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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL RODRIGO NATHAN BRAGA CAPACETE AUTOMATIZADO Garça 2017

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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

RODRIGO NATHAN BRAGA

CAPACETE AUTOMATIZADO

Garça

2017

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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

RODRIGO NATHAN BRAGA

CAPACETE AUTOMATIZADO

Artigo Científico apresentado à Faculdade de

Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito

para a conclusão do Curso de Tecnologia em

Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte

comissão de professores.

Data da Aprovação: 03 / 07 / 2017

____________________________________

Orientador: Profº Me. Edson Mancuzo

FATEC – Garça

____________________________________

Profº Me. Gustavo Adolfo Mesquita Serva

Coraini

FATEC – Garça

____________________________________

Profº Espec. César Ferreira Rosário

FATEC – Garça

Garça

2017

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AGRADECIMENTOS

Por meio deste documento venho agradecer todos que contribuíram para o

desenvolvimento do projeto, mas principalmente, deixar meus agradecimentos aos que

participaram, de maneira direta e indireta, desse período na minha vida que é de muita

importância para o meu desenvolvimento profissional e humano.

Primeiramente quero agradecer a Deus por ter me dado saúde para prosseguir nos

meus objetivos, e principalmente, por permitir que essa etapa seja concluída com sucesso.

Venho agradecer aos meus pais, José Carlos e Sônia Maria, por todo o apoio e

incentivo para correr atrás dos meus objetivos, pois, são pessoas fundamentais para minha

formação como cidadão, pelo qual tenho muita admiração.

Agradeço ao orientador Prof.º Me. Edson Mancuzo pela confiança e por todo o suporte

para a realização do projeto e também pelo aprendizado que adquiri durante o curso, não só

pelo conteúdo em aula, mas pelas conversas pós-aulas que contribuíram muito para o

planejamento da minha vida profissional.

Sou grato também à instituição Faculdade de Tecnologia de Garça, que me acolheu e

me deu todo o apoio para que pudesse aproveitar o curso de tecnologia em Mecatrônica

Industrial, cujo foi o primeiro passo da minha carreira acadêmica e da minha formação

profissional.

Venho agradecer, aos meus amigos e a todas as pessoas que conheci durante esse

período, por todos os momentos que passei durante essa caminhada, fiz amizades que jamais

irei esquecer.

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EPÍGRAFE

O sucesso nasce do querer, da determinação e

persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não

atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no

mínimo fará coisas admiráveis.

José de Alencar

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CAPACETE AUTOMATIZADO

Rodrigo Nathan Braga¹

[email protected]

Profº Me. Edson Mancuzo²

[email protected]

Resumo - Nos dias atuais muitos condutores de motocicleta tem circulado utilizando o

equipamento de segurança de maneira irregular, sendo assim, o número de autuações de

motociclistas tem aumentado bastante, além do que, tal irregularidade dos motociclistas em

deixar a viseira aberta pode acarretar em um possível acidente.

A utilidade do projeto consiste no desenvolvimento de um hardware e software que

proporcione maior segurança ao condutor de motocicleta através da identificação do uso

correto do capacete e viseira.

O propósito do projeto é apresentar um dispositivo de segurança a ser utilizado no

capacete para que o condutor venha conduzir a motocicleta de maneira segura, mostrando ao

condutor a importância do equipamento de segurança e consequentemente reduzir o número

de infrações de trânsito e incidentes durante a condução de uma motocicleta.

PALAVRAS CHAVE: Segurança no trânsito; Comunicação via radio frequência; capacete

de motocicleta.

________________________________________________________________

¹ - Discente da instituição Faculdade de Tecnologia de Garça

² - Docente da instituição Faculdade de Tecnologia de Garça

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Abstract - Nowadays many motorcycle drivers have circulated using safety equipment in an

irregular way, so the number of motorcyclists has increased considerably, and this irregularity

of motorcyclists leaving the visor open can lead to a possible accident

The usefulness of the project is the development of hardware and software that

provides greater safety to the motorcycle driver by identifying the correct use of the helmet

and visor.

The purpose of the project is to present a safety device to be used on the helmet so

that the driver will drive the motorcycle safely, showing the driver the importance of safety

equipment and consequently reduce the number of traffic violations and incidents while

driving of a motorcycle.

