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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI CAMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE GEOGRAFIA MICHEILA THEODORO DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ERECHIM, SEGUNDO CRITÉRIOS DA AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA). Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Geografia no Curso de Geografia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim. Prof.Orientador Msc: Vanderlei S.Decian ERECHIM 2010

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E D AS MISSÕES

URI CAMPUS DE ERECHIM

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE GEOGRAFIA

MICHEILA THEODORO

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HI DROGRÁFICAS DA

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ERECHIM, SEGUNDO CRITÉRI OS DA AGÊNCIA

NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA).

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Geografia no Curso de Geografia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim.

Prof.Orientador Msc: Vanderlei S.Decian

ERECHIM 2010

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E D AS MISSÕES

URI CAMPUS DE ERECHIM

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE GEOGRAFIA

A comissão abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso:

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HI DROGRÁFICAS DA

MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ERECHIM, SEGUNDO CRITÉRI OS DA AGÊNCIA

NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA).

MICHEILA THEODORO

como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciado em Geografia

_______________________________________ Prof. Msc.Vanderlei Decian (Orientador)

_______________________________________ Prof. Msc. Carlos Antônio da Silva

_______________________________________ Prof.Esp.Elaine Rocha

Erechim, Junho 2010

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AGRADEÇIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar por ter me iluminado nesta caminhada e por este

momento ímpar em minha vida.

Agradeço o Professor Orientador Vanderlei S. Decian pelo apoio, amizade, paciência,

incentivo, pela oportunidade, pelos ensinamentos e pela orientação ao longo desta

jornada.

Agradeço aos professores do Curso de Geografia, pela troca de experiência, dedicação,

amizade e os ensinamentos.

Agradeço a minha família, de modo especial meus pais Celso e Laura, que foram à base

de tudo pra mim, apoiando-me nos momentos difíceis com força, confiança, amor,

ensinando-me a persistir nos meus objetivos e ajudando a alcançá-los.

Agradeço a todos que de uma maneira ou outra, contribuíram para a realização do curso

e deste trabalho.

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Se enxerguei longe, foi porque me apoiei em

ombros de gigantes.

Issac Newton

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RESUMO

O trabalho teve como meta principal à subdivisão da Microrregião Geográfica de Erechim em Bacias e Interbacias Hidrográficas de acordo com a metodologia das Ottobacias, a qual estabelece as políticas de classificação, uso e conservação de recursos hídricos e enquadramento das águas pela Agencia Nacional das Águas(ANA). Em uma primeira etapa foi estudada a viabilização da aplicação do método do engenheiro Otto Pfafstetter, após o que houve a digitalização no aplicativo de Geoprocessamento Mapinfo Profissional 8.0 utilizando imagens do relevo com reclass de 10m e 20m proveniente do SRMT (Missão de Radar da Superfície Topográfica), cartas topográficas com as curvas de nível e mapa das massas de água. Assim, respeitando-se a topografia e os limites topográficos regionais das cartas topográficas da Microrregião Geográfica de Erechim em escala 1:50. 000, realizou-se a divisão da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai sendo esta codificada até o nível 3. Baseando-se no nível 3 e na interbacia do Rio Uruguai(787) efetuou-se as subdivisões para a Microrregião Geográfica de Erechim sendo codificada até o nível 6 onde faz parte do objeto de estudo, a Microrregião Geográfica de Erechim. Com estes procedimentos foi possível a elaboração de um banco de dados relacional para consulta, e para a aplicação em futuros trabalhos dos limites das bacias hidrográficas codificadas pela metodologia oficial.

Palavras - chaves: Ottobacias, Microrregião Geográfica de Erechim, Rio Uruguai.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização da -Microrregião Geográfica de Erechim, RS.........................

Figura 2 - Codificação para o Nível 1 do continente da América do Sul de acordo

com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da

ANA...............................................................................................................................

Figura 3 - Codificação para o Nível 2 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de

acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da

ANA...............................................................................................................................

Figura 4 - Codificação para o Nível 3 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de

acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da

ANA...............................................................................................................................

Figura 5 - Codificação para o Nível 4 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de

acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da

ANA...............................................................................................................................

Figura 6 - Codificação para o Nível 5 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de

acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da

ANA...............................................................................................................................

Figura 7 - Organograma da divisão da Bacia do Rio Uruguai – Nível 2 ao 6 pelo

método de Ottobacias...................................................................................................

Figura 8 - Mapa das Ottobacias – Nível 5 e 6 para a Microrregião Geográfica de

Erechim.........................................................................................................................

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Nível 2 ao Nível 5 em

evidencia as áreas que englobam a Microrregião Geográfica de

Erechim.........................................................................................................................

Quadro 2 - Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Nível 5 ao Nível 6 para a

Microrregião Geográfica de Erechim............................................................................

Quadro 3 - Banco de dados relacional do nível 6 das ottobacias para Microrregião

Geográfica de Erechim.................................................................................................

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO............................................................................................................

2 REFERENCIAL TEÓRICO.............................. ..........................................................

2.1 DIVISÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS ..................................

2.2 BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO..................

2.3 CRITÉRIO DE DIVISÃO HIDROGRÁFICA PELO METÓDO DE OTTOBACIAS...

2.3.1 Geoprocessamento e Codificação de Bacia Hidro gráfica.............................

3 MATERIAIS E MÉTODOS.............................. ...........................................................

3.1 ÁREA DE ESTUDO................................................................................................

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..............................................................

3.2.1 Aplicação do método Ottobacias na Microrregiã o Geográfica de

Erechim............................................ ............................................................................

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................... ....................................................

4.1 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS SEGUNDO CRITÉRIOS DA

ANA .............................................................................................................................

4.2 ORGANOGRAMA DA CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS ...........

4.3 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS COM A CODIFICAÇÃO ATÉ

O NÍVEL SEIS DAS OTTOBACIAS..............................................................................

4.4-CARACTERIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS RELACIONAL...............................

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................. .........................................................

6 REFÊRENCIAS.........................................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

A Microrregião Geográfica de Erechim apresenta ausência de critérios de

divisão e codificação de bacias hidrográficas segundo critérios oficiais da Agência

Nacional de Águas (ANA), sendo consideradas as áreas de Bacias apenas pela

Área de Drenagem, não considerando os critérios oficiais para estudos e trabalhos,

devendo ser levado em consideração estes procedimentos para delimitação em

trabalhos que levem em consideração as bacias hidrográficas como unidades de

planejamento.

De acordo com o critério das Ottobacias, o estudo ecológico é de fundamental

importância para o planejamento das bacias hidrográficas representando um espaço

delimitado por partes mais altas das montanhas, morros ou ladeiras, onde existe um

sistema de drenagem superficial que concentra suas águas em um rio principal o

qual este ligado ao mar, a um lago ou a outro rio maior.

A Bacia Hidrográfica é o conjunto de terras drenadas por um rio principal,

seus afluentes e subafluentes. A idéia principal esta associada à noção de existência

de nascentes, divisores de água e características dos cursos de água, principais e

secundários, denominando afluentes e subafluentes.

Para a realização desse trabalho foi determinado como área de estudo a

Microrregião Geográfica de Erechim, localizada no Norte do Rio Grande do Sul, com

um total de 31 municípios. Com a área delimitada, adotou-se como base a

subdivisão das Bacias Hidrográficas seguindo os critérios da metodologia proposta

por Otto Pfafstetter (Ottobacias).

