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___________________________________________________________________________________ Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de Moura” CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL DANILO HENRIQUE COSTA DE OLIVEIRA AUTOMAÇÃO DE UM ELEVADOR POR COMANDO DE VOZ Garça 2017

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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

DANILO HENRIQUE COSTA DE OLIVEIRA

AUTOMAÇÃO DE UM ELEVADOR POR COMANDO DE VOZ

Garça

2017

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CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

DANILO HENRIQUE COSTA DE OLIVEIRA

AUTOMAÇÃO DE UM ELEVADOR POR COMANDO DE VOZ

Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores.

Data de Aprovação: 09/12/16

Prof. Ms. Idelberto de Genova Bugatti

FATEC – Garça

Prof. Me. Gustavo Mesquita Serva Coraini

FATEC – Garça

Prof. Grad. Edson Mancuzo

FATEC – Garça

Garça

2017

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1. INTRODUÇÃO

Este projeto de pesquisa é fruto do término do curso de Mecatrônica Industrial. Para

isto foi desenvolvido um projeto que tem suas expectativas baseadas no

desenvolvimento e aplicação de um sistemas microcontrolado capaz de aplicar os

recursos de comando de voz via bluetooth a uma maquete de um elevador, com o

intuito de demostrar os benefícios desta técnica.

1. 1 OBJETIVOS

O presente projeto tem como objetivo desenvolver um sistema para elevadores. O

sistema contará ainda com o recurso de acionamento interno do destino com

comandos por voz em português do Brasil através da tecnologia bluetooth. O trabalho

é relevante pois pode contribuir com a economia de energia, rapidez no transporte,

conforto geral e inclusão de pessoas com necessidades especiais. Sua realização terá

o apoio de vasta pesquisa bibliográfica em áreas envolvidas como Programação,

Eletrônica.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Histórico dos elevadores

Segundo a Cartilha do Elevador pode-se definir elevador como: “Um elevador pode

ser definido como um mecanismo de elevação ou descida, fechado, para transporte

de pessoa e carga no sentido vertical. Sua estrutura contém os mecanismos de

operação como máquina, motor, cabina, cabos de aço, acessórios e etc.”

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Por volta de 1500 AC os egípcios usavam de animais e pessoas para puxar grande

quantidade de águas do Rio Nilo. Essa técnica evoluiu com a chegada da Revolução

Industrial através do uso da energia a vapor e posteriormente pela eletricidade.

Obras como a alavanca do grego Arquimedes, o Colosso de Rodes a construção das

pirâmides e os obeliscos no Egito; os zigurates na Mesopotâmia são exemplos de

construções que utilizaram elevadores rudimentares em épocas remotas.

Data-se do século XIX o inicio do desenvolvimento dos elevadores modernos. Esses

aparelhos foram evoluindo lentamente de sistema à vapor para hidráulico. Nessa

época o uso era inseguro para o transporte de pessoas, sendo usado somente em

fábricas, minas e armazéns.

Em 1853 Elisha Otis desenvolve um sistema que garante maior segurança aos

elevadores, possibilitando assim viabilidade da contrição de edificios de grande

altura, esse invento consistia em freios ocultos de segurança que mesmo com o

rompimento dos cabos de aço e elevador permanecia parado com segurança. Esses

elevadores ainda eram movidos à vapor ou força hidráulica. Os elevadores elétricos

surgiram no ano de 1880, sendo seu primeiro inventor o alemão Werner von

Siemens. A figura 1 mostra um esquema dos compoentes de um elevador.

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Figura 1 Posicionamento dos componentes do elevador para projetos de edifícios com casa de

máquinas – (Cartilha do Elevador)

Segundo (LEVERENGENHARIA, 2017) o elevador é um sistema composto por duas

massas suspensas interligadas (por cabos de aço, por exemplo) e distribuídas de

lados opostos de uma polia (ou arranjo de polias). Essa polia está conectada a uma

máquina de tração responsável por aplicar o torque necessário para que o sistema

saia de seu repouso e, por meio de aceleração imposta, atinja a sua velocidade

nominal (ou próximo disso). As duas massas mencionadas são, de um lado, a cabina

(e sua estrutura), e de outro lado, o contrapeso (e sua estrutura). Elas ficam

posicionadas em uma área livre no edifício destinada, exclusivamente, ao sistema do

elevador.

