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GRUPO DE ESTUDO ANO IV 2017 AULA 08

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GRUPO DE ESTUDO

ANO IV – 2017

AULA 08

REVISTA ESPÍRITA – março de 1858

MAGNETISMO e ESPIRITISMO

Quando apareceram os primeiros fenômenos

espíritas, algumas pessoas pensaram que essa

descoberta (se se pode aplicar-lhe esse nome) iria dar

um golpe fatal no Magnetismo, e que ocorreria com ele

como com as invenções, das quais as mais aperfeiçoadas

fazem esquecer a precedente.

Esse erro não tardou em se dissipar, e,

prontamente, se reconheceu o parentesco próximo

dessas duas ciências. Todas as duas, com efeito,

baseadas sobre a existência e a manifestação da alma,

longe de se combaterem, podem e devem se prestar

um mútuo apoio: elas se completam e se explicam uma

pela outra.

Seus adeptos respectivos, todavia, diferem em alguns

pontos:

Certos magnetistas (magnetizador é aquele que pratica o

magnetismo; magnetista se diz de alguém que lhe adote os

princípios. Pode-se ser magnetista sem ser magnetizador;

mas não se pode ser magnetizador sem ser magnetista.)

não admitem, ainda, a existência, ou pelo menos a

manifestação dos Espíritos: creem poder tudo explicar

pela única ação do fluido magnético, opinião que nos

limitamos a constatar, reservando-nos discuti-la mais

tarde.

Nós mesmos a partilhamos no princípio; mas, como

tantos outros, devemos nos render à evidência dos

fatos. Os adeptos do Espiritismo, ao contrário, são

todos partidários do magnetismo; todos admitem a sua

ação e reconhecem nos fenômenos sonambúlicos uma

manifestação da alma. Essa oposição, de resto, se

enfraquece dia a dia, e é fácil prever que não está

longe o tempo em que toda distinção terá cessado.

(...) O Magnetismo preparou os caminhos do

Espiritismo, e os rápidos progressos dessa última

doutrina são, incontestavelmente, devidos à

vulgarização das ideias da primeira. Dos fenômenos

magnéticos, do sonambulismo e do êxtase, às

manifestações espíritas, não há senão um passo; sua

conexão é tal que é, por assim dizer, impossível falar de

um sem falar do outro.

Se devêssemos ficar fora da ciência magnética,

nosso quadro estaria incompleto, e se poderia nos

comparar a um professor de física que se abstivesse de

falar da luz. Todavia, como o Magnetismo já tem entre

nós órgãos especiais, justamente autorizados, tornar-se-

ia supérfluo cair sobre um assunto tratado com a

superioridade do talento e da experiência; dele não

falaremos, pois, senão acessoriamente, mas

suficientemente para mostrar as relações íntimas das

duas ciências que, na realidade, não fazem senão uma.

Devíamos, aos nossos leitores, essa profissão de fé, que

terminamos rendendo uma justa homenagem aos

homens de convicção que, afrontando o ridículo, os

sarcasmos e os dissabores, estão corajosamente

devotados à defesa de uma causa toda humanitária.

Qualquer que seja a opinião dos contemporâneos sobre

a sua conta pessoal, opinião que é sempre, mais ou

menos, o reflexo de paixões vivas, a posteridade lhes

fará justiça;

colocará o nome do barão Du Potet, diretor do

Jornal do Magnetismo, do senhor Millet, diretor da

União Magnética, ao lado dos seus ilustres

predecessores, o marquês de Puységur e o sábio

Deleuze. Graças aos seus esforços perseverantes, o

Magnetismo, tornado popular, colocou um pé na ciência

oficial, onde dele já se fala, em voz baixa. Essa palavra

passou para a linguagem usual; ela não espanta mais, e

quando alguém se diz magnetizador, não lhe riem mais

ao nariz. Allan Kardec.

Cap. 8 – DO LABORATÓRIO DO MUNDO INVISÍVEL

O Livro dos Médiuns Cap. VIII – Laboratório do Mundo Invisível

130. A existência de uma matéria elementar única está

hoje quase geralmente admitida pela Ciência, e os

Espíritos, como se acaba de ver, a confirmam. Todos os

corpos da Natureza nascem dessa matéria que, pelas

transformações por que passa, também produz as

diversas propriedades desses mesmos corpos.

Daí vem que uma substância salutar pode, por efeito de

simples modificação, tornar-se venenosa, fato de que a

Química nos oferece numerosos exemplos. Toda gente

sabe que, combinadas em certas proporções, duas

substâncias inocentes podem dar origem a uma que

seja deletéria.

