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    ndice

    1. Introduo2. A ornamentao desde a origem humana

    3. A joalharia moderna4. A Metalurgia e o homem5. Propriedades dos metais6. As ligas7. A fundio8. O recozimento e a decapagem9. Os cuidados bsicos com o metal e a sua recuperao

    10. As tcnicas bsicas da Joalharia11. Preparao de perfis variados12. Limar e esmerilhar13. Calar e perfurar

    14. Soldadura15. Tipos variados de unies16. Discos, cilindros e suas conformaes17. A Forja18. As articulaes19. Os fechos e argolas20. As superfcies21. Gravura com cido22. Combinaes de metais23. Granulao24. Obtendo texturas25. Os acabamentos dos metais26. Coloraes27. Cinzeladura28. Laca Japonesa - (Urushi)29. Esmaltes30. Engastes31. Micro-fuso e modelao32. Passo a passo33. Informaes extras34. Glossrio35. Links teis e interessantes36. Links de vdeos

    Pesquisa e elaborao

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    1 - Introduo

    Nas ltimas dcadas do final do sculo XX, questionaram-se muitosvalores da nossa cultura, entre os quais se encontram os valores tradicionais

    do ofcio de Joalheiro. Tal fato no deveria implicar a supresso dastradicionais tcnicas, mas o contrrio: a sua ampliao e adaptao as atuaisnecessidades, ainda que insistindo mais no uso e na aplicao desta tcnica.

    A joalharia contempornea trabalhava com valores como aexpressividade, a provocao, a relao simblica com o objeto, etc. Valoresinerentes arte contempornea e que comportam a necessidade de procuraruma tcnica cada vez mais interdisciplinar e imediata, capaz de se adaptar snecessidades atuais.

    Contudo, esta liberdade tcnica e de materiais deve conjugar um

    suficiente valor artstico sem dar a impresso de que vale tudo, uma idia queno tem necessariamente de coincidir com o tecnicamente correto.

    Na joalharia moderna j no se define, como antigamente, pelo tipo demetal com o qual se trabalha. Hoje em dia, no existe uniformidade de estilos,mas sim uma unio e grande variedade de materiais e de conceitos. Podem-seconfeccionar jias e objetos com qualquer materiais diferenciados e sugestivos,capazes de serem transformados para atingir uma qualidade bastanteexpressiva.

    Essa realidade supe que se entendam como tcnicas de joalharia otrabalho em papel, a unio com colas, o polister e os rebites, entre muitasoutras. Ao mesmo tempo, recuperam-se antigos procedimentos como agranulao ou oMokume,retomados com fora, mas a partir de uma novanoo.

    O progresso tecnolgico, aplicado ao mbito da joalharia, d uma maiorliberdade ao artista e constitui uma base para poder conseguir critriosestticos.

    Porm, ao mesmo tempo, pode ser usado para impor critrios formais eestabelecer normas estticas. O ofcio deve adaptar-se s necessidadesexpressivas da pessoa e no ser esta a sentir-se limitada pelos critriostradicionais do ofcio. Por este motivo muito importante a maneira como seensina, assim como o papel que desempenham as escolas de joalharia erespectivos docentes.

    Neste material, tenta-se deixar ao leitor uma margem de liberdade dedeciso e realizao. Sero abordadas diferentes tcnicas que podero seradaptadas de forma gil e imediata, misturando e alterando, dando lugar expresso e ao simbolismo. Apresentamos uma grande variedade de tcnicase processos de trabalho, reflexo do que representa a tarefa de ensinar umavelha arte como a joalharia, bem como do futuro do seu ensino enquantombito de participao honesta.

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    O ensino da tcnica da joalharia, sobretudo numa escola de arte,costuma-se a parte mais rdua, aparecendo em muitas ocasies contrapostasa todo tipo de criatividade. Se for verdade que a joalharia contemporneaprescinde, em parte, do ofcio tradicional em virtude da contribuio de novosmateriais e da introduo de novos conceitos, tambm verdade que

    excessivo virtuosismo e o af de incidir sobre os materiais, com a vontade dedecor-los em demasia, conduziu potenciao da imagem atual destatcnica.

    A joalharia, tal como entendemos atualmente, existe graas ao esforo detodo um coletivo humano, que confere a esta forma de manifestao artsticanecessria expresso e o suficiente contedo, sendo capaz de sentir e seidentificar com todo o contexto social que emana da sua criao.

    Neste curso, rene a arte de diversos profissionais do setor bem como,iniciantes nesta arte. Da mesma maneira, fabricantes de maquinrios eprofissionais de galerias de arte, professores de joalharia, seus alunos, artistasde outras reas, fabricantes industriais, profissionais do que poderamoschamar de trabalho clssico e juntamente com estes, das ltimas tendnciasem joalharia contempornea, trabalhos de requintada preciso e outros que,pela sua simplicidade, no requerem qualquer tipo de preparao prvia.

    Em resumo, a joalharia uma atividade apaixonante, permitindo a todosaprenderem, compreenderem e compartilhar a atrao que esse humilde ofcioexerce, assim como a vantagem que tem sobre muitos outros. Entender o quesignifica sentir a necessidade de se expressar e de saber gerar um mundopessoal e prprio num pequeno espao, reduzido, por vezes minsculo, capazde caber na palma da mo.

    O trabalho manual e, afinal, o processo criativo permitem que, numasociedade racional e exigente, onde tem cada vez menos sentido a relaoentre a atividade desenvolvida e o seu resultado, se possa construir umpequeno objeto em liberdade e, depois, ser capaz de o mostrar, de o usar oude o oferecer, enfim, de refletir o seu criador e conseguir conhecer-se umpouco melhor.

    2 - A ornamentao desde a origem humana

    Desde os tempos antigos e com diferentes intenes, o homem sempresentiu a necessidade de adornar seu corpo. Falar das origens daornamentao falar da prpria origem do ser humano. O estudo da histria daornamentao humana constitui um valioso instrumento para reconstituir aprpria histria do homem, atravs dos seus costumes, das suas tradies ecrenas, dos seus conhecimentos tecnolgicos e dos seus gostos estticos. Osadornos, ou ornamentos, so sinais que comunicam, so instrumentos com

    uma funo em si mesmos e possuindo um determinado fim.

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    Cada jia um fragmento, uma pequena crnica da grande histria da humanidade

    No Paleoltico, a representao pictrica perseguia um efeito mais mgicodo que esttico, tinha por objetivo a mera encenao do acontecimento, de umfeito que inevitavelmente iria, inevitavelmente, acontecer. O artista dessa pocaera caador e para ele, a arte era uma tcnica mgica de caa. No faziadistino entre realidade e fico, entre caar e pintar, sendo a sua nicainteno garantir a continuidade da sua subsistncia diria.

    O conhecimento humano tende a classificar e a agrupar os efeitos e ascausas em conceitos de semelhana, a transformar situaes e provocarefeitos pela via mimtica da representao. No de estranhar, pois, que osobjetivos utilizados pelo artista paleoltico para se adornar possussem umcarter mgico e estivessem relacionados com suas funes. Deste modo, asconchas, por exemplo, pela sua relao simblica com o feminino e afertilidade eram objetos utilizados para assegurar a gestao e preservar acontinuidade da espcie.

    Outros objetos, como dentes e plumas, eram utilizados para conferir forae energia ao seu portador. S a partir da certeza da sua funo se podeentender que fosse atribudo a esses objetos um determinado valor, inclusivede intercmbio, outorgando-lhes a categoria de objetos muito estimados, deobjetos preciosos.

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    J na era Neoltica, com o domnio da agricultura e da pastorcia, verifica-se os primeiros assentamentos humanos, os excedentes, a troca de produtos eo comrcio. A partir de ento, passa a ser possvel dedicar algum templo aoutras tarefas que no as da prpria sobrevivncia diria. Com o aparecimento

    dos primeiros indcios de sociedade de sociedade e inter-relao entre osdiferentes grupos, estabelece-se uma especializao da produo, bem comocerta hierarquizao da atividade, em especial a organizao do trabalho.

    Faca imperial do sculo XII - Peru

    Aparecem as classes sociais e tambm os ofcios, entre os quais aprimeira joalharia. A organizao social deixa entrever certas necessidades,que antes no tinham sido contempladas, como os aspectos psicolgicos emorais, a confrontao do indivduo com a coletividade ou o correspondente aprpria intimidade.

    A organizao e a socializao provocam uma mudana de valores em

    relao ao Paleoltico. Os ritos e os cultos substituem a magia espontnea. Ocaador do Paleoltico no concebia a sua existncia fora do cotidiano. Pelo

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    contrrio, o agricultor, pastor, ou produtor do Neoltico sente mltiplaspossibilidades quanto ao seu destino e acredita que este depende de forasinteligentes e superiores. Aparece o culto do sol e da lua, surge a idia dodesconhecido e do sobrenatural. tempo de animismo e da crena numa almaimortal.

    Durante o Neoltico, estabelecem-se as bases tcnicas, scio-econmicase religiosas daquilo que conhecemos como poca histrica. Abarcando desdeas primeiras civilizaes at a nossa contemporaneidade. As jias constituemum testemunho de exceo deste perodo de tempo marcado pela evoluo epelas mudanas permanentes.

    Broche feito por Xavier Domenech, 1993

    3 - A joalharia moderna

    O impacto da Revoluo Industrial sobre a sociedade europia dasegunda metade do sculo XIX constitui o contexto em que surgiram dias

    como as de Jonh Ruskin e de William Morris. Estes homens denunciavam amquina e a diviso do trabalho como fatores que impediam uma relaoautntica entre o operrio e o produto resultante das suas mos.

    Numa mistura entre as novas idias sociais e uma viso romntica datradio medieval, proclamavam o valor do trabalho artesanal e da arte na vidadiria. Estas propostas, que constituam o ideal do movimento InglsArts and Crafts,exerceram uma influncia capital na evoluo da joalharia das artesaplicadas e do desenho industrial ao longo de todo o sculo XX.