Tal procedimento visou determinar a subdivisão da área citada em sub-bacias

e microbacias, baseando-se na existência de vários níveis hierárquicos nos recursos

hídricos, sendo que para cada nível são estabelecidos 9 sub-níveis, contemplando-

se as sub-bacias e interbacias hidrográficas.

Assim, a proposta deste trabalho demonstra que é imprescindível à realização

da classificação em níveis mais elevados, visando estabelecer bases regionais para

o planejamento ambiental e a conservação da biodiversidade (Lei n° 9.433, 8 de

Janeiro de 1997).

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Num primeiro momento analisou-se o contexto externo da região no âmbito

das Ottobacias definidas pela ANA (Em nível nacional); após o aprendizado e

treinamento com o método das Ottobacias e a identificação das bacias e interbacias

no contexto da Microrregião Geográfica de Erechim no Rio Grande do Sul, foi

utilizando SIG (Sistema de Informações Geográficas) e o Mapinfo 8.0 para a

digitalização em tela da delimitação dos divisores de água limites das Ottobacias.

A partir disso estruturou-se um banco de dados geográficos

(georreferênciados no sistema UTM – banco de dados relacional) para as

subdivisões compatíveis com os documentos cartográficos em escala de análise até

1: 50.000, referentes às informações regionais quanto aos principais rios, municípios

abrangidos por bacias e análises das informações obtidas.

O objetivo principal deste trabalho foi classificar e distribuir geograficamente

em escala 1:50.000 as Bacias Hidrográficas segundo o critério da ANA até o nível

seis para Microrregião Geográfica de Erechim do Rio Grande do Sul pelo método

das Ottobacias.

Após estudar e elaborar organograma da codificação das Bacias

Hidrográficas pelos critérios da ANA, elaborado o mapa das Bacias Hidrográficas

com a respectiva codificação até o nível seis (Ottobacias) e estruturado e

caracterizado o banco de dados relacional para cada município da Microrregião

Geográfica de Erechim da área de abrangência de cada Bacia Hidrográfica com

critérios de área, perímetros e abrangência municipal.

Também sempre sendo analisada a viabilidade da adoção dessa

classificação para Microrregião Geográfica de Erechim, servido de base para outros

trabalhos e pesquisas em que sejam enfocados planejamentos e levantamentos

tendo como base a unidade de planejamento constituída pela Bacia Hidrográfica, e

seguindo padrões oficiais da Agência Nacional das Águas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DIVISÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS

Conforme a Resolução nº 32, 15 de outubro de 2003 as bacias hidrográficas

do Brasil são:

-Região Hidrográfica Amazônica: É constituída pela bacia hidrográfica do

rio Amazonas situada no território nacional e, também, pelas bacias hidrográficas

dos rios existentes na Ilha de Marajó, além das bacias hidrográficas dos rios

situados no Estado do Amapá que deságuam no Atlântico Norte.

-Região Hidrográfica do Tocantins/Araguaia : É constituída pela bacia

hidrográfica do rio Tocantins até a sua foz no Oceano Atlântico.

-Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental : É constituída pelas

bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico - trecho Nordeste, estando

limitada a oeste pela região hidrográfica do Tocantins/Araguaia, exclusive, e a leste

pela região hidrográfica do Parnaíba.

-Região Hidrográfica do Parnaíba : É constituída pela bacia hidrográfica do

rio Parnaíba.

-Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental : É constituída pelas

bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico - trecho Nordeste, estando

limitada a oeste pela região hidrográfica do Parnaíba e ao sul pela região

hidrográfica do São Francisco.

-Região Hidrográfica do São Francisco : É constituída pela bacia

hidrográfica do rio São Francisco.

-Região Hidrográfica Atlântico Leste : É constituída pelas bacias

hidrográficas de rios que deságuam no Atlântico - trecho Leste, estando limitada ao

norte e a oeste pela região hidrográfica do São Francisco e ao sul pelas bacias

hidrográficas dos rios Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus, inclusive.

-Região Hidrográfica Atlântico Sudeste : É constituída pelas bacias

hidrográficas de rios que deságuam no Atlântico - trecho Sudeste, estando limitada

ao norte pela bacia hidrográfica do rio Doce, inclusive, a oeste pelas regiões

hidrográficas do São Francisco e do Paraná e ao sul pela bacia hidrográfica do rio

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Ribeira, inclusive.

-Região Hidrográfica do Paraná : É constituída pela bacia hidrográfica do rio

Paraná situada no território nacional.

-Região Hidrográfica do Uruguai : É constituída pela bacia hidrográfica do

rio Uruguai situada no território nacional, estando limitada ao norte pela região

hidrográfica do Paraná, a oeste pela Argentina e ao sul pelo Uruguai.

-Região Hidrográfica Atlântico Sul : É constituída pelas bacias hidrográficas

dos rios que deságuam no Atlântico - trecho Sul, estando limitada ao norte pelas

bacias hidrográficas dos rios Ipiranguinha, Iririaia-Mirim, Candapuí, Serra Negra,

Tabagaça e Cachoeria, inclusive, a oeste pelas regiões hidrográficas do Paraná e do

Uruguai e ao sul pelo Uruguai.

-Região Hidrográfica do Paraguai : É constituída pela bacia hidrográfica do

rio Paraguai situada no território nacional.

Em termos usuais e divisão das bacias hidrográficas para o Brasil ocorre até o

nível um; e a partir da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai que está contemplada na

Região Hidrográfica Atlântico Leste será realizado a classificação das Ottobacias até

o nível seis.

2.2 BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO

Dentre as subdivisões existentes, para referenciar a classificação das Bacias

Hidrográficas, segundo Rocha (1997):

-Bacia Hidrográfica- Área que drena as águas das chuvas por ravinas, canais e tributários para curso principal, vazão efluente convergindo para uma única saída e desaguando diretamente no mar, ou em um grande lago, não tenho uma dimensão especifica em relação á área superficial. -Sub-bacia Hidrográfica - O conceito é o mesmo que o de Bacia Hidrográfica, porém acrescido de enfoque de que o deságüe se dá em outro rio, com dimensões superficiais que variam de 20.000 a 300.000 hectares. Esta área superficial tem a ver com a disponibilidade de documentos cartográficos que possibilitem a trabalhar com tal dimensão: as cartas topográficas do Exército, em escala 1: 50. 000. -Microbacia Hidrográfica- Mesmo conceito de bacia hidrográfica, com deságüe ocorrendo em outro rio de hierarquia fluvial maior, com dimensão superficial de até 20.000 hectares, que facilita o manejo integrado e a atuação das equipes de campo.

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As bacias hidrográficas são divididas e delimitadas seguindo o método do

engenheiro Otto Pfafstetter, A Bacia do Rio Uruguai foi sendo subdivida a fim de

encontrar as bacias que englobam a Microrregião Geográfica de Erechim, tendo

como foco as unidades de paisagens onde estas têm influência no estudo do

território num contexto espacial sobre os processos ecológicos com relação à

conservação biológica.

Portanto, o critério de bacia hidrográfica deve ser visto como um sistema

natural bem delimitado no espaço, composta por um conjunto de terras

topograficamente drenadas por um curso d’ água e seus afluentes.

