Curso: Geografia Campus: Presidente Prudente · superação de desigualdades e para o exercício...

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Curso: Geografia Unidade: FCT/PP Campus: Presidente Prudente Ano: 2015 Avaliador: Silvana de Abreu Origem: Universidade Federal da Grande Dourados - MS 1. Avaliação do Ensino: Projeto Pedagógico 1. Articulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UNESP. Conceito: A - Excelente 2. Articulação dos objetivos do curso com o perfil do profissional a formar. Conceito: A - Excelente 3. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Conceito: C - Regular 4. Dimensionamento da carga horária do curso. Conceito: A - Excelente 5. Adequação e atualização das ementas e programas das unidades de estudo. Conceito: B - Bom Comentário: 1. Articulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UNESP. Criado e implementado para formar professores de Geografia, em 1959, o curso de Geografia da Unesp de Presidente Prudente incorporaria a habilitação para o bacharelado, em 1981. Nesse sentido, além de ser o mais antigo curso da UNESP/PP, é também anterior à própria existência da FCT, consolidada, em 1988. A visita, in loco, inclusive, detectou esse “sentimento”, quanto ao que representa o Curso e o Departamento no contexto da própria consolidação da FCT/UNESP-PP, assim como os problemas que estão sendo enfrentados com a redução de investimentos, cortes de recursos de custeio progressivos ao longo dos últimos anos, suspensão de contratação de servidores, por um lado, e o próprio crescimento das demandas do Departamento de Geografia com a expansão e fortalecimento da pós-graduação, a organização de vários grupos de pesquisa, que expandem e necessitam de instalações apropriadas para funcionarem, os projetos e recursos captados, o volume de bolsistas para orientar. É o caso, também de núcleos de apoio e laboratórios, pouco equipados ou com equipamentos defasados, que necessitam serem atualizados e/ou substituídos. É possível afirmar que essa condição histórica sem dúvida contribui para que o PPC do Curso de Geografia esteja articulado com o PDI da Unesp. A Missão do PDI (2012) é : “Exercer sua função social por meio do ensino, da pesquisa e da extensão universitária, com espírito crítico e livre, orientados por princípios éticos e humanísticos. Promover a formação profissional compromissada com a qualidade de vida, a inovação tecnológica, a sociedade sustentável, a equidade social, os direitos humanos e a participação democrática. Gerar, difundir e fomentar o conhecimento, contribuindo para a superação de desigualdades e para o exercício pleno da cidadania.” A Visão de futuro, por sua vez é: “Ser referência nacional e internacional de Universidade Pública multicâmpus, de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão universitária, que forme profissionais e pesquisadores capazes de promover a democracia, a cidadania, os direitos humanos, a justiça social e a ética ambiental, e que contribua para o letramento científico da sociedade e para a

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Curso:GeografiaUnidade:FCT/PPCampus:Presidente PrudenteAno:2015

Avaliador:Silvana de AbreuOrigem:Universidade Federal da Grande Dourados - MS

1. Avaliação do Ensino: Projeto Pedagógico

1. Articulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) daUNESP.Conceito: A - Excelente

2. Articulação dos objetivos do curso com o perfil do profissional a formar.Conceito: A - Excelente

3. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais.Conceito: C - Regular

4. Dimensionamento da carga horária do curso.Conceito: A - Excelente

5. Adequação e atualização das ementas e programas das unidades de estudo.Conceito: B - Bom

Comentário:1. Articulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UNESP.

Criado e implementado para formar professores de Geografia, em 1959, o curso de Geografia da Unesp de PresidentePrudente incorporaria a habilitação para o bacharelado, em 1981. Nesse sentido, além de ser o mais antigo curso daUNESP/PP, é também anterior à própria existência da FCT, consolidada, em 1988.

A visita, in loco, inclusive, detectou esse “sentimento”, quanto ao que representa o Curso e o Departamento no contextoda própria consolidação da FCT/UNESP-PP, assim como os problemas que estão sendo enfrentados com a reduçãode investimentos, cortes de recursos de custeio progressivos ao longo dos últimos anos, suspensão de contratação deservidores, por um lado, e o próprio crescimento das demandas do Departamento de Geografia com a expansão efortalecimento da pós-graduação, a organização de vários grupos de pesquisa, que expandem e necessitam deinstalações apropriadas para funcionarem, os projetos e recursos captados, o volume de bolsistas para orientar. É ocaso, também de núcleos de apoio e laboratórios, pouco equipados ou com equipamentos defasados, que necessitamserem atualizados e/ou substituídos. É possível afirmar que essa condição histórica sem dúvida contribui para que oPPC do Curso de Geografia esteja articulado com o PDI da Unesp.

A Missão do PDI (2012) é : “Exercer sua função social por meio do ensino, da pesquisa e da extensão universitária,com espírito crítico e livre, orientados por princípios éticos e humanísticos. Promover a formação profissionalcompromissada com a qualidade de vida, a inovação tecnológica, a sociedade sustentável, a equidade social, osdireitos humanos e a participação democrática. Gerar, difundir e fomentar o conhecimento, contribuindo para asuperação de desigualdades e para o exercício pleno da cidadania.” A Visão de futuro, por sua vez é: “Ser referêncianacional e internacional de Universidade Pública multicâmpus, de excelência no ensino, na pesquisa e na extensãouniversitária, que forme profissionais e pesquisadores capazes de promover a democracia, a cidadania, os direitoshumanos, a justiça social e a ética ambiental, e que contribua para o letramento científico da sociedade e para a

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utilização pública da ciência.”

Considerando a qualificação dos docentes, o volume de textos publicados em periódicos, livros, bem como participaçãoem eventos, projetos aprovados e recursos, bolsas para iniciação a pesquisa, bem como a própria avaliação doprograma de mestrado e doutorado acadêmico, com nota 7, nos permite avaliar que há evidente articulação entre essecurso e o PDI uma vez que todas as condições práticas e teóricas conspiram para a formação de pesquisadores e paraa produção do conhecimento. É o que aparece nos documentos, mas, sobretudo, nos dizeres de alunos e professoresdurante a visita.

2. Articulação dos objetivos do curso com o perfil do profissional a formar

O objetivo fundamental do curso de graduação em Geografia da FCT/UNESP é “oferecer uma formação condizentecom a atuação do profissional em Geografia, a fim de que este possa desempenhar suas habilitações com sucesso,eficiência e criticidade, seja na área de ensino como professor do ensino fundamental e médio, seja desempenhandodiversas atividades e consultoria em planejamento e meio ambiente, além de realizar pesquisas em empresas e órgãospúblicos e privados, bem como, na docência e pesquisa acadêmicas nas universidades.”

Quanto ao perfil, o PPG indica que o profissional formado pela FCT/UNESP deverá compreender os elementos eprocessos concernentes ao meio natural e ao construído, com base nos fundamentos filosóficos, teóricos emetodológicos da Geografia e dominar e aprimorar as abordagens científicas pertinentes ao processo de produção eaplicação do conhecimento geográfico. O profissional em questão é o licenciado e o bacharel. Esse viés, tanto naformação do professor, quanto na formação do bacharel é o forte investimento na pesquisa, puxado pela prática dosgrupos de pesquisa, mas também pela própria grade curricular que mantém disciplina voltada para a pesquisa eestágio de bacharelado fechado na realização de monografia de conclusão de curso. De acordo com os estudantes hágrande foco na participação e realização de pesquisas em todas as disciplinas, mas principalmente nos laboratórios egrupos de pesquisa, uma vez que os alunos são chamados a participar desde o primeiro ano do curso quase comouma condição obrigatória, sobretudo porque grande parte das bolsas envolve desenvolvimento de trabalhos depesquisa.

3. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais.

De acordo com o CNE, as diretrizes curriculares contemplam elementos de fundamentação essencial em cada área doconhecimento, campo do saber ou profissão com objetivo de promover a capacidade de desenvolvimento intelectual eprofissional autônomo e permanente no aluno. Dessa forma, foram estabelecidas: Diretrizes Curriculares Nacionaispara a Educação Infantil; Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental; Diretrizes CurricularesNacionais para o Ensino Médio; Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores.A formação profissional em Geografia da FCT/UNESP-PP oferece a licenciatura e o bacharelado, nos turnos diurno enoturno. Não há diferença entre os Projetos Pedagógicos, para o diurno e para o noturno, a não ser no que tange aonúmero de vagas de entrada (40 no diurno e 45 no noturno). A característica do curso de geografia, portanto, é amesma para os dois turnos. Tal observação aparece também no dizer dos membros do Gral, do conjunto de docentes,da coordenação de curso e também dos acadêmicos.

Existe um tronco comum de créditos e disciplinas que são do bacharelado e da licenciatura e um conjunto menor decréditos e disciplinas que são específicas da formação de professor(a) e de bacharel, de modo que o aluno podeformar-se em qualquer uma das habilitações, em 04 anos, podendo fazer, em mais um ano, as disciplinas que lhegarantirão a outra habilitação. Essa condição, de oferta de disciplinas optativas, expressa a preocupação com aautonomia no processo formativo e vai ao encontro das DCN. Desde a última avaliação já sinalizamos para a vantagemdessa situação.

Observa-se que o PPC vigente desde de 2004 necessita adequar-se a normativos que define sobre a carga horária dedisciplinas que permitem a articulação teoria-prática atendendo a RES. CNE/ CP 02/2002 que trata sobre “a duração ea carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica emnível superior.”; a RES. CNE/CES 14/2002 que “Estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Geografia.” E

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que ratifica em seu “Art. 3º A carga horária do curso de Geografia, bacharelado, deverá obedecer ao disposto emResolução própria que normatiza a oferta de cursos de bacharelado e a carga horária da licenciatura deverá cumprir odeterminado pela Resolução CNE/CP 2/2002, integrante do Parecer CNE/CP 28/2001. Trata-se especificamente doestabelecimento de “I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo docurso; II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso”.

O fato é que a carga horária existe no interior do PPC do curso, mas não expressa exatamente, na forma, o que se temexigido no tocante a carga de prática e estágio.

Observa-se ainda que o PPC vigente não contempla a inserção da disciplina de Libras, que tornou-se obrigatória emcursos de formação de professores e optativa em formação técnica desde a Lei 10.436/2002 e sua regulamentaçãopelo Decreto 5626/2005, que em seu “Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória noscursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos deFonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensinodos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. § 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas doconhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de EducaçãoEspecial são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício domagistério. § 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior ena educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.”

Observa-se que o Curso não tem Núcleo Docente Estruturante (NDE) conforme rege a RES. CONAES 01/2010 que “Normatiza o Núcleo Docente Estruturante ..”. Em seu Art. 1º fica definido que o NDE é composto por “grupo dedocentes com atribuições acadêmicas de acompanhamento, atuante no processo de concepção, consolidação econtínua atualização do projeto pedagógico do curso.” Em seu artigo 3º fica expressa sua composição: 5 professorespertencentes ao corpo docente do curso, bem como indica que a renovação parcial dos integrantes do NDE deveassegurar continuidade no processo de acompanhamento do curso.

Cabe registrar que existe o Conselho de Curso que conta com o coordenador, o vice-coordenador, 06 professores,sendo 3 titulares e 3 suplentes, 2 acadêmicos e 2 suplentes e é definido na RES. 38/2008. Observa-se que embora talresolução indique a presença de representante técnico administrativo, não há designação na formulação vigente,encontrada na página da FCT/Unesp.Essa situação ainda que não tenha a mesma denominação (NDE) poderia ser considerada para fins da RES CONAES01/2010, contudo não é o ideal, sobretudo que as atribuições presentes na citada resolução estão muito além dosentido expresso no NDE definido no Conaes, que teria muito mais um caráter pedagógico e consultivo e nãodeliberativo, como é o caso desse Conselho. Também é importante a questão da mudança sempre parcial de seusmembros, o que não é também uma condição para esse Conselho. Entende-se que como o CONAES é o órgãocolegiado de coordenação e supervisão do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior SINAES, instituídopela Lei nº 10.861, de 14 de Abril de 2004, seria importante que os setores responsáveis pela normatização dos cursosde graduação na Universidade atentassem para a necessidade de existência do NDE, sobretudo em virtude dosprocessos de (re)credenciamento e avaliação dos cursos de graduação.

Outra observação importante é que durante a visita nos foi apresentada pela Coordenação do Curso, a Proposta dealteração para o PPC de Geografia (2014) que já foi debatida internamente e encontra-se em tramitação paraaprovação. Tal Proposta pretende ajustar a carga horária prática e de Estágio Supervisionado obrigatório, inserir adisciplina de Libras, bem como atender também a fixação de 30% da carga horária total do curso “ à formaçãodidático-pedagógica, além do estágio supervisionado e das atividades científico-culturais que contemplarão um sólidodomínio dos conteúdos das disciplinas” (CEE.111/2012). De acordo com a proposta “A Adequação Curricular do Cursode Licenciatura em Geografia ocorre, principalmente, em função das novas normativas que regem a formação deprofessores e os cursos de Licenciatura, com destaque para as seguintes Leis e Deliberações: Lei nº. 10.639/2003 eResolução CNE nº. 1, de 17 de junho de 2004, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação dasRelações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Lei nº. 10.436 e Decreto nº.5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a inclusão do ensino de Libras como componente curricular; Leinº. 9.394/1996, art.22 ao 57, Resolução CNE nº. 2 de 15-6-2012 que Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais

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para a Educação Ambiental; Deliberações do CEE/SP nº 111/2012 e nº126/2014 que Fixa Diretrizes CurricularesComplementares para a Formação de Docentes para a Educação Básica nos Cursos de Graduação de Pedagogia,Normal Superior e Licenciaturas, oferecidos pelos estabelecimentos de ensino superior vinculados ao sistema estadual.Não avaliaremos a proposta em questão, mas vale sinalizar que ao citar o conjunto de normativos ela se dispõe àformalização de 400 horas de prática de ensino distribuídas por todo o curso; 400 horas de estágio supervisionado, apartir da segunda metade do curso; a inclusão da disciplina de Libras e outras como história do negro, realidade docampo e dos indígenas brasileiros. Além disso, para atender determinações de nível estadual deverá garantir do totalde carga horária do curso, pelo menos 30% que sejam dedicadas a formação pedagógica, para além do estágiosupervisionado e das atividades cientifico-culturais, que são de 200 horas. Assim, em função da condição necessária de cumprimento do conjunto de normativos vigentes, da proposta dealteração curricular já encaminhada pela FCT/UNESP Presidente Prudente e ainda não aprovada por quem é deresponsabilidade fazê-lo, indicaremos o conceito Regular, embora reconhecendo que toda a proposta vigente,(ementários de disciplinas obrigatórias e optativas) contemple os princípios de flexibilização, autonomia formativa eformação profissional do professor e do bacharel, com forte apelo na pesquisa e produção do conhecimento.

4.Dimensionamento da carga horária do curso.

O PPC vigente ainda é o de 2004 motivo pelo qual reiteramos a avaliação anterior quanto a sua qualidade. Outrossimratificamos alguns pontos importantes.