Uma parte de oxigênio e duas de hidrogênio, ambos

inofensivos, formam a água. Juntai um átomo de

oxigênio e tereis um líquido corrosivo.

Sem mudança nenhuma das proporções, às vezes, a

simples alteração no modo de agregação molecular

basta para mudar as propriedades. Assim é que um

corpo opaco pode tornar-se transparente e vice-versa.

Pois que ao Espírito é possível tão grande ação sobre a

matéria elementar, concebe-se que lhe seja dado não só

formar substâncias, mas também modificar-lhes as

propriedades, fazendo para isto a sua vontade o efeito

de reativo.

131. Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem

conhecido em magnetismo, mas inexplicado até hoje: o

da mudança das propriedades da água, por obra da

vontade. O Espírito atuante é o do magnetizador, quase

sempre assistido por outro Espírito.

Ele opera uma transmutação por meio do fluido

magnético que, como atrás dissemos, é a substância que

mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento

universal.

Ora, desde que ele pode operar uma modificação nas

propriedades da água, pode também produzir um

fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde

o efeito curativo da ação magnética, convenientemente

dirigida.

Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em

todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como se há

de explicar a ação material de tão sutil agente?

A vontade não é um ser, uma substância qualquer; não

é, sequer, uma propriedade da matéria mais etérea que

exista.

A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser

pensante.

Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria

elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre

seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a

ficar transformadas.

Tanto quanto do Espírito errante, a vontade é

igualmente atributo do Espírito encarnado; daí o poder

do magnetizador, poder que se sabe estar na razão

direta da força de vontade.

Podendo o Espírito encarnado atuar sobre a matéria

elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as

propriedades, dentro de certos limites. Assim se explica

a faculdade de cura pelo contacto e pela imposição das

mãos, faculdade que algumas pessoas possuem em grau

mais ou menos elevado.

Manual do Passista – Jacob Melo

O Passista e as dores do paciente

Quando um paciente está muito descompensado

fluidicamente, requerendo uma carga fluídica muito

grande, o passista, ainda que não tenha desenvolvido

um tato magnético específico, sentirá como “algo

puxando-o, sugando-o fluidicamente” em direção ao

paciente. Essa força de atração, comumente, é muito

forte e, até que se tente educá-la e controlá-la, parece

ser irresistível.

Se o passista fizer pequenas concentrações intercaladas

com dispersivos no local, perceberá que logo a “sucção”

magnética diminuirá, o paciente se sentirá melhor e o

passista continuará harmonizado.

Mas se o passista, ao sentir a “sucção” achar que deverá

fazer apenas concentrados para suprir a grande

necessidade do paciente, pela demora da assimilação

dos fluidos concentrados, aparentemente vai persistir a

carência e a “sucção”.

E o passista vai continuar a doação concentrada, atéque provoca uma congestão do centro vital.O paciente, embora esteja saturado de “energias” emseu campo perispiritual, continuará a sentir-sedescompensado. E o passista se desequilibra, peloexcesso de doação.

O paciente sairá com náuseas, tonturas ou sentindo-se aéreo. O passista, com tonturas, dor de cabeça,sensação de vazio, ardor nos olhos, náuseas, câimbras,tremores, taquicardia, etc..

Quando o passista fica mal, há 3 hipóteses:

1 – O passista absorveu certa dose de carga fluídica

desarmonizada do paciente, em vez de dispersá-la.

2 – O passista doou fluidos em excesso;

3 – Pelo semitranse na hora do passe, o passista

assimilou parte do campo fluídico de alguma entidade

espiritual que acompanhava o paciente.

Os dispersivos diminuem as “faixas de sintonia fluídica”

entre o paciente e seu(s) acompanhan- te(s)

espiritual(is) porque reduzem o campo de atração

magnética entre eles.

Pela relação fluídica estabelecida entre paciente e

magnetizador, este pode sentir todos os sintomas do

paciente enquanto estiver aplicando os passes. Isto

pode provocar, mesmo inconscientemente, tentativa de

doar muito, para livrar-se logo das sensações.

Conduta: intercalar mais amiúde os dispersivos, caso

esteja fazendo algum concentrado; e muitos dispersivos

ao final.

Nos casos mais resistentes, o próprio passista deverá

receber dispersivos ao final da sessão, seguidos de

ingestão de água magnetizada.

A maioria dos passistas que fica nesta situação é

composta de grandes doadores.

Importante observar, estudar, analisar, trocar

experiências, pois esta é a postura requerida para os

que praticam uma ciência e para os espíritas também.