    Todas essas idias renovadoras cristalizaram no ltimo decnio de

    oitocentos, em um novo estilo internacional que teria uma grande implantaosocial e que transformaria de forma radical o mundo da arte, desde a

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    arquitetura. Art Nouveau, Modern Style, Modernismo, Jungendstil, Sezession eLiberty constituem diferentes expresses nacionais de uma mudana que seestendeu por toda a Europa.

    Perante o Academismo que imperava, apareceu um mundo de

    ornamentao naturalista repleto de cor, de formas lineares e sinuosas, em queprevaleciam os motivos florais e vegetais, de insetos e pssaros e onde afigura feminina era habitualmente o centro. Pela primeira vez na joalharia,valorizaram-se mais a criatividade e a imaginao do que os materiaisutilizados. Esse fato permitiu aos joalheiros uma grande liberdade de criao econtribuiu que algumas das suas obras adquirissem a categoria de verdadeirasobras de arte.

    Em 1985, abre em Paris a galeria Maison de LArt Nouveau, na qual so expostos objetos desenhados neste novo estilo, denotando uma grande

    influncia da arte oriental. Na exposio de 1990, Ren Lalique converte Paris na capital da joalharia, com o retumbante xito da sua nova coleo de jias.

    Na imagem, pregador em forma de liblula, de Ren Lalique

    Aproximando-se mais da idias de W. Morris, e em contraposio ao luxode Paris, o Sezession e o Jugendstil estenderam-se por todo o centro daEuropa preconizando um estilo muito mais sbrio e austero, em queprevaleciam os critrios de racionalidade, funcionalidade e clareza, realizando-se desenhos em que predominava a abstrao e as linhas geomtricas esimples.

    O s artistas escandinavos e em particular, Georg Jensen, na Dinamarca,introduziram no novo estilo uma aparncia muita mais fria e moderna, comtrabalhos que teriam plena vigncia at os nossos dias. Os arquitetos JosephHoffmann, que trabalhava com o Wiener Werktatten, centro de artes e ofciosde Viena, e o belga Henry Van de Velde, que considerava uma obrigao morala criao de jias, que para uma elite mas para um pblico em geral,produziram as suas jias com processos industriais de fabrico. Conceberam

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    desenhos que no s anunciavam o advento da Art Dco, como tambmprefiguravam aquilo que iria ser o desenho na joalharia a partir da dcada de60.

    A partir de 1925, a Art Dco converteu-se no segundo grande movimento

    internacional das artes industriais, do qual participaria a joalharia no sculo XX.Depois dele, nenhum outro estilo vanguardista se implantaria de formageneralizada. Elaboraram-se jias em que voltava a predominar o valor dosmateriais, mas tambm produziu-se joalharia industrializada que utilizava osnovos materiais sintetizados pela indstria: galatite, baquelite e metaisindustriais como o nquel, o crmio e o alumnio, que de modo algumpretendiam imitar a joalharia preciosa.

    Com o eclodir da segunda guerra mundial, interrompeu-se um processoque s seria retomado a partir de meados dos anos 50. O ps-guerra significouum retrocesso generalizado do esprito de vanguarda, bem como umaseparao entre a evoluo da joalharia e o resto das artes. Entre as grandesfirmas generalizou-se a idia de a verdadeira jia ser aquela que apresenta asformas tradicionais e constituir um investimento em materiais de valor. Umconceito que levaria vrias dcadas a ser superado pela evoluo dos hbitossociais e econmicos.

    A jia enquanto arte comeou a desenvolver-se em meados dos anos 50,como uma via de expresso pessoal tanto para o criador como para o portadorda jia, retomando o esprito renovador de princpios do sculo, e qual teriamacesso apenas umas minorias.

    Entre 1950 e 1960, destacou-se um grupo de joalheiros escandinavos, emcujos trabalhos predominavam o emprego de pedras, com a utilizao deformas simples, de grande pureza de linhas, e as superfcies polidas,especialmente em prata. Falamos de Georg Jensen, na Dinamarca, de SigurdPersson e de Olle Ohlsson, na Sucia. A firma finlandesa Lapponia Jewelery,com desenhos de Bjorn Weckstron, foi pioneira ao demonstrar que um bomdesenho no incompatvel com a produo industrial nem com umrendimento econmico.

    O segundo grupo mais numeroso foi as escola alem, que apesar da sua

    designao, inclui criadores de diversas sensibilidades e nacionalidades.Nesta, sobressai s formas geomtricas e as estruturas complexas, o empregode materiais no preciosos e o desejo claro de expressar a sua individualidadepor meio da pea nica. Esse fato permitiria o desenvolvimento da nova joalharia margem da indstria.

    De destacar ainda, os nomes de Bruno Martinazzi e de Francesco Pavan,na Itlia; dos eslovacos Anton Cepka e Peter Skubic, na ustria; na Alemanha,os de Gerb Rohman, Rudiger Lorenzen, Claus Pury e Manfred Bischof; naSua, os de Max Frolich e Otto Kunzli; do holands Onno Boeckout; doscatales Aureli Bisbe, Joaquim Capdevila e Ramon Puig Cuys,

    principalmente, assim como muitos mais que tornariam esta lista interminvel.

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    O desenvolvimento industrial e econmico dos anos 60 provocou ademocratizao dos bens de consumo e a implantao generalizada dasociedade do bem estar, iniciando-se a partir de ento uma redefinio dafuno social da jia.

    Nesta renovao, as escolas de arte e desenho tiveram um papeldeterminante. Desaparecida definitivamente a figura do aprendiz das oficinas,seriam as escolas de formao profissional especializadas e as escolas de arteas responsveis por formar os novos joalheiros. Desse modo, as escolaspermitem um campo de trabalho e de experimentao mais aberto s novasinfluncias perante o conservadorismo tradicional das oficinas profissionais.

    Neste contexto, e sob a influncia de algumas das idias de W. Morris,acerca do valor do ofcio e do artesanato, assim como da Bauhaus, sobre aintegrao do desenho na indstria, apareceu aquilo que tem sido designadocomo nova joalharia, joalharia de arte ou jia de desenho.

    Uma das escolas a desempenhar um papel decisivo no desenvolvimentoda joalharia, nos anos 60 e 70, foi a escola de artes e ofcios de Pforzheim,dirigida por Karl Schollmayer e contando com professores como Klaus Ullrichou Reinhold Reiling, que defendiam a integrao da joalharia na correntesartsticas contemporneas e a renovao das tcnicas tradicionais. Em outrasescolas apareciam propostas de renovao semelhantes, de que so exemplosa escola tcnica superior de Dusseldorf e em concreto, Friedrich Beker,conhecido por suas jias simtricas; a academia de Munique, com HermannJunger, e a escola Massana de Barcelona, com Manel Capdevila como diretor.A estas se somaram posteriormente, outras escolas da Europa, dos EstadosUnidos e do Japo.

    Por conseguinte, a nova joalharia deixa de ser um fenmeno novo eexcepcional surgindo novos artistas sados dos numerosos departamentos de joalharia das escolas de arte de todo o mundo. Surgem as diferenas entre asvrias escolas e forja-se um estilo cada vez mais internacional.

    Entre 1980 e final dos anos 90 a joalharia convencional perde asconotaes de ostentao e riqueza, generalizando-se o gosto pelas jias deouro e pedras preciosas de desenhos simples, porm elegantes.

    Paralelamente, a joalharia de criao divide-se em duas tendnciasdistintas, que marcaro este final de sculo. Por um lado, as jias de desenhoorientadas para o mundo da moda e do desenho industrial e que tem comoobjetivo agradar a demanda do mercado. Por outro lado, a joalhariaempenhada em expressar-se atravs dos valores universais da arte comoforma de expresso pessoal e que procura uma cumplicidade com o usurio.Esta ltima uma joalharia criada mais pelo puro prazer esttico que porinteresses comerciais. Uma joalharia que tenta adequar os valores simblicos eespirituais, que desde suas origens, caracterizaram a joalharia a umasociedade tecnolgica que se defronta com o desafio de um novo milnio.

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    Pulseira de prata cromada, realizada por Naum Slutzky, 1931

    Broche de prata, malaquite, opala e coral, de Joseph Hoffman, 1903-1905

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    A Art Dco exprimiu-se num estiilo geomtrico, claro e preciso, dando preferncias as formas puras, amplas e simplificadas, sem elementos figurativos e com uma tcnica rigorosa. Broche de autor desconhecido, feito de

    platina, cristal de rocha nix e diamantes.

    Broche de ouro e diamantes, realizado por Reinhold Reiling, 1970

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    Pea para o pescoo, de Hermann Junger, 1979

    Broche de Bruno Martinazzi, 1972

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    Nos Estados Unidos prevalece um estilo mais ecltico, afastado das linhas puras e geomtricas predominantes na Europa, que se exprime por uma

    linguagem mais figurativa e narrativa, matizado com formas e smbolos, dando preferencia ao uso da colagem. Stanley Lechzin e William Harper so dois

    artistas destacados. Broche de William Harper, 1992

    4 - A Metalurgia e o homem

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    O progresso das civilizaes est intimamente ligado ao progresso dametalurgia. Atualmente os vestgios das civilizaes antigas so estudados apartir dos metais entre eles encontrados. Em virtude da sua cor amarela e dasua durabilidade, o ouro ter sido utilizado em quase todas as culturasconhecidas.

    O ouro, do latim,aurum , que significa aurora brilhante, recordam-noscomo algumas civilizaes pensavam que esse metal fazia parte do sol e lheatribuam propriedades mgicas. Os egpcios amortalharam com ele os faras,de modo a garantir a sua chegada ao outro mundo. Na Idade Mdia, osalquimistas e filsofos tentaram isolar os princpios capazes de converter ummetal comum em ouro. Posteriormente, foram-lhe conferidos poderes curativos,que se descartariam com o passar dos anos.