De acordo com Santos (2004):

O critério de bacia hidrográfica e comumente usado porque constitui um sistema natural bem delimitado no espaço, composto por um conjunto de terras topograficamente drenadas por um curso d’ água e seus afluentes, onde as interações, pelo menos físicas, são integradas e, assim, mais facilmente interpretadas. São tratadas como unidades geográficas, onde os recursos naturais se integram. Além disso, constitui-se numa unidade espacial de fácil reconhecimento e caracterização. Sendo assim, e um limite nítido para ordenação territorial, considerando que “... não há qualquer área de terra, por menor que seja, que não se integre a uma bacia hidrográfica” e, quando o problema central e água, a solução deve estar estreitamente ligada ao seu manejo e manutenção.

Segundo Resolução do CONAMA (Conselho Nacional de Meio

Ambiente/001/86), no artigo 5° item III, declara: “ ... definir os limites da área

geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada de

área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia na qual se

localiza”.

Além disso, há uma recomendação da FAO (Foods And Agriculture

Organization), desde a década de 1970, de que o planejamento adequado de bacias

hidrográficas é fundamental para a conservação de regiões tropicais.

Visando a melhorar a questão de aproveitamento hídrico, segundo o

Ministério da Educação (2001), o Governo Federal implementa o Decreto n° 94.076,

de março de 1987, pelo qual fica instituído o Programa de Bacias Hidrográficas,

conforme o seu art.1°:

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Art.1° Fica instituído o Programa Nacional de Micro bacias Hidrográficas-PNMH, sob a supervisão do Ministério da Agricultura, visando a promover um adequado aproveitamento agropecuário dessas unidades ecológicas, mediante a adoção de praticas nacionais dos recursos naturais renováveis. Parágrafo único. O Ministério de Estado da Agricultura, em ato próprio, especificará as microbacias hidrográficas que integrarão o Programa a que se refere este artigo.

Entretanto, deve-se observar que muitas vezes as bacias urbanizadas não se

encontram como ambiente natural e seus compartimentos bióticos, abióticos e fluxos

energéticos, escapam do seu habitat, isso ocorrem devidos os dados

socioeconômicos, censitários, de infra-estrutura e estatísticas no Brasil que são

disponíveis, porém não obedecem aos limites das bacias hidrográficas (SANTOS;

2004).

Segundo o autor acima a bacia hidrográfica torna-se o espaço das funções

urbanas ou do campo, a complexidade aumenta, pela diversificação de produtores e

consumidores, pelo aumento das relações intrínsecas e pela sua dependência de

fontes externas, criando uma malha que,comumente, transcende o território da

bacia.

Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000):

Uma bacia hidrográfica pode ser definida como um agregado territorial de caráter estratégico para o planejamento do uso dos recursos naturais, sendo nela possível avaliarem, de forma integrada, as ações humanas sobre o ambiente e seus desdobramentos sobre o equilíbrio hidrológico presente no sistema.

Essas áreas que sofrem influências regionais caracterizam-se pelas unidades

territoriais definidas pelas drenagens naturais de águas superficiais, e áreas de

ações econômicas, considerando que abrangem os espaços de interesse dos

principais grupos sociais.

2.3 CRITÉRIO DE DIVISÃO HIDROGRÁFICA PELO MÉTODO DE OTTOBACIAS

A partir da análise de contexto referente á classificação de bacias propostas

pela ANA para a região, definiu-se as Bacias Hidrográficas de uma hierarquia

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nacional, partiu-se para uma classificação regional. Este procedimento teve como o

objetivo realizar as respectivas identificações de bacias e subdivisões a partir da

metodologia proposta por OTTO, tendo como contexto a Microrregião Geográfica de

Erechim; delimitando pelo método dos divisores de água das bacias, sub-bacias e

interbacias com base cartográfica em escala 1: 50.000 (Carta da Divisão do Serviço

Geográfico - DSG).

Trata-se de um método natural, baseado na topografia da área drenada e na

topologia (conectividade e direção) da rede de drenagem. Suas características

principais são: economia de dígitos, informação topologia embutida nos dígitos e

aplicabilidade global (SILVA, 1999).

A importância do método das Ottobacias: e de qualquer rio está relacionada

com a área de sua bacia hidrográfica; e considerou-se a importância da redefinição

da sistemática para codificação de bacias hidrográficas para Política Nacional de

Recursos Hídricos, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e a

gestão dos recursos hídricos no âmbito nacional, em particular para elaboração do

Plano Nacional de Recursos Hídricos; que considera necessário se adotar

metodologia de referência que permita procedimentos padronizados de subdivisões

e agrupamento de bacias e regiões hidrográficas (SILVA, 1999).

A técnica desenvolvida pelo engenheiro Otto Pfafstetter, conhecida pelo nome

de "ottobacias", caracteriza-se por sua racionalidade. Utilizando pequena quantidade

de dígitos em um código específico para uma dada bacia, o método permite inferir

através desse código, quais as bacias hidrográficas que se localizam a montante e a

jusante daquela em estudo. Cada vez que for citada uma determinada numeração,

sabe-se exatamente a identificação da bacia hidrográfica, seu rio principal e seu

relacionamento com as demais bacias da mesma região hidrográfica (até o nível

continental).

2.3.1Geoprocessamento e codificação de Bacias Hidro gráficas

De acordo com Moura (2003), o geoprocessamento engloba o processamento

digital de imagens, cartografia digital e sistemas informativos geográficos.

Portanto, um sistema de informação geográfica permite a coleta, análise, a

representação e manipulação dos dados através da geração de mapas temáticos,

permitindo o controle e a gestão do território. Todavia é necessária uma base

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cartográfica digital associada a um banco de dados alfanuméricos com informações

reais da área a ser estudada. Logo é necessário definir uma estrutura capaz de

armazenar, converter e combinar as informações, gerando os resultados adequados.

O geoprocessamento e o processo informatizado de dados

georreferênciados, englobando diversas tecnologias. Dentre essas tecnologias se

destacam o sensoriamento remoto, a digitalização de dados, a automação de tarefas

cartográficas (mapas, cartas topográficas e plantas), e a utilização de Sistemas de

Posicionamento Global – GPS e os Sistemas de Informações Geográficas – SIG.

O formato SIG dos dados permite efetuarem-se cruzamentos de mapas

temáticos de interesse, como tipo de solo, uso e ocupação de solo, vegetação,

divisão municipal, etc., com esse arquivo digital com bacias hidrográficas, de modo a

obter aqueles mapas por bacias, ou ainda efetuar mapeamentos de dependam de

modelagem dos dados básicos, como mapas de risco de erosão, para cada bacia.

Além disso, é possível enriquecer essa base de dados, inserindo-se informações de

grande importância, como as de caráter socioeconômico. O processamento via SIG

permite desde a simples visualização dos dados da base digital (espacial e tabular),

até a geração de novas informações e, ainda, com uma base de "ottobacias", a

simulação dos efeitos causados numa região por alterações em seus dados originais

(como o aumento de demanda de água, ou a análise de impacto ambiental de

projetos).

