aprendizado e que se refletiria em seus registros anos depois. Em 1931, em uma

viagem à Costa do Marfim, ele fez suas primeiras e quando retornou à Europa, passou

a dedicar-se exclusivamente à fotografia. Isto aconteceu porque Cartier-Bresson viu

uma foto de autoria do fotojornalista Húngaro Martin Munkacsi que retratava três

meninos negros correndo nús em direção ao mar.

A partir disso, Cartier-Bresson adquiriu a câmera que o acompanharia ao longo

de muitos anos e que seria quase uma extensão dos olhos do fotógrafo: Uma Leica

com lente de 50mm. Por ser pequena, ela permitia que Cartier-Bresson registrasse

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nas ruas momentos variados sem que as pessoas percebessem que estavam sendo

fotografadas.

Ele fotografou em diversas cidades européias e sua primeira Exposição

aconteceu em 1932, na Julien Levy Gallery, em Nova Iorque, e em seguida no Ateneo

Club em Madrid. Em 1934 Cartier-Bresson conheceu David Szymin e Endré

Friedmann, que mais tarde mudaria o nome para Robert Capa. Juntos, os três

montaram um estúdio e Capa passou a ser uma espécie de mentor de Cartier-

Bresson.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Cartier-Bresson serviu o Exército francês

na unidade de filmagem e fotografia. Durante a Batalha da França, em 1940, ele foi

capturado por soldados alemães e mantido como prisioneiro de guerra durante 35

meses. Tentou fugir sem sucesso por duas vezes até que, em fevereiro de 1943, na

terceira e última tentativa, teve sorte. Fugiu e se escondeu em uma fazenda onde

pode conseguir documentos falso que lhe permitiram voltar para a França. Lá, ele

trabalhou secretamente contribuindo para que outros prisioneiros pudessem fugir,

além de registrar com outros fotógrafos a Ocupação e Liberação da França.

Quando a guerra acabou, Cartier-Bresson foi convidado a realizar o

documentário Le Retour, que fala sobre os prisioneiros de guerra franceses. Na

primavera de 1947, ele e os amigos Robert Capa, David Seymour e George Rodger

fundaram a Magnum Photos, uma das agências mais famosas do mundo e que

funcionava de maneira cooperativa, com o o intuito de utilizar a fotografia a serviço da

humanidade. Em 1948, a cobertura do funeral de Gandhi fez com que Cartier-Bresson

atingisse reconhecimento internacional, o que ficou ainda mais forte quando, no ano

seguinte, esteve presente no último estágio da Guerra Civil Chinesa. Em 1952, lançou

seu primeiro livro: “Images a La Sauvette” mas foi a versão inglesa que trouxe como

título a frase mais famosa de Cartier-Bresson e que foi usada por ele como um guia

ao longo de sua carreira: “The Decisive Moment” (O Momento Decisivo).

Em torno de 1975, Cartier-Bresson já não fotografava mais, e assim, após anos

desenvolvendo sua visão artística com a fotografia, a pintura tomou conta de sua vida.

Sua primeira exposição de pinturas aconteceu em na Carlton Gallery, em Nova York,

em 1975.

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Em 2003, juntamente com sua esposa, Martine Frank, inaugurou a Fundação

Henri Cartier-Bresson, para manter um local permanente com seus trabalhos. Ele veio

a falecer em 2004, em Montjustin, na França.

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2.5. Robert Doisneau

Robert nasceu dia 14 de abril de 1912, na cidade de Gentilly, na França.

Formou-se profissionalmente como litógrafo, mas encontrou a paixão pela fotografia

em 1930, e nunca mais largou sua câmera.