Um aspecto mais que importante do PPC em vigência e avaliado em 2009 foi a redução da carga horária do cursocomo uma medida de permitir a inserção do maior número possível de acadêmicos, principalmente os que trabalhamou moram em cidades vizinhas, em projetos de pesquisa, na realização de atividades extracurriculares, em projetos deextensão.

De 3240 horas para integralização da licenciatura (das quais 300 h, optativas) e 3060 horas para o bacharelado (dasquais 600 h, optativas), o curso de Geografia, nos dois turnos, passou a ter, com a reestruturação curricular, 2.825horas para a licenciatura (com 360 h optativas e 200 de atividades) e 2760 horas para o bacharelado (com 600optativas). A Licenciatura passou a ter como obrigatórias, 2265 H/A. O bacharelado teria como obrigatórias 2160 H/A.Atualmente, a Proposta de PPC em processo de aprovação apresenta alteração de carga horária de modo que, quandofor aprovada, a Licenciatura deverá sair de 2825 H/A para 2925 H/A para integralização do curso. A proposta amplioua carga horária de disciplinas obrigatórias que vai sair de 2265 H/A para 2535 H/A e reduziu a carga de optativas paraa licenciatura, que sairá de 360 para 180 H/A. Quanto ao Bacharelado não observa-se mudança na proposta,permanecendo a mesma carga horária já vigente.O que se pode observar é que os alunos que entraram até 2014 vão receber a orientação curricular da proposta atual,enquanto a expectativa é que a partir de 2015 e 2016, principalmente, quando começarão as mudanças, se a propostafor aprovada, o número de optativas e, portanto, a autonomia dos alunos estará reduzida, bem como a carga horáriapara a licenciatura estará ampliada em 100 horas, o que evidentemente vai na contramão da proposta em vigência.Trata-se, pois de compreender que a proposta atual não atende toda a carga horária legal necessária para formação deprofessores e esse foi o motivo que levou a ampliar a carga horária total e obrigatória do curso para licenciatura.Aspectos que muitas vezes vão na contramão da própria essência das DCN, mas que necessitam serem tratadas noâmbito das instituições com objetivo de evitar prejuízos aos acadêmicos e ao curso, o que evidentemente é o caso.

5.Adequação e atualização das ementas e programas das unidades de estudo.

2. Articulação dos objetivos do curso com o perfil do profissional a formar. Conceito: A - Excelente O objetivo fundamental do curso de graduação em Geografia da FCT/UNESP é “oferecer uma formação condizentecom a atuação do profissional em Geografia, a fim de que este possa desempenhar suas habilitações com sucesso,eficiência e criticidade, seja na área de ensino como professor do ensino fundamental e médio, seja desempenhandodiversas atividades e consultoria em planejamento e meio ambiente, além de realizar pesquisas em empresas e órgãospúblicos e privados, bem como, na docência e pesquisa acadêmicas nas universidades.”

Quanto ao perfil, o PPG indica que o profissional formado pela FCT/UNESP deverá compreender os elementos e

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processos concernentes ao meio natural e ao construído, com base nos fundamentos filosóficos, teóricos emetodológicos da Geografia e dominar e aprimorar as abordagens científicas pertinentes ao processo de produção eaplicação do conhecimento geográfico. O profissional em questão é o licenciado e o bacharel. Esse viés, tanto naformação do professor, quanto na formação do bacharel é o forte investimento na pesquisa, puxado pela prática dosgrupos de pesquisa, mas também pela própria grade curricular que mantém disciplina voltada para a pesquisa eestágio de bacharelado fechado na realização de monografia de conclusão de curso. De acordo com os estudantes hágrande foco na participação e realização de pesquisas em todas as disciplinas, mas principalmente nos laboratórios egrupos de pesquisa, uma vez que os alunos são chamados a participar desde o primeiro ano do curso quase comouma condição obrigatória, sobretudo porque grande parte das bolsas envolvem desenvolvimento de trabalhos depesquisa.

3. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Conceito: A – ExcelenteDe acordo com o CNE, as diretrizes curriculares contemplam elementos de fundamentação essencial em cada área doconhecimento, campo do saber ou profissão com objetivo de promover a capacidade de desenvolvimento intelectual eprofissional autônomo e permanente no aluno. Dessa forma, foram estabelecidas: Diretrizes Curriculares Nacionaispara a Educação Infantil; Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental; Diretrizes CurricularesNacionais para o Ensino Médio; Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação de Professores.A formação profissional em Geografia da FCT/UNESP-PP oferece a licenciatura e o bacharelado, nos turnos diurno enoturno. Não há diferença entre os Projetos Pedagógicos, para o diurno e para o noturno, a não ser no que tange aonúmero de vagas de entrada (40 no diurno e 45 no noturno). A característica do curso de geografia, portanto, é amesma para os dois turnos. Tal observação aparece também no dizer dos membros do Gral, do conjunto de docentes,da coordenação de curso e também dos acadêmicos. Existe um tronco comum de créditos e disciplinas que são do bacharelado e da licenciatura e um conjunto menor decréditos e disciplinas que são específicas da formação de professor(a) e de bacharel, de modo que o aluno podeformar-se em qualquer uma das habilitações, em 04 anos, podendo fazer, em mais um ano, as disciplinas que lhegarantirão a outra habilitação. Essa condição, de oferta de disciplinas optativas, expressa a preocupação com aautonomia no processo formativo e vai ao encontro das DCN. Desde a última avaliação já sinalizamos para a vantagemdessa situação.Observa-se que o PPC vigente desde de 2004 necessita adequar-se a normativos que define sobre a carga horária dedisciplinas que permitem a articulação teoria-prática atendendo a RES. CNE/ CP 02/2002 que trata sobre “a duração ea carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica emnível superior.”; a RES. CNE/CES 14/2002 que “Estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Geografia.” Eque ratifica em seu “Art. 3º A carga horária do curso de Geografia, bacharelado, deverá obedecer ao disposto emResolução própria que normatiza a oferta de cursos de bacharelado e a carga horária da licenciatura deverá cumprir odeterminado pela Resolução CNE/CP 2/2002, integrante do Parecer CNE/CP 28/2001. Trata-se especificamente doestabelecimento de “I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo docurso; II - 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do início da segunda metade do curso”.

O fato é que a carga horária existe no interior do PPC do curso, mas não expressa exatamente, na forma, o que se temexigido no tocante a carga de prática e estágio.

Observa-se ainda que o PPC vigente não contempla a inserção da disciplina de Libras, que tornou-se obrigatória emcursos de formação de professores e optativa em formação técnica desde a Lei 10.436/2002 e sua regulamentaçãopelo Decreto 5626/2005, que em seu “Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória noscursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos deFonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensinodos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. § 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas doconhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de EducaçãoEspecial são considerados cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício domagistério. § 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior ena educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.”

Registra-se, ainda, que durante a avaliação não encontramos a constituição do NDE conforme rege a RES. CONAES

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01/2010 que “ Normatiza o Núcleo Docente Estruturante ..”. Em seu Art. 1º fica definido que o NDE é composto por“grupo de docentes com atribuições acadêmicas de acompanhamento, atuante no processo de concepção,consolidação e contínua atualização do projeto pedagógico do curso.” Em seu artigo 3º fica expressa sua composição:5 professores pertencentes ao corpo docente do curso, bem como indica que a renovação parcial dos integrantes doNDE deve assegurar continuidade no processo de acompanhamento do curso.

Cabe registrar que existe o Conselho de Curso que conta com o coordenador, o vice-coordenador, 06 professores,sendo 3 titulares e 3 suplentes, 2 acadêmicos e 2 suplentes. Embora na RES. 38/2008 indique a presença de técnicoadministrativo, não há designação na formulação vigente.Essa situação ainda que não tenha a mesma denominação (NDE) poderia ser considerada para fins da RES CONAE01/2010, contudo não é o ideal, sobretudo que as atribuições presentes na citada resolução estão muito além dosentido expresso no NDE que teria muito mais um caráter consultivo e não deliberativo, como é o caso desseConselho. Também é importante a questão da mudança sempre parcial de seus membros, o que não é também umacondição para esse conselho. Entende-se que como o CONAES é o órgão colegiado de coordenação e supervisão doSistema Nacional de Avaliação da Educação Superior SINAES, instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de Abril de 2004,seria importante que os setores responsáveis pela normatização dos cursos de graduação na Universidade atentassempara a necessidade de existência do NDE, sobretudo em virtude dos processos de (re)credenciamento e avaliação doscursos de graduação.

Outra observação importante é que durante a visita nos foi apresentada pela Coordenação do Curso, a Proposta dealteração para o PPC de Geografia (2014) que já foi debatida internamente e encontra-se em tramitação paraaprovação. Tal Proposta pretende ajustar a carga horária prática e de Estágio Supervisionado obrigatório, inserir adisciplina de Libras, bem como atender também a fixação de 30% da carga horária total do curso “ à formaçãodidático-pedagógica, além do estágio supervisionado e das atividades científico-culturais que contemplarão um sólidodomínio dos conteúdos das disciplinas” De acordo com a proposta “A Adequação Curricular do Curso de Licenciaturaem Geografia ocorre, principalmente, em função das novas normativas que regem a formação de professores e oscursos de Licenciatura, com destaque para as seguintes Leis e Deliberações: Lei nº. 10.639/2003 e Resolução CNE nº.1, de 17 de junho de 2004, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciaise para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Lei nº. 10.436 e Decreto nº. 5.626, de 22 de dezembrode 2005, que regulamenta a inclusão do ensino de Libras como componente curricular; Lei nº. 9.394/1996, art.22 ao 57,Resolução CNE nº. 2 de 15-6-2012 que Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental;Deliberações do CEE/SP nº 111/2012 e nº126/2014 que Fixa Diretrizes Curriculares Complementares para a Formaçãode Docentes para a Educação Básica nos Cursos de Graduação de Pedagogia, Normal Superior e Licenciaturas,oferecidos pelos estabelecimentos de ensino superior vinculados ao sistema estadual.Não avaliaremos a proposta em questão, mas vale sinalizar que ao citar o conjunto de normativos ela se dispõe aformalização de 400 horas de prática de ensino distribuídas por todo o curso; 400 horas de estágio supervisionado, apartir da segunda metade do curso; a inclusão da disciplina de Libras e outras como história do negro, realidade docampo e dos indígenas brasileiros. Além disso, para atender determinações de nível estadual deverá garantir do totalde carga horária do curso, pelo menos 30% que sejam dedicadas a formação pedagógica, para além do estágiosupervisionado e das atividades cientifico-culturais, que são de 200 horas. Assim, em função da condição de cumprimento do conjunto de normativos aprovados e ainda não presentes trataremoscomo regular

4. Dimensionamento da carga horária do curso. Conceito: B - Bom O PPC vigente ainda é o de 2004 motivo pelo qual reiteramos a avaliação anterior quanto a sua qualidade. Outrossimratificamos alguns pontos importantes.

Um aspecto mais que importante do PPC em vigência foi a redução da carga horária do curso como uma medida depermitir a inserção do maior número possível de acadêmicos, principalmente os que trabalham ou moram em cidadesvizinhas, em projetos de pesquisa, na realização de atividades extracurriculares, em projetos de extensão.

De 3240 horas para integralização da licenciatura (das quais 300 h, optativas) e 3060 horas para o bacharelado (dasquais 600 h, optativas), o curso de Geografia, nos dois turnos, passou a ter, com a reestruturação curricular, 2.825

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horas para a licenciatura (com 360 h optativas e 200 de atividades) e 2760 horas para o bacharelado (com 600optativas). A Licenciatura passou a ter como obrigatorias, 2265 H/A. O bacharelado teria como obrigatórias 2160 H/A.Atualmente, a Proposta de PPC em processo de aprovação ainda apresenta alteração de carga horária de modo que,quando for aprovada, a Licenciatura deverá sair de 2825 H/A para 2925 H/A para integralização do curso. A proposta ampliou a carga horária de disciplinas obrigatórias que vai sair de 2265 H/A para 2535 H/A e reduziu a carga deoptativas para a licenciatura, que sairá de 360 para 180 H/A. Quanto ao Bacharelado não observa-se mudança naproposta, permanecendo a mesma carga horária já vigente.O que se pode observar é que os alunos que entraram até 2014 vão receber a orientação curricular da proposta atual,enquanto a expectativa é que a partir de 2015 e 2016, principalmente, quando começarão as mudanças, se a propostafor aprovada, o número de optativas e, portanto, a autonomia dos alunos estará reduzida, bem como a carga horáriapara a licenciatura estará ampliada em 100 horas, o que evidentemente vai na contramão da proposta em vigência.Trata-se, pois de compreender que a proposta atual não atende toda a carga horária legal necessária para formação deprofessores e esse foi o motivo que levou a ampliar a carga horária total e obrigatoria do curso. Aspectos que muitasvezes vão na contramão da própria essência das DCN, mas que necessitam serem tratadas no âmbito das instituiçõescom objetivo de evitar prejuízos aos acadêmicos e ao curso, o que evidentemente é o caso.

5. Adequação e atualização das ementas e programas das unidades de estudo.

O PPC de Geografia em sua proposta vigente mantém um núcleo comum de disciplinas e esse é um aspecto positivoporque o profissional bacharel e o profissional licenciado tem como formação uma espinha dorsal que é o fator deidentidade da formação geral dos profissionais de Geografia do curso. Um exemplo importante é a disciplinaGeoprocessamento que aparece como obrigatória para os dois cursos, mas também Estatística Aplicada a Geografia,Geocartografia; Pesquisa em Geografia; Recursos Naturais. Trata-se de conhecimentos importantes que poderiam serdirecionados para o bacharelado, mas pela proposta são considerados imprescindíveis para as duas formações. Damesma forma, sociologia, história contemporânea compõem a formação do bacharel. Isso atende as DCN de modoqualificado. Verifica-se que na proposta em aprovação, Geoprocessamento e Recursos Naturais passam a ser optativas para alicenciatura. Encontramos na proposta, para a licenciatura, a disciplina Cartografia e Ensino de Geografia, o que é umacontribuição pedagógica importante, atende a formação do professor, mas não tem o mesmo objetivo formador.Como avaliadora posso sugerir que seja dado acompanhamento a essa mudança na proposta, sobretudo para oscasos em que os alunos venham a fazer apenas a licenciatura. Pode ser o estabelecimento de outras formas de acessoao conhecimento em questão, por meio de projetos de ensino e/ou extensão, por exemplo. Isso porque oconhecimento técnico é fundamental ao professor, sobretudo quando o perfil de pesquisador é tão valorizado no PPC eno perfil profissional proposto, o que avaliamos como opção oportuna e importante no mercado de trabalho e naspossibilidades de verticalização profissional, com acesso ao mestrado, ao doutorado, tendo também esse curso fortepresença na formação em ensino superior o que está expresso no objetivo do curso.Já chamamos atenção para o fato de que as disciplinas próprias do Bacharelado (obrigatórias) são todas optativas paraa Licenciatura e isso foi considerado positivo e ajuda os alunos da licenciatura que optarem por elas. Também fizemos referência a disciplina Projeto de Integração Disciplinar I e II, que juntas totalizam 180 H/A.Observava-se, em 2009, que havia dificuldades com sua institucionalização, tanto os docentes como os acadêmicosquestionaram sua capacidade de manter os princípios que norteavam sua condição original como projeto.