De acordo com Silva (1999), o engenheiro Otto Pfafstetter codifica as bacias

hidrográficas em Ottobacias:

O processo da codificação consiste em: subdividir uma bacia hidrográfica, qualquer que seja seu tamanho, determinam-se os quatro maiores afluentes do rio principal, em termos da área de suas bacias hidrográficas. As bacias correspondentes a esses tributários são numeradas com os algarismos pares (2, 4, 6, e 8), no sentido de jusante para montante do fluxo do rio principal. Os outros tributários do rio principal são agrupados nas áreas restantes, denominadas interbacias, que recebem, no mesmo sentido, os algarismos ímpares (1, 3, 5, 7 e 9). A primeira divisão das bacias hidrográficas deve ser em nível de continente com numeração seqüencial no sentido horário, a partir do Norte. Entre suas vantagens, esse método permite que, conhecendo-se apenas o código de uma bacia ou interbacia, possa-se imediatamente inferir quais, entre as demais da bacia maior, dividida, estão à montante e a jusante daquela em estudo, independentemente do nível de detalhamento (grau de subdivisão) em que estejam, ou seja, mesmo que as diversas bacias e interbacias tenham sido subdivididas em níveis diferentes. Essa característica faz com que a codificação seja adequada, por exemplo, para utilização em sistemas de gerenciamento dos

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recursos hídricos, possibilitando estudos de simulações de diversos tipos de intervenções na rede hidrográfica ou na área de drenagem de uma bacia hidrográfica. O método de codificação pode ser automatizado ou não automatizado: O método automatizado utiliza tecnologia de geoprocessamento na construção de um Modelo Numérico do Terreno (MNT, em inglês DEM = Digital Elevation Model), com dados básicos de altimetria (curvas de nível e pontos cotados) e da rede hidrográfica. O método não automatizado a informação básica utilizada é constituída por mapas analógicos das áreas das bacias a serem subdivididas, com rede de drenagem e curvas de nível. Sobre esses mapas é efetuado o delineamento das bacias hidrográficas dos tributários da bacia que está sendo subdividida. Em seguida faz-se a digitalização dos polígonos resultantes em ambiente SIG, para se obter a hierarquização e se determinar as quatro maiores bacias hidrográficas automaticamente. Nesse processo a codificação é efetuada de maneira manual, de acordo com os critérios do método Pfafstetter.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ÁREA DE ESTUDO

Conforme dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(FIBGE, Censo 2000) a Microrregião Geográfica de Erechim é uma das áreas

formadoras da Mesorregião Geográfica do Noroeste Rio-Grandense e abrange 31

municípios, envolvendo uma área de 5.729,99 km², que representa 2,03% da área

do Estado do RS, e população de 219.832 habitantes (Contagem Populacional

2007), representando 2,20% da população total do Rio Grande do Sul. Apresenta na

sua maioria municípios pequenos, com população variando de 2000 a 8000

habitantes, sendo Erechim o único com população acima de 50.000 (Figura 1).

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Figura 1- Localização da Microrregião Geográfica de Erechim, RS. Fonte: Laboratório de Geoprocessamento e planejamento ambiental URI Campus de Erechim; (2010).

Esta região faz divisa ao norte com o Estado de Santa Catarina, tendo como

divisor o Rio Uruguai. Historicamente são municípios colonizados por imigrantes

europeus que realizaram a retirada seletiva de madeira das áreas naturais e

posteriormente ocuparam a área com agricultura. Os municípios voltados para a

vertente do Rio Uruguai foram ocupados por agricultura familiar, com módulos rurais

de menor porte (25ha) e, nas áreas do planalto onde o relevo se apresenta menos

acidentado, com a exploração extensiva, propriedades de maior porte e monocultura

de produtos como soja e milho.

Os municípios que fazem parte deste trabalho são: Aratiba, Áurea, Barão do

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Cotegipe, Barra do Rio Azul, Benjamin Constant do Sul, Campinas do Sul, Carlos

Gomes, Centenário, Entre Rios do Sul, Erebango, Erechim, Erval Grande, Estação,

Faxinalzinho, Floriano Peixoto, Gaurama, Getúlio Vargas, Ipiranga do Sul, Itatiba do

Sul, Jacutinga, Marcelino Ramos, Mariano Moro, Ponte Preta, São Valentin,

Severiano de Almeida, Três Arroios, Viadutos, Cruzaltense, Paulo Bento, Quatro

Irmãos e Charrua.

Na Microrregião Geográfica de Erechim, o município de Erechim é o pólo

regional. A base econômica concentra-se no setor agropecuário caracterizando-se

pela produção, em pequenos estabelecimentos rurais, da policultura de produtos

alimentícios e industriais, bem como, na suinocultura, associada à lavoura de milho.

O perfil agrícola microrregional baseia-se nas culturas de feijão, milho, soja e do

trigo. Quanto à pecuária, destacam-se o gado leiteiro, os suínos e as aves.

Essas atividades ocupam relevos ondulados, formados por declives curtos em

dezenas de metros e declives variáveis de 5 a 15%. No mesmo local podem ocorrer

relevos mais suaves.

A topografia acidentada é um fator restritivo ao aumento da área cultivada, em

partes apresentando pedregosidade intensa e profundidade variada.

A Microrregião Geográfica de Erechim se enquadra na área climática do

Planalto, onde a altitude contribui para acentuar as irregularidades da temperatura.

As principais massas de ar que dominam esta área são a Tropical Atlântica e a Polar

Atlântica. Os vales dos rios normalmente apresentam temperaturas mais altas do

que nas áreas mais elevadas. Embora possam ocorrer períodos de seca,

geralmente chove bastante no inverno, uma vez que as frentes frias atuam com mais

intensidade. Em algumas ocasiões já houve queda de neve.

O Planalto da Microrregião Geográfica de Erechim, em sua maioria foi

ocupado pela floresta subtropical com araucária, da qual ainda existem algumas

porções testemunhais, em formas de manchas no topo dos morros ou nas encostas

mais íngremes.

A confirmação da vegetação acima descrita é encontrada no Ministério da

Agricultura (1973), que cita:

A vegetação natural é a de mata subtropical alta com araucárias. Na zona fria de clima Cfb, há a predominância do pinheiro (Araucária angustifólia) e na zona de clima Cfa, há um equilíbrio maior ocorrendo a erva-mate. (Ilex paraguariensis). A mata virgem foi profundamente modificada, com a extinção de muitas espécies vegetais. Com o uso contínuo, as matas deram

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lugar aos campos. Estes, normalmente apresentam-se ralos (+ ou - 60% de cobertura vegetal), composto por Paspalum notatum, Xonopus, Piptochaetium e Andropogoneas, tendo como invasores a Aristida pallens e samambaias.

Os rios que banham a Microrregião pertencem à Bacia do Uruguai e correm

para o norte, alcançando o rio Uruguai em seu curso superior, são caracterizados

por vales profundos e encaixados. O regime dos rios desta bacia é equilibrado, pois

as chuvas mensais são regulares.

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Em uma primeira etapa analisou-se a divisão proposta pela Agência Nacional

das Águas para o Rio Grande do Sul, evidenciando o enquadramento da

Microrregião Geográfica de Erechim nas bacias Hidrográficas já definidas pelo

referido órgão responsável.

