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BOVINOS DE CORTE CURSO DE ZOOTECNIA Prof. Dr. Paulo Lopes INICIAÇÃO A ZOOTECNIA Anny Desiree Duarte, Gabriela Leite, Rodrigo Tatsch, Giovane Krebs, Gabriel Lucas

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BOVINOS DE CORTE

CURSO DE ZOOTECNIAProf. Dr. Paulo Lopes

INICIAÇÃO A ZOOTECNIAAnny Desiree Duarte, Gabriela Leite, Rodrigo Tatsch,

Giovane Krebs, Gabriel Lucas

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INTRODUÇÃOOs bovinos de corte, vacas, touros e bezerros são

mamíferos, que possuem características exteriores que indicam uma boa capacidade para a produção de carne. Os bovinos podem ser de origem norte americano e europeu ou de origem indiana. Mas também podemos ter cruzamento entre raças.

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INTRODUÇÃO A CADEIA PRODUTIVA

Todo produto ou serviço passa por uma cadeia produtiva, pois é a fase antecedente para um bom rendimento comercial. Essa fase é composta de vários fatores e objetos como a matéria prima utilizada, insumos, equipamentos, tecnologias, entre outros. Na bovinocultura de corte sua cadeia produtiva vem se especializando com o passar do tempo, devido a tecnologia e a concorrência. Além disso a cadeia de carne bovina ocupa posição de destaque na economia rural brasileira.

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ESTRUTURA DA CADEIA DE CARNE BOVINA

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A CADEIA PRODUTIVA É COMPOSTA POR CINCO SUBSISTEMAS:

Subsistema de apoio: agentes fornecedores de insumos básicos e os agentes transportadores;

Subsistema de produção de matéria prima (produção agropecuária): empresas rurais que geram, criam e engordam os animais para o atendimento das necessidades das indústrias de primeira transformação; podem estar integradas em um único empreendimento ou dissociadas em empreendimentos diversos;

Subsistema de industrialização: indústrias de primeira transformação: abatem os animais e obtêm as peças de carne, conforme as condições de utilização necessárias para os demais agentes da cadeia; indústrias de segunda transformação: incorporam a carne em seus produtos ou agregam valor a ela;

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Subsistema de comercialização:- Atacadistas ou exportadores: efetuam o papel de agentes de estocagem e/ou de

entrega, simplificando o processo de comercialização - Varejistas: efetuam a venda direta da carne bovina ao consumidor final, tais como

supermercados e açougues; e- Empresas de alimentação coletiva/mercado institucional ou aquelas que utilizam a

carne como produto facilitador, como restaurantes, hotéis, hospitais, escolas, presídios e empresas de fast food.

Subsistema de consumo: consumidores finais, responsáveis pela aquisição, pelo preparo e pela utilização do produto final. Determinam as características desejadas no produto, influenciando os sistemas de produção de todos os agentes da cadeia produtiva.

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MERCADO MUNDIAL

A produção cresceu significativamente entre 1995 e 2006, saltando de 48,5 milhões para 53,8 milhões de toneladas equivalente-carcaça.

Estados Unidos, Brasil e China figuram como os três maiores países produtores individuais, embora os maiores rebanhos pertençam ao Brasil, Índia e China.

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Verifica-se que os maiores rebanhos, por si só, não caracterizam o melhor desempenho em produção de carne bovina. Apenas sete dos dez países que possuem os maiores rebanhos estão entre os dez maiores produtores de carne em 2005. Os Estados Unidos, por exemplo, que são detentores do quarto rebanho mundial, apresentam-se com a classificação de maior produtor de carne do mundo.

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EXPORTAÇÃO MUNDIAL DE CARNE BOVINA E DE VITELO E CONSUMO DOS PRINCIPAIS EXPORTADORES

Brasil e Austrália encontram-se entre os principais países em volume exportado. Até 2003, os Estados Unidos eram grandes exportadores. Entretanto, sua posição deteriorou significativamente em decorrência da BSE em 2002. As exportações brasileiras, ao contrário, apresentaram o significativo crescimento médio de 21,5% a.a., de 1995 a 2006. A Austrália, mesmo sendo o oitavo produtor mundial de carne bovina, consegue gerar excedentes exportáveis suficientes para posicioná-la como o segundo maior exportador mundial do produto. Somente a partir de 2004, as exportações brasileiras, para o mercado internacional, superaram as australianas. O desempenho exportador da Índia também merece destaque.

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REBANHO BOVINO BRASILEIRO

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2007), o rebanho bovino brasileiro tinha, em 2005, 207,2 milhões de cabeças.

