Curso de segurança eletrônica
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CURSO SEGURANÇA ELETRÔNICA
MÓDULO 1 - ALARMES CONVENCIONAIS
Setembro de 2003
Eng. Volnei Camargo Dutra
1 - SISTEMAS DE SEGURANÇA ELETRÔNICA
1.1 - Controle de Acesso : Sistema utilizado para controlar o fluxo de pessoas à determinadas àreas de uma empresa ou organização. No lugar da "chave" utiliza-se códigos ou dispositivos especiais (transponders) e, no lugar do "buraco da fechadura" são instaladas senhas, teclados, decodificadores e outros dispositivos.. Principais equipamentos utilizados para controle de acesso : Senhas, Teclados, Fechos Magneticos, Leitores de Cartão, Transponders, Sensores de proximidade e outros.1.2 - CFTV - Circuito Fechado de Televisão : Utilizado para o monitoramneto de áreas através da verificação visual à distância. Essa é a principal vantagem deste sistema, visto que o observador fica oculto e sem contato com a pessoa ou área à ser observada. Pode-se ainda utilizar recursos como a gravação e edição de imagens e sons.Equipamentos : Câmeras, monitores de TV, fontes, gravadores VHS, gravadores em disco rígido (Winchester), gravadores em memória Flash, time lapses, video fones, quads e outros .1.3 - Cerca Elétrica : Sistema cuja principal característica é a proteção periférica e a intimidação do intruso através de choque elétrico. É um sistema muito eficaz, pois protege contra invasão atuando na periferia da área protegida, mantendo o invasor à distância. Possui ainda recursos anti-sabotagem tais como alarme contra aterramanto e corte de fio da cerca. O principio ativo da cerca elétrica é o CHOQUE PULSATIVO ou choque psicológico, cuja função principal é provocar dor sem causar dano fisico.1.4 - Alarmes : Os alarmes isolados ou convencionais são sistemas amplamente utilizados pelo fato de serem relativamente baratos e fáceis de instalar. Tem como principais atributos, fazer barulho e/ou avisar o usuário à distância quando forem disparados. Existem basicamente dois tipos de alarmes no mercado :Alarmes Monitorados e Alarmes Isolados.1.4.1 - Alarmes Monitorados : São aqueles em que o alarme envia periodicamente informações (registros) para a Central de Monitoramento, onde existem pessoas de plantão. Quando houver alguma ocorrência, imediatamente serão tomadas as ações apropriadas, tais como ida ao local, chamada da policia etc...Meios de Comunicação com a Central : Linha Telefônica ou Rádiofrequência (VHF,UHF, celular ou satelite) . Neste tipo de instalação será cobrada do usuário uma taxa mensal do usuario pelo serviço .Também é cobrada a instalação, venda ou aluguel do equipamento.PRINCIPAL VANTAGEM : Vigilância constante e ação imediata.PRINCIPAL DESVANTAGEM : Custo.1.4.2 - Alarmes Convencionais : Neste tipo de instalação o plantonista é o próprio usuário. Esteja onde estiver precisará tomar as ações que julgar necessarias quando o alarme disparar. Existem no mercado, alarmes convencionais com recursos, capazes de oferecer ao cliente opções diversas e confiáveis em segurança. Cabe ao instalador, oferecer e vender bem essas funcionalidades. Muitas delas além de proporcionar maior segurança ainda facilitam bastante a instalação.PRINCIPAL VANTAGEM : Confiabilidade e baixo custo relativo.PRINCIPAL DESVANTAGEM : Sistema isolado sem vigilancia constante.
2 - ALARMES CONVENCIONAIS :
2.1 - Principais componentes de um Sistema de Alarmes Convencional:2.1.1 - Central - Equipamento responsável pelo processamento dos sinais dos sensores e pelo acionamento dos periféricos de saída. É o principal componente do sistema, daí a denominação Central de Alarmes.2.1.2 - Sensores : Dispositivos periféricos encarregados de detectar a violação do sistema e transmitir as informações para a Central.a) Sensores com Fio : Necessitam de uma ligação física (fio) com a central para funcionarem .Exemplo : Sensores magnéticos, infravermelhos passivos com fio, infravermelhos ativos, barreira à laser.b) Sensores sem Fio :Transmitem a informação de setor violado através de ondas de rádio.Exemplo : Sensores magnéticos sem fio, infravermelhos passivos sem fio e outros.2.1.3 - Periféricos de Saída : São encarregados de avisar o usuário sobre a violação do sistema e também servem para afugentar o intruso.Exemplo : Discadores, sirenes, sinalizadores, transmissores por RF etc...2.1.4 - Elementos de Acionamento : Servem para ligar ou desligar a central.Exemplo : Controles Remoto, Senhas Digitais, Teclados, Chaves etc..2.1.5 - Fiação : São utilizados para interligar sensores e periféricos com a central.2.1.6 - Pilhas e Baterias : São usadas nos controles remotos (pilhas) e para Back Up na central (bateria 12V).2.2 - O QUE É :2.2.1 - Setor ou Zona de Alarme : Agrupamento de sensores com ou sem fio ligados em uma deternina da entrada (canal) da central de alarmes. Como regra, corresponde à uma área ou dependência do local à ser protegido.Exemplo : Setor 1 - Sensores da sala ligados na entrada 1 da central .