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segundo (PORTALBIOGRAFIAS, 2017) em 1926 é instalado um elevador de alta

velocidade no rio de Janeiro, no prédio do jornal “A Noite”. Em São Paulo um dos

primeiros edifícios com elevador foi o Edifício Martinelli.Em 1943 há a fabricação

completa de elevadores no Brasil, iniciada pela Villares. Em 1971, os primeiros

elevadores panorâmicos, no Brasil, foram instalados no Eron Brasília Hotal e no

Edifício Sir Wiston Churchil, em São Paulo, proporcionando uma visão interna ou

externa do edifício.Em 1989 lança-se no mercado o elevador linear onde o motor é

incorporado no contrapeso e não há necessidade da casa de máquinas,o que

significa o ganho de até dois andares.

Segundo (LEVERENGENHARIA, 2017) O espaço físico nos grandes centros

populacionais do mundo é cada vez mais disputado. Quando o crescimento

horizontal parece estar saturado, surge a necessidade da verticalização das

edificações.Essa característica populariza a utilização do elevador. Transportando

milhões de pessoas todos os dias, o elevador é indispensável para facilidades de

tráfego e acessibilidade aos ambientes.

2.2 Reconhecimento por comando de voz

Segundo (GUILHOTO & ROSA 2002) desde o final da década de 1950, varias

instituições pesquisam formas de fazer com que a voz fosse processada pelo

computador. Existem no mercado atualmente muitas aplicações com o uso dessa

técnica. Um dos exemplos mais comumente encontrado são os aparelhos celulares e

software de computador.

Para (YNOGUTY, 1999) o reconhecimento de fala consiste em mapear um sinal

acústico, capturado por um transdutor (usualmente um microfone ou um telefone) em

um conjunto de palavras.

2.3 Tecnologia Bluetooth

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O Bluetooth é uma tecnologia de comunicação sem fio que permite que computadores, smartphones, tablets e afins troquem dados entre si e se conectem a mouses, teclados, fones de ouvido, impressoras e outros acessórios a partir de ondas de rádio. A ideia consiste em possibilitar que dispositivos se interligem de maneira rápida, descomplicada e sem uso de cabos, bastando que um esteja próximo do outro. (ALECRIM, 2016).

Para o funcionamento do bluetooh é necessario um baixo consumo de energia

elétrica devido ao seu curto alcance. Faz-se uso de uma frequência de rádio de

onda curta de 2.4 GHz. O que garante a segurança desse meio é o seu curto

alcance e a habilitação dos dispositivos através do pareamento, onde os dispositivos

compartilham uma mesma senha. (CAMÂRA, 2016).

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Protótipo do elevador

O protótipo consiste na elaboração de uma maquete para simular o funcionamento

do elevador. A simulação sera feita baseado em 5 andares (Térreo mais 4

andares). Para facilitar a contrução da maquete foi desenvolvido um painel com 5

push button onde cada um fara as chamadas ao elevador, cada push button

correspondera a um andar do prédio. Para facilitar o entendimento do usuário cada

push buttom conta com um LED verde que se acendera indicando que a chamada

foi realizada. Feito a chamada, após o elevador chegar no andar correspondente o

usuário selecionara o destino através de um teclado numérico 4x3, o usuário

também pode usar o comando de voz através de um celular com SO Androidi para

acionar o destino. Todo o sistema será alimentado por uma fonte de 12V cc para o

acionamento do motor de passo, para os demais componentes sera usado um

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circuito integrado (CI) L7805 para regulagem da tensão em 5V cc, um CI L293D

para o funcionamento do motor de passo. Abaixo , nas figura 2 e 3, são exibidos

um esboço dos componetes do do protótipo.