MAGNETISMO CLÁSSICO – Aubin Gauthier

Cap. IV - Do tempo necessário

para julgar a ação real do Magnetismo

O magnetismo, por não produzir sempre os efeitos

sensíveis e aparentes, torna necessário ser prudente e

não decidir tão rápido que ele é impotente sobre o

doente que começou o tratamento.

Nas moléstias agudas que surgem de repente, é raro

que o magnetismo não aja de maneira a mostrar logo

todo o bem que ele pode fazer ou sua impotência.

Geralmente quinze dias são suficientes para

determinar e trazer efeitos reais e evidentes; mas já se

viu também a ação se fazer sentir apenas ao fim de

alguns meses.

O Evangelho segundo o Espiritismo

Cap. V – item 27

Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar,

cumpre que as provas sigam seu curso.

Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que,

não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao

contrário, devem contribuir para que elas sejam mais

proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro.

É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que

lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse

curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai

misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal

dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a

Providência não vos escolheu, não como instrumento

de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas

como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as

chagas que a sua justiça abrira?

Não digais, pois, quando virdes atingido um

dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que

siga o seu curso.”

Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso

me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu

irmão.

Vejamos se as minhas consolações morais, o meu

amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a

vencer essa prova com mais energia, paciência e

resignação.

Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os

meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me

deu a mim, também como prova, como expiação

talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”

“Além de tudo, o Magnetismo é a forma de tratamento

mais natural, simples e barata que existe. Deveríamos,

portanto, desenvolver e incentivar a sua prática, a fim

de que tão fabuloso manancial não se perca, podendo

se expandir por toda parte levando saúde e harmonia

para os que sofrem neste planeta de provas e

expiações.”

Adilson Mota

“Objetivamente, o pesquisador de Magnetismo

deve saber que nesta ciência não existe o igual

nem o absoluto, pois cada caso é um caso.”

Jacob Melo

“Falando magneticamente, é preciso que haja uma boa

sintonia entre os campos energéticos do magnetizador e

do magnetizado a fim de que os objetivos do processo

magnético sejam bem alcançados.”

Jacob Melo

Crianças e gestantes são pacientes especiais no

Magnetismo.

O magnetizador deve atendê-los primeiro, pois, ao

iniciar a utilização de energias mais densas para os

pacientes adultos e mais necessitados, fica mais difícil

usinar fluidos mais sutis, que são os mais indicados

para aqueles pacientes.

2° Exercício do Barão Du PotetAs mumificações

O magnetismo humano tem um poder conservador e

bactericida que era conhecido na Antiguidade. As

múmias egípcias e incas são testemunhos eloqüentes.

Submissos a uma poderosa irradiação magnética, os

cadáveres (de plantas, animais ou humanos)

decompõem-se, petrificam, menos rapidamente que no

estado natural.

É esse poder de conservação que fundamenta o

magnetismo curativo.

Podemos exercitar a emissão magnética exercitando a

mumificação de pedaços de carne, frutas, pão, queijos,

etc..

Coloque um pedaço de carne sobre uma folha de

alumínio ligeiramente untada com óleo vegetal, ponha

sobre uma mesa em ambiente ventilado e iluminado,

sem excesso de umidade.

Imponha as mãos bem abertas, com as palmas a 10 cm

do objeto, durante 15 segundos. Então inicie um

movimento lento longitudinal, conservando a mesma

distância. Feche as mãos, distancie-as do objeto e

rapidamente volte à posição de imposição de mãos e

reinicie o processo. Repita a operação por 20 a 25

vezes (=uma sessão).

Faça uma sessão de magnetização por dia por 5 dias.

Ao final da 5a sessão, envolva o pedaço de carne com

um tecido leve e arejado ou papel adequado e armazene

em local bem ventilado e seco. A carne se dissecará,

desprendendo algumas vezes um pequeno odor durante

3 ou 4 dias, que se dissipará. Duas semanas mais tarde, a

carne tomará o aspecto de um velho pedaço de madeira

e estará mumificada.

Pode-se praticar a mumificação com outros materiais

(peixes, frutas, flores...).

Quanto mais praticarmos este exercício, mais

desenvolveremos o poder magnético.

Reforce seu poder magnético através da auto-

sugestão, pensando, com firmeza, no momento de

iniciar as primeiras sessões de magnetismo por

imposição:

“Eu quero que (este objeto) seja mumificado.”

“Eu vou mumificá-lo.”

ExercíciosVamos continuar nos dispersivos.

Repetir os dispersivos da semana anterior

- Buscando desenvolver o tato magnético.