Seu foco principal eram as ruas francesas, onde encontrava inspiração e fazia

arte com sua câmera Leica. Suas fotos mais conhecidas foram aquelas feitas pelas

ruas e bistrôs parisienses. Suas fotos sempre tinha um quê de crítica social, mostrava

mistura de classes, acontecimentos tão antagônicos, mas que encontrava pelas ruas,

e que ainda hoje podemos encontrar. Dizia “Eu não fotografo a vida como ela é, mas

a vida como eu gostaria que fosse. ”

A foto intitulada “O Beijo do Hôtel de Ville”, de Robert Doisneau (1912-1994) é

considerada uma das fotografias mais populares da história. Apesar de Doisneau ter

realizado centenas de flagrantes em Paris, a foto foi encenada. Em 1950, Françoise

Bobbet, uma jovem atriz, trocava beijos com o namorado, quando foi abordada pelo

fotógrafo Robert Doisneau que pediu para que repetissem o beijo em três locais

diferentes para um ensaio sobre amantes de Paris, encomendado pela revista Life. O

casal foi fotografado na Place de la Concorde, na Rue de Rivoli e no Hôtel de Ville. O

sucesso mundial dessa fotografia desencadeou a cobiça de aproveitadores. Vários

casais processaram o fotógrafo alegando ser os personagens retratados, entretanto,

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esse fato não impediu que a imagem se tornasse uma das fotografias mais vendidas

do mundo.

Morreu a 1 de abril de 1994, a poucos dias de completar 82 anos, e deixou-nos

um legado precioso, um acervo de 145 mil negativos, a maior parte dos quais

fotografias de Paris e dos parisienses.

O Beijo do Hotel de Ville

O Fox Terrier na ponte de artes

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2.6. Pete Souza

Pete Souza, para ser mais preciso, é o fotógrafo oficial da Casa Branca e

acompanha diariamente os passos do governante da maior potência econômica do

mundo.

Descendente de portugueses dos Açores, ele nasceu no estado americano de

Massachusetts. Aos 56 anos, acumula uma experiência invejável a qualquer

fotojornalista. Para começar, esta não é a primeira vez que ele percorre livremente os

amplos corredores da Casa Branca, já que também foi fotógrafo oficial do ex-

presidente Ronald Reagan.Souza trabalhou ainda para as revistas "National

Geographic" e "Life" e para o jornal "Chicago Tribune". Após os atentados de 11 de

setembro, foi um dos primeiros fotógrafos a chegar a Cabul para cobrir a guerra no

Afeganistão. Para completar o vasto currículo, o profissional tem livros publicados com

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imagens produzidas durante a convivência ao lado de Obama e Reagan.Pete Souza

é fotógrafo e Obama desde 2005

O luso-descendente trabalha com Obama desde 2005, quando o presidente

americano ainda era um mero senador pelo estado de Illinois. A chegada à Casa

Branca foi um caminho natural após a vitória do democrata para a presidência dos

Estados Unidos em 2008.De volta ao centro do poder, Pete Souza ajudou a valorizar

as redes sociais, que tanto contribuíram para o sucesso da campanha de seu chefe.

Desde que Obama assumiu a presidência, em 2009, a rotina em fotos da sede do

governo pode ser vista no Flickr. É de lá que jornais do mundo inteiro tiram imagens

do dia a dia do presidente americano.

Há fotos de encontros e conversas com líderes de todo o mundo. Mas há

também momentos de descontração e intimidade, que só poderiam ser registrados

por um fotógrafo com acesso ilimitado ao presidente.

Ao lado do vice, Joe Biden, no dia de Saint Patrick

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O vice-conselheiro de seguraça Nacional Ben Rhodes levou sua filha Ella para uma visita à Casa

Branca. Enquanto ela engatinhava pelo Salão Oval, Obama se abaixou para observar a menina de

perto

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2.7. John Stanmeyer

Stanmeyer nasceu no Illinois, Estados Unidos, mas há mais de doze anos que

vive no Extremo Oriente, longe das comodidades da civilização ocidental:

testemunhou os grandes eventos na Ásia, fotografou a vaga de refugiados da guerra

civil no Uganda, passou meses a documentar os efeitos do tsunami de 2004, o conflito

no Sudão do Sul, as mudanças sociais nos países do Leste Europeu após a queda

dos regimes comunistas, a epidemia de SIDA em todos os países asiáticos, entre

outras missões. Co-fundador da “VII”, agencia especializada em documentar conflitos,

sejam eles ambientas, políticos ou sociais.