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    Este metal precioso sempre deslumbrou o Homem. Por sua causa sedesencadearam guerras e levantaram cidades. O seu valor enquanto sinal deostentao e poder foi desde sempre ansiado pela maioria dos povos a dasculturas.

    Atualmente, o poder do ouro continua vigente.

    5 - Propriedade dos metaisTudo o que nos rodeia tem uma composio molecular, mistura de 103

    elementos primrios conhecidos que formam a tabela peridica. Entre esteselementos figuram o ouro, a prata, a platina, o cobre, o cdmio, o estanho e ochumbo. Os elementos da tabela peridica, cada um designado pelo seurespectivo smbolo, caracterizam-se por possurem uma determinada estrutura,um peso e um nmero atmico. Quando estes metais se misturam entre si, assuas caractersticas variam, endurecendo ou amolecendo, mudando de cor,aumentando ou diminudo seu ponto de fuso.

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    O ouro, a prata e a platina so os principais metais das ligas a seremtratadas neste curso. Estes so os aplicados em maior proporo numa liga demetal precioso. Os restantes parecem numa proporo menor, embora sejamestes os responsveis pelas mudanas das propriedades dos anterioresquando se fundem entre si.

    Para dar dureza ou maleabilidade ao metal, dever-se- conhecer ocomportamento da sua estrutura interna quando submetido a diferentesmudanas de temperatura e presso.

    temperatura ambiente, o metal formado por uma srie de estruturasregulares dispostas numa ordem, s quais chamamos cristais. A estrutura dometal pode ser comparada a um favo de abelhas, formado a partir dehexgonos de cera sobrepostos para formar uma estrutura maior. Existem setesistemas de cristais e catorze configuraes de enredados. Alguns cristaispossuem formas cbicas e outros formas hexagonais. Os metais com que setrabalha em joalharia (ouro, prata, cobre, nquel, chumbo, alumnio) possuemtodos a mesma estrutura cbica cristalina.

    Ao ser fundido, o metal deixa de ser slido para se converterem lquido,substituindo-se a sua estrutura geomtrica inicial por uma estrutura menosgeomtrica e ordenada.

    Quando o metal arrefece, comea a recuperar a sua estrutura, mas demodo desordenado, formando uma espcie de racimos, todos com a mesmaordem, mas no necessariamente com a mesma orientao. medida que ometal arrefece, formam-se mais e mais racimos, at chocarem entre si,formando-se tambm umas linhas ou fissuras onde confluem os racimos.Quanto menores e mais juntas estas linhas estiverem, mais dura se tornar ometal.

    Os cristais, nos limites, no podem mover-se. Quando se trabalha ummetal pelo processo laminado, forjado, estirado ou de outro tipo qualquer, estesgrupos ou racimos ficam cada vez mais compridos, de modo a criar maislimites, reduzindo os espaos livres e ganhando cada vez mais dureza. Ao seraquecido at a temperatura de recozido o metal recupera uma estruturacristalina prxima da inicial. Quer dizer, volta a um enredado mais ordenado etorna-se, por isso, novamente mais dctil e apto para ser trabalhado. Com a

    aplicao do calor, acelera-se o movimento dos tomos e a subseqente novacristalizao. A este processo chama-se recozimento, estado em que o metalpossui pequenas deslocaes ou vcuos que permitem um maior movimentodos cristais, razo pela qual fica mais malevel.

    tambm muito importante a maneira como o metal como o metalarrefece, at atingir a temperatura ambiente. Se arrefecer de imediato comgua, interrompe-se o processo de ordenao. H casos em que necessrioarrefecer o metal subitamente para conservar a estrutura dos cristais e outroscasos em que no aconselhvel faz-lo, dependendo, pois, do metal utilizadoe da temperatura alcanada no recozimento.

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    Os metais em estado fino costumam ser fornecidos em forma de granalha ou pranchas laminadas

    O arrefecimento de um lingote de prata de forma sbita revela-se til na realizao de um trabalho de forja ou de trefilagem

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    Balana de preciso um instrumento imprescindvel para preparao de diferentes ligas

    Desde a antiguidade que os fabricantes contrastavam as peas com punes identificadoras do arteso. Graas a estas marcas, pode-se hoje em dia

    catalogar e conhecer a sua origem.

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    6 As ligasO ouro um dos metais mais maleveis que existem, embora sem ligar-

    se torne demasiado brando. Para lhe conferir dureza e, assim, permitir realizartrabalhos de joalharia, necessrio lig-lo, isto , mistur-lo com cobre prataou paldio, de forma que possamos conseguir uma maior resistncia, ou variara sua cor at se obter o matiz desejado de ouro amarelo, ouro palha, ourobranco, etc.

    O ttulo do metal e os seus clculos

    Uma vez limpo de impurezas, o ouro pode ser denominado de ouro finoou empregando a terminologia profissional, ouro 1000 milsimas ou ouro 24quilates.

    O ttulo do metal indica a sua pureza, que pode ser expressa em quilatesou milsimas. Estes dois termos constituem unidades de medida que indicam ottulo do metal. O ttulo 18 quilates indica que de 24 partes, 18 so de ouro finoe as 6 restantes, so de liga. Estes 18 quilates podem ser expressos emmilsimas, unidade de medida muito mais precisa e profissional: o ouro 18quilates ouro 750 milsimas, pois contm 750 partes de ouro fino e 250partes de liga.

    Um quilate equivale a 41,6 milsimas:

    Por conseguinte, se desejamos saber quantos quilates tem um metal de750 milsimas s teremos de dividir a lei do metal que queremos conhecer por41,6 quilates.

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    Existe, em cada pas, uma lei de metais preciosos que impe referenciaismnimos de qualidade e que deve ser respeitada.

    Numa oficina, habitual haver peas para fundir de diferentesprocedncias e por isso, importante conhecer essas leis. Nesses casos, o

    mais recomendvel ser levar uma pequena amostra a um laboratrioespecializado, cuja anlise dar um resultado mais exato, expresso emmilsimas.

    O passo seguinte consistira em aumentar ou diminuir o ttulo destas ligas.Se o ttulo que temos estiver abaixo daquele que se pretende, deve-seaumentar acrescentando ouro fino. No caso oposto, isto , se tiver-mos umttulo mais alto, por exemplo, ouro de 916 milsimas (22 quilates), deverdiminuir o ttulo acrescentando liga ao lingote inicial. Para isso, utilizaremos asfrmulas a seguir enumeradas.

    Como aumentar com ouro fino um ttulo mais baixo.A seguinte frmula muito til para quando desejar converter uma lei

    baixa em outra alta, acrescentando ouro fino. Deve-se em mente que 1000milsimas correspondem lei de ouro fino e que, neste caso, a lei mais alta sempre a desejada.

    Frmula 1

    Por exemplo, se voc desejar aumentar um lingote de 20 gramas de 500milsimas (lei baixa) para 750 milsimas (lei alta), ter de acrescentar 20gramas de ouro fino, tal como se pode comprovar ao desenvolver a frmula:

    Exemplo A

    Assim sendo, ao acrescentar 20 gramas de ouro fino aos 20 de 500milsimas que j no incio, voc ir obter um lingote de 40 gramas de liga 18quilates (750 milsimas).

    Como conhecer a quantidade de ouro fino que uma determinada liga contm.

    Outra frmula muito til e que permite conhecer a quantidade de ouro fino

    contida numa determinada liga, consiste em multiplicar o peso da liga que

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    temos pelo ttulo da referida liga e dividir o resultado por 1000. Assim, teremosa quantidade de ouro fino que contm, sendo a liga a diferena.

    Frmula 2

    Se for aplicada a frmula ao exemplo anterior (um lingote de 40gramas de750 milsimas), o resultado ser:

    Exemplo B

    Por conseguinte, o lingote de 40 gramas de liga de 18 quilates (750milsimas) contm 30 gramas de ouro fino.

    Caso se retome o exemplo A e se calcule quanto ouro fino contm a ligainicial de 500 milsimas, pode-se verificar que efetivamente o lingote de 40gramas de liga de 18 quilates contm 30 gramas de ouro fino. Primeiro tem decalcular quanto ouro fino contm a liga de 20 gramas de 500 milsimas.

    Exemplo C

    O resultado 10 gramas de ouro fino. Deste modo, somando-se estes 10gramas de ouro fino contidos na liga de 500 milsimas aos 20 gramas degramas de ouro fino que se acrescentaram no exemplo A, obteremos 30gramas de ouro fino no total. Isto , o mesmo resultado que se obteve aodesenvolver o exemplo B.

    Como diminuir uma liga com um ttulo mais alto

    A seguinte frmula permite baixar uma lei alta acrescentando liga aometal. Neste caso, a lei pretendida a baixa.

    Frmula 3

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    Por exemplo, se for necessrio passar 25 gramas de ouro 22 quilates (ou916 milsimas) para 18 quilates (750 milsimas), dever ser aplicada a frmulaanterior da seguinte maneira:

    Exemplo D

    Assim sendo, se aos 25 gramas de ouro 22 quilates forem acrescentados5,53 gramas de liga, teremos um lingote de 30,5 gramas de 18 quilates.

    De lembrar tambm que um quilate refere-se liga nada tem que ver coma medida quilate utilizada nas pedras preciosas, que uma unidade de pesoigual a 0,2 gramas.

    Como conhecer o quilate de uma liga

    Numa oficina, o mtodo mais utilizado o da pedra de toque. De fcilrealizao, usado com freqncia para determinar o quilate do ouro.Contudo, no to preciso quanto uma anlise qumica efetuada por umespecialista, que indica com maior exatido o ttulo do metal em milsimas.

    O mtodo consiste em riscar a pedra de toque com uma amostra do metalcuja lei desejamos conhecer, juntamente com outro risco da liga conhecida.Aplicamos cido de toque aos dois riscos para observar se o brilho cai sobre orisco ou no. Se o brilho dos dois riscos se mantiverem mais prximos a estalei esta a amostra.