Figura 2 Esquema do protótipo (O autor)

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Figura 3 Montagem do protótipo – (O autor)

3.2 Arduino UNO, o cérebro

Segundo (VIDADESILICIO, 2017) temos a seguinte definição:

“Arduino é uma plataforma open-source de prototipagem eletrônica com hardware e

software flexíveis e fáceis de usar, destinado a artistas, designers, hobbistas e qualquer

pessoa interessada em criar objetos ou ambientes interativos.”

Arduino é uma plataforma formada por dois componentes: A placa, que é o Hardware que

usaremos para construir nossos projetos e a IDE Arduino, que é o Software onde

escrevemos o que queremos que a placa faça.

A maior vantagem dessa plataforma de desenvolvimento sobre as demais é a sua

facilidade de sua utilização: projetos podem ser desenvolvidos em um intervalo de tempo

relativamente curto.

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O Arduino é um pequeno computador que você pode programar para processar entradas

e saídas entre o dispositivo e os componentes externos conectados a ele, interagindo

com o ambiente por meio de hardware e software. Para programar o Arduino (fazer com

que ele faça o que você deseja) utilizamos seu IDE (Ambiente Integrado de

Desenvolvimento), que é um software onde podemos escrever um código

numa linguagem semelhante a C/C++ que será traduzida, após a compilação, em um

código compreensível pelo Arduino.

Existem diversas placas Arduino, mas a mais popular é o Arduino Uno e será ela que

usarei para desenvolver o protótipo.

O hardware do Arduino é simples, porém muito eficiente. Vamos analisar a partir desse

momento o hardware do Arduino UNO. Ele é composto pelos seguintes blocos:

Figura 4 Placa Arduino UNO REV3 (VIDADESILICIO, 2017)

1. Microcontrolador:

O cérebro do Arduino. Um computador inteiro dentro de um pequeno chip. Este é o

dispositivo programável que roda o código que enviamos à placa. No mercado

existem várias opções de marcas e modelos de microcontroladores. A Arduino

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optou pelo uso dos chips da ATmel, a linha ATmega. O Arduino UNO usa o

microcontrolador ATmega328.

2. Conector USB:

Conecta o Arduino ao computador. É por onde o computador e o Arduino se

comunicam com o auxílio de um cabo USB, além de ser uma opção de

alimentação da placa.

3. Pinos de Entrada e Saída:

Pinos que podem ser programados para agirem como entradas ou saídas fazendo

com que o Arduino interaja com o meio externo. O Arduino UNO possui 14 portas

digitais (I/O), 6 pinos de entrada analógica e 6 saídas analógicas (PWM).

4. Pinos de Alimentação:

Fornecem diversos valores de tensão que podem ser utilizados para energizar os

componentes do seu projeto. Devem ser usados com cuidado, para que não sejam

forçados a fornecer valores de corrente superiores ao suportado pela placa.

5. Botão de Reset:

Botão que reinicia a placa Arduino.

6. Conversor Serial-USB e LEDs TX/RX:

Para que o computador e o microcontrolador conversem, é necessário que exista

um chip que traduza as informações vindas de um para o outro. Os LEDs TX e RX

acendem quando o Arduino está transmitindo e recebendo dados pela porta serial

respectivamente.

7. Conector de Alimentação:

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Responsável por receber a energia de alimentação externa, que pode ter uma

tensão de no mínimo 7 Volts e no máximo 20 Volts e uma corrente mínima de

300mA. Recomendamos 9V, com um pino redondo de 2,1mm e centro positivo.

Caso a placa também esteja sendo alimentada pelo cabo USB, ele dará

preferência à fonte externa automaticamente.

8. LED de Alimentação:

Indica se a placa está energizada.

9. LED Interno:

LED conectado ao pino digital 13.

Especificações da placa:

Nesta placa o microcontrolador ATmega328 é utilizado, este dispõem de 32kb de

memória flash e 2kb de SRAM. De maneira simples a memória flash é o local na qual

nosso programa será salvo, já a SRAM é a memória na qual nossas variáveis serão

salvas. A diferença básica entre esses dois tipos de memória é que a flash não perde

seus dados caso o Arduino seja desligado ou reiniciado o mesmo não é válido para a

SRAM.