O seu foco é sempre o mesmo: injustiças sociais, Direitos Humanos e defesa

de civilizações e culturas em desaparecimento. É um veterano, colaborador regular

da National Geographic, 10 anos de serviço pela Times Magazine e fotógrafo coberto

de prémios, incluindo numerosos atribuídos pela World Press Photo

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2.8. Juca Martins

Manoel Joaquim Martins Lourenço nasceu em Portugal em 1949. Estudou

impressão gráfica e laboratório fotográfico na Editora Abril entre 1967 e 1969.

Trabalhou como repórter fotográfico para os jornais Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde

e Última Hora e para as revistas Placar, Quatro Rodas, Realidade, Veja, Visão e Isto

É. Na década de 1970, foi diretor de arte e secretário gráfico do jornal Movimento, de

oposição à ditadura militar. Em 1979, fundou, com Nair Benedicto, Ricardo Malta e

seu irmão Delfim Martins, a Agência F4, de fotojornalismo.

Após a dissolução da Agência F4, fundou, em 1991, a Pulsar Imagens, com

Laura Del Mar e Delfim Martins. É autor de vários livros, com destaque para A greve

do ABC e A questão do menor, de 1980; Crianças do Brasil, de 1981; e Festas

populares brasileiras, de 1987. Os dois livros de 1980 foram incluídos na publicação

Fotolivros latino-americanos, de 2011, que reúne os mais significativos trabalhos do

gênero realizados em toda a América Latina ao longo do século XX.

Em 1980, Juca recebeu o Prêmio Esso de Fotografia por sua reportagem sobre

menores abandonados; em 1981, o Prêmio Internacional Nikon, pelo ensaio sobre o

garimpo de Serra Pelada; e, em 1982, o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos

pela cobertura da guerra em El Salvador.

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Seu acervo no Instituto Moreira Salles é composto por um ensaio de 2.881

negativos em formato panorâmico, produzido pelo fotógrafo entre 1993 e 1997, que

registra logradouros da cidade de São Paulo e a diversidade de suas paisagens

urbanas. Essas imagens, que conjugam o fotojornalismo e a fotografia de arquitetura,

apresentam uma visão ampla da capital paulistana no final do século XX, do centro

histórico às novas áreas de expansão urbana; dos bairros ricos às favelas; das áreas

de lazer aos monumentos históricos. Por optar pelo formato panorâmico, Juca Martins

estabelece um interessante diálogo com trabalhos de fotógrafos de épocas anteriores,

como a documentação panorâmica do Recife realizada por Francisco Du Bocage, em

1912, também pertencente ao acervo do IMS.

Edifício Itália

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Estádio do Pacaembu

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2.9. Sebastião Salgado

O fotógrafo brasileiro Sebastião Ribeiro Salgado nasceu na cidade de Aimorés,

em Minas Gerais, no dia 8 de fevereiro de 1944. Ele é o único filho do sexo masculino,

entre nove irmãs. Graduado em Economia na capital do Espírito Santo, Vitória, pós-

graduou-se na Universidade de São Paulo, na USP. Como economista, ele trabalhou

no Ministério da Economia, em 1968.

Devido às perseguições políticas empreendidas pela Ditadura Militar, ele foi

obrigado a buscar asilo político em Paris, em 1969. Aí ele completou o doutorado em

Economia, em 1971. Voltando para o Brasil, ele atuou na Organização Internacional

do Café, em 1973, como especialista na fiscalização de plantações africanas. Assim,

ao completar 29 anos, em uma viagem à África, levando consigo uma máquina

fotográfica de sua esposa, Lélia Wanick Salgado, ele teve seu encontro definitivo com

a fotografia.