    Por exemplo, se desejamos saber se um anel de ouro 18 quilates,devemos primeiramente limar a pea para eliminar um possvel banho. Emseguida, necessrio riscar com esta parte que foi limada na pedra de toque,ao lado do outro risco feito com um pedao de ouro 18 quilates. Feito isso,pinga-se uma gota de cido de toque 18 quilates nas duas amostras. A quedado brilho indica que o ouro inferior a 18 quilates.

    Caso o brilho seja mantido, indica que o quilate igual ou superior a 18quilates, mas no indica o quilate exato. O cido de toque aplicado a umaamostra indica com alguma impreciso que o metal superior ao quilate do

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    cido utilizado. Para se saber se o ouro de 22 quilates, teremos de repetir aoperao com o cido de toque para 22 quilates, no caso de a amostra mantero brilho em apenas 18 quilates. Se o brilho em 18 quilates cair, teremos derepetir o processo com cido de toque para 14 quilates e assimsucessivamente at o brilho se fixar em algum quilate.

    Para comprovar se uma pea de prata existem cidos de toquesespecficos, mas se decida analisar com cido de toque de 18 quilates utilizadopara o ouro, o risco ficar azul-claro, pois ter reagido em cloreto de prata.

    cidos utilizados na identifao dos quilates

    Para comprovar o quilate de uma liga, esfrega-se a pea numa pedra de toque

    e aplica-se o cido do mesmo quilate. Neste caso, esfregou-se um pouco de

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    prata e um pouco de ouro 18 quilates. A prata identificada pelo tom azul e o ouro pelo brilho que possui.

    Prata

    A prata um metal muito malevel e assim como o ouro, muito mole emestado puro. Na sua liga com o cobre, adquire uma maior dureza e resistncia,mas tambm se torna mais oxidvel.

    A prata freqentemente ligada com cobre, numa proporo de 925milsimas como primeira lei, isto , 925 partes de prata fina 75 partes de cobre. a liga mais freqente, embora em alguns casos, por exemplo, para embutirou para tornear, possa ser acrescentada pequena proporo de cdmio (2,5milsimas). Este deve ser vertido para o crisol envolto em papel papel defumar, sempre e quando o cobre e a prata estiverem j fundidos pois casocontrrio, ser perdida as propriedades na liga uma vez que, o cdmio oxidarapidamente e muito voltil.

    Pingente de prata. Obra de Xavier Domenech

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    7 - FundioAntes de se proceder a fundio propriamente dita, imprescindvel

    conhecer vrias operaes bsicas. A mais importante consiste na preparaoda liga de ouro e da prata para se ajustar ao ttulo ou lei.

    Em joalharia, a liga mais utilizada para o ouro a de 750 milsimas ou 18quilates. habitual multiplicar por 0,33 a quantidade de ouro fino que se possuipara encontrar a liga necessria e acrescent-la ao ouro fino que temos.

    Por exemplo, se temos 75 gramas de ouro fino, quanta liga necessriapara se obter peso total? O resultado 24,75 gramas de liga: 75 g X 0,33 =24,75 g de liga a acrescentar ao ouro fino.

    O peso total ser 75 + 24,75 = 99,75 g de ouro 18 quilates.

    A atitude correta ser ligar os 33,33% pois ajusta-se perfeitamente s 750milsimas que marca a lei. Muitos fundidores e fabricantes acrescentamapenas 32%, estabelecendo-se uma lei mais alta, sobretudo quando sepretende fundir com centrfuga.

    A prata, o cobre e o fundente so os trs elementos essenciais para preparar as ligas

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    O metal pode ser fundido em diferentes tipos de fornos. Aqui usaou-se um forno a gs com turbina eltrica, que contm um crisol (cadinho)

    de grafite em seu interior.

    Uma vz fundido o metal, deve-se vazar para uma rilheira, no caso de se desejar obter uma prancha.

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    Se o objetivo for obter uma barra para preparar fio, o metal deve ser vazado para uma lingoteira. importante que as lingoteiras estejam quentes no

    momento de vazar o metal pis caso contrrio, este pode ser cuspido devido ao choque trmico.

    Depois do metal ter sido vazado e ter arrefecido dentro das diferentes lingoteiras, obtem-se o lingote inicial. Este deve ser decapado antes de se comear a lamin-lo.

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    Ouro amarelo

    O ouro amarelo de 18 quilates costuma ser ligado como uma ligacomposta por um metal de cobre e outra de prata. De acordo com aspropores utilizar, obteremos uma cor uma dureza diferentes. Na tabela

    abaixo pode-se ver as ligas mais a freqentes para realizar uma liga de ouroamarelo.

    Quanto mais cobre tiver a liga, mais vermelho e mais duro ser o metal equanto mais prata, mais amarelo e mais brando.

    Existem tambm ligas preparadas para fundir diretamente, as quais uma

    vez ligadas com ouro fino conferem ao ouro de lei diferentes caractersticas ecores.

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    Ouro Branco

    Tal como acontece nas diferentes ligas de ouro amarelo (ouro verde, ouropalha e ouro vermelho), o ouro branco obtido variando 250 milsimas de ligacom diferentes propores de paldio, prata e nquel. O ouro branco possui um

    tom amarelo muito plido e por isso habitualmente dado um banho eletrolticode rdio depois de ter sido polido. As ligas mais aconselhveis para trabalharso as realizadas com paldio e prata (ver tabela abaixo)

    O ouro totalmente paladiado fica muito mole, pelo que pode revelar-se tilpara trabalhos como o forjado, mas tem um inconveniente quando se pretendeconstruir garras de fio para galerias ou para trabalhos que requerem um metalum metal mais resistente.

    Para fundir as ligas com paldio preciso uma temperatura mais alta. Porconseguinte, aconselhvel utilizar oxignio.

    Brincos de ouro branco, realizados por Giampaolo Babetto

    Fundentes e purificadores

    Quando se funde metal conveniente utilizar produtos que o limpem eprotejam da oxidao. O produto mais conhecido o brax, que se aplicado nomomento de fundir eliminar a oxidao superficial e ir elevar ligeiramente oponto de fuso.

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    Outros fundentes tradicionalmente empregados so o sal comum, onitrato de sdio, nitrato de potssio ou sal nitro, que d um excelente resultadocomo limpador da fundio. Da mesma maneira, o bicarbonato de sdio usado sobretudo para fundir limalha.

    8 - Recozimento e decapagemO recozimento e a decapagem so dois processos muito utilizados na

    joalharia. Um no existe sem o outro e habitual a realiz-los vrias vezes,especialmente em trabalhos de forja ou trefilagem.

    O trabalho do metal por meio mecnico tem subjacente umendurecimento do mesmo, o que implica um recozimento. Este, por sua vez,gera uma oxidao superficial , que deve ser eliminada com uma decapagem.

    O recozimento geralmente feito com soldador, procurando aplicar-se o calor de forma uniforme para recozer todo o metal por igual

    Recozimento

    Ao serem trabalhados, os metais endurecem paulatinamente, at chegara um momento em que se continuar a trabalhando iro partir-se. Nessa alturaprocede-se ao recozimento. O processo consiste em aquecer o metal atatingir um ponto chamado de recozido. Ento o metal volta a recuperar umaordenao cristalina muito prxima da inicial, voltando tambm a ser dctil eapto para se continuar o trabalho. Se no fosse recozido, o metal comearia agretar e a partir. importante que a temperatura de recozimento no sejademasiada, pois ir produzir uns cristais excessivamente grandes. Pelocontrrio, sendo a temperatura baixa os cristais no atingiro o tamanhodesejado.

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    Nem todos os metais so recozidos mesma temperatura nem no mesmomomento. O ouro fino quase no precisa ser recozido, mas quando ligado a 18quilates necessitar de um primeiro recozimento ao atingir a reduo de 75%do seu volume inicial.

    aconselhvel recozer sobre um bloco de carvo vegetal, pois reduz aoxidao e permite ver melhor a cor avermelhada do recozimento. Deve-semant-lo avermelhado durante alguns segundos para depois o deixar arrefecer.

    Cada metal tem uma temperatura e um tempo certo de recozimento. Oprocesso requer certa prtica na observao da cor parda avermelhada que ometal adquire ao ser recozido.

    O carvo vegetal e fogo indireto no recozimento do fio permitem repartir melhor e de forma mais uniforme o calor

    Tambm pode recozer em um forno com boa regulao de temperatura.Mantendo o metal em seu interior durante certo tempo, podem-se conseguirrecozimentos perfeitos. No caso do ouro palha (que contm 750 milsimas deouro fino, 125 milsimas de prata e 125 milsimas de cobre), uma vez reduzidoa 75% de seu volume, o ideal ser um recozimento durante 30 minutos a 550C.

    Contudo, nem sempre possvel trabalhar com forno nas oficinasartesanais e quando o , em certas ocasies pode ser inconveniente por quedurante o processo de trabalho tem de recozer a pea muitas vezes. Por isso, mais prtico e rpido faz-lo diretamente com o maarico na bancada.

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    Quando o metal arrefece, interrompe-se de imediato a ordem dos cristais.Este efeito bom em alguns casos, mas no em todos.

    Exemplificando, quando se trabalha uma pea ou uma prancha, visto quea mudana brusca de temperatura pode deform-las. Para arrefecerrapidamente o metal, deve-se faz-lo em gua. Tambm pode ser utilizadocido, mas isso produz vapores txicos e salpicos que esburacam a roupa epode provocar queimaduras na pele.

    Recomendamos recozer os lingotes de prata de lei a uma temperaturasuficiente (760C) e logo a seguir arrefec-los com gua fria para torn-losmais maleveis.

    A prata em forma de pea ou prancha deve ser recozida, mas semaquecer tanto quanto o lingote, para posteriormente ser decapada, quando suatemperatura tiver descido abaixo dos 500C. Deste modo, ser evitadodeformaes.