A ementa da disciplina apresenta-se da seguinte forma: “A função desse projeto é problematizar a organização dotrabalho escolar, a partir do enfoque globalizador em que os conteúdos são meios para conhecer a realidade e oferecerrespostas aos problemas concretos. Objetiva-se conjugar esforços dos discentes e docentes envolvidos oportunizandoaos participantes a vivência de projetos de natureza interdisciplinar com propósito de orientá-los para reflexõesepistemológicas e práticas de intervenção na realidade, principalmente com um enfoque voltado para as interfacesentre a geografia e a arte.”

Na ultima avaliação alertamos para que se cuidasse da sua organização e seu princípio interdisciplinar. Nesseprocesso a disciplina PID não se constituiu como um item da pauta de problemas apontados pelos docentes e

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acadêmicos, antes pelo contrário, a reunião com os acadêmicos indicou que tal disciplina que é dividida entre docentes(em 2015) tem sido fundamental para a formação, sobretudo como apoio ao estágio supervisionado, pelos projetosdesenvolvidos. Ao que parece tem-se buscado construir a disciplina envolvendo diferentes áreas e buscando associar arelação com as escolas de ensino fundamental e médio. Mas sem dúvida falta ainda a conexão como estágiosupervisionado. Talvez ela pudesse também ocorrer articulada com os estágios nas escolas, o que implicaria naintegração do debate da formação do professor no campo da geografia e da pedagogia permeados pela prática.

Outro aspecto relevante é a existência de uma disciplina denominada “ Trabalho de Campo: Dinâmica territorial”, com75 hs, e "Trabalho de Campo: Arelação Cidade-Campo e a Processualidade Sócioterritorialque". Ambas optativas para as duas formações. Naavaliação anterior chamamos atenção para dificuldades apresentadas quanto a dificuldade de recursos para realizar asdisciplinas em questão, reconhecendo inclusive seu valor histórico para o curso de Geografia da UNESP dePresidente Prudente.

A reunião com a coordenação de curso e com membros do Gral, assim como com docentes e alunos, expressaram que a Gestão instituiu o “Programa de Melhoria da Graduação – PMEG” e que tal Programa já vem sendo implantadoe, no caso da Geografia, voltou-se para a realização da disciplina Trabalho de Campo, seguindo, ao que parece aorientação quanto a necessária definição de seu financiamento e viabilização.

Outro aspecto dessa disciplina, tratada a época da ultima avaliação, era sobre a diversidade da matéria em função doprofessor(a) que assumia a disciplina. Sinalizamos para a necessidade de normatizar, estabelecer alguns parâmetros.Essa preocupação, não apareceu nessa visita. Mas o fato é que se mantém a disciplina e sua oferta, já que é optativa,devido aos recursos que vem descentralizado pela diretoria da FCT e pelo departamento, mas que tem origem noPMEG.

Sobre esse aspecto, ainda, ficou expresso que o orçamento tem diminuído ano após ano e que as viagens de campotem sido reduzidas no tempo de permanência. De acordo com os acadêmicos, os problemas decorrem de escassosrecursos financeiros, condição não descaracterizada pela coordenação e docentes, que também apresentaram preocupação com a redução orçamentária para atividades. Além disso, ficou evidente que também há outrasdisciplinas que requerem trabalho de campo e práticas, condição prevista em planos de ensino e que também sofremcom a redução de recursos. De toda forma, em tese, todas aquelas que tem aulas práticas demandam recursos pararealiza-las, assim, como avaliadora minha sugestão é que o corpo docente fortaleça cada vez mais as atividades decampo e práticas, sobretudo pela importância desse processo na formação.

Reitera-se que a falta de recursos foi muito evidenciado por todos os segmentos e nos chamou a atenção sobretudoporque envolve suspensão de projetos, bolsas, recursos importantes para a permanência e desenvolvimentoacadêmico.

Também já indicamos a existência de disciplinas importantes como Etnologia e Etnografia do Brasil e PatrimônioCultural, mas também a criação dos chamados “Tópicos Especiais”. Atualmente são: Teorias Sociológicas Clássicas,Geografia do Pontal do Paranapanema, Patrimônio Cultural e Estatuto da Cidade. Tais disciplinas foram mantidas naproposta em aprovação.

Elas contribuem para a atualização de temáticas e superação de estereótipos e preconceitos, além de disciplinas quevisam a valorização histórica e a diversidade étnico-cultural.

Na nova proposta a disciplina “Trabalho de Campo: Relação Cidade-campo e a processualidade sócio-territorial” podecontribuir juntamente com outras disciplinas como “Desenvolvimento Rural e Questão Agrária”;” Sociologia Urbana eRural”, “Geografia Social e Cultural”, com a orientação e valorização de questões que envolvem a realidade do campobrasileiro e seus sujeitos.

Avalia-se como positiva a proposta em aprovação quanto a inserções temas e disciplinas, não apenas porqueatenderão a legislação, mas pela própria incorporação das pesquisas já existentes e consolidadas no interior da FCT,

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pelos docentes do curso de Geografia. Evidentemente que isso não pode ser eliminatório de outras possibilidades de práticas e aulas de campo, para além dadisciplina.

Outra disciplina considerada importante, e, inclusive citada por docentes é Pesquisa em Geografia. Apresenta comoementário: “UNIDADE I: Fundamentos e Características do conhecimento científico. UNIDADE II: Elaboração deprojetos e de relatórios de pesquisa. UNIDADE III: Geografia e Planejamento Ambiental. UNIDADE IV: Produção eanálise de informações geográficas”Como disciplina obrigatória para as duas formações pode contribuir para a orientação dos projetos a seremdesenvolvidos como trabalho de conclusão de curso, no caso do bacharelado, mas também pode contribuir para aelaboração de outras modalidades de projetos de pesquisa voltados para o ensino de geografia escolar, contribuindopara a formação do professor em essência: um pesquisador.

O aluno do bacharelado deverá escolher entre as disciplinas Climatologia Aplicada, Espaços Urbanos, GeomorfologiaAmbiental e Espaços Rurais (todas optativas para a Licenciatura), duas para cursar dependendo de seu interesse e dotipo de pesquisa em desenvolvimento no Estágio Supervisionado e Trabalho de Graduação. No currículo em vigor oaluno faz a opção por Pesquisa em Geografia Física ou Pesquisa em Geografia Humana.

Esse é um aspecto do Projeto Pedagógico que mesmo na nova proposta apresenta alguns elementos que chamamos aatenção. Um deles diz respeito ao fato de que a carga horária (h/a) é do aluno, mas não é do docente, uma vez que lhe cabe a orientação, que não é considerada como encargo didático de fato. Mesmo que as orientações entrem comoencargo em instrumentos de distribuição de aulas, na graduação e na pós graduação, não contabiliza para efeito decarga horária docente (8 horas, da LDB). O mesmo ocorre com a pós-graduação. Parece ser essa uma políticainstitucional que na racionalidade da lei não computa trabalho real, horas trabalhadas para cumprir as 8 horas dagraduação e ainda na pós-graduação, produzir conhecimento e publicar, orientar projetos de pesquisa de acadêmicos epos-graduandos, captar recursos para a universidade etc.

Além disso, permanece o problema já apontado na avaliação anterior: não há limite para orientação de monografias,assim como não há uma distribuição equitativa, entre os professores, dos alunos a serem orientados.

A despeito dessa situação, não apareceu qualquer questionamento quanto ao formato, nem entre os docentes, nementre os alunos, talvez porque boa parte dos alunos e professores acabam seguindo os caminhos trilhados durante avigência do PIBIC, já que a informação é que existem muitas bolsas. Além disso, os próprios alunos reconheceram aexplícita condição que se coloca logo que adentram ao curso, qual seja, entrar em um grupo de pesquisa para pleitearbolsa e integrar-se. Parece ser mesmo uma situação consolidada, ainda que não seja universal, evidentemente.

Assim, a sugestão dessa avaliadora é o estabelecimento de edital anual (ou algo parecido) de vagas paraorientação/docente, bem como o estabelecimento de limite de orientandos/docente, de modo a evitar que hajadesproporcionalidade na carga de trabalho dos docentes, ou mesmo que algum docente fique sem orientação, o quetambém não é desejável. Outra possibilidade é a transformação em encargo didáticos para os docentes, de modo queos alunos façam matrícula já com os professores-orientadores.

O debate instituído sobre a possibilidade de um relatório técnico, que estava presente na visita anterior, em 2009, nãocompareceu e o Anexo 2 da nova proposta define que: “Monografia é o resultado do trabalho de pesquisa no estágioobrigatório, necessário para a obtenção do diploma de Bacharel em Geografia, correspondente a 180 horas/aula ou 12créditos”.

Entende-se, pois que essa é uma questão resolvida e está de acordo com o objetivo e perfil profissional, de modo queas sugestões apontadas estão ligadas a operacionalização e encargos didáticos dos docentes e dificuldades dosacadêmicos que não tem acesso a participação de projetos de pesquisa com ou sem bolsa de Iniciação Científica.

Quanto ao estágio supervisionado obrigatório da licenciatura há ainda um debate que envolve a lotação no

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Departamento de Educação. Aspectos apontados como problemáticos pelos acadêmicos, vão desde a burocracia que envolve a realização doprocesso junto a escola até dificuldade de acompanhamento dos docentes responsáveis pela disciplina. O professor aoque tudo indica acaba sendo mais um processador de papeis para viabilizar a entrada e realização dos estágios do queum orientador e/ou supervisor do acadêmico. Um dos problemas está relacionado a dificuldades de deslocamentopara acompanhamento. De acordo com o coordenador do curso os estágios podem se realizar em qualquer município.Essa condição interfere negativamente no trabalho de acompanhamento do estágio. Como realizar o deslocamento deprofessores em tantos municípios? Como poderia os docentes acompanharem os estagiários em Presidente Prudentee não o fazerem em outras cidades?

É preciso reconhecer que o formato não favorece o acompanhamento e orientação pelos docentes; que parece mesmohaver aspectos burocráticos que sobrepõem os interesses finalísticos e o regulamento expressa isso; parece haverpouco diálogo entre os entes envolvidos, sejam professores e acadêmicos e departamentos, seja entre a universidadee a escola. É importante resgatar que as escolas tem obrigação de oferecer espaço para o estágio, mas não cabe ao professor daescola orientar e supervisionar o acadêmico, esse papel ainda é da universidade, mas para tal é preciso se criarcondições para tal. O próprio instrumento que normatiza o estágio passa essa impressão.

Como sugestão para resolver parte dos problemas, o estágio precisaria acontecer em Presidente Prudente, sem essacondição o professor designado, esteja em que departamento estiver, não vai poder acompanhar. Além disso, a cargahorária da disciplina precisa ser contabilizada integralmente aos professores para que eles possam dedicar-se aorientar os estagiários antes de entrarem na escola e em sala de aula, durante o estágio, e também estabeleceremarticulação com as escolas. Se isso não ocorre a carga horária precisa ser completada com outros encargos didáticos(aulas), que interferem na disponibilidade de horários, sobretudo, que envolve tal trabalho. Para acompanhar osestagiários, muitas vezes os professores precisariam deslocar-se entre as escolas em 03 períodos e isso demandaflexibilidade de horários.

Além disso o sentimento é de que o estágio é uma condição secundária no processo de formação do professor. Aleitura que acompanha a problemática exposta pelos alunos principalmente, mas também apontada como preocupantepela coordenação, nos leva a conclusão de que se mantém a dicotomia entre a formação geográfica e a formaçãopedagógica, e sem dúvida isso requer uma orientação constante do Conselho de Curso de Geografia no sentido degarantir o perfil profissional proposto no Projeto Pedagógico, bem como a ementa das disciplinas de formação dolicenciado. Aspectos que poderiam ser debatidos e acompanhados, a partir da revisão de regimento para o EstágioSupervisionado e até de uma Comissão de acompanhamento específica, em que possam participar professores dosdois departamentos e representantes dos alunos-estagiários.

Um aspecto que chamou atenção foi que os docentes do departamento de geografia, quando perguntados sobre ofuncionamento do estágio supervisionado obrigatório expuseram com bastante interesse quanto ao estágio dobacharelado, mas argumentaram terem dificuldade de responder sobre a licenciatura, sobretudo porque fazia parte deoutro departamento. Ratifica-se a dicotomia formação pedagógica x formação geográfica na prática. Isso não quer dizerque não exista a preocupação com a formação do professor no interior do departamento de geografia. São visíveisvárias ações que indicam para o envolvimento de professores e acadêmicos com as escolas e a formação de nívelfundamental e médio. A própria PID tem essa possibilidade. Existem projetos sendo desenvolvidos, contudo, nãoparece haver integração com os docentes do departamento de educação que teriam certamente muito a contribuir.

Observa-se que no projeto em aprovação não parece haver condições novas instaladas que permitam resolver taisdificuldades já tratadas anteriormente, em 2009. Outro aspecto é que mantém-se situações alternativas para realização do estágio. Contudo, é omisso o regulamentosobre as condições para tal, o que fragiliza o normativo pela contradição expressa. Tal condição pode permitir areivindicação das formas alternativas de realização do estágio supervisionado obrigatório, por parte de alunos e até deprofessores, já que é previsto, mas não é o proposto, nem o ideal. A possibilidade de minicursos, de realização depesquisas são possibilidades que não poderiam suprimir o objetivo que o estágio supervisionado tem, qual seja,propiciar a oportunidade da prática no âmbito escolar, nem para resolver problemas de dificuldades, quaisquer que

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seja. Como sugestão se poderia retirar condições alternativas, ficando problemas a serem resolvidos como “casos omissos”,que podem ser tratados especificamente quando ocorrerem e as soluções a serem encontradas serem aquelasadequadas a situação vivida.

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2. Avaliação do Ensino: Corpo Discente

1. Evasão do curso.Conceito: A - Excelente

2. Taxa de sucesso do curso.Conceito: B - Bom

3. Contribuição das bolsas de iniciação científica no desempenho e produção acadêmica do aluno.Conceito: A - Excelente

4. Contribuição dos Programas de Bolsas de Estudo no desempenho acadêmico do aluno.Conceito: B - Bom

5. Acesso a estágios.Conceito: C - Regular

6. Satisfação dos Egressos quanto à contribuição de sua formação acadêmica para seu desempenhoprofissional.Conceito: B - Bom

7. Evolução do(s) conceito(s) da(s) participação(ões) no ENADE.

Conceito: D - Não Satisfatório

8. Ações para a melhoria da qualidade de ensino.Conceito: B - Bom

Comentário:Para análise do aluno dos cursos de Geografia (noturno e diurno) da FCT/UNESP – PP, recebemos durante a visita orelatório do Gral com algumas informações. Para completar a análise pesquisamos na página da Universidade,especificamente no anuário (2013, 2014 e 2015), uma vez que os dados do relatório não contemplam todas asinformações solicitadas para avaliação.