Sebastião descobre no trabalho fotográfico a melhor forma de enfrentar os

acontecimentos planetários, principalmente em seus aspectos econômicos. É

seguindo por este caminho que ele se transforma em um dos principais e mais

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venerados fotógrafos da atualidade, no campo do fotojornalismo. Desde os primeiros

momentos ele se dedicou a retratar os excluídos, os que se encontram à margem da

sociedade.

Adepto das fotos em branco-e-preto, voltou para Paris, em 1973, aí dando início

à sua trajetória nesta nova profissão. Seus primeiros trabalhos foram realizados como

‘free lance’, abordando desde o clima seco no perímetro africano de Sahel de Níger,

a imigrantes assalariados europeus. Sebastião passou pelas principais agências

fotográficas da Europa – a Gamma, em 1974, registrando imagens sobre a Revolução

dos Cravos, em Portugal; a Sygma, de 1975 a 1979, através da qual ele transitou por

mais de vinte países, fazendo a cobertura dos mais variados acontecimentos; a

Magnum Photos, em 1979, cooperativa instituída por Robert Capa e Henri Cartier-

Bresson, entre outros fotógrafos, na qual realizou a fantástica sequência de fotos

documentais sobre camponeses latino-americanos, durante sete anos. Este registro

deu origem ao seu primeiro livro, Outras Américas, lançado em 1986.

Logo depois ele lançou Sahel: O Homem em Pânico, publicado no mesmo ano,

produzido em parceria com a ONG Médicos sem Fronteiras, uma aliança que durou

quinze meses. Esta obra revela o longo processo de seca no norte africano. De 1986

a 1992 ele devotou seu tempo a reproduzir fotograficamente a realidade dos

funcionários manuais em todo o Planeta, resultando no livro Trabalhadores, de 1996.

O próximo tema a que ele se dedicou, de 1993 a 1999, foi o da emigração

massiva de pessoas no mundo todo, dando origem à obra Êxodos e Retratos de

Crianças do Êxodo, de 2000, ambos alcançando grande sucesso mundial. Um ano

depois, no dia 3 de abril, o fotógrafo foi indicado para ser representante especial do

UNICEF.

Entre 2004 e 2012 visitou 32 regiões extremas do planeta, entre elas o Alasca,

a Patagônia, a Etiópia e a Amazônia criando o projeto Gênesis. É um projeto

fotográfico de longo prazo, focado na natureza para registrar em suas lentes imagens

impactantes, a majestade e a fragilidade da natureza, assim como sua relação com o

homem e os animais.

O Gênesis tem como objetivo despertar a atenção das pessoas para conceitos

de biodiversidade, de sociodiversidade e do papel que todos nós devemos ter na

conservação ambiental.

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A preocupação com o meio ambiente, revelada nas obras do premiado

fotógrafo abriu espaço para a criação do Instituto Terra, que tem como objetivo a

preservação da floresta e o desenvolvimento sustentável. Junto com a esposa,

Salgado já recuperou uma extensa área da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, em

Minas Gerais, com a plantação de um milhão e meio de árvores.

Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente

todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu

trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, "As Imagens da

Amazônia”, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia

Wanick Salgado, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros, vivem atualmente

em Paris. O casal tem dois filhos, o maior dos quais, Juliano Ribeiro Salgado, dirigiu

o documentário O Sal da Terra sobre o seu pai com Wim Wenders que foi indicado

ao Oscar 2015 de melhor documentário.

Genesis

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Serra Pelada

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2.10. Evandro Teixeira

Nasceu na cidade baiana de Santa Inês (ou em Irajuba, segundo outras

versões), em 1935, iniciando sua carreira jornalística em 1958, em O Diário de

Notícias, em Salvador, transferindo-se depois para o Diário da Noite (do grupo dos

Diários Associados, de Assis Chateaubriand), na cidade do Rio de Janeiro, onde se

radicou e mora até hoje.

