Curso de Maçonaria Grau Dois Companheiro

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CURSO DE MAÇONARIA – GRAU DOIS DE ACADÊMICO COMPANHEIRO INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO MAÇÔNICO - IBEMAC 1 Loja de Estudos Quarta Apostila: Edição 2013

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Estudo do Grau de Companheiro Maçom pelo IBEMAC Instituto Brasileiro de Estudo Maçônico.

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    Loja de Estudos

    Quarta Apostila: Edio 2013

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    Sumrio Geral

    Introduo

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    QUARTA APOSTILA

    1 AULA

    OBJETIVO DO GRAU DE COMPANHEIRO.ORIGEM E SIGNIFICADO DA PALAVRA COMPANHEIRO. DECORAO DO TEMPLO. VESTES. TTULOS, ABERTURA E TRANSFORMAO. FECHAMENTO E TRANSFORMAO. INGRESSO NO TEMPLO. ORDEM DO DIA. ELEVAO. ORIENTAES GERAIS SOBRE O GRAU. NMERO NECESSRIO DE MAONS.

    Pgina 10

    2 AULA

    INSTRUES PRIVATIVAS. PRIMEIRA INSTRUO: O TRABALHO E O

    AVENTAL DO COMPANHEIRO. SEGUNDA INSTRUO: A LENDA DO

    SEGUNDO GRAU. TERCEIRA INSTRUO: A ESTRELA FLAMIGERA OU

    FLAMEJANTE. QUARTA INSTRUO: O PAINEL DO GRAU DE

    COMPANHEIRO. QUINTA INSTRUO: A LETRA G, O DELTA

    LUMINOSO E O COMPANHEIRO. SEXTA INSTRUO: OS NMEROS.

    STIMA INSTRUO: OS CINCOS SENTIDOS.

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    3 AULA

    OITAVA INSTRUO: AS COLUNAS E SUA ARQUITETURA. NONA

    INSTRUO: AS CINCOS PERGUNTAS AO COMPANHEIRO. PRIMEIRA

    INSTRUO ESPECIAL: OS FILSOFOS. SEGUNDA INSTRUO

    ESPECIAL: PITGORAS. TERCEIRA INSTRUO ESPECIAL: ORFEU.

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    QUINTA APOSTILA Pgina 43

    4 AULA

    AS ARTES LIBERAIS E A MAONARIA. POR QUE UM ESTUDO SOBRE

    AS SETE ARTES LIBERAIS E A MAONARIA? O ESTUDO PROFANO

    DAS SETE ARTES LIBERAIS. AS SETE ARTES LIBERAIS NA

    ANTIGUIDADE. AS SETE ARTES LIBERAIS NA IDADE MDIA.

    Pgina 44

    5 AULA

    ASPECTOS GERAIS DAS SETE ARTES LIBERAIS NA IDADE MDIA. O

    TRIVIUM E O QUADRIVIUM. AS FIGURAS E AS OBRAS DAS SETE

    ARTES LIBERAIS. A DIALTICA E A LGICA, SINNIMAS NA IDADE

    MDIA? AS SETE ARTES LIBERAIS E A ARTE NA IDADE MDIA.

    ALGUMAS CONCLUSES PRELIMINARES SOBRE AS SETE ARTES

    LIBERAIS NO MUNDO PROFANO. AS SETE ARTES LIBERAIS E OS

    GRAUS MANICOS DO SIMBOLISMO. AS SETE ARTES LIBERAIS E A

    MAONARIA.

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    6 AULA

    O TRIVIUM E O QUADRIVIUM SEGUNDO OS MAONS. O SIGNIFICADO

    DAS DISCIPLINAS DO TRIVIUM SEGUNDO OS MAONS. A GEOMETRIA

    SEGUNDO OS MAONS. A ARITMTICA E A MSICA SEGUNDO OS

    MAONS. A ENSINANA MANICA E AS SETE ARTES LIBERAIS. O

    GRAU DE COMPANHEIRO MAOM, ONDE SO ESTUDADAS AS SETE

    ARTES LIBERAIS.MATRIZES.

    Pgina 61

    SEXTA APOSTILA Pgina 90

    7 AULA

    SCRATES. A VIDA. MTODOS DE SCRATES.DOUTRINA FILOSFICA.

    CONHECE-TE A TI MESMO. GNOSIOLOGIA. A MORAL. ESCOLAS

    SOCRTICAS MENORES.

    Pgina 91

    8 AULA

    PLATO. A VIDA E AS OBRAS. O PENSAMENTO: A GNOSIOLOGIA.

    TEORIA DAS IDEIAS.METAFSICA. AS IDEIAS.AS ALMAS. O MUNDO.

    Pgina 101

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    9 AULA

    ARISTTELES. A VIDA E AS OBRAS. O PENSAMENTO. A GNOSIOLOGIA.

    FILOSOFIA DE ARISTTELES.A MORAL. A POLTICA. A RELIGIO. A

    METAFSICA. A PSICOLOGIA. A COSMOLOGIA. JUZO SOBRE ARISTTELES.

    VIDA RETROSPECTIVA.

    Pgina 111

    Folhas da Prova

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    Introduo - *Ateno! Leia, de grande importncia para voc.

    A inteno do Ibemac (Instituto Brasileiro de Estudos Manicos) divulgar a

    doutrina manica principalmente aos no-iniciados, possibilitando desta forma, que

    um grande nmero de pessoas, ainda que no ligados diretamente a maonaria,

    possam conhecer um pouco dos nossos estudos, sem contudo adentrar aos

    segredos desta Ordem Secular.

    Seguindo este raciocnio, o Ibemac preparou o Curso de Maonaria, dividido

    em trs estgios, que correspondem aos trs graus acadmicos para o estudo da

    filosofia manica.

    O Segundo Grau Acadmico composto de 09 (nove) aulas, as quais

    juntas, do uma ideia privilegiada do que vem a ser a maonaria, dos estudos a que

    se dedica, da forma abrangente que busca o conhecimento, da modo como incentiva

    seus membros a busca da verdade, enfim, fornece uma viso muita ampla daquilo

    que se pratica dentro da Ordem e especificamente neste grau.

    Para se ter uma melhor ideia do que ser abordado nesses estudos, o

    Segundo Grau Acadmico, como j dissemos, dividido em nove etapas, trata na

    primeira aula da Origem do Grau de Companheiro bem como explica o termo

    companheiro; adentra a cerimnia de elevao e a necessria abertura e

    transformao da Loja de Aprendiz em Loja de Companheiro devido a Cerimnia

    Magna.

    Na segunda aula, leremos sobre as instrues gerais, as especficas e as

    privadas, destinadas ao Companheiro; a definio da letra G e suas mltiplas

    interpretaes possveis segundo cada rito. Explicaes sobre o avental e a

    modificao da posio da abeta. A lenda do Grau Dois tambm um tema de

    grande interesse para todos os maons. Os nmeros e os cinco sentidos fecham

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    essa aula e abrem a mente do estudante para um universo maravilhoso e at ento

    desconhecido.

    O estudo sobre os filsofos, principalmente sobre Pitgoras e ainda a lenda

    original de Orfeu, bem como outras instrues especiais para o Grau Dois de

    Acadmico Maom, tudo isso poder ser encontrado na terceira aula.

    A introduo sobre as Artes Liberais e a necessidade do seus estudo pelos

    maons, seu foco na antiguidade e na idade mdia e as diferenas de entendimento

    passando de uma poca para outra o que nos oferece o presente estudo na

    quarta aula.

    A lio de nmero cinco nos apresenta o trivium e quadrivium como a

    diviso bsica das sete artes liberais e a sua importncia para os graus e simbologia

    dos maons.

    .Uma explicao detalhada sobre o trivium e quadrivium e a necessidade

    desse estudo para o Grau de Companheiro ser avaliado na lio de nmero seis,

    que nos trs, ainda, informaes sobre os conceitos manicos para a aritmtica, a

    msica e a retrica.

    A aula nmero sete nos dar uma boa e elucidadora lio sobre a filosofia

    de Scrates com mais detalhes do que nos trouxe o estudo anterior. Sua vida e seus

    pensamentos sobre a moral, religio, conceitos sobre Deus, tudo isso faz parte

    desta lio.

    Na oitava aula. Estudaremos sobre a filosofia de Plato, principalmente

    naquilo que ele faz referncia a Scrates. Os conceitos que Plato desenvolveu

    sobre a vida, religio, poltica e outros temas de interesse popular e manico,

    vlidos at o dia de hoje.

    Pitgoras encerra este estudo para o Grau Dois, sobre os filsofos. Pitgoras tem

    conceitos que interessam especialmente aos maons, uma vez que a sua ligao

    com os nmeros norteiam desde as medidas da Loja at mesmo o avental que

    utilizamos. A filosofia, a vida e as obras deste grande homem podem ser estudados

    na aula de nmero nove,

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    Este Grau Dois de Aprendiz Maom ou Grau Dois de Acadmico, qualquer

    uma das duas formas esto corretas, est totalmente fundamentado nos livros de

    Jos Castelani e Raimundo Rodrigues, dois grandes escritores sobre temas

    manicos.

    A obra intelectual Estudos da Filosofia Grega, e os textos de Rosana

    Madjarof sobre filosofia, serviram como principal base para os nossos trabalhos.

    Ao final das lies encontra-se um questionrio o qual dever ser respondido

    e enviado para o Ibemac para fins de correo e nota; somente receber o

    Certificado de Aprovao e o selo de apto para o prximo grau o aluno que

    responder as questes e obtiver nota mnima 5,0 (cinco). Juntamente com as

    apostilas do curso, o aluno receber uma folha avulsa contendo todas as questes,

    poder responder nessa folha e envia-la para a Caixa Postal do Ibemac neste

    endereo: IBEMAC - Caixa Postal n 51 Cep 15150-970 Monte Aprazvel/SP. A

    folha de exame corrigida ser devolvida para o candidato com a nota final obtida e o

    carimbo de aprovado.

    Preste ateno durante a leitura do texto pois as frases que foram utilizadas

    para formar o questionrio esto todas no texto. Voc pode responder as questes

    logo aps a lio, pois isso facilitar o preenchimento da folha de prova no final da

    terceira apostila. Ao terminar o Grau Trs de Acadmico Maom, o aluno que

    obter nota mnima de 5,0 (cinco) em cada um dos graus, com mdia final 5,0 (cinco)

    ser indicado, caso seja de sua vontade, para uma das Lojas Manicas filiadas ao

    Ibemac e poder tornar-se um Aprendiz Maom, caso preencha os requisitos

    bsicos para ingresso na Maonaria.

    Todo acadmico regularmente matriculado no IBEMAC pertence a Augusta e

    Responsvel Loja de Estudos (A..R..L..E..) Rui Barbosa, fundada pelos

    Mestres Maons do Instituto Brasileiro de Ensino Manico, com a finalidade de

    atender as necessidades dos alunos e dirimir as dvidas que naturalmente surgem

    durante o perodo de estudos.