Sobre a “ 1 - Evasão do curso” o Relatório do Gral aponta que o curso de Geografia tem alto número de acadêmicosconcluintes, tanto na licenciatura, quanto no bacharelado, o que evidencia pouca evasão. Os dados do anuário retratamum período de 2007 a 2014. No tocante a evasão é baixa quando se observa a relação entre matriculados e formados.O número de vagas é de 40 vagas para o diurno e 45 para o noturno. Isso oferta um total de 340 vagas totais.

De acordo com o anuário 2015, em 2007, havia 452 alunos matriculados somados o M e N e formaram 113. Em 2008estavam matriculados 448 alunos e formaram 95 alunos. Em 2009 eram 468 matriculados, formaram 112. Em 2010eram 458 matriculados e formaram 82. Em 2011 eram 455 matriculados e formaram 92. Em 2012 eram 455matriculados e formaram 89. Em 2013 eram 393 matriculados e formaram 85. Em 2014 foram 379 matriculados e formaram 205 (?). A variação que envolve o numero de vagas/ano, que é de 85/ano (M/N), o número de alunosmatriculados no curso/ano e os egressos/ano demonstra que há retenção, mas comunga com a análise do Gral de querealmente a permanência no curso é um ponto forte e a evasão é baixa.

Quanto a "2 - Taxa de sucesso do curso" de geografia, como ficou demonstrado os números demonstram quenormalmente os alunos que ingressam se formam e, ainda, que uma parte importante faz as duas habilitações:licenciatura e bacharelado. Isso ficou evidenciado durante a visita realizada, quando dos 21 acadêmicos queparticiparam da reunião, com representação de todos os anos e turnos, 100% informou que sairá com as duas

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formações: licenciatura e bacharelado.

Para integrar o debate sobre evasão e sucesso, é mister considerar o perfil do acadêmico, assim, a partir do anuáriode 2014 pesquisado, tiramos informações importantes para a nossa avaliação. Observa-se que embora os dados sejampor Área de conhecimento (humanas), e não de geografia, no geral não foge da condição já existente em outrosperíodos já avaliados. Os acadêmicos das ciências humanas são em maioria jovens, entre 17 e 20 anos; a maioriacursou escola particular, mas quase 43% dos informantes declararam serem de escola pública. Outro dado importante,de 2012, é que 56% de pais e 53% de mães dos que ingressaram nos cursos de Humanas tem apenas o ensinofundamental e médio. Assim, há já no ingresso desses sujeitos “sucesso” muito pouco valorizado, mas que no conjuntoé importante para justificar e valorizar políticas de permanência dos acadêmicos no interior da Universidade.Tal condição impõe às instituições de Ensino Superior públicas a preocupação com a permanência do estudante. A reunião com os docentes ratifica a análise do Anuário UNESP e confirmou que de fato diminuiu o número de alunostrabalhadores e que esse perfil não é exclusivo dos alunos do curso noturno, como seria de se esperar. Mas tambémdemonstrou que tem sido ampliada a política de assistência sobretudo porque ampliou o numero de alunos de outrascidades que demandam morar em Presidente Prudente Os dados do anuário indicam que cerca de 70% dos ingressantes nos cursos de Humanas não trabalham, dependemda família para estudar e são oriundos de famílias que vivem com renda até 1,9 SM (16%); entre 2,0 e 5,0 SM (35%);com 5 a 9,9 SM ( 29%). Associa-se a isso o fato de que 63% declararam que a renda em questão atende entre 4 e 5pessoas da família. São, portanto, alunos de renda média/baixa.

Sobre a “3 - Contribuição das bolsas de iniciação científica no desempenho e produção acadêmica do aluno.”, osdados também são gerais, da FCT PP e não da geografia.

A Unesp tem algumas bolsas voltadas especificamente para Iniciação Cientifica. As que decorrem do PIBIC/CNPq(Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), PIBIC/REITORIA, PIBITI/CNPQ e as da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) são as que respondem diretamente ao questionamento.Mas no encontro com os acadêmicos ficou claro que todas as bolsas, mesmo as do Programa BAAE tem semprealguma ligação com projetos dos professores. Os dados disponibilizados pela coordenação são de 2014 e nos levarama um universo de 35 bolsas PIBIC/CNPQ; 29 FAPESP/FAPESP; 05 PIBITI/CNPQ e 15 PIBIC/REITORIA. Isso soma,em 2014, 55 alunos vinculados a projetos de docentes desenvolvendo atividades de pesquisa, em um universo de 379alunos matriculados no curso de geografia naquele ano. Isso representa quase 15 % dos alunos matriculadosenvolvidos em bolsas de pesquisa.

Quanto a "4 - Contribuição dos Programas de Bolsas de Estudo no desempenho acadêmico do aluno", de fato existepolítica de assistência ao estudante com moradia, auxílio aluguel, a instituição de bolsas de apoio, de pesquisa, de extensão.

Há no anuário (2014) informações que a FCT PP tem entre 2009-2013, 96 vagas na Moradia Estudantil e 90 auxílioaluguel. Drante a visita foi informado que atualmente ampliou-se as vagas na moradia. Além disso, o anuário indica aexistência de 83 alunos com auxílio alimentação, a partir de 2012. Os dados de 2014, disponibilizados por meio doAnuário 2015, deram conta dos dados relativos ao ano: 128 Vagas na moradia; 93 alunos com auxilio aluguel; 224 comauxilio alimentação na FCT PP.Os dados da FCT PP, de 2012, indicam 132 bolsas BAAE (I - auxilio aluguel) e 208 BAAE (II). Em 2013, 162 BAAE (I) e244 BAAE (II). Em 2014 foram 155 BAAE (I) e 116 BAAE (II). Durante a visita, os estudantes disseram que foram cortadas bolsas pela administração da Universidade como medidade contenção de despesas e isso interfere no desenvolvimento do trabalho e na possibilidade de dedicação integral aocurso, uma vez que o aluno que necessita da bolsa passa a ter dificuldades para cursar a graduação. Sobre isso osacadêmicos questionaram também o fato de não haver possibilidade de acumular bolsa de apoio ao estudante (BAAE)com outras bolsas de mérito acadêmico. Além disso, os alunos alegam que vem diminuindo o número de bolsas deapoio e também as bolsas de extensão universitária. Isso comprovamos nos dados do Anuário 2013, 2014 e 2015pesquisados.

Os alunos do Curso de Geografia, de acordo com dados apresentados pela Coordenadoria, totalizam 57 que recebem

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BAAE (I), que corresponde a auxilio aluguel. Isso corresponde a cerca de 37% das bolsas nessa modalidade na FCTPP. Além disso, nos foi informado 05 BAAE (III ?), sendo uma dessas bolsas em Monitoria também para aluno docurso. Assim, o curso recebe parte importante das bolsas disponibilizadas para a FCT, para auxílio moradia, e issodemonstra que o aluno de Geografia é demandante de auxílio, assim tal condição não desfaz a ideia dos estudantes deque pode de fato ser insuficiente para atender toda a demanda da FCT PP uma vez que são 1768 alunos matriculadosem 2014.

Sobre “5. Acesso a estágios”, ficou evidente que há uma histórica dificuldade expressa no dizer dos alunos e tambémdos docentes quanto ao estágio do bacharelado, sobretudo os extra-curriculares, de modo que pareceu ser essatambém uma motivação para o formato do estágio obrigatório do bacharelado , cuja organização está prevista noPPC do curso e é reconhecido como qualificado. Contudo, observa-se que em 2014 havia 36 bolsas estagio empresa.Sobre o estágio em escolas, para a licenciatura, assim como no caso do bacharelado, os mecanismosinstitucionalizados de encaminhamento do aluno, acompanhamento e avaliação das atividades de prática profissionale/ou estágio estão presentes nos instrumentos legais do curso, estão organizados, portanto existem, mas precisam serdebatidos no sentido de captar a sensibilidade dos acadêmicos, quanto a burocratização e ainda quanto a capacidadede supervisão pelos docentes, dadas as condições ampliadas do território para realização do estágio e ainda o papeldo supervisor, que está expresso no próprio PPC mais como orientador burocrático, enquanto o acompanhamentoparece estar mais voltado para o professor da escola. Aspecto importante a ser repensado.

Sobre outros estágios possíveis, extra-curriculares (Nacional e/ou Internacional) , da mesma forma existe condiçõesformais para realização, mas no dizer dos acadêmicos ainda não são comuns. De acordo com a coordenação háconvênios institucionais para os estágios obrigatórios acontecerem, mas também existem outros convênios,normalmente advindos dos contatos dos professores, que podem permitir que outros estágios ocorram. Todavia não ésistemático, isso é o que pudemos concluir.

Aspecto a ser considerado, mas que precisa incorporar (para além das bolsas existentes), possibilidades deestabelecimento de convênios com os diversos órgãos públicos e privados, no sentido de ampliar a possibilidade deestágios extra-curriculares, ainda reduzidos, que venham a conciliar a prática e a formação e reduzir ainda mais aevasão, sobretudo aquela motivada por dificuldades econômicas. Registra-se que é possível (e a legislação para estágios existente já possibilita) a realização de estágios remunerados,legais, dentro da própria universidade, atuando em laboratórios, por exemplo, e isso seria opção interessante para seravaliado pelo Curso e também pela Instituição que precisaria fomentar política de estágio remunerado.

No tocante a “6. Satisfação dos Egressos quanto à contribuição de sua formação acadêmica para seu desempenhoprofissional.”, os acadêmicos teceram várias críticas e avaliações sobre o curso e que consideramos são importantespara a avaliação. Boa parte de suas observações estão expressas em toda a avaliação, mas quanto a satisfação deestudarem Geografia na Unesp/PP e serem profissionais a partir dessa condição, a resposta é de que tem “orgulho” esabem que serão profissionais valorizados no mercado de trabalho. Avaliam que isso decorre da qualidade do quadrodocente e que as lacunas possíveis em algumas áreas, como é o caso citado sobre a cartografia, mas também adeficiência de equipamentos dos laboratórios, muito defasados, não interfere na formação final que lhes permite acondição de “excelentes pesquisadores” no futuro. Esse é o retrato vigente e encontrado in loco quando da visita.

Sobre a “7. Evolução do(s) conceito(s) da(s) participação(ões) no ENADE.” o anuário/ UNESP de 2014 indica que nãohá evolução no conceito. Sobre o ultimo conceito, a coordenação informou que seria o mesmo.

De toda forma entendemos que nas condições de formação existentes, com a participação de alunos em projetosdocentes e institucionais, a avaliação, sob nossa concepção é positiva para o curso e indicamos que a administraçãoda FCT/UNESP PP, bem como a coordenação, o conselho de curso, se apropriem de todas as informaçõesnecessárias que permita uma avaliação dessa condição e também do estabelecimento de diálogo permanente com osenvolvidos com objetivo de propor e superar essa anomalia avaliativa.

Além disso, durante a visita os acadêmicos não demonstraram posição quanto a participação do ENADE, mas fizeramavaliação positiva do curso.

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Como sugestão, esse item para o avaliador externo poderia ser retirado porque o ENADE é outra forma de avaliação edeve ter da parte da Instituição a leitura e superação, sempre com objetivo de melhorar a qualidade do ensino e daformação dos educandos. Assim, mesmo que a pergunta demande sobre a evolução do conceito, o questionamentopassa pela superação de demandas/necessidades que possam existir, sejam de ordem pedagógica, corpo docente, depolítica de permanência e/ou de infraestrutura. A manutenção do conceito ou sua evolução negativa demanda umareflexão institucional.

Sobre "8.Ações para a melhoria da qualidade de ensino ensino" é possível afirmar que existem ações para estruturar oensino com base no perfil dos ingressantes e que elas são eficientes. Os discentes dos cursos de geografia, donoturno e do diurno, podem ter acesso a laboratórios básicos (de informática, de geologia; de Solos e resíduos sólidos;de Geocartografia e Geoprocessamento; de Geosaúde, além da Estação meteorológica). Contudo, embora sereconheça a melhoria dos espaços internos e externos no interior das instalações, tanto os acadêmicos, quantodocentes e funcionários apontam que há problemas com esses espaços instalados, com os equipamentos, com areposição de reagentes (compras) e materiais para realização das aulas práticas, com a atualização de programas decomputadores, com a internet e também problema de agendamento para uso de alguns laboratórios de uso comumcom outros cursos. Além disso, de acordo com a coordenação do curso, os alunos também tem acesso a laboratóriosda pós-graduação.

Dispõem de um Núcleo de Apoio à Pesquisa e Estágios (NAPEGE). Quando da avaliação anterior as condições paraseu funcionamento eram bastante limitadas, havia alguns computadores, mas o número de máquinas era insuficientes,desatualizadas e os programas defasados. Durante a visita fomos informados de que o espaço foi melhorado e que é oespaço que apoia a realização do PIBID que tem apenas 2 anos de funcionamento e que conta com 6 bolsistas quetrabalham 12 horas por dia preparando materiais e estudando para realização de intervenções nas escolas.

Os Grupos de Pesquisas também se constituem em espaços de participação e envolvimento do discente. Os alunosapontam que já no primeiro ano começam a se aproximar e a participar dos Grupos, mas que o crescimento de algunsgrupos tem, muitas vezes, dificultado a integração do grupo, tanto entre os alunos, como entre alunos e docentes queparticipam do grupo. Observamos que há uma capacidade de pesquisa estimulada bastante positiva e que os espaçosmelhoraram, foram ampliados, novas instalações foram construídas, novos móveis e equipamentos comprados e issodecorre, ao que se pode observar, dos projetos e recursos captados pelos professores da Faculdade, mas sobretudodos docentes do Departamento de Geografia.

A biblioteca, tem instalações insuficientes necessitando ser melhor adequada e organizada para a distribuiçãoapropriada do acervo no seu interior, e isso já é um problema que vem sendo observado e apontado desde asavaliações anteriores. Os acadêmicos e docentes reconhecem que há recurso para aquisição de livros, destinado erealizado a partir das demandas dos professores, mas que não há espaço para a organização desse materialbibliográfico. Há um esgotamento do espaço físico que precisa ser resolvido pela instituição.Outra prática considerada positiva pelos alunos foi a possibilidade de acesso a qualquer livro existente na Unesp, emqualquer outra cidade, e que é eficiente e rápido.

Quanto aos professores, a maioria absoluta que leciona na pós-graduação também leciona nos cursos de geografia (Me N) e os mestrandos e doutorandos orientam e desenvolvem atividades que envolvem também os graduandos. É ocaso de organização de eventos, de debates, palestras e participação nos projetos de pesquisa vinculados aoslaboratórios e grupos. De acordo com a coordenação não há prática de professores substitutos nem depós-graduandos lecionando para a Graduação, ainda que excepcionalmente possa ocorrer, como é o caso de EstágioDocência, mas é esporádico.

Observa-se que mesmo com a ampliação do número de professores do departamento (25) e de atendimento ao curso(41), a carga horária dos docentes é alta mesmo que a maioria apareça com 8 HA. Isso ocorre porque não sãocomputadas orientações de bacharelado, nem aula e orientação na pós-graduação, condição que abrange a maioriaabsoluta de professores e que avaliamos como não positivos uma vez que tais atribuições devem compor os encargosdidáticos docentes para efeito de avaliação de demanda por contratação docente.