    No caso do ouro, no possvel generalizar por que as suas ligas variamem funo dos metais e das quantidades utilizadas nas ligas. No entanto,arrefecer de imediato permite, por vezes, amolecer mais o ouro do que o deixararrefecer lentamente.

    Recomendaes

    Quando tiver de recozer bastante fio de ouro ou prata muito fino, muitofcil de estes fundirem-se durante o processo. Para impedir isto, pode-seagarra numa lata velha, colocar dentro desta o fio molhado num antioxidante juntamente com pedaos de carvo vegetal e com o soldador, aplicar fogo lata. Deste modo, o calor ser repartido por igual sem que o fio se parta.

    Outro mtodo consiste em encher uma caixa de cobre com carvovegetal. Dispe-se o fio no seu interior, procurando no tocar nas paredes dorecipiente. Aquece-se o forno temperatura de recozimento e assim que atingira temperatura coloca-se a caixa em seu interior.

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    Para evitar a oxidao, pode-se utilizar um antioxidante, visto que assimse forma uma pelcula de sais que evita a oxidao do metal em contato diretocom o fogo.Decapagem

    Na superfcie do metal, depois de recozido e fundido, forma-se, emcontato com o oxignio do ar, uma capa de xido, resultante, basicamente, docobre da liga. Juntamente com este xido, encontram-se tambm restos defundentes procedentes do lquido de soldar ou do brax utilizado para fundir.Este xido deve ser eliminado. Se trabalhar com ele, estragam-se as limas e ometal ser difcil de soldar. Para tanto, deve-se utilizar uma dissoluochamada branqueamento.

    Para decapar ouro e a prata, o mais comum usar uma soluo de guacom 20% de cido sulfrico. A dissoluo deve ser aquecida para ser maiseficaz. Se desejar trabalhar com esta soluo, fria, demora-se mais tempo paradecapar a pea.

    Normas de segurana

    O cido sulfrico deve ser sempre acrescentado gua e no o contrrio,pois isso ir gerar uma reao qumica muito perigosa.

    Os vapores do cido sulfricos so prejudiciais e por isto deve sermanipulado em lugar ventilado e seguro.

    Deve-se evitar os salpicos do cido j pois passam pela roupa facilmentefazendo buracos e queimam a pele.

    Outras dissolues para decapar

    Para a prata, o cobre e o lato, uma dissoluo de 10% de cido sulfricoem gua oferece um timo resultado.

    Para o bronze, deve-se utilizar uma dissoluo que tenha cido ntrico e

    gua, em partes iguais. Porm, durante poucos instantes, para arrancar aprimeira oxidao uma vez que, o cido ntrico ataca o bronze. Para umadecapagem contnua, pode-se preparar uma dissoluo de 20% de cidosulfrico em gua.

    Para o ouro, tambm se usa uma dissoluo com uma parte de cidontrico e dezenove partes de gua.

    A dissoluo de sulfreo a mais utilizada em joalharia, mas geravapores txicos, pelo que se deve ter em conta as seguintes sugestes:

    Pode-se realizar uma dissoluo que contenha cerca de 10 a 20% dealmen potssico dissolvido em gua, que, quando quente, d bons resultados.

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    Outra dica, que at gera um cheiro agradvel, consiste em verter paradentro de uma cubeta de cobre o sumo de um limo juntamente com salmarinho sem iodar. Mantida a ferver no mnimo, esta dissoluo elimina oxido.

    Existem outras dissolues menos agressivas do que o cido sulfricopara decapar o metal, especialmente aconselhveis se a oficina no dispuserde uma ventilao adequada. Os fabricantes de produtos qumicos para joalharias comercializam algumas que, dissolvidas em gua, do excelentesresultados.

    Nas dissolues de cido, no se deve introduzir nem ferro nem ao. Aspinas a utilizar devem ser de plstico, cobre ou ento, pinas anticido.

    Depois da decapagem, deve-se sempre enxaguar a pea em gua e emseguida, sec-la para poder continuar a ser trabalhada.

    NOTA: Os sais neutralizam os cidos. Para eliminar uma boa parte do cido do interior de uma pea oca ou de uma pea com muitos cantos,deve-se utilizar uma dissoluo de bicarbonato de sdio. Depois de tirar a pea do cido, aconselhvel fazer um primeiro e pequeno enxge numa rpida dissoluo de bicarbonato.

    Decapagem de vrios lingotes em cido sulfrico.Os contentores de chumbo so utilizados com muita frequncia na decapagem pois

    no se partem e podem ser aquecidos

    9 - Os cuidados bsicos com o metal e a sua recuperao

    Para no ter problemas posteriormente, voc deve certificar-se que osmetais utilizados na fundio sejam os mais os mais puros possveis. Para tal,deve-se evitar usar cobre em pr-laminados, preferindo sempre o cobreeletroltico e prata fina.

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    Tambm devemos ser cuidadoso com o metal e os crisis que seroutilizados. Quando se funde pela primeira vez num crisol novo, este tem de serpreviamente preparado. Deve-se ento, fundir brax ou fundente para metal noseu interior e faz-lo deslizar por todas as partes do crisol para que assim,fique protegido e o metal, ao ser vazado, flua muito melhor.

    Deve-se mover o crisol para que o fundente penetre em todo o refratrio

    Quando se fundem desperdcios que esto na gaveta, deve-se ter muitocuidado, pois podem ter cado nestes, restos de todo tipo. Primeiro, deve-seseparar os restos que estejam limpos de soldaduras, depois a limalha e por fim,os restos de metal que tenham soldaduras. Os restos limpos podem serfundidos diretamente, ainda que devam ser previamente passados pelo impara retirar eventuais restos de ferro.

    No caso de a limalha estar muito suja e os restos das peas estaremcheias de soldaduras ou apresentarem partculas de estanho ou chumbo, omais adequado ser afin-los numa oficina especializada. No fica muito caro eevitam-se problemas com as leis dos metais.

    Se decidir fundir a limalha, esta dever ser calcinada num frigideira ou emqualquer outro utenslio apropriado para isso, passando-lhe depois um impara eliminar os pequenos restos de ferro. Se a limalha for de ouro, dever sercolocada numa gua-forte de cido ntrico que eliminar o cobre, a prata e olato.

    Terminada a ao do cido, que pode durar vrias horas, filtra-se alimalha ou decanta-se lavando com gua destilada. Em seguida, pode-se fundirutilizando uma mistura de brax e bicarbonato a 50%.

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    A forma de fundir a limalha importante, devendo ser misturada emsuficiente quantidade com o borax e o bicarbonato, de forma que, quandoestiver fundida, produza uma escria lquida e fluda, permitindo que aspequenas partculas de metal se depositem no fundo do crisol e no fiquem emsuspenso.

    Enquanto fundido, deve-se agitar o metal com uma varinha de materialrefratrio. Finalizada a fundio aconselhvel pegar uma amostra e analis-lapara conhecer exatamente as milsimas de ouro fino que contm.

    Como se trabalha com metais muito caros, importante evitar algunsmetais e materiais nocivos que podem estragar a nova liga quando misturadosno crisol.

    Os joalheiros evitam, dentro do possvel, o contato direto com metaiscomo o chumbo, o estanho, o alumnio com o ouro ou a prata. Um s grama dechumbo poderia fazer com que se agregasse at um quilograma de ouro e queneste caso, implicaria de ter que recuperar todo o metal e suportar algumasperdas de peso no resultado final. Sendo assim, corresponde a perda de metalprecioso.

    Ao trabalhar na estilheira, deve-se evitar deixar cair qualquer dos metaiscitados logo acima. Em muitos casos, isso acontece de modo despercebido,uma vez que se pode ter fundido uma pea com um pouco de estanho e nose ter reparado neste, oculto debaixo de um banho de ouro. Quando se tiverfundido o metal e comeado a laminar, podem-se observar umas pequenasfissuras no mesmo sentido, isto por que o metal est gretado e no pode sertrabalhado. A este estado chama-se vulgarmente agro e constitui um dosproblemas mais graves que pode ocorrer.

    O crisol est pronto para fundir

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    Reao que o cido ntrico produa quando ataca metais como o cobre ou a prata.

    Dentro da gavetada mesa costumam ficar pedaos de ferro procedentes de serras e fresas partidas, bem como, pequenos restos metlicos deixados

    pelas limas. Para extrair estes restos utiliza-se um im.

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    Quarteio

    o mtodo mais fcil e econmico, realizado desde sempre naspequenas oficinas. Aplica-se para limpar o ouro da sua liga e eliminar os metais

    que a ele esto agregados.O processo consiste em fundir cada parte de ouro que se queira afinar

    juntamente com quatro partes de cobre.Uma vez fundido o metal, deve-selaminar aproximadamente a umas trs dcimas de milmetro e cort-las empedaos de mais ou menos um centmetro. Em seguida, mergulha-se a liga emcido ntrico e gua, em partes iguais, para tanto quanto possvel, evitar ossalpicos.

    A dada altura, ao deitar o cido no metal este deixa de ferver, pelo que jno vale pena deitar mais por que a reao terminou. Na seqncia,

    procede-se a eliminao do cido por decantao, acrescentando guadestilada na cubeta. Assim que o ouro estiver filtrado e seco, pode ser fundido.

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    O quarteio eficaz em muitos casos, mas pode no eliminarcompletamente o chumbo e outros metais. Alm disso, no deixa o ouro em1000 milsimas, mas prximo a elas. Uma vez terminado o processo, serpreciso analisar o seu ttulo, efetuando-se para tanto, uma anlise. No

    recomendvel ligar a 33,33% de ligam, pois o ttulo cair abaixo de 750milsimas. No caso de se ter de lig-lo novamente, ser mais correto empregar32% de liga.