    O Mestre da sua classe sempre atender s suas solicitaes e durante o

    curso manter contato para orient-lo da melhor forma possvel para a concluso

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    dos estudos. Ele tambm ser o seu padrinho para um futuro ingresso na

    Maonaria.

    APRESENTAO DO GRAU DOIS DE APRENDIZ ACADMICO

    Prosseguindo no mesmo critrio de estudos do Grau de Aprendiz, agora

    veremos doravante o Grau de Companheiro Maom. O mtodo de estudo permite

    a reviso do grau anterior como suporte para o avano a este grau. O Grau de

    Aprendiz foi o incio de uma viagem, o primeiro passo na senda, na qual o nefito se

    precipitava ainda no escuro, caminhando em uma estrada desconhecida, tropeando

    nos obstculos naturais do caminho e amparando-se nos ombros e na mo amiga

    daquele que era seu guia e que viria a ser seu irmo em curto espao de tempo.

    Aqueles que venceram os percalos da primeira jornada dentro da Maonaria

    Universal, eis que se impe o avanamento no curso natural da vida do maom que

    progredir nos graus, subindo pela Escada de Jacob, sempre em busca da Luz

    Maior e aspirando respirar mais levemente, sendo que as coisas profanas pesam em

    suas costas e as coisas do cu o aliviam de imediato

    Esses, aos quais nos referimos, so os vitoriosos desta primeira etapa.

    Infelizmente, notamos que muitos dos nossos irmos contentam-se, apenas, em

    conhecer o Primeiro Grau, como se fosse encontrar em um nicol grau todos os

    mistrios velados por centenas ou milhares de anos pela Maonaria.

    Ledo engano. A Maonaria no seria o que at os dias de hoje, caso

    entregasse seus segredos no grau em que recebe os profanos. Seria tamanha

    temeridade que colocaria em risco toda a estrutura filosfica e esotrica da Ordem.

    , justamente, no Primeiro Grau em que encontramos, ainda, os maiores curiosos, a

    sombra da metamorfose (meio maom e meio profano), os desinteressados pelos

    estudos mais profundos, os indolentes, os aproveitadores, enfim, muitas daquelas

    caractersticas que marcam os profanos ainda esto presentes (mas no poderia)

    em alguns dos nossos irmos no Primeiro Grau.

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    Os problemas de invaso em Loja, de falsa identificao, de usurpao

    indevida de grau e outros relativos a falsidade e dissimulao, esto, via de regra,

    ligados aos irmos (em sua maioria ex-irmos) que deixaram a Maonaria ainda no

    Primeiro Grau e escondem a sua condio de adormecidos passando-se por

    irmos ativos. Na realidade, esses tais, queriam apenas conhecer os Sinais, Toques

    e Palavras dos Aprendizes sem contudo assumir a responsabilidade do Aprendiz

    Maom; querem exibir tais formas de identificao (inclusive com a credencial

    manica) mas no querem aceitar a disciplina necessria inerente a todos os

    maons, buscam a glria momentnea e, portanto e para tanto, despedem-se do

    convvio dos demais irmos e irms, deixando a Loja para sempre, afetando de

    forma contundente o prprio progresso, uma vez que perdendo o contato com a

    irmandade dentro da Loja, deixam de lado no apenas as instrues, mas

    principalmente, a fraternidade, que uma das fases do lema manico (Liberdade,

    Igualdade e Fraternidade) e que o escopo do Grau de Companheiro Maom.

    Para todo aquele que venceu a primeira etapa na vida de iniciado, eis aqui, o

    Manual do Grau de Companheiro Maom, ou as Instrues do Grau Dois.

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    OBJETIVO DO GRAU DE COMPANHEIRO.ORIGEM E SIGNIFICADO DA PALAVRA COMPANHEIRO. DECORAO DO TEMPLO. VESTES. TTULOS, ABERTURA E TRANSFORMAO. FECHAMENTO E TRANSFORMAO. INGRESSO NO TEMPLO. ORDEM DO DIA. ELEVAO. ORIENTAES GERAIS SOBRE O GRAU. NMERO NECESSRIO DE MAONS.

    INSTRUES PRELIMINARES

    1. OBJETIVO DO GRAU DE COMPANHEIRO

    Neste Grau, o iniciado deve se preocupar com vrios aspectos do ritual e da

    ritualstica, voltando a sua ateno para os detalhes do simbolismo. O Companheiro

    , por excelncia do ttulo, o amigo ideal de todos: Companheiro dos Aprendizes,

    dos demais Companheiros e dos Mestres. Assim, a sua especializao andar

    ombro-a-ombro, amparar todos os necessitados, auxiliar os outros Companheiros

    nessa nova estrada e aos Mestres na rdua misso de orientar todos da Loja. O

    Companheiro deve, ainda, zelar para que os novatos da Loja tenham suas dvidas

    sanadas, pois, muitas das vezes, mais fcil para o Aprendiz ter acesso ao

    Companheiro do que a um Mestre ou ao Segundo Vigilante que o responsvel

    pelas instrues bsicas. O sentimento que deve dominar o Companheiro a

    Fraternidade, enquanto o Aprendiz movido pelo ideal da Liberdade.

    O companheiro deve demonstrar que possui capacidade de realizar, na

    prtica, os conhecimentos que adquiriu no Grau Um. Para progredir na senda

    esotrica, deve ser capaz de interpretar com maior perfeio os smbolos da Loja,

    principalmente os gravados nos painis do Grau Um e do Grau Dois. Essa

    interpretao se torna mais perfeita quando o Companheiro passa a vivenciar a

    experincia do simbolismo, tirando-a do papel e adaptando-a em sua vida. no dia-

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    a-dia e nas sesses da Loja, que o Companheiro demonstra que realmente mereceu

    o seu aumento de salrio, atravs das suas atitudes do cotidiano que visam a

    melhora da sociedade como um todo, da comunidade em que vive e dos indivduos

    que a compem, realando a imagem positiva que os profanos projetam sobre a

    maonaria. Em resumo, neste grau, o Maom ir preocupar-se em dar ateno aos

    seus semelhantes e a si mesmo; observar sempre que seus semelhantes so seres

    humanos e merecem ateno e fraternidade e, por ltimo, aceitar e compreender os

    avanos da tecnologia, se possvel dominar uma parte desta tecnologia e utiliz-la

    para o progresso da humanidade. No pode esquecer nunca, que apesar do seu

    progresso, a base do edifcio da Maonaria continua sendo e sempre ser o

    Grau Um do Aprendiz Maom.

    1.1. A Origem e Significado da Palavra Companheiro

    A palavra Companheiro de origem latina, o seu significado, entretanto

    comporta vrias explicaes; a mais coerente para a Maonaria que este

    termo deriva da locuo latina cun panis, onde cum preposio (com) e

    panis o substantivo masculino po. O melhor entendimento da palavra nos

    leva a compreender que Companheiro aquele que divide o mesmo po e

    em um entendimento mais extenso, podemos acrescentar, que aquele que

    divide o peso, o mesmo caminho, as mesmas tarefas, ampliando o significa

    filosfico de po.

    2. DECORAO DO TEMPLO

    O Templo decorado em vermelho e tem cinco luzes que estaro acessas

    antes do incio da sesso, dispostas em nmero de trs no A.. do V.. M.. em um

    candelabro especfico, e uma em cada A.. dos VV..

    O L..S.. ou a Const.. da L.. estaro dispostos no A.. dos JJur.. juntamente

    com o Esq.. e o Comp.. e no Oc.. (ao centro) o P.. da L.. tudo de modo visvel

    para quem adentra ao Templo.

    As CCol.. J.. e B.. caso estejam dentro do Templo, seguiro a ordem de

    iluminao, mantendo-se a B.. apagada e a J.. acesa. Essa iluminao

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    obrigatria, mas pode ser feita de forma indireta atravs de luzes auxiliares focadas

    na respectiva direo.

    O Alt.. das FFer.. ser forrado por uma toalha Pr.. e Br.. (em partes iguais) e

    ter sobre si os instrumentos necessrios para elevao: O Ma.. , o Cinz.. , o

    Esq.. , a Alav.. , a Reg.. , a Esp.. e o Comp.. .

    A Estr.. Flam.. dever ser acessa somente no momento exigido pelo Ritual.

    Em cada uma das estaes do Templo (Oriente, Ocidente, Setentrio e

    Meridiano) sero fixadas tabuletas com as inscries: Cinco Sentidos (Oriente),

    Filsofos (Ocidente), Arquitetura (Meridiano) e Cincias Liberais (Setentrio).

    3. VESTES

    A indumentria das Luzes e dos Obreiros a mesma do Grau Um. Os

    membros que sero elevados estaro trajados com balandrau e avental (que a

    insgnia do Comp..) porem com a abeta abaixada. Observao importante deve ser

    feita quanto ao traje antes e depois da elevao, pois ao adentrar ao Templo, o

    candidato o faz na condio de Aprendiz e dever vestir-se com o avental abeta

    levantada e calar as luvas brancas; a abeta do avental ser baixada e as luvas

    descaladas somente aps o trmino do ritual de passagem.

    4. TTULOS

    Os ttulos (pronomes de tratamento) tanto para as Luzes quanto para os

    obreiros so os mesmos do Grau Um.

    5. ABERTURA OU TRANSFORMAO

    A Loj.. do Comp.. Maom pode ser aberta diretamente no Gr.. de Comp..

    ou passar pela transformao do Grau de Aprendiz em Companheiro Maom. No

    segundo caso, a Loja de Aprendiz ser fechada, os AApr.. sero chamados para

    Cobr.. o Templo. Ao final do Ritual de Elevao, a Loja de Companheiro ser

    fechada e reaberta a de Aprendiz.

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    6. FECHAMENTO E TRANSFORMAO

    Tanto a abertura dos trabalhos bem como fechamento e a transformao

    seguem um mtodo especfico, descrito no ritual e no Regulamento da Ritualstica,

    que so documentos de circulao e conhecimento restritos, no publicados para

    conhecimento geral.

    7. INGRESSO NO TEMPLO

    O ingresso no Templo realizado em procisso ou cortejo, organizado pelo

    M.. de Cer.. ainda na Sal.. dos PP.. PP.. e permitindo a entrada dos membros em

    conformidade ao grau em que ser aberto o trabalho. Segundo a vontade do V..M..

    e em conformidade com o Regulamento Geral da Obedincia, poder ser feita em

    famlia inclusive com a entrada dos visitantes ao lado dos membros da Loja, sem

    distino e sem telhamento.