KEY WORDS: Traffic Safety; Communication via radio; motorcycle helmet.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Frota de motocicletas no Brasil _____________________________________ 3

Figura 2: Sistema de comunicação ___________________________________________ 7

Figura 3: Faixa de frequência de transmissões por rádios e aplicações _____________ 8

Figura 4: Interferência construtiva e destrutiva ________________________________ 9

Figura 5: Placa do transmissor 433, 92 Mhz ___________________________________ 9

Figura 6: Diagrama esquemático do circuito gerador de pulsos __________________ 10

Figura 7: Placa do receptor 433, 92 Mhz _____________________________________ 10

Figura 8: Diagrama esquemático do sistema de bloqueio e alarme ________________ 11

Figura 9: Estrutura de programação em C ___________________________________ 12

Figura 10: Microcontrolador PIC18f4550 ____________________________________ 14

Figura 11: Lógica do programa – parte 1 ____________________________________ 15

Figura 12: Lógica do programa – parte 2 ____________________________________ 15

Figura 13: Estrutura do capacete de motocicleta ______________________________ 16

Figura 14: Capacete em 3D ________________________________________________ 17

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 2

1.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 3

1.3 Relevância do Projeto ................................................................................................... 3

2. DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 4

2.1 Metodologia .................................................................................................................. 4

2.2 Revisão de Literatura .................................................................................................. 6

2.2.1 Comunicação via radiofrequência .................................................................... 6

2.2.1.1 Interferência na comunicação RF .......................................................... 8

2.2.1.2 Módulo de radiofrequência ..................................................................... 9

2.2.1.3 Eletrônica ................................................................................................ 11

2.2.2 Linguagem C ..................................................................................................... 11

2.2.2.1 Microcontrolador ................................................................................... 13

2.2.2.2 Programação ........................................................................................... 14

2.2.3 Capacete de segurança para motociclistas ..................................................... 16

2.3 Resultado ..................................................................................................................... 17

2.4 Dificuldades Apresentadas ........................................................................................ 17

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 18

4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 19

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1. INTRODUÇÃO

O Ministério da saúde, no ano de 2015, relatou que o Brasil se encontra em quinto

lugar entre os países com o maior número de acidentes envolvendo motocicletas, sendo que

no ano de 2013 houve 12.040 mortes com o envolvimento de motocicletas. Por meio dos

dados disponibilizados pelo Blog da saúde, pertencente ao Ministério da saúde, foi informado

que 19,7% das vitimas estavam sem o capacete de segurança. (Blog da Saúde, 2015)

Segundo Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA 2011), que

traça o perfil das vítimas de violências e acidentes atendidas em serviços de

urgência e emergência do Sistema Único de Saúde em capitais brasileiras,

78,76% das vítimas de acidente de transporte terrestre envolvendo

motociclista são homens, na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre os

motociclistas ouvidos, 19,6% informaram o uso de bebida alcoólica antes do

acidente e 19,7% estavam sem capacete.

A cada dez acidentes, sete têm o envolvimento de motociclistas indenizados em 2014

pelo “danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (DPVAT)”, sendo as

principais causas de acidentes envolvendo motocicletas a falta de atenção do motociclista,

estresse, andar entre veículos, pressa para cumprir horários, desrespeito aos pedestres e

semáforo, entre outros, com base neste cenário é evidente a importância de todo equipamento

de proteção para que a locomoção seja mais segura possível. (Mariana Czerwonka, 2015).

Segundo as analises da especialista do trânsito e consultora do Portal do Trânsito.

(Elaine Sizilo, 2015)

Os equipamentos de segurança, principalmente o capacete, pode prevenir

cerca de 69% dos traumatismos crânio-encefálicos e 65% dos traumatismos

da face. O capacete protege o usuário desde que utilizado corretamente, ou

seja, afivelado, com todos os seus acessórios e complementos [...] As

viseiras fazem parte do capacete e protegem os olhos e parte da face contra

impactos de chuva, poeira, insetos, sujeira e detritos jogados ou levantados

por outros veículos. Em velocidade, o impacto de um pequeno objeto causa

um grande estrago se o piloto não estiver suficientemente protegido.

Ao considerar a importância que o capacete e a viseira representam para a segurança

do condutor, em específico na região dos olhos e face, surgiu à motivação em realizar o

desenvolvimento de um dispositivo que bloqueie o motor de ignição ou acione um alarme se

o condutor da motocicleta não estiver utilizando o equipamento de segurança de maneira

correta, ou seja, com a viseira levantada.