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Observa-se também que os docentes da área de "Geografia Física" estão com carga elevada (até 16 HA) e foi fator dereclamação por parte dos próprios alunos que reconhecem a dificuldade dessa carga horária na citada áreaacumuladas com orientação, pós-graduação etc.

Aspecto de preocupação foi o número de servidores técnicos administrativos. Essa é uma condição que vem seagravando a cada avaliação. Apenas 01 laboratório conta com um técnico de laboratório. Além de que não hásecretária para atendimento da coordenação do Curso. Essas questões sobrecarregam os docentes no trabalhoacadêmico e também administrativo; sobrecarregam os técnicos, que atendem para além do que são designados,como é o caso da secretaria do departamento, que acaba atendendo demandas que não seriam daquele setor etambém acarretam dificuldades para os acadêmicos que tem dificuldade de saber quem são os interlocutores para suasdemandas e preocupações.

Finalmente, observamos a necessidade de contratação de servidores, docentes e técnicos administrativos, bem como amanutenção/ampliação das políticas de bolsas e assistência ao estudante, a partir de estudos, adequadas ao volumede trabalho que envolve os servidores, a reposição decorrente da aposentadoria, bem como o papel da instituiçãopublica no processo de "sucesso" e melhoria na renda da população.

Observa-se que o trabalho de orientação e aulas na pós-graduação contribuem para a valorização dos cursos degeografia da Unesp/PP e por conseguinte da própria UNESP, motivo de orgulho dos seus estudantes, mas de desejode muitos que não conseguiram lá estudar, como fica evidente na procura do vestibular. Não é portanto uma opção doprofessor ou professora, mas torna-se um compromisso profissional na medida em que são valorizados socialmente eprofissionalmente. Nesse sentido precisam compor o campo de horas/aulas para dar a verdadeira dimensão da cargade trabalho docente.

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3. Avaliação do Ensino: Corpo DocenteTitular = 8%Adjunto/Livre Docente = 16%Doutor = 72%Mestre = 4%Auxiliar de Ensino = 0%Substituto e/ou Bolsista = 0%

1. Qualificação do corpo docente.Conceito: A - ExcelentePorcentagem: 96%

2. Regime de trabalho de dedicação integral à docência e à pesquisa.Conceito: A - Excelente

3. Compatibilidade da formação dos Docentes com a(s) disciplina(s) que ministram no curso.Conceito: A - Excelente

4. Contribuição dos Docentes na produção de material didático para o curso.Conceito: A - Excelente

5. Produção científica (publicação) do corpo docente relacionada ao curso.Conceito: A - Excelente

6. Cumprimento efetivo das atividades previstas do projeto pedagógico do curso.Conceito: B - Bom

Comentário:De acordo com os dados atualizados pela visita, do ponto de vista da titulação e da "1. Qualificação do corpo docente",são 18 Assistentes Doutores; 01 Assistente (Mestre); 04 Adjuntos e 02 Titulares. O site da Geografia e a própriareunião com a coordenação indicou 25 professores, o que se confirma no site do curso, na Home da Unesp PP.Com isso, são 18 Assistentes Doutores e não 16 como está expresso no PPC 2014. Assim, para efeito de percentuaisestamos considerando 25 docentes.Do ponto de vista da organização de titulação, nos dados do Guia para avaliação externa – 2010, o quadro de docentesda Geografia era de 33 professores, no total, sendo 20 do Departamento de Geografia: Depto de Geografia: 03 Adjuntos; 16 Doutores; 01 Mestre.Depto de Cartografia: 03 Doutores.Depto de Planejamento: 05 Doutores; 01 Mestre.Depto de Educação: 05 Doutores; O1 Mestre.Depto de Estatistica/Matemática: 01 Doutor.

Em 2014, são 41 professores, sendo 25 do Departamento de Geografia e assim se organizava quanto a titulação:Depto de Geografia: 02 Titulares; 04 Adjuntos; 18 Doutores; 01 Mestre.Depto de Cartografia: 02 Doutores.Depto de Planejamento: 07 Doutores. Depto de Educação: 05 Doutores; 01 Mestre.Depto de Estatística/Matemática: 01 Doutor.

Os números mostram que o quadro de professores foi ampliado. Contudo percebe-se perda na área de Cartografia, oque foi apresentado como problema na formação e sentido pelos alunos. Sobre o Departamento de Geografia,observa-se que ampliou em 05 o número de professores, no entanto, observa-se que há carga horária ainda elevada

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na grande área Geografia Física. De toda forma, percebe-se que todos os contratados são no mínimo doutores e que ocurso passou a contar com dois professores titulares, além de ampliar o numero de Adjuntos.

Entendemos que a existência de uma maioria absoluta de professores com doutorado e/ou pós-doutorado, comsituação de dedicação integral, "2. Regime de trabalho de dedicação integral à docência e à pesquisa (RDIDP)", é fatorde qualidade, ainda que não necessariamente signifique excelência, em todos os casos, e existam reclamações dosdiscentes quanto a procedimentos didático-pedagógicos no curso e isso já foi devidamente exposto nessa avaliação.Tais condições, no Universo de 25 professores do Departamento de Geografia, 24 tem essa condição (96%) e noUniverso de 41, que envolve os demais departamentos, 40 (98%) são professores de dedicação integral. Isso significaque há expressiva dedicação do corpo docente no desenvolvimento de atividades que envolvem ensino, pesquisa eextensão, condição que se expressa de forma mais evidente na produção dos docentes e também naquela que envolveos acadêmicos e a pós-graduação.

Quando se observa pela formação dos professores do departamento de Geografia, verifica-se que a imensa maioriatem formação em geografia, em nível formação de pós-graduação e que há "3. Compatibilidade da formação dosDocentes com a(s) disciplina(s) que ministram no curso", sobretudo quando se compara com as ementas dasdisciplinas.Há ainda professores com outras formações, como é o caso de História, Meteorologia, Engenharia Cartográfica, queatendem disciplinas do currículo e que são condizentes com a formação dos profissionais que atuam como docentes,muitos inclusive com pós-doutoramento. Há portanto um nível elevado dos professores que atuam na formação dosacadêmicos dos cursos de Bacharelado e Licenciatura de Geografia.

É possível afirmar que há "4. Contribuição dos Docentes na produção de material didático para o curso" e "5. Produçãocientífica (publicação) do corpo docente relacionada ao curso" e isso se concretiza principalmente a partir da existênciados Grupos de Pesquisa que tem ampla publicação, mas não apenas. Pode-se citar, por exemplo, o Centro deMemória, Documentação e Hemeroteca Sindical "Florestan Fernandes" (CEMOSi) da Unesp de Presidente Prudente,“que ganhou o Prêmio Memórias Brasileiras 2012 ... voltado para iniciativas de preservação da memória brasileira comênfase nos movimentos sociais do Instituto Brasileiro de Museus - Ibram, autarquia federal vinculada ao Ministério daCultura.” O CEGeT, é outro grupo e se propõe a desenvolver pesquisas e estudos sobre os diferentes assuntos que recobrem atemática do trabalho; tendo como resultado a Revista Pegada, versão impressa e a Revista Pegada Eletrônica(www.prudente.unesp.br/ceget). O GADIS é outro Grupo de Pesquisa sobre a dinâmica sócio-ambiental edesenvolvimento local sustentável nas bacias dos rios Paranapanema, Aguapeí e Peixe, visando contribuir para seuplanejamento e gestão. Exerce trabalho junto as prefeituras municipais e as cooperativas e associações de catadores,são realizadas ações para contribuir com a organização e capacitação dos catadores de materiais recicláveis ereutilizáveis, implantação de programas de coleta seletiva e realização de cursos de capacitação, entre outras.No Nera são desenvolvidos levantamentos de dados e informações para a manutenção do DATALUTA, que é umbanco de dados da luta pela Terra; relatórios de impacto socioterritoriais, além de cadastro dos grupos de pesquisa emgeografia agrária e estudos das teorias e métodos geográficos. O Gasperr e os trabalhos de debate e pesquisas ládesenvolvidos tem levado a publicação de livros como: Região, cidade e poder; Dinâmica econômica, poder e novasterritorialidades; Urbanização e cidades: perspectivas geográficas; Espiral do espaço; Produção do espaço eredefinições regionais; Cidades médias. Produção do espaço urbano e regional; Cidade e campo: relações econtradições entre urbano e rural; Produção do Espaço e Redefinições Regionais: A construção de uma Temática;Indústria, ordenamento do território e transportes: a contribuição de André Fischer; Redes e cidades; Cidadespequenas. Perspectivas teóricas e transformações sócio-espaciais;O capitalismo industrial e as multinacionaisbrasileiras; Geografia e migração. Movimentos, territórios e territorialidades; Espaços fechados e cidades: insegurançaurbana e fragmentação socioespacial. O fato é que existem muitas outras produções e que aqui apenas apresentamos alguns dos materiais que se produziu eproduz internamente, por meio do trabalho do conjunto de professores que compõem o quadro do curso de geografiada Unesp PP e que contribuem com a formação dos graduandos e pós-graduandos de Geografia, na FCT/UnespPresidente Prudente.

Chamamos atenção ainda para trabalhos relacionados aos laboratórios, como é o caso do chamado "Laboratório de

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Solos" que recebe e atende também o desenvolvimento do projeto de extensão “Trilhando pelos Solos”, que tem comoobjetivo a elaboração de materiais didáticos e ajudam a ilustrar os cinco fatores de formação (Rocha, Clima, Relevo,Organismos e o Tempo), as características físicas do solos e seus processos de degradação e algumas técnicas parasua conservação. Tal projeto recebe alunos das escolas da rede pública e tem bolsistas de graduação e pós-graduaçãoenvolvidos no processos formativos.

O relatório parcial da Avaliação Institucional, que analisamos, sinaliza também para a avaliação docente e a reuniãorealizada com a coordenação e com o Gral indicaram que o curso de geografia tem como mérito anexar a avaliação dedisciplinas e dos docentes, realizada semestralmente pelos acadêmicos. São nove perguntas que são respondidaspelos acadêmicos. Tais avaliações são anexadas no relatório anual do docente e é o Departamento de Geografia queencaminha para a administração central. As dificuldades para a implementação de processos avaliativos eficientesencontram dificuldades na baixa adesão dos alunos, por exemplo. Mas também nos encaminhamentos de superaçãode problemas didático-pedagógicos. De toda forma a avaliação é sempre um processo em construção e difícil derealizar, mas precisa sempre se pensar em aprimorar. De toda forma a sua existência, com participação do estudante éponto forte.

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4. Avaliação do Ensino: Integração do Curso de Graduação com a Pós-graduação, aPesquisa e a Extensão

1. Relevância da produção científica para a área de conhecimento do curso.Conceito: A - Excelente

2. Relevância das atividades científicas desenvolvidas por docentes e alunos de graduação, para a região ondese encontra instalado o curso e para a sociedade em geral.Conceito: B - Bom

3. Envolvimento dos Docentes em projetos de pesquisa e em grupos institucionalizados de pesquisa.Conceito: A - Excelente

4. Existência de parcerias técnico-científicas nacionais e internacionais.Conceito: A - Excelente

5. Participação dos alunos nos grupos de pesquisa.Conceito: B - Bom

6. Participação do corpo discente em publicações.Conceito: B - Bom

7. Serviços técnicos de apoio para o desenvolvimento das atividades de pesquisa.Conceito: C - Regular

8. Relevância das atividades de extensão para a formação profissional dos alunos.Conceito: A - Excelente

9. Relevância das atividades de extensão para a comunidade e a sociedade.Conceito: A - Excelente

10. Envolvimento dos Docentes em projetos de extensão em parcerias. Conceito: C - Regular

11. Inserção sócio-político-econômica da Unidade Universitária via projetos de extensão em parcerias locais,regionais e nacionais.Conceito: B - Bom

12. Participação dos alunos em atividades de extensão.Conceito: C - Regular

13. Diversidade das atividades de extensão oferecidas (cursos, palestras, assessorias, prestação de serviçosetc).Conceito: C - Regular

14. Serviços de apoio ao desenvolvimento das atividades de extensão.Conceito: C - Regular

Comentário:É possível afirmar que é ponto forte a produção docente e discente de Geografia vinculadas fundamentalmente apesquisa desenvolvida no departamento de geografia da Unesp a partir das monografias, relatórios de PIBIC, de

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dissertações de mestrado, teses de doutorado, bem como artigos científicos e que isso contribui para que hajafavorável capacidade acumulada de captação de recursos. Um exemplo é que em 2013 treze (13) monografiasdefendidas no Departamento da Geografia UNESP PP tiveram financiamento Fapesp, de acordo comhttp://repositorio.unesp.br/ . Isso também aconteceu em 2012 e 2014, anos que pesquisamos.

O relatório parcial da avaliação do Gral (2014) que trata do triênio 2010-2012, bem como documentação complementarque pesquisamos apresentaram dados que demonstram a integração da graduação com a pós-graduação e apesquisa, principalmente. De acordo com o Relatório do Gral (2014) “... há que se ressaltar o volume de orientaçõesdos docentes do curso. Se for tomado o ano de 2012 como referência, foram orientados 162 projetos de pesquisa combolsa e 25 sem bolsa. Além disso, nas outras modalidades (projetos técnicos, trabalhos de conclusão de curso eprojetos de extensão) houve mais de 180 orientações. Esse volume reflete, claramente, nos indicadores de produçãodo curso e dos departamentos que servem ao curso. Independente do indicador utilizado, os docentes do curso deGeografia se mostram como um corpo docente altamente qualificado e ainda há possibilidades de melhoria dados osavanços apresentados em relação ao triênio anterior, tais como concursos para professores livre-docentes e titulares,em consonância com o PDI da Unesp. Há também uma tendência de internacionalização, posto que os docentes docurso estão envolvidos em projetos internacionais, com vínculos mais claros com a América Latina, Portugal, Espanhae França.”

Concordamos com a avaliação do Gral. Pesquisamos o link do escritório de pesquisa(http://www.fct.unesp.br/Home/Pesquisa/EscritoriodePesquisa/fapesp2624/2013/ic13.pdf) e verificamos, entre 2012 e2015, 106 projetos para IC aprovados para a FCT/PP, dos quais 46 são alunos do curso de Geografia, o querepresenta 43,4% do total e representa a hegemonia da pesquisa acadêmica produzida na própria FCT/PP, nesseperíodo. Ainda, verificando os dados no mesmo link, dados de bolsas para o exterior, entre 2012 e 2014, ficaram soborientação de docentes do curso de Geografia, 11 bolsas, das quais: 03 para doutorado; 02 para IC; 06 para mestrado.Isso demonstra o envolvimento dos Docentes em projetos de pesquisa e em grupos institucionalizados de pesquisa,existência de parcerias técnico-científicas nacionais e internacionais e reflete também na publicação de acadêmicos,sobretudo porque os órgãos de financiamento de projetos tem como norma a divulgação do conhecimento gerado pormeio de artigos científicos e apresentação em eventos nacionais e internacionais. Condição que é evidente entre osdocentes e também para os acadêmicos.