    8. ORDEM DO DIA

    A Ordem do Dia, um documento distinto dos demais da Loja, onde se

    encontra a pauta dos acontecimentos daquele dia de trabalho. Costumeiramente

    segue um critrio de assuntos e destina-se: a) Iniciaes; b) Assuntos em Pauta e

    Editais; c) Peties e; d) Instrues; e) Apresentao de Propostas de Elevaes; f)

    Apresentao e Apreciao dos Trabalhos; g) Aprovao de Elevaes; Este

    exemplo de Ordem do Dia, diz respeito Loja de Companheiro e ser alterado

    quando da Loja de Aprendiz. Durante a leitura da Ordem do Dia, ser permitido o

    uso da palavra nas CCol.. porem o V..M.. dever evitar excessos, proibir debates e

    deixar claro que no necessrio manifestao de apoio aos assuntos j expostos.

    Os assuntos mais complexos podero, a critrio do V..M.. permanecer sob

    malhete pelo tempo permitido de forma regimental.

    9. ELEVAO

    Denomina-se elevao o ato que concede o aumento de salrio para o

    iniciado que vai de Aprendiz para Companheiro. Portanto, eleva-se um Aprendiz que

    est no Grau Um para o Grau Dois que de Companheiro Maom. A utilizao do

    termo iniciao no Grau de Companheiro tambm est correta. A Elevao exige a

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    execuo correta do Ritual para que a cerimnia seja considerada Jus.. e Per..

    evitando-se inovaes desnecessrias, tanto diminuindo como acrescentando textos

    ou smbolos. Recomenda-se que os membros que sero elevados, ainda que

    permaneam juntos na Sala das Reflexes devem ser isolados para o ingresso no

    Templo e, aps as provas, isolados novamente at a concluso do grau. Esse

    isolamento visa possibilitar o desenvolvimento das provas do grau sem que um

    candidato oua ou presencie as provas que o outro est sendo submetido.

    10. ORIENTAES GERAIS SOBRE O GRAU

    A Elevao do Aprendiz Maom ao Grau de Companheiro feita atravs de

    um Ritual de Passagem, portanto passagem a denominao correta para esse

    evento. Os CComp.. MM.. se renem em Loja para glorificar o Trabalho, progredir

    na Via do Conhecimento e na Obra da Vida, para enaltecer o progresso da Cincia e

    das Artes, em proveito de toda a Humanidade. Para que se aperfeioe, necessrio

    um tempo de C..A.. no qual trabalhar a P..C.. efetuando este trabalho desde o

    M.. D.. E.. P.. at a M.. N.. sendo este o horrio da jornada dos CComp.. sob os

    auspcios dos MM..MM.. e em especial do P..V.. que responsvel diretamente

    pelos CComp.. MM..Esse tempo necessrio para o aperfeioamento idntico a

    sua idade e representa a Bat.. do Gr.. portanto, entende-se que esse o nmero

    respectivo ao Comp.. M.. Nos dias atuais, no est mais em uso que se aguarde

    esse tempo, assim como no se espera que o Apr.. complete Tr.. A.. naquele grau

    para depois progredir, tambm no se exige que o Comp.. aguarde tal tempo. O

    Interstcio praticado na Maonaria Universal segue outros critrios, que vo desde

    alguns poucos meses at no mximo de um ano para a elevao. Considera-se

    esse espao de tempo suficiente para que o Apr.. demonstre capacidade para o

    aumento de salrio. Porem, o Companheiro no deve entender essa reduo do

    tempo como um benefcio que recebe, mas sim como fruto do seu trabalho, portanto

    mrito e no graa. Deve manter os olhos abertos para a Verdadeira Luz e ter

    acabado o seu primeiro trabalho material que foi realizado na P..B.. que ao mesmo

    tempo possibilitou o primeiro trabalho espiritual que foi a retificao dos seus

    conceitos e a fundao das bases que iro edific-lo doravante na Grande Obra que

    a Maonaria. Com a utilizao do malho, o Aprendiz percebeu que nosso trabalho

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    no de fora fsica mas sim de vontade e disciplina para alcanar o objetivo do

    Grau Um, que o trabalho moral, para o qual os utenslios so simblicos e a

    aplicao principal se faz, inicialmente, em ns mesmos. Com a iniciao e o

    trabalho, levantou-se uma pequena ponta do Vu de Isis e os pequenos mistrios

    comearam se descortinar perante o nefito. Agora, digno deste aumento de

    salrio ir conhecer novos smbolos, cada vez mais elevados, ligados Maonaria

    Universal desde os primrdios da sua construo. Ao ser recebido maom, o

    iniciante foi submetido provas fsicas e psicolgicas, que tinham por finalidade

    testar a sua coragem e seu carter, verificar a sua firmeza de propsitos atravs das

    questes sobre os quatro elementos. Ainda que se fizeram tais questionamentos em

    forma de testes, exigindo-se do candidato provas de uma devoo que os profanos

    no esto acostumados a dar, pouco se aprofundou no mago do candidato, uma

    vez que a conscincia sempre esteve representada por uma voz e mo amiga que o

    guiava pelo caminho desconhecido, ngreme, com perturbaes e quase todo ele

    feito s escuras. Agora, no momento da passagem de um grau para o outro, o

    candidato no passar mais por tais provas, mas ser testado na sua verdadeira

    condio de companheiro, onde dever escolher de forma correta dentro das

    possibilidades que lhe sero apresentadas e, dessas escolhas depender a sua

    aprovao ou reprovao para obteno do Grau. Ser testado quanto a sua

    lealdade e companheirismo para com seus pares e semelhantes, dever demonstrar

    que capaz de abdicar dos seus desejos mais ardentes e ceder seu lugar para

    outro irmo sem que isso o deixe magoado ou ferido. O conhecimento do grau

    anterior tambm ser testado atravs de questes relativas s instrues do Grau

    Um, que devero ser respondidas corretamente. Todo o trabalho de questionamento

    ser feito pelo Venervel Mestre e observado pela maior dignidade manica

    presente bem como por um corpo de MM..MM.. escolhidos para essa finalidade os

    quais, por sua vez, no podero interferir nem favor e nem contrrio ao candidato,

    porem sero testemunhas presenciais dos acertos e erros nas respostas e na

    conduta daquele e, ao final de uma etapa de provas sero chamados para votar pela

    aprovao ou reprovao de cada candidato. importante chamar a ateno para

    esse tipo de prova, da elevao ao Grau Dois, Companheiro Maom, que foi retirada

    dos costumes das atuais Lojas, mas que era praticado pela Maonaria Universal,

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    17

    ainda na Idade Mdia (sec. XV), quando no estava organizada da forma que a

    vemos nos dias de hoje.

    sempre bom ressaltar que o Grau de Companheiro Maom foi um dos mais

    desejados dentro das guildas de construtores ou operrios, uma vez que era o

    grau mximo que poderia ser alcanado dentro da hierarquia, pois o Ttulo de

    Mestre Maom no era utilizado como grau mas sim como uma forma de

    homenagem ao companheiro com mais experincia, o qual poderia conduzir os

    demais. Atravs da documentao da Maonaria Universal, temos que at 1357,

    somente existia o Grau de Aprendiz e que Companheiro era um ttulo de tratamento

    entre os membros de uma associao de construtores. O Grau de Companheiro, por

    sua vez era dividido entre novatos e seniores (experientes), os quais passaram

    apenas partir de 1670 a criar toques, sinais e palavras para distingui-los dos

    mais novos. A tradio nos mostra, que nas tavernas da Frana e Inglaterra, onde

    se traavam e riscavam as Lojas daquela poca, o Painel de Loja era traado

    apenas no Grau de Companheiro para ambos os graus. O Ritual de Companheiro

    somente foi definido de forma litrgica aps o ano de 1717 com a fundao da

    Primeira Grande Loja de Londres.

    No Grau de Companheiro o iniciado chamado a penetrar mais

    profundamente o esprito da Maonaria, para tanto necessrio deixar o trabalho e

    o estudo sobre a matria (P..B..) e iniciar-se no estudo da parte espiritual do ser

    humano. Esse o motivo pelo qual a Loja passa a dar ao Companheiro a instruo

    especfica sobre as Cincia Liberais e a Filosofia, de modo a que venha refletir sobre

    a criao, o Criador e a criatura, partindo daquilo que existe e que pode ser visto e

    medido para aquilo que, existindo, no pode ser mensurado. As faculdades de

    pensar e de agir corretamente e de compreender, nascem da vida e da inteligncia.

    Vida o fenmeno de resistncia morte; Inteligncia a funo ativa da alma,

    tambm conhecida pelos antigos como intelecto; portanto, o intelecto atributo do

    Ser. Dessa dupla funo que o homem possui, orgnico-espiritual, nascem o

    raciocnio, as idias, a memria e o sentimento. So essas faculdade que fazem do

    homem um ser superior aos animais.

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    11. NMERO NECESSRIO DE MAONS

    A Cerimnia de Passagem para o Grau Dois, denominada Elevao,

    necessita da presena de um V..M.. dois VV.. , um M..C.., um Sacerdote ou

    Sacerdotisa (nas lojas que admitem mulheres) e dois MM..MM.. que sirvam como

    testemunhas as quais podem ser substitudos por CComp..MM.. Alm desse

    nmero mnimo, outros maons no Grau de Comp.. podem participar da cerimnia

    na condio de observadores, que se mantero em absoluto silncio e em

    comunho, zelando para que os trabalhos transcorram na mais perfeita ordem. Os

    MM..MM.. testemunhos dos trabalhos prestaro o compromisso de fidelidade aos

    trabalhos que compreende a determinao de no se retirar do Templo antes do

    trmino da sesso e de nunca revelar a frmula do teste aplicado na Quinta Viagem.

    FIM DAS INSTRUES GERAIS

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    INSTRUES PRIVATIVAS. PRIMEIRA INSTRUO: O TRABALHO E O

    AVENTAL DO COMPANHEIRO. SEGUNDA INSTRUO: A LENDA DO

    SEGUNDO GRAU. TERCEIRA INSTRUO: A ESTRELA FLAMIGERA OU

    FLAMEJANTE. QUARTA INSTRUO: O PAINEL DO GRAU DE

    COMPANHEIRO. QUINTA INSTRUO: A LETRA G, O DELTA LUMINOSO E

    O COMPANHEIRO. SEXTA INSTRUO: OS NMEROS. STIMA INSTRUO:

    OS CINCOS SENTIDOS.

    INSTRUES PRIVATIVAS

    INTRODUO: No Grau Dois, Companheiro Maom, o iniciado ir dedicar o seu

    tempo ao estudo do simbolismo do Compasso e do Esquadro, do Mao e do Cinzel

    e da Alavanca; Deixando as ferramentas materiais (de fora e de inteligncia)

    adotar o estudo e a disciplina como ferramentas imateriais as quais dever dominar

    to bem quanto s anteriores; Com a ferramenta do estudo, ser instrudo na

    introduo da filosofia e do simbolismo dos nmeros cinco ao nove; com a

    ferramenta da disciplina far do estudo um hbito e uma constncia e ao final dever

    demonstrar que desenvolveu a capacidade de refletir sobre as coisas do mundo e

    sobre si prprio. Com a aplicao da inteligncia e da observao ser despertado

    para os cinco sentidos que orientam o ser humano na apreciao de tudo aquilo que

    existe no mundo dos sentidos. O refinamento da educao do Companheiro, alm

    de apresent-lo introduo da filosofia, tambm o levar ao conhecimento da

    Arquitetura Antiga onde compreender as formas das colunas e saber distingui-las,

    principalmente as cinco ordens arquitetnicas: Jnica, Drica, Corntia, Toscana e

    Compsita, as trs primeiras da Ordem Grega e as duas ltimas da Ordem Romana.