No inicio do projeto foi realizada uma pesquisa sobre o tema para saber a opinião dos

moto-taxistas, abordando-os de maneira informal. Foi relatado sobre a possibilidade de haver

um dispositivo que bloqueie a motocicleta se o condutor estiver com a viseira levantada, após

realizar a abordagem foi apresentado pelos moto-taxistas a necessidade de levantar a viseira

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por certo período durante a condução da motocicleta, pois segundo eles a viseira riscada, o

excesso de calor e o excesso de chuva acabam prejudicando na visualização do trânsito, ou

seja, muitas vezes é necessário levantar a viseira para prosseguir na condução, com base nesta

situação o bloqueio da motocicleta poderia acarretar em possíveis acidentes, sendo assim, foi

necessário considerar somente o acionamento de um alarme caso a motocicleta esteja em

movimento e o motociclista esteja utilizando de maneira incorreta o equipamento de

segurança.

O projeto além de apresentar maior segurança ao condutor também tem como

consequência reduzir o número de infrações de trânsito sobre motociclistas. Essa tem sido

uma preocupação para quem utiliza a motocicleta para trabalhar, por exemplo, moto-taxistas,

motoboys, entre outros.

Foi realizada uma reportagem, no ano de 2013, pelo jornal regional na cidade de

Barretos – São Paulo, Portal G1 - Ribeirão e Franca, sobre uma nova atitude dos moto-

taxistas em relação aos devidos cuidados de segurança no trânsito. De acordo com Antônio

Maurício Alexandre, moto-taxista, os passageiros têm escolhido realizar a viagem com a

viseira aberta, atitude que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não apoia.

Sendo assim, Antônio Mauricio Alexandre e outros moto-taxista tem encontrado uma

maneira de evitar que os passageiros adotem tal atitude, a maneira encontrada pelos moto-

taxistas foi parafusar a viseira no capacete de modo que a impeça de ser manuseada pelos

passageiros, garantindo que durante a viagem a viseira esteja na posição apropriada.

Segundo o delegado da Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN) o problema

é que parafusar a viseira no capacete é proibido, pois, altera na característica base do

equipamento uma vez que a viseira se encontra fixa numa posição impossibilitando que em

um possível acidente, a viseira fechada, venha dificultar na respiração. (G1 - Ribeirão e

Franca, 2013).

Levando em consideração a preocupação do moto-taxista sobre o uso correto da

viseira e a fala do delegado, podemos encontrar mais um ponto positivo sobre o projeto, pois

o projeto não altera as características do capacete e da viseira, sendo que a viseira terá a

mesma mobilidade.

1.1 Objetivo Geral

Desenvolver um sistema mecatrônico acoplado no capacete do motociclista, cuja

função principal é promover a segurança.

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1.2 Objetivos Específicos

Apresentar aos motociclistas a importância dos equipamentos de segurança

para condução da motocicleta.

Impossibilitar que a motocicleta venha ser ligada se o motociclista estiver

utilizando o capacete de forma inadequada.

Acionar um alarme, caso a motocicleta esteja em movimento e o capacete

esteja sendo utilizado de maneira inadequada.

1.3 Relevância do Projeto

No ano de 2014 foi publicada uma pesquisa realizada pelo sindicato da indústria de

autopeças (Sindipeças) relatando o crescimento de frotas de motocicletas, em território

brasileiro, atingindo a quantidade de 13,12 milhões de motocicletas circulando pelo país,

conforme figura 1.

Figura 1 - Frota de motocicletas no Brasil

Fonte: (G1 – São Paulo, 2015).

Ao analisar este gráfico, desenvolvido pela Sindipeças, é nítido o interesse dos

condutores em utilizar a motocicleta para se locomoverem.

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De acordo com Felipe Ferreira (2009, p.15), a motocicleta vem crescendo devido à

economia de tempo e financeira, em relação a outro meio de transporte, e pela habilidade que

ela proporciona ao motociclista em se locomover em vias congestionadas.

Mesmo com todos esses benefícios, a utilização de uma motocicleta possui seus riscos,

sendo assim, exige dos motociclistas muita responsabilidade ao conduzi-la. Sendo as

seguintes responsabilidades:

Conduzir respeitando as leis de trânsito

Conduzir utilizando os equipamentos de segurança de maneira correta

Realizar manutenções preventivas na motocicleta

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) adverte que conduzir motocicleta sem usar

capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção é considerado infração gravíssima.

Artigo 244 – I: Sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de

proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas

pelo CONTRAN;

Tal relevância se encontra na quantidade expressiva de motocicletas circulando pelo

país, e principalmente, na necessidade de priorizar a segurança dos motociclistas e do trânsito.