    Se o ouro estiver muito contaminado, ou se tiver muita quantidade delimalha, aconselhvel dirigir-se a uma pequena empresa especializada emafinamento de metais preciosos, a qual afinar o ouro com poucas perdas.

    Normas de segurana

    Ao ferver, o cido emana vapores nitrosos que no devem ser inaladosem nenhuma hiptese. Da mesma maneira, deve-se evitar qualquer contatocom o cido sobre a pele.

    Esta operao deve ser realizada em lugar ventilado, fazendo uso de umamscara de proteo com filtro anticido e com luvas especiais.

    As garrafas de cido devem ser guardadas em local seguro, fora doalcance de crianas. O ideal que seja em um armrio fechado com chaves.

    Em caso de acidente preciso lavar a parte afetada com gua emabundancia e ir rapidamente consultar-se com um mdico.

    Para o quarteio, imprescindvel a utilizao de uma mscara com filtro anti - cido e luvas especiais. O quarteio deve ser sempre efetuado em um lugar

    bem ventilado.

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    Perdas No processo de elaborao de uma pea, gera-se sempre pequenas

    perdas de metal como conseqncia da sua manipulao. Muitas destas soproduzidas na altura da fundio.

    O metal perde-se por meio de pequenos salpicos gerados pelo fogodemasiadamente forte ou de pequenas bolas de metal que ficam agarradas superfcie do crisol, embora este metal seja facilmente recupervel.

    Um bom equipamento de aspirao com cabine, evita que o p abrasivo,bastante nocivo, seja inalado. Tambm se pode poupar bastante

    dinheiro levando do aspirador para a recuperao

    A oxidao tambm gera pequenas perdas. Quando se funde ou quandose recoze, produz-se um xido que costuma derivar do cobre da liga. Uma vezeliminado no branqueamento, voc ter produzido uma pequena perda depeso. Quando se recoze, aconselhvel usar um antioxidante, evitando assimmuitas perdas. A pea chegar polidora com a superfcie em um bomestado, sem que se tenha produzido aquilo a que se chama, pele de limo.

    Outras fontes de perda so a limadura, a serragem e a esmerilhagem.Origina-se uma disperso geral de p que contm metal e que nunca seconsegue recuperar na sua totalidade. Por isso, convm esmerilhar com omotor dentro de uma pequena cabine e ter a gaveta limpa, procurando escovaras ferramentas e os braos ao finalizar cada tarefa.

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    Talvez a maior parte das perdas seja gerada pela polidora. Neste caso, anica soluo adquirir um equipamento com aspirao para, posteriormente,recuperar os restos de pasta de polir.

    Tambm os lquidos provenientes da lavagem das mos, dos banhos

    eletrolticos ou ultra-sons devem ser guardados para recuperar. Existem nomercado lava-louas especiais com filtro que recuperam o metal.

    As mesas de joalheiro tm um formato especial que permite recolher o material limado numa gaveta disposta sob a estilheira

    Lixos

    O mais aconselhvel ser confiar o lixo a uma empresa especializada em

    recuperao. a soluo mais rentvel por que numa pequena oficina muitocomplicado tratar certos metais e efetuar determinados processos querequerem instalaes de segurana apropriadas.

    Para facilitar os trabalhos, deve-se manter um alto grau de limpeza eselecionar devidamente os lixos da oficina. importante dispor de vriosrecipientes para ir selecionando os diferentes tipos de lixo ou escovilha.

    Num recipiente deve-se ir acumulando os esmeris ou todo o material quetenha entrado em contato com o metal: esmeris, camuras, varreduras, etc. Emoutro recipiente, colocam-se as escovilhas da polidora e tudo aquilo querelacionado a ela. Por fim, em outro recipiente coloca-se os crisis de fundioe o material refratrio.

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    Quando se trata de uma oficina muito pequena, em que a quantidade demetal trabalhado reduzida, ser suficiente ter um nico recipiente com o lixoslido e separar apenas os lquidos: de um lado, todo o lquido proveniente dalimpeza, mos, ultra-sons, etc. e do outro lado, os lquidos de banhoseletrolticos.

    Para reduzir o volume da escovilha ou lixo, este pode ser queimado numlugar ventilado, procurando que no se disperse. Com esta operao,consegue-se reduzir consideravelmente o custo de recuperao.

    10 - As tcnicas bsicas da Joalharia

    Uma vez conhecidos os princpios elementares da metalurgia e dafundio, necessrio tratar de uma srie de processos que permitem avanara tcnica e mais concretamente nos processos que constituem o trabalho commetais.

    O joalheiro tem de laminar e trefilar fio, calar pranchas, forjar umapequena pala ou soldar qualquer elemento de construo. So processosessenciais que nem sempre so executadas conforme descrito neste material.

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    Entretanto, imprescindvel conhecer suas tcnicas j qu representa abase fundamental deste ofcio.

    Alguns destes processos parecem simples e elementares, como limar deforma adequada, mas sua correta execuo influi definitivamente no resultado

    de uma pea e merecem a mesma ateno que a mais sofisticada dastcnicas.

    Cada captulo est organizado com a inteno de proporcionar umaevoluo fcil e ordenada. Uma vez assimilados os primeiros captulos, decontedo mais genrico, os trs ltimos, referentes a articulaes, fechos eargolas, constituem processos bsicos que permitem avanar de forma maisespecfica na construo de peas.

    11 - Preparao de perfis variados

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    A foto da esquerda mostra o simples funcionamento do laminador. Cada vez que se passa para um perfil menor deve-se abrir uma manivela superior de um quarto de meia volta, consoante a mquina utilizada. Introduz-se a barra em um dos canais do laminador e depois de pass-lo, vai fechando a manivela a quartos de volta at o laminador no fechar mais. Repete-se este processo

    todas as vezes que se diminuir de friso.

    J a foto da direita, mostra que o perfil quadrado deve ser preparado reduzindo progressivamente a barra a um friso de menor tamanho. Desta forma, o seu

    dimetro ir diminudo cada vez mais at atingir uma medida que posteriormente, permitir estirar a barra obtida na mquina de trefilar e

    preparar o tipo de fio desejado.

    Uma vez fundido nos diferentes perfis da lingoteira e depois de decapado,limpo e seco, deve-se compactar o metal. Para isso, lamina-se at atingir uma

    reduo superior metade do seu volume inicial. Quando isso conseguir,recoze-se o metal para deste modo, obter-se um metal com uma consistncia adequada e apta a continuar o processo de trabalho.

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    O funcionamento de um laminador de prancha ainda mais simples. Consiste em ir fechando a manivela superior e assim, reduzir a espessura da prancha

    enquanto arrastada pela rotao dos rolos.

    Durante a laminagem (ilustrao a esquerda) no se pode mudar o sentido em que se estar a laminar, pois caso contrrio, o metal ir partir-se. Se desejar

    mudar o sentido para obter maior largura da prancha, imprescindvel efetuar um prvio recozimento.

    Durante o processo da laminagem tira-se a medida (foto direita) usando um paqumetro para conhecer em cada momento a reduo realizada e

    conseqentemente, a espessura desejada.

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    Trefilagem de fios

    Pode ser obtida atravs do laminador uma barra de ouro ou prata, a partirda qual se faz um perfil de fio. Para tanto, deve-se estirar o fio com umamquina de trefilar atravs de uns perfis de ao chamados fieiras, que cortam e

    do forma final ao fio.Caso tenha de comprar uma fieira, assegure-se que a qualidade do ao

    a melhor possvel pois com o uso constante, os buracos dilatam-se e perdem oseu perfil original. Da mesma forma, ao comprar uma fieira deve-se procurarque no exista grande diferena de tamanho entre os buracos, pois o fiopassaria com muita dificuldade entre um e outro buraco, podendo ocorrer aquebra do fio.

    O fio tambm dever ser recozido aps a passagem entre 5 ou 6 buracospara continuar malevel at o fim. Tambm aconselhvel aplicar um poucode cera para que se trefile mais fcil.

    No mercado existe uma grande quantidade de perfis de fieiras, com as mais variadas formas.

    Para comear a trefilar, so estes quatro os modelos de perfis bsicos de fieiras (so os mais utilizados): perfil redondo, o quadrado, meia cana e o

    retangular. Das quatro acima mostradas, a redonda talvez a mais utilizada sendo aconselhvel adquirir uma com furos de at 1,5 ou 2 mm e outra maior

    que atinja 6 ou 7 mm de dimetro.

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    Uma vez obtido o fio com o perfil do laminador, deve-se fazer uma ponta devidamente fina numa das extremidades, de modo que atravesse o buraco

    maior da fieira. S deve passar a ponta e no o resto do fio. Para isso use uma lima de grana grossa ou se for o caso, achatando-a em sucessivos perfis cada vez menores do prprio laminador. A ponta imprescindvel para passar o fio

    atravs da fieira para em seguida agarr-la e pux-la com a tenaz.

    Deve-se passar apenas a ponta do fio pelo primeiro buraco

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    Diferentes fases da reduo, desde uma barra de prata fundida at se chegar a um fio redondo ( esquerda). direita, broches de fio realizados por Christoph

    Contius.

    Fabricao de tubos

    O tubo constitui outro dos perfis principais. O seu uso abrange todo tipode construo, sendo um elemento essencial para o fabrico de bocas e oucharneiras. O tubo obtido a partir de uma prancha, devendo por isso, sersoldado, motivo pelo qual conveniente conhecer as tcnicas sobre soldagens.

    um processo simples que requer um Tas de frisos e um martelo de joalheiro, ao qual, previamente, se ter arredondado as arestas para lheproporcionar um aspecto muito usado. Este no deve ter arestas vivas por quequando se golpeia as pranchas pode ocorrer de provocar marcas que seriammuito difceis de eliminar.