    Conhecer, tambm a Ordem Arquitetnica Egpcia, estilizada nas duas Colunas J e

    B que esto no atrium do Templo e so do estilo lotiforme (Flor-de-Ltus), sendo

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    que os egpcios preferiam, alm desse estilo, outros dois: papiriforme (formato de

    papiro, que pode ser fechado ou aberto) e palmiforme (formato de palmeira).

    Encontramos, portanto, em um Templo Manico, marcas da cultura egpcia

    mesclada com as culturas crego-romanas.

    PRIMEIRA INSTRUO: O TRABALHO E O AVENTAL DO COMPANHEIRO

    O Trabalho: O Companheiro Maom se assemelha ao trabalhador da

    Parbola dos Talentos do Novo Testamento (Mateus, Cap. 25 vers. 14), enquanto

    cabe ao Aprendiz escutar, ao Companheiro cabe trabalhar no edifcio, apreciando e

    corrigindo os detalhes da obra; enquanto o Aprendiz trabalha na P.. B.. j este

    trabalha na P.. C..

    O Avental: despe-se o Companheiro do Avental de Aprendiz apenas

    rebatendo a abeta deste paramento, uma vez que a maioria dos aventais

    reversvel, servindo a ambos os Graus. A explicao para o rebatimento da abeta se

    d pelo tipo de trabalho que era executado e o que ser executado doravante. Ao

    trabalhar a P.. B.. o Apr.. Mac.. calava luvas para proteo das mos e tambm

    para simbolizar a pureza do seu trabalho, o avental com a abeta levantada protegia

    uma parte maior do corpo e tambm simbolizava a proteo do plexo solar no que

    diz respeito aos chakras.

    SEGUNDA INSTRUO: A LENDA DO SEGUNDO GRAU

    Esta Lenda refere-se ao episdio bblico em que, logo aps ganhar uma

    batalha, conforme narra Juzes 12 (1-7) com um exercito formado pela juno de

    vrias tribos, menos a dos efraimita que se revoltaram pelo fato de no terem sido

    convidados pois a vitria trouxe direito sobre os despojos do inimigo vencido,

    resolveram entrar em batalha contra os geleaditas, pois culparam o seu General

    Jetf pela ofensa; aps a batalha entre essas duas tribos, os gileaditas saram

    vencedores e o General Jatf proibiu que os efraimitas permanecessem naquela

    aldeia, porem como todos eram muito parecidos, havia uma dificuldade aparente

    para distingui-los, ento Jetf iluminado pelo Senhor, criou uma senha atravs de

    uma palavra de passe, a qual possua uma letra de difcil pronuncia pelos efraimitas,

    assim, quando eram questionados (Deixai-me passar, perguntavam a ele: s tu

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    efraimita? Respondendo no, ento lhe perguntavam: dizeis pois...) sobre a senha a

    proferiam de forma incorreta e eram imediatamente eliminados. Narra-se que foram

    mais de dois mil os que morreram dessa forma, tamanha era a perfeio da palavra

    de passe. A pronuncia diferenciava o S do CH.

    A lenda deste grau, na verdade, era composta pela Lenda de Orfeu e foi

    substituda pela que est acima, por influncia judaico-crist na Maonaria. Esta

    apostila tem um captulo dedicado a explicao sobre a Lenda de Orfeu.

    (Recomenda-se complementar a instruo com a leitura da Bblia Sagrada no

    capitulo indicado do Velho Testamento)

    TERCEIRA INSTRUO: A ESTRELA FLAMIGERA OU FLAMEJANTE

    Um dos mais importantes simbolismos dentro da Loja de Companheiro, a

    Estrela Flamigera ou Flamejante, que se ilumina no ato da consagrao daquele que

    elevado, tornando-se parte indispensvel no reconhecimento entre Companheiros,

    com a Letra G no centro, permanece como o mais enigmtico do signos da

    Maonaria. Seu passado mais remoto nos leva de volta ao Antigo Egito, onde os

    sbios Sacerdotes de Hrus a comparavam com a Estrela Sirus, ponto no espao

    para onde se dirigiam os faras quando deixavam este mundo e tambm de onde

    surgiam os novos faras que iriam governar o Egito por mais um certo tempo. Os

    sacerdotes de Isis, por sua vez, levantavam os Templos de Hator ou Isis-Hator

    direcionados para essa estrela. O Emblema dela sempre foi um co, pois pertence

    tanto ao conjunto conhecido como co maior bem como co menor. Existem

    escrituras do incio do Imprio Egpcio, que datam por volta de 4 a 5 mil a.C. que

    narra a saga das chegadas dos Deuses na Terra e que teriam vindo da regio

    espacial da Estrela Sirius. A letra G no centro da Estrela Flamgera praticamente

    uma novidade introduzida pelos ingleses, uma vez que o ponto central dela, antes

    de 1700 era ocupado pela letra Iod, que a dcima letra de vrios alfabetos

    semticos (hebreu, aramaico, siraco e rabe), que a primeira letra do nome de

    Deus, formado por Iod, He, Vau, He e que est relacionada ao homem perfeito, hoje

    em dia vista nas Lojas como segue abaixo (veja a figura). Na NOSSA LOJA

    tomou-se por padro o dstico Estrela Flamejante para diferenciar de Espada

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    Flamgera. No se deve confundi-la com o Delta Luminoso que tema das

    prximas instrues.

    QUARTA INSTRUO: O PAINEL DO GRAU DE COMPANHEIRO

    Painel Simblico: Este painel muito parecido com o do grau de Aprendiz Maom.

    Vamos nos fixar, inicialmente, nas semelhanas. As Colunas, em nmero de duas,

    uma ao lado direito e outra ao lado esquerdo, mantendo as mesmas letras iniciais J

    e B ambas com os mesmos significados. As trs janelas pelas quais incide a luz do

    Sol, nos perodos distintos, nascer do Sol, Meridiano e Ocaso ou aurora, meio-dia e

    crepsculo. Pedra Bruta para o trabalho do Aprendiz, a Pedra Cbica da qual se

    serve o Companheiro, a prancheta para o Mestre. O Malho e o Cinzel, para que o

    Aprendiz desbaste a Pedra Bruta. O Esquadro e o Compasso, ambos entrelaados,

    smbolo do Companheiro e que representa, no painel, o Venervel Mestre da Loja. O

    Nvel simbolizando o Primeiro Vigilante e o Esquadro ou Perpendicular para o

    Segundo Vigilante. O Sol e a Lua, que alm de simbolizar os luminares do dia e da

    noite, simbolizam o masculino e feminino, pertencendo o Sol ao Orador e a Lua ao

    Secretrio. Na Maonaria Egpcia simbolizam, ainda, o Sol para o Venervel Mestre

    ou o Gro-Mestre e a Lua para a Sacerdotisa da Loja ou o Gro-Mestre Adjunto e

    ainda o Mestre-Adjunto. A corda de 81 ns, que no painel aparece com 7 ns,

    simbolizando a unio indissolvel entre os maons. A Orla Dentada, simbolizando a

    atrao entre os maons e a justaposio que cada um ocupa na Grande Obra,

    simboliza tambm os opostos que se unem para dar forma aquilo que tem visvel

    neste mundo. As Estrelas ou Constelaes que simbolizam o carter universal da

    Maonaria. As diferenas bsicas entre um painel (Aprendiz) e o outro

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    (Companheiro) esto na escada, que ao invs de ter trs degraus agora tem cinco

    (em referncia ao nmero d grau); o Esquadro e o Compasso esto na posio de

    Companheiro; Surge a Estrela Flamejante com a letra G no centro; a Alavanca e a

    rgua que no apareciam no painel do Aprendiz agora constam deste, como

    ferramentas do Companheiro; Aparecem o Pavimento Mosaico e a Orla Dentada, as

    quais juntam-se a Estrela Flamejante para formar os ornamentos da Loja de

    Companheiro. A Espada e a Colher de Pedreiro, tambm esto neste painel, em

    recordao a reconstruo do segundo Templo de Salomo, por Zorobabel,

    conforme consta nas Escrituras Sagradas. importante destacar que nem sempre

    encontraremos o Painel Simblico com esses detalhes, pois os painis foram sendo

    alterados com o passar do tempo e conforme a inspirao do copista que os alterava

    conforme sua concepo da simbologia. Este painel tambm varia conforme o rito

    adotado.

    Painel Alegrico: Alm do Painel Simblico, foi introduzido na Maonaria, pelos

    ingleses, do Rito de York e depois assimilado pelos demais ritos, o Painel Alegrico,

    que traz em sua estampa outras figuras com simbologia distinta, as quais so de

    conhecimento de todos os maons pois fazem parte da Maonaria Universal, so

    elas: as Colunas do Prtico, com o mesmo simbolismo que j conhecemos; uma

    Escada em Caracol, simbolizando a subida do Aprendiz at os Mistrios do Grau de

    Companheiro, originariamente esta escada era tambm chamada de escada em

    espiral que ia do piso mosaico at o santo dos santos em aluso a passagem

    bblica em Reis 1 (6-8), que descreve a escada dentro do Templo de Salomo; A

    Espiga de Trigo e uma Queda de gua tambm so simbolizadas no Painel

    Alegrico, a Espiga de Trigo refere-se a palavra de passe, tambm a prosperidade

    dos maons, ao crescimento da irmandade, a fertilidade dos projetos sociais; A

    Queda Dgua representa a fonte da vida e todas as demais simbologias ligadas a

    este elemento; Uma Estrela de Seis Pontas que o Escudo ou Estrela de

    David,(apesar que este smbolo muito mais antigo que David, data

    aproximadamente de uns 6 mil anos) uma Pomba que simboliza o Esprito de Deus

    e a Paz Profunda, o Tetragrama Sagrado com as letras em hebraico Iod, He, Vav,

    He que o nome de Deus. No Rito de York a Estrela de Seis Pontas que tem lugar

    de destaque no Templo, chamada pelos ingleses de Blazing Star com a letra G

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    ao centro, representa a Estrela Flamejante que no REAA a Estrela de Cinco

    Pontas.

    QUINTA INSTRUO: A LETRA G, O DELTA LUMINOSO E O COMPANHEIRO

    Como foi dito em instruo anterior, a Letra G (G) foi introduzida no centro

    do Delta Luminoso nas Lojas Manicas atravs de um processo denominado por

    Albert G. Makey de anglicismo (incorporao da lngua inglesa em outras lnguas).