2. DESENVOLVIMENTO

Para prosseguir no desenvolvimento do projeto foi necessário utilizar os

conhecimentos adquiridos no decorrer do curso, mas principalmente, realizar pesquisas

paralelas sobre assuntos relevantes ao tema escolhido. O projeto tem como alicerce as áreas

da mecânica, da eletrônica e de um sistema computacional que se interagem entre si

proporcionando um dispositivo embarcado que promova benefícios na segurança e saúde do

motociclista.

2.1 Metodologia

A metodologia é composta por um documento acadêmico com dados concretos e

relevantes ao tema, juntamente, com o desenvolvimento experimental de um protótipo para

verificar a viabilidade do projeto proposto.

O projeto se consolida na redução de possíveis riscos que os motociclistas encontram

na não utilização correta do capacete de segurança, ou seja, o projeto irá supervisionar a

utilização do capacete como um todo, incluindo o fechamento da cinta jugular.

Outra característica positiva do projeto é que ele poderá ser utilizado como um

dispositivo de alarme, pois, a motocicleta não irá funcionar com outro capacete, ou seja, para

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que a motocicleta venha ser ligada é necessário que o capacete do proprietário venha estar em

condições adequadas para condução, e principalmente, venha estar próximo ao módulo

receptor, dificultando em um possível furto da motocicleta.

O procedimento do protótipo se divide em três etapas:

1º Etapa: Transmissor – Está embutida no capacete a placa do circuito do transmissor

juntamente com o sistema de sensoriamento que está sendo realizado através do reed switch,

responsável por identificar a posição da viseira e o estado da cinta jugular.

Quando o sensor reed switch for acionado, o transmissor irá enviar ao receptor um

sinal codificado, porém quando o motociclista levantar a viseira ou soltar a cinta jugular, o

reed switch não será acionado, portanto, o transmissor não irá enviar sinal.

Ainda nessa etapa foi desenvolvido um circuito gerador de pulsos que está conectado

com o módulo transmissor com o objetivo de gerar pulsos de tempo em tempo se a viseira

estiver fechada e a cinta jugular estiver afivelada.

2º Etapa: Receptor – O receptor está localizado próximo ao motor de ignição da motocicleta,

ele é o responsável por decodificar o sinal enviado pelo transmissor e baseado no sinal

adequado, acionar o relé inserido na placa do receptor.

A placa de circuito impresso do módulo receptor é o mediador entre o sensoriamento,

atribuído na viseira e cinta jugular, e o microcontrolador responsável pelo acionamento do

bloqueio e alarme da motocicleta.

3º Etapa: Sistema de bloqueio e alarme – Está sendo controlado por um microcontrolador,

responsável pela sincronização entre a comunicação via radiofrequência e o bloqueio do

motor de ignição e acionamento do alarme.

- Descrição da metodologia do protótipo:

Se a motocicleta estiver desligada, a viseira estiver aberta e a cinta jugular solta, o relé

do motor de ignição permanece em contato aberto, evitando que a motocicleta seja ligada.

Quando o motociclista fechar a viseira e afivelar a cinta jugular será enviado um sinal

para o receptor que irá acionar o relé presente na placa do receptor, o relé é utilizado como

sinal para o microcontrolador, após receber o sinal do relé, por meio de um programa inserido

no microcontrolador, será acionado um segundo relé localizado na terceira etapa permitindo

que a motocicleta seja ligada, juntamente com o acionamento do Light Emitter Diode (LED) –

azul.

No entanto se a motocicleta estiver ligada e o condutor decida levantar a viseira

durante a condução, o relé presente na placa do receptor não será acionado, sendo assim, ao

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levantar a viseira será acionado um alarme sonoro e visual, representado por um LED –

vermelho e um buzzer, com o objetivo de lembrar o condutor para fechar a viseira.

Para produção real do projeto é recomendavel que os componentes utilizados venham

ser em Surface Mount Device (SMD) visando um dispositivo compacto.

2.2 Revisão de Literatura.

Foi realizada uma abordagem aprofundada sobre a comunicação via radiofrequência

entre o módulo transmissor e o módulo receptor, envolvendo o circuito eletrônico utilizado no

projeto com o propósito de reduzir as chances de ruídos e também sobre a linguagem de

programação em C, pois, tal linguagem foi utilizada no microcontrolador para que a

comunicação esteja sincronizada com o sistema de bloqueio e alarme.