IDE Arduino

Quando tratamos de software na plataforma Arduino, podemos referir-nos ao ambiente de

desenvolvimento integrado do Arduino e o programa desenvolvido por nós para enviar

para a nossa placa.

Uma das grandes vantagens dessa plataforma está no seu ambiente de desenvolvimento,

que usa uma linguagem baseada no C/C++, linguagem bem difundida, usando uma

estrutura simples.

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As funções da IDE do Arduino são basicamente três: permitir o desenvolvimento do

software, de enviá-lo à placa para que possa ser executado e de interagir com a placa

Arduino.

Figura 5 IDE Arduino (VIDADESILICIO, 2017)

3.3 Motor de passo

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Segundo Silva (2006), motor de passo é um tipo de motor elétrico que é

usado quando um movimento exige precisão ou quando deve ser rotacionado em

um ângulo exato, estes são encontrados com imã permanente (divididos em;

Unipolar, Bipolar e Multiphase) e relutância variável. Motores de relutância variável

usualmente têm três ou às vezes quatro bobinas, com um comum. Já os motores

de imã permanentes usualmente têm duas bobinas independentes, com ou sem o

comum central, controlado por uma série de campos eletromagnéticos que são

ativados e desativados eletronicamente. Motores de passo não usam escovas ou

comutadores, possuem um número fixo de pólos magnéticos que determinam o

número de passos por revolução. Ao se alimentar uma das bobinas é gerado um

campo magnético no estator o que induz o rotor a alinhar-se com o campo,

gerando um movimento chamado “passo”. Normalmente estes motores possuem

200 passos por volta sendo 360º de rotação, cada passo avança em 1,8º, com

alguns controladores pode-se posicionar o estator em micropassos obtendo-se

maior precisão no movimento. No projeto foi usado motor de passo bipolar com a

seguinte tabela de acionamento:

Figura 6 – Tabela e equema de ligação (Silva (2006)

3.4 Sensor Reed Switch

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Segundo Braga (2015), os reed switches ou interruptores de lâminas consistem em

dispositivos formados por um bulbo de vidro no interior do qual existem lâminas

flexíveis feitas de materiais que podem sofrer a ação de campos magnéticos. O

bulbo de vidro é cheio com um gás inerte de modo a evitar a ação corrosiva do ar

sobre as lâminas, o que afetaria o contacto elétrico em pouco tempo. Na sua versão

mais simples temos duas lâminas, montadas conforme mostra a figura 7.

Figura 7 Esquema reed switch – (braga, 2015)

O reed switch abre e fecha seus contactos conforme a ação de um campo magnético

externo.

Figura 7 Esquema reed switch acionamento – (Braga, 2015)

3.5 Módulo Bluetooth RS232 HC-05

O módulo bluetooth HC-05 oferece uma forma fácil e barata de comunicação com

seu projeto e diferente do modelo HC-06 suporta tanto o modo escravo como

mestre. Em sua placa existe um regulador de tensão e você poderá alimentar com

3.3 a 5v, bem como um LED que indica se o módulo está pareado com outro

dispositivo. Possui alcance de até 10m.

Segue abaixo as especificações do módulo

- Protocolo Bluetooth: v2.0+EDR - Firmware: Linvor 1.8

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- Frequência: 2,4GHz Banda ISM - Modulação: GFSK - Emissão de energia: <=4dBm, Classe 2 - Sensibilidade: <=84dBm com 0,1% BER - Velocidade Assíncrono: 2,1Mbps(Max)/160Kbps - Velocidade Síncrono: 1Mbps/1Mbps - Segurança: Autentificação e Encriptação - Perfil: Porta Serial Bluetooth - Suporta modo Escravo (Slave) e Mestre (Master) - CSR chip: Bluetooth v2.0 - Banda de Onda: 2,4Hhz-2,8Ghz, Banda ISM - Tensão: 3,3v (2,7-4.2v) - Corrente: Pareado 35mA; Conectado 8mA - Temperatura: -40 ~ +105°C - Alcance: 10m -BaudRate: 4800;9600;19200;38400;57600;115200;230400;460800;921600;1382400 - Dimensões: 26,9 x 13 x 2,2mm - Peso: 9,6g 3.6 Display LCD 16x2 e Teclado matricial 4x3

Display LCD 16x2 com backlight (luz de fundo) verde para utilização em

equipamentos eletrônicos. Possui 2 linhas com 16.