    Nos pases que seguiram a maonaria de lngua inglesa, acostumou-se com

    essa substituio, retirando-se o IOD das lnguas semticas pela letra G.

    Essa substituio gerou vrios estudos, muitos dos quais, at a presente

    data, sem concluso definida, ficando apenas na categoria da especulao.

    a stima letra do alfabeto manico. Tambm conhecido como Delta

    Sagrado ou Delta Misterioso.

    Os maons traduzem o IOD dentro do Delta Luminoso como: Eu Sou,

    extrado da passagem em que Deus conversa com Moiss e este pergunta:

    ...quando os filhos de Israel me perguntarem quem me mandou e qual o seu nome,

    o que responderei? Responders apenas isso: o nome dele Eu Sou o que Sou.

    Alguns autores atribuem essa letra a inicial do nome de Deus em ingls

    (God), outros dizem que est relacionada a Geometria, outros ainda afirmam que

    tem destaque por ser a stima letra do alfabeto ingls. Como vemos, existem

    explicaes em todos os sentidos, indo desde God, gemetra, geometria etc.

    Tambm a terceira letra do alfabeto hebraico, corresponde a Ghimel; os hebreus

    viam na letra G o smbolo da Serpente Oroborus, aquela que engole a prpria

    cauda.

    Os membros das Escolas Pitagricas (de mistrios) utilizavam dentro do Delta

    Sagrado um esquadro de ramos desiguais, possivelmente com o passar do tempo,

    os observadores pensaram que aquele esquadro tratava-se da letra Gama que

    corresponde ao G; essa confuso aceitvel, uma vez que Pitgoras era grego.

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    Outros significados para a letra G so encontrados nos diversos rituais impressos no

    Brasil, so eles: gravitao, gerao, gnose, gnio e geometria.

    Esta Loja de Estudos, adota como significado da letra G, para o Grau de

    Companheiro, que se trata da representao de GEOMETRIA, preservando assim, a

    originalidade desta letra, uma vez que se o grau compreende a construo social, a

    construo do indivduo, a formao geomtrica do Universo, lembrando sempre

    que o Criador conhecido, por ns, como o Grande Gemetra do Universo.

    Compreendendo a letra G e seu significado, o Companheiro tomar conscincia da

    sua real participao na vida como Maom.

    O Delta Luminoso a representao de um tringulo eqiltero, que por sua

    vez a a Letra Grega Delta, quarta letra daquele alfabeto e do nosso. Ele

    luminoso, pois est rodeado por um halo brilhante que representa a divindade. Nas

    Lojas dotado de iluminao artificial. Segundo os antigos, Deus se expressou pela

    forma geomtrica mais completa que o tringulo. (veja exemplos abaixo). Vemos

    em algumas Lojas, tanto a Letra G no centro da Estrela Flamejante bem como no

    centro do Delta Luminoso, sendo que ambos so simbolismos completamente

    diferentes. de regra, no centro do Delta Luminoso a utilizao de um olho,

    simbolizando O Olho que Tudo V que o Olho de Deus ou Olho de R (no

    confundir com o Olho de Hrus).

    SEXTA INSTRUO: OS NMEROS

    Antes de iniciarmos os estudos dos nmeros deste grau, convm lembrar que

    a Maonaria na antiguidade estudava a fundo a cincia dos nmeros, dando a ela o

    nome de Gematria que por sua vez foi uma palavra retirada de Geometria e por sua

    vez dizia respeito a Geometria Sagrada. Os Maons se dedicavam a este estudo

    por um perodo mnimo de cinco anos. Nesse tipo de cincia, aprende-se a reduzir

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    as palavras em nmeros equivalentes, principalmente para o alfabeto hebraico,

    somando-se uns aos outros at obter-se o resultado final que dar uma concluso

    sobre aquele nome ou palavra que se est estudando. Apenas para fins de

    conhecimento, colocaremos ao final de cada pargrafo a palavra equivalente ao

    nmero, sempre em hebraico.

    Nmero Cinco: Est diretamente ligado a fase do Grau Dois, Companheiro

    Maom. Denomina-se quinrio quando diz respeito simplesmente ao nmero e

    qinqnio ou lustro quando se refere ao tempo de cinco anos. Tambm sugere a

    quintessncia que a novidade apresentada ao Companheiro, que at o momento

    conhecia apenas a parte material do mundo. a essencial da vida, a parte espiritual,

    a fora do intelecto e o aperfeioamento. Para os msticos, tambm representa os

    elementos da natureza, uma vez que se soma a terra, fogo, gua e ar, a semente ou

    o grmen. Em grego chama-se PENTA o prprio nmero cinco e representa uma

    grande variedade de coisas e principalmente PENTAGRAMA. Cinco tambm o

    nmero de perguntas que se faz no momento da elevao do Aprendiz a

    Companheiro. Cinco so as vogais e dentre elas uma ou mais fazem parte do nome

    do Companheiro que est sendo submetido ao ritual de passagem. Cinco so as

    viagens do Companheiro. Cinco so as colunas do segundo grau: Jnica, Drica,

    Corintia, Compsita e Toscana.

    um nmero mgico e mstico, utilizado pelos gregos e romanos em forma

    de amuletos.

    Pentalfa a estrela de cinco pontas, smbolo de proteo. Na ndia ela

    representa o emblema de Shiva e Brahma. Nos mistrios pitagricos, possivelmente

    que originaram os mistrios da Maonaria, representa o perodo de silencio (cinco

    anos) que era imposto ao iniciado em um certo grau. O equivalente hebreu para o

    nmero cinco He que compe o nome de Deus.

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    (figura: Pentalfa)

    Nmero Seis: No Livro Sagrado encontramos este nmero como sexto

    captulo do Gnese e narra a separao das guas. Foi no sexto dia que Deus

    colocou o homem sobre a face da Terra para que a dominasse. visto por

    cabalistas e pitagricos como o nmero da perfeio, j Nicomachus o v como o

    nmero da deusa Vnus para a qual era consagrada a razo do pensamento e

    tambm o amor passional, portanto o nmero ideal para aqueles que amam. O

    Man caiu do cu, durante seis dias, no deserto para alimentar o povo que seguiu

    Moiss na fuga do Egito, e a letra marcada no Man era Vau que significa seis.

    Representa as seis ordens de anjos: serafins, querubins, tronos , dominaes,

    poderes e virtudes) e as seis ordens dos gnios dos desastres: Acteus, Megalesius,

    Ormenus, Lycus, Nicon. Mimon. A Estrela de Seis Pontas (a hexalfa) com dois

    tringulos entrelaados, um apontando para cima simbolizando o fogo e o outro

    apontando para baixo simbolizando a gua, sendo este o verdadeiro selo do Rei

    Davi e que ornamentava o seu escudo. O equivalente em hebreu Vav.

    Nmero Sete: O Livro Sagrado tem uma incrvel repetio deste nmero que

    chamou a ateno de vrios estudiosos por esse motivo. No stimo dia Deus

    descansou, antes viu que tudo o que tinha feito era bom, abenoou e santificou o

    stimo dia. um nmero inteiramente religioso, representa o triunfo do esprito

    sobre a matria. O stimo caminho o Sepher Yetizirah (Cabala Judaica) o da

    inteligncia oculta e representa a combinao entre a f e o intelecto. Sete so os

    orifcios na cabea do homem. O equivalente hebreu para o nmero sete Zain.

    tambm o nmero da realeza, do triunfo e da fama. o nmero do Mestre.

    Nmero Oito: Os antigos gregos diziam que todas as coisas so oito. A

    circunciso, conforme a lei judaica, acontece no oitavo dia depois do nascimento.

    Para Pitgoras era o nmero da justia e plenitude. Tambm conhecido como o

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    nmero que leva ao porto da eternidade. No Sepher Yetzirah, o oitavo caminho o

    da perfeio. Tambm o nome de Deus, com oito letras. Oito o nmero da

    atrao e repulso, j que em si encontramos infinitas voltas, o indivduo sujeito a

    ele estar envolto em lutas, separao, rupturas, destruio, expectativas e

    ameaas. O equivalente hebreu Cheth.

    Nmero Nove: Os Pitagricos viam o nmero nove (assim como o nmero

    quatro) ligados a todos os conhecimentos intelectuais, matrias e espirituais. Na

    mitologia existem nove musas, so elas, Calope a musa da poesia; Clio que a

    musa da histria; Melpmene, a musa da tragdia;Euterpe, a musa da msica;

    Erato, a musa da inspirao e do amor; Terpsicore, a musa da dana; Urnia, a

    musa da astronomia; Tlia, a musa da comdia; Polmnia, a musa da eloqncia.

    Nove so os cavaleiros eleitos no Grau Nove da Maonaria, eles usam nove luzes,

    nove toques e nove rosas. No Sepher Yetzirah o nono caminho o da inteligncia

    pura. o nmero do poder atravs do silncio. Em uma frmula da alquimia antiga,

    esse nmero feito em prata, tinha a propriedade de tornar os homens invisveis. O

    equivalente hebreu Teth.

    STIMA INSTRUO: OS CINCOS SENTIDOS

    Este captulo apenas d uma singela noo sobre os cinco sentidos e conclui

    com a necessidade do Companheiro Maom partir em busca do sexto-sentido.

    Hoje em dia, face a facilidade de pesquisas e consultas atravs da internet torna-se

    muito prtico um estudo dessas faculdades fsicas do ser humano, recomendamos,

    pois, que o Companheiro procure essas fontes de consulta e se aprofunde neste

    tema.

    CINCO SENTIDOS

    O ser humano percebe o mundo que o rodeia atravs destas cinco

    capacidades fsicas: viso, audio, olfato, paladar e tato. So os mesmos cinco

    sentidos que, utilizados de forma esotrica, possibilitam que o homem acesse o

    mundo extrassensorial. Os nervos sensitivos so as sentinelas do corpo e

    transmitem ao crebro tudo aquilo que nos rodeia. Esses nervos sensitivos

    necessitam de rgos perfeitos e completos para que possam desempenhar sua

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    29

    tarefa. Quando um rgo perde a sua perfeio geralmente substitudo por outro

    que se desenvolve mais do que o normal em outras pessoas com todas as funes

    perfeitas. Exemplo disso, a capacidade de tato e olfato adquirida pelo homem que

    perde a viso. Esses cinco sentidos esto ligados as sensaes externas do corpo.

    Sensaes internas so aquelas que nos dizem que estamos com sono, fome, dor,

    cansao etc. O crebro mantm na memria todas as sensaes captadas atravs

    destes sentidos.

    A VISO: o rgo mais complexo e delicado dentro dos sentidos humanos,

    possivelmente foi o primeiro desenvolvido dentro do complicado sistema sensorial

    do organismo. atravs dele que observamos as cores, formas e dimenses de

    todas as coisas que nos cerca. Seus rgos de sentido so os olhos. A viso,

    juntamente com os outros sentidos, ao mesmo tempo que serve para distinguirmos o

    mundo ao nosso redor, tambm responsvel pela iluso que a viso nos

    proporciona, pois temos tendncia a preferir as coisas belas que assim se

    apresentam exteriormente e damos pouca ou nenhuma ateno ao interior daquilo

    que se apresenta. O belo nem sempre o bom, o feio nem sempre o mal. O

    conceito de beleza varia de pessoa para pessoa e de civilizao para civilizao.