Observou-se a convivência dos alunos da graduação e da pós-graduação, nos grupos de pesquisa, em atividades deextensão, como a organização de eventos, palestras, debates, pelo crescimento de bolsas de Iniciação científica, demestrado e doutorado, projetos e financiamentos conquistados, cujos resultados são publicados nos periódicosnacionais e internacionais e contribuem para promover a produção de conhecimento de geografia e também para aregião, o estado de São Paulo, sobretudo, mas também projetos vinculados aos estados de origem dos alunos. É ocaso de Paraná, Mato Grosso do Sul, entre outros. Um exemplo da “Relevância das atividades científicasdesenvolvidas por docentes e alunos de graduação, para a região onde se encontra instalado o curso e para asociedade em geral, é a organização das Semanas de Geografia onde os acadêmicos apresentam os resultados desuas pesquisas.

Pesquisamos 2013, por exemplo, e encontramos evento realizado em conjunto - graduação e pós-graduação - XIVSEMANA DA GEOGRAFIA E IX ENCONTRO DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA. No linkhttp://www2.fct.unesp.br/semanas/geografia/2013, encontramos pelo menos 37 trabalhos de acadêmicos que foramapresentados e que envolvem os estudantes participantes dos Grupos de Pesquisa (e áreas do conhecimento). Osresumos trazem pelo menos 01 trabalho na área de ensino de geografia e turismo; 16 nas áreas de geografia ambientale geografia da saúde; 06 na área de geografia urbana; 04 nas áreas de geografia do trabalho e geografia econômica e06 na área de geografia rural e geografia agrária. Além disso, envolvem vários municípios, regiões, territórios. Podemoscitar apenas desse evento: Getulina; Vera Cruz; Presidente Prudente; Santo Anastácio; Ubatuba; Caçapava; Jales;Estrela do Norte; Ribeirão Preto; Caiabu; Pirapozinho, em São Paulo. Além de Três Lagoas e Nova Andradina, no MSe ainda sobre ocupação guarani do Vale do rio Parapanema/SP; Sítio arqueológico Turvo V-B, no norte do estado deSão Paulo; região metropolitana de São Paulo; Campina Grande (PB), Mossoró (RN) e Passo Fundo (RS); Londrina(PR); Vitória da Conquista (BA); Sertãozinho (SP) e seu eixo de desenvolvimento; Pontal do Paranapanema eAssentamento Guarani em Sandovalina (SP), entre outros.

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Não foi possível avaliar em percentuais os diferentes tipos de publicação dos acadêmicos do curso de geografia e/ou avinculação da publicação em parceria com docentes, sobretudo porque essas informações sistematizadas não tivemosacesso. Contudo, o volume de bolsas de IC, monografias com bolsas FAPESP, são indicativos de que há participaçãoem eventos com resumos e textos completos, no mínimo 01 a cada projeto financiado, o que já é bem representativodado o volume de bolsistas.

Ao que pudemos perceber, o departamento de geografia está bem avançado no processo de organização por gruposde pesquisa, de modo que até mesmo os recursos do Departamento já vem sendo distribuídos considerando asatividades e projetos desenvolvidos nos grupos de pesquisa.

Um aspecto interessante que percebemos nessa visita para avaliação foi o aprofundamento do papel dos laboratóriosdos cursos de geografia (N/M) no atendimento das demandas de ensino, pesquisa e extensão, inclusive de outroscursos da FCT/PP. Na ultima avaliação alertamos sobre alguns problemas levantados pelos acadêmicos quanto a essaorganização e verticalização pelos GP, principalmente. Mas o fato é que tal condição se expandiu para além dosGrupos e Laboratórios de Pesquisa, de modo que laboratórios basicamente de “ensino” também demonstram agora tercapacidade de captação de recursos, de associação a outros laboratórios nacionais e internacionais, além dedemonstrar o fortalecimento de atividades de pesquisa e extensão para a formação do professor e do bacharel.

Além dos já citados quando da avaliação do corpo docente e as publicações vinculadas aos GP, citamos a participaçãodo Laboratório de Climatologia na rede do Instituto Nacional de Mudanças Climática e, ainda, trabalhos conjuntos comparceiros internacionais como: Laboratório de Climatologia da Universidade do Porto (Portugal) e do Laboratoire Costelda Université Rennes2 (França). No laboratório são desenvolvidos projetos de doutorado, mestrado e IC e das 11bolsas exterior (http://www.fct.unesp.br/Home/Pesquisa/EscritoriodePesquisa/fapesp) para a Geografia entre 2013 e2014, 05 estavam vinculadas aos docentes desse laboratório, sendo uma de IC. Isso se justifica evidentemente pelapresença de docentes doutores, dos quais dois PQ/CNPq, que dão conta de realizar projetos vinculados ao Laboratórioe captar financiamento. Durante a visita na Unidade o laboratório estava em reforma.

Dentro da perspectiva de integração ensino/pesquisa/extensão, citamos o trabalho desenvolvido no Laboratório deSedimentologia e Análise de Solos cuja finalidade didática, de extensão e de suporte a pesquisas dos cursos degraduação em geografia, engenharia ambiental e arquitetura e urbanismo da UNESP de Presidente Prudente pareceudar visibilidade ao curso de geografia junto a comunidade. Dentre projetos de extensão do curso, inclusive, destaca-seo projeto “Trilhando pelos Solos”, que “tem como objetivo a elaboração de materiais didáticos que ajudam a ilustrar oscinco fatores de formação (Rocha, Clima, Relevo, Organismos e o Tempo), as características físicas do solos e seusprocessos de degradação e algumas técnicas para sua conservação”.http://www.fct.unesp.br/#!/departamentos/geografia/laboratorios-e-grupos-de-pesquisa. É um trabalho que envolve a participação de acadêmicos e pós-graduandos na orientação de alunos de ensino básicoe bolsistas de extensão. No laboratório são desenvolvidos os projetos de pesquisa com participação de acadêmicos (ICe Núcleo de Ensino/Prograd) e pós-graduandos. Sendo o único laboratório que conta com técnico de laboratóriodesignado.

Da mesma forma, o Laboratório de Geologia, Geomorfologia e Recursos Hídricos atende aulas práticas na Graduaçãodas disciplinas de Geologia, Geomorfologia e Hidrologia, além de Geomorfologia e Dinâmica Fluvial do Programa dePós-Graduação em Geografia da FCT-UNESP. No laboratório são desenvolvidos Projetos de Pesquisa como"Monitoramento ambiental em tempo real por satélite para sistemas hídricos", Financiado pela CAPES/Pró-Equipamentos /PPGG e A Variabilidade Hidrológica Nos Rios Aguapeí e Peixe: regime climático e impactos do usoda terra sobre a bacia hidrográfica e canais fluviais", com Financiamento do CNPq.

Esses dois laboratórios por meio do Programa Núcleo de Ensino, da PROGRAD e de Projetos de Extensão vinculadosa PROEX, com bolsas para alunos do curso de geografia, recebem alunos da rede pública de ensino fundamental emédio, onde são apresentados materiais didáticos como complemento aos conteúdos programáticos dos livrosdidáticos utilizados pelos professores. Para tanto, estagiários do curso de Geografia/Licenciatura são selecionados paradesenvolver os programas, integrando a Universidade e a Escola.

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Durante a visita estivemos nos laboratórios. O Laboratório de Sedimentologia e Análise de Solos encontra-se melhorestruturado atualmente, principalmente na organização dos materiais, “didaticamente” apresentados, ainda que pelovolume de pessoas que frequentam e as visitas realizadas, sem dúvida necessitaria de mais espaço e maior proteçãoao material exposto uma vez que o corredor de exposição é estreito e pode haver risco de perda do material. Já oLaboratório de Geologia, Geomorfologia e Recursos Hídricos, estava com aula, mas observamos que pouco mudoudesde a última avaliação, em 2009. Observa-se que os acadêmicos questionaram o fato de que os equipamentosdesse Laboratório são antigos e que não tem havido atualização, o que interfere no ensino e na formação técnica. Da parte dos docentes, a informação é que há projetos instalados e recursos da Capes (Pró-equipamentos) investidosnesse laboratório, de modo que é preciso melhorar a comunicação com os discentes sobre o que tem de novo, odestino/uso dos equipamentos e também o que é necessário ser efetivamente renovado para melhor qualificar aformação, se for o caso.

Outros projetos, de extensão, em 2014, promoveram a integração ensino/extensão foram: DATALUTA, Banco dedados Luta pela Terra, vinculado ao GP Nera, com 03 bolsistas PROEX; tem os projetos Construindo o Centro deMemória Sindical “Florestan Fernandes” (CEMOSi) e a Produção de Vídeos-Documentários sobre a Exclusão Social doTrabalho no Pontal do Paranapanema com 03 bolsistas cada, totalizando 06 bolsistas. Tais projetos se desenvolvemem sala pequena e dispõe de “arquivista” que apoia, orienta no manuseio dos documentos e pesquisas, e organiza omaterial juntamente com os bolsistas. Citamos também Projeto de Extensão vinculado ao GADIS, Gerenciamento deResíduos Sólidos Urbanos, Organização de Catadores de Materiais Recicláveis e Educação Ambiental, com parceriacom o MPF - Ministério Público Federal -Procuradoria Regional de Presidente Prudente; MPSP - Ministério PúblicoEstadual; CESP - Companhia Energética de São Paulo; CPLA-SEMA-SP - Coordenadoria de Planejamento daSecretaria, com 01 bolsa PROEX. E, ainda, os projetos vinculados ao ensino de geografia escolar, “A metodologia deFreinet e a construção da cidadania no ensino fundamental e A escola na estação meteorológica: a importância daMeteorologia no cotidiano humano, cada um com 01 bolsa PROEX.(https://sistemas.unesp.br/proex/publico/consulta/comunidade.pesquisar.action )

Como resultado das reuniões com a coordenadoria, professores e alunos, a informação é de que houve cortes emprojetos de extensão, o que confirmamos pelo acesso ao sistema de projetos da PROEX, tanto para 2014, como para2015. De fato, foram 07 projetos apoiados em 2014, com 06 bolsas. Em 2005 foram 06 projetos, com 08 bolsas. Essadiferença não pareceu a princípio tão significativa que justificasse o volume de reclamações dos estudantes.

A pesquisa que realizei no sistema de projetos da PROEX, para 2013, confirmou que havia 08 projetos com 19 bolsaspara aquele ano, motivo pelo qual os alunos, principalmente, sentiram o corte nos últimos dois anos. A despeito donumero de projetos submetidos e não aprovados, o fato é que o número de bolsas que atendia aos projetos foireduzido de modo significativo entre 2013 e 2015, mesmo considerando que em 2015 tenham sido financiados doisprojetos mais que em 2014. Apenas 1 projeto não foi atingido com corte de bolsas. Um dos projetos cortados para2015 foi o DATALUTA, Banco de dados Luta pela Terra, e isso foi referenciado pelos acadêmicos.(https://sistemas.unesp.br/proex/publico/consulta/comunidade.pesquisar.action)

Em 2015 foram aprovados os projetos: "A estação meteorológica no cotidiano da região de Presidente Prudente - SP",sem bolsa; "As rochas: memória da Terra", 01 Bolsa; "Centro de Memória do Pontal do Paranapanema", com 2 Bolsas;"Construindo o Centro de Memória Sindical “Florestan Fernandes” (CEMOSi)", com 2 Bolsas; "Gerenciamento deResíduos Sólidos Urbanos, Organização de Catadores de Materiais Recicláveis e Educação Ambiental", com 2 bolsas;"Trilhando Pelos Solos", com 1 Bolsa.

Observa-se, finalmente, que a participação dos alunos quando estimulada é boa e que apesar dos cortes nas bolsas,em 2014, foram 9 voluntários e em 2015, 7 alunos voluntários nos projetos aprovados. Em 2013, quanto havia 19bolsistas, havia também 11 voluntários. Aspectos a serem considerados porque mais aluno ou menos alunos significatambém maior ou menor vivencia universitária, experiência para a formação e produção acadêmica. Assim,consideraremos regular a participação dos alunos em atividades de extensão porque quando estimulados eles estãopresentes, mas o fato é que há pouco apoio institucional e ainda diminuiu no triênio.

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A Estação Meteorológica, parece ser também um ponto forte na estrutura do curso de geografia da Unesp/PP, contudo,apesar de atender a formação de acadêmicos e pós-graduandos, atender a comunidade com informações sobre otempo e o clima, promover visitação para alunos da educação básica, não conta com servidor técnico especializadopara apoiar as atividades ali desenvolvidas, dependendo sempre de bolsistas de projetos, o que não foi disponibilizadopara 2015, como ficou demonstrado.

Essa dificuldade de funcionamento dos laboratórios já sinalizamos em avaliações anteriores, é um problema para todosos laboratórios, de modo que o serviço técnico de apoio para o desenvolvimento das atividades de pesquisa, extensãoe inclusive ensino ficam prejudicados.

Como salientamos, apenas um laboratório tem apoio de técnico de laboratório. Em outro tem uma arquivista.

Além disso, boa parte dos laboratórios necessitaria de apoio de secretaria, sobretudo os laboratórios de pesquisa, comvolume de formulários para preencher, contatos a fazer, prazos de projetos em desenvolvimento e agendas a cumprir.Também os acadêmicos questionaram a falta de apoio para a realização de mapas, gráficos, imagens, enfim, o queseria possível com técnico de geoprocessamento, geotecnologias e/ou de multimeios para apoiar os trabalhos docentese também as atividades de ensino, pesquisa, extensão dos laboratórios e atividades didático-pedagógicas.

Quanto a diversidade de atividades de extensão oferecidas, a home page da universidade e sobretudo dodepartamento de geografia apresenta cursos, atividades com as escolas, palestras, eventos, assessorias junto amunicípios, entes públicos e privados. Muitos dos eventos vem também da pesquisa e/ou da integraçãoensino/pesquisa/extensão, de modo que é difícil essa classificação, do ponto de vista da visibilidade dada. Assim, écorreto afirmar que tem diversidade nas atividades, contudo, no universo de 25 docentes o curso tem poucos projetosde extensão aprovados nos últimos 03 anos. Foram 8, em 2013, 7, em 2014 e 6, em 2015. Aspectos históricos daprática extensionista nas universidades brasileiras, que não é exclusividade da Unesp PP, mas que pela qualidade docorpo docente tem condições de atingir ainda índices melhores de desempenho, sobretudo envolvendo a comunidadeexterna.

Sem dúvida, o trabalho com extensão não é fácil porque a despeito da existência do tripé - ensino/pesquisa/extensão -,tal condição nem sempre se configura na prática, até porque o financiamento é limitado. O Governo Federal, com oseditais PROEXT, desde 2008, tem permitido alguns investimentos em projetos de extensão nas universidades públicas,mas é ainda muito pouco para reforçar a prática extensionista.

O fato é que se há cortes nos recursos destinados a extensão, o reflexo é o desestímulo nos docentes, principalmente,para a elaboração de projetos.