Setor 2 - Sensores da cozinha ligados na entrada 2 da central, e assim por diante.A setorização é muito útil quando se deseja uma melhor visualização e controle do sistema . É reco-mendável que locais com várias dependências ou muitos sensores utilizem alarmes com mais de um setor. Isso será explicado mais adiante.2.2.2 - Contato NF - Contato normalmente fechado . Abre quando o sensor for violado.2.2.3 - Ligação Série : Esquema elétrico usado para a instalação de sensores com fio do alarme.Este é o princípio básico do disparo de qualquer central de alarme. Ver figura abaixo :
Quando todos os contatos dos sensores estiverem fechados, a corrente elétrica fluirá do ponto 1 para o ponto 0 .Se qualquer um dos sensores for disparado o contato abrirá interrompendo a corrente.
Essa é a informação que a central usa para detectar disparos nos sensores com fio.
2.2.4 - Ligação Paralela : Tipo de ligação usada na alimentação dos sensores .
Sensor 1 Sensor 2 Sensor 3
corrente NF NF NF
Ligação Série
1
0Central
Setor
+
Central-
Sensor 1+
Sensor 1+
Sensor 1+
2.2.5 - Setor Misto : Funciona com sensores com fio e sem fio simultaneamente .2.2.6 - Tempo de Entrada (retardo para disparar) : A central espera um determinado tempo até o usuárioefetuar o desarme. Caso isso não ocorra, dispara o sistema.2.2.7 - Tempo de Saída (retardo para ativar) : Uma vez armada, a central espera um determinado tempopara ativar. Esse atraso deve ser suficiente para o usuário deixar o recinto sem disparar o sistema .2.2.8 - Função Anti-Assalto (Pânico Silencioso) : Quando esse recurso é acionado, a central dispara somente o discador, mesmo estando desativada.2.2.9 - Pânico Sonoro : Disparo do sistema, causado propositalmente pelo usuário para chamar atençãoem situações de emergência. Aciona a sirene e o discador ou somente o discador..2.2.9 - Zonas Cruzadas : Ocorre quando determinada área ou entrada é protegida por dois ou mais sensores instalados em setores ou zonas diferentes. É indicado em casos críticos ou de alta segurança .2.2.10 - RFL (Resistor de Fim de Linha) : Resistor instalado junto aos sensores com fio para prevenirsabotagens no sistema.2.2.11 - DCL (Detector de Corte de Linha) : Equipamento instalado com a finalidade de acusar cortes ousabotagens na linha telefônica.2.2.12 - Discador Telefônico : Equipamento programável, cuja função é discar para uma determinadasequência de números telefônicos quando o alarme disparar. O números são programados pelo usuário.A atender o telefone, será ouvido um toque de sirene ou uma mensagem de voz.2.2.13 - Discagem por Pulso : Sistema de discagem antigo, que utilizaça a comutação da linha telefônicapara fazer a discagem. VANTAGEM : Menos Sensível à Interferências (Ruído de Linha).DESVANTAGENS : Discagem demorada e burulhenta (pode chamar a atenção do ladrão).2.2.14 - Discagem por Tom (DTMF - Dual Tone Multi Frequencial) : Sistema de discagem moderno e rápido . È o mais indicado em sistemas de alarme.VANTAGENS : Discagem rápida e silenciosa.DESVANTAGEM : Sensível à ruídos (interferências na linha telefônica).2.2.12 - Módulo de Voz : Equipamento capaz de gravar digitalmente uma mensagem . É utilizado em conjunto com discadores convencionais.
3 - INSTALAÇÃO :3.1 - Identificando os bornes de conecção da central .Cada fabricante possui uma disposição diferente dos bornes de ligação . A tiítulo de exemplo, vamosutilização a central STARTTRON CODE 300 como exemplo :
Tecla PROGENTER
by Dutra
CD1
STARTTRON Set1Set2Set3 Com +Sire -Vcc +Vcc
+Vcc-Vcc+SireComSet3 Set2 Set1
- LED +
DSEN
PROG
ASOND J
J M A M F J03040506
D0
BOT
Entrada SenhaBotoeira
Saídas LEDExterno
Saída DISpara Discador
Entrada Setor 3
Entrada Setor 2Entrada Setor 1
Comum ( - 12 V)
Entrada + 12 V
Entrada - 12 V
Saída + Sirene
3.2 Identificando os Bornes dos Sensores Infravermelhos : Também neste ítem, cada fabricante possui uma disposição própria. Vamos usar como exemplo o infravermelho passivo STARTTRONIRM - 1040.