    Aquilo que vemos o resultado da intensidade das varias ondas eltricas que

    atingem o rgo da viso, cada uma dessas ondas tem uma amplitude diferenciada,

    provocando as diferentes cores. O olho humano est capacitado para captar ondas

    em padres limitados, assim, no conseguimos captar atravs dos olhos nem ondas

    na faixa do ultravioleta ou infravermelho; o primeiro est acima da nossa capacidade

    e o segundo est em uma faixa abaixo. Os animais possuem capacidade visual

    diferente da nossa, alguns enxergam o ultra e outros captam o infra. Alguns, ainda,

    captam ambas faixas de freqncia.

    A AUDIO: Este sentido formado pelo conjunto de pequenos rgos que

    compem o ouvido. Possibilita que possamos perceber o mundo externo atravs dos

    sons que produz. Esses sons, por sua vez, nada mais so do que vibrao, ondas

    em movimento. A explicao que demos sobre viso tambm se enquadra como

    exemplo para a audio, adaptando-se para ultrassom e infrassom.

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    30

    O OLFATO: o sentido responsvel pela captao dos odores que nos cercam, seu

    rgo receptor o nariz. Este sentido, ao contrrio da viso, no descansa nunca,

    est ativo durante todos os instantes da nossa vida. um dos sentidos mais

    elementares e, ao contrrio dos demais, liga-se diretamente ao crtex cerebral sem

    passar pelo hipocampo. Tambm responsvel por ativar lembranas na memria.

    A respirao, que responsvel pela vida, tambm o utilizada como condutora dos

    odores que chegam at o crebro e causam sentimentos de aproximao (aroma

    agradvel) ou de repulso (odor desagradvel) movimentando o ser humano ao

    encontro daquele odor, ou em outros casos, conduzindo-o em sentido contrrio. Os

    msticos, dentre eles os Maons, utilizam perfumes e incensos para ativar o sentido

    esotrico do olfato.

    O PALADAR: Seu rgo composto pela lngua, lbios, partes internas da boca e

    papilas gustativas. Responsvel pela capacidade que temos em distinguir os vrios

    sabores dos corpos que nos cercam. Na Maonaria o paladar utilizado,

    principalmente, na prova da Taa Doce-Acre, que servida ao Candido em um

    determinado grau para testar as suas intenes e se tem maldade em seu corao.

    O TATO: Este sentido captado em toda a extenso do corpo humano tendo como

    agente de percepo a pele, que por sua vez considerado o maior rgo do corpo

    humano. Atravs do tato sentimos a consistncia dos objetos, suas dimenses,

    aspereza, forma, dimenses, temperatura etc. O tato est intimamente ligado a

    libido, portanto responsvel pelo desejo sexual, sendo que os demais sentidos,

    cada um em proporo maior ou menor, porem sempre inferior ao tato, tambm

    esto ligados ao sexo, nesta ordem (aps o tato): viso, olfato, paladar e por ltimo

    a audio. Por isso, os msticos so inclinados a superar os sentidos fsicos,

    evitando as iluses que eles proporcionam, principalmente, reeducando-se em

    respeito ao sexo e tudo que dele advm.

    CONCLUSO: Aps compreender os cinco sentidos, o Companheiro Maom deve

    se esforar para aprimor-los, atravs das prticas que nosso rito proporciona, a tal

    ponto que desenvolva os cinco sentidos esotricos, paralelos aos fsicos.

    necessrio que o Companheiro deixe a construo material e a retificao da pedra

    bruta e passe para a lapidao final da pedra cbica ou polida. O Mundo material

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    31

    pertence a esfera dos estudos do Aprendiz e o mundo espiritual est compreendido

    nos estudos do Companheiro.

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    OITAVA INSTRUO: AS COLUNAS E SUA ARQUITETURA. NONA

    INSTRUO: AS CINCOS PERGUNTAS AO COMPANHEIRO. PRIMEIRA

    INSTRUO ESPECIAL: OS FILSOFOS. SEGUNDA INSTRUO ESPECIAL:

    PITGORAS. TERCEIRA INSTRUO ESPECIAL: ORFEU.

    OITAVA INSTRUO: AS COLUNAS E SUA ARQUITETURA

    Dentro da Loja Manica, o associado pedreiro-livre se depara com algumas

    colunas, as quais via de regra, so geralmente desconhecidas para ele. Logo na

    entrada, no prtico do Templo, encontra duas Colunas, denominadas por

    abreviaturas B e J. Os significados de ambas j foram alvo de estudo e voltaro a

    ser estudas nos Altos Graus, atravs do Supremo Conselho. O que nos importa,

    agora, o estudo da parte arquitetnica de cada uma das cinco colunas que so

    encontradas no interior do Templo.

    Nossa origem de construtores (pedreiros) nos remetem ou a construo civil

    ou militar, ambas de forma material. Porem, o maom especulativo, dever se

    empenhar na construo social substituindo o material clssico (pedras, cimento,

    ferro etc) pelo material denominado fraternidade e caridade que conduzem o

    maom a construir o verdadeiro edifcio social que o objetivo maior da instituio.

    Voltando a qualificao das construes civis e militares, focamos nosso

    estudo na classificao das Colunas do Templo, comeando pelas internas, as quais

    pertencem a trs ordens distintas: Jnica, Drica e Corntia.

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    A Coluna Jnica, representa a Sabedoria. Est diretamente ligada e instalada

    no Oriente do Templo, pertence a qualidade do Venervel Mestre ou Salomo da

    Loja

    A Ordem Jnica/Jnica uma das ordens arquitetnicas clssicas. Suas

    colunas possuem capitis ornamentados com duas volutas, altura nove vezes maior

    que seu dimetro, arquitrave ornamentada com frisos e base simples.

    Origem

    A Ordem Jnica surgiu a leste da Grcia oriental e seria, por volta de 450

    a.C., adotada tambm por Atenas. Desenvolvendo-se paralelamente ao estilo Drico

    apresenta, no entanto, formas mais fluidas e uma leveza geral, sendo mais utilizado

    em templos dedicados a divindades femininas. A coluna possui uma base larga, tem

    geralmente nove mdulos de altura, o fuste mais elegante e apresenta vinte e

    quatro caneluras. O capitel acentua a analogia vegetal da coluna pela criao de um

    elemento novo entre o coxim e o baco de carter fitomrfico. Este elemento dispe

    de dois rolos consideravelmente projetados para os lados, as volutas. O friso passa

    a ter elemento nico decorado em continuidade. O Erecteion de Atenas, talvez o

    mais belo dos templos jnicos, levantando em honra de um lendrio heri ateniense

    chamado Erecteu, terminou sua construo em 406 a.C., estando localizado sobre a

    Acrpole da cidade. A forma de se identificar este tipo de arquitetura observar no

    alto da coluna a presena de dois rolos um em cada lado. Uma curiosidade que

    envolve os estilos Jnico e Drico que ambos os povos eram inimigos e vivam em

    batalhas constantes um expulsando o outro do seu territrio. A justaposio dessas

    colunas, de arquiteturas to diferentes, vindas de povos que se odiavam, pode

    significar a pacifica convivncia dentro do Templo Maom que abriga todas as

    culturas sem distino alguma.

    A Ordem arquitetnica da Coluna Drica, alm do que j estudamos acima,

    est ligada a fora e representa a parte masculina da obra de arte ou, por outro lado,

    da Obra Divina do Supremo Criador do Universo. Pertence ao Primeiro Vigilante que

    trabalha com Fora para que a Loja e todo o seu mistrio interno se estabelea nos

    coraes dos homens. A ordem drica de carter condensado. A coluna canelada,

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    geralmente sem base, tem largura bastante considervel em relao altura. O

    capitel alarga-se num equino, espcie de coxim intermdio, encimado por uma placa

    ou baco quadrado. O entabelamento consta de uma arquitrave nua, de um friso

    composto de uma alternncia de superfcies quadradas e triglifos, e de uma cornija.

    Os triglifos so, sem dvida, uma reminiscncia das antigas traves de madeira que

    se encontravam no aprumo das colunas. Elas tm divises verticais tripartidas,

    abaixo das quais esto suspensos pequenos ornatos esfricos. Assim, de

    arquitetura de madeira, os gregos extraram um motivo que transpuseram

    admiravelmente na pedra. Quanto s superfcies quadradas, dispostas

    isoladamente, nelas que se concentra a escultura. O uso do entabelamento drico

    acarretou para os Gregos problemas delicados como era do seu gosto resolv-los: o

    da superfcie quadrada do ngulo e da sua sobreposio coluna.

    Reconhece-se e distingue-se a Coluna Drica pela total falta de ornamentos

    se comparada ao estilo Jnico e ainda mais ao Corntio. Ela reta, quase sem frisos

    e no seu capitel existe uma base quadrada ou retangular que serve, justamente,

    para apoiar a maior parte do peso do teto do templo sobre si.

    A terceira ordem que encontramos a Corntia, que na verdade no

    considerada pelos estudiosos da arquitetura grega como uma ordem propriamente

    dita, mas sim uma sub-ordem, uma vez que foi gerada como misto das outras duas.

    A Coluna Corntia est ligada ao Segundo Vigilante e simboliza a Beleza,

    completa assim, o trinmio: Sabedoria, Fora e Beleza, que so a base obrigatria

    de toda Loja Manica.

    Dependendo do seu acabamento, dificulta a distino entre si e a Jnica, uma

    vez que possui vrios enfeites em seu capitel. Assim, a grosso modo, poder-se-ia

    dizer que uma Jnica com maior nmero de enfeites em formato de voltas que

    ornamentam a sua parte superior.

    Por ser considerada uma juno das duas outras ordens arquitetnicas,

    poder-se-ia supor acertadamente que ela representa a unio do masculino e do

    feminino que deve preponderar em toda Loja Manica, formando o equilbrio dos

    opostos.

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    Figuras das Colunas

    Drica Jnica Corintia

    Para uma compreenso pronta e simplria dos estilos apresentados neste

    manual, sem querer aprofundar na arte da arquitetura, suficiente que o maom

    saiba as seguintes definies: Capitel, a parte superior da coluna, onde se

    encontra com o teto do templo e onde esto (ou no) os contornos de

    embelezamentos ou as voltas; no caso da Coluna Jnica so apenas duas voltas, no

    caso da Coluna Corntia so sempre mais de duas, podendo chegar a dezesseis

    voltas, quatro em cada lado, ou seja, nos quatro lados da coluna. Fuste, o corpo

    da coluna, no caso da Toscana, que ser estudada no prximo pargrafo,

    totalmente liso e nas demais ordens ornamentado com frisos que so chamados

    de caneluras.