Finalmente, é mister destacar que a fala dos estudantes foi de preocupação quanto as condições que vem sendocolocadas a cada ano e que se reflete na formação e nas suas oportunidades para o futuro. Por isso a condiçãodemonstrada foi de inconformidade com o corte de projetos como o DataLuta e o Cine Unesp, mas não é apenas isso,pudemos perceber, é o orgulho de serem alunos da UNESP que se fere quando o que tinham conquistado deixa deexistir. É, portanto, legítima e sensível a preocupação demonstrada.

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5. Avaliação da Gestão Acadêmico-Administrativa

1. Ações acadêmico-administrativas em função do(s) conceito(s) da(s) participação(ões) no ENADE.Conceito: B - Bom

2. Implementação de políticas de capacitação docente e de servidores técnico-administrativos no âmbito docurso.Conceito: C - Regular

3. Distribuição de pessoal técnico administrativo em atividades de apoio ao curso.Conceito: D - Não Satisfatório

4. Ações da Coordenação e do Conselho de Curso, em consonância com a política institucional, nocumprimento de suas atribuições.Conceito: A - Excelente

5. Avaliação e planejamento anual do curso pelo Conselho de Curso.Conceito: A - Excelente

Comentário:Vimos acompanhando a evolução das avaliações externas dos Cursos (M/N) da FCT/Unesp PP, desde 2005. Emfunção disso, é possível afirmar que são positivas as ações acadêmico-administrativas desde então. Tal condição comparece nas mudanças visíveis na melhoria da infraestrutura disponibilizada para o curso e a FCT,mas também na fala dos docentes, discentes e técnicos administrativos.Nessa avaliação, destacamos o encontro com membros do Gral e com a Coordenadoria que indicaram conhecer orelatório de avaliação externa anterior e estarem preocupados em responder sobre questões já levantadas. Um pontodestacado foi a melhoria nas condições para a avaliação do corpo docente e das disciplinas. São nove perguntasrespondidas pelos alunos semestralmente. Tais avaliações são anexadas ao relatório anual do docente e é oDepartamento de Geografia que encaminha para a administração central. As dificuldades para a realização deprocessos avaliativos eficientes encontram dificuldades na baixa adesão dos alunos, por exemplo, que segundo foiinformação, atinge pouco mais de 30%. Também foi destacado pelos membros do Gral que os encaminhamentos parasuperação de problemas didático-pedagógicos advindos das avaliações são complicados e difíceis, de modo queparece haver da parte dos acadêmicos pouco interesse nesse processo também porque faltam respostas. De todaforma, dificuldades de encaminhamentos é sempre melhor que nenhuma avaliação, sobretudo porque é sempre umprocesso em construção e difícil de realizar, mas precisa sempre se pensar em aprimorar.

Sobre o ENADE, há evidente desconforto da coordenadoria com o ultimo resultado, sobretudo porque entre 2008 e2011 a mudança foi brusca e negativa. Aspectos a serem pensados para outros momentos ENADE, uma vez que ascondições acumuladas atualmente não corroboram com o resultado negativo atingido, o que justifica a preocupaçãodemonstrada, mas deve servir para a busca de soluções de superação.

Sobre as políticas de capacitação docente e de técnico-administrativos, o que verificamos é que não há uma lógicainstitucionalizada, planejada anualmente e/ou plurianualmente.

Quando questionados sobre formalização de afastamento para pós graduação, os docentes informaram que não existeformalmente, mas que há sempre condição favorável para aqueles que se dispõem a se afastar para se qualificar. Essacondição nos parece está ligada a condição do departamento que tem apenas 01 professor com mestrado. Boa partedos docentes já tem pós-doutorado no país e/ou no exterior. De toda forma, a existência de procedimentosformalizados sempre ajuda em momentos de choque de interesses, o que nesse momento pareceu não existir, masnas áreas em que há menos capacidade de cobertura, como ficou expresso que ocorre com a algumas subáreas daGeografia Física, talvez fosse interessante o planejamento dessas condições.

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Quanto aos técnicos, essa foi uma questão não tratada, ao que parece porque as dificuldades com o volume detrabalho é maior do que todas as outras questões.

Em outras avaliações sinalizamos que as condições de trabalho eram difíceis, mas ainda que do ponto de vista dainfraestrutura tenham melhorado, do ponto de vista da quantidade de pessoal técnico administrativo em atividades deapoio ao curso, em relação a demanda de trabalho acumulada, se mantém péssimas e em condições de piorar compossíveis aposentadorias.

Essa condição precária no apoio as atividades didático-pedagógicas e administrativas está sinalizado no relatório deavaliação anterior e mesmo assim estranhamente não compareceu como dificuldade para o corpo docente, mascompareceu enfaticamente no dizer da coordenadoria, alunos e fundamentalmente para os técnicos, sobretudo pelacrescente terceirização. Em 2009 compareceram 06 técnicos, dessa vez foram 04 que participaram da reunião. A demanda por mais técnicos de laboratórios, com o corte de bolsas, pode ser que fique mais evidente, mas o fato éque a visão de necessidade ainda é pautada para o trabalho burocrático e isso é compreensível porque sequer existeuma secretaria com servidor designado para atender a Coordenação de Curso. Ao que parece faltam condições parareivindicação de funções e condições outras de trabalho, sobretudo porque ainda é preciso conquistar o mínimo nessecampo. Nesse sentido, a não expressão dos docentes quanto aos profissionais de apoio que são necessários emlaboratórios para atender o serviço certamente corrobora para que os próprios técnicos se omitam a essas condições.

Nesse sentido os acadêmicos foram enfáticos, são necessários técnicos que apoiem as atividades práticas, técnicasque acontecem nos laboratórios. Nesse sentido falaram sobre apoio para elaboração de mapas, gráficos,geotecnologias, dificuldade com informática.

Assim, reforçamos que as atividades de apoio são fundamentais e que é preciso superar esse ponto fraco dainstituição, sobretudo porque a solução desse problema certamente deverá estimular ainda mais a capacidade deprodução de conhecimento e captação de recursos, inerente ao departamento, e que é de fato seu ponto forte:estratégico.

Além disso, melhorar os sistemas de informação podem também contribuir para a superação do retrabalho, aspectotambém questionado pelos servidores, uma vez que se está sempre passando e repassando a mesma informação emdiferentes relatórios, quando poderia estar disponível em plataformas com acesso. Em alguns casos já há sistemasinstalados, mas ainda não é totalmente confiável. Segundo servidores, o “sistema acadêmico”, por exemplo, tem algunsproblemas que levam duplicidade de informação de modo que o servidor necessita manter controle manual, isso não érazoável.

O Relatório referente ao período 2010-2012, elaborado pela Direção da FCT/UNESP e pelo Grupo de Avaliação Local écrítico quanto a demanda por servidores docentes e técnicos e embora indique que foram contratados docentes emreposição a aposentadorias, reconhece que de fato ainda é insuficiente.

Assim, de acordo com a Coordenadoria e também durante a reunião com os docentes, uma das ações valorizadas eenfatizadas pelo grupo é a decisão interna de não terem docentes voluntários; alunos de pós-graduação ou mesmoprofessores substitutos fora da legislação, evidentemente, atendendo a graduação. Outra questão colocada foi que ocorpo docente que atua na pós-graduação é basicamente o mesmo da graduação, seja no noturno, seja no diurno.Essa é uma condição positiva que é mister explicitar porque faz parte da Gestão Acadêmico-Administrativa quedemonstra preocupação com a formação e planejamento para os cursos.

De toda forma, nem sempre será possível manter essa condição, sobretudo porque as licenças médicas/gestantes sãolegais e podem vir a trazer substitutos para atuarem temporalmente, como outros departamentos que atuam junto aocurso podem encaminhar profissionais não efetivos, aspectos inclusive levantados pelos alunos, sem falar nasaposentadorias. Aspectos que no contexto de cortes de recursos e de contratações enfaticamente apresentados portodos os segmentos são preocupantes.

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6. Avaliação da Infra-estrutura

1. Adequação de salas de aula, laboratórios didáticos, biblioteca, laboratórios de informática e equipamentos àproposta pedagógica do curso.Conceito: B - Bom

2. Adequação dos laboratórios de pesquisa e de seus equipamentos.Conceito: B - Bom

3. Acervo de livros.Conceito: A - Excelente

4. Acesso a laboratórios didáticos e uso de computadores.Conceito: B - Bom

5. Acesso dos alunos às bibliotecas digitais.Conceito: B - Bom

6. Serviços de apoio, manutenção e modernização da infra-estrutura.Conceito: B - Bom

7. Adequação das instalações físicas para alunos com necessidades especiais.Conceito: C - Regular

Comentário:O relatório parcial da avaliação institucional (2010-2012) apresenta consistência crítica quanto à infraestrutura daunidade, o que é bastante positivo e demonstra a independência necessária para a avaliação.http://gral.fct.unesp.br/relatorios/relatorio_gral.pdf

Observamos que melhorou desde nossa visita em 2009. De toda forma ainda não há homogeneidade na suaorganização.

Quanto aos laboratórios destinados aos cursos, apesar das críticas efetuadas pelos alunos eles apresentam ascondições básicas necessárias (e em alguns casos, mais que básicas) para a implementação do projeto pedagógico,ainda que de fato se necessite de mais conforto para o desenvolvimento dos trabalhos práticos e melhoresequipamentos, como é o caso do Laboratório de Geologia e Geomorfologia. Em alguns casos são necessáriosmelhores e maiores espaços (é o caso do Laboratório de Solos) para a plenitude das atividades desenvolvidas. Deacordo com os próprios acadêmicos o acervo de rochas e minerais é de grande qualidade, mas sofre o risco de seperder, uma vez que não tem como mantê-lo em segurança e atualizado. Isso é patrimônio e é o apoio técnico que vaigarantir sua manutenção e preservação.

Essas dificuldades com a manutenção e reposição de material, além de servidores técnicos para manutenção eassistência nos laboratórios são críticas e o relatório de avaliação da Unidade também toca nessa questão queaparece, inclusive, como estrutural, em toda a Faculdade. A internet de baixa qualidade, computadores defasados, bemcomo apoio técnico para uso de geotecnologias nos laboratórios é sentido pelos acadêmicos e estão presentes no dia adia, além de frequente queda de energia.

Há laboratórios de pesquisa que estão bem equipados e que passaram a agregar inclusive o corpo docente a elevinculado, o que obviamente libera outros espaços de gabinetes que esses docentes utilizavam. Isso é positivosobretudo porque o relatório revela que há docentes que tem gabinete próprio, mas também ainda há gabinetescompartilhados. O fato é que o compartilhamento de gabinetes não é um problema em si, mas o problema está nas

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condições mais favoráveis que os gabinetes individuais propiciam inclusive para atendimento e orientação, ou mesmopara estudo.

Encontramos prédios novos, com boa estrutura física e de equipamentos. Mas também ainda há disputa por espaçopara atividades didático-pedagógicas. O Napege, por exemplo, está sendo utilizado também para desenvolvimento dasatividades do PIBID, o que não vemos é um problema, dada a natureza do Núcleo.

Encontramos vários espaços que foram submetidos a reformas. Salas que foram montadas para estudo e também parauso de computadores pelos acadêmicos, mas que também não tem técnicos para cuidar e assistir ao aluno.

Sobre a acessibilidade é importante dizer que avançou muito. São várias as rampas instaladas, elevadores/plataformaselevatórias, banheiros reformados e específicos, mesmo assim ainda é necessário avançar mais, reconhecendo que épreciso investimento específico para tal. Observa-se que ainda não são acessíveis todos os espaços coletivos, comopor exemplo, auditórios, em que o acesso aos palcos devem ser viabilizados. As áreas externas, estacionamento, pátio,ainda tem muitos obstáculos, desníveis a serem superados para a livre movimentação de cadeirantes ou mesmo decegos, pessoas de muletas, ou simplesmente com dificuldade de mobilidade, como é o caso de idosos, e que édificultado pelo próprio terreno.

O interior dos laboratórios ainda não atendem as condições ideais, com possibilidade de plena entrada por todas asportas e de fácil circulação interna, com áreas reservadas e mobiliário próprio, com bancadas adaptadas. Os espaçosinternos são ocupados com móveis e materiais produzidos; os espaços de circulação são estreitos e em nenhum delesvimos a instalação plena de condições que atendam portadores de deficiência. Como sugestão, mesmo que se tenhaavançado bastante com as plataformas elevatórias e várias rampas de acesso, ainda é preciso melhorar internamente,as salas, auditórios, laboratórios, no sentido de garantir as condições necessárias de pleno acesso e garantir aindependência e circulação de todos e todas.

Verificamos no Anuário da Unesp que existe levantamento e controle sobre o número de alunos portadores denecessidades especiais nas diferentes unidades e campi. Isso é interessante, inclusive porque os números são muitobaixos, o que demonstra que ainda são poucos aqueles que chegam à Universidade. Aspectos a serem consideradospara efeito de estabelecimento de políticas institucionais que estimule tal acesso.

Sobre a biblioteca há unanimidade quanto à qualidade de seu acervo. Mas há problemas com a sua limitação física.Sem dúvida um grande projeto para a UNESP PP é a ampliação do espaço para acervo bibliográfico, que pudessecontemplar os espaços múltiplos, para além do acervo físico. É evidente que enquanto isso não acontece de algumaforma é preciso se administração encontrar condições de disponibilizar o acervo que vem sendo anualmente adquiridoe que os alunos reclamam que não chegam a prateleira. Uma questão muito positiva do serviço, elogiada pelosacadêmicos, é a possibilidade de mobilidade de livros entre os campi, o que parece tem sido ágil e eficiente. Issofacilita sobremaneira o acesso aos livros e é racional. Outro aspecto importante é o serviço SIAI que permite acessoaos recursos informacionais a pessoas com deficiência visuais.

O bloco aulas sofreu reforma em todas as salas com instalação de ar condicionado, lousas modernas, tv, som, datashow, cortinas. Os banheiros foram adaptados para atender pessoas com deficiência. A informação é de que foramrecursos do Programa de Melhoria do Ensino de Graduação.

Quanto aos serviços de apoio, manutenção e modernização da infraestrutura disponível, observamos que melhorou,pelo menos a aparência dos prédios, pintura, instalação de divisórias, vidros, sinalização, estavam bem preservadosquando da visita. A sala da administração do departamento se mantém e está melhor organizada, assim como uma boasala para reuniões foi disponibilizada, onde era antes ocupada por um dos GP. Mas ainda não há secretaria instaladacom servidor designado e espaço físico, inclusive, para atendimento da coordenadoria e dos alunos, que acabamprocurando a secretaria do departamento para levar suas demandas, o que não é o adequado, mas é compreensívelpela falta de estrutura administrativa. Condições que precisam ser conquistadas.

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Média Final: A - Excelente

Parecer circunstanciado e de mérito sobre o Curso e a Unidade:O curso de geografia da UNESP PP (M/N) é composto de corpo docente sólido, qualificado, em tempo integral, comgrande capacidade de produção de conhecimento e de captação de recursos e financiamentos, condição que sematerializou inclusive na qualidade do Programa de Pós-Graduação, conceito sete, na CAPES. Desenvolvempesquisas por meio de grupos de pesquisa e de laboratórios que se materializaram por meio do envolvimento deacadêmicos da graduação e pós-graduação. Todos tem espaços físicos organizados, planejamento de atividades,debates, participação em eventos com trabalhos inscritos que levam o nome do grupo e da Geografia/ FCT PP. Essa éuma condição que melhorou muito nos últimos dez anos.