    Frmulas para cortar a prancha

    Como se parte uma prancha retangular importante saber qual a largurade corte para se obter um determinado dimetro, podendo-se para isso, utilizaras seguintes frmulas:

    Caso s dispuser do dimetro exterior desejado e da grossura do metal,deve ser feito:

    Dimetro exterior Grossura da prancha x 3,14 == Largura da prancha para cortar

    Se pelo contrrio, se tiver de ajustar um tubo dentro de um fio redondo,quer dizer, se s tiver o dimetro interior, deve ser feito:

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    Para fabricar um tubo, deve-se primeiramente partir de uma prancha plana na qual se fez uma ponta triangular com as tesouras para metal. Em seguida, a

    prancha tem de ser fechada paulatinamente sobre si mesma no tais de frisos.O golpe passa do interior para o exterior, mudando a cabea do martelo, agora pelo seu lado mais largo, de forma que o tubo fique redondo e as extremidades

    da prancha o mais afrontadas possvel j que por a que dever ser soldada posteriormente.

    freqente a utilizao de tais de frisos feitos de madeira. Da mesma forma,confeccionados de Nylon ( esquerda) usando brocas variadas para furar a superfcie e em seguida cortando-o ao meio dos buracos. direita na foto

    superior, diversos tipos de martelos usados em joalharia.

    As etapas da evoluo na fabricao de um tubo ( esquerda) e diferentes tamanhos de tubos redondos ( direita)

    Anel de tubos dobrado

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    Em muitos casos preciso dobrar o tubo. Se este no tiver uma alma oupreenchimento interior ir deformar-se durante o processo. Pode-se utilizarvrios metais de preenchimento como plsticos ou pastas especiais, desde queresistentes.

    No caso da prata pode ser usado alumnio, mas a sua eliminao torna-seperigosa. J o ouro emprega-se uma alma de cobre, facilmente eliminada comcido ntrico, mas tomando as devidas precaues.

    Para maior compreenso do assunto, apresenta-se de seguida um anelde ouro oco. preciso uma prancha de ouro de 0,6 mm e de um fio de cobrequadrado, ambos recozidos e decapados.

    .

    Prepara-se uma prancha de ouro e um fio quadrado de cobre, tal como se explicou anteriormente. A prancha foi conformada como tubo no tais de frisos e

    trefilou-se o tubo em alguns buracos, de forma que o quadrado possa ser

    introduzido folgadamente em seu interior. Quando o fio de cobre estiver no interior, podem-se soldar as extremidades ou esperar que fique mais trefilado.

    Com o cobre dentro do tubo, soldam-se as extremidades do tubo procurando que a unio da soldadura fique numa das arestas do fio quadrado (foto abaixo).

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    Em seguida, estira-se o conjunto pela fieira quadrada de maneira que a unio da soldadura fique numa quina do perfil da fieira. Tem de se conseguir que a

    alma de cobre e o perfil fiquem bem unidos.

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    Assim faz-se o perfil em forma de anel. Neste caso, realiza-se em um dobrador,embora possa ser feito numa superfcie apropriada para anis. Em seguida,

    pode-se golpear o tubo de forma suave, pois a alma de cobre interior impedir sua deformao.

    Uma vez dobrado o anel e posto na medida desejada, fixa-se a pea nem um

    objeto de mo e corta-se com a serra, procurando que o corte fique o mais rpido possvel.

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    Prende-se o anel com dois alicates planos, de fecho paralelo, numa ferramenta muito prtica que ao fechar, permite segurar a pea em toda a sua superfcie

    sem deform-la. Com muito cuidado, devemos fazer coincidir as duas extremidades do anel e uma vez fechado, volta a ser passado pela unio com a serra para deix-la limpa e poder ser soldada.

    Em seguida (foto acima), solda-se o anel atado com fio de ao para evitar que se abra ao ser-lhe aplicado calor e provoque uma solda em falso. Isto acontece

    por que aos dar-lhe a forma redonda, este adquire certa tenso.

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    Uma vez soldado e nivelado, lima-se dois encaixes para os dedos nas laterais do anel. Neste caso, lima-se o ouro e o cobre interior ao mesmo tempo.

    Antes de soldar as duas tampas de ouro, tem de se eliminar o cobre do interior mergulhando o anel em um banho de cido ntrico. Desta forma, ser eliminado

    o cobre sem danificar o ouro. Em seguida, prepara-se duas pranchas de ouro convenientemente bem curvadas no tais de frisos para servirem de tampa.

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    Para segurar as tampas, muito prtico fazer uma laada com um fio de ao para poder soldar. As tampas devero ser atadas, mas sem pressionar

    excessivamente, pois poderiam deformar o anel.

    Ser til aplicar um produto isolante nas soldaduras anteriores para evitar que se desfaam com o fogo. Pode-se utilizar almagra misturado com gua ou ento, outro produto especfico.

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    Aplica-se ao fogo, mas como a solda deve abranger todo o perfil da tampa aconselhvel usar um soldador a gs e palhes em vez de um soldador

    oxdrico.

    Uma vez decapado, lima-se e esmerila-se todo o anel, reduzindo progressivamente a numerao do papel de esmeril (lixa) at deixar por igual

    toda a superfcie.

    Construo de uma montagem a partir de perfis

    Saber como se faz os perfis e a respectiva combinao a base da joalharia. At agora, mostrou-se perfis de certo tamanho, mas na realizao deuma montagem pequena tambm se usa os mesmos elementos mencionadosanteriormente: a prancha, o fio e o tubo.

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    Terminou-se um anel oco e completamente fechado. Se for aplicado calora um corpo fechado, o ar ao expandir-se sair pela parte mais frgil, fazendocom que a pea arrebente-se. Para evitar isso, efetua-se um pequeno buracono anel, posteriormente fechado com uma placa com a assinatura do autor.

    O anel cortado em forma de V pelo lado da montagem e por isso, ao ficar aberto no h perigo de arrebentar com o calor. Do outro lado feito um

    pequeno buraco. Em seguida, faz uma prancha dobrada e soldada em forma de V com ouro amarelo e paralelamente, um fio quadrado de platina que ser

    soldado a uma pequena prancha.

    O fio quadrado limado, dobrado e soldado para obter este perfil, capaz de segurar a pedra.

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    Em seguida, devem-se unir os dois corpos da montagem, sendo bastante prtico aplicar uma pasta especial que segura as peas delicadamente para

    soldar. Aplica-se a soldadura forte em pasta e ento feito a solda.

    A montagem j est completa. A seguir, deve-se ajustar o anel. Quando os dois elementos, montagem e anel, estiverem na posio correta, amarra-se com um fio de ao para no se moverem enquanto o fogo estiver sendo aplicado para concluir a solda. Neste caso, se antes foi aplicado uma soldadura forte, agora

    dever ser aplicada uma soldadura mdia.

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    Para que a pedra no caia, coloca-se um fio de ouro. Este fio ser fechado molhando em fundente cada extremo e aplicando-lhe fogo, de forma rpida,

    com soldador oxdrico. Desta forma, ir formar-se uma bolinha nas extremidades que posteriormente, ser aperfeioada com uma fresa cncava.

    Este o resultado final. Obra de Charles Codina.

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    12 - Limar e esmerilarTanto a limar como esmerilhar constituem processos constantemente

    aplicados no decorrer de um trabalho. Podem parecer trabalhos de fcilexecuo, mas so as tarefas mais difceis de serem realizadas. Sua

    aprendizagem requer tempo e a sua correta aplicao influi definitivamente namelhor execuo da pea.

    A funo de limar e de esmerilhar consiste em corrigir imperfeies ereduzi-las ao mnimo. Normalmente, lima-se primeiro e esmerila-se depois, deuma forma gradual, at deixar a pea pronta para ser polida ou para lhe seraplicada qualquer acabamento, como jato de areia, por exemplo.

    Limar

    As limas costumam ter trs tipos de picado na sua superfcie. Quantomaior este for, mais metal capaz de cortar, mas em contrapartida, maior orisco de deixado na superfcie e mais trabalhosa se torna a sua posterioreliminao com o papel de esmeril (lixas).

    Deve-se ter em conta que as limas de ao s limam quandoimpulsionadas para frente, altura em que se deve fazer presso. Exercer foraem seu no seu retrocesso desgasta a lima sem conseguir qualquer corte sobreo metal.

    As limas de diamante outro tipo utilizado em joalharia; cortam de formamuito mais uniforme e no deixam riscos profundos como as limas de ao. Porconseqncia, o trabalho posterior de esmerilagem torna-se menos difcil.

    Cuidados e limpeza das limas

    As limas requerem certos cuidados para serem conservadas em perfeitoestado. Ser uma boa idia guard-las separadamente das outras ferramentasda oficina, pois assim, evitar que fiquem roando entre si e se desgastem.

    prefervel no utilizar limas de qualidade com metais brandos, como ocobre, uma vez que estas se obstruem com facilidade. Da mesma maneira, aconselhvel ter limas especficas para trabalhar o ouro, que devero seremguardadas parte e em seu prprio estojo.

    Se limar metais brandos e contaminados, como o chumbo, dentro dopicado da lima ficar retido pequenos pedaos de metal que podem,posteriormente, aparecer na pea em forma de picadas ou agreado do metalquando este for novamente recozido.

    Para limpar as limas utiliza-se uma carda especial ou ento, lava-se comgasolina. Nunca se deve aplicar leo e deve-se evitar excesso de calor casodecida colocar-lhes cabos.

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    As rachaduras produzidas na superfcie tambm se tornam interessantes como acabamentos finais numa pea. Obra de Charles Codina.

    Existem diversos perfis de limas, podendo ver acima os modelos mais usuais.Para quem est iniciando no ramo de joalharia, imprescindvel possuir um bom jogo de limas.

    Para comear a trabalhar, preciso dois tamanhos de limas de diversas formas e com um picado mdio. Sero tambm necessrias vrias limas pequenas com picado mdio e fino.