    Algumas Lojas Manicas dispem, ainda de duas outras ordens de

    arquitetura ornamental, so elas: Toscana e Compsita.

    A Arquitetura Toscana e a Compsita so totalmente do perodo romano,

    porem com influncia nas trs ordens arquitetnicas gregas que as antecederam,

    porem foram simplificadas ao extremo e buscavam apenas a fora, descartando a

    beleza ou a sabedoria. Eram mais prticas para ser esculpidas e serviam a

    propsitos mais militares do que civis ou religiosos. Seguem, abaixo duas imagens,

    a primeira de uma Coluna Compsita e a segunda de uma Coluna Toscana.

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    COMPSITA TOSCANA

    No Egito, a arquitetura buscava a simplicidade e a eternidade, por isso

    encontramos exemplos das suas colunas at os dias de hoje em vrios monumentos

    histricos, principalmente na regio de Luxor com seus templos e am Abul-Simbel

    no monumento construdo por Ramess o Grande. As pirmides, ainda que fujam do

    tema sobre colunas, enquadram-se perfeitamente no estilo de arquitetura egpcia e

    justificam plenamente o conceito dos antigos egpcios em construir para a

    eternidade.

    As colunas egpcias adornam, ou deveriam adornar, o prtico dos templos

    manicos, com um dos trs estilos que j estudamos (lotiforme, palmeiriforme e

    papiriforme), optando-se pelo estilo em papiro, o correto que do lado de fora

    tenhamos o formato de papiro fechado e do lado interno (as ordens da maonaria

    egpcia adotam este estilo tambm na parte interna dos templos) teremos o papiro

    aberto que ento chamado de campaniforme. A maneira mais correta de se

    estudar a arquitetura das colunas egpcias para distingui-las dos estilos gregos e dos

    romanos, talvez seja pela apreciao das imagens at que se perceba a nitida

    diferena entre elas, ou seja, o Companheiro Maom deve utilizar-se do cirtrio da

    observao para compreender a arquitetura de todas essas colunas, ainda que no

    se torne um especialista neste assunto, mas deve estar apto a identific-las quando

    dispostas no Templo Maom. Seguem,a baixo, imagens das Colunas Egipcias.

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    NONA INSTRUO: AS CINCOS PERGUNTAS AO COMPANHEIRO

    Dentro deste Ritual de Passagem, no qual o Aprendiz passa do nvel para a

    perpendicular, pois o nvel a ferramenta do Primeiro Vigilante que est na Coluna

    B e a perpendicular o instrumento do Segundo Vigilante e por sua vez est na

    Coluna J, o candidato questionado em cinco questes crucias para que alcance o

    grau desejado. Em nossa Loja de Estudos, alm das cinco questes temos uma

    outra de grande importncia, a qual no se revela de forma alguma, a no ser no

    momento do exame ao candidato. As cinco questes que podem ser reveladas e

    que devem ser fornecidas pelo Primeiro Vigilante ao Aprendiz que deseja o Grau

    Dois, para que as estude e possa responde-las a contento, so estas: (no so

    fornecidas as respostas)

    Questes:

    1.) O que o pensamento?

    2.) O que a conscincia?

    3.) O que inteligncia?

    4.) O que vontade?

    5.) O que a liberdade?

    PRIMEIRA INSTRUO ESPECIAL: OS FILSOFOS

    Neste Grau, a Maonaria no d nfase especial a nenhum dos grandes

    filsofos que deixaram sua contribuio para todos ns, mas foca o tipo de vida e a

    dedicao que esses homens tiveram com a filosofia que o estudo da amizade

    pela sabedoria ou respeito pela sabedoria poder-se-ia dizer, alm da traduo

    deste termo que vem do grego (philo=.amizade ou amor fraterno e shophia= saber

    ou sbio, conhecer, estudar), inclusive Pitgoras de Samos teria afirmado que a

    sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem

    desej-la ou am-la, tornando-se filsofos. Este estudo, neste grau, preenche a

    necessidade que o Companheiro Maom tem em adquirir esse tipo de

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    conhecimento, no o de conhecer todos os filsofos pelo nome e pelas obras, mas

    sim adquirir a forma de pensamento filosfico. Para auxiliar nos estudos,

    fornecemos uma relao contendo alguns filsofos de grande importncia para que

    sirvam de exemplo ao estudante, so eles: Tales de Mileto, Anaximenes,

    Anaximandro, Parmnides, Herclito, Demcrito, Scrates,Plato, Aristteles,

    Pitgoras, Descartes, Spinoza, Locke, Hume, Berkeley, Kant, Hegel, Kierkegaard,

    Marx Darwim. Os Filsofos brasileiros devem ser estudados neste grau, segue uma

    relao deles que no contem todos os nomes de destaque, apenas como

    referncia, so eles: Claudio Ulpiano, Toms Adalberto da Silva Fontes, Tobias

    Barreto de Menezes, Tarcio Meirelles Padilha, Silvio Tibiria de Almeida, Silvio

    Donizetti de Oliveira Gallo, Srgio Paulo Rouanet, Renato Janine Ribeiro, Raimundo

    Teixeira Mendes, Plinio Salgado, Olgria Chain Feres Matos, Olavo Luiz Pimentel de

    Carvalho, Newton Carneiro Affonso da Costa, Mrio Ferreira dos Santos, Marilena

    de Sousa Chaui, Jos Guilherme Merquior, Huberto Rohden, Jos Herculano Pires,

    Celso Charuri, Caio da Silva Prado Jnior, Bento Prado de Almeida Ferraz Jnior,

    Apolinrio Jos Gomes Porto-Alegre, Arsnio Palcio. Recomenda-se que o

    Companheiro Maom trace um plano de estudos sobre os filsofos acima

    relacionados e, mais do que a biografia de cada um, procure entender o esprito e a

    mente desses homens e mulheres que com suas idias contriburam e continuam

    contribuindo para o progresso da humanidade.

    SEGUNDA INSTRUO ESPECIAL: PITGORAS

    Foi o fundador da Escola Pitagrica, que reunia todas as artes como matrias

    obrigatrias para a educao do ser humano. A sua inteno era apresentar todas

    as instrues para que o aluno, conhecendo-as, pudesse optar por qual rea do

    conhecimento humano tinha maior dom ou inclinao. Pitgoras costumava observar

    seus alunos a ponto de definir se eram inspirados (j nasciam com a tendncia para

    certas artes) ou se eram capacitados (aqueles que tinham disciplina para aprender o

    que o dom natural no lhes dera desde o nascimento). Dessa forma, instituiu um

    ensino livre, que possibilitava ao aluno tornar-se um adulto realizado com sua

    ocupao. Seus discpulos, aps vencerem as primeiras etapas da escola, eram

    classificados em iniciados e os pblicos. Pblicos eram os alunos da escola normal.

    Iniciados eram aqueles chamados para a Escola de Mistrio, fechada para a

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    maioria. A venerao dos alunos iniciados pelo Mestre era tanta que costumavam

    dizer: assim o Mestre disse e com essa frase encerravam qualquer possibilidade

    de discusso sobre o assunto. Pitgoras admitia a existncia de um nico Poder

    Criador, mas no emprestava nenhum nome ou ttulo para a divindade, com isso

    pretendia no criar rtulos humanos para algo que estava muito acima da

    capacidade de entendimento do homem. Era um grande estudioso dos nmeros, e

    reduzia tudo a eles: letras, palavras, fatos e locais. A prpria alma era um nmero.

    Explicava a criao do universo atravs da seguinte frmula: a grande mnada o

    nmero um, tinha produzido o binrio ou nmero dois, depois criou o ternrio ou

    nmero trs e assim por diante at a formao de todos os nmeros que compem

    o universo. Reconhecia na alma duas partes distintas: a razo e a paixo. Ensinava

    aos seus adeptos que deveriam conhecer ambas as partes e evitar que a fera da

    paixo os dominasse. Seus iniciados estudavam e acreditavam na metempsicose

    como a transmigrao da alma para outro corpo de forma consciente, bem como

    entendiam ser possvel a reencarnao consciente onde o indivduo deixava este

    mundo levando consigo a conscincia do que estava acontecendo, guardando todos

    os seus conhecimentos, conservando-os no momento de voltar a vida. Os iniciados

    estudavam todas as cincias, principalmente os mistrios, que eram considerados

    uma cincia parte, ensinada de forma velada para evitar perseguies por parte da

    populao que acredita em outras doutrinas. Mantendo sigilo sobre a sua Escola de

    Mistrios, Pitgoras criou, segundo os observadores profanos uma ceita religiosa

    que era mais fcil de aceitar do que uma escola secreta. Atravs dos estudos e da

    observao da astronomia, Pitgoras descobriu o duplo movimento de rotao da

    Terra. Foi ele quem criou o vocbulo filosofia para definir o que entendemos hoje

    em dia como sendo os amantes da sabedoria. Toda a base da Maonaria,

    principalmente do Rito Escocs Antigo e Aceito est calcada sobre os ensinamentos

    de Pitgoras, nas medidas, nos nmeros, na geometria, enfim, todas as dimenses

    do Templo so pitagricas, sendo Pitgoras Gro-Mestre Maom por excelncia.

    Destaca-se, ainda nos seus ensinamentos, a forma como via e conduzia sua escola,

    tanto a pblica quanto a velada, para que todos os alunos vivessem em

    comunidade, praticassem a meditao e o jejum, tivessem liberdade de expresso.

    A prtica da contemplao, que depois foi distorcida e se tornou sinnimo de

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    ociosidade, era praticada na escola de Pitgoras como um exerccio para levar o

    aluno a compreender a natureza e a vida, com a finalidade de formar adultos mais

    conscientes dos seus deveres e direitos frente ao mundo e aos seus semelhantes. A

    atual situao da escola e da educao, tanto no Brasil quanto no mundo (com raras

    excees) fruto de uma estrutura de ensino que prepara as crianas para se

    tornarem adultos competidores, e os ensina, desde a mais tenra idade a disputar

    vagas nas faculdades e nos cobiados cargos pblicos ou privados que o Estado e a

    sociedade capitalista oferece. Os valores morais e ticos no so ensinados nem

    to pouco praticados; a contemplao, ensinada na escola de Pitgoras faz falta na

    formao do carter da criana que se torna um adulto inconseqente.