Os acadêmicos dos cursos de geografia, noturno ou matutino, tem perfil semelhante, e estão envolvidos com o curso,em grande parte, por meio de projetos, bolsas e programas, mas, sobretudo, vinculados aos GP e laboratórios, desde oprimeiro ano do curso. Assim iniciam cedo a participação na elaboração de discussões científicas e participação empesquisas com os professores. Tem orgulho de cursarem geografia na UNESP PP e se formam, em maioria absoluta,de modo que há baixa evasão e alta taxa de sucesso.

O corpo técnico que atende o curso é comprometido, servidores são qualificados, mas são em número reduzidíssimo eessa condição é sem dúvida o maior problema para o funcionamento do curso em dias atuais, com chance de piorarem futuro próximo. Esse segmento é o que teve e tem menor investimento, sob todos os aspectos, nos últimos 10anos, quando realizamos a primeira avaliação.

Assim, no mapa do curso, na ultima década (2005-2015), se viu ampliar o quadro docente, percebe-se importantemelhoria na infraestrutura física do departamento, de vários laboratórios e salas de aulas, com reformas, mobiliário eequipamentos novos. Mas vimos também encolher o corpo técnico administrativo que dá sustentação aofuncionamento dos cursos. Essa condição dificulta o trabalho da Coordenação dos cursos, com muitas tarefas a seremexecutadas e ainda aulas para ministrar, orientação, presidência de comissões, conselhos, reuniões, tudo sem apoioadministrativo direto. Há que se conquistar a secretaria da coordenação de cursos de geografia, porque esse é umproblema crônico no curso de Geografia da Unesp PP. Outro aspecto que gostaríamos de fazer referência é a percepção quanto a infraestrutura coletiva para a FCT, queevidentemente teve mudança significativa: é o caso do restaurante universitário inaugurado, a ampliação de vagas naMoradia e o auxílio aluguel, além de política de bolsas para permanência do estudante, mas também paradesenvolvimento de projetos de pesquisa (IC) e extensão. Essa é sem dúvida politica importante para apoio,assistência e permanência do estudante, mesmo com todas as reclamações, fundadas ou não, que os acadêmicospossam ter e que o bom diálogo pode com certeza resolver.

Nesse sentido, aqui sintetizamos pontos fortes e pontos fracos, que precisam de ações em curto e médio prazo :

Aspectos que precisam ser mantidos e/ou ampliados:

1) Os objetivos do Projeto Pedagógico do Curso de Geografia/FCT/UNESP estão de acordo com a missão institucional,apresentando uma vertente formadora de maior autonomia do aluno na opção de sua trajetória curricular, via disciplinasoptativas, principalmente. Nesse sentido, considerando as alterações para a formação de professores, que estão emandamento em virtude do PPC em aprovação, alerta-se para que não haja perda dessa autonomia, mas, ao mesmotempo, que os estudantes da licenciatura sejam orientados a garantirem, ainda que a partir de matérias optativas, omesmo eixo formador do bacharel;

2) Quadro docente qualificado e de excelência, em tempo integral, com capacidade de produção científica e de atuaçãono ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido, a carga horária dedicada a pós-graduação, cuja LDB reconhece comoensino superior, e também carga de orientação de TCC, que é carga dedicada a formação profissional para grau debacharel, precisam ser computadas como carga didática (aulas), sobretudo porque o é, permitindo definir o quadro deprofessores necessário, em todas as áreas, com base na LDB/1996, que rege: “Art. 57. Nas instituições públicas de

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educação superior, o professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas.”

3) Corpo discente com capacidade de dedicação exclusiva aos estudos, tanto no noturno como no diurno, o que édemonstrado pelo número de bolsas de apoio ao estudante absorvidas por alunos de geografia, seja pela instituição,seja por órgãos de fomento como Capes, CNPq e Fapesp. De toda forma, observa-se que tem havido redução nonúmero de bolsas de extensão, o que interfere na realização de um dos tripés estruturais da Universidade (LDB).Bolsas de apoio, como bolsa aluguel, tem duração de 10 meses, e isso pode comprometer o objetivo da política deauxílio e a taxa de sucesso do curso, que é uma potencialidade. 4) Organização em Grupos de Pesquisa contribuem para a formação de pesquisadores e envolvimento dos alunos degraduação na produção do conhecimento verticalizado; favorece a participação do alunado em debates, eventos,publicações em anais e/ou de artigos em periódicos, e, portanto, o fortalecimento de um perfil de aluno de graduaçãoque constrói bem cedo seu currículo, que tende a verticalizar sua formação, com a entrada na pós-graduação, condiçãoque corrobora, inclusive com o próprio curso de pós-graduação da Faculdade.

5) Reestruturação do espaço físico da FCT, com investimento em reformas, construções, mobiliário e equipamentosnovos que são mais adequados às necessidades dos cursos e favorecem a acessibilidade a alunos, servidores eportadores de deficiências. Foram instaladas rampas e também elevadores/plataformas elevatórias para favorecer oacesso. Contudo, ainda é preciso melhorar os espaços externos em toda a extensão do campus, as áreas internas delaboratórios, auditórios, com móveis adequados, bem como ampliar a acessibilidade com autonomia e sem restriçãopor todos os espaços da FCT PP. Uma das formas para superar as dificuldades do terreno são os acessos e asplataformas de chegada com veículos perto dos espaços públicos, para desembarque; balcões rebaixados emsecretarias, biblioteca, restaurante, fotocopiadoras, laboratórios etc; rampas para acesso a palcos em auditórios;amplitude nas áreas de acesso de elevadores para a saída/entrada, mobilidade e locomoção com autonomia, entreoutras possibilidades a serem projetadas e planejadas a curto, médio e longo prazo.

6) Internet disponível por todo o campus, facilitando o acesso a informação e comunicação para docentes e discentes,contudo é preciso melhorar a qualidade e a velocidade do serviço, que tem “pontos cegos” no interior do campus, etambém não é constante nos laboratórios e espaços administrativos.

7) Acervos bibliográfico é rico e serviço de atendimento, com mobilidade de materiais entre campi funciona comeficiência. É preciso melhorar a qualidade de atendimento com ampliação do espaço físico de acervo da biblioteca, jálimitado para os dias atuais.

8) Existência de Programa de Manutenção da Graduação é importante e contribui para manter a disciplina Trabalho deCampo, mas também tem sido importante para realização de reformas e investimentos importantes para o curso e aFCT PP. É fundamental a permanência do Programa e sua ampliação para realização da aulas práticas em todas asdisciplinas que delas demandar.

Aspectos a serem resolvidos e superados:

1) A regulamentação dos estágios, no bacharelado e na licenciatura, tem lacunas que interferem na sua realização, demodo que é importante analisar os anexos do PPC, bem como contradições e omissões que lá estão expressas.

2) A não-regulamentação da carga horária docente da disciplina TCC, bem como a indefinição de número deorientandos/orientador, favorece e mantém situações de sobrecarga e desequilíbrio de encargos didáticos entre osdocentes. Seja porque não conta como hora aula para o professor responder às 8 horas mínimas obrigatórias, previstasna LDB (portanto, como hora trabalhada), seja porque a conformidade da situação está muito relacionada acontinuidade de projetos de IC pelos acadêmicos, mas que não é regra universal, não atende todos os alunos do curso,além de que a existência de bolsas não é garantida sempre, estando submetidas a cortes e crises. Assim, é razoávelimaginar que o aluno que tem seu primeiro contato com a pesquisa por meio da disciplina terá que aprender apesquisar, terá dificuldades normais de quem aprende, assim como o professor terá o papel de ensinar a arte de

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descobrir, de conhecer, mas o fato é que essa é a regra que o curso apresenta em seu PPC, sendo o acesso a bolsase/ou grupos de pesquisa uma orientação possível, mas não obrigatório aos alunos e alunas do curso. Nesse sentido, émister refletir/definir sobre a carga horária de ensino para os docentes, como encargo didático inerente a disciplinaTCC, assim como sobre a sua distribuição entre os docentes.

3) Há dicotomia na formação do licenciado quanto a sua formação específica (conteúdo) e a sua formação profissional(prática) que decorre da forma burocratizada do estágio supervisionado a ser realizado nas escolas e cujaorientação/supervisão por parte do professor de estágio fica dificultada, por um lado, e coloca no professor da escola aresponsabilidade de acompanhamento do estagiário, numa versão empresarial de estágio que não condiz com osprincípios, objetivos e com a formação profissional do professor expressa no PPC. Há de convir que o professor queresponde item 3.4.3 do PPC é dedica-se mais a preencher papeis e que a extensão do estágio para as cidades doentorno inviabiliza por completo a supervisão, que requer acompanhamento, integração entre os professores na escolae os professores da Universidade. Além disso, há contradição e omissão quanto ao que de fato é para ser ou pode sero estágio, uma vez que estabelece as etapas a serem cumpridas (observação, participação, regência), mas semgrandes explicações, ou condições estabelecidas, também pode ser minicurso, pesquisa ou reforço. Nesse caso, hácontradição e omissão. Quem decide sobre como vai ser? O acadêmico? O professor de estágio? A sugestão é que se busque de modo integrado com o departamento responsável pelo estágio, sobretudo com osprofessores de estágio, a melhor forma de sua realização com garantia de supervisão. Que se institua uma Comissãode Estágio Supervisionado do curso de geografia, com acadêmicos estagiários, professores de estágio supervisionado,coordenadoria de curso e representante do conselho de curso, para debaterem a forma e melhor realização eregulamentação, superando o volume de papeis e a burocracia universidade/escolas, favorecendo a prática dos alunos,futuros professores de geografia, que é o objetivo ultimo do estágio supervisionado.

4) Há que se criar o NDE (Núcleo Docente Estrurante), uma vez que ele tem atribuições acadêmicas deacompanhamento, concepção, consolidação e contínua atualização do projeto pedagógico do curso, mas tambémporque o CONAES é o órgão colegiado de coordenação e supervisão do Sistema Nacional de Avaliação da EducaçãoSuperior SINAES, instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de Abril de 2004, e é importante que os setores responsáveispela normatização dos cursos de graduação na Universidade atentem para a necessidade de existência do NDE,sobretudo em virtude dos processos de (re)credenciamento e avaliação dos cursos de graduação.

5) O quadro técnico-administrativo é reduzido e não atende as condições mínimas necessárias para encaminhamentosnecessários aos cursos (N/M), à administração, às demandas dos docentes e discentes e, fundamentalmente, asdemandas de pesquisa e extensão e as atividades didáticas e pedagógicas nos laboratórios, seja para formação em bacharelado, seja na licenciatura. Há retrabalho, sobrecarga e dificuldades para alunos e professores realizarem o seutrabalho, o que se reflete na formação profissional. Além disso, não existe sequer uma secretaria para apoiar acoordenadoria que atende dois cursos, participa e preside conselho e comissões e representa o coletivo do curso emórgãos superiores. Esse é um ponto fraco e que requer medidas urgentes e imediatas.

6) A participação de docentes em atividades de extensão precisa ser estimulada com objetivo de fortalecer a integraçãoentre pesquisa e extensão, bem como atender a comunidade, condição ainda a ser melhorada. Para tanto, promover aparticipação de alunos e docentes em atividades de extensão, por meio do financiamento de projetos e distribuição debolsas é uma sugestão que fazemos em função da importância da extensão na articulação da universidade com acomunidade externa.

Parecer sobre o Relatório Parcial elaborado pela Unidade/Curso:Para avaliação foram disponibilizados no sistema os seguintes documentos RES. 38; Res. 20; Geografia PPP (vigente,desde 2004); Relatório Parcial Gral FCT PP 2008-2009; Geografia FCT PP avaliação externa; Geografia DCN. Quantoàs resoluções, a RESOLUÇÃO UNESP Nº 38/2008, dispõe sobre a estrutura organizacional Campi Experimentais daUNESP e a RESOLUÇÃO UNESP Nº 20, de 1992, dispõe sobre a Coordenação de Curso de Graduação.

O Relatório do Projeto de Avaliação Institucional da UNESP (Gral FCT PP 2008-2009) apresenta informaçõesimportantes da Faculdade, mas não de cursos. Além disso, apresentaram dados muito distante do período a ser

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analisado, qual seja 2010-2015. Em função disso, pesquisamos no link do Gral e lá encontramos o mesmo relatório de2010 a 2012. Foi nele que nos baseamos. (http://gral.fct.unesp.br/relatorios/relatorio_gral.pdfb )Tal relatório, que citamos varias vezes durante a elaboração dessa avaliação, está bem organizado, é crítico comrelação a situação de estruturas deficientes, como é o caso de contratação de servidores, além de passar a percepçãodo Grupo de avaliação sobre a avaliação do curso e também sobre a situação da infraestrutura da faculdade.

O fato é que não foi disponibilizado um relatório específico sobre o curso de geografia, seus docentes, seus alunos, ainfraestrutura que atende o curso, a relação candidato vaga no diurno e no noturno. Ou ainda a situação da publicação,participação em eventos por parte dos alunos, nem mesmo o número de bolsas, por ano, ou mesmo que fosse de 2010a 2012, que parece ser o ultimo relatório de avaliação organizado. Essas informações sistematizadas, por curso,fizeram muita falta e em alguns casos foram obstáculos para a análise, é o caso da publicação dos acadêmicos, porexemplo, que não foi possível avaliar de forma qualificada. Outro aspecto é que essas situações levou-nos a fontesdiversificadas e isso pode trazer alguma distorção em termos de dados, mas que entendemos não prejudicou aavaliação.

Posto isso, em função da condição, nos debruçamos a realização de pesquisas no site da Unesp, com auxílio dogoogle, quais sejam: Anuário Estatístico (2013, 2014 e 2015); Fapesp; Gral; Proex; Pesquisa; entre outros. No anuárioencontramos dados de entrada e saída de alunos/ano e pudemos analisar a taxa de sucesso e também a evasão apartir de histórico. Também foi lá que encontramos dos dados referente a avaliação dos alunos por meio do Enade2008 e 2011. Tendo inclusive acesso a notas do antigo provão, em períodos anterior ao Enade.

Além disso, também recebemos dados da coordenadoria durante a avaliação, relativos ao novo PPC em aprovação, e,também referente às bolsas, no entanto, os dados foram disponibilizados “brutos”, organizados documento pdf, emordem alfabética, portanto precisaram primeiro serem organizados para depois serem analisados. Condições quesugerimos sejam superadas uma vez que o tempo do avaliador pode ser menor e mais eficiente se as informaçõesnecessárias estiverem organizadas.

Sugerimos que o espaço de visualização do relatório, no sistema seja como de um documento, uma vez que a visão dotodo é prejudicada e toda vez que se salva o documento volta ao início. Dificuldades também da dureza do sistema quetalvez pudesse melhorar para o usuário (avaliador).

Finalmente, sugerimos que sejam disponibilizados aos avaliadores dados sistematizados do curso.