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    Para limar uma pea, esta tem de ficar bem presa e ser limada para frente.Quando no se tem muita experincia, uma das incorrees mais freqentes consiste em arredondar as arestas em virtude de certa inclinao natural do domnio da lima. Limar uma pea de joalharia no um exerccio mecnico,

    deve-se limar com a cabea, isto , tem de aprender a controlar a lima.

    Para esquadrejar uma prancha em ngulo reto usa-se o esquadro. Primeiro,lima-se um lado e quando este estiver plano apia-se em um dos braos do esquadro metlico. Colocando uma luz por trs, observam-se eventuais falhas e ento se passa a limar o metal nos pontos onde so necessrios fazer os ajustes at que fique totalmente rente a perna do esquadro. Repete-se este

    procedimento para todos os lados

    Esmerilar

    O processo consiste em reduzir os riscos produzidos pela lima,utilizando-se, para o efeito, diferentes tipos de lixas (papis de esmeril). Paraesmerilar de forma correta, deve-se ir reduzindo progressivamente a grana daslixas, at chegar a uma lixa de grana mais fina possvel.

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    Exemplificando, numa numerao de lixas que v de 150 at 1200, sser necessrio trs tipos de lixas. A primeira pode estar entre 150 e 350, asegunda entre 350 e 650 e a terceira entre 1000 e 1200.

    Uma boa correspondncia seria acabar com uma lima de grana fina,aplicar esmeril de 350 ou 400, depois um esmeril entre 650 ou 700 efinalmente, outro entre 1000 ou 1200.

    Sempre que se reduzir uma numerao, deve desaparecer do objeto oriscado da lixa anterior, no sendo aconselhvel passar para uma numeraoinferior se no tiver certeza de ter eliminado na totalidade o risco anterior. freqente cometer o erro de limar e em seguida, esmerilar no mesmo sentidoque se limou. Assim, o nico resultado que ir obter dilatar o risco e chegar polidora com uma superfcie inapta para um bom acabamento. O processoconsiste em cruzar constantemente o sentido do esmerilamento.

    Normalmente, a lixa final costuma ser 1200 e depois de aplicada no sedetecta um nico risco.

    Para se obter bons resultados, as lixas devem ser de boa qualidade. Se forem bem cortadas e devidamente bem aproveitadas, dura bastante tempo. No

    mercado existem diversos tipos de granas.

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    Para esmerilhar com preciso e no desperdiar lixas, varetas de madeira so utilizadas para que as lixas sejam nelas coladas. Faz-se isso para diversos tipos de granas das lixas. Embora serem compradas prontas, um utilitrio

    muito fcil de ser feito

    Para fazer, corta-se a folha de lixa e aplica-se cola branca de marceneiro,procurando que as arestas da lixa se ajustem perfeitamente na aresta da ripa de madeira. Ser til a ajuda da ponta de tesouras para marcar o papel de

    modo que fique corretamente dobrado.

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    Tambm se pode esmerilar fazendo uso de motor. Para prepar-lo, corta-se tiras de esmeril de aproximadamente 1 cm de largura e ata-se com ao de soldar na extremidade de um mandril apropriado para esta funo.

    O esmeril com motor til para interiores de anis e uma infinidade de outros trabalhos. Se no tiver prtica na sua utilizao, deve-se tomar cuidado para

    no deixar marcas, sobretudo em superfcies planas.

    Na utilizao do motor para esmerilar assim como, nos trabalhos de perfurao e fresa, aconselhvel o uso de culos de proteo. Outra opo o uso de cabines apropriadas para esse tipo de trabalho pois alm de proteger

    o joalheiro, facilita a recuperao de partculas do metal.

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    13 - Calar e perfurarSe tivssemos de escolher uma ferramenta que representasse o trabalho

    de joalheiro, ela seria, sem sombra de dvidas, a serra de calar. A sua origem muito antiga, pois j no perodo Neoltico, se elaboravam serras de pedra. Na

    Roma antiga, desenvolveu-se a serra de arco igual as serras que conhecemosatualmente. Calar e perfurar constitui dois processos intimamente ligados. Defato, no se pode calar o interior de uma prancha (placa) ou de uma pea seantes elas no forem perfuradas.

    Peitoral de ouro pr-colombiano, pertencente cultura tolima (Colmbia), no qual se pode apreciar o fino trabalho de perfurao e calagem, assim como a

    simplicidade formal na representao da figura humana.

    Calagem

    A calagem consiste em cortar e eliminar uma pequena parte do materialdo interior de uma pea, no intuito de decorar ou ajustar algum outro materialem seu interior.

    Para calar, utiliza-se a serra de joalheiro, que permite serrar a maioria dosmetais e materiais usados em joalharia. composta de dois elementos: umarco de ao regulvel e os fios de serra que se montam atravs dasextremidades do arco. O fio de serra o elemento que especificamente produzo corte. Pode-se encontrar o fio de serra em vrias grossuras e identifica-se poruma numerao estabelecida pelos fabricantes. A escolha da numeraodepende da grossura do metal que deseja cortar.

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    Podem-se fazer peas cortando o metal rebitando as diferentes partes entre si.Brincos desenhados por Stephane Landureau (foto da esquerda). A ao de calar consiste em eliminar uma parte do interior de uma lmina de metal,

    implicando uma perfurao de um tamanho com que se possa introduzir o fio da serra para comear a calar. Broche feito por Aureli Bisbe (foto a direita).

    Corte

    Normalmente, a serra utilizada para cortar e calar todo tipo de metal,mas tambm tem outras utilidades. Pode seu usada para limar cantosinacessveis ou para decorar peas a partir de pequenos cortes na superfcie.

    A escolha do tamanho do fio de serra muito importante, dependendo daespessura do metal que deseja cortar. No aconselhvel cortar uma pranchafina com um fio grosso. Quando a distncia entre os dentes maior do que aespessura da prancha que se vai cortar, muito provvel que o fio encalhe eparta.

    Para facilitar o corte, pode-se aplicar um pouco de cera no fio de serra(existem no mercado, ceras que se utiliza nas serras e em todos os tipos deferramentas de corte).

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    Para montar o fio de arco preciso apoiar a parte exterior deste na mesma estilheira ou na mesa de trabalho e fixar o fio no grampo inferior, de modo que

    os dentes do fio fiquem na direo da pessoa que est fazendo mont-lo.Com o ombro, pressiona-se suavemente para comprimir um pouco o arco.

    Nessa altura, deve-se colocar a outra extremidade do fio e apertar o grampo superior. Se assim for feito, quando deixar-mos de pressionar arco o fio ter a

    tenso suficiente para cortar.

    O movimento de serrar deve ser perpendicular pea, exercendo fora ao baixar o arco, altura em que se produz o corte, devido a orientao

    descendente dos dentes da serra (foto acima, esquerda).Para mudar a direo do corte, devemos chegar ao ponto de girar a direo do fio no eixo serrando duas ou trs vezes o mesmo ponto at liberar um pouco a serra, mudando-se, assim, a direo do corte com comodidade e sem quebrar

    o fio de corte (foto da direita).

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    Para calar um desenho interior, primeiro feito um buraco com uma broca e introduz-se o fio atravs dele.

    Para transferir qualquer desenho sobre papel para uma prancha de metal, necessria uma folha de papel qumico e pintura plstica para pintar a

    superfcie metlica.

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    Aureli Bisbi efetua diferentes estruturas caladas numa estrutura em formade caixa, de modo a, uma vez encaixadas na sua respectiva base, servirem desuporte e permitirem entrever um material que no possvel soldar, nestecaso, Color Core.

    Estas so as estruturas que depois de acabadas, sero utilizadas como suporte do Color Core.

    Parte-se o Color Core de forma irregular para deixar entrever a qualidade da fratura do material. Em seguida, corta-se com a serra de calar e lima-se para

    ajustar dentro da moldura.

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    Broches de Color Core, realizados por Aureli Bisbe.

    Perfurar e fresar

    Perfurar e fresar constitui duas formas diferentes de cortar e eliminarmetal, sendo ambos os processos essenciais na joalharia e, em especial, noengaste de pedras preciosas, embora tambm em muitas ocasies, aperfurao possa constituir em si mesma um elemento decorativo. Nesteprocesso insere-se o uso dos micro-motores e dos flexveis, uma das

    ferramentas mais freqentes utilizadas na joalharia.

    Micro-motores e flexveis

    Tanto para perfurar como para fresar, utiliza-se uma srie de ferramentaschamadas micro-motores e flexveis. Embora com funes semelhantes, orendimento, a versatilidade e a comodidade variam consideravelmente. Omicro-motor tem um pequeno motor situado na mesma pea de mo, enquantoo flexvel tem o motor separado da pea de mo, transmitindo a rotao pormeio de um brao flexvel.

    Qualquer das duas ferramentas essencial numa oficina, j que, como sever mais adiante, tambm so muito utilizadas para polir e para engastarpedras. Tanto a pina como as diversas fresas e brocas tm a mesma medidade passagem ou dimetro, que de 2,35 mm, o que permite fixar uma grandequantidade de fresas e brocas.

    A diferena entre um fresa e uma broca substancial: uma broca s cortaem sentido vertical, enquanto a fresa pode cortar lateralmente, em funo,claro est, do seu desenho. Antes de comear a tradear, aconselhvelmarcar com um puno o lugar exato onde se deseja esburacar para se ter umponto de apoio e no errar ao comear a perfurar o buraco.

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    Existe uma grande quantidade de fresa de corte, tanto, tanto em ao como em diamante. Na ilustrao acima mostrada as mais comuns.

    A imagem acima mostra os cortes que produzem uma broca e uma fresa.Enquanto a primeira apenas perfura, a segunda permite eliminar material em

    todos os sentidos, pelo que a sua utilizao no ser a mesma.

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    O flexvel constitui a ferramenta a ferramenta mais utilizada para perfurar. Ao contrrio do micromotor, o flexvel tem o motor separado da mo de trabalho

    por um brao flexvel que transmite a rotao pea de mo.

    14 Soldaduras

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