    TERCEIRA INSTRUO ESPECIAL: ORFEU

    A Maonaria que deveria ser imutvel em seus ensinamentos infelizmente

    no ; alguns preferem deixar imutveis apenas os Landmarks e esquecem-se que

    muitos deles j esto ultrapassados, principalmente aqueles que se referem a

    proibio da entrada da mulher na maonaria, dos escravos e dos aleijes. Primeiro

    que a mulher tem as mesmas condies do homem para participar da maonaria

    que (ao contrrio do que muitos pensam) no pratica um rito exclusivamente

    masculino, uma vez que em seu simbolismo possui o Sol (masculino) e a Lua

    (feminino), a Coluna Jnica (utilizada nos templos das deusas, portanto, feminino), a

    Coluna Drica (masculino), a Coluna Corintia (hibrida, masculino e feminino juntos);

    segundo que escravos na concepo da palavra que era empregada na poca dos

    Landmarks no existem mais e, terceiro, que o termo aleijes tornou-se

    politicamente incorreto e ofensivo, substitudo por portadores de necessidades

    especiais e que se antes no poderiam participar da maonaria (especificamente

    este Landmark era uma cpia das guildas de construtores) pois no se adaptavam

    ao canteiro de obras, hoje na Maonaria Especulativa, que constri no com os

    braos mas com a mente, no existe razo de deix-los margem desta

    associao. Explicaes parte, passemos a Orfeu. O Grau de Companheiro

    Maom sempre foi dedicado a Pitgoras (matemtico) e Orfeu (simbolismo).

    Lembra-se muito de Pitgoras e no se faz referncia alguma a Orfeu, sinal que a

    Maonaria alterou seus ensinamentos. Orfeu era lembrado por Pitgoras e Plato

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    41

    em seus discursos. As Escolas de Mistrios Pitagricos tinham em Orfeu a mxima

    inspirao para um dos seus graus. Muitos achavam e acham at hoje que Orfeu

    apenas uma lenda para justificar o surgimento da msica ou ainda do instrumento

    Lira que continha sete cordas as quais Orfeu acrescentou mais duas num total de

    nove cordas. Outros dizem que Orfeu foi um deus e ainda o confundem com Morfeu.

    A origem de Orfeu foi entre os egpcios. O que importa para o Grau de Companheiro

    conhecer mais essa lenda (se que podemos chamar assim), diz ela: Orfeu se

    apaixonou perdidamente por Eurdice, a jovem mais bela que existia no mundo,

    porem no dia do casamento e antes de se casarem, a noiva morreu subitamente.

    Orfeu, inconformado chorava e tocava sua lira, com uma melodia to triste que

    impressionou os deuses da manso dos mortos, os quais lhe deram permisso para

    que entrasse naquela manso e resgatasse Eurdice, com uma condio: que no

    olhasse na face dela at o momento em que estivessem de volta na manso dos

    vivos; descendo ao subterrneo, Orfeu encontrou a sua amada e a resgatou, porem

    descumprindo as ordens recebida, olhou por um instante para a bela face dela,

    naquele momento abriu-se um abismo e tragou a jovem para as profundezas da

    manso dos mortos e Orfeu nunca mais a viu, perdendo assim, a chance de ter o

    seu amor de volta por um simples descuido de sua parte, descumprindo as ordens

    dos deuses. Essa lenda que era a principal deste grau, antes da influncia judaica

    que imps a lenda extrada do Antigo Testamento (Juzes 12, 1-7) e a substituiu, nos

    leva a refletir sobre a influncia da matria e sua beleza sobre ns, sobre nossa

    disciplina e que por vezes perdemos algo de belo que buscamos e alcanamos

    simplesmente por no respeitarmos a lgica da vida e da existncia. O que

    simbolizava a beleza de Eurdice? E o casamento entre Orfeu, um sbio, e Eurdice,

    a jovem mais bela da face da terra? E a morte dela no dia do casamento? E a

    msica que tocou os deuses? E o quase renascimento da bela? Por que Orfeu

    desobedeceu aos deuses, olhou para a face dela e a perdeu para sempre? Essas

    questes de reflexo, por si s dariam um livro sobre o grau. de vital importncia

    que o Companheiro conhea essa lenda, estude e reflita sobre ela, por isso as

    indagaes no so acompanhadas das respostas, justamente para que cada um

    obtenha as suas solues.

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    42

    O aluno encontrar na Terceira Apostila deste curso um texto mais

    abrangente sobre a biografia e filosofia de Scrates, Plato e Aristteles.

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    Quinta Apostila: Edio 2013

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    AS ARTES LIBERAIS E A MAONARIA. POR QUE UM ESTUDO SOBRE AS

    SETE ARTES LIBERAIS E A MAONARIA? O ESTUDO PROFANO DAS SETE

    ARTES LIBERAIS. AS SETE ARTES LIBERAIS NA ANTIGUIDADE. AS SETE

    ARTES LIBERAIS NA IDADE MDIA.

    INTRODUO

    A maonaria possibilita uma gama muito grande de pesquisas, estudos

    sobre os seus usos e costumes, notadamente quando a abordagem sobre sua

    ensinana e o seu simbolismo.

    O nosso estudo, aqui apresentado em grandes linhas um ensaio apenas

    -, quanto ao aspecto educativo manico, mas precisamente, a ensinana

    manica. O tema principal : AS ARTES LIBERAIS E A MAONARIA.

    Pode parecer, primeira vista, perda de tempo e fora de propsito um

    estudo dessa natureza, quando a Ordem est a precisar de um engajamento maior,

    tanto junto a seu pblico externo a sociedade profana. Contudo, a sua

    necessidade no meramente intelectual; deve-se ao fato de ser o sistema

    instrucional manico, algo peculiar, que foge s regras normais do sistema de

    instruo da sociedade profana.

    Dentro desse enfoque, a nossa abordagem est adstrita aos RITUAIS

    MANICOS no GRAU DE COMPANHEIRO, que do como uma das tarefas

    educativas manicas ao Companheiro, j na sua Segunda Iniciao, o estudo das

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    ARTES LIBERAIS. Logicamente, para que possamos entender o que significa,

    teremos, em primeiro lugar, saber o que significam as ARTES LIBERAIS, o seu

    contexto scio-histrico-educativo e a partir da, tenho algumas concluses sobre o

    caso manico.

    Para realizarmos tal empreitada, utilizaremos, basicamente, o seguinte

    esquema:

    I) O enfoque inicial ser sobre as ARTES LIBERAIS no mundo, num

    bosquejo histrico-filosfico-educativo que se inicia na Antiguidade, passando,

    posteriormente, para a IDADE MDIA, onde de fato, tm esse nome, as disciplinas

    do TRIVIUM e do QUADRIVIUM. Antes, ser analisada a razo bsica do porque de

    um estudo sobre as ARTES LIBERAIS.

    1) ANTIGUIDADE Procurar-se- enfocar as disciplinas do TRIVIUM e

    do QUADRIVIUM na Grcia antiga, onde a ensinana da poca levava em conta a

    enciclopdia da antiguidade. Os sofistas, segundo alguns autores, foram os

    introdutores do estudo dessas disciplinas em Grcia.

    Um ponto merece a nossa ateno: o passado deve ser estudado,

    olhado, sentido, com os olhos do passado, para que possamos ter uma aproximao

    do que realmente significavam naquela poca as ARTES LIBERAIS. Logicamente,

    que esse juzo de valor embora revestido de mtodo, no isenta o pesquisador da

    insero da sua cultura contempornea na anlise feita. Contudo, esse ponto no

    deve desfigurar o que se procura ver recuando no tempo.

    2) IDADE MDIA Quando estudarmos a IDADE MDIA, iremos

    encontrar a aplicao in totum das SETE ARTES LIBERAIS (GRAMTICA,

    RETRICA, DIALTICA ARITMTICA, GEOMETRIA, ASTRONOMIA e MSICA).

    Notadamente, a partir do sculo XII, quando segundo Le Goff, surgiram os primeiros

    intelectuais, i.e., homens dedicados exclusivamente abordagem do intelecto,

    coincidindo com o surgimento das Cidades, enquanto ocupao de espao e poder.

    Nessa fase procurar-se- apreender o significado maior das SETES

    ARTES LIBERAIS, a sua estrutura o TRIVIUM e o QUADRIVIUM e o seu

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    significado para a formao do homem medieval, com os acrscimos posteriores da

    enciclopdia aristotlica. A importncia das Artes Liberais pode ser atestada no

    apenas enquanto grade curricular medieval, mas, tambm, por sua representao

    junto arte medieval quando as encontramos em relevo na Catedral de Chatres.

    No poderamos concluir essa unidade, sem tecermos comentrios

    acerca de um aspecto fundamental para a compreenso manica da estrutura do

    TRIVIUM a sinomia dos termos DIALTICA e LGICA (no conceito estoico) na

    Idade Mdia. Parece que os Maons optaram por essa abordagem ao substiturem a

    DIALTICA pela LGICA na estrutura do TRIVIUM segundo os Rituais e

    documentos Antigos (Manuscrito de Harley, por exemplo).

    Por ltimo, convm uma pequena digresso quanto ao significado da

    Gramtica dentro das Sete Artes Liberais, pois, a Gramtica, permitia o uso e a

    compreenso dos textos sagrados, a base do ensino medieval, alm de autores

    gregos, notadamente durante a renascena carolngia. Um outro ponto quanto

    Msica e sua integrao ritual no contexto religioso da Idade Mdia, o que remonta,

    neste particular, Antiguidade, como demonstra Plato em sua Repblica.

    II. AS ARTES LIBERAIS E A MAONARIA

    As ARTES LIBERAIS na Maonaria esto intimamente ligadas sua

    ensinana, onde, em um dos Graus (o de companheiro, Rito de York) aparece a

    necessidade de seu estudo. A nossa abordagem ser feita dentro do seguinte

    esquema:

    1) Aspectos Gerais das Sete Artes Liberais segundo autores Maons,

    onde verificaremos o pensamento Manico acerca da questo.

    2) O ponto seguinte quanto s SETE ARTES LIBERAIS E OS GRAUS

    MANICOS DO SIMBOLISMO, onde iremos constatar que nos primeiros tempos

    (no Brasil, o GUIA dos Maons escocs de 1857 trazia as Artes Liberais no grau de

    Aprendiz) essa aprendizagem se dava no Primeiro Grau, passando em seguida para

    o Segundo Grau. Chama a ateno, neste particular, que embora ficando na

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    atualidade, nesse Grau, o Rito escocs no a utiliza, encontramo-las apenas no Rito

    York. Por que? Uma questo que ficar em aberto, pois necessita de uma pesquisa

    mais profunda e inclusive, nos originais desses Ritos e que no momento no temos

    as informaes necessrias. Mas, essa abordagem necessita ser feita e

    urgentemente.

    3) A composio do TRIVIUM e do QUADRIVIUM outra abordagem a

    ser feita, pois, os Maons, alteraram a composio do TRIVIUM, onde a DIALTICA

    foi substituda pela LGICA, no se sabendo se foi utilizando o costume de

    medieval, onde as duas, em determinados perodos, foram usadas indistintamente,

    sendo esta de acordo com o enfoque dos estoicos.

    4) A quarta abordagem ser sobre o significado para os Maons das

    disciplinas que compem o TRIVIUM MANICO GRAMTICA, RETRIA E

    LGICA.

    5) A quinta, ser a respeito da Geometria, essa disciplina to cara aos

    Maons da era Operativa (onde era instrumento de trabalho) quanto aos da