2.2.1 Comunicação via radiofrequência.

A necessidade de dispositivos se comunicarem com outros equipamentos estão cada

vez mais presentes na rotina das pessoas, sendo assim, a comunicação via radiofrequência tem

se expandido muito nas ultimas décadas, sendo um de seus principais benefícios à

comodidade e mobilidade que dispositivos portáteis proporcionam ao usuário.

O sistema de comunicação é constituído pelos seguintes processos, conforme a figura 2.

Fonte de informação: Responsável pela origem da mensagem.

Transmissor: A etapa responsável por transmitir um sinal adequado para o meio

físico.

Sistema de codificação: É receber o sinal a ser enviado e transformar em sinal

elétrico.

Canal: A etapa cujo sinal se propaga entre a fonte de informação e o destinatário da

mensagem.

Ruído: Um distúrbio que interfere no transporte da comunicação.

Receptor: Responsável por receber o sinal do meio físico e transmitir para o

destinatário.

Sistema de decodificação: Receber o sinal elétrico enviado pelo transmissor e

processar esse sinal, recuperando a mensagem de origem.

Destino da informação: É a etapa cuja mensagem foi direcionada.

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Figura 2 - Sistema de comunicação

Fonte: (Eisencraft, 2007. p. 3).

Tal modelo de comunicação tem contribuído muito para a evolução tecnológica

presente no século XXI, pois, por meio da comunicação sem fio e da tecnologia disponível é

possível estabelecer conectividade geográfica de longas distâncias que há anos não era

imaginável. Através da comunicação sem fio surgiu um vasto campo de aplicações para que a

tecnologia e a ciência venham ser utilizadas para solução e monitoração de determinados

processos.

A radiofrequência é o principal canal de comunicação sem fio, podendo alcançar

longas distâncias se comparado com a radiação infravermelha que necessariamente tem como

requisito uma comunicação de curta distância e sem barreiras entre o emissor e o destinatário.

Para reduzir o número de conflitos entre as diferentes aplicações onde a comunicação

sem fio é utilizada, foram classificadas faixas de frequências, sendo sua unidade de medida o

Hertz (Hz), para cada finalidade, onde cada faixa é apropriada para um modo de transmissão,

conforme a figura 3.

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Figura 3 - Faixa de frequência de transmissões por rádios e aplicações.

Fonte: (Vilela, 2012. p. 6).

A comunicação utilizada no projeto é via radiofrequência, pois, tal comunicação não

interfere na mobilidade que o motociclista venha ter ao conduzir a motocicleta e também pela

sua eficiência na transmissão de dados entre o transmissor localizado no capacete e o receptor

localizado próximo ao motor de ignição.

2.2.1.1 Interferência na comunicação RF.

Todo sistema de transmissão de dados está sujeito à presença de ruídos, pois, eles são

sinais indesejáveis que são gerados por interferências externas causadas por eventos da

natureza e/ou por dispositivos que produz faísca, por exemplo, motor a combustão, motores

com escovas.

As interferências são sinais que estejam operando na mesma, ou nas proximidades, da

frequência do módulo receptor, resultando desde pequenas falhas na comunicação até a

anulação da transmissão de dados entre equipamentos sem fios.

Existem dois tipos de interferência quando se trata de ondas de radio, sendo elas:

Construtivas – É quando duas cristas, ou dois vales, de ondas da mesma faixa de

operação, se encontram gerando uma soma em suas amplitudes, que por consequência resulta

em uma crista, ou vale, maior durante o período de encontro.

Destrutiva – É quando um vale e uma crista de onda, da mesma faixa de operação, se

encontram gerando uma subtração em suas amplitudes, onde prevalece a onda que possuir

uma amplitude maior, conforme a figura 4.

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Figura 4 - Interferência construtiva e destrutiva

Fonte: (Wireless-PT, 2015)

Porém através da seleção de componentes de qualidade de acordo com as

características técnicas dos componentes é possível amenizar a interferência obtida na

comunicação.

2.2.1.2 Módulo de radiofrequência.

O responsável pela transmissão de dados no projeto é o módulo transmissor

encontrado nos controles remotos para o acionamento de portões e alarmes, a escolha do

módulo transmissor para o projeto foi definido devido ao seu grande uso, e também pelo fato

de ser um dispositivo de baixo custo e possuir uma faixa de frequência que apresenta uma

comunicação com o número reduzido de interferências, sendo assim, proporcionando uma

comunicação eficiente para o projeto, tal transmissor opera na faixa de frequência 433, 92

Mhz, sendo sua modulação em amplitude (AM) e possuindo uma frequência constante.