Após este procedimento, efetuou-se a digitalização em escala 1:50.000 do

contexto regional em aplicativo Mapinfo 8.0, com base nos divisores d’água e limite

proposto pela Agência Nacional das Águas (ANA) baseado no modelo de Elevação

de relevo obtido para a referida área de estudo em mapeamentos anteriores.

Na segunda etapa efetuou-se ajuste necessário de escala entre o limite de

bacias proposto pela ANA e a escala adotada para o trabalho (1:50.000), a partir dos

divisores d’ água e do MNT(Modelo Numérico de Terreno) regional.

3.2.1 Aplicação do Método Ottobacias na Microrregiã o Geográfica de Erechim

Com os ajustes de escala e coordenadas já elaboradas partiu-se para a

aplicação do modelo de OTTO, com a geração das subdivisões a partir dos divisores

d’ água, gerando o mapa de rede hidrográfica baseando-se em Silva (1999).

Portanto, o processo da codificação do engenheiro Otto Pfafstetter,

desenvolve um método de subdivisão e codificação de bacias hidrográficas,

utilizando dez algarismos, diretamente relacionado com a área de drenagem dos

cursos d’água. Que consiste em subdividir uma bacia hidrográfica, independente do

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seu tamanho, determinam os quatros maiores afluentes do rio principal, em termos

da área de suas bacias hidrográficas.

As bacias correspondentes a esses tributários são numerados com os

algarismos pares (2, 4, 6 e 8), no sentido de jusante para montante do fluxo do rio

principal. Os outros tributários do rio principal são agrupados nas áreas restantes,

denominando interbacias, que recebem, no mesmo sentido, os algarismos ímpares

(1, 3, 5, 7 e 9) de tal forma que a região hidrográfica 3 encontra-se entre as bacias 2

e 4, a região hidrográfica 5 encontra-se entre as bacias 4 e 6, e assim

sucessivamente.

A primeira divisão é em nível de continente com numeração seqüencial no

sentido horário, a partir do Norte, para a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai esta

contemplada na Região Hidrográfica Atlântico Leste, em nível 1 ela se encontra na

Costeira do Atlântico Sul codificada como -7.

Após interpretar o método das Ottobacias, digitalizou-se no Mapinfo 8.0 a

Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, utilizando imagens do SRMT (Shuttle Radar

Topography Mission) da Nasa com reclass de 80 m, e cartas com limite da bacia

hidrográfica, de massas de água, de rios, do relevo com reclass de 10m e 20m,

respeitando a topografia e mapas dos municípios da Microrregião Geográfica de

Erechim com escala 1:50.000.

Na terceira etapa estruturou-se banco de dados geográficos para subdivisões

propostas com informações referentes à área, principais rios, municípios abrangidos,

dados populacionais e agropecuários por bacia, gerando mapas temáticos e

análises de informações obtidas com referência a consultas ao banco de dados.

A codificação continental apresenta 10 regiões hidrográficas (nível 1) , sendo

elas: (cód.0) Região Hidrográfica 0;(cód.1) Região Hidrográfica 1; (cód.2) Região

Hidrográfica do rio Orenoco; ( cód.3) Região Hidrográfica 3; (cód.4) Região

Hidrográfica do rio Amazonas; (cód.5) Região Hidrográfica 5; (cód.6) Região

Hidrográfica do rio Tocantins; (cód.7) Região Hidrográfica 7(inclui, entre outra s,

as bacias dos rios Parnaíba,São Francisco, Doce,Par aíba do Sul e Uruguai) ;

(cód.8) Região Hidrográfica do rio Paraná; (cód.9) Região Hidrográfica 9. Como

forma de equacionar a aplicação de código na região hidrográfica que drena para o

lago Titicaca, foi atribuído o algarismo zero para a mesma. Isto determina a

subdivisão de nível 1 do continente da América do Sul, conforme figura 2 a seguir:

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Figura 2- Codificação para o Nível 1 do continente da América do Sul de acordo com os critérios de Ottobacias- parâmetros oficiais da ANA. Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2002) /Adaptação: Theodoro, M (2010).

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De posse da codificação continental, apresentando 10 regiões hidrográficas

(nível 1), uma nova subdivisão foi realizada a fim de obter-se o nível 2 das

ottobacias para o Brasil conforme o mapa e legenda apresentado na figura 3 . Para

tanto se assume como foz o ponto de descarga (exutório) da bacia a ser dividida. A

análise é realizada sempre da foz para montante identificando todas as confluências

e distinguindo o rio principal de seus tributários. O rio principal é aquele curso d’água

que drena a maior área e os tributários, os demais que drenam áreas menores.

Cada uma dessas bacias e interbacias, resultantes dessa primeira subdivisão,

pode ser subdividida da mesma maneira, de modo que a subdivisão da bacia 8 gera

as bacias 82, 84, 86 e 88 e as interbacias 81, 83, 85, 87 e 89. O mesmo processo se

aplica às interbacias resultantes da primeira divisão, de modo que a interbacia 3, por

exemplo, se subdivide nas bacias 32, 34, 36 e 38 e nas interbacias 31, 33, 35, 37 e

39. Os algarismos da subdivisão são simplesmente acrescidos ao código da bacia

(ou interbacia) que está sendo subdividida.

No nível 2 trabalhou-se a bacia hidrográfica de nível 1 codificada com o

algarismo 7, tem a seguinte subdivisão: ( cód.71) Região Hidrográfica 71; (cód.72)

Região Hidrográfica do Rio Parnaíba;(cód.73) Região Hidrográfica 73; (cód. 74)

Região Hidrográfica do Rio São Francisco;(cód.75) Região Hidrográfica 75; (

cód.76) Região Hidrográfica do Rio Doce;(cód.77) Região Hidrográfica 77; (cód.78)

Região Hidrográfica do Rio Uruguai ; ( cód.79) Região Hidrográfica 79. Foi

trabalhado o (cód.7) do nível 1 pois esta abrangia a bacia do Rio Uruguai na qual

tem presente a Microrregião Geográfica de Erechim onde esta centralizado o

objetivo deste trabalho, conforme Figura 3 .

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Figura 3- Codificação para o Nível 2 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA. Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2002) /Adaptação: Theodoro, M (2010).

A figura 3, mostra a divisão das ottobacias em nível 2 para o Brasil, sendo

destacada a Bacia do Rio Uruguai ( Cód.78), pois esta é uma das base para as

novas subdivisões das bacias e interbacias para a área de estudo deste trabalho.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS SEGUNDO CRITÉRIOS DA

ANA

Analisou-se os objetivos propostos para o trabalho, obteve-se na fase inicial a

divisão proposta pela Agência Nacional das Águas para o Rio Grande do Sul,

evidenciando o enquadramento da Microrregião Geográfica de Erechim nas bacias

Hidrográficas já definidas pelo órgão, logo após, efetuou-se a digitalização na escala

1: 50.000 do contexto regional em aplicativo Mapinfo, com base nos divisores d’

água e limite proposto pela ANA, sendo estes procedimentos realizados devidos

ajustes necessários de escala entre o limite de bacias. Para tanto adotou-se como

escala final para o trabalho (1:50.000), partindo dos divisores d’ água , a partir dos

ajustes efetuados aplicou-se o método do OTTO, com a geração das subdivisões a

através dos divisores d’ água, gerando o mapa de rede hidrográfica.