Teclado matricial de membrana com 12 teclas - 3x4 - com conector de 8 vias.

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Figura 8 Display LCD 16x2 KeyPad – (O autor)

3.7 O software

Para o desenvolvimento do software foi usado a ferramenta IDE (Integrated

Development Environment ou Ambiente de Desenvolvimento Integrado) do

Arduino. Como forma adicional e pela sua facilidade de depuração de código foi

utililizado também a IDE Dev-C++ v 5.11 no desenvolvimento das rotinas

relacionadas ao GA. Posteriormente todo o código foi adicionado à IDE do Arduino

para posteriormente ser gerado o arquivo e enviado a placa.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o protótipo pronto foram feitos testes para simular o funcionamento do projeto. O

protótipo apresentou algumas inconsistências com o motor de passo bipolar. Como

melhoria futura deve-se estudar a troca desse tipo de motor. Os sensores reed switch

precisaram de um melhor posicionamento para ficarem mais adequado a parada no

andar. O Conjunto display LCD e o KeyPad funcionaram em harmonia com o sistema não

apresentando problemas. O conjunto de push buttons desempenharam com total

satisfação o funcionamento. O acionamento de destino por comando de voz precisa de

melhorias pois o mesmo em algumas ocasiões não reconhece alguns chamados. No geral

o comando de voz contribuiu com o bem estar dos usuários e consequentemente com

economia de tempo e energia elétrica.

Assim conclui-se esse projeto que foi de grande importância para a fixação do conteúdo

aprendido durante o curso de Mecatrônica Industrial.

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5 REFERENCIAS

Cartillha do Elevador - Belo Horizonte: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais - CREA-MG, 2013.

LEVERENGENHARIA. Disponível em:< http://www.leverengenharia.com.br/consultoria-transporte-vertical/elevadores.html>. Acesso em: 10 ago. 2017.

PORTALBIOGRAFIAS.Disponívelem:<

http://portalbiografias.blogspot.com.br/2008/03/histria-as-primeiras-informaes-de.html >.

Acesso em: 15 jun. 2017

Manual de Transporte Vertical em Edifícios Elevadores de Passageiros, Escadas Rolantes, Obra Civil e Cálculo de Tráfego – ATLAS SCHINDLER.

GUILHOTO, P.J.S; ROSA, S.P.C.S. Reconhecimento de Voz. Departamento de Engenharia Informática Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Coimbra, 2002.

ALECRIM, Emerson Tecnologia Bluetooth: o que é e como funciona?. <http://www.infowester.com/bluetooth.php>. Acessado em 13 mai 2016

CAMÂRA, Marlon Bluetooth: O que é e como funciona. <http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/01/bluetooth-o-que-e-e-como-funciona.html>. Acessado em 01 mai 2016

YNOGUTI, C.A. Reconhecimento de Fala Contínua Usando Modelos Ocultos de Markov. Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação Departamento de Comunicações, Campinas, 1999. SILVA, Renato A. Programando Microcontroladores. São Paulo: Ensino Profissional, 2006. BRAGA, Newton C. Reed-Switches (ALM395). 2015. . Disponível em:<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque-tecnologico/207-r/7604-reed-switches-alm395>. Acesso em: 13 ago. 2015.

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BRAGA, Newton C. Conheça os microcontroladores PIC - parte 1 (MIC001). http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/microcontroladores/141-microchip-pic/1243-mic001 Acessado em 13 mai 2016. VIDADESILICIO. Disponível em:< https://portal.vidadesilicio.com.br/o-que-e-arduino-uno/ >. Acesso em: 13 ago. 2017.