Em 1963, ingressou no Jornal do Brasil, onde se tornou uma figura mítica do

fotojornalismo nacional. Trabalhou no JB durante 47 anos, deixando o jornal apenas

em 2010, quando este interrompeu a circulação impressa para se concentrar apenas

na edição on line. Extremamente versátil, destacou-se em diversos campos da

cobertura jornalística, desde os temas políticos até a fotografia de esporte. Entre os

momentos marcantes de sua carreira figuram a cobertura da chegada do general

Castello Branco ao Forte de Copacabana durante o golpe militar de 1964, a repressão

ao movimento estudantil no Rio de Janeiro, em 1968, e a queda do governo Salvador

Allende, no Chile, em 1973; assim como a cobertura de diversos Jogos Olímpicos e

Copas do Mundo. É autor dos livros: Fotojornalismo (1983); Canudos 100 anos (1997);

e 68 destinos: Passeata dos 100 mil (2008), sobre integrantes da celebrada

manifestação de protesto à Ditadura Militar, que Evandro fotografou quatro décadas

mais tarde.

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Estudante é cercado por PMs durante o movimento estudantil de 1968

Passeata dos 100 mil em 1968, no Rio de Janeiro

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3. Fotografia corporativa e o mercado de trabalho

Cada dia mais, o registro fotográfico em eventos corporativos dos diferentes

tipos, sejam eles científicos ou sociais, adquire relativa importância.

As necessidades podem variar entre divulgação em tempo real e apoio à

equipe de assessoria de imprensa através de fotos pontuais ou de registro. É de

conhecimento comum que fotógrafos sempre proporcionam um charme aos eventos

captando a atenção dos convidados a cada instante e fazendo com que os logotipos

de patrocinadores nos backdrops apareçam o máximo possível nas reportagens do

evento. A experiência prazerosa que se apresenta diante das lentes e que se torna

tangível no momento em que o participante é surpreendido com uma foto impressa

ou revelada, é capaz de proporcionar impactos positivos e imensuráveis à imagem

corporativa.

Além do registro de um evento, as fotos captadas se caracterizam também

como importante ferramenta de marketing, uma vez que podem ser divulgadas em

tempo real ou nas mídias sociais, servindo como um forte canal de comunicação que

poderá propiciar a captação de futuros clientes ou até mesmo otimizar precocemente

a imagem da próxima edição do evento.

Atualmente, gradativamente as empresas tem valorizado o serviço fotográfico

em seus eventos e a escolha dos profissionais não se dá mais baseada no menor

preço, mas envolve outros aspectos de valor como a qualidade do serviço prestado e

das fotos, e o comportamento profissional diante do público. Levando em conta

importância da presença de profissionais da fotografia em eventos e sua demanda

crescente.

Para conseguir ser fotografo corporativo deve-se constituir uma empresa e

assegurar-se de que ela esteja em dia com as questões fiscais. Por mais lindas e

profissionais que sejam as fotos ou mesmo a experiência como fotógrafo, as

corporações priorizam empresas que possuem CNPJ e que estão em dia com o fisco.

A partir disto, você estará apto a iniciar os trabalhos com os organizadores de eventos.

É de conhecimento que eventos corporativos exigem dos profissionais

linguagem e postura alinhadas com a imagem de sua marca. O fotógrafo não pode,

por exemplo, vestir-se casualmente em uma solenidade onde o traje apropriado seja

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formal. Portanto, faz-se necessário que ele se mantenha sempre informado dessas

importantes regras sociais. Por estas razões, a definição de um briefing é de suma

importância junto com a empresa e assessoria de imprensa do evento.