Primeiramente, estudou-se o método do engenheiro Otto Pfafstetter, após

utilizou-se para a classificação das Ottobacias, no qual o método tem a importância

de qualquer rio está relacionada com a área de sua bacia hidrográfica; a distinção

entre rio principal e tributário e em função do critério da área drenada, sendo o rio

principal aquele que possui a maior área drenada entre os dois, denominam-se

bacias as áreas drenadas pelos tributários e interbacias as áreas remanescentes,

drenadas pelo rio principal.

A primeira divisão é em nível de continente com numeração seqüencial no

sentido horário, a partir do Norte, para a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai esta

contemplada na Região Hidrográfica Atlântico Leste, em nível 1 ela se encontra na

Costeira do Atlântico Sul codificada como -7.

Após interpretar o método das Ottobacias, inicio-se a digitalização no Mapinfo

8.0 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, utilizando imagens do SRMT da Nasa com

reclass de 80 m, e cartas com limite da bacia hidrográfica, de massas de água, de

rios, do relevo com reclass de 10m e 20m, respeitando a topografia e mapas dos

municípios da Microrregião Geográfica de Erechim com escala 1:50.000. A partir da

interbacia do Rio Uruguai (Cód.7) no nível 1, foi digitalizado no Mapinfo 8.0, o nível

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2, onde encontra-se a bacia hidrográfica do Rio Uruguai (cód.78) , com a subdivisão

obteve-se o nível 3, conforme a figura 4 abaixo:

Figura 4: Codificação para o Nível 3 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias -parâmetros oficiais da ANA. Fonte :Theodoro M; Decian S.V.(2010).

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Com as bacias e interbacias do nível 3 codificadas, destou-se a interbacia do

Rio Uruguai (Cód. 787) , a qual engloba a Microrregião Geográfica de Erechim, e a

partir desta, foi subdividida para encontrar o nível 4, conforme a figura 5 a seguir:

Figura 5: Codificação para o Nível 4 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias -parâmetros oficiais da ANA. Fonte : Theodoro M; Decian S.V. (2010).

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No nível 4 com as suas codificações georeferrenciadas, foi subdividida a

interbacia do Rio Uruguai (cód.7879) onde obteve-se o nível 5 para a Microrregião

Geográfica de Erechim, conforme figura 6 abaixo:

Figura 6: Codificação para o Nível 5 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA. Fonte :Theodoro M; Decian S.V.(2010).

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Com a divisão do nível 5, constatou-se duas bacias: Rio Passo Fundo ( cód.

78792) e o Rio Apuaê (cód.78796) e duas interbacias: Rio Uruguai (cód. 78793) e a

interbacia do Rio Uruguai (cód. 78795); as quais está localizada a Microrregião

Geográfica de Erechim. Estas foram subdivididas e codificadas onde obteve-se o

nível 6, a digitalização do nível 6 foi feita através das cartas topográficas do exercito

com escala 1:50.000, a partir dos topos de morros e da área de drenagem das

bacias hidrográficas e do Modelo Numérico de Terreno regional.

4.2-ORGANOGRAMA DA CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS

A partir dos dados organizados, consegui-se constatar os seguintes

resultados conforme organograma da figura 7 a seguir:

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Figura 7- Organograma da Bacia do Rio Uruguai – Nível 2 ao 6 pelo método de Ottobacias Fonte :Theodoro M; Decian S.V.(2010).

Como pode-se observar a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai foi digitalizada

até o nível 3.

Já para a Microrregião geográfica de Erechim através do trabalho

desenvolvido obteve-se a subdivisão até o nível 6, utilizando a interbacia do Rio

Uruguai -787, com a codificação, área e perímetro apresentada no quadro 1 e

quadro 2.

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Divisão do Nível 2 para o Nível 3 - Código 78 Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident.

3 785 Interbacia do Rio Uruguai 7449.17 619.892 5 3 783 Interbacia do Rio Uruguai 59998.33 1812.84 3 3 789 Bacia Rio Canoas 14879.36 857.006 9 3 787 Interbacia do Rio Uruguai 110654.6 2398.88 7 3 784 Bacia Rio Quara¡ 14663.04 646.66 4 3 782 Bacia do Rio Negro 71257.09 1745.38 2 3 781 Interbacia do Rio Uruguai 12615.28 885.616 1 3 786 Bacia Rio Ibicui 47103.58 1333.96 6 3 788 Bacia Rio Pelotas 13419.14 853.022 8

Divisão do Nível 3 para o Nível 4 - Código 787 Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident.

4 7874 Bacia Rio Ijui 10800.76 700.829 4 4 7875 Interbacia do Rio Uruguai 29841.51 1033.81 5 4 7876 Bacia Rio da Várzea 5484.72 462.055 6 4 7873 Interbacia do Rio Uruguai 685.818 133.816 3 4 7871 Interbacia do Rio Uruguai 24054.91 873.798 1 4 7877 Interbacia Rio Uruguai 970.255 214.858 7 4 7878 Bacia do Rio Chapecó 8348.17 587.521 8 4 7872 Bacia do Rio Piratini 5598.39 438.525 2 4 7879 Interbacia do Rio Uruguai 24866.56 992.151 9

Divisão do Nível 4 para o Nível 5 - Código 7879

Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident. 5 78796 Bacia Rio Apuaê 3723.99 347.803 6 5 79794 Bacia do Rio do Peixe 5300.33 436.855 4 5 78792 Bacia Rio Passo Fundo 3655.38 345.443 2 5 78791 Interbacia Rio Uruguai 1874.17 237.285 1 5 78793 Interbacia Rio Uruguai 6641.63 404.916 3 5 78799 Interbacia Rio Uruguai 1141.68 211.733 9 5 78798 Bacia Rio Forquilha 2412.45 297.361 8 5 78795 Interbacia Rio Uruguai 93.6983 56.5876 5 5 78787 Interbacia Rio Uruguai 23.2545 24.4723 7

Quadro 1 –Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Nível 2 ao Nível 5 em evidencia as áreas que englobam a Microrregião Geográfica de Erechim. Fonte :Theodoro M; Decian S.V.(2010).

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Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78795 Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident.

6 787953 Interbacia Rio Uruguai 2.16585 6.55795 3 6 787951 Interbacia Rio uruguai 9.85298 13.7689 1 6 787956 Bacia Arroio Volta Seca 12.8229 16.6899 6 6 787955 Interbacia Rio Uruguai 0.985853 5.8275 5 6 787952 Bacia Sem Nome 2.76526 7.02749 2 6 787954 Bacia Arroio Formenton 23.6162 25.9693 4 6 787958 Bacia Lajeado São José 10.2856 16.2171 8 6 787957 Interbacia Rio Uruguai 24.386 24.4584 7 6 787959 Interbacia Rio Uruguai 6.81797 11.9438 9

Quadro 2- Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Nível 5 ao Nível 6, para a Microrregião Geográfica de Erechim. Fonte : Theodoro M; Decian S.V. (2010).

Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78792

Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident. 6 787928 Bacia Rio Passo Fundo 280.282 110.83 8 6 787929 Bacia Arroio Caragoatá 242.074 78.6499 9 6 787922 Bacia Lajeado Grande 198.553 76.1966 2 6 787921 Interbacia Rio Passo Fundo 43.2915 34.7066 1 6 787927 Interbacia Rio Passo Fundo 164.724 71.7137 7 6 787923 Interbacia Rio Passo Fundo 185.485 77.7881 3 6 787924 Bacia Rio Erechim 1198.99 199.026 4 6 787926 Bacia Rio Inhapuçá 487.048 113.173 6 6 787925 Interbacia Rio Passo Fundo 1282.23 248.566 5

Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78793 Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident.

6 787939 Interbacia Rio Uruguai 511.734 136.621 9 6 787938 Bacia Riacho Grande 517.481 108.858 8 6 787936 Bacia Rio Jacutinga 1015.9 179.33 6 6 787937 Interbacia Rio Uruguai 967.832 177.93 7 6 787933 Interbacia Rio Uruguai 1036.61 204.703 3 6 787932 Bacia Rio Irani 1596.27 283.455 2 6 787935 Interbacia Rio Uruguai 192.943 83.9544 5 6 787934 Bacia Rio do Engano 570.882 143.75 4 6 787931 Interbacia Rio Uruguai 232 90.8326 1

Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78796 Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident. 6 787964 Bacia Piraçucê 1581.45 224.673 4 6 787969 Interbacia Rio Telha 198.348 81.3455 9 6 787968 Bacia Rio Santo Antônio 214.392 79.725 8 6 787963 Interbacia Rio Apuaê 380.438 109.449 3 6 787962 Bacia Rio Apuaé-mirim 675.204 141.348 2 6 787967 Interbacia Rio Apuaê 458.037 125.571 7 6 787966 Bacia Arroio Sananduva 89.2782 44.2653 6 6 787965 Interbacia Rio Apuaê 38.7944 29.7872 5 6 787961 Interbacia Rio Apuaê 88.0422 44.8903 1

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A partir da divisão das Bacias Hidrográficas e a organização do organograma

e dos quadros acima, constatou-se a área e o perímetro de cada bacia e interbacia

em seu nível respectivo. Portanto a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai codificada

como 78 no nível 2, encontra-se como interbacia do Rio Uruguai ( cód. 787), no nível

3 com uma área de 110.654.6 km² , abrangendo todo a Bacia do Rio Uruguai, no

nível 4 a divisão foi voltada para Microrregião Geográfica de Erechim onde

obteve-se a interbacia do Rio Uruguai (cód. 7879) contemplando uma de área de 24

866,56 Km², no nível 5 devido ao detalhamento encontramos duas bacias: Rio

Passo Fundo ( cód. 78792),com uma área de 3723,99 Km² e o Rio Apuaê

(cód.78796), com uma área de 3655,38 Km² e duas interbacias: Rio Uruguai (cód.

78793), com uma área de 6641,63 Km² e a interbacia (cód.78795), com uma área de

93,6883 Km² , sendo essas que englobam a Microrregião Geográfica de Erechim; as

mesmas foram subdivididas onde obtivemos o nível 6 ( 36 bacias e interbacias),

entretanto para a Microrregião Geográfica de Erechim esta contemplada apenas

num total de 25 bacias e interbacias.

4.3 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS COM A RESPECTIVA

CODIFICAÇÃO ATÉ O NÍVEL SEIS DAS OTTOBACIAS

Na figura 8 abaixo, destacou-se as duas bacias com Cód. 78792 e

Cód.78796, e as duas interbacias Cód.78793 e a Cód.78795 as quais pertencem ao

nível 5, dentro das mesmas está subdivididas as bacias e interbacias do nível 6,

conforme o critério de ottobacias. Para uma melhor compreensão e visualização do

trabalho anexaram-se junto ao mapa os 31 municípios que pertencem a Microrregião

Geográfica de Erechim.

No nível 6 trabalhou-se a bacia hidrográfica de nível 5 codificada com o

algarismo 78792, tem a seguinte subdivisão:(cód.787928)Bacia Rio Passo Fundo;

(cód. 787929)Bacia Arroio Caragoatá; (cód. 787922)Bacia Lajeado Grande; (cód.

787921)Interbacia Rio Passo Fundo;(cód. 787927)Interbacia Rio Passo Fundo;

(cód. 787923)Interbacia Rio Passo Fundo;(cód.787924)Bacia Rio Erechim; (cód.

787926)Bacia Rio Inhapuçá;( cód. 787925)Interbacia Rio Passo Fundo.

Codificação com o algarismo 78796, tem a seguinte subdivisão: (Cód.787964)

Bacia Piraçucê; (Cód.787969) Interbacia Rio Telha; (Cód.787968) Bacia Rio Santo

Antônio; (Cód.787963) Interbacia Rio Apuaê; (Cód.787962) Bacia Rio Apuaé-mirim;

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(Cód.787967) Interbacia Rio Apuaê; (Cód.787966) Bacia Arroio Sananduva;

(Cód.787965) Interbacia Rio Apuaê; (Cód.787961) Interbacia Rio Apuaê.

Codificação com o algarismo 78793, tem a seguinte subdivisão: (Cód.787939)

Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787938) Bacia Riacho Grande; (Cód.787936) Bacia Rio

Jacutinga; (Cód.787937) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787933) Interbacia Rio

Uruguai; (Cód.787932) Bacia Rio Irani; (Cód.787935) Interbacia Rio Uruguai;

(Cód.787934) Bacia Rio do Engano; (Cód.787931) Interbacia Rio Uruguai.

Codificação com o algarismo 78795, tem a seguinte subdivisão: (Cód.787953)

Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787951) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787956) Bacia

Arroio Volta Seca; (Cód.787955) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787952) Bacia Sem

Nome; (Cód.787954) Bacia Arroio Formenton; (Cód.787958) Bacia Lajeado São

José; (Cód.787957) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787959) Interbacia Rio Uruguai.

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Figura 8 - Mapa das Ottobacias – Nível 5 e 6 para a Microrregião Geográfica de Erechim. Fonte : Theodoro M; Decian S.V. (2010).

Após os procedimentos aplicados e análise da região pode-se evidenciar no

mapa e nos dados do organograma acima, que a Bacia do Rio Erechim codificada

como (787924) possui a maior área dentro da Microrregião Geográfica de Erechim

com 1198.994 km², abrangendo os municípios de Jacutinga, Barão do Cotegipe,

Erebango, Erechim, Benjamim Constant do Sul Entre Rios do Sul, São Valentin,

Cruzaltense, Ponte Preta, Paulo Bento, Quatro Irmãos e Campinas do Sul.

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4.4 CARACTERIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS RELACIONAL

Num segundo momento, trabalhou-se, as bacias e interbacias apenas da

Microrregião Geográfica de Erechim da área de abrangência de cada bacia

hidrográfica; verificando-se a área, o perímetro, e os principais rios, sangas,

lajeados, e arroios; sendo que seis interbacias e uma bacia hidrográfica das vinte

cinco unidades não apresentaram denominação de rios ou arroios devido à base

cartográfica 1:50. 000 adotada, ver quadro 3 abaixo.

Para tanto utilizou-se como recurso para a obtenção destas informações

quantitativas e qualitativas a partir de procedimentos de cruzamento de banco de

dados dos limites municipais e das divisões das bacias hidrográficas proposta por

este trabalho.