Devido à complexidade na codificação do transmissor e na programação e

decodificação do receptor foram utilizadas placas prontas, ou seja, foi utilizado um

transmissor e um receptor pronto para transmitir e receber o sinal apropriado, conforme a

figura 5.

Figura 5 - Placa do transmissor 433,92 Mhz

Fonte: (Autor)

Foi desenvolvido no capacete um circuito gerador de pulsos que ao ser conectado ao

módulo transmissor, o sinal adequado, referente à viseira e a cinta jugular, é enviado de tempo

em tempo ao módulo receptor.

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O diagrama esquemático do circuito gerador de pulsos foi desenvolvido no software

Proteus - versão 7.7, conforme a figura 6.

Figura 6 - Diagrama esquemático do circuito gerador de pulsos

Fonte: (Elaborado pelo autor)

O módulo receptor tem a função de receber os dados enviados pelo transmissor, após

receber o sinal transmitido, é necessário decodificar esse sinal para que o acionamento do

alarme e/ou o bloqueio do motor de ignição seja executado respeitando o estado da

motocicleta, juntamente, com as posições da viseira e da cinta jugular realizar.

Foi necessário que a placa do receptor seja constituida de um canal, sendo o

responsável por enviar o sinal para a placa de acionamento do alarme e bloqueio da

motocicleta, conforme a figura 7.

Figura 7 - Placa do receptor 433, 92 Mhz

Fonte: (Autor)

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2.2.1.3 Eletrônica.

Para o desenvolvimento do protótipo foi realizado um diagrama esquemático do

circuito utilizado para o acionamento do alarme e do bloqueio do motor de ignição da

motocicleta. Tal circuito foi elaborado no software Proteus - versão 7.7 para posteriormente

ser construída a placa de circuito impresso, conforme a figura 8.

Figura 8 - Diagrama esquemático do sistema de bloqueio e alarme

Fonte: (Elaborado pelo autor)

Esse circuito é o responsável pelo sistema de alarme, tanto o sonoro representado pelo

buzzer, quanto pelo o visual representado pelo LED, sendo utilizado um dos LED’s para

indicar que a motocicleta está em movimento.

Devido à placa do receptor e do sistema de bloqueio estar separadas, foi necessária a

utilização de bornes para interligação entre as placas, resultando no funcionamento

sincronizado do sinal recebido pelo módulo receptor e o acionamento realizado pelo

microcontrolador.

2.2.2 Linguagem C

Com a crescente evolução da tecnologia, têm sido necessário realizar a comunicação

com máquinas para otimização e controle de determinados processos. Mas para que essa

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interação, entre máquinas e processos automatizados, seja eficaz é primordial que a

comunicação utilizada seja uma linguagem que a máquina entenda.

A linguagem de programação em C teve seu inicio no ano de 1972, sendo o

responsável pelo seu desenvolvimento, o cientista da computação Dennis Ritchie. Com o

passar dos anos, tal linguagem, acabou tendo a preferência dos programadores, pois, segundo

Pereira (2015. p. 1), a linguagem C foi construída por e para programadores, sendo a principal

razão pela qual a linguagem mencionada tenha sido acolhida entre os profissionais.

A linguagem de máquina utilizada no projeto é a linguagem de programação em C, tal

linguagem se encontra entre uma das mais utilizadas em sistemas de baixo e alto nível de

complexidade. De acordo com Mizrahi (2008. p. 2).

A linguagem de programação C tornou-se rapidamente uma das mais

importantes e populares, principalmente por ser muito poderosa, portátil,

flexível e pela padronização dos compiladores existentes [...]. Os programas

em C tendem a ser bastante compactos e de execução rápida.

A linguagem em C é estruturada de maneira sequencial, ou seja, o programa segue uma

ordem de leitura a ser executada, tal ordem se inicia pelas declarações e definições das variáveis

depois pela função main, a função principal do programa, e logo após, a área de execução das funções

e das variáveis, conforme a figura 9.

Figura 9 - Estrutura de programação em C

Fonte: (Elaborado pelo autor)

O programa é composto por códigos, representados por símbolos e letras, já as

variáveis se submetem á funções respeitando os operadores lógicos e aritméticos de acordo

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com o algoritmo proposto. As variáveis são de extrema importância na construção do

programa, pois, são elas que serão manipuladas para determinadas finalidades, baseadas nas

condições inseridas no programa. Segundo Mizrahi (2008. p. 13):

Uma variável em C é um espaço de memória reservado para armazenar um

certo tipo de dado e tendo um nome para referenciar o seu conteúdo. [...]

uma variável é um espaço de memória que pode conter, a cada tempo,

valores diferentes.