A carne bovina é um dos itens mais importantes da dieta alimentar da população brasileira e apresenta um dos maiores potenciais de crescimento. Este último fato depende, num primeiro momento, da melhora do poder de compra dos consumidores brasileiros e da capacidade de a cadeia de produção se adequar ao aumento do consumo. A produção dos animais e a indústria estão passando por um processo de evolução que se tornou quase uma questão de sobrevivência para toda a cadeia produtiva. Com a queda nas taxas de inflação, as oscilações dos preços dentro da cadeia ganharam muito destaque, pois todos os participantes da atividade estavam acostumados com elevadas variações de preços no decorrer do ano e, dessa forma, conseguiam obter ganhos consideráveis.

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O consumo de carne bovina no Brasil segue as disparidades da renda existentes no País. O grupo de pessoas de renda elevada tem taxas de consumo semelhantes às dos maiores consumidores mundiais, mais de 50 kg/hab./ano, enquanto as camadas de baixa renda têm consumo de terceiro mundo, com menos de 10 kg/hab./ano. A disponibilidade interna situa-se em torno de 34 kg/hab./ ano. O crescimento do mercado interno passa obrigatoriamente pela melhoria da renda, ou pelo fornecimento de produtos por preços menores. O outro mercado da carne brasileira é o externo, e este depende de qualidade e preços.

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Os frigoríficos vivem momentos difíceis, as margens dos produtos estão cada vez mais apertadas, e com isso os pontos fracos da indústria começam a ficar mais expostos. O processo de nacionalização, iniciado no anos 70, e o de crescimento da capacidade, nos anos seguintes, foram feitos de maneira pouco organizada. No Estado de São Paulo, a indústria cresceu cerca de 245% entre o início da década de 70 e os dias atuais. Além disso, ela se deslocou integralmente para o interior do Estado. O processo de interiorização foi intenso também na Região Centro-Oeste do Brasil.

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O crescimento desordenado gerou um novo problema para o setor: a elevada capacidade ociosa. Em Mato Grosso do Sul, ela está em torno de 25%, na média, e entre as várias regiões do estado a situação é mais complicada, havendo casos de números superiores a 30% e falta de frigoríficos. Em Goiás a ociosidade média chega a 28%. Nos estados tradicionais, como o Rio Grande do Sul, a situação também é complicada, com ociosidade superior a 65%. A necessidade de manter as empresas em funcionamento, os precários controles administrativos e a complexa situção fiscal são os componentes que fazem do setor um dos mais complicados do País.

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CONSUMO DE CARNE BOVINA NO BRASIL

O consumo per capita de carne bovina no Brasil apresenta um crescimento pouco acentuado nos últimos anos. Essa evolução está associada tanto ao comportamento dos preços internos, em decorrência da valorização do produto no mercado internacional, quanto à estagnação do poder aquisitivo da população. Em que pese essa situação de baixo crescimento do consumo interno, o Brasil continua sendo um dos países com maior consumo per capita de carne bovina do mundo.

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Abate Importação Exportação Frigoríficos

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INSERÇÃO DO BRASIL NO MERCADO MUNDIAL

Brasil e Austrália lideram o comércio mundial de carne bovina. Em 2005, as exportações brasileiras atingiram US$ 3.014 milhões. O desempenho excepcionalmente favorável das exportações brasileiras iniciou-se em 1997. É interessante observar que, embora haja uma queda no volume de exportações estadunidenses a partir de 2004, decorrente principalmente da eclosão de uma crise de BSE, o crescimento das exportações brasileiras não se verificou, necessariamente, nos mercados que os Estados Unidos da América deixaram de atender. O valor das exportações brasileiras no período de 2002 a 2005 ficou abaixo apenas do valor obtido pelas exportações australianas.

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Exportações Brasileiras Austrália Argentina Mercados e clientes tradicionais e emergentes

para a carne brasileira Cenários de oferta e demanda para a carne

bovina brasileira

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ANÁLISE DA POSIÇÃO COMPETITIVA BRASILEIRA

Tecnologia Gestão pecuária Sistemas brasileiros de inspeção e fiscalização Rastreabilidade e certificação Questões ambientais Integração lavoura-pecuária Questões sanitárias Crédito: algumas possibilidades para a pecuária Oportunidades e ameaças para a cadeia e o elo pecuário As margens nos diferentes elos da cadeia da carne bovina As conseqüências da falta de coordenação na cadeia de carne bovina

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IMPORTÂNCIA ZOOTÉCNICA

Os bovinos de corte são explorado para produção de carne, mas também podemos obter outros produtos dos animais abatidos, tais como: O couro, para a indústria de roupas, sapatos cintos, Os chifres, que servem para fabricar berrantes e peças de artesanato; Graxa, feita dos restos do boi depois de abatido.

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FIM