Neste sentido, a assiduidade faz-se igualmente necessária. É importante

sempre chegar ao local com tempo suficiente para instalar e testar os equipamentos,

orientar sua equipe técnica e alinhar as informações pertinentes e específicas ao

evento com o mestre de cerimônia ou organizador.

Além do briefing que é desenvolvido em conjunto com a empresa, não se pode

deixar de estabelecer uma linha direta de comunicação com os organizadores durante

o evento pois é bastante comum surgirem adversidades. Neste sentido, o profissional

também precisa ser flexível a horários e contratempos. No que diz à finalização do

serviço, a entrega das fotos editadas, precisam estar devidamente organizadas e

separadas por data, sala ou local, e período do dia em que elas foram tiradas. Caso

a entrega seja em mídia digital é interessante que ela seja personalizada e jamais

demore ou atrase a entrega pois empresas correm contra o tempo principalmente hoje

em dia que os eventos são fortemente divulgados em redes sociais. Em muitos casos,

a entrega das fotos é feita na mesma hora do clique para a assessoria de imprensa

divulgar nas redes.

Diversos fotógrafos trabalham como free-lancers em fotografia corporativa. Há

ainda empresas fotográficas, especializadas neste tipo de evento, mas é mais comum

fotógrafos que já conhecem o ramo e tem contato com profissionais, diretores e etc.

das empresas, conseguirem os trabalhos. Com o surgimento das redes sociais e a

necessidade de divulgar a empresa e o evento o mais rápido possível, o mercado

necessita de fotógrafos que sejam rápidos e que fotografe com qualidade, mostrando

os pontos positivos da empresa.

Portanto, para se trabalhar na área de eventos corporativos, o profissional

precisa ser organizado e estar atualizado no que se refere a produtos e serviços pois

os clientes deste segmento são bastante exigentes e demandam não apenas

fotografias profissionais e de qualidade, mas também excelente atendimento, rapidez

e atenção. Definitivamente, o conjunto destes elementos garantirão aos clientes

satisfação plena.

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4. Equipamentos utilizados

Tanto para um fotojornalista como para um fotografo de evento corporativo os

equipamentos básicos são corpo de câmera, lente zoom padrão, tele zoom e flash.

No evento corporativo, é ideal que o fotografo utilize uma câmera profissional

full frame que possa utilizar iso alto com qualidade, pois algumas vezes não poderá

utilizar o flash. É melhor equipamento leve pois muitos desses eventos podem se

prolongar durante 8 ou 12 horas como as grandes feiras. Quanto menos se puder

carregar, menos desgaste físico o fotografo terá no final do dia. Geralmente ele pode

deixar o equipamento em uma sala destinada a assessoria de imprensa. Desta forma

pode trocar durante todo o dia com facilidade o material utilizado.

As lentes mais utilizadas são uma zoom padrão que pode ser 27-70mm para

fotografias de plano geral dos eventos como estandes, movimentação geral, palco e

uma outra tele 70-200 para retratos.

Não se costuma utilizar tripé, mas nos eventos, principalmente em palestras

com grandes horas de duração pode- se usar tripé até para apoiar a câmera quando

não se está fotografando. Nas outras ocasiões o melhor é ter a câmera sempre na

mão para dar mobilidade e conseguir fazer uma melhor cobertura do evento.

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6. Fotos de minha autoria

Abaixo seguem algumas fotos de eventos corporativos de minha autoria

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7. Referências

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mostra-como-e-ser-fotografo-oficial-de-obama/

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fotografo-oficial-da-casa-branca,26043

Fotografia em Revista, São Paulo, Editora Abril 2011

Arquivo em Imagens / Divisão de arquivos do Estado, série última hora, 2 edição,

São Paulo, Imprensa Oficial do Estado SP - 2003

Memória de reportes, lembranças, casos e outras histórias de jornalistas

brasileiros, Coordenação geral: Suzana Blass; redação: Rahel Bertol, Rio de Janeiro,

Versu Brasil, 2010