Ela é uma ferramenta que contribuiu muito para o desenvolvimento da tecnologia e da

ciência, pois, através da programação em C muitos processos tecnológicos e controlados

puderam ser aperfeiçoados satisfazendo os requisitos de uma linguagem de máquina eficiente

no decorrer dos anos.

2.2.2.1 Microcontrolador.

Com o desenvolvimento da tecnologia tal componente eletrônico tem ganhado seu

espaço na otimização de tecnologias e sistemas embarcados, ele tem sido um dos responsáveis

pela automatização em ambientes cirúrgicos, economia energética, robótica, e área afins.

Segundo Denardin (sem data. p. 2) uma das áreas que vem sendo bastante explorada

por microcontroladores são sistemas embarcados.

O universo de aplicações dos microcontroladores, como já mencionado, está

em grande expansão, sendo que a maior parcela dessas aplicações é em

sistemas embarcados.

De acordo com Denardin (sem data. p. 2) é possível concluir que o alcance dessa

tecnologia tem sido mais importante, do que pode ser dimensionado devido ao seu baixo

custo e também por ser um componente compacto, ou seja, por possuir dimensões físicas

muito pequenas.

O microcontrolador será o responsável por controlar o sistema de acionamento de

alarme e bloqueio do projeto, sendo que o controle será realizado por meio de um programa

desenvolvido em linguagem C e sua área de trabalho será o compilador MikroC PRO for PIC,

produzido pela empresa Mikroelektronika.

Foi escolhido o PIC18f4550, da Microchip, devido a sua grande utilização na

construção de prototipagem, porém, na produção real do projeto é recomendável que o

microcontrolador venha a ser mais compacto, ou seja, venha ocupar o mínimo de espaço

possível, conforme a figura 10.

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Figura 10 - Microcontrolador PIC18f4550

Fonte: (Microchip – Data sheet, 2009. p. 2)

Suas principais características são:

São 35 portas configuráveis como entradas e saídas digitais.

São 13 portas configuráveis como canais de entradas analógicas.

Sua frequência de operação é até 48 Mhz.

Possui 4 temporizadores de 8 e 16 bits.

Possui 256 bytes de memória EEPROM de dados

Possui 32 Kbytes de memória FLASH para armazenamento de programa.

Possui 2 Kbytes de SRAM para armazenamento de dados

2.2.2.2 Programação.

Na imagem a seguir se encontra a lógica do programa inserido no microcontrolador

utilizado no projeto, o programa desenvolvido tem como função executar o acionamento do

alarme, visual e sonoro, e controlar o sistema de bloqueio e desbloqueio do motor de ignição.

Para realizar a programação foi dividido o programa em dois estados, sendo eles a

motocicleta desligada e a motocicleta ligada, o primeiro estado é responsável por não acionar

os alarmes e o motor de ignição se o capacete estiver sendo utilizado de maneira inadequada,

conforme a figura 11.

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Figura 11 - Lógica do programa – parte 1

Fonte: (Elaborado pelo autor)

O segundo estado tem como função garantir que a motocicleta só venha ser ligada se o

motociclista estiver utilizando o capacete com a viseira e a cinta jugular nas condições ideais

para conduzi-la.

Se a motocicleta estiver em movimento e o motociclista decida levantar a viseira, o

microcontrolador, por meio da programação, irá acionar os alarmes com o objetivo de lembrar

o motociclista fechar a viseira o mais breve possível, conforme a figura 12.

Figura 12 - Lógica do programa – parte 2

Fonte: (Elaborado pelo autor)

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2.2.3 Capacete de segurança para motociclistas.

O capacete é um dos principais equipamentos de segurança que o condutor e o

passageiro possuem para se locomoverem em uma motocicleta, sua função é proteger o crânio

em caso de acidente e/ou impacto.

Segundo Paulino (2008. p. 53), a fabricação do capacete é totalmente voltada para a

redução de lesões na região craniana, conforto e eficiência do equipamento na sua utilização

de maneira correta.