Figura 1
Figura 2
IR-01
by DutraSTARTTRON
dB
TAMPERRELAY+12V -12V
-
-
-
-
--
Ajuste de Ganho
+12V-12V SAÍDA
NFTAMPER IRM - 1060
IRM - 1060
AlcanceMaior- Placa p/ BaixoMenor-Placa p/ Cima
ON
OFF L E D
LED OFFLED ON
32
1P U L S E
DE PULSO
AJUSTE
Basicamente existem dois bornes de alimentação (+ 12 V e - 12 V )e dois bornes de contato NF, identificados como RELAY, os quaisdeverão ser ligados em série com outros sensores formando ocircuito de disparo do setor da central.
Esta é uma das centrais mais completas do mercado.Instalando e programando uma CODE 300 nãoteremos dificuldade em fazer o mesmo comqualquer outro alarme .
V2V1VOZ
TERRA
0504
0302
JF
MA
MJ
JD
NO
SA
R10
D1
R15
D2
R4
by Dutra
STARTTRON
DIS
+ 12 V
- 12 V
LINHA2
LINHA1
DS1
3.3 Identificando as conecções do discador : Essencialmente cada discador possui cinco bornespara ligação . Vamos tomar como exemplo o discador STARTTRON DS - 500 .
Linha 1Linha 2
- 12 V
+ 12 V
DIS
:: Linha 1 e Linha 2 : Ligação na linha telefônica. Não precisa preocupar-se com polaridade .:: + 12 V : Positivo da Alimentação:: - 12 V : Negativo da Alimentação.:: DIS : Sinal de disparo. Pode ser obtifo da saída para a sireneou em bornes específicos, como ocorre na centrais STARTTRON .:: Terra : Terminal para aterramento.
Terra
3.4 Conhecendo o Cabo 4 Vias :Esse cabo é padrão para praticamente todas as instalações de alarmes. Com ele pode-se alimentar ecolher sinais de disparos de todos os sensores com fio do mercado. Além disso é barato e funcional.O tipo rígido quebra-se com muita facilidade, não deve ser dobrado em curvas muito fechadas .
MUITO IMPORTANTE : JAMAIS UTILIZE O CABO 4 VIAS PARA FAZER LIGAÇÕES DE FORÇA EM 110 ou 220 V . Os cabos coloridos utilizamos para identificar as conecções .Geralmente os cabos vermelho e preto são usados para a alimentação +12 V e -12 V respectivamente,e os cabos amarelo e verde para o sinal de disparo.
:: Polaridade : A limentação dos infravermelhos é polarizada, ou seja, não funciona se for trocado o positivo pelo negativo. Já os contatos (RELAY) não são polarizados podendo ser ligados de qualquer forma, desde que obedeçam o princípio da ligação série entre os sensores.
3.5 - A sirene : Geralmente possui os cabos de alimentação nas cores vermelha e preta .Vermelho : Positivo +12 VPreto : Negativo - 12 V . Da mesma forma que o infra, a sirene é polarizada. Se ligada invertida, não funciona.
4 - Juntando as Partes : Vamos ver como ficaria a ligação de uma CODE 300 com ::: 2 Sensores Passivos Infravermelhos.:: 1 Sensor Magnético de porta.:: 1 Discador DS-500:: 1 Sirene
V2V1VOZ
TERRA
0504
0302
JF
MA
MJ
JD
NO
SA
R10
D1
R15
D2
R4
by Dutra
STARTTRON
DIS
+ 12 V
- 12 V
LINHA2
LINHA1
DS1
IR-01
by DutraSTARTTRON
dB
TAMPERRELAY+12V -12V
-
-
-
-
--
ON
OFF L E D
32
1P U
L S E
BATERIA 12V
+-
SIRENE 12 V
by DutraSTARTTRON Set1Set2Set3 Com +Sire -Vcc+Vcc
+Vcc-Vcc+SireComSet3 Set2 Set1- LED +
DSEN
PROG
ASOND J
J M A M F J
03040506
D0
BOT
IR-01
by DutraSTARTTRON
dB
TAMPERRELAY+12V -12V
-
-
-
-
--
ON
OFF L E D
32
1P U
L S E
INFRA 1 INFRA 2
CENTRAL
Cabo 4 Vias
DISCADOR
IMÃ SENSOR
LINHA TELEFÔNICA