Nível CODIGO Nome Atribuído ÁREA km² Perímetro km Rios Principais na Bacia

6 787953

Interbacia Rio Uruguai 0.81932 4.14303 Sem Denominação

6 787956

Bacia Arroio Volta Seca 12.8228 16.6809 Arroio Volta Seca.

6 787933

Interbacia Rio Uruguai 686.557 149.433

Rio:Esperança,Azul,Palomas,Pitanga,Pedra Grande, Douradinho,Tapir_Lajeados: Benteví, Pinhão,Brasil.Pinheiro, Bonito,Rancho de Tábuas,Anta Brava,Jacutinga, Barra Seca, dos Porcos, Rafael,Pedrinhas,Carolina, Resvalente,Leão,Toldo, Rico_Sanga Meia-lua.

6 787964 Bacia Piraçucê 594.552 134.745

Rios: Branco,Peixe ou Piraçucê,Abaúna_Arroios: Bonito, Inhaporã,Cachoeia,Acampamento,Caçador, Ribeiro,São Paulo, Sepultura,Tibiquara,Pacão,Castilhos_Sanga Lisosky_Lajeados:Jacutinga,das Pedras,Florentina.

6 787921

Interbacia Rio Passo Fundo 25.5748 28.6611 Lajeado do Engenho_Sanga dos Mouras.

6 787951

Interbacia Rio Uruguai 3.46202 10.2773 Sem Denominação

6 787955

Interbacia Rio Uruguai 0.334396 2.93225 Sem Denominação

6 787959

Interbacia Rio Uruguai 3.55951 12.6991 Sem Denominação

6 787931

Interbacia Rio Uruguai 125.688 69.8057

Rio Uruguai_Lajeados:Velho-velho,Jacutinga,Dourado, Clementino.

6 787963 Interbacia Rio Apuaê 122.142 104.131

Rio Apuaê ou Rio Ligeiro_Lajeados: Valeriano, Maria, André, Bocol.

6 787924 Bacia Rio Erechim 1198.99 199.026

Rios: Passo Fundo,Erechim, Cravo,Henrique_Sangas:da Viúva, Tico-tico,Canaleta, da Bergamota, Revoltosa,Passo Feio_Lajeados: Barra Seca, Tombo,Laço,Liso, Jupirangava,Grande, Tigre,Ventarra_Arroios:Cedro,Paris,Jacutinga,Acampanhento,Padre,Engenho Velho

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Continuação do quadro 3

6 787952 Bacia Sem Nome 2.76526 7.0274

Sem Denominação

6 787957

Interb0acia Rio Uruguai 14.7607 19.9038 Sem Denominação

6 787937

Interbacia Rio Uruguai 676.683 183.436

Rios:Coronel Teixeira, Napoleão,Lanbedor,Dourado, Bom Retiro,Negro, Pinga_Lajeados:do Tigre,Santa Lúcia,Jaguaretê,Paca,Tamanduá, da Várzea, Vaca Morta,das Antas,Três Pinheiros,Leão_Sangas:da Gruta,Capoeira_Arroio Verde.

6 787967 Interbacia Rio Apuaê 94.512 74.9039 Rio dos Índios.

6 787922

Bacia Lajeado Grande 198.553 76.1844

Lajeados: Encrenea,Grande,Divisa,Carangueijo_Sangas Votouro.

6 787926 Bacia Rio Inhapuçá 306.331 119.189

Rio Quicepecum ou Facão,Arroios: Inhupaçá, da Laje, Iguré, Facãozinho, Macaco.

6 787954

Bacia Arroio Formenton 23.6162 25.9694 Arroio Formenton.

6 787965 Interbacia Rio Apuaê 17.98 28.336 Rio Apuarê ou Rio Ligeiro.

6 787923

Interbacia Rio Passo Fundo 65.2713 57.4008

Lajeados: Morumbi, Anta atolada, Engenho Velho_Sanga Faxinalzinho.

6 787939

Interbacia Rio Uruguai 426.593 140.342

Rios:Suzana,Teixeira,Santos Faria,Lambari,Carrapato_Lajeados: Jardim,do Quinto,Teixeira Soares, Anta.

6 787925

Interbacia Rio Passo Fundo 469.112 230.506

Sangas: Feia, Palmeira,Lambedor_Arroios: Inhupaçá, Carafá,Cepultura, da Taipa,do Meio, Cipó,Carreta Quebrada.

6 787935

Interbacia Rio Uruguai 156.366 95.882

Rios: Novo,Agulha,Uruguai_Sanga Sarandí_Lajeados: Tamanduazinho,Ajeitado,Capivari.

6 787962

Bacia Rio Apuaé-mirim 675.204 141.348

Rios: Apuê-Mirim,Toldo, Campo,Caçador_Lajeados: Três Barras,Veado,Liso,Bonito, Alice, Pororó, Passarinho, Barro,Taitetu,da Vaca Morta_Arroio Tigre.

6 787961 Interbacia Rio Apuaê 13.8464 30.4828 Sem Denominação

Total 5916.095706 1963.44588

Foram assinalados os principais rios, sangas, lajeados e arroios encontrados na base cartográfica 1:50.000

Quadro 3: Banco de dados do nível 6 das ottobacias para Microrregião Geográfica de Erechim. Fonte : Theodoro M; Decian S.V. (2010).

Após a análise do Mapa das Ottobacias no nível 6 da Microrregião Geográfica

de Erechim foi possível verificar a área, e o perímetro para cada bacia e interbacia

dentro do município, pode-se constatar que uma bacia hidrográfica pode abranger

vários municípios

Entretanto, um município pode abranger varias bacias e interbacias, um

exemplo disso é a cidade de Erechim, onde notou-se que esta tem presente a

Interbacia Rio Uruguai (cód.787933); (cód.787937); (cód.787939); Bacia Rio Erechim

(cód.787924); e a Bacia Rio Apuaê-mirim (787962). Salvo uma minoria de municípios,

interbacias e bacias hidrográficas que se localizam em apenas em uma área.

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5 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Pode-se constatar que a partir dos dados existentes sobre o método da

Ottobacias utilizado, conseguiu-se a subdividir a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai

até o nível 3, entretanto depois desta divisão contemplou-se a interbacia do Rio

Uruguai com código 787, para deter-se a Microrregião Geográfica de Erechim, na

qual obteve-se a subdivisão até o nível 6, gerando assim um banco de dados.

Contudo a subdivisão da bacia hidrográfica além do nível 6 não foi possível

de ser realizada, pois o trabalho diminuiria sua precisão, tendo como um dos fatores

à escala na qual trabalhou-se, para um maior detalhamento, seria necessárias,

saídas a campo. Por isso passou-se a deter na organização das tabelas para

estruturação do banco de dados georreferênciados de fácil consulta.

Recomenda-se que o resultado deste trabalho, disponibilizado em meio digital

sirva de base para futuros trabalhos que envolvem o planejamento ambiental e

planos ambientais como estratégia de Ecologia de Paisagens.

Com os mapas e as informações revisadas e atualizadas que serão

repassados em forma digital para todos os municípios da Microrregião Geográfica de

Erechim, assim como para a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio

Grande do Sul é também para a AMAU (Associação dos Municípios do Auto

Uruguai), onde poderão desenvolver estratégias no planejamento de conservação

dos recursos hídricos a partir da proposta oficial das Ottobacias em nível federal,

estadual e regional.

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6 Referências

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