Atualmente, os capacetes são projetados tendo em conta diversos

parâmetros, tais como a redução do risco de lesões leves ao nível do cérebro,

a estabilidade do capacete na cabeça do utilizador perante as mais diversas

situações, e o conforto do capacete, que engloba parâmetros como a

ventilação e o peso. Relativamente à estrutura de um capacete, esta e

basicamente composta por uma viseira, um casco exterior rígido, um

material de espuma, um acolchoamento interior ou forro, um sistema de

ventilação e um sistema de retenção [...] A viseira é construída num material

resistente e transparente, como, por exemplo, o policarbonato, e projetada

para que possa proteger a face do utilizador do capacete do vento, pó e

insetos, podendo ainda ser equipada com uma camada anti-risco. E, também,

fundamental que o visor não provoque nenhum tipo de anomalia na visão do

utilizador e que possua um sistema de abertura fiável e eficaz.

Conforme a figura 13, a construção do capacete é visando o conforto e a segurança do

motociclista.

Figura 13 - Estrutura do capacete de motocicleta

Fonte: (Paulino, 2008. p. 54)

Para o capacete ser comercializado e liberado para o uso em vias publicas é

obrigatório ter o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial (INMETRO), ou seja, o equipamento de segurança antes de ser comercializado tem

que ser certificado pelo INMETRO.

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Durante o desenvolvido do projeto foi realizado o desenho em três dimensões (3D) do

protótipo cujo sua finalidade é facilitar na visualização do mesmo. O ambiente de trabalho

utilizado para a realização do desenho em 3D foi o software Autodesk Inventor Professional

2013, conforme a figura 14.

Figura 14 - Capacete em 3D

Fonte: (Elaborado pelo autor)

2.3 Resultado.

O principal motivo para realização do projeto foi solucionar o problema de acidentes e

incidentes que os motociclistas estão sujeitos a enfrentar durante a sua locomoção, porém,

para saber com exatidão sobre a redução dos acidentes causados pelo uso incorreto do

equipamento de segurança do motociclista é necessário que o projeto venha ser utilizado em

grande escala, atingindo lugares variados no país.

Entretanto o projeto, por meio de seu funcionamento, visa conscientizar os

motociclistas impossibilitando que a motocicleta venha ser conduzida caso o motociclista não

esteja utilizando adequadamente o equipamento de segurança para locomoção.

O projeto é viável por proporcionar aos motociclistas um dispositivo embarcado que

reduz as chances de acidentes causados pelo uso indevido do capacete, reduz a quantidade de

autuações que os motociclistas podem receber por utilizar o capacete de maneira incorreta e

por poder utilizar o dispositivo como um sistema de segurança antifurto, visto que a

motocicleta só será ligada com o capacete do proprietário da motocicleta.

2.4 Dificuldades Apresentadas.

Durante o andamento do projeto foram vivenciadas dificuldades relacionadas com a

eletrônica tanto na construção do protótipo, quanto na definição de componentes e

equipamentos a serem utilizados, visando um melhor funcionamento.

No desenvolvimento do protótipo as dificuldades relacionadas à comunicação sem fio

foram codificar e decodificar o sinal a ser transmitido entre os módulos de transmissão e

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recepção de dados, para solução da dificuldade apresentada foi utilizada, em concordância

com o professor orientador, placas do transmissor e receptor já programados.

Outra dificuldade vivenciada no decorrer do projeto foi relacionada à construção da

placa de circuito impresso sendo necessário realizar ajustes para o seu funcionamento, pois,

na elaboração do circuito na área ARES do software Proteus presente no meu notebook foram

apresentadas falhas que impediram que as trilhas do circuito fossem realizadas, portanto foi

enviado o diagrama esquemático, desenvolvido na área ISIS do Proteus - versão 7.7, para um

companheiro de sala que ao concluir a elaboração das trilhas do Proteus foi realizado a

elaboração do circuito impresso.

Ao realizar a solda dos componentes foi identificado que o microcontrolador não

estava sendo alimentado, logo foi soldado um fio realizando a ligação entre o

microcontrolador e a tensão de 5 volts.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto permite que futuras ideias possam se beneficiar do atual projeto, por

exemplo, o dispositivo embarcado no capacete do motociclista poderá ser acrescentado no

capacete do passageiro da motocicleta, garantindo que tanto o motociclista quanto o

passageiro utilizem de maneira adequada o equipamento de proteção, podendo também ser

acrescentado um sistema de auxilio aos motociclistas para realização de ultrapassagens, pois,

os motociclistas passam por dificuldades devido ao ponto cego presente nos retrovisores da

motocicleta.

Com a conclusão do projeto foi possível utilizar os conteúdos adquiridos durante o

curso, e principalmente, conhecer a área de sistemas embarcados que vem sendo muito

explorada pela mecatrônica nos últimos anos.

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